OJB EDIÇÃO 33 - ANO 2023

EDIÇÃO 33

DOMINGO, 13.08.2023

R$ 3.60

ISSN 1679-0189

ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901

Pai pra toda (boa) obra

Segundo domingo de agosto - Dia dos Pais

“O pai do justo exultará de júbilo; quem tem filho sábio nele se alegra” (Provérbios 23.24).

Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista

Sempre no cuidado das crianças

Organização Amigos de Missões completa 121 anos de história

Tempo de deliberação e comunhão

Batistas Piauienses se reúnem durante 57ª Assembleia bienal

Capacitação

Coordenadores e missionários participaram de treinamento do PEPE Pernambuco

Piauí e Maranhão juntos

Convenção Batista Meio Norte do Brasil realiza 83ª Assembleia

Pai pra toda (boa) obra

É comum ouvirmos as pessoas dizerem que fulano e sicrano é “Pau pra toda obra”, ou seja, que determinada pessoa serve para fazer de tudo. Por um lado, ok, se pensarmos em alguém que vai ajudar em boas situações. Mas, infelizmente, nem sempre é assim. Existem aqueles que estão sempre dispostos a ajudar para faze o que não é bom.

Por isso, ao fazer analogia à expressão na capa de O Jornal Batista e deste editorial, enfatizamos que o pai, biológico e o celestial, estão disponíveis para ajudar seus filhos naquilo que é bom, que vai fazê-lo crescer, avançar. Pais querem ver seus filhos bem nos estudos, nos relacionamentos, na carreira, na vida espiritual, em tudo o que fizerem. Se os pais biológicos são

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB

FUNDADOR

W.E. Entzminger

PRESIDENTE

Hilquias da Anunciação Paim

DIRETOR GERAL

Sócrates Oliveira de Souza

desta maneira, imagina o nosso Pai celestial. “Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” (Mateus 7.9-11).

Nosso carinho e reconhecimentos

( ) Impresso - 160,00

( ) Digital - 80,00

aos pais neste dia. Que cumpram bem a sua missão, responsabilidade e, ao mesmo tempo, sejam honrados e valorizados por isso. Que seja um dia lindo, e que isso seja estendido a todos os dias.

Que Deus abençoe a todos. Boa leitura de OJB! n

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO

Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ)

CONSELHO EDITORIAL

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

Pr. Julio Oliveira Sanches

Os escatologistas atuais, que pregam a volta iminente de Cristo, se atém a alguns sinais propostos por Jesus no sermão escatológico citados pelos sinóticos. Nele, Jesus cita sinais que sempre existiram desde o momento em que Caim assassinou Abel. Em alguns momentos da História, esses sinais ganharam notoriedade. Mas, Jesus adverte com clareza (Mateus 24.6), que tais sinais não significam o fim de todas as coisas. “É mister que tudo isso aconteça, mas ainda não é fim”. Alguns dos sinais citados por Jesus sempre ocorreram em alguns momentos da História.

Há, porém, um sinal proposto por Jesus que faz parte da atualidade. É registrado por Lucas no capítulo 18.8, na parábola, de difícil interpretação, do juiz iníquo e a viúva pobre. A parábola tem como base o dever de orar sempre, sem desfalecer. O fundo histórico da parábola tem como base os juízes que existiram no tempo de Jesus. Hoje, não é diferente do tempo vivido pelo Mestre. Existe, na atualidade, uma justiça corrompida que não faz parte da verdadeira justiça.

O juiz a que Jesus se refere não era

DE SOROCABA

O sinal do fim

judeu. As demandas entre os judeus eram levadas primeiro aos anciãos e não aos tribunais comuns. No caso trata-se de um juiz romano constituído por Herodes ou pelo governo romano. O julgamento era feito por três juízes. Um deles era contratado pelo queixoso; no caso, da viúva não havia condições de contratar um juiz. O pobre ficava à mercê dos juízes romanos, que exigiam dinheiro para trabalhar e dar celeridade ao pleito. Quem não pagava o corrupto juiz ficava sem justiça. Esses denominados juízes ladrões, corrompiam a justiça e não faziam justiça. O tempo se encarregava de prescrever a causa. Hoje acontece o mesmo em nossos tribunais superiores. O tempo se encarrega de prescrever os réus e livrá-los da prisão. Ouvimos de senadores com mais de quarenta processos que nunca foram julgados. E jamais o serão, especialmente aqueles que completam mais de setenta anos de existência.

No caso da volta do Filho do Homem, Jesus aproveita a situação do seu tempo para fazer uma pergunta inquietante. Os salvos resistiriam a demora da volta do Senhor? Haverá fé na Terra quando o Senhor retornar? “Quando, porém, vier o Filho do Ho-

mem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18.8). Os salvos permanecerão fiéis a aguardar o retorno do Senhor? Há na pergunta do Mestre um quê de dúvida que nos assombra. Claro que Jesus, como Deus encarnado, não possuía interrogações sobre os finais dos tempos. Mas, ante o que vemos na atualidade fica o questionamento em nossos corações. Os salvos estão abandonando a fé e o compromisso com o Senhor. As Igrejas estão se esvaziando a cada novo dia.

A última pandemia nos revelou um quadro macabro sobre a fidelidade de boa parte do salvos. As Igrejas ficaram vazias. A EBD está em estado de coma espiritual. Nos estertores da morte. Os pais não levam mais os filhos à Igreja. Com a moda dos cultos online, alguns pregadores estão sendo enganados que mediante um microfone estão evangelizando o mundo, sem saber que estão pregando no deserto da incredulidade. Não há compromisso dos ouvintes com a mensagem. Reina a falta de ética. Os mais famosos não se preocupam com a ética. Pedem descaradamente aos ouvintes que enviem mediante PIX ofertas e os dízimos a suas “igrejas”. Pedem a pessoas que são membros de outras

Igrejas, não importa a Denominação nem o que creem. A ausência de ética de tais pregadores “famosos” deveria alertar o salvo verdadeiro a não contribuir. São lobos cruéis que destroem o verdadeiro rebanho do Senhor. Falsos profetas, Mensagens bem elaboradas, mas sem doutrina, não comprometidos com a verdade bíblica. Todos esses fatores nos levam a refletir na pergunta de Jesus. Quando o Filho do homem vier, achará fé Terra? A Igreja enfrenta uma crise de fé.

Está aceitando mensagens que não tem compromisso com a verdadeira doutrina. Está contribuindo para o aumento de falsos profetas e falsos líderes que não tem compromisso com a verdade. Paulo, quando escreve aos Romanos, diz que pregava onde o Evangelho ainda não fora anunciado, para não servir de escândalo aos seus ouvintes. O atual culto à distância enfraquece a fé dos verdadeiros salvos por Cristo. Estamos formando uma nova geração de supostos salvos que desconhecem a verdadeira comunhão que deve integrar a experiência dos salvos. O Evangelho anunciado por Jesus sempre primou pela comunhão entre os seus seguidores. A fé não dispensa a comunhão. n

Pai cristão, exemplo de consolação, exortação e testemunho

Nédia Galvão

membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca - SE; especialista em Ciência da Religião; bacharel em Teologia

“Tanto vocês como Deus são testemunhas de como nos portamos de maneira santa, justa e irrepreensível entre vocês, os que creem. Pois vocês sabem que tratamos cada um como um pai trata seus filhos, exortando, consolando e dando testemunho, para que vocês vivam de maneira digna de Deus, que os chamou para o seu Reino e glória.” (I Ts 2.10-12).

Nesta passagem, observamos o apóstolo Paulo destacar as atitudes de um pai para com seus filhos, atitudes estas semelhantes a de um líder espiritual, pois a figura de um pai deve ser um referencial, tal como Paulo usa como parâmetro para uma liderança.

E o texto nos apresenta que um pai cristão exorta seus filhos (versí-

culo 12). O termo exortar (parakaleóπαρακαλέω) significa advertir, chamar a atenção com encorajamento, aconselhar de formar amável e amigável. Então, podemos entender que um pai não chama a atenção, não adverte seus filhos de maneira que os desanime, mas de forma encorajadora. Lembremos que tão importante quanto falar a verdade é como falar a verdade. Um pai disciplina encorajando, ele usa a vara não com raiva, mas com motivações amorosas, tem firmeza e doçura ao mesmo tempo. A exortação de um pai deve ser sem frouxidão, mas deve envolver afeto e mansidão.

E o apóstolo Paulo continua nos ensinando sobre a conduta paternal e, em seguida, ele diz que um pai cristão consola seus filhos (versículo 12). A expressão consolo (paramytheomaiπαραμυθέομαι) significa fazer com que alguém tenha consolo, conforto em situação de desânimo. Trata-se também de um consolo além de palavras, mas que envolve também atitudes.

Assim, um pai não só enxuga as

lágrimas de seus filhos, mas procura saber o porquê do choro; ouve os problemas, questionamentos e ajuda os filhos a sanarem estas questões. O consolo de um pai é uma evidência de graça concreta, ele participa das alegrias e tristezas, conquistas e perdas.

E, por fim, nesta passagem, o apóstolo Paulo afirma que um pai cristão dá testemunho a seus filhos (versículo 12). A palavra testemunho traduzida do grego μαρτύρομαι (martyromai) significa testificar, afirmar, ser enfático na manifestação de uma opinião. Vale ressaltar que o termo testemunho no idioma grego é da esfera jurídica. Testemunhas num julgamento fornecem indícios e/ou evidências concernentes a eventos passados. Contudo, para os estoicos, um grupo filosófico que encontramos citação em Atos capítulo 17, verso 18, o termo testemunho tem relação às convicções morais, nas quais suas ideias e doutrinas eram testificadas mediante uma vida adequada, condizente ao que se defende.

Podemos entender a expressão testemunho nessas duas perspectivas, tanto na forense, isto é, em que uma pessoa dá informações do que viu, ouviu e conhece dos fatos; assim como na perspectiva filosófica de uma vida que reflete uma conduta ética e moral harmonizada com as doutrinas da fé, pois o próprio apóstolo Paulo une essas duas linhas conceituais, a forense e a filosófica quando apresenta o testemunho como uma proclamação do Evangelho, a partir do que viu, ouviu, conheceu e experimentou; como também apresenta o testemunho num estilo de vida com ênfase nos fundamentos doutrinários do cristianismo, que podem ser comprovados, testificados na maneira santa, justa e irrepreensível de viver (verso 10).

E assim entendemos que um pai cristão que é modelo para a liderança eclesiástica deve tratar seus filhos exortando, consolando e dando testemunho, para que estes vivam de maneira digna de Deus. n

Uma nova geração fortalecida na graça de Jesus Cristo

nova exposição. Para hoje, focaremos na carta de Paulo a Timóteo.

Olavo Fe ijó

O convite de Jesus

“Quanto a você, meu filho, fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus” (II Tm 2.1).

Em agosto, dedicamos o mês com foco nas novas gerações. É o chamado mês dos jovens em nossas Igrejas Batistas.

Esse enfoque, investimento na juventude, se torna cada vez mais importante. Numa era pós-moderna, capitalista e baseada sobre a meritocracia empresarial, temos dificuldade para entender que na vida espiritual nada se baseia em méritos. É completamente inadequado para nosso tempo pensarmos nisso, pois todos os nossos processos humanos, estão impregnados de meritocracia. Mas no Reino de Deus não é assim.

Essas tendências, desse tempo vigente, sufocam nossos jovens, muitos se perdem no início da vida universitária, devido à falta desse enfoque correto, do Reino de Deus. É importante ressaltar que o todos os valores vigentes nessa sociedade são contaminados pelo pecado, e não tem relação com uma cosmovisão cristã saudável. Isso pode ser alvo de uma

As cartas de Paulo a Timóteo são orientações pastorais do grande apóstolo ao seu filho na fé, e de ministério, o jovem pastor Timóteo. John Stott diz que essa segunda carta, Paulo escreve sabendo do seu fim. Com um tom mais pesado, ele diz que todos da província da Ásia o abandonaram; veja outro texto: “Você já deve estar ciente de que todos os da província da Ásia me abandonaram. Entre eles estão Fígelo e Hermógenes” (II Tm 1.15).

Em sua última prisão, o apóstolo sente-se abandonado, no caminho da sua dura morte, mas encontra forças para aconselhar, talvez o único que não o abandonou, Timóteo. Embora o abandono que Paulo diz, possa se tratar de uma hipérbole, ainda assim, certamente muitos o deixaram, destacando Fígelo e Hermógenes.

É nesse contexto que Paulo escreve para Timóteo se fortalecer, mas aonde? Uma vez que as circunstâncias externas apontam para uma não força. O grande apóstolo Paulo está terminando sua jornada, ao olhar da nossa era, como um fracassado. Paulo orienta a Timóteo a ter força na graça do Senhor.

Existem duas expressões chaves para entender esse texto: fortalecidos

“O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre” (Sl 111.10).

O livro dos Salmos nos revela que “para ser sábio é preciso, primeiro, temer a Deus, o Senhor - Ele dá compreensão aos que obedecem aos Seus mandamentos” (Salmos 111.10). A experiência de quem pretende entender uma invenção ensina que o seu inventor é o melhor explicador. Por isso, João, ao escrever o

e graça. Uma depende da outra. Mas, ao usar a expressão graça, Paulo está apela a Timoteo para ser governado pelo poder da graça divina, porque é ela quem dá alegria, deleite, paz. O grande apóstolo está falando para Timóteo de algo para além das circunstâncias, como ele mesmo já havia escrito: “A minha graça te basta”.

Exatamente por isso, Paulo orienta Timóteo para que se fortaleça na graça que há em Jesus. Na jornada cristã, precisamos dessa força que vem do alto, baseado em algo que não merecemos.

texto do seu Evangelho, declarou: “No princípio, Aquele que é a Palavra já existia... A Palavra era a fonte da vida e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas” (Jo 1.1-4).

Conversando com Tomé sobre o caminho para o Pai celestial, Jesus revelou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém pode chegar até o Pai a não ser por Mim” (Jo 14.6). O convite de Jesus continua valendo para todas as pessoas que querem viver a eternidade com Deus. Não há outro caminho, a não ser Cristo. Ele é a direção e a luz para o mundo.

Em uma era em que a juventude é grandemente atacada por inúmeras ideologias, a dinâmica da jornada espiritual dos jovens que seguem a Jesus precisa ser a força que está somente em Cristo. É algo concreto por fé, espiritual.

Que como jovens, fortalecidos pela graça, sejamos bons soldados de Cristo Jesus, e que isso seja nosso grande fundamento.

“Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é agradar aquele que o recrutou” (II Tm 2.4). n

Geovane Oliveira ministro de Integração da Igreja Batista Nova Betel, em Bangu - RJ

pastor & professor de Psicologia

Uma promessa de renovação de esperanças

Denilson Lourenço

pastor de Jovens e ministro de Louvor na Primeira Igreja Batista em Jauru - MT

Texto inspirativo: Atos 2.16-18 / Joel 2.28

Diante da realidade da nossa queda no jardim do éden, perdemos tudo. Perdemos as tardes de passeio com nosso Amado Deus, a inocência e pureza se foram, jogados para fora devido ao pecado que foi gerado no coração da humanidade. Um abismo entre nós e Deus e, longe da própria vida, a morte física e espiritual se tornaram um fato. Como prosseguir se tudo que fo-

mos em Adão acabou? A dor é real agora, a morte, a vergonha e a condenação (Gênesis 3).

A resposta é mais simples do que se imagina: eu não posso acessar a Deus com minhas próprias ferramentas manchadas pela queda, por isso, Deus decide se revelar ao homem caído, vindo até nós. Ele nunca nos abandonou.

O Senhor Deus, ao ver nossa atual condição, lança uma promessa de restauração: o que perdemos no jardim seria devolvido. Em Gênesis 3.15, o fio da restauração é puxado, uma promessa, uma esperança é gerada: haverá redenção.

Durante gerações, esse fio foi pu-

xado e desenrolado, até os dias de Jesus, a fonte de toda esperança e restauração. Atos 2 une a expectativa e o desejo de todas as gerações anteriores. Não é coincidência que Joel sonhava com o Dia em que o Senhor derramaria do Seu Espírito. Apenas o Espírito Santo tem a capacidade de gerar no nosso coração esperança e novidade de vida.

Joel se levantou como profeta em Judá, os dias eram de intensa seca e pragas destruindo absolutamente tudo, e sua mensagem era: há esperança, podemos ter expectativas dos céus, renovo sobre os velhos, visão

aos jovens, até os servos seriam alcançados.

O alcance renovador trazido pelo derramar do Espírito Santo rompe todas as fronteiras, seja quem for, onde for. Você pode ter certeza, se levantar e ter a vida brilhando é possível.

Posso recomeçar, Cristo morreu e ressuscitou por mim. Posso sonhar, seu Espírito me concedeu vida. Que Deus renove através do Espírito Santo em nosso coração desejo e amor pela sua Presença.

Motivo de oração: orar para que sejamos usados por Deus para anunciar Jesus através de nossas vidas n

Andando em novidade com Deus

Gleidiane Lima dos Santos membro e líder de juventude da Primeira Igreja Batista em Parauapebas - PA; presidente da Juventude Batista do Pará.

“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor…” (Os. 6.3).

Andar é um verbo de ação que significa caminhar, movimentar-se, mudar de lugar. Deus tem chamado nossa geração a tomar uma decisão de atitude, para prosseguir em conhecer ao Senhor e decidir andar com Ele. O Senhor se dá a conhecer a todos os que de coração buscam conhecê-lo pessoalmente, com humildade e fé. Isso é maravilhoso!

Todas as pessoas que passaram pelas mãos de Jesus e verdadeiramente abriram seus corações se sujeitando e se submetendo aos Seus ensinamentos, tiveram suas vidas transformadas, saíram de uma condição de trevas e tornaram-se luz para o mundo, passaram a ser novas criaturas.

Conhecer e continuar conhecendo Jesus é um privilégio e um compromisso de cada cristão fiel. Precisamos continuar a andar para frente, rumo ao novo de Deus. E o novo de Deus vem através da comunhão, do relacionamento com o seu Espírito Santo.

Você tem algum tipo de fome se renovando em sua vida? Você sente seu

espírito se movendo, sendo chamado a algo mais profundo em Deus?

Precisamos de uma visão fresca, precisamos de um óleo fresco, precisamos de uma unção fresca, precisamos de uma dedicação fresca, precisamos de um compromisso fresco, é disso que estamos famintos!

Não tenha um comportamento superficial e inconstante. Que nossos lábios possam declarar de forma sincera e comprometida o texto citado acima: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”.

Motivo de oração: para que o desejo de prosseguir em conhecer ao Senhor seja contínuo na vida da nossa juventude.

Colocando em prática

Use as capacidades que Deus lhe deu para conhecê-Lo melhor. Ore, ouça, estude, medite, leia e aprofunde mais o conhecimento sobre a Palavra do Senhor.

• Motive sua mente, coração e forças para prosseguir conhecendo a Jesus.

• Há sempre algo novo! Nunca pense que já sabe o suficiente, ou que é cedo ou tarde demais para aprender mais de Deus.

• Compartilhe sua experiência pessoal com Deus a outras pessoas. Fale do que Ele lhe tem feito e como seu conhecimento tem transformado a sua vida. n

Vivendo como nova criação (II Coríntios 5.1-18; Jo 3.1-16)

Rebecca Araujo membro da Primeira Igreja Batista em Vargem Alta - ES; coordenadora de Oração e Intercessão da Juventude Batista Capixaba; integra a equipe Ela, Vida & Missão, da UFMBB; mestranda em Letras e professora de Língua Portuguesa

Nos primeiros versículos de João 3, lemos sobre a visita que um dos líderes dos judeus, Nicodemos, fez a Jesus em uma noite. Naquela ocasião, o fariseu reconheceu que Jesus era alguém que havia sido enviado por Deus, porque acreditava que todos os milagres realizados por Ele só poderiam vir da parte de Deus. No entanto, ele ainda não havia se encontrado, de fato, com Cristo. Era apenas um observador dos feitos dEle. Jesus, conhecendo os mais íntimos pensamentos de Nicodemos, logo diz: “[…] ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo” (Jo 3.3). Tal resposta soa um tanto destoante do rumo que a conversa parecia estar tomando, mas a verdade é que ela tem tudo a ver. Sabe por quê? Porque Je-

sus queria mostrar-lhe além do que os olhos naturais dele viam, levando-o a perceber que Ele era o filho de Deus, o único capaz de dar vida, e vida eterna, aos homens, por amor (João 3.16). E ele queria dar nova vida a Nicodemos.

Para isso, aquele homem precisaria nascer de novo, não outra vez da barriga de uma mulher (João 3.4), mas tornar-se uma nova criatura por meio da fé em Jesus. E não só tornar-se, mas viver como tal. Hoje, Jesus continua a dizer que “é preciso nascer de novo”, mesmo àqueles que, como Nicodemos, conhecem a Palavra, mas estão presos à religiosidade.

Você já nasceu de novo verdadeiramente? Anos na Igreja não salvam. Ser filho de crente muito menos. Conhecer a Jesus e ver os seus feitos também não são quesitos suficientes. É preciso crer e se permitir ser mudado por Ele. É preciso nascer de novo tanto quanto é necessária uma roupa nova quando a velha já está rasgada e não nos cabe mais. “Ninguém corta um pedaço de roupa nova para remendar uma roupa velha. Se alguém fizer isso, estraga a roupa nova,

e o pedaço de pano novo não combina com a roupa velha” (Lc 5.36).

Nascer de novo significa reconhecer-se como pecador, abandonando tudo o que nos afasta de Jesus. Nascer de novo também significa rever as nossas vontades e opiniões, submetendo-as a Jesus, para que o querer dele seja realizado. Nascer de novo significa tornar-se uma nova criatura (I Coríntios 5.17), a qual tem a mente renovada, um coração e um espírito novo, o Espírito de Deus, que nos leva a agir segundo a vontade dele (Ezequiel 36.26-27). Significa recomeçar, assumindo o lugar de filho e amigo de Deus, alguém que foi reconciliado com o pai e, por isso, passa a reconciliar outros com ele (1Co 5.18).

A decisão é nossa: permanecer com a velha roupa ou aceitar que tudo seja novo. Quando aceitamos a última opção, nossa vida fica leve. Nós passamos a usufruir de maneira abundante da presença de Cristo já aqui na terra.

Querido jovem, um dia, todo corpo terreno vai ser desfeito, este em que habitamos neste mundo. Mas aqueles

Confiando nas misericórdias que se renovam

Jhussyenna Reis de Oliveira membro da Igreja Batista Restauração, em Timon - PI é também líder do Ministério de Comunicação e faz parte do Ministério de Louvor; presidente da Juventude Batista Piauiense

Texto inspirativo: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22-23).

Incrível é pensar nesse texto e em tudo que temos vivido hoje! Quão fantásticas são as palavras de Jeremias para as batalhas diárias que enfrentamos como jovens cristãos em um mundo tão perverso. É certo que você já sabe que há profundo pesar e sofrimento relatado em todo o livro de Lamentações, mas veja que esse verso, em especial, concentra justamente uma espécie de catarse!

Sim, lembra da literatura lá em Aristóteles? É exatamente assim que eu me senti lendo esse trecho agora para escrever esta reflexão: foi um momento de virada de chave no sofrimento, foi

o momento de libertação do aprisionamento da dor e, digo mais, esses versos revelam a entrada em um estágio mais profundo e (provavelmente) o mais desejado de uma vida com Cristo Jesus.

Agora, deixe-me explicar um pouco melhor. A situação de Jeremias era caótica, ele estava fraco e derrotado fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. E foi nesse contexto que ele conseguiu chegar a uma conclusão em Cristo: era preciso renovar a sua esperança e fortalecer a sua fé imediatamente! Porém, meus amigos, vamos admitir: no meio do deserto não é nada fácil ter um esclarecimento sobre as soluções para as nossas dificuldades.

Quem já está com muita sede acaba tendo suas capacidades físicas afetadas e pode não conseguir raciocinar com exatidão para traçar um plano e chegar até a fonte de água. Eu sei que foi golpe baixo esse meu exemplo, mas a verdade é que em meio ao sofrimento somos extremamente fracos e facilmente sucumbimos a ele. Portanto, Jeremias estava completamente certo: era preciso renovar a sua fé. Assim, ele começou a trazer à memória aquilo

que representava esperança e passou a lembrar das bençãos e livramentos do Senhor dia após dia.

O que ele fez foi estimular o seu espírito, fortalecendo-o e, desta forma, iria fortalecer todas as outras áreas de sua vida. O resultado desta pequena atitude foi um coração cheio de Deus, porque ao parar e enumerar as misericórdias do Senhor, o profeta percebeu de uma forma concreta o poder de Deus manifestado em sua vida.

Meus irmãos, na maioria das vezes, em meio às nossas batalhas, é exatamente disso que precisamos! É este exercício simples de fé diária que pode mudar a tua vida espiritual para sempre, ou seja, um verdadeiro divisor de águas. Acredite, você mesmo pode encerrar essa leitura e tomar essa decisão poderosa ainda hoje!

Vou te contar um testemunho: no começo deste ano eu fiquei sem emprego e estávamos organizando o congresso estadual da juventude. Era um momento importante, mas não havia uma equipe ainda, era tudo um sonho em janeiro, o mesmo mês em que eu soube que cancelaram meu contrato

que creem em Jesus e se tornaram nova criatura receberão uma nova moradia, um corpo celestial, que será eterno. Enquanto estamos aqui, passamos por aflições e anseios, mas se temos Jesus, aquele que nos deu vida, então vivemos com alegria, apesar dos pesares, e esperança de que Ele voltará para nos buscar. Tudo isso com ânimo, porque vivemos pela fé, e não pelo que vemos. Se você entende que precisa disso, peça a Jesus que lhe dê um novo coração, o seu Espírito e vestes novas. Não há nada melhor do que ser uma nova criatura, ter vida nova e certeza da vida eterna.

Motivo de oração relacionado ao tema: ore por arrependimento e mudança de coração. Jesus é o único que pode mudar nossa vida.

Colocando em prática: coloque no papel as atitudes que julga ainda não serem compatíveis com aquelas que Jesus espera de você. Ao lado, liste aquelas que agradam a Deus e que podem substituir as primeiras. Peça ao Espírito Santo para ajudá-lo a mudar a partir daquilo que escreveu. n

e fiquei muito triste. Todos os dias eu fingia que estava bem, mas estava triste; fiz seleções durante a correria do evento e segui em frente. Ao final, na semana do congresso, eu fui chamada para ‘começar’ a realizar um dos meus sonhos que é ser professora universitária e eu fiquei: “Senhor, como tu és perfeito! Eu fiquei desempregada na hora certa, eu preciso aprender a confiar TODO DIA em ti”.

Amigo, quando eu digo ‘todo dia’ estou falando muito sério e Jeremias também: se as misericórdias se renovam cotidianamente significa que jamais e por toda a eternidade a mão do Senhor estará sobre ti. Amém?

Motivo de Oração: separe um momento especial nesse dia para dedicar gratidão a Deus, ore agradecendo pelos livramentos visíveis e invisíveis na tua vida e de sua família.

Colocando em prática: eu te desafio a inserir um hábito na sua rotina a partir de hoje com base no texto que refletimos. Todos os dias, na sua devocional, inicie suas anotações ou mesmo sua agenda da semana com um motivo de gratidão ao Senhor. n

Avançando no Cuidado Integral do Missionário!

Denise Pereira coordenadora do Cuidado Integral do Missionário de Missões Nacionais

O Cuidado Integral do Missionário é hoje uma área de crucial importância para as agências missionárias quando se fala sobre a prevenção com relação à saúde do líder. O cuidado pessoal deve se tornar um estilo de vida para pastores, missionários e líderes.

Desde os primeiros dias da Igreja até os tempos atuais, testemunhamos o crescimento orgânico e natural do corpo de Cristo. Por isso, os líderes, como modelos a serem seguidos, precisam estar saudáveis em todas as dimensões da vida e, tal como o Mestre Jesus orava, comia, dormia, aprendia, caminhava, expressava suas emoções e desfrutava de tempo de qualidade com a família e amigos, também cada líder precisa desenvolver esses hábitos.

O cuidado integral dos líderes, independentemente de sua atuação, pode ser impulsionado por três eixos fundamentais: autoconhecimento, autorresponsabilidade e autocuidado. Ao cultivarmos a consciência de que somos templo do Espírito Santo, que precisa de manutenção para funcionar plenamente, somos instigados a conhecer nossos pontos fortes e os mais vulneráveis. Alimentação saudável, atividade física e outras práticas de autocuidado devem ser incorporadas por todos, inclusive por aqueles que argumentam não ter tempo para realizá-las por conta de suas responsabilidades na liderança.

O cuidado integral não se limita apenas à liderança local ou aos que

estão na linha de frente, mas pretende abranger todos os membros da Igreja. Ovelhas e pastores têm desafios e necessidades individuais. A saúde da Igreja depende do cuidado mútuo, que se retroalimenta.

Devemos seguir três passos que nos ajudam a disseminar a visão do cuidado integral. Primeiro: viver o cuidado na prática, sendo um testemunho vivo do que pregamos; segundo: capacitar, treinar e desenvolver a igreja para que cada membro participe ativamente desse processo; terceiro: ser mentor e supervisor de outras pessoas, garantindo que o trabalho seja realizado organicamente.

Destaco seis aspectos de nossa vida que merecem atenção: espiritual, emocional, educacional, física, financeira e familiar (inclusive para os solteiros). Veja algumas dicas de autocuidado em cada uma dessas áreas:

1. Espiritual: busque aprofundar seu relacionamento com Deus por meio da oração, da leitura da Bíblia e da comunhão com outros cristãos.

2. Emocional: fique atento às suas emoções e sentimentos, buscando apoio e aconselhamento quando necessário.

3. Educacional: não pare de aprender, de estudar e de ler. Busque sempre o conhecimento que fortaleça sua fé e

renove sua mente.

4. Física: cuide do seu corpo por meio de uma alimentação equilibrada e da prática regular de exercícios físicos.

5. Financeira: seja um mordomo fiel dos recursos que Deus lhe confiou. Planeje e administre suas finanças com sabedoria.

6. Familiar: fortaleça seus laços familiares e de amizades, cultivando relações baseadas no amor e no apoio mútuo.

Que o cuidado integral se torne uma marca indelegável em nossa vida e nos capacite a servir a Deus e ao próximo com compaixão e graça. Avancemos juntos nessa missão. n

Pernambuco - encontrão MR e ER.

Teresina recebe 57ª Assembleia da Convenção Batista Piauiense

Nova Diretoria e conselheiros foram eleitos.

Oseas Costa Oliveira

Comunicação da Convenção Batista

Piauiense

Teresina foi a cidade dos Batistas piauienses de 25 a 30 de julho, quando todas as nossas Organizações estiveram reunidas em suas Assembleias e Congressos. E mais especificamente nos dias 27 a 30 de julho, durante as nove sessões da 57ª Assembleia da Convenção Batista Piauiense, realizada no Sítio Batista Spiegel.

O tema desta Assembleia e da Convenção Batista Piauiense (CBPI) para 2023 é “Proclamemos a Verdade ao Mundo”, com divisa em II Timóteo 2.15: “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade”. O hino oficial é “Meu Senhor, sou Teu”, número 361 do Hinário para o Culto Cristão (HCC).

Tivemos 163 inscritos nesta edição da Assembleia. Mas, se levarmos em conta que as celebrações da noite eram abertas a todos, certamente recebemos um número bem superior de pessoas no Sítio Batista Spiegel.

Vale destacar o trabalho e desempenho da Diretoria (2021/2023) e auxiliares, desde escritório a cozinha, na 57ª Assembleia Bienal da Convenção Batista Piauiense.

Diretoria eleita da CBPI; da esquerda para a direita: Geovane, Tomaz, Bruna, Alex, Deusiano, Jair, Teonas, Jorge e Gilvan

O evento teve como preletor o pastor Daniel Ventura, diretor executivo da Ordem de Pastores Batistas do Brasil (OPBB).

No sábado (29) aconteceu a Ênfase Missionária na qual foram feitas diversas homenagens. A primeira homenagem foi ao querido e amado pastor Antônio José (“in memoriam”), por seu belíssimo trabalho realizado pela e com a CBPI que ficarão em nossas memórias e na história dos Batistas piauienses. Seguindo a noite foram entregues presentes em forma de agradecimentos aos pastores presidentes: João Pedro, Simão Neto e Paulo Roberto, por dedicação aos trabalhos realizados no biênio 2021/2023. E

encerrando as homenagens, presenteamos com um quadro de gratidão à Maria das Neves, Socorro Oliveira e Deronilce Bonfim, pelos longos anos de trabalho e experiências vividas na administração das CBPI.

Por fim foram realizadas as votações para nova Diretoria 2023/2025. Veja como ficou a Diretorial:

Diretoria 2023/2024

Presidente: Pr. Gilvan Barbosa Sobrinho

Primeiro Vice-Presidente: Pr. Jorge

Henrique Gonçalves

Segundo Vice-Presidente: Pr. Teonas Mauro Ferreira dos Santos

Terceiro Vice-Presidente: Pr. Jair Barros de Andrade

Primeiro Secretário: Deusiano Pereira dos Santos

Segundo Secretário: Alex Keoma da Silva Santos

Terceira Secretária: Bruna Tristão Pereira de Almeida

Primeiro Tesoureiro: Tomaz Edson Mendes dos Santos

Segundo Tesoureiro: Geovane Falco Ribeiro de Lima

Que Deus abençoe todo esse biênio. E que possamos diariamente citar II Timóteo 2.15: “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade”. n

Caravana missionária promove Operação Jesus Transforma Sergipe

Atividade durou 11 dias no mês de julho.

Edna Paz

missionária da Junta de Missões Nacionais

A Caravana Missionária, liderada pelos missionários coordenadores de Mobilização da Junta de Missões Nacionais, pastor Enoque e Edna Paz, contou com 46 voluntários de várias cidades do estado de São Paulo, que partiram rumo ao sertão sergipano, onde estiveram atuando nas cidades de Feira Nova, Nossa Senhora de Aparecida e Nossa Senhora da Glória - SE, dos dias 15 a 27 de julho.

Foram 11 dias dedicados a esse povo querido e amado por Deus. Evangelização, discipulado de casa em casa, Escola Bíblica de Férias, atendi-

Voluntários da Operação Jesus Transforma Sergipe Escola Bíblica de Férias foi uma das atividades realizada nos 11 dias de atividades

mentos odontológicos e multiprofissional, cortes de cabelo, limpeza de pele, esmaltação, esporte, dentre outras atividades realizadas. Profissionais de várias áreas puderam servir a Deus e ao povo nordestino demonstrando

compaixão e graça através das ações desenvolvidas.

Na ocasião, 266 cestas básicas foram doadas e abençoaram muitas famílias. Deus nos usou como instrumentos para levar as boas novas de

salvação e para cuidar das pessoas neste tempo aqui no Nordeste. Para glória de Deus, muitas pessoas foram alcançadas e transformadas pelo Poder do Evangelho! n

Sítio Batista Spiegel recebeu Batistas piauienses para 57ª Assembleia

Sermão da Campanha de Missões Mundiais 2023 por Marcos Paulo

Olhar para Jesus com a perspectiva de que Ele é o bom pastor, que deu a vida pelas ovelhas, é percebê-Lo como o Supremo Pastor que vive para as ovelhas. Muda muito, em nós, porque Ele mesmo se denominou assim, e fez isso como contraponto a outros tipos de líderes, filosofias e ideologias.

A Judeia é um lugar de desertos, montanhas e vales. Uma região que, naturalmente, não é agrícola, melhor para a criação de ovelhas. No verão, o pastor dormia junto com as ovelhas na porta do aprisco de pedras. Ninguém entrava a não ser que passasse por cima do pastor. E o pastor é quem entra pela porta; o ladrão não entra pela porta, não é legítimo porque é salteador

O bom pastor salva as ovelhas

Jesus é a porta da salvação “Quem entrar por intermédio de mim será salvo”. Não há outra forma de ser salvo (igreja, batismo, ritos, boas obras). Só Jesus é o caminho, o mediador entre nós e Deus. Jesus se posiciona como único salvador; Ele se apresenta como “a porta”.

Em um mundo pluralista como o

Jesus é o bom pastor que dá a vida plena

nosso, Jesus revela que Ele é o único que veio para nos salvar. Salvar do quê? Do “lobo”, da morte, do isolamento, do frio, do ladrão. É necessário entrar por Cristo Jesus para encontrarmos salvação.

Jesus é a porta da provisão, e nela “encontrará pastagem”. Somente Ele sabe onde há boas pastagens e nos levará a pastos verdejantes. Ele nos guia a um propósito eterno, e você tem paz, suprimento, justificação, perdão; temos a bênção do Eterno. Jesus não nos chama para a miséria, mas para a plenitude. Nossa identidade é resgatada à imagem de Cristo. Temos um encontro com o sentido da vida. Encontramos propósito para viver nesse mundo.

O bom pastor salva, com Sua vida, as ovelhas

Jesus se entrega voluntariamente. Ele não foi mártir, vítima do sistema, ou da traição de Judas, ou mesmo de Pilatos. Ele foi para a cruz voluntariamente. Deu a sua vida pelas ovelhas.

Ele se entregou sacrificialmente. Não morreu por nós porque merecemos, ou por termos predicados morais ou espirituais. Jesus se entrega vicariamente. Ele morreu na cruz em nosso lugar. Não apenas para possibilitar a salvação; foi por mim, por

nós. Morte substitutiva. Pelos nossos pecados. Ele sofreu em nosso lugar. A justiça de Deus, que fora violada, foi satisfeita! É por isso que, se estamos em Cristo, não há condenação sobre nós. Isso nos traz segurança!

O bom pastor chama e guia Suas ovelhas

Jesus fala àqueles judeus que Deus tinha outras ovelhas fora da família de Israel. Eles não eram exclusivos. Para o escândalo dos judeus, Deus suscitaria ovelhas de lugares que não imaginavam, vindas de outros apriscos. Isso transbordaria os muros do judaísmo; todas as nações seriam atingidas, e por isso estamos aqui!

Muitas vezes achamos ser os únicos. Queremos julgar quem é ou não ovelha. E como definir? “As minhas ovelhas ouvem a minha voz e discernem o que Eu falo”. Você discerne a voz do Seu pastor? Ouve através da palavra de Deus, da intimidade com Ele em oração e na leitura bíblica?

Deus é comunicativo, gregário, comunitário e relacional. Deus falava com o homem no Jardim do Éden na viração dia! Ele nos chama, nos convida! O evangelho é a voz do pastor chamando suas ovelhas. A fé vem pelo ouvir e o ouvir da palavra de Deus. O evangelho é o poder de

Deus para salvação.

Jesus está contrastando com os fariseus. Os fariseus tinham o foco na religiosidade e não na pessoa. A religiosidade protege o sistema e não a vida das pessoas. E Jesus nos mostra que somos dEle, propriedade exclusiva. Ele nos protege e guarda.

Autopreservação ou entrega?

Chama a atenção a situação do empregado que pensa na sua autopreservação, com sua manutenção. Os crentes que vivem a fé baseada no “toma lá, dá cá”, em que, em comparação, a “bolsa de valores do Reino” está em baixa, do ponto de vista deles, então pulam fora. A fé baseada no triunfalismo, que satisfaz as necessidades individuais, não está disposta a uma entrega total. Um discípulo de Jesus pensa no Reino e não na autopreservação.

Jesus “vira uma esquina” que deixa atordoados os fariseus e religiosos. Dar a vida não é o que eles esperavam! Queriam um combate e não uma entrega. Na mente deles, esperavam um pastor guerreiro e eles encontram alguém que se entrega para salvar!

O salvo não tem prazer no pecado; antes, é um acidente e não um hábito. Confissão e arrependimentos dos pecados fazem parte da vida dos discípulos de Jesus!  n

Igreja Batista Vida recebe viagem missionária da

JUBA Mata Centro em Pernambuco

É a quarta viagem em dois anos.

A Juventude da Associação Batista da Mata Centro de Pernambuco tem se desempenhado em proclamar Cristo como Única Esperança. Dentro dos últimos dois anos foram realizadas quatro viagens missionárias. Nestas viagens, jovens de várias Igrejas da Associação se juntam para passar um final de semana em alguma cidade do estado. Nesse período é feito evangelismo, panfletagem, cultos ao ar livre e ações sociais. Nos dias 29 e 30 de julho, uma destas viagens foi promovida, e desta vez o local onde as atividades foram realizadas foi Bonança, Distrito da cidade de Moreno - PE. A Igreja que recebeu a Juventude Mata Centro foi a Igreja Batista Vida, localizada no bairro chamado “Auto do Pau d’Arco”.

Esta querida Igreja está em processo de revitalização. O pastor interino desta Congregação é o pastor Adriano Borges, da PIB de Pombos, presidente da Associação. Ele deixou esta casa de oração a cargo do

seminarista Samuel Batista, que tem sido usado por Deus para fazer um trabalho notável de recuperação na Batista Vida. O seminarista Samuel sendo também o líder da JUBA Mata Centro resolveu convocar os jovens da Associação para também cooperarem com esta importante obra, afinal, como servos de Deus, devemos nos sentir responsáveis pela saúde de cada assentamento de santos; se uma Igreja necessita de apoio, é nossa obrigação atender, o “ide” de Nosso Senhor Jesus Cristo é uma ordem, se Ele morreu de braços abertos por nós,

zados a ruína de uma Igreja?

Nesta viagem missionária vale destacar o engajamento da Primeira Igreja Batista de Glória do Goitá - PE, cuja juventude e demais irmãos estiveram em peso apoiando a ação evangelística, e a Primeira Igreja Batista de MorenoPE, que também prestou grande apoio. Nesta viagem foi realizado evangelismo de porta em porta, com pesquisas para conhecermos melhor a realidade social e espiritual do local. Foi realizado um culto ao ar livre no sábado e à noite houve um culto evangelístico

no Templo da Batista Vida, em que a Igreja teve a oportunidade de ver seus bancos lotarem. O preletor do sábado à noite foi o pastor Fábio Mendes, da PIB de Glória do Goitá - PE, e os cânticos ficaram por conta do ministério de louvor da PIB de Moreno - PE. Neste dia foram distribuídas para abençoar a comunidade mais de 50 cestas básicas, para a glória de Deus tão somente.

No domingo foi realizado panfletagem na feira que funciona todos os domingos pela manhã em BonançaPE, com música e pregação ao ar livre. À tarde também, e dessa vez na rua do prédio da Igreja. À noite encerrou-se a viagem missionária com a pregação do diácono José Luiz, membro da Igreja Batista no Caic - PE.

Louvamos a Deus por nos conceder a Graça de poder contribuir com Sua obra de maneira tão gratificante, realmente nos tornamos pela Graça de Deus uma Juventude missionária que tem sido usada para abençoar Pernambuco. Podemos dizer como Neemias: “Estou fazendo uma grande obra e não posso parar” (Ne 6.3). Ao Rei dos Reis, toda honra e Glória. n

Primeira Igreja Batista em Água

Mineral - PI promove Escola Bíblica de Férias

Nathália dos Santos Abreu secretária da Primeira Igreja Batista em Água Mineral - PI

Na manhã ensolarada do sábado, dia 29 de julho, a Primeira Igreja Batista em Água Mineral promoveu um evento especial e animado para as crianças da comunidade: a tão aguardada Escola Bíblica de Férias (EBF). Com o tema “Em busca do tesouro perdido”, o evento foi organizado com carinho e dedicação pelas irmãs Giovanna Lyssa, Nathália Santos, Lorenna Santos, Rebeca Marreiro e Lohana Santos. Elas se empenharam para proporcionar um dia inesquecível para os pequenos.

Desde cedo, a movimentação tomou conta dos arredores da Igreja, com pais e crianças chegando entusiasmados para participar de uma jornada repleta de diversão e aprendizado. A equipe de organizadoras recebeu todos com sorrisos calorosos e uma atmosfera acolhedora que marcou o

início de uma aventura espiritual e lúdica.

A EBF também reservou momentos de louvor e adoração a Deus

As crianças cantaram músicas animadas, esses momentos de louvor foram oportunidades preciosas para ensinar valores cristãos e princípios bíblicos de uma forma cativante e lúdica.

Um dos momentos mais emocio-

nantes do evento foi a pregação da Palavra de Deus especialmente direcionada para as crianças. A mensagem foi ministrada com sensibilidade e adaptada para que todos pudessem compreender. E claro, não poderiam faltar os lanches deliciosos preparados com carinho pelas voluntárias. As crianças desfrutaram de um saboroso momento de confraternização, fortalecendo os laços de amizade entre elas e com os organizadores da EBF.

Ao final do dia, as crianças receberam lembrancinhas e um brilho nos olhos que revelava a felicidade de terem vivido um dia tão especial na presença de Deus e cercadas de amor e cuidado. A Escola Bíblica de Férias da Primeira Igreja Batista em Água Mineral - PI deixou uma marca profunda nos corações das crianças e de todos que participaram do evento. Com certeza, essa foi uma experiência que ficará gravada na memória e na vida espiritual de cada um.

Que a semente plantada nesse dia possa germinar e crescer, guiando essas crianças a um caminho de fé, amor e sabedoria, e que esse tesouro encontrado na EBF possa ser levado por toda a vida. Parabéns a todos os envolvidos por tornarem esse dia tão especial e significativo! Que a 1º Igreja Batista em Água Mineral continue a ser um farol de luz e esperança para a comunidade, trazendo sempre amor e acolhimento a todos que buscam a presença divina. n

João Vitor de Lima Ferreira

Membro da Igreja Batista em Bela Vista, Vitória - PE

“Em busca do tesouro perdido” foi o tema escolhido.

Juventude colaborou no processo de revitalização da Igreja local

Evento foi organizado com carinho e dedicação pela Igreja

PEPE Pernambuco promove capacitação para coordenadores e missionários

Mais de 40 Igrejas foram representadas.

Alzeni Duarte

professora, secretária da Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE

No dia 22 de julho, foi realizado no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) uma capacitação para coordenadores e missionários facilitadores do Programa de Ensino dos Princípios do Evangelho (PEPE Brasil). O objetivo do encontro foi fortalecer os PEPE’s já existentes e despertar nas Igrejas o desejo de implantar o programa para atender as crianças de suas comunidades

O Encontro teve como palestrantes a coordenadora do PEPE na Paraíba, professora Carmélia Rodrigues (“O que é o Pepe?”); o casal professora Iolanda Feitosa e professor José Feitosa (“Política de Inclusão”); o pastor Edvaldo Tavares (“Política de Proteção à Criança e ao Adolescente”); a professora Izia Brito (“Gestão Educacional Infantil”); a professora Raiza

Rafaely (“Desenvolvimento Infantil”); a coordenadora do PEPE em Pernambuco e organizadora da capacitação, missionária Alcione Lima (“Projetos do Pepe”); e a professora Alessandra Souza (“Projeto Minha Comunidade”).

A capacitação, com uma carga horária de oito horas, almoço incluso

na programação e realização da Ceia do Senhor no final, teve 60 participantes, representando 43 Igrejas. O evento teve o apoio da Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE, e contou com uma excelente equipe de suporte formada pelo doutor Abinadabe Pires, doutora Tânia Lima,

professora Alzeni Duarte e seu esposo Gilson Laurentino, pastor Nivaldo Lopes, pastor Marinaldo Lima, pianista Natanael Galvão, missionária Semíramis Ribeiro, professor Fábio Souza, Areli Duarte Lima, Anália Duarte Lima, Adriana Duarte, Ana Paula e Alexsandro Silva.  n

Convenção Batista Meio Norte do Brasil se reúne para 83ª Assembleia

Convenção Batista Meio Norte do Brasil

Aconteceu entre os dias 30 de ju nho a 02 de agosto, na Primeira Igreja Batista do Cordeiro, na cidade de São João dos Patos - MA, na Associação Missionária das Igrejas Batistas do Médio Sertão Maranhense (AMIBAM SEM), a 83ª Assembleia da Convenção Batista Meio Norte do Brasil (COMN BRASIL), com o tema “Proclamemos a Verdade ao Mundo”. O orador oficial foi o secretário Executivo da COMNBRA SIL, pastor Robson Kennedy Campelo Pita.

Uma Assembleia tranquila, deliberativa, abençoada e altamente missionária, contando com a presença de mais de 300 participantes e representados pelas Igrejas das seis Associações existentes na Convenção (três no estado do Piauí e três no estado do Maranhão).

A Meio Norte ou COMNBRASIL possui atualmente 211 Igrejas e 234 Congregações, num total de 445 trabalhos em pleno funcionamento para honra e glória de Deus.

Todas as seis associações foram representadas no evento.

Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil recebeu a Capacitação do PEPE

Assembleia da Convenção Batista Meio Norte do Brasil teve momentos inspirativos e de deliberações

Mais de 300 pessoas participaram da Assembleia da COMNBRASIL

Passando pelas tempestades

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob

Somos absolutamente frágeis. Passamos pelas tempestades com apreensão, medo e certos de que humanamente não podemos vencê-las. Há situações na vida que não entendemos, mas o Senhor sabe. Que tal descansarmos em Sua fidelidade?

A tempestade pela qual Jesus e os Seus discípulos passaram no Mar da Galileia (Mateus 8.23-27), é um interessante fato sobre o qual devemos nos debruçar e aprender lições preciosas. Nesse texto, temos duas reações distintas: a de Jesus, descansando; e a dos discípulos, inquietos, apavora-

dos, com medo e pânico. Nesse tempo conturbado, confuso e muito estranho, devemos ter em Jesus Cristo o nosso referencial, modelo ou exemplo a ser seguido.

A tempestade que estamos experimentando deve nos motivar a descansar (confiar, exercer a nossa fé) no Senhor e esperar nEle (Salmo 37.7). Podemos todas as coisas naquele que nos fortalece (Filipenses 4.13).

Quando temos medo, insegurança e desespero diante de situações adversas, ainda não estamos confiando naquele que é Soberano. Como o salmista no Salmo 121, precisamos elevar os nossos olhos para o alto, pois

é de lá que vem o nosso socorro. No Salmo 46, temos um exemplo clássico de tempestade e quietude. Em Sua natureza, o nosso Deus é Onisciente, Onipotente e Imutável.

Não nos esqueçamos de que Jesus Cristo, o Deus Filho, acalmou o mar (Mateus 8.26), e prometeu estar conosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mateus 28.20). Então, vamos confiar no Senhor, pois Ele jamais nos decepcionará. O Seu cuidado é perfeito. O Seu amor, imutável. Ele jamais se esquecerá dos Seus filhos tão amados (Isaías 49.15).

Que diante das tempestades da vida, sejamos encontrados exercen -

do a nossa fé na suficiência de Cristo, o Senhor. Ele tem todo o poder nos céus e na terra (Mateus 28.18). Há uma diferença entre conhecer o Salmo do Pastor (Salmo 23), e o Pastor do Salmo. Uma coisa é conhecer o Senhor de ouvir falar e outra coisa é caminhar com Ele por fé (Jó 42.5).

Apesar das circunstâncias difíceis pelas quais passamos, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou (Romanos 8.37). Nada, absolutamente nada, nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 8.38,39). n

Tendo novo ânimo nas aflições

Moisés Victor Guedes de Carvalho vice-Presidente e líder de jovens da Primeira Igreja Batista em GoianinhaRN; líder da Juventude Batista do Rio Grande do Norte

Texto inspirativo: João 16.33 Somos pessoas em constantes conflitos existenciais. Aqueles que podem até se caracterizar publicamente como o mais piedoso, o mais confiante, o mais esperançoso e o mais amoroso, até aqueles que têm em suas características morais evidentes, atributos acentuados associados a ansiedade, insensatez, insegurança, bem como, os que são reconhecidos por atitudes gravíssimas de comportamento moral decadente. Considero, mesmo assim, que todos nós somos indivíduos que temos que lidar com todo o caos que existe em nós se tivermos uma vida dissociada da Graça divina. Fracassamos quando somos

totalmente independentes e não teremos nenhuma capacidade de vivenciar o novo que o Espírito Santo quer fazer em nós e a partir de nós.

No contexto da narrativa Bíblica em destaque, Jesus estava se despedindo dos Seus discípulos e apontando para a obra do Espírito Santo, o Consolador. O capítulo expõe as reações daqueles homens que pareciam não entender todo o discurso, então Jesus vai logo afirmando que eles o abandonariam. Agora é hora de olhar para os nossos fracassos. Aqueles homens tiveram suas vidas transformadas, conviveram com Jesus, receberam uma missão digna de grande privilégio, mas o próprio comissionador reconhecia as limitações desses homens. Fracassamos quando não entendemos que o poder é de quem nos chamou, de quem nos comissionou a fazer discípulos e que nos condicionou a ter essa novidade de vida. Por que fracassamos? Alguns

teólogos acreditam que esses discípulos foram presunçosos e isso os tenha levado a não entender as palavras de Jesus nos versículos 29 e 30 e, penso logo, quantas situações revelam esse lado nosso, presunçoso, arrogante, autossuficiente e como isso nos leva a criar nossos objetos de segurança e confiança, totalmente apartados da ação do Espírito Santo. E não tem como, fracassamos, abandonamos quem não deveria.

Mas existe esperança para nós, para nossas famílias, para nossas Igrejas, para nossa Juventude. Uma promessa consoladora é revelada nesse versículo. Jesus olha para além do fracasso, percebe a restauração e termina seu discurso com encorajamento. Jesus não nos adverte sobre o nosso pecado para nos abater, não foi assim com os discípulos no contexto bíblico e não é assim conosco, mas para termos paz nele. Jesus nos

encorajou a ficar firmes e termos bom ânimo, porque passaríamos por todas essas aflições que afetam a nossa existência, mas a vitória está ao nosso alcance, na pessoa do próprio Jesus. Desse modo, aquele que era homem de dores, que estava prestes a trilhar seu vale escuro da morte, traz palavras notáveis, onde destaco: “não desanimeis”. Algo novo sempre irá acontecer se permitirmos que a ação do Espírito Santo mova sempre a nossa vida para vivermos o novo de novo, mesmo em meios às terríveis aflições.

Motivo de oração: que Deus traga encorajamento para nossa juventude em meio aos tantos conflitos vividos.

Colocando em prática: desenvolva disciplinas espirituais, como tempo contundente de oração e de leitura bíblica, para enfrentar todas as demandas, sabendo que os nossos conflitos são partes de nossa rotina. Disciplinas espirituais nos ajudarão a não desanimar. n

Por que a família é tão questionada hoje? (Parte 3)

Stelio Rega

Nos dois artigos anteriores, busquei desenhar o subsolo desse tema focalizando dois importantes itens, entre outros, que formam os pilares de sustentação da busca pela fragilização da família. De um lado está o individualismo e de outro a construção social e cultural dos valores e do comportamento.

Só recordando, o indivíduo sempre existiu, mas especialmente após o movimento histórico chamado de Iluminismo, ele é descoberto como unidade, isto é, como um ser que possui todos os atributos para decidir os rumos de sua vida independentemente de quaisquer influências, ligação ou dependência de outros. A família deixa de ser fonte de sua significação e referencial cabendo aos progenitores, no período da infância, tão somente apenas prover condições para que o indivíduo-filho possa assumir a sua vida como bem entender.

Com a construção social e cultural do comportamento e dos valores é possível, por sua vez, legitimar a obsolescência e desatualização do modelo de família como temos e, muito mais, o modelo que procede da visão bíblica, de caráter heterossexual, com compartilhamento de objetivos comuns que apontam para a construção de uma história compartilhada entre marido e esposa, em que os filhos seriam herança de Deus, para receberem e integrarem em suas vidas os valores bíblicos como referenciais para suas decisões na construção de sua história individual de vida.

Esses dois pilares se constituem hoje os mesmos que são utilizados para a legitimação do abortamento, cultura de gênero etc.

Então vamos tirar do indivíduo o direito de decidir? De modo algum, fomos criados como seres éticos, isto é, existimos para decidir como parte de nossa natureza. O ponto aqui reside na busca de quais fontes ou fundamentos utilizamos para referenciar nossas decisões como indivíduos. Temos algumas opções:

• Anomia: ausência de qualquer referencial para nos dar segurança em nossas decisões.

• Autonomia radical: quando deci-

dimos sem buscar qualquer referência externa. Como vivemos em comunidade, temos dependências relacionais na rede ou redes em que estamos inseridos, a autonomia radical nos levará ao individualismo e até mesmo a um certo estado de anarquia.

• Heteronomia: quando princípios ou normas vêm de fora do indivíduo. De certa forma vivemos em um ambiente heterônomo em que existem códigos legais a que devemos nos submeter. Ou em ambientes que possuem as normas que legitimam nossa convivência e decisões, como a cultura familiar, religiosa, um condomínio, uma empresa etc. E aqui entra mais um elemento que é o DEVER a um fator imperativo ou mandatório. Então perguntas como “O que eu QUERO? O que eu NECESSITO? O que eu POSSO?” acabam sendo limitadas pelo que eu DEVO.

Se cada um de nós vivesse independentemente em uma ilha sem quaisquer relacionamentos ou dependências, seria fácil escolher a autonomia radical, mas isso não é a realidade. No futuro será possível aprofundar esse tema. Por outro lado, como lidar com a construção social ou cultural de valores e comportamento?

O que é cultura? Há enorme variedade de definições. Vamos utilizar a de H. Richard Niebuhr: “cultura é o ambiente artificial e secundário que o ser humano sobrepõe ao natural. Ela abrange a linguagem, hábitos, ideias, crenças, costumes, organização social, artefatos herdados, processos técnicos e valores”.

Vejam que praticamente a vida toda de uma pessoa está inserida no ambiente cultural. Do ponto de vista teológico penso que a construção cultural estaria no Plano da Criação, mesmo antes da rebelião no Éden (Gênesis 3). Tenho a hipótese de que nascemos para a convivência, portanto à medida que a vida ia ocorrendo, o ser humano iria elaborando sua vida e escolhas dentro da construção relacional para o qual foi criado. O texto bíblico mostra que Deus passava pela viração do dia no jardim (Gênesis 3.8), provavelmente para dialogar com Adão e Eva sobre como teria sido o dia deles nas escolhas gestão do jardim e nas demais situações do dia. Como Criador, Deus provavelmente iria abrir um diálogo

com eles para orientá-los, e, se houvesse necessidade, em como seriam melhores caminhos para suas escolhas para o dia seguinte.

Em outras palavras, Deus criou o ser humano, como um ser ético, e com autonomia, dentro das limitações naturais de sua própria finitude. Dia após dia ia orientando Adão e Eva para suas escolhas e sinalizando os melhores e corretos caminhos dentro do que eu chamo de Plano da Criação. Então, era uma autonomia crescente e aprendente. E a cultura, conforme vimos acima, iria sendo construída dentro desse espaço de autonomia de modo que o Plano da Criação pudesse seguir em sua normalidade, sem dilemas relacionais, com respeito ao ambiente, gestão equilibrada dos fenômenos da natureza, respeito à finitude da natureza humana etc.

Com a rebelião (Gn 3), houve o afastamento do Plano da Criação e o ser humano foi deixado a viver a vida por si mesmo, de modo que a cultura foi sendo elaborada ao longo da história a partir da própria vontade humana abrindo espaço para tempestades relacionais e tudo o mais que foi construindo a história humana como a vemos na linha do tempo.

O que desejo mostrar com tudo isso?

Que, de qualquer modo, o indivíduo existe historicamente e que a cultura existiria, pois é o ambiente artificial e secundário que o ser humano sobrepõe ao ambiente natural criado por Deus. E o ser humano iria considerando-se a si mesmo, como indivíduo a partir de sua natureza criada, a partir das especificações naturais do Plano da Criação e os ideais desse mesmo Plano iriam mantendo a estabilidade na convivência humana.

Então, para nós cristãos, a cultura e seus fenômenos, bem como a individualidade necessitam ser considerados à luz dos ideais bíblicos. Como a cultura abrange a elaboração e construção de diversos componentes que fazem parte natural da vida (linguagem, hábitos, ideias, crenças, costumes, organização social, artefatos herdados, processos técnicos e valores etc.), seriam esses mesmos componentes elaborados e construídos à luz dos princípios constitutivos

do Plano da Criação. Com a rebelião no Éden (Gênesis 3), o ser humano passa a se valer de seus próprios ideais, escolhas e instintos para elaborar esses componentes como desejar e sem a orientação natural do Criador.

Assim, para nós cristãos, toda dinâmica cultural em que vivemos hoje necessita ser avaliada à luz dos ideais do Plano da Criação, que temos revelado nas Escrituras, que é a Palavra de Deus. Então, perguntas sobre o modelo e papel da família, do matrimônio, da sexualidade etc. passam a ser validados pelas Escrituras, ainda que culturalmente sejam estabelecidos, e até legalizados pelas normas constituídas. O mesmo a respeito do que seja o indivíduo e seu papel na vida.

Em resumo, a cultura existe e existiria mesmo sem o movimento de rebelião no Éden, e hoje, nosso papel, como cristãos, é validar os fatos culturais e da vida individual a partir do que temos como princípios e valores bíblicos. Desenvolver matrimônios e famílias sólidas que possam capacitar nossos filhos como sujeitos históricos participantes da construção da vida, em vez de serem consumidores da realidade, e em vez de serem sujeitos manipulados por ações destruidoras de sua identidade presentes na cultura em que vivemos.

A salvação deve representar mais do que mero cartão magnético para ingressar na Nova Jerusalém quando Jesus vier. Ao aceitarmos o evangelho, somos por Deus considerados nova criação (II Coríntios 5.18) que retorna ao Plano da Criação para reconstruir a vida a partir de seus valores e ideais em que a Bíblia passa a ser nosso guia e referencial para validar quaisquer outros padrões e valores na construção de nosso projeto pessoal de vida, do matrimônio e da família.

Como Igreja, Deus nos chama para vivermos como uma comunidade de contraste diante de um mundo sem Deus e sem coração. Vivermos como sal e luz, como embaixadores do reino e isso deve nos levar a conhecermos a nossa cultura, conhecermos a Palavra de Deus, a buscarmos segui-la em nossas decisões e escolhas.

Desejando entrar em contato: rega@batistas.org

Instagram: @lourencosteliorega

Lourenço