OJB EDIÇÃO 18 - ANO 2025

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ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901

Diálogo

Texto destaca a importância da boa comunicação nas famílias cristãs

Campanha

Missões Nacionais incentiva igrejas a se unirem na “Muralha de Oração”

Ação evangelística

Centenas participam de clamor por Duque de Caxias (RJ) no projeto Jesus Transforma

Imagem de Deus

Pr. Ailton Desidério explica que a imagem de Deus em nós envolve corpo, mente e emoções.

Reflexão
Missões Nacionais
Notícias do Brasil Batista Saúde de Corpo e Alma

EDITORIAL

Edificando sua casa sobre a rocha

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24).

Jesus nos ensina em Mateus 7.24: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha”. Com essa poderosa verdade, Ele nos convida a edificar nossos lares sobre fundamentos eternos, inabaláveis e seguros: a prática da Palavra de Deus. Em um mundo de constantes mudanças, em que valores são questionados, nossas famílias enfrentam desafios diários. Por isso, precisamos reafirmar o propósito de Deus para nossos lares. Construir sobre a Rocha significa ouvir e praticar a Palavra, tornando-a o alicerce de nossas relações, decisões e estilo de vida. Apresentamos a você mais uma jornada de oração para o mês de maio,

o mês da família em nossa denominação. “31 dias de oração – edificando sua casa sobre a Rocha” nasce como um chamado para que cada lar e cada igreja se envolvam em uma caminhada de oração, ensino e transformação. Queremos que milhares de famílias estejam unidas em um só propósito: buscar a Deus para que sejam fortalecidas em Cristo. Oração não é apenas uma prática religiosa, mas uma conexão viva com o Pai, capaz de restaurar relacionamentos, renovar compromissos e trazer direção para maridos, esposas, filhos e todos que fazem parte daquele lar. Quando uma família decide fundamentar-se na Palavra, ela se torna luz no mundo e sal da terra e reflete o caráter de Cristo, no lugar onde o Senhor a colocou.

Nossas igrejas têm um papel fundamental nesta jornada. Elas são responsáveis por despertar em seus membros o compromisso de viver a fé dentro de casa, tornando cada lar

um ambiente de discipulado e crescimento espiritual. A igreja local é a grande parceira de cada família na missão de edificar uma geração temente a Deus. Quando famílias fortes se levantam, a igreja é fortalecida, e quando a igreja é fortalecida, a sociedade experimenta o impacto do evangelho. Por isso, queremos que cada congregação abrace este movimento e incentive seus membros a mergulharem nesta caminhada de oração e ensino.

Esta não será apenas mais uma campanha, mas um tempo de renovo e edificação. Precisamos lembrar que a tempestade virá para todos, mas aqueles que construíram sua casa sobre a Rocha permanecerão firmes. O inimigo tem investido contra os lares, minando casamentos, destruindo relacionamentos entre pais e filhos e relativizando princípios eternos. Cremos, porém, que Deus deseja levantar famílias inabaláveis, que resistem às

adversidades, pois suas bases estão firmadas nele. Para isso, é essencial ouvir e praticar a Palavra. Não basta apenas conhecer as verdades bíblicas; é necessário aplicá-las no dia a dia, tornando Cristo o centro da vida familiar.

Convidamos cada igreja e cada família a fazer parte deste grande mover de Deus. Que o seu lar se torne um altar de adoração, um ambiente onde a presença do Senhor é cultivada e onde as gerações são ensinadas a andar nos caminhos do Pai. Durante esses 31 dias, vamos orar juntos, aprender juntos e crescer juntos. E que ao final, possamos declarar com convicção: nossa casa está edificada sobre a Rocha, e nada poderá abalar aquilo que Deus estabeleceu!

Em Cristo, esperança nossa! n

Pr. Fabrício Freitas Diretor-Executivo da Junta de Missões Nacionais da CBB

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

Inabaláveis na proteção da família

Roosevelt Arantes

pastor da Igreja Batista da Aliança, em Resende - RJ

Extraído do devocional “31 dias de oração pela família”, da Junta de Missões Nacionais

“Pela fé, Moisés, depois de nascer, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram que era um menino bonito e não temeram o decreto do rei.” (Hb 11.23)

Vivemos em uma época frequentemente descrita como um período de intensos ataques às famílias, mas a grande verdade é que, por ser um projeto de Deus, ela sempre foi alvo de ataques. Desfazer famílias é um plano do inimigo, pois é destruir a primeira instituição divina na humanidade e a base da sociedade.

Um exemplo bíblico de destruição das famílias foi o ataque do Faraó às famílias hebreias, conforme registrado nas Escrituras (Êxodo 1). No entanto, o

texto mostra que os pais de Moisés tomaram atitudes que foram vitais para a preservação da criança. Eles agiram com fé ao proteger sua família.

Uma vida de fé é moldada pelo legado de fé que recebemos de pessoas fiéis. A história de Moisés é marcada por atos de fé, começando pelos de seus pais. Não por acaso, a Bíblia introduz os passos de fé de Moisés destacando primeiro a fé de seus pais.

Proteger a família é reafirmar o valor de uma vida. Em nossos princípios batistas, reconhecemos o valor do indivíduo ao afirmar que: “A Bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus; é único, precioso e insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo. O homem, como indivíduo, é distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo. A Bíblia revela que Cristo morreu por todos os homens. O fato de ser

o homem criado à imagem de Deus, e de Jesus Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direitos, outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial. Cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita”. Precisamos assumir nossa responsabilidade de proteger nossos filhos. Hoje, não somos forçados a lançá-los no rio Nilo, mas muitos os entregam às ondas da internet, tão perigosas quanto a sentença de Faraó. Os estudos feitos pela Anatel e pelo Censo de 2022 indicaram uma possível correlação entre o alto uso da internet por crianças e adolescentes e o aumento dos casos de ansiedade entre jovens de nove a 17 anos. As redes sociais têm sido apontadas como um dos maiores fatores

para esses resultados. Como pais, sabemos que é impossível impedir nossos filhos de terem acesso a tudo isso em algum momento. No entanto, se quisermos protegê-los, devemos adiar o máximo possível a exposição às redes sociais, autorizando o acesso apenas quando tiverem maturidade para lidar com elas.

Educar os filhos e transmitir os valores de fé é a maior missão daqueles que são abençoados por Deus com a paternidade. Os pais de Moisés se arriscaram por essa causa e ainda fizeram o necessário para protegê-lo (Êxodo 2.3). Muitos estão deixando de investir tempo e dedicação em seus filhos, tentando compensar essa ausência com recursos financeiros e presentes, mas deixando de lado o que mais importa: sua presença.

Como famílias edificadas sobre a Rocha que é Cristo, devemos, pela fé, assumir nossa missão de pais que se arriscam para proteger os filhos dos perigos atuais. n

Roosevelt Arantes

pastor da Igreja Batista da Aliança, em Resende - RJ Extraído do devocional “31 dias de oração pela família”, da Junta de Missões Nacionais

“Pela fé, Moisés, depois de nascer, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram que era um menino bonito e não temeram o decreto do rei.” (Hb 11.23).

Por três meses, os pais de Moisés o esconderam, mas, cientes de que não poderiam mais mantê-lo em segredo, agiram com fé, tomando atitudes para preparar seu filho a sobreviver no rio Nilo.

Sabemos que não podemos esconder nossos filhos por toda a vida. Por isso, é responsabilidade dos pais prepará-los, ensinando princípios e va-

lores, para que possam enfrentar os desafios do mundo.

Os pais de Moisés foram ALTRUÍSTAS. Eles arriscaram suas vidas pela vida do filho. Cada vez mais, percebemos pais que não se dispõem a dedicar tempo aos filhos. Preferem trabalhar mais, estudar mais, jogar mais, e se doam menos para suas crianças. Anrão e Joquebede se arriscaram para salvar o filho. Se eles fossem descobertos desobedecendo a ordem de Faraó, certamente pagariam com a vida. Hoje, os pais se tornam altruístas quando estão dispostos a dormir mais tarde para dedicar tempo todas as noites, lendo a Bíblia ou histórias bíblicas para seus filhos, orando juntos antes de dormir e abençoando-os com a bênção araônica (Números 6.23-25). Pais se tornam altruístas quando optam por estudar menos, trabalhar menos e brincar mais com seus filhos. Agir

pela fé é dedicar tempo de qualidade para nossos filhos.

Os pais de Moisés também foram SÁBIOS. Eles reconheceram que não podiam proteger a criança para sempre (Êxodo 2.3), então prepararam tudo o que era necessário para enviar seu filho “ao mundo”, de forma a preservar a vida dele. Isso significa preparar os filhos para os desafios que irão enfrentar. Deixar que chorem quando estiverem tristes. Corrigi-los quando fizerem pirraças. Não impedir que se frustrem oferecendo um celular para “acalmá-los”. Pais superprotetores não favorecem o amadurecimento de seus filhos. Anrão e Joquebede não apenas colocaram Moisés no rio, mas também designaram a irmã dele para acompanhá- lo. Isso é o que podemos chamar de liberdade vigiada, que consiste em não abandonar os filhos na escola sem acompanhar periodicamente sua roti-

na; é não permitir que durmam na casa de outras pessoas enquanto ainda são vulneráveis a qualquer tipo de violação. Os maiores índices de violência sexual vêm de pessoas próximas, quem não levantam suspeitas. A liberdade vigiada é reconhecer que cada filho que Deus nos dá tem um valor inestimável, pelo qual somos integralmente responsáveis e pelos quais daremos conta de como cuidamos deles, como bons mordomos.

Por fim, os pais de Moisés CONFIARAM na intervenção divina. Eles prepararam tudo para colocar o filho no rio, mas aguardavam que Deus fizesse um milagre. E Ele fez. Alguém já disse que: “Devemos trabalhar como se tudo dependesse de nós e orar como se tudo dependesse de Deus”. Famílias edificadas na Rocha jamais devem esquecer de depender de Deus, orando continuamente. n

Experimentando o perdão na família

Vantuil Groetaers

diácono

Extraído do devocional “31 dias de oração pela família”, da Junta de Missões Nacionais

“Então Esaú correu ao encontro dele e o abraçou; pôs os braços em volta do pescoço dele e o beijou; e choraram” (Gn 33.4).

Lendo o capítulo 31 de Gênesis, vemos que Jacó estava em uma situação muito confortável financeiramente, mas desconfortável em seu relacionamento com seu sogro e seus cunhados. Jacó, então, recebe uma ordem de Deus: “Volte para a terra de seus pais e para a sua parentela; e eu estarei com você” (Gn 31.3). Diante dos sinais dados por Deus a ele (concordância das esposas, oposição de Labão, bem como das reclamações de seus cunhados), Jacó não tem dúvidas e parte em direção a Canaã. Seu sogro o persegue, eles se encontram, celebram um acordo e Jacó se-

gue sua viagem. Agora, ele tem uma única preocupação: o encontro com seu irmão Esaú, após vinte anos de rancor. Sua preocupação era mais do que justa.

Jacó, obediente a Deus, mas temeroso, envia mensageiros à frente dele, instruindo-os até no que deveriam dizer a Esaú. Quando esses mensageiros voltam, as notícias não são boas: “Fomos até o seu irmão Esaú. Também ele está vindo para se encontrar com o senhor, e quatrocentos homens estão com ele. Então Jacó teve medo e ficou angustiado. Dividiu em dois grupos o povo que estava com ele, e também os rebanhos, os bois e os camelos” (Gn 32.6-7).

Diante dessa situação, qual foi a atitude de Jacó? Ele orou. Jacó exalta a Deus, a quem conhece desde os tempos de seu avô Abraão, um Deus que falou com ele (v.9). Ele se humilha, reconhecendo que não é merecedor de nada do que possui, e que tudo o que tem agora é fruto da pura bondade de Deus (v.10). Jacó roga pelos cuidados

pastor

& professor de Psicologia

Testemunho doméstico

“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Js 24.15).

Quando o povo de Israel enfrentou um grande desafio, tendo que optar sobre o tipo de vida religiosa que deveria adotar, o testemunho espiritual dado por Josué foi um marco decisivo para a postura nacional: “Decidam, hoje, a quem vão servir. Resolvam se vão servir os deuses que os seus

de Deus para com sua família, confessando seu medo (v.11) e relembrando a promessa de Deus para com ele (v.12). Jacó ainda envia presentes para seu irmão (v.13-15), mas também tem um encontro especial com Deus (vv. 22-29).

Como resultado dessa busca por uma ação divina diante de uma situa-

antepassados adoraram na terra da Mesopotâmia ou os deuses dos amorreus, na terra de quem vocês estão morando agora. Porém, eu e a minha família serviremos a Deus, o Senhor” (Js 24.15).

Lendo, a Bíblia, a história vivida pelo povo israelita, nos damos conta de que nunca será fácil manter nossa fidelidade ao Senhor Jeová: servir a Deus e, ao mesmo tempo, adorar os ídolos que nos cercam, sempre nos causa mal-estar religioso. Por isso, nossa decisão precisa ser sempre firme em seguir e servir ao Único que nos traz libertação, paz e prosperidade espiritual.

ção de grande temor, Deus age no coração de Esaú de maneira extraordinária! Em Gênesis 33.4, vemos a mão de Deus agindo na vida daquele que clama por socorro. Esaú corre ao encontro do irmão, não para matá-lo, mas para matar a saudade dos vinte anos que os separavam. Que encontro emocionante! n

Jeiel Franca diácono

Extraído do devocional “31 dias de oração pela família”, da Junta de Missões Nacionais

“Em verdade, em verdade lhes digo: quem não entra no curral das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, esse é ladrão e salteador” (Jo 10.1).

Jesus é o bom pastor (João 10.14) que empunha o cajado e protege suas ovelhas, aqueles, dentre todos os povos, línguas e nações, que “ouvem a sua voz” (Jo 10.3) e, assim, passam a fazer parte do seu aprisco. O bom pastor ama e dá a vida por suas ovelhas: a Igreja. E assim como Jesus,

nós, pais, também somos pastores de um rebanho que precisa ser amado e protegido ao custo de nossa vida: nossos preciosos filhos.

O texto de João 10.1 se refere aos perigos aos quais a igreja está sujeita. No rebanho do nosso lar, também há muitos perigos de invasores tentando entrar às escondidas e dispersar as ovelhas. Nós, pais, os pastores do lar, precisamos ficar muitíssimo atentos a esses “lobos”.

O primeiro invasor oculto que quero destacar é a IMORALIDADE, à qual nossos filhos podem facilmente ser expostos por meio das “facilidades” tecnológicas modernas. Você tem vigiado o que seu filho vê no celular? Tem acompanhado os jogos que ele

Proteja seus filhos no aprisco da palavra

gosta? Tem observado os canais que ele segue no YouTube? Acompanhe seus filhos todos os momentos (Deuteronômio 6.6-9) e impeça que sejam vítimas desses predadores de ovelhas! Outro ladrão que sempre quer roubar a segurança de nosso rebanho é a ideologia. Ela é sutilmente inserida no ensino escolar e amplamente promovida pela mídia. Apesar de vários tipos de ideologias sociais e até políticas serem disseminadas, a mais perigosa na atualidade, pelo seu potencial de destruição, é, sem dúvida, a Ideologia de Gênero. Imaturas e inocentes, muitas crianças têm sido alvo de uma terrível confusão mental causada por essas ideias. Cerque o seu curral com a verdade da Palavra de Deus e o pro-

teja (Salmos 34.7)!

Por fim, longe de esgotar os perigos, um último “estranho” que sempre tenta passar despercebido é o PROGRESSISMO. Ideias ditas progressistas transmitem sempre um sentimento de modernidade e avanço, mas, dentro desse inspirador pensamento, escondem-se ladrões disfarçados. Primeiro, a religião é ensinada como algo antiquado, primitivo e, até mesmo, irracional. Em seguida, são apresentadas alternativas “modernas e científicas”, como o evolucionismo, o feminismo, o agnosticismo, entre diversas outras doutrinas. A Bíblia, porém, ensina que o caminho da verdade divina é o “bom caminho” (Jr 6.16), e é por ele que nossos filhos devem trilhar! n

Olavo Fe ijó

Resgatando o diálogo na família

Sérgio Benevides pastor Extraído do devocional “31 dias de oração pela família”, da Junta de Missões Nacionais

“Vocês sabem estas coisas, meus amados irmãos. Cada um esteja pronto para ouvir, mas seja tardio para falar e tardio para ficar irado. Porque a ira humana não produz a justiça de Deus” (Tg 1.19-20)

A boa comunicação entre os membros de uma família é uma das coisas mais importantes para a manutenção da saúde emocional e espiritual de um lar. Muitos males, conflitos e até tragédias seriam evitados se houvesse

uma boa comunicação nos lares. Segundo John Drecher, pastor e escritor americano, “todo colapso familiar tem como causa principal a dificuldade de diálogo entre seus membros”. Mas o que fazer?

Inicialmente, precisamos treinar nossos ouvidos para ouvir corretamente. O texto que lemos nos diz que devemos estar prontos para ouvir. Em Apocalipse 2.7 encontramos: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Isso significa que não podemos nos limitar à ação mecânica do nosso aparelho auditivo, mas aprender a ouvir de forma esclarecedora e atenciosa, a fim de discernir a verdade e não apenas o que desejamos ouvir. Um pequeno mal-entendido em uma

Uma fé sem fingimento

conversa familiar pode gerar um grande conflito.

Outra atitude importante para tornar ou manter o nosso lar saudável é usar o silêncio a favor da harmonia familiar, pois ele é uma ferramenta poderosa na comunicação. No entanto, podemos usar o silêncio para o mal, como quando nos recusamos a expressar nossos sentimentos, objetivando apenas gerar frustração no outro. Mas quem sabe se calar para evitar uma grande confusão, esperando um momento menos “acalorado” para se expressar, usa o silêncio para o bem. “Até o insensato, quando se cala, é tido por sábio; se fica de boca fechada, passa por inteligente” (Pv 17.28).

Nosso Senhor Jesus, em muitas ocasiões, retirava-se das multidões, procurava um lugar deserto e lá permanecia em silêncio diante do Pai. Nem tudo se resolve falando. Muitas vezes, é a oração que inicia o resultado que precisamos em um embate entre membros da família. Veja a importância do silêncio! Vale a pena lembrar que comunicar não é prioritariamente falar, pois há falas que não comunicam. Comunicação não é o que falamos, mas o que o outro entende. Portanto, precisamos ser crentes em Cristo Jesus que se dedicam a treinar essas habilidades, para adquirirmos uma boa comunicação e contribuirmos para que nossa família seja inabalável! n

Diego de Oliveira

Extraído do devocional “31 dias de oração pela família”, da Junta de Missões Nacionais

“Lembro da sua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em sua avó Loide e em sua mãe Eunice, e estou certo de que habita também em você.” (II Tm 1.5)

“Estão tentando destruir nossas famílias!”. Se você é cristão, certamente já ouviu repetidas vezes essa frase e pôde constatar que essa é a realidade dos dias atuais. A masculi -

nidade, a feminilidade, o casamento, os filhos, a igreja; ou seja, tudo aquilo que, de forma direta ou indireta, aponta para o conceito de família, está sob ataque constante por parte de um sistema cujos valores se opõem ao Reino de Deus. Como, então, podemos resistir e avançar como famílias que glorificam a Deus em um cenário tão adverso? Na saudação de Paulo ao seu filho na fé, encontramos um ensinamento precioso. Perceba que a fé do jovem Timóteo foi moldada dentro do seio familiar. Loide, sua avó, vivia de acordo com os princípios que

professava e, como consequência, transmitiu à sua filha Eunice o mesmo estilo de vida. Esta, por sua vez, deu continuidade aos ensinamentos de sua mãe, mostrando ao seu filho que a fé não deve ser apenas algo a ser adotado, mas também vivido diariamente, mesmo em meio às dificuldades dos tempos, e sem fingimento!

Como resultado natural, Paulo encontrou em seu discípulo um homem forjado pelos princípios do Reino, fruto da transmissão de valores condizentes com os mandamentos de Deus!

Esse é o grande ensinamento para os nossos dias, como sempre foi ao longo da história: precisamos viver a fé cristã sem fingimento, buscando a graça de Jesus para praticar aquilo em que acreditamos. Assim, por meio de nossa vida, os membros de nossa família perceberão que vale a pena seguir os ensinamentos de Jesus. Como já diziam os mais experientes: “Não criamos filhos para nós, mas para o mundo”. Conscientes de que vivemos em um mundo mau, deixemos o legado de uma fé sem fingimento, a fim de preservar o projeto de Deus chamado FAMÍLIA.  n

Humilde o suficiente para ter uma casa fortificada?

Ester Gonçalves

Extraído do devocional “31 dias de oração pela família”, da Junta de Missões Nacionais

“A recompensa da humildade e do temor do Senhor são a riqueza, a honra e a vida” (Pv 22.4).

É de conhecimento de todo cristão que não há futuro na prática da arrogância. Não há bênção em sermos or-

gulhosos. “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (Tg 4.6) Então, por que tantas vezes, ao longo da semana ou até em um único dia, endurecemos o coração diante de nossos familiares, mantendo-nos em posicionamentos orgulhosos e irredutíveis? Por que demoramos a reconhecer erros?

Em Provérbios 22.4, o Senhor nos ensina que a humildade traz recompensas valiosas: riqueza, honra e uma

vida longa. No entanto, muitas vezes, vemos essas bênçãos sendo mal administradas. Em vez de usufruí-las com sabedoria, algumas pessoas acabam trabalhando excessivamente, gastando mais dinheiro e dedicando menos tempo à família.

Uma casa inabalável é aquela em que as pessoas se humilham diante do Senhor e umas das outras. No entanto, se permanecermos irredutíveis, autoexaltados, indiferentes e arrogan-

tes, nosso lar ruirá de dentro para fora. Nossa casa permanecerá inabalável se em nosso coração houver o mesmo sentimento de Cristo, que, “mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo. Pelo contrário, ele se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em figura humana” (Fp 2.6-7). n

O perdão

como

marca

de viver

sobre a rocha

“José beijou todos os seus irmãos e chorou, abraçado com eles. Depois, os seus irmãos falaram com ele” (Gn 45.15)

O versículo acima conta parte da história de José, que, quando mais novo, foi vendido pelos seus irmãos para ser escravo no Egito. No entanto, Deus tinha um propósito para aquela aflição e, no tempo certo, fez de José o governador daquela nação, sendo ele inferior em autoridade somente ao Faraó. Anos depois, José se reencontra com seus irmãos, que inicialmente não o reconhecem. Após alguns aconte-

cimentos, ele finalmente revela sua identidade aos irmãos e, ao fazê-lo, demonstra amor por eles, beijando-os e chorando. Essa postura só é possível na vida de alguém que perdoou. José havia perdoado seus irmãos que tanto lhe causaram mal. Ele não só demonstrou afeto, como também lhes deu todo o sustento e alimento necessários para a difícil época de seca que a região enfrentava. Em vez de escolher a vingança, deixando-os necessitados e na pobreza, deu-lhes o melhor, esquecendo-se do que havia ficado para trás. O perdão verdadeiro, comprovado em ações de amor e misericórdia, é uma marca de uma vida que está firmada em Deus. Está escrito em Gênesis 45.5-8: “Agora, pois, não fiquem tristes nem irritados contra vocês mes-

mos por terem me vendido para cá, porque foi para a preservação da vida que Deus me enviou adiante de vocês. Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem colheita. Deus me enviou adiante de vocês, para que fosse conservado para vocês um remanescente na terra e para que a vida de vocês fosse salva por meio de um grande livramento. Assim, não foram vocês que me enviaram para cá, e sim Deus, que fez de mim como que um pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito”.

José temia a Deus e entendia que, apesar de ter vivido tanto sofrimento, tudo estava sob a soberania do Deus que tinha um plano para ele. José es-

tava firmado na Rocha que era o Deus de seu pai, e, mesmo em meio ao abandono e à prisão, sua fé permanecia. A forma como José tratou sua família evidencia como um servo de Deus deve agir dentro de casa, fazendo dela um ambiente de amor, misericórdia e perdão.

Em contrapartida, nós, que muitas vezes nos envolvemos em intrigas muito menores no nosso lar, nos recusamos a pôr em prática a ordenança de Cristo de perdoar a todos e amar até os nossos inimigos. Portanto, para um lar que deseja ser firme e não se desfazer em meio às tempestades, a cura e a união que o perdão proporciona não podem ser menosprezadas nem negligenciadas. Essa é a vontade de Deus para todos os lares. n

Sarah França Extraído do devocional “31 dias de oração pela família”, da Junta de Missões Nacionais

Em 1º de janeiro de 2024, começamos uma grande jornada de oração. Igrejas de todo o Brasil assumiram o compromisso de preparar vigílias de 6 horas e, assim, juntos, vimos nascer e crescer a Muralha de Oração. Que bênção!

Os Evangelhos relatam diversos momentos em que Jesus, sendo o próprio Deus, se retirava para orar. Ele entendia a importância de falar com o Pai e colocava essa disciplina espiritual em prática diariamente, como vemos em Lucas 6.12: “Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.”

Se Jesus orava e nós somos Seus discípulos, nós vamos orar também! Não existe vida cristã sem oração, sem ouvir e sem falar com o nosso Deus. Afinal, para onde iremos nós? De onde nos virá o socorro? Para nós, orar é vida, saúde, solução, transformação.

Acreditamos que a oração é a base de tudo e queremos te incentivar a viver esse precioso momento em comunidade, junto aos seus irmãos na fé. Como é maravilhoso estar em comunhão com a nossa igreja e com o nosso Pai, não é mesmo?

O Brasil precisa de Jesus! Nosso desejo é que essa Muralha de Oração continue sendo uma realidade e, para isso, contamos com a sua participação. Nós ainda temos horários disponíveis para o mês de Maio. Acesse: www.muralhadeoracao.com.br e faça já a inscrição da sua igreja.

Vamos juntos formar essa grande Muralha de Oração! n

Já são quase 500 dias orando sem cessar

Feira de Missões Mundiais reúne Igrejas Batistas em Altamira - PA

Gutemberg Veloso teólogo, especialista em Segurança Pública e Inteligência; membro da Igreja Batista Jerusalém - PA

No dia 21 de abril, a cidade de Altamira - PA recebeu a Feira de Missões Mundiais, reunindo Igrejas Batistas da região em um evento promovido pela Associação Batista do Xingu (ABAX). A associação abrange Igrejas desde o município de Placas até Arataú, em meio à vasta terra vermelha da Transamazônica.

O evento ocorreu em um dia simbólico: 21 de abril, feriado nacional em memória de Tiradentes, também celebrado mundialmente como o Dia da Criatividade e Inovação, conforme reconhecido pela ONU. E não faltaram conexões entre essas datas e a proposta da feira, que uniu história, fé, criatividade e missão.

Durante a programação, os participantes foram lembrados do legado de luta por liberdade representado por Tiradentes, bem como da trajetória dos Batistas ao longo da história. Desde o século XVI, os Batistas têm se destacado como defensores da liberdade religiosa. Um dos primeiros líderes desse movimento, Thomas Helwys, escreveu o tratado “Uma Breve Declaração sobre o Mistério da Iniquidade”, em que denunciava a opressão da Igreja estatal e defendia a liberdade de consciência. Por sua ousadia, Helwys foi preso e morreu na cadeia — mas sua luta não foi em vão.

Nos Estados Unidos e no Brasil, os Batistas também protagonizaram a defesa de direitos civis, liberdade de culto e igualdade racial. Essa herança inspirou o tom da feira de missões, que foi marcada por criatividade e inovação

Evento foi promovido pela Associação Batista do Xingu.

Líderes compartilham informações sobre a história missionária de cada nação representada

na apresentação da obra missionária ao redor do mundo.

Com estandes temáticos, os participantes puderam conhecer a cultura, vestimentas, bandeiras e pratos típicos de diversos países como Itália, Argentina, Síria e nações africanas. Tudo isso evidenciando o avanço do trabalho missionário Batista em diferentes contextos culturais — muitos

dos quais ainda enfrentam desafios à liberdade religiosa.

A noite foi embalada por momentos de louvor ao vivo, conduzidos por diversos ministérios musicais, além de mensagens e exposições culturais feitas por pastores convidados. Os líderes compartilharam informações sobre a história, desafios e oportunidades missionárias em cada nação representada.

O principal objetivo da Feira de Missões Mundiais foi mobilizar o povo de Deus, fortalecer os laços entre Igreja e missionários e despertar um compromisso com a proclamação do Evangelho. Com criatividade, amor e fé, os batistas continuam firmes na missão de levar liberdade espiritual àqueles que ainda vivem em opressão. n

Associação Batista Norte Vale, na Bahia, recebe Congresso Regional Multiplique

Mais de 170 pessoas foram alcançadas pela capacitação.

Ralison Medeiros pastor, presidente da Associação Batista Norte Vale

A Associação Batista Norte Vale promoveu o Congresso Regional Multiplique na Primeira Igreja Batista de Sobradinho - BA, no dia 12 de abril. O congresso trabalhou várias temáticas relevantes para o nosso tempo: “Líder quer mudança? Tenha coragem!”;

“Revitalização, por onde começar?” e “Discipulado: De um para muitos”. Foi um congresso no qual Deus falou muito ao coração de todos os líderes presentes. Mais de 170 pessoas, entre pastores, líderes e missionários, participaram do evento. O preletor foi o pastor Samuel Moutta, da Junta de Missões Nacionais. Deus continue abençoando nossa querida ABNV. n

Participantes em evento missionário
Pastores, missionários e líderes em tempo de capacitação

Batistas Fluminenses promovem ação esportiva em aldeia indígena no município de Maricá – RJ

Jogos Nacionais Indígenas movimentaram aldeia e voluntários.

Gabriela membro do Ministério de Comunicação da Primeira Igreja Batista em São Gonçalo - RJ

O sábado 19 de abril, data em que se comemora o Dia dos Povos Indígenas, foi também dia de Jogos e Missões na aldeia Mata Verde Bonita (em Guarani, Tekoa Ka’aguy Hovy Porã), no leste do estado do Rio de Janeiro. Entre esportes, brincadeiras, danças e muitos sorrisos, o fim de semana de Páscoa foi ainda mais impactante para os voluntários e participantes dos Jogos Nacionais Indígenas. O evento reuniu mais de 50 voluntários cristãos na Aldeia Guarani Mata Verde Bonita, localizada na reserva em São José de Imbassaí, região costeira de Maricá, município do Rio de Janeiro.

A ação foi uma iniciativa do missionário Bruno Madeira, Capelão Esportivo de Missões Estaduais da Convenção Batista Fluminense. O projeto também contou com o apoio da Nova Fase, organização esportiva missionária, e da Primeira Igreja Batista em São Gonçalo - RJ, de onde vieram a maior parte dos voluntários.

Missionário Bruno Madeira no treinamento de voluntários na

da Convenção Batista Fluminense. Foto: Érika Gouveia.

A imersão missionária aconteceu em duas etapas. Na parte da manhã, os voluntários receberam um treinamento na sede da Convenção Batista Fluminense. O missionário Bruno Madeira compartilhou sobre a cultura indígena, sobre o contexto que a aldeia vive atualmente e sobre o evento anual dos Jogos Nacionais Indígenas, que acontecia naquele fim de semana. “Fizemos uma introdução sobre as

questões culturais e depois passamos para a parte prática, onde aprendemos como fazer e como achar pontos ensináveis nas brincadeiras para compartilhar as Boas-Novas de Cristo”, contou Bruno.

A parte da tarde foi marcada por muita alegria no encontro das culturas. Os voluntários levaram até a aldeia: cama elástica, cesta de basquete, rede de badminton e utilizaram também os instrumentos indígenas, como o arco e flecha e a zarabatana para as atividades.

“Quando fomos desenvolvendo as atividades, as crianças e os pais foram se abrindo e se achegando”, contou a missionária Ingrid Sovat. “Em uma das atividades, uma indígena nos contou sobre seus filhos, quantos ela tinha e sobre a perda de um deles. Pude dizer a ela que eu conhecia um Pai que tinha muitos filhos e que também tinha per dido um Filho muito querido. Mas que esse filho não permaneceu morto, Ele ressuscitou no terceiro dia para que todos nós pudéssemos ter vida. Ali ela pôde nos ouvir e conhecer, a partir da experiência dela, quem era esse Pai de amor que a amava como filha.”

Na visita, os voluntários também puderam celebrar a Páscoa junto com os indígenas. Distribuíram chocolates, contaram a eles sobre Jesus e tiveram uma apresentação de dança com a canção Getsêmani (Leonardo Gonçalves) pelo Dança&Vida, ministério da Primeira Igreja Batista em São Gonçalo.

“A obra de Deus vai acontecer, com ou sem minha ajuda, mas Ele me convida a participar. E poder participar desse dia tão especial com a Nova Fase foi um momento incrível”, disse Isabella Bahia, uma das voluntárias da ação. “Por mais que façamos planos, Deus sempre tem o melhor. E ver Deus agindo naquele lugar foi simplesmente

Games. E quando eles souberam que eu era treinador, logo surgiu a oportunidade de treinamento e discipulado semanal com times femininos, masculinos e infantis. A partir disso, o relacionamento foi crescendo e surgiu uma igreja.”

Com o futebol, veio também o desenvolvimento comunitário da aldeia, que agora tem Igreja, posto de saúde exclusivo para os povos nativos e uma escola com estrutura completa, biblioteca e refeitório para o bem-estar das crianças. “Tudo sempre é feito a partir da cultura deles, encontrando pontos em comum com a cultura do Reino, que está sobre todas as culturas”, contou Bruno.

Vice-cacique, atleta e missionário Karaí Mirim. Fotografia: Lucas Mourão.

maravilhoso! Que não nos acomodemos em nossa realidade, mas que doa em nossa alma cada vida perdida e que seja a nossa maior alegria cada vida ganha para Deus.”

No amor do Pai, vamos completar a missão entre os indígenas

A Aldeia Mata Verde Bonita está há 13 anos em uma reserva em São José de Imbassaí, uma região costeira de Maricá, município do Rio de Janeiro. Deste tempo, o missionário Bruno Madeira está há 10 anos trabalhando com esporte na aldeia. Segundo Bruno, “tudo começou com um evento de recreação para as crianças, o Kids

A chegada do futebol na aldeia também foi um canal de transformação na vida de Edilson (em Guarani, “Karaí Mirim”), atleta indígena e vice-cacique da aldeia. Edilson tem o desejo de ser missionário nas aldeias Guaranis. “Na minha aldeia muitas coisas mudaram através do futebol e do conhecimento do amor de Jesus”, testemunhou Edilson. “Eu quero continuar nessa caminhada. Que através do futebol eu possa levar a Palavra de Deus a outras aldeias”.

Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Maricá, hoje 1.693.535 nativos vivem em território brasileiro, sendo eles de 305 povos diferentes. Ainda há muito a ser feito, mas, pela fé, podemos ver as sementes plantadas crescerem e frutificarem para a Glória daquele que venceu a morte e que vive e reina para todo sempre, Jesus Cristo. Se você deseja receber um treinamento para Ministério Esportivo em sua igreja, ou se informar sobre outras ações como esta, entre em contato com o missionário Bruno (21 967841238). n

Maria
sede
Fotografias: Lucas Mourão
Fotografia: Lucas Mourão

Convenção Batista do Amapá realiza sua 19ª AGO em festa pelos frutos da carreta missionária

Carreta percorreu 10 dos 16 municípios do estado.

Edificação, planejamento e fortalecimento da unidade entre os irmãos durante a 19ª Assembleia Geral Ordinária da Convenção Batista do Estado do Amapá (COBAAP)

Eliane da Graça membro da Igreja Batista Central de Macapá - AP e 1ª vice-Presidente da Convenção Batista do Estado do Amapá

Nos dias 14,15 e 16 de março de 2025, a Convenção Batista do Estado do Amapá realizou sua 19ª Assembleia Geral Ordinária, com o Tema “Anunciemos o Amor Gracioso” e a Divisa em I João 3.16a. O orador oficial foi o pastor João Emílio Cutis Pereira, da Primeira Igreja Batista em Irajá - RJ, e quarto secretário da Convenção Batista Brasileira. A Igreja Batista Central de Macapá - AP hospedou as Igrejas coirmãs e recebeu a carreta missionária para sua última ação após mais de 30 dias percorrendo 10 dos 16 municípios do Amapá.

Conforme relatou o diretor-Executivo, pastor Cleber Ambé, “a 19ª Assembleia Geral da Convenção Batista do Estado do Amapá, com 88 inscritos e a participação de 15 Igrejas representadas, proporcionou um tempo de edificação, planejamento e fortalecimento da unidade entre os irmãos. Um dos destaques foi a mensagem inspiradora pregada pelo pastor João Emílio, que trouxe grande motivação e encorajamento espiritual a todos os presentes. Na noite de sábado, durante o culto e o momento inspirativo, cerca de 150 pessoas se reuniram para louvar a Deus e renovar seu compromisso com a missão da Igreja. A Assembleia reafirmou a importância da cooperação entre as Igrejas para o avanço do Reino de Deus no Amapá, deixando um legado de comunhão e desafios para os próximos passos da COBAAP”.

A AGO também teve o objetivo de apreciar os relatórios do Conselho Geral e das organizações executivas: União Feminina Missionária Batista do Amapá (UFMBAP), União Missionária de Homens Batistas do Amapá (UHMBAP), Juventude Batista Amapaense (JUBAP) e da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção Amapá (OPBB/ AP).

O Livro do Mensageiro trouxe as estatísticas e os desafios do campo amapaense: com 34 Igrejas (19 na capital), 19 congregações (seis na capital) e duas novas frentes missionárias, os Batistas no Amapá somam quase 3 mil, representando menos de 0,5% da população do Estado. “A população do Amapá é de 733.508 pessoas, segundo o Censo Demográfico 2022, divulgado nesta quarta-feira (28/06/2023) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).” Ainda não temos nenhuma Igreja com mais de 200 membros, sendo cerca de 80% com membresia abaixo de 100 membros. No quadro ministerial, atualmente são 11 Igrejas e 15 congregações sem pastor. A COBAAP oferta os cursos de Teologia na modalidade EAD com a parceria do Seminário do Sul (dois alunos) e de Educação Cristã do SEC/PE (quatro alunas); o campo conta com pastores 28 pastores filiados à OPBB/AP, 26 obreiros (líderes das Igrejas e Congregações sem pastor) e 16 educadores cristãos. A Igreja Batista Monte Gerizim mantém, desde maio de 2024, o Seminário Teológico Batista do Amapá (SETEBAP), curso básico para formação dos obreiros locais, na modalidade modular/presencial e conta com 10 alunos.

Os impactos da vinda da carreta missionária ao Amapá

Na noite de sábado da 19ª AGO aconteceu o momento missionário, com a despedida dos missionários da carreta missionária Glênio Josafá e Vera Lúcia. O casal testemunhou as experiências vividas durante os 34 dias de ações evangelísticas e atendimento humanitário em 10 municípios do Amapá, agradeceram o apoio do presidente da Convenção, pastor Isaias Jr, do diretor-Executivo, pastor Cleber Ambé, e aos 718 voluntários que atuaram nas ações realizadas: 532 atendimentos odontológicos, 367 atendimentos médicos, 1014 atendimentos diversos como: beleza (corte de cabelo, mani-

cure, limpeza de pele), fisioterapia e massoterapia, atendimentos psicológico e bazar.

Em todo tempo, a equipe de evangelismo estava a postos e as estratégias criativas reuniram dezenas de crianças em cada ação e a abordagem na rua e os cultos relâmpagos também levaram a mensagem do Evangelho de Cristo a centenas de pessoas. Ao todo foram 24 decisões.

Os missionários contaram a história do jovem Tarcísio, que se voluntariou para atender na carreta como profissional da saúde do município de Pracuúba e entregou sua vida a Cristo no culto à noite, e seguiu a carreta por mais outros cinco municípios, como voluntário, e agora como irmão em Cristo. Ele segue firme nos caminhos do Senhor.

Destacamos ainda o apoio do Governo do Estado, Câmara dos Vereadores e das prefeituras de cada município, através de suas secretarias de saúde, Vigilância Sanitária e Secretaria do Trânsito, que autorizou o estacionamento da carreta nas praças em locais estratégicos.

Testemunho de alguns líderes que receberam a carreta em suas cidades/Igrejas

Para o pastor Washington Brandão, a Carreta Missionária foi um marco para a Igreja Batista Felicidade, onde pastoreia. A Igreja apoiou várias ações da carreta na capital, chegando até suspender o culto da rotina da Igreja para apoiar as ações. A Igreja apoiou com 70 marmitas a uma das ações da capital, e no interior levou profissionais de saúde aos municípios de Porto Grande, Flexal, Breu e Pracúuba. A igreja tem uma Congregação no município de Mazagão, e a Igreja foi com mais de 100 voluntários para levar a mensagem da Salvação em Cristo com ações de compaixão e graça àquela comunidade. O prefeito deu apoio e a Igreja pode realizar um grande impacto naquela comunidade.

Para o Obreiro Léo, da PIB de Calçoene, foi motivo de alegria a igreja ter recebido a carreta missionária, unindo a igreja com o propósito de fazer a obra de Deus.

O Obreiro Jackson, da Primeira Igreja Batista do Amapá, relatou que a experiência da Igreja ao receber a carreta missionária ampliou a visão missionária dos irmãos, e houve uma aproximação da Igreja com a sociedade, através da ação social e o Evangelho foi anunciado e o nome de Cristo foi glorificado. O apoio dos irmãos das Igrejas co-irmãs também os motivou a continuar participando da obra da evangelização no estado.

O pastor Marcos Lima testemunhou que “para nós da congregação Batista Maranata em Pracuúba foi um misto de alegria e admiração pela grandiosidade do projeto das mais de 14 mil Igrejas Batistas no Brasil, que é a Carreta Missionária. Ver pessoas sendo restauradas tanto fisicamente como espiritualmente não tem preço. Temos certeza de que o nome de Jesus foi glorificado e exaltado nessa ação. A comunidade de Pracuúba foi impactada por um trabalho sério e amoroso realizado pela carreta missionária e seus voluntários, resultando na proclamação bendita do evangelho de Cristo e na transformação de vidas.”

O missionário Hebson, da Igreja Batista na comunidade do Breu (distrito de Pracuúba), expressou sua alegria e gratidão pela presença da carreta que trouxe não apenas a palavra de Deus de forma viva e vibrante e reacendeu a chama da missão.

Para a irmã Marilena, presidente da PIB em Porto Grande, foi uma experiência maravilhosa; a chegada da carreta foi impactante para a Igreja e o município. A população foi atendida com amor tendo suas necessidades atendidas com amor pelos voluntários das Igrejas co-irmãs.

Esta AGO foi marcada pelos frutos da unidade do corpo de Cristo para realizar a missão, expandindo o Reino e glorificando a Deus. n

“O meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, suprirá todas as vossas necessidades em Cristo Jesus” (Fp 4.19).

No início do ano, escrevemos sobre as terríveis inundações que afetaram uma parte da ilha onde moramos e temos projetos. Relembre: Aqui em nossa região, as chuvas estão intensas e, de forma inesperada, fora de época. O volume de água causou alagamentos graves, especialmente do outro lado da ilha, onde temos um projeto com clubes em plantação. Infelizmente, os alagamentos afetaram diretamente as casas de muitos dos nossos irmãos. Muitas famílias perderam tudo o que tinham e, devido à situação, foram acolhidas no clube. A água não desce, e a paralisação de tudo é uma realidade difícil para todos nós.

Nesse cenário, nós, que moramos na parte leste da ilha, estamos impossibilitados de nos deslocar até lá, devido às estradas bloqueadas e às condições climáticas adversas. É muito triste ver, de longe, o sofrimento dos nossos irmãos sem estar ao lado deles para ajudar, como gostaríamos. Contudo, temos a firme convicção de que nosso Pai está no controle de todas as coisas, é o nosso refúgio e fortaleza, e confiamos em Sua soberania, mesmo diante de tantas adversidades.

A situação foi bastante difícil, e muitas famílias sofreram muito. Mas, como sempre, contamos com a graça e misericórdia do nosso Pai celestial. Através das orações e da ajuda divina, conseguimos levar assistência emergencial para aqueles que mais precisavam.

Com o apoio de todos, conseguimos reunir cerca de 100 quilos de arroz, óleo, açúcar, sal, achocolatado, leite e muitos outros itens essenciais para o sustento das famílias. Além disso, arrecadamos uma quantia em dinheiro, que foi destinada à compra de mais alimentos e materiais de higiene, com o objetivo de aliviar a dor e o desespero daqueles que estavam sem recursos. As viagens para levar as doações foram longas e cansativas, com cada viagem totalizando aproximadamente 10 horas de ida e volta. No entanto, graças a Deus, a estrada estava em boas condições em todas as vezes que fomos, o que nos permitiu chegar com segurança e entregar o que havia sido arrecadado. Mesmo nas dificuldades do caminho, vimos claramente a mão de Deus nos guiando e protegendo. Algumas famílias já conseguiram retornar para

Guiados e Protegidos pelo Senhor

suas casas, graças à melhora do tempo. Porém, ainda existem quatro famílias morando na igreja, aguardando que a situação de suas casas melhore. Apesar da tragédia, é uma grande alegria saber que muitos já conseguiram se reerguer, e cremos que, em breve, todas as famílias serão restauradas. Agradecemos a Deus por Sua fidelidade e por firmar o tempo, que agora se encontra sem previsão de chuvas, trazendo tranquilidade para todos. Sentimos Sua presença em cada momento dessa jornada e, com fé, sabemos que Ele continuará a prover.

Quero também aproveitar esta oportunidade para expressar nosso sincero agradecimento pelas orações, pelo apoio e pelas ofertas generosas que recebemos. Cada gesto de amor e solidariedade fez toda a diferença neste momento tão difícil. O apoio de cada um de vocês tem sido um verdadeiro reflexo do amor de Cristo, que nos ensina a compartilhar e a cuidar uns dos outros, especialmente em tempos de adversidade.

Graças ao Senhor, não só a ajuda para as famílias afetadas pelas inundações tem sido possível, mas também aos outros projetos que estamos desenvolvendo. O Pai tem prosperado muito o trabalho que estamos realizando, e vemos Sua mão de bênção em cada detalhe. Ele tem aberto portas, trazido recursos e proporcionado momentos de grande crescimento

em nosso ministério. Agradecemos a Ele por Sua fidelidade e provisão constante, e também pela confiança de todos que têm se unido a nós nesta jornada.

Com um coração cheio de gratidão, pedimos que continuem orando por todos aqueles que ainda enfrentam as dificuldades decorrentes das inundações, especialmente pelas famílias que ainda estão abrigadas na igreja. Oramos para que o Senhor continue sustentando cada um deles com Sua paz e provisão, e que as casas danificadas possam ser restauradas em breve.

Como diz o Senhor em Filipenses 4:19: “O meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, suprirá todas as vossas necessidades em Cristo Jesus.” E em Isaías 41:10: “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da Minha justiça.”

Louvo a Deus pela Sua provisão e pela união dos irmãos. Que continuemos firmes em oração e ação, sempre prontos para servir e compartilhar o amor de Cristo, que nos fortalece e nos guia.

ORE

• Pelas famílias que perderam suas casas e bens e agora lutam para se reerguer.

• Pelos projetos que foram afetados pelas fortes chuvas.

• Pelo por recursos para que a igreja continue prestando apoio e sustento aos necessitados.

Você pode contribuir com o trabalho no Sul da Ásia através de ofertas, seja depósito ou PIX. Veja as informações abaixo:

Junta de Missões Mundiais // CNPJ: 34.111.088/0001-30

PIX: 34.111.088/0001-30

Bradesco Ag. 2013 cc: 0197000-3

Banco do Brasil Ag. 3010-4 cc: 141900-5

Itaú Ag. 9218 cc: 65100-9

Santander Ag. 3894 cc: 13001270-8

Caixa Econômica Federal Ag. 0201 cc: 577597729-3

O comprovante de depósito deve ser enviado para o e-mail: ofertas@ jmm.org.br ou pelo WhatsApp da Central de Atendimento: (21) 98055-1818, para que a sua oferta seja identificada corretamente. n

“Jesus Transforma Duque de Caxias” reúne centenas em clamor pela cidade

Carlos Alberto dos Santos pastor Presidente da Primeira Igreja Batista Universitária do Brasil, em Duque de Caxias - RJ; secretário-Executivo da Associação Batista Caxiense

Na quinta-feira, 17 de abril, véspera de feriado, a Associação Batista Caxiense viveu um dos momentos mais marcantes de sua trajetória com a realização do evento “Jesus Transforma Duque de Caxias”.

O encontro reuniu diversos ministérios e Igrejas locais, em um grande ajuntamento de fé, adoração e inter cessão pela cidade. Centenas de pes soas participaram, erguendo um altar coletivo de clamor a Deus, num ato de unidade promovido pelo Conselho de Evangelismo e Missões (Conemi), da Associação Batista Caxiense.

O evento, que não teve como propó sito exaltar nomes humanos, foi uma expressão clara do mover do Espírito Santo e do desejo sincero do povo Ba tista Caxiense de ver transformação espiritual em Duque de Caxias. De acordo com os organizadores, este foi apenas o primeiro de muitos outros momentos que ainda virão, marcando o início de uma nova caminhada de fé pela cidade.

A Associação Batista Caxiense expressa sua gratidão a Deus, sustentador de todas as coisas; ao pastor Jeyson, coordenador do Conemi e organizador do evento, juntamente com toda sua equipe; ao diácono Daniel Eugênio, presidente da ABC; ao pastor Carlos Alberto dos Santos, secretário

Diversas Igrejas participaram da ação evangelística.

Centenas de pessoas participaram, erguendo um clamor a Deus pela cidade

executivo da associação, e sua equipe, que chancela o evento com excelência; à Ordem dos Pastores do Brasil – Subseção Caxiense, na pessoa do presidente pastor Marcílio; aos pastores e pastoras presentes, pelo apoio e participação; à União Feminina Missionária Batista Caxiense (UFMBC), pelo envolvimento das mulheres; à Juventude Batista Caxiense (JUBAC), pela grandiosa contribuição; ao professor

Maurício Eugênio, responsável pelas Relações Públicas da ABC, pela dedicação e empenho; ao irmão Jaderly Godoy, coordenador da Cidade Batista, pelo esforço incansável; e a todas as equipes de trabalho que contribuíram para o sucesso do evento. Também agradecemos à Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, através da Secretaria Municipal de Cultura, representada pelo secretário Aroldo Brito.

O evento evidenciou a força, vitalidade e união do povo Batista Caxiense, fruto da presença e atuação do Espírito Santo. A liderança da ABC destaca: “Vocês fizeram – e sempre farão – a diferença, quando colocam em primeiro lugar o amor a Cristo e ao Seu Reino”. Que o Senhor continue abençoando a cidade de Duque de Caxias e todos os envolvidos neste grande movimento de fé. n

Cunha - SP é mais uma nova cidade alcançada

pelo trabalho Batista

Primeira Igreja Batista em Caçapava - SP começou Igreja.

Chico Junior jornalista da Convenção Batista do Estado de São Paulo*

Início oficial do trabalho Batista na cidade interiorana do Vale do Paraíba, a Congregação Batista em Cunha - SP realizou culto de ação de graças pela frente desse trabalho denominacional no município paulista. A solenidade aconteceu no dia 12 de abril, e marcou o avanço local que já soma três anos de atividade. Essa congregação é filha da Primeira Igreja Batista em Caçapava - SP, que, junto com outras Igrejas da região do Vale, tem sido instrumento do Senhor para o envio, sustento e apoio desse

novo campo missionário.

“O coração de todo nosso povo Batista fica extremamente feliz com esse amor missionário das Igrejas Batistas do Vale do Paraíba por alcançar os municípios da região. Esse trabalho conjunto mostra como nossa cooperação é importante para levar o evangelho a todas as pessoas”, disse pastor Alípio Coutinho Jr., diretor-executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP). Outra cidade recém alcançada foi a de Morro Agudo, na região nordeste paulista.

*A partir de texto original elaborado por Jéssica Brandão, coordenadora de Comunicação da PIB Caçapava. n

Igrejas locais em ação com o projeto Jesus Transforma na cidade de Duque de Caxias - RJ
Foto oficial da Primeira Igreja Batista em Caçapava - SP marca o início da igreja

Assumindo a responsabilidade em ser um pecador

Carlos Antonio Gomes Pinto seminarista do Seminário Teológico Batista de Niterói - RJ; membro da Primeira Igreja Batista em Pendotiba, em Niterói - RJ

Ao escolher esse tema para esta reflexão, pensei exatamente no texto de Lucas 18.12-13, em que dois pecadores estão diante do altar, porém com atitudes distintas. Somente pela misericórdia de Cristo e por sua graça (dom gratuito de Deus, que nos concede a salvação e os benefícios necessários para a vida) é que podemos dizer que somos alguém em Cristo.

Pois o homem em si mesmo não passa de barro, pó desta terra. Cristo pagou um alto preço para que não fôssemos vistos como devedores de uma dívida impagável pelos esforços humanos.

O pecado da humanidade originou-se por um homem, e por um homem também foi retirado. Romanos 5.17. Assim como está escrito no evangelho de João 1.29: “Eis o cordeiro que tira o pecado do mundo”.

Assumir a responsabilidade em ser um pecador não nos dá o direito de pecar mais. É compreender que aquele que teve a sua dívida paga não deve sair por aí fazendo dívidas novamente.

Sofrimento e Súplica (Salmos

69)

Assumir esta responsabilidade é crer que recebemos de Cristo um agente para nos guiar, mas precisamos dar livre acesso ao Espírito Santo para nos conduzir. Permita-me ilustrar: um cavalo que ninguém montou é considerado indomável ou não domesticado; porém, quando amansado, deixa o condutor guiá-lo pelas rédeas. Antes éramos assim, como seres indomáveis pelas consequências do pecado. No entanto, assim como ilustrado, entregamos as rédeas nas mãos de Deus. E agora a vida que eu vivo já posso assim dizer: não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim. É lindo ouvir isso! Mas tem que ser sem hipocrisia. É necessário assu-

mir a responsabilidade de que eu sou um pecador, não porque ainda devo, mas porque, apesar da minha dívida estar paga, eu preciso aguardar o meu encontro com Cristo, ou ele voltando, ou eu indo para a glória. E receberei um corpo glorificado, serei ressuscitado com Cristo.

Não obstante, enquanto estivermos aqui, passaremos por tentações, tribulações e angústias. E sempre lembrando que, enquanto estivermos neste corpo que descende do pecado de Adão, eu preciso constantemente negar as minhas vontades, negar o meu eu, pegar a minha cruz e seguir meu mestre, que é Jesus. n

José Manuel Monteiro Jr.

de OJB

Esse é mais um salmo de lamento – onde o rei Davi o escreve em uma situação de uma pressão insuportável. Os estudiosos o colocam na categoria de salmos messiânicos juntamente com os salmos 22 e 110. Warren Wiersbie diz: “Trata-se de um salmo messiânico, imprecatório”.

Entendo que partes deste salmo podem fazer alusão ao Filho de Deus – mas o contexto não trata do Deus encarnado, mas do rei Davi quando já reinava em Jerusalém. É nítido que o salmo não descreve exclusivamente a situação de Jesus, pois, diferentemente do Messias, que perdoa seus inimigos, Davi deseja que seus perseguidores sofram e sejam punidos (vv. 22-28).

Ao longo desse salmo - vemos estampado o profundo sentimento de tristeza e dor presente na vida do salmista. O teólogo Campbel Morgan –diz: “Talvez em nenhum outro salmo do Saltério o sentimento de tristeza seja tão profundo ou mais intenso do que nesse. A alma do cantor manifesta um desamparo incontido e uma tristeza que a consome”.

Davi, mesmo sendo o homem se-

gundo o coração de Deus, passou pelo sofrimento. Quando o sofrimento chega a nossa vida – a alternativa que temos é orar, clamar pelo Senhor (Salmos 69.1). Quais foram as razões que levaram o salmista a estar angustiado? O que mais amo nos salmos – é perceber que eles falam muito a respeito de nossa humanidade. Do quanto somos frágeis, do quanto precisamos ser dependentes de Deus. Vejamos os motivos, as razões pelos quais deixaram Davi atormentado.

Primeiro – o silêncio de Deus (Salmos 69.3). Não há nada mais angustiante para aqueles que amam e servem a Deus – do que o silêncio de Deus. Muitas vezes, o silêncio de Deus é mais perturbador do que as circunstâncias ruidosas. Segundo –sofrimento pela fidelidade e amor a Deus (Salmos 69.7). Os inimigos de Davi queriam destruí-lo – não por conta de seus erros, mas porque ele amava a Deus. A piedade sempre provoca o antagonismo do mundo. Terceiro – falta de apoio da família (Salmos 69.8). O salmista retrata neste verso o quanto se sentia rejeitado e sem apoio – dentro de seu ambiente familiar. Quantas pessoas a semelhança de Davi – sofrem por se sentirem isoladas, rejeitadas, dentro da própria

casa? O escritor e teólogo Ed. René Kivitz – faz a seguinte ponderação: “A família é o lugar dos maiores amores e dos maiores ódios. Compreensível: quem mais tem capacidade de amar, mais tem capacidade de ferir. Os males causados pelas pessoas que amamos e acreditamos que também nos amam são quase insuperáveis”.

Não é por acaso que Davi ora –pois, ele sabe que somente o Senhor poderia dar a ele o alento e a força necessária para continuar sua jornada. Diante da angústia e do sofrimento, precisamos ter em mente algumas coisas, que quero compartilhar com você meu querido leitor.

Em primeiro lugar, não superdimensione o seu sofrimento (Salmos 69.2).

Não há menor dúvida de que Davi está sofrendo injustamente – entretanto, não vemos nos salmos anteriores o salmista analisar sua situação de forma tão pessimista. Não podemos superdimensionar nossas dores – nos considerando as pessoas mais sofredoras da terra. Concordo com que expressou o professor e consultor Paulo Sérgio diz: “O sofrimento tem a dimensão que damos a ele”.

Em segundo lugar, não fique atravessado pelos comentários alheios (Salmos 69.9-12). Aqui nestes versos

vemos o quanto o comentário alheio afetou Davi. Aquilo que as pessoas falavam maldosamente acerca de Deus – afetou o salmista. Também o próprio salmista foi alvo de maledicência. É normal sentir-se afetado por comentários de terceiros, mas é possível lidar com isso de forma saudável. Davi deveria trazer a memória o que Deus pensava a respeito dele – e não ficar preso aos comentários de terceiros. Afinal de contas – os outros só conseguem olhar o exterior – somente o Senhor conhece de fato o nosso coração (I Samuel 16.7).

Em último lugar, nas horas mais agudas nos tornamos pessoas impacientes (Salmos 69.17). Observe a impaciência do salmista ao se dirigir a Deus. O poeta sagrado queria uma intervenção imediata da ação divina, porque estava angustiado. Algo que precisamos agasalhar em nosso coração – é que a impaciência alimenta a ansiedade. Davi deveria entregar suas preocupações a Deus e descansar na premissa de que o Senhor cuidaria dele. Ao invés disso – ele quer apressar o agir de Deus com sua impaciência. Sabe qual é o problema de ser impaciente? Em vez de se esperar em Deus – nós corremos para fazer as coisas do nosso jeito e não do jeito de Deus. n

No contexto da Teologia, a imagem de Deus ( Imago Dei , no latim) está presente em todos os seres humanos, conforme diz o texto de Gênesis 1: 26,27. Segundo definição dada por Russel Norman Chaplin e João Marques Bentes, na “Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia”, as palavras no hebraico e no grego não ajudam muito a entender o significado exato da expressão “imagem de Deus”. Diz, por exemplo, que quando a palavra grega para imagem, eikon, se refere a um ídolo, “necessariamente significa uma representação de acordo com a qual a imagem não participa da divindade representada. Mas, quando Cristo é chamado de eikon de Deus (ver Colossenses 1.15), é difícil supor que isso não envolva uma participação real na natureza de Deus.” (1995. 39 ed. Editora Candeia. Vol 3. p. 245).

Ainda conforme Chaplin e Bentes, para alguns teólogos trinitaristas a expressão “imagem de Deus” se refere a uma natureza triúna “composta de corpo físico (a parte material), de alma (propriedades de consciência do mundo, mas não inclinadas para as coisas divinas) e de espírito (natureza espiritual, semelhante a Deus)”. No final da primeira carta aos Tessalonicenses, o Ap Paulo diz: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso

espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Ts 5.23).

No livro “Mitos e Neurose”, Paul Tournier usa a figura de um triângulo equilátero, “cujas três bissetrizes delimitam três pequenos triângulos isósceles que representam respectivamente o corpo A , o psiquismo B e a mente, C .”. (2002. Ed Ultimato. p. 57).

O interessante dessa explicação dada por Paul Tournier é a presença da dimensão espiritual tanto no corpo (físico), quanto no psiquismo (emoções) e na mente (racionalidade). O que significa que tentar eliminar qualquer uma dessas três dimensões implica no comprometimento do corpo como um todo. Mas, não é isso o que em geral acontece em relação à dimensão psíquica, por exemplo?

Quantas vezes você já ouviu expressões tais como: “quem confia em Deus não pode sentir medo, ansiedade, angústia. Não pode lamentar os revezes

A

imagem de Deus em nós

da vida. Não pode chorar. Não pode ter desejos impuros.”? Será que a fé em Deus “lobotomiza” o crente, transformando-o em um ser alienado? Será que a fé em Deus paradoxalmente torna o ser humano em um ser desumano? Não é isso o que vemos na Bíblia. É só ler com atenção a história de Jó, Davi, Eli, Jeremias, Paulo, Pedro e de tantos outros.

No livro “Instrumentos nas mãos do Redentor”, Paul David Tripp diz que: “A triste realidade é que muitos de nós simplesmente não somos bíblicos na maneira que usamos a Bíblia! Ser bíblico não significa meramente citar palavras contidas em suas páginas. Ser verdadeiramente bíblico significa que o meu conselho deve refletir aquilo acerca do qual a Bíblia toda diz respeito.” (2009. Ed Nutra Publicações. p. 51). Na Bíblia está claro que a imagem de Deus não anula a nossa dimensão psíquica, ou seja, as nossas emoções e desejos.

A fé em Deus, através de Jesus Cristo, é a possibilidade de restauração continua da imagem de Deus que ficou comprometida e difusa com a entrada do pecado no mundo.

Jesus, “o verbo que se fez carne e habitou entre nós” (João 1.14), é a maior expressão da imagem de Deus. Jesus sentiu medo, mas não

permitiu que o medo O dominasse (João 12.27); sentiu angústia e tristeza tão intensas ao ponto de transpirar sangue, mas não permitiu que elas O imobilizassem (Mateus 26.38; Lucas 22. 41,44); Jesus chorou (João 11.35); Jesus ficou irado (João 2.13,14). Tenho dito que Jesus entende a gente, porque Jesus se fez gente como a gente. Se Jesus expressou suas emoções, por que deveríamos esconder as nossas?

A imagem de Deus em nós pode ser distorcida de diversas maneiras, inclusive (e em especial) negando e reprimindo o que sentimos e o que desejamos. O que precisa estar muito bem claro em nossa mente é que combater o pecado que habita em nós (que insiste em descaracterizar a imagem de Deus que também habita em nós), não significa negar as nossas emoções e desejos. A Bíblia não ensina isso. Agir dessa maneira seria como bem diz o ditado popular, “jogar a água da bacia fora, com o bebê que está dentro”. Não descaracterize a imagem de Deus negando o que você sente. n

Ailton Gonçalves Desidério Psicólogo Clínico Mestre em Psicologia Pastor da PIB Lins - RJ

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