Revista Balcao Automotivo ed 220

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GESTÃO INTELIGENTE: O CAMINHO PARA LUCROS SUSTENTÁVEIS NO VAREJO DE AUTOPEÇAS

A rentabilidade no varejo de autopeças depende de uma gestão eficiente de estoque, custos e parcerias. Consultores analisam estratégias para otimizar lucros e melhorar o atendimento sem aumentar vendas, enquanto distribuidores e lojistas compartilham ações implementadas. HÁ 18 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE À REPOSIÇÃO

HÁ 18 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE À REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA

Balcão Automotivo é uma publicação dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes. Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

GESTÃO INTELIGENTE: O CAMINHO PARA MAIS LUCRO NO VAREJO DE AUTOPEÇAS

O Balcão Automotivo é a principal fonte de informação para profissionais do setor de autopeças, trazendo novidades, tendências e análises que impulsionam o mercado. Nesta edição, abordamos temas essenciais para a rentabilidade e evolução do varejo automotivo.

entidade, Ranieri Leitão, analisa os desafios e oportunidades do setor diante das novas demandas de gestão e inovação tecnológica.

Trazemos ainda uma entrevista com Ronaldo Lipari, novo diretor Geral de Vendas da PHINIA para o Aftermarket na América do Sul, sobre seus planos para as marcas Delphi e Delco Remy. Também destacamos os 110 anos da SKF no Brasil, que representa 60% do mercado latinoamericano da empresa. Michel Vences, diretor Comercial de Aftermarket Automotivo América Latina, compartilha sua visão a respeito dos desafios e estratégias para o futuro.

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A busca por maior rentabilidade no varejo de autopeças passa pela qualidade das vendas, e não apenas pelo volume comercializado. A gestão eficiente do estoque, o controle rigoroso dos custos e a parceria estratégica com fornecedores são fundamentais para otimizar os lucros sem grandes investimentos. Estratégias como o uso inteligente do estoque dos distribuidores, a negociação de melhores condições comerciais e a manutenção de estoques enxutos garantem um fluxo financeiro mais equilibrado e um atendimento mais ágil ao cliente.

O setor também continua atraindo jovens talentos. Em todo o Brasil, iniciativas de capacitação têm apresentado o mercado de autopeças como uma oportunidade promissora para novos profissionais. João Luiz Soares de Moura, 19 anos, e Gabriel Ferreira Prata de Moraes, 21 anos, já atuam no setor e sonham em ter o próprio negócio.

Outro destaque é a 3ª edição do Anuário do Comércio de Autopeças, lançado pelo Sincopeças Brasil, que reúne dados atualizados sobre frota, modelos de veículos e produtos mais comercializados. O presidente da

Nesta edição, Valtermário Rodrigues reflete sobre a comunicação no setor automotivo, explorando a diferença entre um conteúdo “diferente” e um “diferenciado”. Já Nonô Figueiredo destaca o crescimento da presença feminina na cadeia de distribuição de autopeças e no automobilismo, abordando como empresas e equipes estão se adaptando para incluir mais mulheres em seus quadros.

Por fim, os números da Anfavea, Fenabrave e Fenauto indicam crescimento nas vendas de veículos novos e usados no primeiro mês de 2025, superando os resultados do ano anterior.

Até a próxima!

DIRETORIA / COMERCIAL: DIRETOR COMERCIAL - Edio Ferreira Nelson / edio@balcaoautomotivo.com

EXECUTIVO DE CONTAS - Richard Faria / richard@balcaoautomotivo.com

CONSELHEIRO CONSULTIVO: Carlos de Oliveira

REDAÇÃO: Editor-chefe - Silvio Rocha / redacao@balcaoautomotivo.com | Karin Fuchs

O EDITOR

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COLABORADORES: Felipe Orban | Valtermário Rodrigues

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FINANCEIRO: Analista Financeira: Luciene Moreira / luciene@balcaoautomotivo.com

NOSSA PLATAFORMA DIGITAL

Universidade Automec promove certificações para visitantes

A Automec 2025, maior feira de reparação e reposição automotiva da América Latina, trará a Universidade Automec, com foco em qualificação profissional. De 22 a 26 de abril, no São Paulo Expo, visitantes poderão participar de cursos com certificação do SENAI e IQA. Destaques incluem a PROVA IQA e o curso 5S nas Oficinas, que ensina a melhorar a organização no ambiente de trabalho. A iniciativa visa capacitar profissionais para um mercado competitivo e exigente. Workshops sobre eletrificação veicular também serão oferecidos.

AUTOZONE ANUNCIA ABERTURA DE NOVAS LOJAS E AMPLIA PRESENÇA EM 4 ESTADOS DO BRASIL

A AutoZone Brasil inicia 2025 com a inauguração de quatro novas lojas: Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A empresa também investe em um novo Centro de Distribuição em Paulínia (SP), que triplicará sua capacidade de armazenagem. Com presença em sete estados e mais de 1.500 colaboradores no Brasil, a AutoZone reforça sua expansão, oferecendo mais conveniência e opções aos consumidores. A empresa está com vagas abertas para diversas funções nas novas unidades, que podem ser consultadas no site de carreiras.

92% DOS BRASILEIROS PLANEJAM

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, DIZ PESQUISA

A pesquisa Tech Compass 2025, da Bosch, revela que 80% dos entrevistados reconhecem a importância de se educar em IA, com destaque para o Brasil, onde 92% afirmam que planejam estudar o tema. O estudo também mostra que 54% dos participantes estudarão IA de forma autodidata e 63% apoiam a introdução da IA como disciplina nas escolas. Além disso, 53% utilizam IA no trabalho e 67% veem a tecnologia como a mais relevante para o futuro. As habilidades mais importantes incluem o uso eficaz das ferramentas (59%) e pensamento crítico (44%).

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CORTECO

DESTACA OS PRINCIPAIS PRODUTOS

PARA MOTOS

A Corteco, marca do Grupo Freudenberg, apresenta os principais produtos de seu portfólio para motos, incluindo retentores de bengala, virabrequim, embreagem e válvula. A empresa destaca seu compromisso com a qualidade e durabilidade das peças, visando garantir o desempenho ideal das motocicletas. A Corteco investe constantemente em pesquisa e desenvolvimento para atender às necessidades dos motociclistas. Para mais informações, acesse o site da empresa ou seus perfis nas redes sociais.

COFAP AMPLIA CATÁLOGO DE PASTILHAS DE FREIO AUTOMOTIVAS

A Marelli Cofap Aftermarket lança dez novos códigos de pastilhas de freio para modelos Audi, Citroën, Mini, Porsche, Volkswagen, Toyota e RAM. As pastilhas Cofap garantem a segurança e eficiência dos veículos, sendo essenciais para evitar danos aos discos de freio. A recomendação é realizar a revisão preventiva, especialmente em veículos com câmbio automático ou CVT, que causam maior desgaste. Com mais de 600 códigos em catálogo, a Cofap oferece produtos de alta qualidade, com bom custo-benefício. Mais informações estão no catálogo eletrônico e no site da marca.

DRiV apresenta sua nova embaixadora

nas redes sociais

A DRiV anunciou Vittória Gabriela como nova embaixadora da Monroe nas redes sociais. Técnica em mecânica e influenciadora digital, Vittória compartilha conteúdos automotivos voltados ao público feminino em seu canal “Dona do Meu Destino”, com mais de 1,4 milhão de seguidores. No quadro “Simplificando os Caminhos”, abordará temas como mecânica básica e a importância dos amortecedores. Sua chegada fortalece a presença da Monroe nas redes, ao lado de outros embaixadores como Cesar Urnhani e Bia Figueiredo.

COBREQ adverte sobre os cuidados com o sistema de freios em épocas de chuvas e alagamentos

A Cobreq alerta sobre a importância da manutenção dos freios em períodos de chuvas intensas e maior uso das estradas. A verificação de pastilhas, lonas, discos, tambores e fluido de freio é essencial para garantir a segurança. Condições adversas podem aumentar a distância de frenagem e o risco de aquaplanagem. Além disso, é recomendada a inspeção de componentes auxiliares, calibragem dos pneus e atenção a ruídos e vibrações. A Cobreq reforça a necessidade de manutenções regulares por profissionais qualificados.

SINCOPEÇAS-RS participa de reunião pela retomada do Comitê de Combate à Pirataria

O Sincopeças-RS, integrante da Comissão de Combate à Informalidade da Fecomércio-RS, participou, em 23 de janeiro, de uma reunião no Ministério Público Estadual para discutir a retomada do Comitê Interinstitucional de Combate à Pirataria. O encontro reuniu representantes de diversas entidades, incluindo o Fórum Latino-Americano de Defesa do Consumidor, e destacou a necessidade de ações contra falsificações. A subprocuradorageral Isabel Guarise Barrios reforçou o compromisso com estratégias eficazes para mitigar a pirataria no estado.

Nova embalagem de amortecedores hidráulicos NAKATA possui QR Code que conecta a vídeos de dicas de instalação

A Nakata lançou um novo design para as embalagens de amortecedores hidráulicos, agora com QR Code que direciona reparadores a vídeos do “Especialista Nakata”, com tutoriais detalhados para instalação. Para se ter uma ideia, a novidade facilita o dia a dia das oficinas e agiliza a identificação no estoque. Durante a transição, embalagens antigas ainda poderão ser encontradas. A Nakata também oferece diversos canais digitais com conteúdos técnicos, cursos EAD e podcasts para aprimoramento no setor automotivo.

Vittória Gabriela

Parceiros da VOLDA estiveram presentes na tradicional corrida 1000 Milhas de Interlagos

Os parceiros da Volda, Nonô Figueiredo, Walter Savaglia e Renata Camargo, participaram com suas equipes do Grande Prêmio Cidade de São Paulo 1000 Milhas, realizado em 25 e 26 de janeiro no Autódromo de Interlagos. O evento celebrou o aniversário da cidade com shows, exposição de carros e praça de alimentação. A corrida, iniciada à meia-noite com show pirotécnico, reuniu mais de 60 carros e 200 pilotos. Savaglia competiu no New Onyx #22, enquanto a Cobra Racing Team correu com um Audi RS3 LMS TCE. A BandSports transmitiu ao vivo.

WEGA MOTORS fecha 2024 com recorde histórico de mais de 380

lançamentos

A Wega Motors encerrou 2024 com um marco inédito: mais de 450 lançamentos de produtos, reforçando seu compromisso com o mercado de reposição automotiva. O destaque foi o Kit de Troca Inteligente, com 73 novos modelos na linha leve, oferecendo uma solução prática para a substituição de filtros. Além disso, a empresa lançou diversos filtros para linhas leve e pesada, incluindo modelos exclusivos como os WO614 e JFO-0304. Para 2025, a Wega já planeja novos lançamentos, reafirmando sua liderança em inovação no setor automotivo.

FRASLE MOBILITY AMPLIA OFERTA DE SOLUÇÕES EM FRENAGEM PARA MERCADOS INTERNACIONAIS

A Frasle Mobility expande sua atuação na Europa, África e Oriente Médio por meio da Fremax, especialista em discos e tambores de freio. Agora, a marca lança sua linha de calipers de freio, completando o sistema de frenagem. Produzidos com ligas de ferro fundido e aprovados pelo Regulamento BER (EC) 461/2010, os calipers garantem durabilidade e resistência térmica. Já comercializados na Holanda e no Leste Europeu, reforçam a Fremax como fornecedora completa de freios. A Frasle Mobility opera há mais de 20 anos na região, com bases na Alemanha, Holanda e Reino Unido.

COBRA ROLAMENTOS E AUTOPEÇAS DISPONIBILIZA A “BUSCA POR PLACA” PARA CLIENTES

A Cobra Rolamentos e Autopeças agora oferece a “Busca por Placa” em seu catálogo digital, facilitando a localização de peças para cada veículo. Basta se cadastrar no site catalogo.cobrarolamentos.com.br e inserir a placa para acessar mais de 35 mil itens de diversas marcas. Segundo Diogo Sturaro, diretor da empresa, a novidade agiliza o atendimento, permitindo verificar disponibilidade com rapidez. A Cobra também oferece retirada em 15 minutos, envio nacional e 34 filiais no Brasil. Mais informações em cobrarolamentos.com.br

LUBRIFICANTES PROLONGA VIDA E AUMENTA DESEMPENHO DE VEÍCULOS LEVES

Carros de passeio exigem cuidados especiais, especialmente no uso correto de lubrificantes, essenciais para proteção, limpeza e controle térmico do motor. O uso inadequado pode causar desgaste prematuro e falhas mecânicas. Lubrificantes de qualidade formam uma película protetora, dissipam calor e evitam acúmulo de resíduos, prolongando a vida útil do motor. A PETRONAS destaca a importância de não misturar tipos diferentes e seguir as especificações do fabricante para garantir eficiência e evitar problemas mecânicos.

AUTOPEÇAS PODEM OBTER MAIS LUCRO VENDENDO COM QUALIDADE E NÃO QUANTIDADE

A gestão eficiente do estoque, o controle rigoroso dos custos e o monitoramento constante dos indicadores, juntamente com a colaboração estratégica dos fornecedores, são fundamentais para o sucesso

Por: Karin Fuchs | Foto(s): Divulgação

uitos varejistas acreditam que o sucesso está em vender mais, mas na verdade, está em vender melhor. A chave é uma gestão eficiente do estoque, controle de custos e monitoramento aprimorado, resultando, assim, na melhoria da gestão do negócio. Eles também se beneficiam da colaboração com seus fornecedores, evitando assim a imobilização de capital em estoque. Nesta matéria, consultores analisam diversos tópicos visando aumentar a rentabilidade das autopeças sem a necessidade de incrementar as vendas. Os distribuidores apresentam o suporte fornecido aos parceiros, enquanto os lojistas detalham as ações implementadas.

O primeiro passo para aumentar a rentabilidade de uma loja de autopeças, segundo Francisco Gomes, consultor,

“Existe uma máxima no comércio que diz que uma boa venda vem de uma boa compra. Então, tudo é voltado a uma aliança com o fornecedor fazendo uma maximização no capital de giro e, aí, o conceito de usar o estoque do fornecedor de forma inteligente é muito válida ...”

Cláudio Araújo, sócio-proprietário da Êxito Consultoria

idealizador e instrutor do Curso de Balconista de Alta Performance, é garantir um bom faturamento e demanda consistente. “A partir disso, é possível otimizar os indicadores financeiros, especialmente, a rentabilidade. Uma estratégia eficaz nesse sentido é vender antes de comprar, ou seja, utilizar o estoque dos distribuidores como uma extensão do seu próprio, comercializando peças sem a necessidade de ocupação física nas prateleiras e, mais importante, sem imobilizar capital. Essa abordagem gera liquidez no caixa, permite um fluxo financeiro mais saudável e possibilita o giro do capital antes mesmo do vencimento do prazo com o fornecedor”, explicou.

Mas sem deixar de ter um estoque estratégico. “Um estoque limitado ao mínimo necessário para atender cerca de uma semana de demanda, considerando que a reposição pelos distribuidores costuma ocorrer em

prazos de até 24 horas. A rentabilidade de uma empresa está diretamente ligada à capacidade de gerar lucro a partir dos recursos investidos. Com essas duas ações, sugeridas acima – uso inteligente do estoque dos distribuidores e controle rigoroso do estoque próprio – é possível aumentar o lucro e diminuir o capital investido, o foco é o giro da mercadoria”, disse Gomes.

Francisco Gomes, consultor, idealizador e instrutor do Curso de Balconista de Alta Performance
Flávio Muniz, palestrante e mentor de cursos do setor automotivo e de autopeças

O segredo está em maximizar o valor de cada cliente, oferecendo soluções que elevem o ticket médio e incentivem a fidelização. Para isso, é essencial trabalhar cada atendimento com atenção aos detalhes, identificar as necessidades do cliente e explorar oportunidades para vendas adicionais. Além disso, o fortalecimento do relacionamento de confiança entre o varejista e o consumidor gera fidelização, garantindo um fluxo contínuo de negócios e impulsionando o crescimento sustentável da loja. Cada cliente atendido tem potencial não apenas para comprar mais, mas também para indicar sua loja para novos compradores”.

Francisco Gomes, consultor, idealizador e instrutor do Curso de Balconista de Alta Performance

Para Flávio Muniz, palestrante e mentor de cursos para o setor automotivo e de autopeças, aumentar a rentabilidade começa com um controle de estoque inteligente. “Recomendo utilizar sistemas que permitam acompanhar o giro de produtos em tempo real, identificando os itens com maior e menor saída. Além disso, negociar condições mais flexíveis com os distribuidores, como prazos maiores e descontos para compras em maior volume, é uma forma eficaz de reduzir custos. Outra dica é manter estoques enxutos, aproveitando o estoque dos distribuidores para suprir demandas pontuais. Isso libera capital de giro e otimiza recursos financeiros da loja”, pontuou.

Nas palavras de Claúdio Araújo, sócio proprietário da Êxito Consultoria, “existe uma máxima no comércio que diz que uma boa venda vem de uma boa compra. Então, tudo é voltado a uma aliança com o fornecedor fazendo uma maximização no capital de giro e, aí, o conceito de usar o estoque do fornecedor de forma inteligente é muito válida. Lembrando que

esse processo exige uma eficiência muito boa para que atenda a um dos requisitos fundamentais dos dias de hoje, a velocidade. O cliente quer velocidade e você precisa ter essa ação, trabalhando o estoque e sendo muito ágil na sua logística”, explicou.

Vendas consultivas, soluções completas

Há muito tempo se reconhece que a venda consultiva, com a oferta de soluções completas aos clientes, é essencial para o sucesso do negócio. No entanto, nem sempre é isso que ocorre, conforme mencionado por Araújo, “ainda existe aquela equipe tiradora de pedido em todos os cantos do País, e existe o vendedor consultivo. Mas a empresa não pode se limitar a encontrar esse cara, ela precisa formar esse profissional na empresa. A constância dos treinamentos faz muita diferença na formação do time. Fazer a mesmice não dá mais. Está cada vez mais complicado, pois o mercado está cada vez mais competitivo”.

Gomes enfatizou que muitos varejistas acreditam que crescer significa apenas vender mais, mas a verdadeira oportunidade está em vender melhor e aumentar a rentabilidade. “O segredo está em maximizar o valor de cada cliente, oferecendo soluções que elevem o ticket médio e incentivem a fidelização. Para isso, é essencial trabalhar cada atendimento com atenção aos detalhes, identificar as necessidades do cliente e explorar oportunidades para vendas adicionais. Além disso, o fortalecimento

do relacionamento de confiança entre o varejista e o consumidor gera fidelização, garantindo um fluxo contínuo de negócios e impulsionando o crescimento sustentável da loja. Cada cliente atendido tem potencial não apenas para comprar mais, mas também para indicar sua loja para novos compradores”.

Como disse Muniz, “uma equipe bem treinada é o coração de uma loja de sucesso. Eu sempre enfatizo que vendas consultivas exigem mais do que conhecimento técnico sobre os produtos: é preciso desenvolver empatia e habilidade para entender as necessidades do cliente. Invista em treinamentos constantes, que combinem o conhecimento do mix de produtos com práticas de atendimento e negociação. Simulações de vendas ajudam muito nesse processo, permitindo que os vendedores se preparem para oferecer soluções completas. Incentive a abordagem consultiva, onde o vendedor não apenas entrega o produto, mas apresenta opções complementares que agregam valor ao cliente”.

De olho no custo!

Sem comprometer a qualidade do atendimento, sempre há espaço para reduzir custos e otimizar a operação. Para isso, Gomes pontuou três iniciativas. “No setor de autopeças, o desempenho do vendedor é determinante para o crescimento do negócio. Criar um ambiente motivador, alinhar metas e incentivar a equipe impacta diretamente na produtividade e nos resultados. Treinamentos contínuos e metas bem estruturadas

Cláudio Araújo, sócio-proprietário da Êxito Consultoria

aumentam a eficiência no atendimento”.

A segunda delas é a adoção de catálogos digitais para agilizar a busca por peças, reduzindo o tempo de resposta ao cliente e melhorando a experiência de compra. A terceira, é a implementação de sistemas de gestão integrada (ERP) para mapear os produtos mais vendidos, orientar compras estratégicas e manter o estoque dentro dos níveis ideais (mínimo e máximo).

A adoção de sistemas de gestão que automatizem tarefas repetitivas, como controle de estoque, emissão de notas fiscais e conciliação de pagamentos, é sempre uma orientação que Muniz dá aos varejistas. “Automatizar processos economiza tempo e reduz erros manuais. Além disso, é importante revisar contratos de fornecedores e renegociar condições para garantir melhores preços e prazos. Outro ponto é investir em tecnologias que otimizem o consumo de recursos, como iluminação LED e equipamentos de alta eficiência, reduzindo gastos fixos. Pequenas melhorias nesses aspectos geram um

impacto financeiro positivo ao longo do tempo”, afirmou.

Araújo brincou que custo é igual a unha, sempre crescendo e precisando aparar. “Bato também na tecla de que o empresário não pode mais sobreviver sem um DRE, o relatório de demonstração dos resultados do exercício, que eu chamo de boletim do empresário. Em uma análise mensal, ele consegue ver a oscilação dos seus custos. Antes, os custos cresciam e você cortava, agora, você não o deixa crescer, tomando decisões mais ágeis. Hoje, não dá mais para pensar em uma empresa que não tem DRE e as mais modernas o fazem em uma plataforma de BI (Business Intelligence) e não esperam mais o fim do mês, no próprio mês, os custos são monitorados. Um real que você reduz no custo é um real que você ganha na sua margem de lucro. É foco na venda e foco no custo”, frisou.

Monitoramento de indicadores

Para aprofundar mais sobre o acompanhamento de indicadores, Muniz sempre sugere a utilização de sistemas de BI (Business Intelligence) ou ERPs que ofereçam relatórios detalhados. Conforme ele esclarece, “esses recursos permitem monitorar KPIs como margem de lucro, ticket médio e giro de estoque em tempo real. É importante também criar uma rotina de análise semanal ou mensal para revisar os dados, identificar oportunidades e corrigir possíveis falhas. Definir metas claras para cada indicador ajuda a manter o foco e a alinhar toda a equipe em busca de resultados. Além disso, dashboards visuais

tornam a leitura dos dados mais prática e acessível, permitindo decisões rápidas e assertivas”, disse.

Araújo acrescentou que é importante sempre observar no seu ticket médio a evolução de demanda e o markup da produtividade e, se necessário, fazer ajustes. “A gente busca sempre equilibrar a visão econômica, geração de lucro, a visão financeira, geração de caixa, e a visão racional, que mede a eficiência da operação. Você pode estar gerando lucro, mas estar negativo no banco, porque não gerou caixa. Selecione alguns indicadores. Se for para escolher o financeiro, mude o estoque e os prazos médios de compra e de venda. Se for econômica, foco na lucratividade, liquidez e rentabilidade”, orientou.

Na opinião de Gomes, o giro de estoque é o principal indicador para aumentar a lucratividade porque impacta diretamente a eficiência financeira do negócio. “Quanto maior o giro, menor o tempo que o capital da empresa fica imobilizado em produtos, permitindo um fluxo de caixa mais saudável e

Uma equipe bem treinada é o coração de uma loja de sucesso. Eu sempre enfatizo que vendas consultivas exigem mais do que conhecimento técnico sobre os produtos: é preciso desenvolver empatia e habilidade para entender as necessidades do cliente. Invista em treinamentos constantes, que combinem o conhecimento do mix de produtos com práticas de atendimento e negociação. Simulações de vendas ajudam muito nesse processo, permitindo que os vendedores se preparem para oferecer soluções completas. Incentive a abordagem consultiva, onde o vendedor não apenas entrega o produto, mas apresenta opções complementares que agregam valor ao cliente”.

Flávio Muniz, palestrante e mentor de cursos do setor automotivo e de autopeças

Alberto Salustiano, diretor Comercial da Furlan Autopeças, de São José do Rio Preto e região
Raphael Guidi Fabiano, gerente geral da Auto Peças Fabiano, de Vargem Grande do Sul (SP)

maior liquidez. A melhor forma de monitorar este indicador é acompanhar regularmente o índice no seu sistema de gestão integrado (ERP) verificando quais produtos têm maior saída, identificar itens de baixo giro e ajustar as compras para otimizar o capital investido”.

Aliado a isso, Gomes acrescentou que é essencial manter um planejamento de reposição eficiente, priorizando produtos de alta demanda e negociando melhores condições com fornecedores. “Dessa forma, é possível evitar estoques excessivos ou insuficientes, garantindo um equilíbrio ideal entre disponibilidade de produtos e rentabilidade”.

Ações em autopeças

A seguir, três varejistas contaram como

aplicam todos os tópicos especificados acima pelos consultores. Começando pelo estoque. “Para otimizar o estoque, realizamos o trabalho constante e até diário de análises de demanda de produtos de maior giro para manter disponível em estoque a pronta entrega. Para os itens de menor volume, monitoramos os distribuidores parceiros, e na negociação de venda no balcão já temos mapeados o prazo de entrega e valores. Assim, conseguimos unir nosso estoque (itens de maior giro) com estoque dos fornecedores (estoque de menor giro)”, contou Raphael Guidi Fabiano, gerente Geral na Auto Peças Fabiano, da Vargem Grande do Sul (SP).

Na Furlan Autopeças, de São José do Rio Preto e região, sintetizou o diretor Comercial, Alberto Salustiano, “com compras semanais, no máximo quinzenais, e investimento em cadastro de novos produtos”. Já na Secchi Auto Peças, de Chopinzinho (PR), eles têm peças originais e marcas opcionais para otimizar o estoque. E quanto aos parceiros, disse Thiago Secchi. “Tentamos priorizar os que têm a melhor logística para atender os nossos clientes focando também no estoque do fornecedor. Também avaliamos a nossa curva de vendas e o que não tem tanta saída, que fica dois anos no estoque, nós fazemos uma nota de devolução em acordo com o fornecedor e trocamos por

mercadorias de giro”.

Equipe preparada

Questionados sobre vendas consultivas e uma oferta completa de soluções, Guidi destacou o suporte de fábricas que realizam treinamentos técnicos e visitas nas unidades fabris. “Assim, nossos vendedores adquirem conhecimento de como é fabricado e onde são aplicados os produtos e mix que envolvem e podem ser oferecidos em uma venda. E tão importante quanto o conhecimento técnico, é o atendimento ao cliente, entender as necessidades, entender como cada um gosta de ser atendido, como fazer uma negociação e fechar a negociação, para isso, temos o suporte da Rede Pit Stop, Sebrae, ACI, que sempre nos oferecem treinamentos para desenvolver os vendedores”, afirmou.

Diogo Sturaro, diretor da Cobra Rolamentos e Autopeças
Thiago Secchi, diretor da Secchi Auto Peças, de Chopinzinho (PR)

Os treinamentos na Secchi Auto Peças são realizados internamente, conforme especificado por Secchi. “Nós apresentamos os produtos e sistemas para os vendedores mostrando como eles funcionam para eles terem uma compreensão de todo o conjunto do sistema. Após isso, temos alguns treinamentos online e vídeos complementares de cada área específica do veículo, explicando cada peça, como ela foi desenvolvida e para que serve. O vídeo, na grande maioria em 3D, mostra o produto em funcionamento”, detalhou. E na Furlan Autopeças são realizadas reuniões mensais, disse Salustiano. “Onde são reforçadas técnica de vendas, grandeza do mix de produtos, buscando ser a solução em peças automotivas”.

Redução de custos

Para reduzirem custos, Salustiano contou que “foram implementados processos utilizando coletores de dados integrados aos processos logísticos”. Guidi comentou que redução de custo hoje é um dos grandes desafios, pois conforme o volume de negociações cresce as pequenas reduções geram no final um volume significativo.

Segundo ele, “aqui na nossa empresa, analisamos todos os processos, compra, estoque, separação, venda, entrega e pósvenda, assim gerando um ciclo com todos os processos. Dentro desse ciclo, identificamos

quais reduções de custos podem ser feitas sem prejudicar a produção como um todo, reduções de melhor compra (custo x benefício), utilizamos ERP que auxilia nas análises, com mais rapidez e assertividade; redução de “tempo” em estoque (separação e armazenamento), utilizamos ERP também que monitora o tempo de separação e liberação de mercadoria; e redução de tempo de entrega (logística de entrega com regiões definidas, otimizando as rotas), utilizamos sistema de roteirização e monitoramento”.

Na Secchi Auto Peças, uma grande aliada são as etiquetas com código de barras para minimizar erros, na conferência e contagem do estoque, nas peças em garantia dos clientes e na conferência para a venda correta do produto, a fim de evitar a emissão da nota fiscal e a entrega errada da peça, o que segundo Secchi, resultaria em erro em dois estoques, um sobrando a peça e outro faltando. Tanto que eles têm uma logística própria para isso: o vendedor vende, o separador retira o produto da estante e entrega à pessoa responsável por conferir, embalar e emitir a nota fiscal. Em seguida, outra pessoa realiza a entrega. “O custo operacional é elevado, mas a perda de controle sobre o estoque pode resultar em recusas frequentes aos clientes, o que gera um custo maior, embora menos perceptível. É essencial mensurar as recusas para otimizar a gestão do estoque e evitar vender itens indisponíveis”, garantiu.

Indicadores monitorados

Todos eles fazem o monitoramento dos indicadores. Na Furlan Autopeças, isso acontece todos os dias. “Analisamos diariamente vários KPI’s. Através desse trabalho, conseguimos enxergar se estamos no caminho da meta estabelecida ou se será necessária uma correção de rota, margens de lucro, ticket médio e giro do estoque, fundamentais no resultado do exercício e no fluxo de caixa também”, explicou Salustiano.

O mesmo procedimento é feito na Auto Peças Fabiano. “Realizamos monitoramento em tempo real, vendas, margem de lucro, ticket médio, giro de estoque. Com esses KPIs em tempo real, conseguimos tomar decisões a qualquer momento para negociações e ações e o reflexo é a melhora de rentabilidade do negócio”, contou Guidi. E Secchi explicou o quanto é importante ter o monitoramento de indicadores. “Ter esses indicadores nos dá uma visão muito ampla do negócio e com eles, você consegue fazer uma negociação diferenciada com o fornecedor, ter um olhar mais apurado de determinado produto e uma gestão melhorada para se manter no mercado ante os tubarões que conhecemos Brasil adentro do setor de autopeças. Nós somos meros peixinhos, digamos assim, mas estamos conseguindo manter o emprego dos nossos funcionários, prosperar e ter crescimento. E mesmo com a alta da inflação e do dólar, estamos conseguindo fazer a nossa parte”, expôs Secchi.

Os parceiros distribuidores

Na parte final desta matéria, os distribuidores descreveram as ações que realizam para apoiar seus parceiros, as autopeças; “Na Cobra Rolamentos e Autopeças, a agilidade na entrega é essencial para ajudar os varejistas a manterem um estoque eficiente. Com nosso processo logístico robusto, garantimos que os produtos cheguem com a agilidade necessária, permitindo que os clientes reponham seus

Ana Paula Cassorla, diretora de Marketing e Compras da Pacaembu Autopeças
Antonio Carlos Beiram, diretor da distribuidora G&B

Para otimizar o estoque, realizamos o trabalho constante e até diário de análises de demanda de produtos de maior giro para manter disponível em estoque a pronta entrega. Para os itens de menor volume, monitoramos os distribuidores parceiros, e na negociação de venda no balcão já temos mapeados o prazo de entrega e valores. Assim, conseguimos unir nosso estoque (itens de maior giro) com estoque dos fornecedores (estoque de menor giro)”.

Raphael Guidi Fabiano, gerente geral da Auto Peças Fabiano, de Vargem Grande do Sul (SP)

estoques de forma rápida e prática. Através de ferramentas capazes de identificar os produtos com maior giro e produtos de menor recorrência de vendas, podemos oferecer as melhores opções de peças, de acordo com o histórico de compras, mas também trazendo sugestões de itens relevantes que ainda não são comprados pelo cliente”, pontou Diogo Sturaro, diretor da Cobra Rolamentos e Autopeças.

Na distribuidora G&B, o diretor, Antonio Carlos Beiram, destacou um diferencial. “O varejista, que é nosso cliente, tem acesso ao nosso estoque em tempo real, podendo assim efetuar suas vendas na internet, com base na nossa disponibilidade. Fora isso, somos a primeira distribuidora a oferecer a seus clientes lojistas o modelo dropshipping, no qual o lojista faz seu anúncio em qualquer marketplace e nós cuidamos de tudo, desde a embalagem até o despacho da peça para o consumidor com sua devida etiqueta”.

Na Pacaembu Autopeças, Ana Paula Cassorla, diretora de Marketing e Compras, contou que o e-commerce foi projetado para ser uma verdadeira extensão da loja física do cliente. “Com um catálogo de 57 mil itens, de mais de 300 grandes marcas, oferecemos uma experiência de compra completa e eficiente. Nossa plataforma permite que o cliente encontre o produto ideal com facilidade, consulte informações detalhadas sobre impostos e insumos, compare preços entre diferentes centros de distribuição e simule o markup em tempo real. Além disso,

a agilidade na entrega, que pode chegar a até duas vezes ao dia, dependendo da localidade, garante que o cliente tenha o produto em mãos rapidamente, muitas vezes em menos de 24 horas”, detalhou.

Alcides Acerbi Neto, diretor Comercial da Jahu Borrachas e Autopeças, falou também sobre como eles ajudam os varejistas. “Ajudamos oferecendo informações detalhadas dos produtos e, quando acessadas via B2B, o sistema calcula a sua própria curva de vendas. Além disso, com a agilidade na compra, também por meio de diferentes canais de vendas, disponibilizamos os produtos rapidamente, sem a necessidade de manter altos estoques”.

Condições e prazos

Neste quesito, Ana Paula contou: “sempre buscamos oferecer as melhores condições e prazos aos clientes, em uma relação que se fortalece a cada passo dado em conjunto. Para isso, contamos com um sistema evolutivo que personaliza as condições de pagamento de acordo com o nível de parceria de cada cliente. Essa evolução não se baseia apenas no volume de compras, mas também em fatores como a diversificação do mix de produtos adquiridos, o histórico de relacionamento e a interação com a Pacaembu. Quanto mais o cliente se dedica à parceria, maior o seu acesso a benefícios como: descontos atrativos, programas de fidelidade e condições de pagamento facilitadas”.

Na Jahu, informou Neto, “as condições são oferecidas de acordo com o histórico e potencial de compras. Com políticas bem definidas, oferecemos a melhor condição ao cliente”, sintetizou Neto. Procedimento similar é adotado na Cobra. “A Cobra oferece condições flexíveis de pagamento, como prazos estendidos e descontos progressivos para compras em maior volume, de acordo com a análise de perfil de cada cliente”, disse Sturaro.

Para finalizar este tema, Beiram colocou que os distribuidores sabem da necessidade que o varejo tem por prazos de pagamento fracionados. “Afinal, fora o prazo de armazenamento das peças até o momento da venda, na maior parte das vezes, o mecânico ou o dono do carro, também paga parcelado. Para bancar toda a operação são poucos os varejos que têm caixa para tal”, acrescentou.

Alcides Acerbi Neto, presidente do Sicap

Aqui na nossa empresa, analisamos todos os processos, compra, estoque, separação, venda, entrega e pós-venda, assim gerando um ciclo com todos os processos. Dentro desse ciclo, identificamos quais reduções de custos podem ser feitas sem prejudicar a produção como um todo, reduções de melhor compra (custo x benefício), utilizamos ERP que auxilia nas análises, com mais rapidez e assertividade; redução de “tempo” em estoque (separação e armazenamento), utilizamos ERP também que monitora o tempo de separação e liberação de mercadoria; e redução de tempo de entrega (logística de entrega com regiões definidas, otimizando as rotas), utilizamos sistema de roteirização e monitoramento”.

Salustiano, diretor Comercial da Furlan Autopeças, de São José do Rio Preto e região

Diferenciais

Em relação aos diferenciais oferecidos aos seus parceiros varejistas, Neto enfatizou, em primeiro lugar, os produtos de qualidade. “Que trazem tranquilidade aos nossos clientes, reduzindo o índice de garantia do lojista. Isso por si só já ajuda na rentabilidade. Além disso, com preços competitivos, as marcas por nós comercializadas costumam dar uma maior lucratividade quando comparadas a outras. E, quando o cliente opta por trabalhar com um estoque reduzido, ajudamos na rentabilidade, melhorando o giro e fluxo de caixa pela agilidade no nosso atendimento”.

Beiram falou sobre as entregas imediatas em todas as unidades da G&B, prazos de pagamentos especiais, preços competitivos e dropshipping. “Mas, sem dúvida, nosso maior diferencial é o respeito ao varejista, pois não atendemos oficinas mecânicas. Fato que nos confere o selo emitido pelo Sincopeças:

Empresa Amiga do Varejo”, ressaltou.

Na Cobra, Sturaro destacou a agilidade na entrega e de retirada em 15 minutos, “são dois dos nossos principais diferenciais reconhecidos pelo mercado. Oferecemos aos clientes uma ampla gama de produtos, das principais marcas, um atendimento técnico especializado para ajudar os lojistas a escolherem as peças certas para cada necessidade. Contamos também com a Loja Online Cobra, um canal de compras intuitivo e eficiente, que permite que cada cliente faça suas compras com todos os benefícios que a Cobra oferece, e com o Catálogo Digital e a Busca por Placa. Todos esses diferenciais, em conjunto, trazem aos nossos clientes maior agilidade, eficiência e possibilitam um planejamento estratégico bem estruturado para otimizar a rentabilidade de cada negócio”.

Para finalizar, disse Ana Paula, “nosso

diferencial está em ser muito mais que um fornecedor, mas sim um parceiro estratégico para o sucesso dos lojistas. Oferecemos uma estrutura robusta e confiável que garante segurança e tranquilidade para nossos clientes. Com presença nacional e serviços de logística eficientes, asseguramos a disponibilidade constante dos produtos, permitindo que o lojista trabalhe com um investimento mínimo em estoque e se concentre no que realmente importa: suas vendas. Investimos no desenvolvimento de um portfólio completo e diversificado, com produtos de alta qualidade e marcas renomadas. Nosso objetivo é facilitar o dia a dia do lojista, proporcionando soluções completas que otimizem seus processos e maximizem sua rentabilidade. Acreditamos que essa combinação de fatores – serviços de excelência, portfólio estratégico e condições comerciais vantajosas – é o que nos diferencia e garante o sucesso dos nossos clientes”.

Por: Silvio Rocha

SKF CELEBRA 110 ANOS NO BRASIL

E REFORÇA SUA LIDERANÇA NO SETOR AUTOMOTIVO

O Brasil é o terceiro maior mercado global da multinacional sueca e responde por 60% do Aftermarket Automotivo na América Latina

Brasil ocupa uma posição estratégica para a SKF, multinacional sueca líder em rolamentos e soluções para a indústria automotiva. O País é o terceiro maior mercado global da companhia e representa cerca de 60% do Aftermarket Automotivo na América Latina.

Para falar sobre essa trajetória e os planos da empresa para o futuro, o Balcão Automotivo traz uma entrevista exclusiva com Michel Vences, diretor Comercial de Aftermarket Automotivo América Latina da SKF.

Balcão Automotivo - Como a SKF contribuiu para a evolução da indústria automotiva no Brasil e quais foram seus marcos mais importantes nesses 110 anos?

Michel Vences - Desde sua chegada em 1915, a SKF conectou o Brasil com o que há de mais moderno no mundo, trazendo inovação, tecnologia e excelência em engenharia. Como pioneira na fabricação e fornecimento de rolamentos e soluções para a indústria, a empresa participou ativamente do processo de industrialização e modernização do setor automotivo brasileiro, sendo precursora dos principais avanços na tecnologia do rolamento de roda.

Ao longo desses 110 anos, a SKF acompanhou os avanços tecnológicos da indústria, desenvolvendo produtos de alta performance e contribuindo diretamente para a evolução da mobilidade no Brasil, ao elevar o padrão de excelência dos produtos. Atualmente, o Brasil é uma referência mundial de qualidade em peças automotivas e esse feito certamente tem a marca SKF, dada a sua presença nas montadoras como produto original de fábrica.

BA - O que faz da fábrica de Cajamar uma referência global dentro do Grupo SKF e quais tecnologias destacam sua modernização?

MV - A fábrica de Cajamar é uma das unidades mais modernas do grupo SKF no mundo, sendo reconhecida pela excelência operacional,

inovação tecnológica e alto padrão de qualidade, comprovado a partir de certificações internacionais e auditorias realizadas pelas montadoras e na própria avaliação do Grupo.

Dentre os diferenciais da unidade, destacam-se:

• Indústria 4.0: A planta conta com processos de produção altamente automatizados, incluindo o Canal 3, uma linha de fabricação 100% precisão e eficiência.

• Sustentabilidade: A SKF investe continuamente na modernização da unidade, reduzindo seu impacto ambiental e avançando na meta de neutralidade de carbono até 2030.

• Qualidade e segurança: Os processos são certificados pelos mais altos padrões internacionais, assegurando confiabilidade em cada produto fabricado.

• A fábrica de Cajamar atende as principais montadoras e o mercado de reposição automotiva, consolidando-se como um modelo global de inovação e excelência.

BA - Com o Brasil representando 60% do Aftermarket Automotivo da América Latina, quais estratégias garantem essa posição de destaque?

MV - Segundo dados do Sindipeças, o Brasil possui uma das maiores frotas circulantes do mundo com mais de 47 milhões de veículos. Diante deste cenário, a SKF conquistou seu espaço e desenvolveu vantagens competitivas que tornaram a marca cada vez mais preparada para enfrentar os desafios da atualidade:

• Produção nacional: Fábrica 100% automotiva em Cajamar (SP) que garante o eficiente abastecimento das montadoras e do mercado de reposição local.

• Capacidade logística: Moderno centro de distribuição com alta capacidade de armazenagem e forte investimento em estoque (disponibilidade).

Michel Vences,
diretor Comercial de Aftermarket Automotivo América Latina da SKF

• Portfólio amplo: Cerca de 5.000 soluções para veículos leves, pesados e agrícolas, com cobertura de aproximadamente 98% da frota de veículos.

• Presença de mercado: Ampla rede de distribuidores autorizados em todo o Brasil e parceria com os principais players do setor, garantindo cobertura em 100% do território.

• Produto original de fábrica: O know-how da SKF como fornecedora de equipamentos originais para montadoras reflete-se no mercado de reposição, trazendo segurança para mecânicos e consumidores.

• Inovação contínua: O investimento constante em tecnologia e desenvolvimento de novos produtos mantém a SKF na vanguarda do setor.

Essas estratégias garantem a liderança da SKF no mercado e fortalecem sua posição na América Latina.

BA - Quais são os principais desafios e oportunidades para a SKF no mercado brasileiro nos próximos anos?

MV - O mercado brasileiro é muito promissor e visualizamos excelentes perspectivas de crescimento para os próximos anos, tanto que o segmento de aftermarket apresenta forte representatividade nos resultados globais da companhia. Neste sentido, destacamos os principais desafios e oportunidades que temos pela frente:

DESAFIOS:

• Profissionalização das oficinas para elevar o nível de gestão dos mecânicos.

• Formação de mão de obra qualificada de novos mecânicos para atender às crescentes demandas de carros usados.

• Combate à falsificação de produtos que movimentam o mercado paralelo de autopeças.

• Manutenção da competitividade diante de um mercado dinâmico e globalizado.

OPORTUNIDADES:

• Expansão do portfólio para atender às mais variadas aplicações e modelos de veículos.

• Fortalecimento do Aftermarket com soluções cada vez mais tecnológicas.

• Diferenciação da marca com a redução da pegada de carbono em suas operações.

• Ampliar a sinergia e integração das unidades de negócios da SKF na América Latina para promover maior competitividade.

A SKF está preparada para enfrentar esses desafios e aproveitar as oportunidades com investimentos em tecnologia, sustentabilidade e excelência operacional.

BA - A SKF tem um forte compromisso com inovação e sustentabilidade. Como a empresa está avançando para atingir a neutralidade de carbono até 2030?

MV - A meta global da SKF de atingir a neutralidade de carbono até 2030 já está em pleno andamento no Brasil. A fábrica de Cajamar, que passou por um amplo processo de modernização, tem adotado medidas sustentáveis como:

• Eficiência energética: Implementação de processos produtivos mais limpos e redução do consumo de energia.

• Gestão ambiental: Promoção da Economia Circular através da reutilização, redução de consumo e reciclagem de insumos de fabricação.

• Redução de desperdícios: Minimizamos o impacto de nossas operações otimizando a utilização dos recursos disponíveis.

Unidade da SKF em Cajamar (SP)

• Cadeia de suprimentos: Fornecedores confiáveis que adotam os princípios da política ambiental, energética, de saúde e segurança (EHS) da SKF. Isso inclui implementar e manter um sistema de gestão ambiental, bem como buscar as certificações da ISO 14001, ISO 45001 e ISO 50001.

O compromisso da SKF vai além dos produtos, é fazer negócios com responsabilidade, influenciando toda a cadeia de valor para garantir um futuro mais sustentável para a indústria automotiva.

BA - A parceria da SKF com a Stock Car reforça sua presença no automobilismo. De que forma essa colaboração impacta o desenvolvimento de novos produtos?

MV - A SKF é o Fornecedor Oficial de Rolamentos para todas as equipes da Stock Car, uma parceria que fortalece a inovação e o desenvolvimento tecnológico da empresa. As exigências de desempenho do automobilismo são extremamente desafiadoras e o resultado dos desenvolvimentos muitas vezes acaba em produtos que oferecem benefícios muito além das competições, pois a transferência de tecnologia tem um reflexo positivo na performance dos produtos que chegam ao mercado de reposição.

BA - Além do setor automotivo, quais outros segmentos a SKF atende e como a empresa se diferencia nesses mercados?

MV - Além de manter posição de destaque na indústria automotiva, a SKF possui uma divisão Industrial com soluções para mais de 40 setores da indústria que desempenham um papel vital na sociedade, com destaque para os seguintes segmentos de negócios:

• Aeroespacial: Soluções para trens de pouso, redutores de engrenagens, placas oscilantes, motores, controles de voo.

• Agricultura: Soluções para operação de maquinários agrícolas.

• Alimentos e bebidas: Soluções para processamento de alimentos livre de contaminação e maior eficiência energética.

• Máquinas e ferramentas: Soluções de monitoramento e manutenção preditiva.

• Naval: Soluções para embarcações marítimas de pequeno, médio e grande portes.

• Siderurgia: Soluções para maquinários robustos de produção do aço.

• Mineração: Soluções para maquinários críticos de escavação.

• Ferrovias: Soluções para rodagem de transporte ferroviário.

• Energia Eólica: Soluções para turbinas de geração de energia.

• Energia Marinha: Soluções para aproveitar a energia das ondas de forma eficiente e sustentável.

• Papel & Celulose: Soluções para maquinários de alta complexidade.

• Construção: Soluções para máquinas retroescavadeiras, rolos compressores, tratores, implementos rodoviários, etc.

O diferencial da SKF está na inovação e na engenharia de precisão, oferecendo soluções customizadas para cada indústria. Nossa presença em 129 países ao redor do mundo com operações especializadas faz da SKF um verdadeiro provedor de tecnologia de ponta.

BA - O reconhecimento do Sindirepa-SP como Melhor Marca do Ano reforça a confiança do mercado na SKF. O que isso representa para a empresa?

MV - Ser reconhecida na premiação “Os Melhores do Ano 2024” pelo Sindirepa-SP é um reflexo da qualidade, inovação e compromisso da SKF com seus clientes. Essa conquista reforça as boas práticas com as quais atuamos e a liderança da marca no mercado, reafirmando sua reputação como sinônimo de excelência e confiabilidade.

BA - Desde sua chegada ao Brasil em 1915, a SKF passou por diversas transformações. Qual o segredo para manter a marca relevante e inovadora ao longo do tempo?

MV - Nós colocamos o mecânico no centro da estratégia, compreendemos as necessidades da ponta e isso ajudou a construir uma base sólida de confiança com o mercado. Ao longo de 110 anos, mantivemos a nossa essência, sempre prezando pelo nível de qualidade de classe mundial, encontrado em qualquer fábrica da SKF no mundo. Essa busca incessante pela excelência pavimentou a trajetória da marca no Brasil, consolidando-a como um ícone na categoria de rolamentos. Desde então, os mecânicos encontram na SKF a certeza de confiabilidade técnica para evitar retrabalhos, elevar seus ganhos nas oficinas e garantir a satisfação do consumidor final dos produtos.

BA - Quais são os próximos passos da SKF no Brasil e quais investimentos podemos esperar nos próximos anos?

MV - A SKF tem um compromisso sólido e de longo prazo com o Brasil, o país é o 3º maior mercado em nível global. Diante das complexidades do nosso negócio, a empresa irá investir de forma consistente para fortalecer cada vez mais a sua estrutura operacional de abastecimento e elevar o nível de eficiência para garantir maior competitividade. Para tanto, destacamos as seguintes frentes de atuação:

• Integração da SKF Brasil com outras operações na América do Sul

• Desenvolvimento contínuo de novas tecnologias

• Aumento da eficiência nos processos de produção

• Expansão do portfólio de produtos

• Aumento da disponibilidade dos produtos

• Melhoria da capacidade logística

Com uma visão de futuro promissora, a SKF segue impulsionando o setor automotivo e a indústria brasileira rumo às transformações do mercado.

FIQUEPORDENTROPESADOS

ANFIR: VENDA DE IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS INICIA O ANO EM

ALTA DE 1,5%

Em janeiro, as vendas de implementos rodoviários registraram leve alta de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2024, passando de 11.238 para 11.461 unidades. As carrocerias sobre chassi tiveram aumento de 25,1%, com 5.270 unidades vendidas, enquanto os reboques e semirreboques, segmento de pesados, caíram 12,5%, com 6.191 unidades licenciadas. José Carlos Spricigo, presidente da Anfir, afirmou que, apesar da queda nos pesados, as vendas de reboques e semirreboques devem ser impulsionadas pela colheita de soja nos próximos meses.

MERCADO DE ÔNIBUS COMEÇA O ANO 42% MAIOR EM RELAÇÃO A 2024

Em janeiro, os emplacamentos de ônibus chegaram a 2.191 unidades, uma queda de 15,5% em relação a dezembro (2.594 unidades), mas um aumento de 41,7% em comparação a janeiro do ano passado (1.546 unidades).

Segundo a Fenabrave, foi o maior crescimento do setor automotivo. Arcelio Junior, presidente da federação, atribui o desempenho ao Programa Caminho da Escola e à retomada do transporte urbano e turismo. Para 2025, a Fenabrave projeta um crescimento de 6%, com 29,3 mil emplacamentos, contra 27,6 mil em 2024.

ZM LANÇA LINHA DE GRAMPOS DE MOLA PARA VEÍCULOS PESADOS

A ZM, indústria brasileira com mais de 40 anos no mercado de autopeças, lança sua nova linha de grampos de mola para veículos pesados. Com 133 itens, a empresa reforça seu compromisso com inovação e qualidade. Produzidos com tecnologia 4.0, garantem fixação segura, absorção de impacto e alinhamento da suspensão de caminhões e ônibus. Diferenciais incluem gravação para fácil identificação, acabamento premium, maior comprimento de rosca e diâmetro reforçado. Mais lançamentos estão previstos para 2025. Saiba mais em www.zm.com.br ou pelo WhatsApp (47) 99154-3644.

ANFAVEA alerta para invasão dos chineses nas compras públicas de máquinas

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, destacou o aumento das máquinas importadas, especialmente chinesas, nas compras públicas do governo federal. Em 29 licitações com 2.132 produtos, 32% das máquinas autopropulsadas eram de empresas sem produção local. Em 2024, o setor registrou déficit comercial pelo segundo ano consecutivo, com 55% das máquinas importadas vindo da China. A Anfavea defende a retomada do Imposto de Importação para 14%.

VENDA DE MÁQUINAS FECHA 2024 COM DESEMPENHOS OPOSTOS

Em 2024, o setor de máquinas apresentou resultados distintos: as máquinas de construção cresceram 22,2% (37,1 mil unidades), enquanto as agrícolas caíram 19,8% (48,9 mil unidades). A demanda por equipamentos da linha amarela, usados em ambos os setores, impulsionou o crescimento na construção. Já a queda nas agrícolas foi impactada por fatores como safra menor, mudanças climáticas, preços baixos das commodities e altas taxas de juros. Em 2025, a Anfavea prevê estabilidade, com 87,1 mil unidades vendidas (+1,3%) e crescimento de 3% para construção.

CUMMINS ANUNCIA NOS EUA NOVO

MOTOR 6.7 LITROS TURBO DIESEL PARA PRÓXIMA GERAÇÃO

DAS PICAPES RAM

HEAVY DUTY 2025

A Cummins Inc. apresentou nos EUA o novo motor 6.7L Turbo Diesel para as picapes Ram Heavy Duty 2025, consolidando sua parceria com a Stellantis até 2030. Disponível nos modelos Ram 2500, 3500, 4500 e 5500 Chassis Cab, o motor oferece até 436 cv e 149 kgfm de torque. Entre as melhorias, destacam-se a nova transmissão automática de 8 marchas e avanços como gerenciamento de fluxo de ar, injeção de alta pressão e turbocompressor de geometria variável. A partida a frio foi aprimorada, garantindo operação confiável em climas extremos.

Venda de Caminhão começa abaixo de dezembro, mas bem acima do ano passado

O mercado de caminhões iniciou 2025 com queda de 17,8% em relação a dezembro, passando de 11.159 para 9.170 emplacamentos, mas registrou alta de 14,6% na comparação com janeiro de 2024. Arcelio Junior, presidente da Fenabrave, atribui o crescimento anual às compras realizadas na Fenatran 2024 e à demanda por transporte de carga. Apesar da queda mensal, especialmente nos pesados, a Fenabrave projeta crescimento de 4,5% para 2025, totalizando cerca de 127,6 mil unidades, destacando o ritmo menor de vendas em janeiro.

TAKAO ALERTA PARA DESAFIOS E NECESSIDADES AOS REPARADORES DE MOTORES DIESEL

Os motores diesel são populares em picapes e SUVs pela robustez, potência e economia. O sistema common rail melhora o desempenho, garantindo alto torque em baixas rotações. Além disso, o diesel oferece maior autonomia e custo reduzido em relação a gasolina e etanol.

Especialistas da TAKAO, Everton Peroni e Marlon Silva, alertam para cuidados essenciais: usar diesel S10, evitar contaminação por umidade, e realizar manutenção preventiva.

RANDON TEM LIDERANÇA DE MERCADO E NOVAS SOLUÇÕES PARA O TRANSPORTE COM TECNOLOGIA QUE MARCA ANO HISTÓRICO

A Randon, maior fabricante de semirreboques da América Latina, encerra as comemorações dos seus 75 anos destacando marcos de 2024. Líder no Brasil, a empresa entregou mais de 600 mil produtos, sendo 100 mil exportados. A linha New R foi ampliada, com o Furgão Modular e a edição comemorativa dos 75 anos, incluindo o Bitrem Tanque Aço Carbono (63 mil litros) e o Graneleiro 400 kg mais leve. Os novos modelos trazem EBS e tecnologia Randon Smart. A empresa celebrou sua presença global e lançou a segunda temporada da websérie “Randon na Estrada”.

MOBIL™ APRESENTA CANAL DE WHATSAPP COM DICAS PARA CAMINHONEIROS

No ano do centenário da linha de lubrificantes Delvac™, a Mobil™ lança a Central Mobil Delvac™ no WhatsApp, com notícias e dicas para o setor de transportes. A ação conta com influenciadores como Pedro Trucão, Paula Toco e Giovani Darolt, e visa conectar a marca ao público caminhoneiro com conteúdos interativos em áudio e vídeo. O WhatsApp é a principal fonte de informações para 65% dos caminhoneiros (CNT). Mecânicos de pesados também podem acessar, com interação via Instagram e embaixadores. Acesse: Central Mobil Delvac™.

SINCOPEÇAS BRASIL LANÇA 3ª

EDIÇÃO DO ANUÁRIO DO COMÉRCIO DE AUTOPEÇAS DO BRASIL

A edição apresenta informações atualizadas e detalhadas sobre o setor

isponível no site oficial da entidade, a 3ª edição do Anuário do Comércio de Autopeças do Brasil traz dados atualizados sobre o setor, incluindo informações socioeconômicas, demográficas e a respeito da frota circulante, com foco nos modelos de veículos e nas autopeças mais comercializadas. A publicação também aborda a quantidade de empresas nos segmentos de varejo e atacado de autopeças, motopeças e pneumáticos. A edição inclui ainda a análise do presidente do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão, sobre as transformações do mercado, com ênfase nos desafios de gestão e nas novas tecnologias automotivas.

Ranieri destaca que, assim como outros setores, o comércio de autopeças tem se adaptado a um mercado em constante evolução. Apesar dos desafios, como as mudanças nas demandas de gestão e as inovações tecnológicas, o setor tem demonstrado grande resiliência. “Após a pandemia, o cenário de queda nas vendas de veículos novos estimulou os negócios de veículos usados no Brasil, o que acelerou o envelhecimento da frota circulante, criando um cenário favorável à comercialização de autopeças”, afirmou.

O presidente também ressalta que, além de recuperar as vendas, o setor consolidou avanços importantes, como a criação da primeira Norma Técnica ABNT NBR 16.999, que qualifica o vendedor de autopeças e acessórios. Com base nessa norma, foi

Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil e do Sistema Sincopeças/Assopeças/ Assomotos Ceará (SSA/CE)

criada a Certificação de Competências Profissionais do Vendedor de Autopeças, oferecida pelo IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, acreditado pelo INMETRO. “Isso permite que as empresas elaborem programas de capacitação, garantindo a padronização e valorização dos profissionais do aftermarket automotivo”, explicou Ranieri.

Ranieri também abordou mudanças fiscais, como a eliminação da Substituição Tributária em alguns estados, o que exige uma adaptação ao novo modelo tributário. Ele alertou sobre a necessidade de uma competitividade fiscal justa e de garantir a comercialização de autopeças com origem e procedência confiáveis.

Por fim, o presidente do Sincopeças Brasil conclui que, nos próximos anos, as autopeças usadas e remanufaturadas terão maior participação no mercado brasileiro, impulsionadas por iniciativas como o programa “MOVER” do Governo Federal. “Será mais eficaz fortalecer nossa política setorial e estruturar nossa presença no mercado futuro”, finalizou.

JOVENS NO VAREJO DE AUTOPEÇAS

Neste mercado dinâmico, e em constante evolução, há diversos atrativos. Jovens que atuam no setor destacam suas vantagens e especialistas recomendam estratégias para alcançá-los

E

m todas as regiões do País, a escassez de mão de obra no setor de autopeças é um problema persistente e diversas iniciativas estão em andamento para capacitar e atrair jovens com potencial para a área. Por outro lado, há atrativos, principalmente, por se tratar de um mercado dinâmico e sempre com muitas novidades. Para os jovens que já estão na linha de frente, sonhos não faltam para o futuro, incluindo o de ter o próprio negócio, como é o caso de João Luiz Soares de Moura, vendedor na Auto Peças Pantanal, em Corumbá(MS), e de Gabriel Ferreira Prata de Moraes, vendedor na Lemarauto Peças, localizada em São João de Meriti(RJ). Eles têm 19 anos e 21 anos, respectivamente. Mas, o que os atraiu para esta profissão?

Na Auto Peças Pantanal, João Luiz completou um ano como vendedor. Este é o seu primeiro emprego. “Sempre gostei de carros e fui chamado na autopeças como primeiro emprego e não pude perder a oportunidade. O mais legal desse trabalho é o constante aprendizado, cada cliente, cada carro e cada peça traz uma coisa nova a se aprender”, relatou.

Gabriel está há cinco anos na Lemarauto Peças. Assim como muitos, ele começou no estoque, recebendo, organizando, guardando e separando os produtos para os balconistas. “Toda peça que eu pegava, eu pesquisava para saber sua função, e hoje tenho dois anos de balcão”. Ele também

João Luiz Soares de Moura, vendedor da Auto Peças Pantanal, de Corumbá (MS)

contou que não faltou apoio e nem incentivo. “Eu tenho três grandes influências no ramo de autopeças, meu pai, Marcos, meu tio, André, que são ótimos vendedores, e meu tio, Marcelo, que além de um incrível vendedor, é dono da empresa que trabalhamos, eles sempre me ajudaram e até hoje me passam todo o conhecimento”.

Também lhe influenciou a forma de eles atuarem. “Eu sempre admirei muito a forma como eles se doavam na profissão e como eles eram bons no que faziam. Olhava para eles e tinha certeza de que aquilo era para mim. É uma profissão muito importante, que sempre temos algo a aprender e se manter atualizado; e isso deixa tudo mais legal, por mim eu teria começado bem antes”, afirmou.

Gabriel Ferreira Prata de Moraes, vendedor da Lemarauto Peças, de São João de Meriti (RJ)

uma ótima oportunidade de se encontrar e dar um futuro em que tudo é possível. Se tiver foco e força de vontade, isso enche os olhos de jovens sonhadores!”, sintetizou. Já João Luiz disse que o que falta é o consumidor ser aberto aos jovens. “Em minha opinião, hoje em dia o público de carros negligencia muito os jovens, talvez uma recepção mais leve pudesse atrair mais jovens”, sugeriu.

No dia a dia, o que Gabriel mais gosta é de aprender coisas novas. “Sempre tem algo novo a se aprender nesse ramo, são muitos desafios novos no dia a dia. Resolver problemas no dia a dia te faz aprender e é muito satisfatório ver o cliente saindo feliz e de bem com a loja. Uma das coisas que mais amo nesse trabalho são os relacionamentos e as amizades que fazemos, os clientes se tornam seus amigos e te ensinam muita coisa”, especificou.

Busca de conhecimento

Em comum, Gabriel e João Luiz sempre buscam se atualizar, o que é mais do que necessário neste setor. “Geralmente, mantenhome atualizado com estudo e conteúdos na internet, por meio de vídeos e notícias”, disse João Luiz. “A loja, assim como nós que somos vendedores, sempre tem que se manter atualizada, então, uma das coisas que faço é ver tudo o que chega de novo nas lojas. Eu pesquiso, vejo a sua função e aprendo toda a aplicação da peça. Sempre me atualizo também com todas as notícias e uma vez, eu fui à Rioparts, e espero ter a oportunidade de ir em outras feiras. Experiência incrível e que abre muitas portas e oferece todo o tipo de conhecimento”, relatou Gabriel.

O que falta para atrair mais jovens no setor

Os jovens vendedores aproveitam a oportunidade para expressar suas opiniões sobre os requisitos necessários para tornar o setor de autopeças mais atrativo. Começando por Gabriel, o que falta é divulgação. “Uma das formas é divulgando o quanto o ramo de autopeças é importante no dia a dia, o que os vendedores de autopeças fazem, como funciona todo o trabalho em si dentro das empresas, mostrar que é um ramo de crescimento sem limites,

Sobre planos futuros, João Luiz pretende ter o seu próprio negócio e já contou qual modelo ele vislumbra. “Meus planos são entrar para Engenharia Mecânica e abrir minha própria loja, autopeças e mecânica no mesmo lugar, facilitando o gerenciamento de carros e peças”. Gabriel também pretende ter o seu próprio negócio. “Antes de tudo, eu quero me tornar um dos melhores na minha profissão. Quero adquirir o máximo de conhecimento que eu puder, para algum dia construir a minha própria empresa. Com certeza, vou me inspirar muito na Lemarauto, onde visamos preço justo e bom relacionamento com o cliente, além de dar oportunidades para muitos jovens”, finalizou.

Iniciativas

Para o consultor, idealizador e instrutor do Curso de Balconista de Alta Performance, Francisco Gomes, há poucas iniciativas para atrair os jovens para o varejo de autopeças. “Os jovens são atraídos através de oportunidades muito simples, como trabalhar como estoquista, separador, ou então são filhos de mecânicos que têm contato mais próximo com a autopeças e fica muito concentrado nesse nicho”. Gomes também falou sobre formação, citando que o Curso de Balconista de Alta Performance proporciona também aos jovens não apenas conhecerem sobre sistemas de veículos e peças, mas também sobre entender de pessoas e ter um nível satisfatório de atendimento no balcão.

“Eles não podem deixar de entender sobre peças de carros e de sistema de veículos, por isso, é tão importante a formação voltada aos aspectos de conhecimento dos itens do veículo, como também de mercado e de atendimento. Os cursos oferecidos pelas escolas técnicas pelo Senai e pelos cursos independentes de mecânica são extremamente importantes, mas, infelizmente, faltam o lado comportamental, conhecimento de mercado e de atendimento, falta conhecimento sobre os principais catálogos envolvidos na análise e na busca pelas peças. Falta também uma formação relacionada à produtividade, busca por metas”, argumentou Gomes.

Na opinião de Sergio Fabiano, gerente de Serviços Automotivos

do IQA, a geração Z valoriza ambientes de trabalho flexíveis, com uso amplo de tecnologia, autonomia, oportunidades de crescimento na carreira e cuidados com a saúde mental. “Por isso, o mercado de varejo precisa começar a investir em ambientes que atendam a essas expectativas, criando espaços que promovam bem-estar e desenvolvimento profissional. As estratégias para isso são programas de estágio e cursos de capacitação para que os jovens vejam um futuro promissor no setor”, afirmou.

Uma flexibilidade que, segundo Gomes, não é tão simples. “As autopeças e os auto centers respondem muito à comodidade do cliente. Geralmente, sábado é um dia que trabalham mais do que o comércio em geral e durante a semana, algumas autopeças esticam o horário para o iniciozinho da noite para trazerem justamente mais comodidade aos clientes ou começando mais cedo. Internamente, jornada flexível se torna mais difícil de acontecer, pois o comprador de peças se apega muito ao vendedor e se não tiver a disponibilidade no horário que o cliente precisa, é muito complicado e pode ocorrer perda de venda”.

Para ele, um atrativo para os jovens é por se tratar de um mercado muito dinâmico e desafiador. “Todos os dias nós temos novos desafios no balcão, dada a velocidade que chegam as marcas, modelos e versões. Nunca temos um dia igual ao outro, sempre um novo desafio surge, e isso para as novas gerações é extremamente importante, considerado como algo a ser superado. Falta ainda no nosso mercado uma forma de captar profissionais, jovens, porque ainda não temos um método de seleção para buscá-los em todos os locais. Ainda fica muito restrito aos meios que eu disse antes”, afirmou Gomes.

Fabiano defendeu o plano de carreira. “A importância de oferecer planos de carreira e benefícios para atrair mais talentos para o setor é fundamental, pois os profissionais de hoje precisarão ser substituídos. Por isso, é crucial começar a investir nesse processo agora, garantindo que, no futuro, possamos manter a qualidade e excelência na prestação de serviços no setor”. Gomes comentou que plano de carreira é uma falha deste mercado, que começou com pequenas empresas familiares e os funcionários que entram não têm clareza sobre como será o seu desenvolvimento e o seu crescimento na empresa.

“Como a gente diz no Ceará, os funcionários que entram ali ‘vão bolando’. Eles não têm clareza. Geralmente, se paga bem no nosso mercado para o vendedor e para o gerente, mas não é só isso que atrai e retém o profissional no nosso negócio. Quando tem clareza do crescimento, isso faz muita diferença. É extremamente importante a empresa ser clara nas suas expectativas, no seu plano de desenvolvimento, com métricas, com cursos, com tempo, com produtividade para esse profissional ir buscando reconhecimento e crescendo dentro a empresa. E claro, através do seu conhecimento, da entrega e do grau de interesse de cada profissional, que é dada a ele a oportunidade de crescer e evoluir. E digo mais, o gerente da loja, o sócio em uma nova filial, o empreendedor são passos que podem acontecer na vida de um funcionário, desde que ele se capacite, pois é através do seu conhecimento que ele receberá as oportunidades”, explicou Gomes.

Para Fabiano, mostrar que o setor de autopeças oferece um caminho promissor para uma carreira de sucesso é essencial. “Uma maneira de fazer isso é incentivar a participação em feiras, exposições e conferências, permitindo que os jovens expandam seu networking, aprendam sobre as tendências do mercado e se sintam mais conectados à indústria. Outra estratégia interessante seria promover projetos sociais ou ações comunitárias em escolas e regiões carentes, possibilitando que os jovens conheçam o setor e sejam estimulados a participar ativamente”, sugeriu.

“O carro está na nossa vida desde criança, principalmente, do menino. Ele brinca com o carrinho de controle remoto, quer conhecer, é o sonho dele ter o primeiro carro. E tudo isso ele vai perdendo o encanto pelo afastamento natural que a gente vai tendo toda vida. A gente precisa aproximar ou reaproximar esse jovem desse sonho de infância, dessa conexão, e a melhor forma é cativá-lo através da relação que ele já tem com o carro e transformá-la em uma relação direta com as peças. Acho também que campanhas podem incentivar os jovens a despertarem e participarem mais ativamente, entendendo que esse mercado não tem nada de difícil, se é uma pessoa curiosa e que entende de tecnologia minimamente, terá facilidade de participar (deste mercado) e comercializar peças. E há várias formas de ganhar dinheiro neste mercado dinâmico, como no e-commerce”, disse Gomes.

Francisco Gomes, consultor, idealizador e instrutor do Curso de Balconista de Alta Performance
Sergio Fabiano, gerente de Serviços Automotivos do IQA

Mentoria

Ambos também falaram sobre a importância da mentoria para os jovens. Para isso, a primeira dica de Fabiano é criar uma cultura organizacional. “Focada no auxílio entre os colaboradores, onde o conhecimento seja compartilhado e a experiência dos mais antigos seja valorizada, mostrando como ela é essencial para o crescimento dos mais jovens. Outra sugestão é implementar programas de reconhecimento e recompensa, como bônus ou benefícios, para aqueles que desempenham o papel de mentores”.

Gomes acrescentou que há muito conhecimento dentro das lojas de autopeças e o que falta às vezes é a didática. “Principalmente, tempo para os mais antigos e experientes treinarem os mais jovens, e cabe às empresas prepararem o ambiente, estruturarem uma forma de isso acontecer, e haverá muito ganho. Isso pode ser feito através de iniciativas da empresa, por exemplo, montando programas de acompanhamento, em que ali se passe o conhecimento através de aulas tradicionais no final do expediente e, o mais importante, que cada novo vendedor fosse apadrinhado por um mais velho, porque as dúvidas ocorrem no dia a dia de muitas formas diferentes do que planejamos para passar em uma aula”.

Para finalizar, Fabiano falou sobre a importância da certificação do IQA para vendedores de autopeças. “As certificações ajudam o jovem talento a se destacar entre os concorrentes, pois comprovam seu conhecimento técnico atualizado, aumentando sua credibilidade no mercado de trabalho e tornando seu currículo mais atrativo. Em um mercado tão competitivo, ele precisará disputar vagas com profissionais mais experientes e com anos de atuação no setor. No entanto, a certificação demonstra que, apesar de ser mais jovem e ter pouca experiência, ele está apto a ocupar o cargo, assim como profissionais plenos e seniores”.

Comportamento

DIFERENTE OU DIFERENCIADO?

Esse artigo, caro leitor, traz a proposta de um conteúdo diferente ou, quem sabe, um conteúdo diferenciado, afinal, o texto faz uma viagem ao passado e à atualidade, de uma forma criativa, com uma base teórica, um vocabulário leve e de fácil entendimento.

Conceitualmente, diferente é o que difere; que apresenta uma diferença qualquer; desigual; dessemelhante, distinto, enquanto que no dicionário da língua portuguesa diferenciado significa aquilo que se distingue em relação aos demais, que é separado, distinto, diferente, “outro nível”.

Em nosso dia a dia, nos deparamos com o (s) diferente (s), sejam: diferentes pessoas, comportamentos, profissionais, atendimentos, entendimentos, percepções, assim como diferentes produtos, serviços, empreendimentos, divertimentos, diferentes modelos de veículos, enfim, uma infinidade de diferentes situações ou opções em que existe uma busca pela diferenciação na tentativa de se sobressair e obter o sucesso.

Ser diferente é ser você mesmo, ter opinião própria, ter personalidade e se destacar pelo comportamento, atitudes, características físicas, pelo meio cultural em que está inserido, pelas impressões digitais únicas, pelo caráter, dentre outras características. Ser diferenciado é ter a plena consciência de que jamais será perfeito, mas, incansavelmente, investe tempo na autotransformação e no autodesenvolvimento.

E por falar em diferente ou diferenciado, o mês de fevereiro é um mês diferente em relação aos demais meses do ano. É o único mês que tem 28 dias e a cada quatro anos tem 29 dias, pois é acrescido mais um dia no ano por motivo do fenômeno astronômico do ano bissexto, dando origem ao raro dia 29 de fevereiro.

O mês de Fevereiro é, também, um mês diferenciado, pois datas importantes são comemoradas, a exemplo do “Dia da Amizade” e do “Dia Internacional do Amor” comemorado dia 14, e o “Dia da Paz Mundial”, comemorado dia 23. É feliz quem tem amigos, quem tem

um amor e quem vive em paz. Ainda tem o carnaval que costuma acontecer no final de fevereiro e início do mês de março.

Ser diferente é normal

Já pensou, tudo sempre igual?

Ser mais do mesmo o tempo todo não é tão legal

Já pensou, sempre tão igual?

Tá na hora de ir em frente

Ser diferente é normal!

Composição: Vinicius Castro / Adilson Xavier.

Se abrirmos um parêntese para abordar sobre personalidades do momento, podemos citar as atrizes: Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. Mãe e filha, em épocas diferentes, foram indicadas ao Oscar. Fernanda Montenegro foi indicada em 1999 pelo papel no filme: “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles. Agora, 26 anos depois, Fernanda Torres alcança o mesmo feito, concorrendo na mesma categoria que a mãe por “Ainda Estou Aqui”, filme dirigido também por Walter Salles.

Por falar em Oscar, se tivesse um Oscar para premiar atletas diferenciados do basquete mundial, Oscar Schmidt, o “Mão Santa”, certamente teria sido premiado.

Sobre o apelido de “Mão Santa”, disse Oscar em uma entrevista ao ge.globo.com: “Mão Santa é o cacete! É mão treinada. Os caras não sabem o que eu treinei. Ah, milagre! O brasileiro adora milagre, não é? Tudo é milagre! Se eu fosse jogador de futebol, seria um excelente batedor de falta. Meu forte era treinar”, bronqueou.

Ao longo da sua carreira, com 49.737 pontos marcados, Oscar Schmidt foi um dos maiores pontuadores da história do basquete. Até pouco tempo, ele detinha o recorde de maior cestinha do basquete em todos os tempos, porém, LeBron James, outra lenda do esporte, o ultrapassou.

Oscar nasceu em Natal (RN), deu início à sua trajetória aos 13 anos de idade no Clube Unidade Vizinhança, em Brasília (DF). Em busca de uma carreira esportiva no basquete, com 2,05m de altura, aos 16 anos, se mudou para a capital paulista. Em 1974, começou sua carreira infanto-juvenil defendendo o Palmeiras e, aos 19 anos, já integrava a seleção principal do Brasil.

“Não existe fórmula mágica

O que existe é treino e muita dedicação

Por isso, seja qual for o seu objetivo, não desista e corra atrás dele, com muita garra e persistência.”

Oscar Schmidt

Como jogador profissional, Oscar Schmidt conquistou importantes títulos:

• 01 Pan-Americano (1987);

• 04 Campeonatos Sul-Americano;

• 03 Campeonatos Brasileiro;

• 04 Campeonatos Paulista;

• 02 Campeonatos Carioca;

• 01 Campeonato Mundial;

• 01 Copa da Itália;

• 02 Campeonatos Italiano da Segunda Divisão (1983).

Construído em homenagem a James Naismith, inventor do basquetebol, o Hall da Fama foi concebido para honrar jogadores, técnicos, árbitros e outras pessoas que contribuíram diretamente para a história do basquete.

Em 2013, a indiscutível trajetória de Oscar Schmidt no Basquete foi eternizada quando ele entrou para o Hall da Fama da NBA. Afinal, na história dos Jogos Olímpicos, Oscar é o maior pontuador da seleção brasileira, com mais de 1.000 pontos em cinco edições disputadas, 55 deles em apenas uma partida - recorde que também é dele -, contra a Espanha, em Seul 1988.

Oscar Schmidt não chegou a entrar em quadra por uma partida oficial da NBA, a principal liga de basquete do mundo, pois a FIBA (Federação Internacional de Basquete) não permitia que atletas da NBA representassem seus países, motivo pelo qual Oscar decidiu seguir atuando pela seleção brasileira e recusou convite das franquias norte-americanas.

Vencedor nas quadras, Oscar também venceu um câncer e afirmou: “Ter sido curado do câncer foi um negócio de outro planeta”. Diagnosticado com câncer no cérebro em 2011, Oscar, em 2022, anunciou ter vencido a “batalha” contra a doença, uma prova de resiliência e superação.

Concluo esse artigo na expectativa de trazer na próxima edição um tema interessante e diferenciado, à altura da Revista Balcão Automotivo e de vocês, meus fieis e diferenciados leitores.

Até breve!

PHINIA NOMEIA RONALDO LIPARI COMO DIRETOR GERAL DE VENDAS PARA O AFTERMARKET NA AMÉRICA DO SUL

Com mais de 30 anos de experiência, Lipari será responsável por reforçar a presença das marcas Delphi e Delco Remy no mercado sul-americano e liderar as estratégias comerciais das empresas

Em uma entrevista exclusiva para o Balcão Automotivo, Ronaldo Lipari, recém-nomeado Diretor Geral de Vendas da PHINIA para o Aftermarket na América do Sul, compartilha detalhes sobre sua trajetória de mais de 30 anos na indústria automotiva, sua visão para o futuro da empresa e os desafios e oportunidades que encontrará à frente das marcas Delphi e Delco Remy no mercado sul-americano. Nesta conversa, Lipari revela seus planos para fortalecer as estratégias comerciais da PHINIA e como pretende impulsionar a inovação e a expansão no setor de reposição automotiva.

Balcão Automotivo - Ronaldo, assumir a Diretoria Geral de Vendas para o Aftermarket da América do Sul é um grande passo na sua carreira. Como você recebeu esse desafio e quais são suas expectativas para essa nova fase?

Ronaldo Lipari - Recebi esse desafio com entusiasmo e gratidão. A posição de Diretoria Geral de Vendas para o Aftermarket da América do Sul é uma grande oportunidade de crescimento. Minhas expectativas são fortalecer a marca, melhorar a satisfação dos clientes e expandir os resultados, trabalhando de forma colaborativa para alcançar o crescimento sustentável e a inovação.

BA - Com 30 anos de experiência no setor e 24 anos na organização, quais aprendizados mais valiosos você traz para essa nova função?

RL - Os principais aprendizados que trago são a importância da adaptabilidade, gestão de equipes diversas e visão estratégica de longo prazo. Aprendi a ouvir o mercado, entender as necessidades dos clientes e ajustar as operações conforme as mudanças do setor. Além disso, construir relacionamentos sólidos e confiança com equipe e parceiros é essencial para o sucesso, o que será fundamental para implementar estratégias eficazes e liderar a equipe no Aftermarket da América do Sul.

BA - Quais serão suas principais prioridades à frente da PHINIA e quais estratégias pretende implementar para fortalecer as marcas Delphi e Delco Remy no mercado sul-americano?

RL - Minhas prioridades na PHINIA serão fortalecer as marcas Delphi e Delco Remy, expandir o portfólio para o mercado local, fortalecer os canais de relacionamento com o consumidor e investir em inovação. Focarei em alinhar as operações locais à estratégia global, sempre com ênfase em sustentabilidade e eficiência operacional.

BA - O mercado de reposição automotiva tem passado por mudanças significativas, desde avanços tecnológicos até novas demandas dos clientes. Como você enxerga esse cenário e de que forma a PHINIA pode se destacar?

RL - O mercado de reposição automotiva está em transformação e a PHINIA se destaca por seu protagonismo no fornecimento de tecnologias inovadoras, com foco na eficiência e sustentabilidade. Expandimos nossas soluções para a mobilidade de baixo carbono, como veículos elétricos, híbridos, movidos a hidrogênio e combustíveis sintéticos. Paralelamente, focamos em proporcionar a melhor experiência de compra e entrega do mercado, investindo em parcerias estratégicas e em presença digital, o que garante segurança, agilidade e qualidade na aquisição dos produtos. Pretendemos, com isso, superar as expectativas dos clientes e consolidar a PHINIA entre as líderes no setor.

BA - A PHINIA tem um compromisso forte com inovação e sustentabilidade. De que maneira esses pilares influenciam sua estratégia comercial e o posicionamento da empresa no aftermarket?

RL - A inovação e sustentabilidade são essenciais para nossa estratégia comercial. A inovação nos permite oferecer soluções avançadas, enquanto a sustentabilidade guia o desenvolvimento de produtos eficientes e eco-friendly. Esses pilares fortalecem nosso posicionamento como uma empresa líder e responsável no aftermarket e nos permitem posicionar nossas marcas de forma diferenciada, integrando alta tecnologia, sustentabilidade, com segurança, durabilidade e a melhor relação “custo/benefício”.

BA - Quais são os principais desafios do setor na América do Sul e como você pretende enfrentá-los para garantir o

crescimento da PHINIA na região?

RL - Para fortalecer a presença das marcas, o primeiro passo será garantir que nossa proposta de valor esteja claramente comunicada para todos os públicos-alvo, utilizando tanto canais tradicionais quanto digitais. Vamos comunicar bem nosso diferencial, investir em marketing local, expandir a distribuição e fortalecer laços com revendedores e distribuidores.

BA - Como sua experiência anterior na Delco Remy, atuando tanto no aftermarket quanto no OEM, contribui para sua visão estratégica na nova posição?

RL - Minha experiência na Delco Remy, onde ainda atuo, tanto no aftermarket quanto no OEM, me ensinou a importância de uma gestão orientada por dados, foco no cliente e inovação constante. Aprendi também que capacitar a equipe e promover uma cultura de colaboração e transparência são essenciais para o sucesso. Esses princípios serão fundamentais para a implementação das estratégias de vendas e o crescimento da PHINIA.

BA - Você mencionou que este é um momento desafiador, mas cheio de possibilidades. O que mais te motiva nesse novo cargo e qual legado deseja deixar na PHINIA?

RL - O que mais me motiva nesse novo cargo é a oportunidade de liderar uma equipe em um momento de transformação e crescimento, contribuindo para fortalecer ainda mais as marcas Delphi e Delco Remy na América do Sul. Quero deixar um legado de inovação, excelência em atendimento ao cliente e uma cultura organizacional forte, pautada na colaboração, transparência e sustentabilidade. Busco não só resultados, mas também preparar a PHINIA para um futuro cada vez mais competitivo e adaptado às novas demandas do mercado.

Unidade da Phinia em Brusque (SC)
Unidade da Phinia em Piracicaba (SP)

PRIMEIRO MÊS DO ANO SUPERA O MESMO

PERÍODO DE

2024 EM VENDAS DE VEÍCULOS NOVOS E USADOS

A Fenauto computou 1.225.962 unidades comercializadas; a Fenabrave fechou o balanço do mês com 341.435 unidades emplacadas; e segundo a Anfavea a produção em janeiro foi a melhor para o mês desde 2021 e o terceiro ano consecutivo de aumento de vendas para o mês

s dados das entidades do setor indicam que janeiro registrou crescimento nas vendas de veículos em comparação ao mesmo mês de 2024. No entanto, o resultado foi inferior a dezembro, o que pode ser atribuído às despesas típicas de início de ano. No segmento de seminovos e usados, segundo a Fenauto, foram 1.225.962 unidades comercializadas em janeiro, incluindo leves, pesados, motos e outros, 2,1% a mais que em janeiro de 2024, mas 16,9% menos que dezembro de 2024. Automóveis lideraram com 770.446 unidades, parecido com janeiro de 2024 (766.558) e uma queda de 19,3% em relação ao mês anterior. Na sequência vieram as motocicletas, 279.818 unidades, comerciais leves, 129.223, enquanto pesados tiveram 25.244 unidades transacionadas.

De acordo com o presidente da entidade, Enilson Sales, “neste começo de ano, o que é natural, já que o consumidor tem outros compromissos financeiros para atender como pagamento de IPVA, IPTU, matrículas dos filhos e tantos outros, fazendo com que ele priorize esses pagamentos antes de qualquer outra compra. Mas, acreditamos que se as condições da economia se mantiverem estáveis, as vendas devem se elevar paulatinamente nos próximos meses”, analisou.

Emplacamentos

A Fenabrave registrou o melhor janeiro desde 2015, com 341.435 unidades emplacadas e um aumento de 5,9% em relação a janeiro de 2024. Comparado a dezembro do ano anterior, houve uma queda de 1,43%. O balanço inclui motocicletas, máquinas agrícolas e outros veículos. No segmento de automóveis leves, foram emplacados 123.377 carros, 4,12% a mais que em janeiro de 2024, mas 35,01% menos que em

dezembro. Comerciais leves somaram 36.491 unidades, 8,75% acima de janeiro de 2024 e 32,2% abaixo de dezembro. No segmento de pesados, foram 11.361 unidades, um aumento de 19,39% em relação a janeiro de 2024 e uma diminuição de 17,39% comparado ao mês anterior. Segundo o presidente da entidade, Arcelio Junior, “a alta é bem próxima das projeções de crescimento da Fenabrave para os segmentos neste ano”, disse referindo-se ao resultado de janeiro.

Entre os veículos leves eletrificados, a Fenabrave registrou 12.802 híbridos e híbridos plug-in emplacados em janeiro, um aumento de 67% em relação ao mesmo período de 2024. Em contrapartida, os veículos 100% elétricos tiveram uma queda de 15,04% na mesma comparação, totalizando 3.700 unidades emplacadas no primeiro mês do ano.

Arcelio Junior atribui o aumento dos emplacamentos de híbridos em janeiro ao interesse dos consumidores por tecnologia e eficiência energética, sem depender da infraestrutura de recarga elétrica. Quanto aos 100% elétricos, disse ele, “Trata-se de um mercado em amadurecimento e que está se ajustando. Vamos acompanhar o desenvolvimento das marcas e do mercado consumidor, ao longo deste ano de 2025, em relação a essa tecnologia, para apurar tendências em nosso País”.

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea

Produção e vendas de novos

No mês de janeiro, pelo balanço da Anfavea, foram emplacados 171.200 veículos, 6% acima do mesmo mês de 2024 e 35,6% inferior ao resultado de dezembro.

A média diária de vendas no mês, 7.800 unidades, foi 6% superior a janeiro de 2024. Por categoria, automóveis responderam por 123.400 unidades, comerciais leves, 36.600, caminhões, 9.400, e ônibus, 1.784 unidades.

A produção de veículos também cresceu em janeiro, 15,1%, quando comparado a janeiro de 2024. No total, foram produzidas 175.500 unidades, sendo 134.900 automóveis, 30.800 comerciais leves, 8.000 caminhões e 1.806 ônibus. Quanto às exportações, o volume em janeiro alcançou a marca de 28.700 unidades, 52,3% acima do mesmo mês de 2024, principalmente impulsionado pelo mercado da Argentina. Já as vendas de importados superaram esse volume, com 39.300 unidades, 24,8% a mais do que em janeiro de 2024, fechando o mês com uma participação de 23% de mercado, a maior desde março de 2012.

Na análise do presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, “o crescimento do mercado interno está bem em linha para o crescimento que foi apresentado para o ano de 2025, encerramos 2024 com 2.654.000 unidades e a nossa previsão é algo em torno de 2.850.000 unidades. Este é o terceiro ano consecutivo de aumento de vendas em janeiro, desde 2021, atingindo níveis pré-pandemia. O mercado continua reagindo e tomara que não seja impactado pelas medidas recentes na economia”.

Leite atribuiu o aumento da produção em janeiro, principalmente, pelo aumento das exportações. “A produção segue com crescimento bastante forte, 175.500 unidades, 15% (acima de janeiro de 2024). O ritmo elevado tem impactado pelo aumento do mercado interno e principalmente das exportações. Melhor janeiro desde 2021 em termos de produção, estimulando a alta dos empregos”, afirmou.

Queda dos 100% elétricos

Entre os veículos eletrificados, os 100% elétricos têm apresentado queda no volume de emplacamentos. Em janeiro de 2024, era de 2,9% e em janeiro deste ano, 2,3%. Em contrapartida, os híbridos + híbridos plug-in passaram de uma participação de 5% para 8% na mesma base comparativa. No primeiro mês do ano foram 16.500 unidades emplacadas, sendo 6.500 híbridos plug-in, 6.300 híbridos e 3.700 puramente elétricos.

Pesados

No segmento de pesados, o vice-presidente da Anfavea, Eduardo Freitas, comentou os resultados de janeiro e os motivos de crescimento. Começando por caminhões, com 9.400 unidades emplacadas, 14,5% acima do mesmo mês de 2024. “Destaque, principalmente, para o segmento de pesados e semipesados, uma tendência desde o ano passado e esses emplacamentos de janeiro já eram esperados pela Anfavea. Apesar desse resultado positivo de janeiro, temos duas preocupações: o recente aumento do diesel, que traz um impacto grande no custo do frete e é sempre uma dificuldade fazer esse repasse, o que acaba pressionando os transportadores. O segundo ponto é a taxa de juros elevada que começa a ser percebida pelo nosso cliente final”.

Para o segmento de ônibus, que somou 1.800 unidades emplacadas em janeiro, resultado 55% superior a janeiro de 2024, Freitas destacou ônibus urbanos e o Programa Caminho da Escola. “Janeiro teve um crescimento bastante expressivo de emplacamentos, basicamente por dois segmentos específicos: urbanos, que também já vinha numa tendência crescente desde o ano passado, e o Programa Caminho da Escola, com emplacamento expressivo em janeiro, de mais de 300 unidades”, especificou.

Enilson Sales, presidente da Fenauto

Arcelio Junior, presidente da Fenabrave

O QUE O VAREJO PRECISA FAZER PARA SE ADAPTAR À REFORMA TRIBUTÁRIA

Em vigor a partir do próximo ano, ela demandará ajustes nas operações e no gerenciamento de recursos, ao mesmo tempo em que a tecnologia se faz cada vez mais prioritária na relação com consumidores e parceiros

Em 2026, entrará em vigor a Reforma Tributária e as empresas varejistas precisam se adaptar, uma vez que terão novos desafios, demandando ajustes nas operações e no gerenciamento de recursos. Essas transformações serão essenciais para redesenhar estratégias e fortalecer os laços entre empresas, clientes e parceiros. Nesta entrevista, Luan Stocco, CTO da vhsys, empresa de tecnologia especializada em soluções de gestão empresarial online, falou sobre a adequação aos novos regimes de tributação e investir em tecnologias que otimizem processos e melhorem a experiência do consumidor.

Balcão Automotivo - Quais são os principais desafios para o varejo com a Reforma Tributária?

Luan Stocco - A principal questão é a adequação aos novos regimes de tributação, que trarão impactos significativos, entre eles, os preços de produtos e serviços. Diversas categorias de produtos ou matérias-primas deverão enfrentar aumentos. Além disso, a complexidade da transição, que se dará ao longo de até 10 anos, pode gerar desafios mais complicados no futuro. A adaptação gradual requer atenção e preparação contínuas para minimizar os impactos ao longo do tempo.

BA - De que forma o varejo pode e deve equilibrar inovação tecnológica e gestão eficiente?

LS - Investir em tecnologias que otimizem processos e melhorem a experiência do consumidor é fundamental. Não se pode negligenciar os controles operacionais, que se tornam cada vez mais essenciais para garantir a saúde do negócio, principalmente em tempos de tantas mudanças fiscais. Pequenas empresas, em especial, enfrentam o desafio de equilibrar a adoção de novas soluções com uma gestão eficiente e bem estruturada, garantindo que a inovação esteja sempre alinhada às necessidades reais do dia a dia.

BA - Quais ferramentas os varejistas podem utilizar, principalmente na gestão da empresa e, consequentemente, na redução de custos e de erros?

LS - Existem diversas ferramentas que auxiliam na gestão, como ERP, CRM, sistemas de automação, BI e plataformas de gestão de estoque, vendas e financeiro. Ter um controle financeiro bem estruturado será cada vez mais essencial, pois cada vez menos empresas terão sucesso se isso não acontecer de maneira muito bem-organizada. Sair da informalidade, como o uso de planilhas e anotações manuais, é fundamental, pois esses métodos limitam a visão sobre o faturamento, margem de lucro e outros indicadores importantes.

Sem esses dados organizados, é mais difícil identificar gargalos

Luan Stocco, CTO da vhsys, empresa de tecnologia especializada em soluções de gestão empresarial online

operacionais, controlar custos e tomar decisões estratégicas para o crescimento do negócio. Com o uso de tecnologia, especialmente um sistema de gestão bem implementado, é possível centralizar informações e garantir maior eficiência, organização e redução de custos no longo prazo.

BA - O que podemos destacar que serão diferenciais competitivos diante do consumidor?

LS - Atendimento personalizado, sem dúvida, é um ponto forte. Outro diferencial é o omnichannel, que já não é mais só uma tendência, mas uma necessidade para quem quer crescer. E, claro, pensar na experiência do cliente como um todo: desde o momento da venda até o delivery e a entrega. Tudo precisa funcionar bem, de ponta a ponta, para garantir que o cliente saia satisfeito.

BA - E quais erros os varejistas não podem cometer para não perderem competitividade?

LS - O principal erro é não ter os controles e o planejamento necessários. Não se planejar para a transição tributária, atrasar investimentos em tecnologia e controles, ou ignorar tendências de mercado são falhas graves. Todo empreendedor precisa ter total domínio sobre sua operação. Sem controle financeiro bem alinhado, fica impossível saber faturamento, despesas, receitas, custos e margem de lucro, e isso leva a decisões erradas. Sem esses números na ponta da língua, o negócio entra numa espiral negativa, sem saída para crescer. Não dá para improvisar quando o mercado exige cada vez mais organização e estratégia.

BA - Finalizando, a Reforma Tributária começa a vigorar no próximo ano, quais dicas podemos dar para os varejistas não deixarem para se adaptarem na última hora?

LS - A principal dica é estudar as mudanças o quanto antes. Entender como a Reforma vai impactar o seu negócio especificamente é essencial, porque alguns nichos terão mudanças drásticas de tributação. Para evitar surpresas desagradáveis, busque ajuda de um contador ou uma consultoria especializada, ajuste seus sistemas fiscais e contábeis, e organize os processos internos da empresa. Deixar para última hora pode gerar problemas financeiros e operacionais. Quem se adaptar antes sai na frente.

COLUNA DO NONÔ

MULHERES NO SETOR AUTOMOTIVO: Quebrando barreiras e fazendo história

Omercado automotivo tem testemunhado uma crescente presença feminina em diversas áreas, desde a indústria e distribuição até o varejo de autopeças e oficinas mecânicas. Essa evolução tem levado empresas a adaptarem seus ambientes para melhor atender às suas clientes, reconhecendo a importância da inclusão das mulheres no setor.

Historicamente, o automobilismo sempre foi dominado por homens. Entre os anos 2000 e meados da década de 2010, era raro ver mulheres atuando como mecânicas, engenheiras ou mesmo como pilotas. No entanto, nos últimos cinco anos, esse cenário tem mudado de forma significativa. Hoje, é possível encontrar engenheiras e mecânicas nos boxes das competições e pilotas competindo em alto nível.

Um exemplo desse avanço é a iniciativa da Confederação Brasileira de Automobilismo em parceria com a categoria TCR South America. No final de 2024, foi realizada uma seletiva para encontrar a primeira mulher a disputar todas as etapas do campeonato sul-americano. O processo contou com inscritas de diferentes experiências no automobilismo, culminando na seleção de Maria Nienkötter, uma jovem de 18 anos que competirá pela Cobra Racing Team.

A competição será um desafio técnico para Maria, que precisará se adaptar a um novo nível de exigência dentro do automobilismo

profissional. No entanto, sua determinação e dedicação são características que podem fazer a diferença em sua trajetória.

A entrada das mulheres no automobilismo e no setor automotivo como um todo ainda enfrenta desafios significativos. A sociedade cobra das mulheres um desempenho impecável, impondo exigências que muitas vezes não são aplicadas aos homens. Contudo, a presença feminina tem se tornado um fator de transformação positiva, não apenas pela busca por igualdade, mas também pelo valor agregado que as mulheres trazem ao setor.

No mercado de autopeças, essa tendência também é visível. É cada vez mais comum ver mulheres ocupando posições de liderança. Apesar desse avanço, a conquista ainda está longe de ser consolidada, exigindo um esforço contínuo para que as oportunidades sejam verdadeiramente igualitárias.

A discussão sobre mulheres no setor automotivo e no automobilismo é essencial para garantir que as futuras gerações encontrem um ambiente mais inclusivo e sem barreiras. As mudanças estão ocorrendo, mas é preciso continuar promovendo o debate e apoiando iniciativas que impulsionem a igualdade de oportunidades no setor.

* Piloto, profissional do automobilismo, fundador e diretor técnico-esportivo da Cobra Racing Team, atuante na TCR South America

TENDÊNCIA

Por: Karin Fuchs | Foto(s): Divulgação

SIM! OS JOVENS TÊM INTERESSE

NO CARRO PRÓPRIO

A afirmação é baseada em uma pesquisa realizada pela Localiza&Co. Uma das hipóteses sugeridas é a entrada desse grupo no mercado de trabalho e a busca por maior conforto

ALocaliza&Co, uma das maiores plataformas de soluções de mobilidade do mundo, realizou um estudo com 1.600 entrevistados em todo o Brasil, acima de 18 anos. O estudo “Mobilidade Através das Gerações” aborda a escolha de meios de

transporte diário e as expectativas para o futuro da mobilidade urbana, destacando fatores como sustentabilidade, economia de tempo e tecnologia.

Apesar do menor interesse dos mais jovens em ter um carro, 51% da geração Z planeja comprar ou trocar de veículo nos próximos três anos. Para a geração Y, esse número é de 47%, e para os Baby Boomers, 20%. Em termos gerais, os principais critérios para a escolha de um veículo são: preço (75%), consumo de combustível (51%), ser 0KM (30%) e segurança (27,6%).

Segundo Tatiana Rocha, diretora de Marca da Localiza&Co, havia uma hipótese de que o carro próprio poderia perder relevância entre as gerações mais novas. “A pesquisa demonstrou que – pelo menos neste momento – há força do carro mesmo para os mais jovens, que desejam contar com as facilidades que um carro pode proporcionar para suas rotinas. Algo que pode ser explicado, por exemplo, com a entrada desse grupo no mercado de trabalho, trazendo com isso uma série de novas demandas e hábitos. O que vemos diferente em relação às gerações mais velhas são algumas prioridades e características em relação à escolha desse carro, que tem mais ou menos força conforme a geração de cada um dos respondentes”, explicou.

Tanto que as gerações mais jovens demonstram interesse em tecnologia e design, enquanto os Baby Boomers priorizam sustentabilidade e baixo custo de manutenção. No que se refere ao futuro da mobilidade, 46% acreditam que os veículos elétricos, híbridos e renováveis serão os mais utilizados. Para as gerações Baby Boomers e X, o foco está na qualidade do transporte público. Já para as gerações mais jovens (Y e Z), a tendência é de aumento na compra e utilização de veículos próprios no futuro.

Sobre os novos modelos de posse de veículos, 53% dos entrevistados não consideram a assinatura de carro por desconhecimento. Já 31% veem a assinatura como uma opção viável, especialmente entre jovens.

Novas tecnologias

incorporadas nos automóveis desempenha um papel importante nesse resultado. Segundo ela, “nos últimos anos, verificamos avanços tecnológicos que tornaram veículos elétricos, híbridos e renováveis mais acessíveis e eficientes, além do aumento considerável da conscientização sobre os benefícios ambientais desses modelos nos últimos anos. Acreditamos que, em longo prazo, com a tecnologia cada vez mais disponível, haverá também maior adesão dos clientes em relação a esses modelos. Enquanto esse momento não chega, disponibilizar carros que consigam entregar experiências sustentáveis, como veículos de baixo consumo de combustível e com incentivo ao uso de etanol, por exemplo, é fundamental para atender a essa demanda já existente em todas as gerações”.

Futuro da mobilidade

Em relação à mobilidade futura, os entrevistados destacaram o transporte público (62%) como a principal opção, seguido por

Na análise de Tatiana Rocha, a adoção de novas tecnologias
Tatiana Rocha, diretora de Marca da Localiza&Co

carros de aplicativo (60%), bicicletas (43%), carros elétricos (43%) e carro próprio (39%). Para as gerações Baby Boomers e X, o transporte público e os carros elétricos têm maior relevância, enquanto para as gerações Y e Z, destacam-se o carro próprio e a moto própria.

“A pesquisa entrevistou diferentes perfis de respondentes, incluindo habitantes tanto de capitais quanto de cidades urbanas e mesmo de áreas mais ao interior. E um dos pontos que observamos foi a concordância com a frase “o transporte público de qualidade substituirá carros individuais no Brasil”. Entendemos, portanto, que existe a percepção, por parte dos respondentes, de que o transporte público pode ter uma melhora no futuro, algo que tem mais relação com visão de futuro em relação a tecnologias e mercado do que exatamente com perfis atuais do transporte”, comentou Tatiana Rocha.

Para concluir, Tatiana Rocha mencionou a importância da pesquisa para os trabalhos da Localiza&CO. “A pesquisa traz um norte das demandas dos nossos clientes – atuais e potenciais. Tendo o cliente como o centro de todas as nossas decisões, é fundamental que estejamos prontos para atender diferentes necessidades, tanto para o curto quanto para o médio e longo prazos. A partir dos dados mapeados pelo estudo, conseguimos direcionar nossos esforços em elaborar estratégias assertivas para nossos negócios e até mesmo guiar nossos processos de inovação, oferecendo soluções mais aderentes para o público”.

As diferentes gerações

By Boomers (1945-1960), geração X (1961-1981), geração Y (1982-1997), geração Z (1998-2009) e geração Alfa (2010presente).

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