OJB EDIÇÃO 29 - ANO 2023

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Associação Nacional de Escolas Batistas promove encontro anual em Belo Horizonte

A Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB) promoveu o seu encontro anual em Belo Horizonte - MG, afirmando o papel da escola cristã como propagadora do Evangelho. Este encontro aconteceu na Unidade Buritis do Colégio Batista Mineiro, e contou com 72 representantes, de 31 escolas Batistas de todo o Brasil, nos dias 30 de junho e 01 de julho. Leia a matéria completa na página 12.

Jesus Transforma!

Junta de Missões Nacionais realiza ações em Santa Catarina, Tocantins e Ceará

Compartilhar a história

Jovem fala da importância de contar a história da denominação às novas gerações

Homenagem em vida

Convenção Batista

Escola Bíblica de Férias

Memorial

Artigo lembra a importância da EBF para a evangelização de crianças

ISSN 1679-0189
ANO CXXII EDIÇÃO 29 DOMINGO, 16.07.2023 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
R$ 3.60
Mineira inaugura Pr. Francisco Mancebo Reis
pág. 07 pág. 09 pág. 10 pág. 14
Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista Missões Mundiais Ponto de Vista

A Associação Nacional de Escolas Batistas

A ANEB, Associação Nacional de Escolas Batistas, é um órgão consultivo, representativo e coordenador da educação secular promovida pelos Batistas brasileiros, por meio de suas instituições de ensino de todos os níveis e graus, regida por princípios cristãos, sob a égide e orientação da Convenção Batista Brasileira.

Missão

Representar e integrar as Instituições Educacionais Batistas associadas e promover educação acadêmica de excelência, fortalecendo a natureza confessional com base em valores e princípios bíblicos.

Visão

Ter reconhecimento como entidade representativa das Instituições Educa-

cionais Batistas, nas quais seus alunos alcancem sabedoria e conhecimento, demonstrados em suas vidas pelo caráter, liderança, serviço e vida devocional.

Valores

Compromisso com a Bíblia como fundamento;

Cooperação nas realizações e no desenvolvimento de soluções; Integração de conhecimentos e de experiências para crescimento corporativo;

Unidade de princípios e propósito entre associados;

Excelência em todas as ações como expressão do caráter de Deus.

Histórico

Em 1963, os diretores de Estabele-

cimentos de Ensino Batistas, que se reuniam em Vitória - ES, por ocasião da Assembleia da Convenção Batista Brasileira daquele ano, criaram a Associação Nacional das Escolas Batistas, com o propósito formar o pensamento Batista da educação e de aproximar as escolas e seus diretores.

Dentre os seus organizadores, destaca-se o pastor Dr. Werner Kaschel, como membro que foi da Comissão Especial da Junta Executiva da CBB, quando da preparação dos estudos que tornaram a ANEB órgão auxiliar da CBB, em sua Assembleia realizada em 1967, em Belo Horizonte. Podemos dizer que a ANEB tem experimentado duas etapas distintas. A primeira de 1963 a 1990, quando tratou somente dos assuntos e interesses das instituições e dos di -

( ) Impresso - 160,00

( ) Digital - 80,00

retores.

Na segunda etapa, de 1990 até os dias atuais, a ANEB se reestruturou, passou a trabalhar a inserção dos professores em seus congressos, bem como aprofundar o debate de interesse organizacional e administrativo dos colégios afiliados.

A ANEB já realizou grandes congressos nacionais e regionais, os quais têm se constituído em momentos ricos e inspirativos, de alto teor pedagógico, cultural e espiritual, desenvolvendo o aperfeiçoamento de administradores, professores e capelães das escolas afiliadas.

A ANEB realizou ainda diversos encontros de Diretores, todos com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da Gestão Administrativa e a busca da excelência na área Pedagógica. n

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904);

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L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda

A TRIBUNA

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23
EDITORIAL
REFLEXÃO

Jonatas Nascimento

Indubitavelmente, a série de artigos de minha autoria publicados aqui em OJB que mais despertou interesse foi aquela em que falei das “razões pelas quais toda Igreja deve atualizar o seu estatuto”.

Tenho insistido em dizer que cada Igreja possui as suas particularidades e por isso faço coro com os operadores do Direito que pregam que estatuto algum deve ser copiado. Em minhas sugestões tive o cuidado de não entrar na seara doutrinária ou assuntos internos, pois esses aspectos são privativos do pastor e da Igreja local.

Portanto, o que eu apresento são meras sugestões, elaboradas a partir das minhas reflexões em face da vivência duradoura em ambiente ecle-

siástico. Um conselho eu dou: que nenhuma Igreja fique inerte ante tais orientações. Se a sua Igreja aproveitar pelo menos uma, já me sentirei recompensado.

Os artigos na íntegra podem ser encontrados no Portal da CBB.

Primeira sugestão: Possibilidade de inserção no estatuto de atividades de saúde, educação e assistência social, sem risco de perda da imunidade tributária;

Segunda sugestão: Categorias diferenciadas de membros;

Terceira sugestão: Voluntariado: Natureza dos trabalhos desenvolvidos em espaços eclesiásticos;

Quarta sugestão: Possibilidade de o pastor titular não ocupar a função de presidente;

Quinta sugestão : Realização de

Vamos atualizar o estatuto da sua Igreja?

assembleias virtuais, presenciais ou híbridas;

Sexta sugestão: Cuidados na elaboração de dispositivo que trate de questões de ordem ética, moral ou ideológica (aborto, união homoafetiva, pena de morte, eutanásia, porte de arma, relação estado x igreja, ideologia de gênero, ecumenismo, divórcio e novo casamento, teologia inclusiva, relação com as novas “igrejas evangélicas”);

Sétima sugestão: Especificar a versão bíblica mais fiel, a juízo da liderança espiritual ou, no caso dos Batistas, aquela sugerida pela Convenção Batista Brasileira;

Oitava sugestão: Possibilidade de aceitação de membros de outras denominações, batizados por imersão;

Nona sugestão: Verificar a necessidade de o estatuto contemplar aspec-

tos da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e EI (Estatuto do Idoso); ECAD (Direitos Autorais);

Décima sugestão : Ampliação do tempo de mandato da diretoria; e Décima-primeira sugestão: Ministros religiosos auxiliares: Tratamento análogo ao do ministro titular, a saber, o pastor.

Nota: Para conhecer o meu trabalho, visite, comente, inscreva-se e tire dúvidas no canal Cartilha da Igreja Legal no YouTube n

Jonatas Nascimento, diácono. Autor da obra Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasnascimento@hotmail. com

Jesus, o mestre das moléculas

“Nele tudo subsiste” (Cl 1.17).

Desde os primórdios, Jesus Cristo tem sido fonte de adoração, inspiração e debate. Neste nano ensaio, meu foco é a inteligência de Jesus, analisando suas habilidades extraordinárias e o impacto de suas ideias no mundo.

Jesus, em termos puramente materiais, demonstrou a capacidade de transformar a estrutura molecular da água em vinho. Esse conhecimento permitiu-lhe também multiplicar uns poucos pães e peixes para alimentar multidões. Ele tinha a capacidade de criar matéria a partir da energia que ele sabia extrair dos “céus”.

Essas habilidades levaram as pessoas a tentarem fazê-lo rei. De certo, alguém capaz de manipular a equação energia/matéria (a famosa E=MC2) poderia realizar qualquer coisa. Para se

ter uma ideia, toda energia da nossa galáxia, a via láctea, não é suficiente para transformar aqueles aproximadamente 50 litros de água em vinho... Jesus fez o que a física nuclear chama de fusão nuclear fria, o sonho de todo físico e químico da atualidade. Ele podia transformar areia em ouro e pagar a dívida externa de qualquer país do mundo, por mais falido que esteja... Você não acha que Jesus poderia se eleger hoje presidente ou primeiro-ministro de todos os países da Terra?

Ele era capaz de transformar tecidos doentes em tecidos saudáveis no corpo humano, trazer vida à morte após quatro dias de morto. Sabia suspender a lei da gravidade, interferir no clima e eliminar árvores estéreis sem ferramentas. Só necessitava de uma palavra “haja”! Certamente, Jesus deve se divertir com as descobertas que hoje são reconhecidas com prêmios Nobel.

No campo da ética, ele trouxe um entendimento da vida que tem influen-

ciado mais do que qualquer outro, no pensamento mundial. Uma das maiores provas de sua inteligência foi a sua capacidade de morrer fisicamente e, em seguida, continuar vivendo após a morte. Ele conquistou e derrotou a morte de uma forma que vai além da moderna criogenia usada por vários bilionários que esperam ser trazidos de volta à vida no futuro, quando houver cura ou rejuvenescimento disponíveis. (criogenia é o processo que se propõe preservar o corpo humano congelando-o a -196C com nitrogênio líquido, também denominado de criônica).

A morte não foi imposta a Jesus pelos romanos. Em um momento de crise, Ele deixou claro aos Seus seguidores, que poderia convocar 72.000 anjos para fazerem o que ele ordenasse. Apenas um anjo de porte médio seria suficiente para cuidar daqueles que pensavam que o estavam matando. Ele afirmou claramente: “ninguém tira a vida de mim; ao contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade

para entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai” (Jo 10.18).

Todas essas demonstrações mostram Seu domínio cognitivo e prático em todos os aspectos da realidade física, moral, emocional e espiritual. Ele é o Senhor porque é o Mestre. Jesus é verdadeiramente o Senhor, embora isso seja muitas vezes subestimado por aqueles que hesitam em reconhecer sua superinteligência.

Jesus não é apenas bom, mas brilhante. Ele é o homem mais sábio e inteligente que já viveu na Terra. Atualmente, ele supervisiona o curso da história mundial (Apocalipse 1.5), enquanto prepara o restante do Universo para o nosso papel futuro nele (João 14.2). Ele sempre tem a melhor informação sobre todas as coisas, especialmente as mais importantes para a vida humana. Seus ensinamentos sobre quem possui uma vida digna diante de Deus revelam verdadeiramente quem são os bem-aventurados.

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23
Wilson Franklim pastor, membro da Igreja Batista do Parque São Basílio - RJ
n DICAS
REFLEXÃO
DA IGREJA LEGAL

Amigos que “entram no jogo”

Estamos assistindo a um drama de nossa seleção brasileira de futebol, com sucessivas derrotas e ainda sem um técnico titular, com uma atuação em campo que é insuficiente. Fiquei pensando sobre o Dia da Amizade, que é comemorado no dia 20 de julho, e percebi o quanto um amigo tem muito a ver com o futebol, como disse um e-mail que recebi muito interessante sobre esse tema que adaptei para este texto.

Todos desejam que a vida seja como uma partida; deste que é o esporte mais popular do Brasil, com craques bem conhecidos, como Pelé, Garrincha, Ronaldinho, Kaká, Neymar, dentre outros. E como precisamos driblar todas as tristezas e matar no peito todas as angústias para ter uma vida mais alegre no dia a dia.

Precisamos mostrar cartão amare-

Missão sem preconceitos

lo para a mentira e a falsidade e mostrar cartão vermelho, com coragem, para os nossos medos. Que possamos mandar para a lateral pessoas que são falsas. E se alguém sofrer uma derrota, que essa sirva de lição, sem deixar revolta. Que possamos chutar para escanteio as más amizades e não cometer nenhuma falta com os adversários ou amigos.

É mais que necessário fazer belíssimos gols, conquistar e comemorar verdadeiras e leais amizades. E quem “joga bem”, pode realizar-se e ser um(a) verdadeiro(a) campe(ã)o na vida!

Mas, torna-se fundamental fazer lindas jogadas de paz e amor e comemorar muito. Os verdadeiros e leais amigos, com certeza, estarão na arquibancada, aplaudindo muito!

Certamente que eu e você estamos na plateia da vida, torcendo para que nossos amigos e amigas façam belíssimos gols e vençam sempre em

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).

A mensagem bíblica nos ensina que Jeová não se revelou como a propriedade cultural de apenas um povo. De acordo com a narrativa de Marcos, a última ordem que Jesus nos deu foi endereçada a todas as pessoas, não importando sua nacionalidade: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem o Evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15).

Gostar dos diferentes é uma postura que contraria nossos ensinos tradicionais. Desde nossa infância, nossos pais e responsáveis nos

sua vida! E, é claro, esperando dos que dispõem de nossa amizade também ajam desta forma.

No entanto, nada disso terá valor se não pedirmos orientações para o Senhor, que é nosso técnico para o

Arrependimento

O texto de Lucas 15.11-24 narra a parábola do filho pródigo. É uma história conhecida de um pai e dois filhos.

O mais novo decide pedir sua herança ao pai; ele queria sua liberdade, decidiu viver por conta própria. Estava inquieto dentro de sua própria casa, mesmo tendo tudo. Ele exigiu seus direitos, riquezas e foi embora, morar longe e distante; começou a gastar todo os seus

bens e viver de forma irresponsável. Como consequência da sua falta de habilidade com os recursos adquiridos, ele perdeu tudo, faltou-lhe maturidade.

O texto bíblico diz que longe do pai ninguém lhe dava nada, e ele começou a passar necessidades e o único emprego que conseguiu foi cuidar de porcos.

Quais lições podemos aprender com este texto? Quero destacar o arrependimento.

O que é arrependimento? É a principal exigência para que possamos receber

perdão de pecados. Tem início na conversão. É mudança de mente, é tomada de decisão, é uma atitude. É um ato divino que transforma o homem, mas que depende de sua reação positiva, uma vez inspirado pela fé. É o começo do processo de santificação. A Bíblia diz que sem a santificação, não veremos a Deus.

Na parábola do filho pródigo, temos o esbanjador arrependido; ele reconhece o seu erro. O filho toma duas decisões muito importantes: a primeira é o desejo de consertar a sua vida com

transmitiram a ideia de que bom é aquilo que é nosso, daquilo que é culturalmente praticado pelo nosso grupo, desde a língua que falamos, até os alimentos que ingerimos. A grande revolução instituída pelo Cristo é aquela que encara os diferentes como a manifestação universal do amor multifacetado de Jeová. Cristo continua abrindo as portas do paraíso, recebendo as pessoas que reconhecem os próprios pecados e que aceitam o perdão transformador do Espírito Santo. Ao mesmo tempo que anula nossos preconceitos, Cristo constrói em nós a poderosa postura do amor divino. Nossa missão deve ser sem preconceitos!

jogo da vida, sempre ao nosso lado, juntamente com seu auxiliar, o Espírito Santo que habita em nós para que saiamos as “melhores táticas” desta partida terrena antes que ela termine. n

o seu pai. E a segunda é confessar os pecados e arrepender-se.

O arrependimento não é remorso, mas é uma atitude de mudança. O filho representa pessoas que estão longe do pai e querem reconciliar-se com Deus. E Deus estará sempre de braços abertos para receber de volta todos que se arrependerem.

Filho nunca deixa de ser filho, mas quando erra, perde a comunhão. A comunhão precisa ser restaurada e ela é através do arrependimento. n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23
Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB
Olavo Fe ijó
Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB
REFLEXÃO
pastor & professor de Psicologia

Família e espiritualidade cristã

A família é uma instituição fundamental na vida de qualquer pessoa, e para os cristãos, a espiritualidade é um aspecto importante, que deve ser cultivado dentro do ambiente familiar. A espiritualidade cristã é a base da vida cristã, e é através dela que as famílias cristãs podem encontrar a paz, a harmonia e a felicidade que buscam.

Podemos observar alguns aspectos da espiritualidade na família como:

A importância da oração em família

A oração é uma das principais formas de cultivar a espiritualidade cristã em família. Através da oração,

as famílias podem se conectar com Deus e fortalecer seus laços uns com os outros. A oração em família é uma oportunidade de agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas, pedir orientação, proteção e de interceder pelos membros da família e pelos outros que precisam de ajuda.

A leitura da Bíblia em família

A leitura da Bíblia é outra forma importante de cultivar a espiritualidade cristã em família. É a Palavra de Deus e contém ensinamentos valiosos que podem ajudar as famílias a enfrentar os desafios da vida. A leitura das Escrituras em família pode ser uma oportunidade de aprendizado, reflexão e crescimento espiritual.

A prática da generosidade e compaixão em família

A prática da generosidade e da compaixão é um aspecto importante da espiritualidade cristã e as famílias cristãs podem encontrar muitas maneiras de praticá-la juntas. A generosidade e compaixão podem ser expressas através de atos simples, como ajudar um vizinho em necessidade, doar roupas ou alimentos para os necessitados, ou participar de projetos sociais e comunitários. A prática da generosidade em família pode ajudar a fortalecer os laços familiares e a cultivar a sensibilidade e a empatia pelos outros.

A importância da comunhão em família

A comunhão é um aspecto fun -

Entre os sofrimentos do presente e a glória por vir

“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para se comparar com a glória por vir a ser revelada em nós” (Rm 8.18).

Nossa passagem ou vida nesse mundo está compreendida entre os sofrimentos de todos os mortais e a glória de Deus por vir, por ocasião da volta de Jesus a esse mundo.

Os sofrimentos não são advindos da vontade de Deus, mas, sim, de sua justiça sobre o voluntário ato do ho-

mem de desobedecer a lei estabelecida para Ele, pelo Criador. “E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher, e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses: maldita é a terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua existência” (Gn 3.17).

Por essa maldição, a terra se tornou o grande palco dos variados e enganosos prazeres para o ego humano viciado para o mal, que, por sua vez, gera os sofrimentos relativos a eles. Nosso ser fadado a um fim nesse mundo, inevitavelmente caminha por um processo degenerativo até a morte. Nisso está contido

os sofrimentos do tempo presente: Enfermidades, violências, injustiças, desigualdades sociais, ingratidões, que são alguns exemplos desses sofrimentos, todos promovidos por ações humanas.

Mas o Senhor, em Sua infinita misericórdia para com todos, anuncia que, por piores que sejam esses, de longe não se comparam com a Sua glória por vir. Essa glória será revelada na volta de Jesus ao mundo, onde a todos que por aqui passamos, fará ressurgir de suas sepulturas, para o seu julgamento final. Esse juízo terá por base a resposta que demos ao Seu ato de ter vindo ao mundo, ao ser oferecido em sacri-

damental da espiritualidade cristã e as famílias cristãs podem encontrar muitas maneiras de cultivá-la juntas. A comunhão pode ser expressa através de momentos de conversa, de partilha, de risos e de celebração. A comunhão em família pode ajudar a fortalecer os laços familiares e a cultivar a alegria e a gratidão pela vida.

Em resumo, a espiritualidade cristã é um aspecto importante que deve ser cultivado dentro do ambiente familiar. Através da oração, da leitura da Bíblia, da prática da generosidade e compaixão da comunhão, as famílias cristãs podem encontrar a paz, a harmonia e a felicidade que buscam. A espiritualidade cristã pode ajudar as famílias a enfrentar os desafios da vida com mais serenidade e confiança em Deus. n

fício ao Pai, para nos resgatar da condenação que o pecado nos imputou: o sofrimento eterno. “Quando vier o Filho do homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono de sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda” (Mt. 25.31-33). As ovelhas serão as que responderam sim a Jesus; os cabritos os que responderam não a Ele.

Diante dos sofrimentos presentes, diga sim a Jesus e aguarde a manifestação de Sua glória. n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23 REFLEXÃO

A

Mesa: O encontro de afeto e união familiar

Na Bíblia encontramos vários textos que abordam o valor da refeição em família. A mesa, nos tempos bíblicos, era diferente das que temos hoje. Algumas passagens bíblicas, nos dão ricas lições dos benefícios das refeições em família. Coisas importantes, na história bíblica, aconteceram ao redor da mesa. Nos textos abaixo, podemos perceber que ao redor da mesa, num ambiente de refeição em família, o mais importante não era o que se comia, mas o ambiente de aceitação, amor, conversação, instrução, compartilhamento e ministração.

Reconciliação e perdão

Uma das passagens mais lindas de toda a Bíblia é o reencontro de José com seus irmãos (Gênesis 42 a 45). O perdão de José aos seus irmãos se deu num ambiente de refeição (Gênesis 43.31-34). Lendo esse texto podemos chegar à conclusão que muitas vezes podemos externar nosso arrependimento, pedir perdão ou liberar o próprio perdão ao redor da mesa.

Conheço um amigo que precisava pedir perdão a um colega. Pediu para que a esposa preparasse um jantar, convidou esse colega e sua esposa, para jantarem em sua casa e na presença de todos, inclusive dos filhos, externou

seu arrependimento e suplicou pelo perdão que foi prontamente atendido. O ambiente foi de pura espiritualidade e comunhão ao redor da mesa.

Lembranças

Em Êxodo 12.1-20 encontramos Deus orientando o povo para usar a refeição em família para relembrar a libertação do Egito. Use os momentos das refeições para lembrarem o quanto Deus tem sido bondoso para com sua família. Lembrem juntos o que Deus tem a favor da família.

Ministração

Jesus usou um momento de refeição, na casa de um fariseu, para ministrar lições valiosas para os seus discípulos (Lucas 14.1-14). Naquela oportunidade falou sobre as prioridades do Reino e do valor da humildade. Aproveite as refeições em suas casas para discipular seus filhos e transmitir preciosidade eternas para suas vidas.

Instrução

Deuteronômio 6.4-8 é um texto muito conhecido. Embora a palavra “mesa” não apareça no texto, podemos concluir que o momento que a família se sentava

à mesa era de sua importância para os pais instruírem seus filhos a respeito de Deus e de Sua vontade. “Converse sobre elas quando estiver sentado em casa”, nos aponta que o momento da refeição é um lugar propício para ensinar os filhos a respeito das coisas espirituais.

Orientação

Deuteronômio 14.3-27 é um texto que narra sobre os alimentos proibidos e permitidos em Israel. À mesa também podemos conversar com os filhos sobre o valor de uma boa refeição e os benefícios que um alimento rico em fibra, proteína e vitaminas podem fazer ao organismo.

Compartilhamento

Jesus também usou um ambiente de refeição, ao redor da mesa, para compartilhar sua dor e sofrimento (Mateus 26.17-30). Podemos aproveitar um ambiente de refeição para abrir o coração e compartilhar com nossos queridos as preocupações, ansiedades, dores e sofrimentos.

Lugar de sonhar

Gênesis 24.50-60 narra como se deu o acerto de casamento de Isaque

e Rebeca. Com certeza hoje, em nossa sociedade, não é recomendável. Mas o que está por de trás do texto é que podemos usar as refeições em família para compartilhar com os filhos os nossos sonhos, como pais e mãe, a respeito dos seus futuros maridos e esposas. Aproveite as refeições em sua família e conversem com seus sobre casamento, namoro e noivado.

Alegria

Jesus usou a figura da refeição para falar de alegria (Apocalipse 3.20). Cear com alguém está associado, na cultura hebraica, a momentos de alegria. Transforme as refeições em sua família em momentos de alegria, de riso e de contentamento.

Concluindo, procure fazer das refeições momentos marcantes em família. A mesa é um lugar propício para deixar um legado para seus filhos e entes queridos.

E na sua família, você e sua família tem valorizado as refeições ao redor da mesa? n

Gilson Bifano Palestrante, escritor e coach na área de casamento e família. Siga-me no Instagram: @gilsonbifano oikos@ministeriooikos.org.br

Qual o sentido da vida?

Gleyds Silva Domingues

membro da Igreja Batista do Bacacheri - PR; pós-doutora em Educação e Religião; doutora em Teologia, mestre em Educação. Licenciada em Pedagogia e Educação Cristã; bacharel em Direito e Teologia; professora do Programa de Mestrado Profissional em Teologia das Faculdades Batista do Paraná e do Programa de Mestrado em Ministérios da Carolina University

“Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; tinha vivido com seu marido sete anos depois de se casarem, então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite. Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a

Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (Lucas 2.36-38).

Você sabe qual o sentido da vida? Você consegue descrever o sentido em uma pequena frase? Será que a sua vida tem sentido? As respostas a estas perguntas revelam a forma como você enxerga a realidade e, principalmente, a sua vida cristã. Por isso, é essencial saber o que você pensa sobre isso.

O texto bíblico revela sobre a atitude de uma mulher que encontrou uma maneira de não perder o objetivo da sua vida. Observe, que ela exercia a atividade de profetisa, então, pode-se inferir que era uma mulher que tinha um relacionamento íntimo com o Senhor, a tal ponto de proferir a mensagem em Seu nome.

Perceba, também, que ela tinha uma vida e um relacionamento que requeria dela comprometimento e atenção, no que o texto bíblico afirma que ela o fez enquanto estivera casada. Então, ela cumpriu com sua missão de esposa. Isso quer dizer que Ana investia em seu casamento e sabia que isto também era importante.

Na sequência, o texto bíblico relata que Ana encontrou uma maneira de viver a sua velhice, ela se dedicou totalmente ao Senhor, a viuvez não foi motivo para a acomodação ou o lamento, antes ela percebeu que sua missão, ainda, não havia sido concluída. Ana compreendeu que sua vida tinha um sentido: glorificar a Deus.

Mesmo na velhice, Ana não deixou de anunciar a mensagem da boa nova, pois, incessantemente testemunhava

sobre o menino que traria salvação para todos. Ela acreditava na promessa e nutria esperança. Olhando para o relato bíblico, pode-se retirar alguns ensinos: a) não existe um tempo definido para glorificar a Deus; b) a vida só tem sentido em Cristo; c) nossa missão só finaliza com a morte; d) investir nos relacionamentos deve ser a nossa meta; e) agir com sabedoria e prudência é um passo para ter uma vida equilibrada; f) testemunhar de Cristo deve ser a motivação da vida cristã.

Então, agora pense e reflita em como esta história impacta a sua vida, a sua missão e os seus relacionamentos.

Ore ao Senhor e confie em suas promessas, pois se Ele prometeu, com certeza irá cumprir. Que esta seja a sua direção e escolha. Tenha uma semana abençoada!

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23 VIDA EM FAMÍLIA REFLEXÃO
n

Jesus ainda transforma!

O mês de julho é marcado pelas ações Jesus Transforma. Elas são ações evangelísticas, nas quais voluntários de todo Brasil se reúnem para anunciar o Evangelho, de Norte a Sul do país. Nos primeiros dias do mês, vimos a mobilização missionária acontecer em três estados: Palmas, em Tocantins; Biguaçu, em Santa Catarina; e Vale do Cariri, no Ceará.

A ação de Palmas tinha como objetivo alcançar as crianças. Para a glória de Deus, muitos meninos e meninas ouviram o Evangelho em sua linguagem, de forma dinâmica e intencional. Com isso, ouvimos relatos de crianças que confessaram Jesus como seu Salvador! Esse é o maior e melhor investimento que podemos fazer em uma criança.

Já em Biguaçu, em meio ao frio catarinense, os voluntários tiveram os corações aquecidos ao cumprir o chamado de Jesus. Eles foram de casa em casa, visitaram comércios, ruas, praças e casas de recuperação. Cada oportunidade foi aproveitada para apresentar Jesus e, pela graça de Deus, vimos conversões acontecerem!

No Vale do Cariri, no sertão cearense, não foi diferente. Durante um culto, por exemplo, 7 pessoas se converteram! Em todo o canto, mais pessoas se renderam a Jesus, seja o ar livre ou dentro de uma casa. Louvado seja Deus por cada vida que ouviu o Evangelho transformador.

Quanta coisa linda Deus tem proporcionado! Não podemos parar! Há festa em nosso meio e nos céus quando existe um verdadeiro arrependimento. Vale a pena fazer Cristo conhecido em lugares desconhecidos. Vale a

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23
MISSÕES NACIONAIS
pena doar-se parar ganhar vidas. Vale a pena usar um período de férias para Jesus ainda transforma! Você crê

Assembleia da União Feminina de Duque de

Caxias - RJ reúne cerca de 300 mulheres

Essa foi a 62ª edição do encontro.

Cerca de 300 mulheres de todas as partes de Duque de Caxias - RJ se reuniram no dia 24 de junho, na Segunda Igreja Batista da cidade para a realização da 62ª Assembleia da União Feminina Missionária Batista Caxiense (UFMBC). A oradora oficial foi a irmã Nancy Dusilek, que trouxe uma palavra impactante.

O evento começou às 8h e teve inúmeros momentos especiais para as mulheres, como a participação das Mensageiras do Rei, que emocionou a todos com uma linda apresentação de coreografia. Além disso, programação teve o Coral da UFMBC, chamada às Igrejas, inspiração musical com a irmã Jucileia Fernandes Cruz, cânticos de adoração com o ministério de louvor da Primeira Igreja Batista em Saracuruna, em Duque de Caxias - RJ e o Quarteto Marinho e promoção de MR & MCM Jovem. As participantes também tiveram momentos de oração. Durante os intervalos do evento, as mulheres fizeram compras nos stands, almoçaram, tiraram fotos e se confraternizaram.

O presidente da Associação Batista Caxiense (ABC), diácono Daniel Eugênio, e o secretário Executivo, pastor, Carlos Alberto dos Santos, trouxeram uma palavra institucional. Além

deles, o pastor Eduardo das Mercês trouxe uma palavra de boas-vindas, o pastor Silas Neves também deixou uma saudação e o pastor Clark orou por todo o evento.

Parabéns, irmã Sara, que o Eterno Deus abençoe grandemente sua gestão e todos os seus pares. Parabéns às Igrejas representadas do campo caxiense! O encontro foi maravilhoso. n

Igreja Batista em Trindade, em Santa

Izabel do Pará - PA, celebra 20° aniversário

Foram dois dias de celebração.

Marcos Vinícius Ferreira Silva Departamento de Comunicação da Igreja Batista em Trindade, em Santa Izabel do Pará - PA

Foram duas noites de celebração para comemorar o 20° aniversário da Igreja Batista em Trindade, no municí-

pio de Santa Izabel do Pará - PA. Nos dias 17 e 18 de junho, a Igreja refletiu sobre o tema “Firmando raízes para frutificar”, com divisa em João 15.5: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.

A Igreja recebeu irmãos da Igreja-mãe (Igreja Batista Nova Esperança) e de outras denominações, como Assembleia de Deus, Igreja do Evangelho Quadrangular e Igreja Pentecostal.

No sábado, o mensageiro foi o pastor Carlos Eduardo, da Igreja Batista Nova Esperança, e no domingo, o pas-

tor Rafael Pinto, da mesma Igreja. O Ministério de Louvor Libertos, da Igreja, esteve à frente das canções e momentos de adoração.

Louvamos a Deus por esse tempo.

Igreja Batista em Trindade: Uma família que ama você, para a glória de Deus n

8 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23
Carlos Alberto dos Santos pastor da Segunda Igreja Batista em Pilar - RJ; secretário Executivo da Associação Batista Caxiense
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Programação da UFMBC teve uma série de momentos especiais Mulheres Batistas de todo o município de Duque de Caxias - RJ participaram do evento Cultos de celebração pelo 20° aniversário da Igreja Batista em Trindade, em Santa Izabel do Pará - PA

Jovem ressalta importância de compartilhar a história Batista com as novas gerações

História e testemunho despertou o amor por missões e o ministério pastoral em Daniel.

Que historicamente somos um povo missionário, disso nós já sabemos. Contudo, a nossa juventude sabe que faz parte disso desde o início? Será que os jovens e adolescentes das nossas Igrejas sabem que o primeiro casal de missionários que veio ao Brasil era formado por jovens com menos de 30 anos? Eles ouvem, ou já ouviram, os idosos e mais antigos da Igreja contando como foi a fundação da Igreja onde congregam? Os jovens candidatos ao ministério sabem que a fundação do Seminário do Norte se deu depois de uma enorme mobilização de Salomão Ginsburg afim de preparar jovens para o ministério?

A minha intenção com esse texto é o de compartilhar com os irmãos como que narrar a nossa história aos nossos jovens e adolescentes pode produzir um impacto na vida cristã deles.

Para muitos, os nomes Willian e Ana Bagby são desconhecidos. Na realidade, nós falhamos quando não continuamos a compartilhar aos mais novos os feitos e os testemunhos dos mais antigos. Afinal, se não paramos para compartilhar essa história, quem saberá e contará às futuras crianças que virão? Perderemos nossa identidade? Continuaremos surdos e mudos para isso? Algo deve mudar. A nossa consciência deve ser despertada para a importância do nosso passado e dos jovens que vieram ao Brasil para dar início aos Batistas Brasileiros.

Meu tio avô, por nome de Geraldo Pinto, foi um dos fundadores da Igreja Batista de São José do Campestre - RN.

Ele ainda está vivo e lúcido. Sempre que o vejo, lágrimas escorrem pelo meu rosto por ouvir de sua boca como começou o trabalho Batista naquela cidade. Ouço como ele sofreu com o descrédito do irmão (meu avô), amigos e pessoas da cidade - todos católicos - e, mesmo assim, para ele “o que mais importava era ver o trabalho funcionando e pessoas se entregando a Jesus”. De como ele construiu o muro e a frente da Igreja e ia buscar água em um jumento para construir o tanque batismal. Ele ainda pastoreou a Congregação por alguns meses quando ficaram sem pastor. Essa é parte da história do meu tio avô. Eu sei porque ele me contou.

A história existe para ser compartilhada com os outros. Aos meus 19 anos de idade, envolvido pelo amor à missões, contagiado pela história do meu tio avô e impactado pela história dos jovens missionários enviados ao Brasil para dar início à nossa história, me lancei ao serviço no campo. O chamado ao ministério pastoral foi confirmado ainda mais, a obra missionária se tornou ainda mais apaixonante e o serviço a Deus passou a ser ainda mais

latente na minha vida.

Uma das minhas maiores alegrias na vida foi ouvir de uma adolescente que o sonho dela era ser uma radical e eu era um exemplo de servo e missionário para ela porque ela acompanhou e me ouviu contar parte da minha história no campo. Que Deus seja louvado e Cristo glorificado por isso.

Quero te desafiar a compartilhar sobre a nossa história. Líderes do ministério de juventude, contem aos jovens e adolescentes de sua Igreja sobre como um casal de jovens iniciou a nossa história. Os levem para ouvir dos mais idosos e antigos sobre a fundação da Igreja onde congregam e sobre como os nossos ouvidos devem estar abertos para que o nosso ser seja inundado pela história e o legado de serviço de homens, mulheres, jovens, adolescentes e crianças que foram contagiados pelo amor à missão. Deus certamente fala conosco por meio dessas conversas.

Aos mais antigos, não deixem para trás ou escondam o legado dessas pessoas. Não se cansem de comunicar aos mais novos sobre a obra missionária. Não deixem de ensiná-los de

que, assim como eles, outros jovens também se doaram ao serviço cristão. Aos jovens e adolescentes que estão lendo isso, busquem ouvir a história de vida dos idosos e mais antigos da sua igreja. Pesquisem sobre a história dos Batistas brasileiros, em especial sobre Willian Buck Bagby e Ana Luther Bagby.

“Entre as muitas coisas discutidas, a mais importante foi acerca de um seminário para os obreiros nativos, para os jovens de nossas igrejas que estão ansiosos para trabalhar, mas falta-lhes a necessária educação para colocá-los à frente.”

Salomão Ginsburg

“Nós queremos também meios para educar jovens que estão prontos e desejosos de trabalhar para Jesus. Nós devemos olhar para o futuro”.

Salomão Ginsburg

“Cada dia percebemos mais e mais a necessidade de jovens bem preparados para assumir os novos campos que o Senhor está abrindo”

Salomão Ginsburg n

ABIBET avalia 3° Congresso de Reflexão Missiológica

Evento aconteceu no fim de maio.

Anderson Cavalcanti pastor, diretor executivo da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico

A reunião de avaliação do 3° Congresso Missiológico da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET) aconteceu no dia 21 de junho. O evento, que trabalhou o tema “Excelência na Grande Comissão”, aconteceu nos dias 29 e 30 de maio, em parceria com a Junta de Missões Mundiais (JMM) e Junta de Missões Nacionais (JMN) e alcançou mais de

1.250 participantes, dentre seminaristas, professores e ex-alunos dos Seminários Batistas filiados à ABIBET e representantes do Seminário Batista de Angola.

Na reunião foram avaliados os dados dos formulários da pesquisa de satisfação enviada aos participantes e os preparativos para o 4° Congresso Missiológico da ABIBET, que será realizado em 2024, foram iniciados.

Que o bom Deus continue abençoando o alinhamento missiológico em todo Brasil Batista e com foco na evangelização e discipulado no Brasil e no mundo. n

9 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23
membro da Primeira Igreja Batista de Natal - RN; líder de jovens e seminarista
NOTÍCIAS
DO BRASIL BATISTA
Daniel Pinto e Geraldo Pinto Daniel Pinto pregou na reabertura do trabalho missionário em Lagoa d’Anta - RN, onde foi missionário aos 19 anos pelo projeto Radical Potiguar 2022 Equipe da ABIBET, Junta de Missões Mundiais e Junta de Missões Nacionais

Convenção Batista Mineira inaugura

Memorial Pr. Francisco Mancebo Reis

Espaço reúne memórias que fazem parte da vida e ministério do pastor.

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Mineira

No dia 20 de junho foi realizada solenidade de inauguração do Memorial Pr. Francisco Mancebo Reis no Centro Batista de Treinamento e Lazer (CBTL). O espaço reúne memórias que fazem parte da vida e ministério deste grande servo de Deus, que abençoou e ainda abençoa os Batistas mineiros.

Músicos conduzidos pelo maestro e diretor da Escola Batista de Música César Timóteo apresentaram os hinos 12, 354 e 375 e também a música “Agradeço a Ti Senhor”.

O diretor executivo da Convenção Batista Mineira (CBM), pastor Marcio Santos, foi o mensageiro da solenidade, e que também teve a participação do presidente da CBM, pastor Sandro Ferreira, do 3° vice-presidente, pastor Geraldo Oliveira da Silva, do diretor executivo adjunto, pastor Ramon Marcio, do diretor executivo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção Minas Gerais, pastor Renê Toledo, do presidente Emérito da CBM, pastor Jonair Monteiro, do diretor Geral da Rede Batista de Educação, professor Valseni Braga, e do diretor do Seminário Teológico Batista Mineiro, pastor Danilo Seco.

“Louvamos a Deus pela vida do pastor Mancebo, que nos inspira a viver piedosamente e dedicados a cumprir nossa vocação com amor e fidelidade!”, finaliza o pastor Marcio Santos, diretor executivo da CBM.

Nascido em 25 de agosto de 1927, na cidade de Carapebus - RJ. Viúvo da saudosa irmã Hilda Nogueira Mancebo, com quem teve dois filhos: Cláudio Lísias e Ana Lúcia. É bacharel em Teologia, pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), e licenciado em Filosofia, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Foi ordenado ao ministério pastoral em 30 de novembro de 1954, na Primeira

Igreja Batista de Montes Claros - MG, pelo pastor Feliciano do Amaral. Pasto reou também a Primeira Igreja Batista de Nova Friburgo - RJ, Igreja Batista do bair ro da Graça - BH, Igreja Batista no bairro Aarão Reis - BH e Primeira Igreja Batista do bairro São Benedito - BH, onde encer rou seu ministério efetivo como pastor. Ainda pastoreou interinamente a Igreja Batista de Vila Marília - BH. Atualmente é membro da Igreja Batista Palmares.

Na denominação teve sua atuação em diversos cargos; o destaque vai para

o Seminário Teológico Batista, do qual foi diretor nos primeiros 14 anos e 10 meses e ajudou a fundar, onde também foi professor e capelão. Por 25 anos, foi redator de O Batista Mineiro. Está vinculado à Rede Batista de Educação há 56 anos. Mantém-se ativo em várias atividades, especialmente na arte da Um servo humilde, atencioso, com intenso amor ao desempenho da nobre tarefa de pastorear e grato pelo privilégio de servir. n

Convenção Batista Sul Maranhense se reúne em Assembleia Inspirativa

Novo

Redes sociais da Convenção Batista Sul Maranhense

Nos dias 16, 17 e 18 de junho, a Convenção Batista Sul Maranhense (CONBASMA) promoveu a IX Assembleia Inspirativa no templo da Primeira Igreja Batista de Imperatriz - MA. O tema escolhido para a edição deste ano foi “Proclamemos a Verdade ao Sul do Maranhão. E como orador oficial os Batistas Sul Maranhenses

receberam o pastor Gilvan Barbosa, da Primeira Igreja Batista de Teresina - PI.

Na oportunidade, também foi realizado um momento deliberativo para aprovação do novo estatuto desta convenção.

Louvamos ao Senhor por cada líder, pastor, obreiro e demais irmãos que estiveram presentes naqueles três dias.

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
n
Francisco Mancebo Reis
estatuto da CONBASMA foi aprovado na Assembleia.
Pr. Francisco Mancebo Reis foi recebido pela liderança da Convenção Batista Mineira Solenidade de inauguração do Memorial Pr. Francisco Mancebo Reis, no Centro Batista de Treinamento e Lazer Assembleia teve momentos de louvor, adoração, Palavra e deliberações

Vamos completar a Missão no Mundo

Redação Missões Mundiais

Na semana do aniversário de Missões Mundiais, o diretor executivo da Junta de Missões Mundiais, pastor João Marcos Barreto Soares, viajou para o Reino Unido, onde participou de uma reunião com outras lideranças cristãs mundiais para propor o seguinte desafio: completar a Missão até o fim do século XXI (CM21).

O propósito do CM21 é trazer à luz que A Grande Comissão, o mandato final de Jesus Cristo para a Igreja, é um compromisso de todos. E, embora ela continue a ecoar através de séculos, ainda está longe de ser cumprida. Por isso devemos exortar uns aos outros, os seguidores de Cristo, a fazer discípulos de todas as nações, conforme Cristo instruiu aos seus discípulos em Mateus 28.18-20.

Apesar de um significativo progresso alcançado através das décadas, ainda existem 7.000 povos não alcançados, cerca de 4,6 bilhões de pessoas. Há muitas regiões onde o Evangelho não foi proclamado, e muitos desses povos também enfrentam restrições moderadas a severas ao trabalho missionário, aumentando ainda mais a complexidade do desafio.

Entretanto, pensando no poder da cooperação global e de uma aliança estratégica missionária, o pastor João

Marcos levou o CM21 para outros líderes, apresentando como ele pode ser impulsionado e cumprido a partir do DNA Missionário, desenvolvido por Missões Mundiais, cujo princípio é “todos enviando para todos”. Todos os povos enviando obreiros, missionários a todas as nações.

O pastor João Marcos também falou sobre como “A aliança estratégica global é crucial para completar a mis-

são. A colaboração global fortalece o corpo de Cristo, impulsionando o cumprimento da Grande Comissão com maior eficácia e impacto, tornando cada organização um servo de Deus, onde cada um entende seu papel no cumprimento da missão no século XXI.”

Missões Mundiais tem um desafio. O desafio é completar a missão. Mas esse desafio não é da JMM. A missão

O nosso papel

Lucas Mota

coordenador da área estratégica de Desenvolvimento Comunitário de Missões Mundiais

“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos” (Ef 2.10).

Não somos salvos por obras, mas somos vocacionados para boas obras! Que privilégio temos de sermos chamados pelo Senhor para colaborar na realização do Seu propósito maravilhoso de trazer todos os povos, línguas e nações aos Seus pés.

O Pai, o Filho e o Espírito Santo nos enviam ao mundo para completar a missão de discipular as nações. Em Mateus 5.14-16, Jesus nos comanda a brilharmos no mundo, para que vejam nossas boas obras e glorifiquem ao Pai.

Toda a Bíblia nos mostra o coração do Senhor em favor dos mais pobres, oprimidos e discriminados. Em Isaías 58, Deus, através do Seu profeta, afirma que o verdadeiro jejum é buscar por justiça, dar alimento ao faminto, abrigar o

desamparado, vestir o nu. Igualmente, Tiago 1.27 reafirma que a religião que Deus quer é cuidar do órfão e das viúvas em dificuldade no mundo.

É nosso chamado, como Missões Mundiais, promover o desenvolvimento das comunidades, especialmente as mais pobres e nos lugares menos alcançados no mundo. Primeiro entendendo suas demandas reais, depois trabalhando junto com elas para seu autodesenvolvimento. Todos os mis-

sionários espalhados no mundo têm trabalhado arduamente para que essa missão seja completada.

Que bom saber que você entendeu sua responsabilidade na Missão do Senhor, e que na sua Igreja, e até os confins da terra, você tem contribuído para ver mais pessoas glorificando ao Pai. Isso acontece quando elas são alimentadas, vestidas, abraçadas, educadas e curadas. Isso acontece quando aprendem novas maneiras de

é de cada um de nós. E o desafio é também para todos nós.

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28.19-20 - NVI).

Vamos completar a missão no Mundo! n

sustentar a si mesmos, suas famílias e comunidades. Isso acontece quando são cheias do Espírito e, ainda que vivendo sob duras circunstâncias, passam a viver a paz que excede todo o entendimento.

Só há uma maneira de cumprir a Missão: Viver o evangelho da Palavra, transformar pessoas e comunidades de forma milagrosa, pela ação de Jesus, através do amor de Deus e no poder do Espírito todos os dias! n

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23 MISSÕES MUNDIAIS

Associação Nacional de Escolas Batistas promove encontro anual em Belo Horizonte

Mais de 30 escolas foram representadas no evento.

A Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB) promoveu o seu en contro anual em Belo Horizonte - MG, afirmando o papel da escola cristã como propagadora do Evangelho. Este encontro aconteceu na Unidade Buritis do Colégio Batista Mineiro e contou com 72 representantes de 31 escolas Batistas de todo o Brasil.

Durante os dias 30 de junho e 01 de julho, educadores, gestores e mantenedores participaram de palestras de grande relevância, promovendo a troca de experiências com atualização e aprimoramento. Toda a programação foi cuidadosamente elaborada, onde as palestras contemplaram os seguintes temas:

“O futuro chegou à escola? Peque nas Mudanças grandes transforma ções,” com a educadora Iolene Lima. Ainda falando sobre o futuro da edu cação, contamos com a palavra da pro fessora Priscila Boy através da temática “Construindo caminhos para o futuro. Projeto de vida e a cosmovisão cristã”.

Na área de Comunicação e Marke ting, o pastor Jader Teruel trouxe a pales tra “Do propósito à captação: estratégias de Marketing”, onde o nosso propósito cristão é a base do sucesso de uma escola comprometida com o Reino.

Falamos sobre Inteligência Artificial através da palestra “I.A. Ontem, hoje e amanhã”, com os professores Gustavo Fechus e Lucca Carvalho e a certeza de que a tecnologia pode ser instrumento nas mãos do bom professor.

Contamos, no segundo dia, com a professora Carolina Mendes com o tema: “Ciclo virtuoso da aprendizagem”, finalizando com as “atualizações jurídicas para escolas confeccionais”, com o doutor Edmilsom Almeida.

Assim como vemos no livro de Provérbios 27.17, onde o ferro afia o ferro, como um amigo afia o outro, nossos 72 inscritos, provenientes de diferentes regiões do Brasil, desfrutaram de dois dias intensos de aprendizado e relacionamento. Além das palestras, a ANEB ofereceu momentos de interação sincera entre os congressistas e ainda uma noite aberta com uma celebração com a elogiada Reflexão entregue pelo pastor Igor Miguel, educador e autor do livro “A Escola do Messias” (Editora: Thomas Nelson)

Como foi bom vivenciar um clima de entusiasmo e envolvimento durante todo o Congresso, com demonstrações de interesse genuíno em absorver

novas ideias e aplicá-las em suas escolas. É o desejo e ação de ser sal e luz, buscando aprimorar cada vez mais a qualidade do ensino e gestão eficiente.

É o que nos afirma o professor Agnaldo Santos, do Colégio Batista de Montes Claros - MG: “O congresso ANEB 2023 impactou pelo altíssimo nível de informações trazidas pelos competentíssimos palestrantes. Parabéns à presidência e sua equipe pelo excelente trabalho!”

Elaine Santos, do Colégio Batista Luverdense, afirmou: “Participar do Congresso da ANEB, com a temática “Educação com propósitos cristãos”, foi uma das maiores e melhores experiências como educadora, pois tive o privilégio de apreciar explanações sobre os caminhos da Educação atrelados a luz da palavra de Deus e neste evento acendeu a chama em meu coração e a certeza de que por meio da

Participantes

Educação vidas podem ser transforma das e o entendimento de que quando a Educação é desenvolvida por meio de uma instituição confessional cristã somos chamados por Deus à apresentar as pessoas o plano de Salvação. Fantástico, Educação e Fé lado a lado.”

Assim, ao final da tarde do dia primeiro, o Congresso ANEB23 encerrou com o entendimento de missão cumprida e a certeza de contribuir para o avanço da gestão e expansão das escolas Batistas no Brasil. Por isso, nem bem terminamos, já demos início ao Congresso ANEB24, trabalhando para ainda fortalecer os nossos valores e propagar a verdade de Cristo através da escola.

Gratidão é a palavra que nos define, como bem disse a diretora do Colégio Batista Mineiro, professora Andrea Silva, ao expressar a sua satisfação com o sucesso do evento: “Em nome da unidade Buritis do Colégio Batista Mi-

neiro, eu quero agradecer por sediar o Congresso ANEB23 e proporcionar um espaço de aprendizado para todos os diretores Batistas do Brasil, um grupo engajado e empenhado em discutir uma melhor educação batista em nosso país. Agradecemos à ANEB pela organização do evento, pela delicadeza e cuidado com que tudo foi feito, e eu me sinto honrada e grata a Deus por ter recebido um evento de grande importância para gestores e mantenedores de escolas Batistas de todo o Brasil”.

O Congresso ANEB23 deixou sua marca na memória de todos os participantes, fortalecendo a educação e proporcionando um futuro promissor para os estudantes Batistas. Compreendemos que, independentemente das dificuldades da vida, é impossível contar as bênçãos que nosso Deus já

n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
fez, faz e ainda fará por meio da educação Batista. Valseni Braga, diretor Geral da Rede Batista de Educação e membro do Conselho Nacional de Educação Rosemeire Santos Marinho, presidente da ANEB do Encontro Anual da ANEB Participantes do Encontro aprenderam, trocaram experiências e se confraternizaram Jean Silveira, dir. Administrativo Financeiro da RBE e dir. Executivo da ANEB Prof. Agnaldo Santos Andréa Silva, diretora do Colégio Batista Mineiro - Unidade Buritis, que recepcionou o Congresso ANEB 23 Desenho feito pela professora Denise Prado durante o Encontro Anual Momento inspirativo Diretoria da ANEB Elaine Santos, do Colégio Batista Luverdense
13 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23

Escola Bíblica de Férias - Uma estratégia ainda eficaz para evangelização de crianças

Igrejas lotadas, crianças com viseiras ou chapéus, atividades executadas nos bancos nos templos (nem em todas as Igrejas havia salas suficientes para tantas crianças), lanchinho delicioso, marchas inspiradoras, versículos memorizados, músicas ilustradas, bandinhas com instrumentos construídos, saudações às bandeiras, álbum seriado com toda programação escrita a caneta. Quanta memória! Quantas crianças influenciadas! Quantas crianças salvas!

Vivemos hoje uma realidade um pouco diferente. A tecnologia, o crescimento e o aprimoramento das Igrejas, a capacitação das pessoas, as metodologias, fazem com que essa ferramenta possa ser executada de muitas formas. Cada uma de acordo com a realidade local. Porém uma coisa é imutável: a atuação do Espírito Santo e o Seu empenho em salvar vidas!

Por esse motivo, nosso esforço, enquanto líderes e evangelistas de crianças, precisa ser com excelência. Nos preparar espiritualmente e nos dedicarmos ao planejamento e execução com o máximo que podemos. Assim como diz o texto de II Samuel 24.24b: […] Porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada […]”.

Muitas crianças que de outra forma não entrariam na Igreja, se sentem motivadas a participarem de uma Escola

Bíblica de Férias. O planejamento, as reuniões e alinhamento, os mutirões para confecção de materiais, a decoração dos ambientes, toda essa logística, já planta nos corações dos servos o senso de realização, a alegria de servir, a comunhão e a responsabilidade de pregar a Palavra de salvação. Cada realidade exige esforço e forma diferentes. Porém, a essência dessa ferramenta não pode mudar. O principal objetivo é pregar a Palavra com alegria e criatividade.

Isso começou em julho de 1898, com a inspiração de Deus a uma senhora chamada Eliza Hawes. Ela percebeu as crianças no período de férias nas ruas sem nenhuma supervisão e realizou a primeira EBF por seis semanas durante duas horas por dia. O programa incluía saudação a bandeira, músicas, história bíblica, desenhos, memorização de versículos, ginástica, brincadeiras e trabalhos manuais. Ainda hoje, a maioria das EBF’s segue esse programa.

A cada ano, as EBF’s iam sendo realizadas com muito sucesso. Em 1901, o doutor Robert Bovile, deu tanto apoio a EBF, que em 1902 foram realizadas em 10 escolas. Em 1903 e 1904, o projeto foi realizado em 17 escolas em cada ano. O trabalho frutificou e cresceu tanto que o doutor Robert resolveu promover EBF’s e foi fundada as associações das EBF’s.

A primeira EBF no Brasil foi realizada nas dependências do colégio Americano Batista de Vitória - ES, na primeira

quinzena de dezembro de 1924, com a promoção do doutor Reno.

Hoje, quase todas as denominações do mundo realizam EBF’s, proporcionando às crianças uma oportunidade sem igual de conhecer o Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Considerando a realidade de cada localidade, a ideia é lançar mão de várias estratégias para alcançar o coração das crianças. Cada programa é composto por: lição bíblica, história missionária, louvor, memorização de versículos, atividades, brincadeiras, lanche, oração e outros dependendo de cada realidade. O formato também vai depender da disponibilidade dos recursos físicos, financeiros e geográficos.

A equipe de servos precisa ser comprometida e dedicada. Cada servo tem a responsabilidade de proporcionar um local seguro para que as crianças possam aprender, se divertir e ter convívio social com outras crianças e ainda ter a oportunidade de conhecer a Jesus e recebê-lo com seu Salvador.

Uma outra possibilidade é que muitos pais querem acompanhar seus filhos. Então há a possibilidade de trabalhar com a classe de pais. Onde pode-se aplicar um conteúdo sobre um assunto específico interessante e atual e logo em seguida oferecer uma oficina de artesanato, ou talvez uma roda de conversa. Muitos pais precisam de um espaço de escuta. E estar num local onde se tem a certeza de que seu filho está seguro, aprendendo

e brincando e os pais também receberem cuidado, não tem preço.

Hoje contamos com muitos programas publicados e bem completos. Mas muitos líderes também preferem escrever seu próprio programa. E alguns passos precisam ser considerados:

Qual tema? (Precisa ser atraente e fazer sentido para as crianças da comunidade local)

Quantos dias? (Precisa ser num período das férias e ter data e horários definidos de início e fim)

Quais servos? (Cada pessoa envolvida precisa estar disposto e ser treinado para uma determinada atividade e conhecer bem todo o programa)

Quantos servos? (Cada programa e quantidade de crianças, vai demandar um número de pessoas para compor o time de servos – quanto mais crianças e atividades propostas, mais servos)

Qual metodologia? (Cada Igreja/ local, vai permitir ou não a variação de formato. Trabalhar com rodízio de oficinas é uma estratégia bacana quando não temos uma grande equipe. Define-se quais oficinas serão oferecidas e o tempo de execução é igual para todos. Assim, todos os grupos passam por todas as oficinas).

Muitas podem ser as possibilidades. O que precisamos é de pessoas comprometidas e dispostas a pregar a Palavra. E com a criatividade do Deus criador, podemos ir muito longe e alcançar o máximo de vidas. Por isso, essa ainda é uma ferramenta eficaz na evangelização da criança. n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23 PONTO DE VISTA
Tânia de Lima Pereira educadora cristã

A importância de um amigo

O psicólogo americano Abraham Maslow se tornou referência na psicologia humanista por criar na metade do século passado a “Teoria da hierarquia das necessidades humanas”, também conhecida como a Pirâmide de Maslow, a qual define cinco níveis graduais de necessidades a serem alcançadas: fisiológicas, segurança, afeto, estima e as de autorrealização. Ele coloca as necessidades sociais em terceiro nível, compreendendo a importância dos relacionamentos afetivos na vida dos indivíduos. A amizade é definida pelos dicionários como um relacionamento que as pessoas têm de afeto e carinho por outra, caracterizada por lealdade, reciprocidade, intimidade, ajuda mútua, compreensão e confiança.

A simples definição supramen -

cionada não é o suficiente para definirmos em nossa rede de relacionamentos quem poderá ser classificado como nossos amigos. Como fazer ou quais outros critérios adotarmos para poder identificá-los? É muito difícil distinguir um amigo quando as coisas estão indo bem, pois, nessas horas muitos se mantêm por perto e até se colocam à disposição para ajudar, caso, seja necessário, isto é o que afirmam categoricamente. Contudo, normalmente são nos momentos de dor e sofrimentos que os verdadeiros amigos se revelam.

Jó era um homem íntegro e temente a Deus. Um dos fazendeiros mais ricos de sua época (Jó 1.1-3). Conjecturando aqui, pois, a Bíblia não fornece este detalhe, talvez por isso sua casa fosse constantemente frequentada por diversos moradores da cidade. Em um curto período aquele homem perdeu

tudo, suas riquezas, filhos e a saúde. Jó estava sendo provado. Fazendo um breve parêntese, é isso mesmo, provação é algo para gente que teme a Deus (I Pedro 1.6-9). A diferença para o incrédulo é o fim da linha, para este é condenação, enquanto para aquele, é receber tudo em dobro e a vida eterna. Voltando ao tema principal, agora sua casa na fazenda já não é mais tão frequentada, sua lista de amigos começa a sofrer reduções, mas, ele recebe a visita de três candidatos a amigos, seus nomes são: Elifaz, Bildade e Zofar. Jó estava só, enfermo e carente, necessitando urgentemente de um ombro amigo, no entanto, aqueles homens chegaram estendendo o dedo acusador. Ficaram o tempo todo insistindo que tamanho sofrimento só poderia ser consequência de algum erro cometido por ele diante de Deus, ou seja, metaforicamente, oferecendo

uma corda para quem tem motivos de se enforcar. Sua lista de amigos sofre mais cortes, agora só lhe resta sua esposa. Para sua surpresa, ela chega para ele e sugere que amaldiçoasse o seu Deus e morresse (Jó 2.9). Excepcionalmente, no caso deste homem, pôde constatar que não possuía amigo algum, no entanto, refletiu o quanto eles fazem falta.

Por isto, devemos manter todos os esforços para construirmos amizades verdadeiras, reconhecendo que todo relacionamento possui uma via de mão dupla, isto é, eu e você precisamos fazer a nossa parte, nos tornando ombro amigo na vida de outras pessoas. A situação de Jó só não foi ainda mais dramática porque ele possuía um superamigo, Jeová Shammah (O Deus que sempre presente está), quem lhe estendeu a mão e não deixou que perecesse. n

Uma análise sobre o papel da liderança eclesiástica para a formação integral na perspectiva da cosmovisão cristã - Parte 4

Donato Farinelli de Souza pastor; mestre em Teologia bíblica; pós-graduado em Teologia Bíblica e Sistemática; bacharel em Teologia; pastor Auxiliar na Igreja Batista Casa Viva e coordenador de educação cristã

O contexto secularizado, em que a comunidade eclesiástica se encontra na atualidade, é um ambiente no qual os valores do Reino estão sendo sucumbidos para dar espaço a prioridades particulares. A comunidade eclesiástica vem então sendo conduzida para se conformar com o presente século e seu isolamento institucional, propondo um novo caminho para a liderança cristã - o esvaziamento da cristocentricidade.

O caminho da liderança e seus desafios

Todo esse movimento de esvaziamento da cristocentricidade contribui para que a liderança cristã opte por seguir um caminho divergente dos pilares

basilares da cosmovisão cristã bíblica, com isso conduzem suas comunidades eclesiásticas para um contexto em atender às necessidades particularizadas, numa linguagem simples significa atender ao gosto do “freguês”, limitando-se a uma pregação líquida e esvaziada da verdade bíblica (as pessoas não querem ouvir sobre inferno e nem pecado). O resultado disso é um Cristianismo pregado como atividade meio e não atividade fim, pois o que importa é a quantidade de pessoas no rol de membros da Igreja e não um ensino pautado em uma cosmovisão cristã bíblica. Assim, de forma provocativa, produzem momentos, nos quais as pessoas são instigadas a decidir por Cristo por sua vontade e não pelo mover do Espírito.

O líder precisa ter sempre em mente o que a Bíblia ensina, que o obreiro precisa apresentar-se a Deus aprovado, o que requer um esforço constante e perseverante, o obreiro deve manusear corretamente a palavra da verdade e não ter do que se envergonhar (II Timóteo 2.15) e apresentar a cada

pessoa o que é o ser humano diante de Deus e a proposta de Deus sob a lente bíblica de salvação.

Para Baxter, o líder cristão precisa saber com clareza a distinção entre certezas e incertezas, entre questões fundamentais e explicações que não passam de teorias especulativas.

Ainda, para ele, a lente do líder cristão precisa distinguir claramente entre os fundamentos da fé e as questões dos pressupostos secularistas e, assim, esse líder poderá proporcionar paz na sua igreja ao invés de divisão e afastamento da membresia.

Assim, para firmar-se diante das adversidades do contexto de uma sociedade secularizada, de onde a todo momento emergem conceitos e pressupostos, o líder cristão precisa de um sólido conhecimento teológico bíblico e cristocêntrico. “A obra ministerial deve ser realizada exclusivamente para Deus e pela salvação do seu povo. Jamais poderá ser realizada visando algum lucro particular” (BAXTER, 2013, p. 41).

Dessa forma, mesmo em um contexto em que a lente secularista aponta para uma sociedade fragmentada, racionalizada e muitas vezes conduz o indivíduo ao individualismo, o líder em sua comunidade eclesiástica precisa manter a cosmovisão cristã bíblica e propagar a nova geração que o evangelho tem como um dos propósitos a vida em comunidade, a qual é alvo da lealdade de Deus.

Referências

BAXTER, Richard. O pastor aprovado: modelo de ministério e crescimento pessoal. Tradução Odayr Olivetti: São Paulo, Publicações Evangélicas Selecionadas-PES, 2013.

BÍBLIA, Português, Bíblia de Estudo NVI, organizador geral Kenneth Barker; coorganizadores Donald Burdick… [et al.]: São Paulo: Editora Vida, 2003.

FARINELLI, Donato. A cosmovisão cristã: um estudo aplicado ao contexto eclesiástico sob a ótica de I Coríntios, Curitiba, CRV, 2023. n

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 16/07/23 PONTO DE VISTA

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