HÁ 16 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE À REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA

HÁ 16 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE À REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA
Mesmo com a economia desaquecida, peças de undercar lideraram as vendas no 1º semestre, impulsionadas pela manutenção corretiva e medidas como o consignado privado.
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HÁ 18 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE
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No primeiro semestre, apesar da inflação elevada, dos juros altos e do aumento da inadimplência, os componentes de undercar surpreenderam positivamente nas vendas, impulsionados pela manutenção corretiva. A recente aprovação do crédito consignado privado pode estimular ainda mais o consumo nos próximos meses.
No mercado de seminovos, o crescimento de 4% no trimestre reforça a busca por alternativas mais acessíveis diante dos altos preços dos veículos novos. Embora o segundo semestre ainda traga desafios, o segmento de usados apresenta boas oportunidades, impulsionado pela cautela do consumidor.
Para melhorar os resultados no varejo, é fundamental conhecer bem a equipe, definir metas claras e adotar a venda consultiva e o upselling — estratégias que aumentam o ticket médio e a satisfação do cliente, como destaca João Pelegrini, do Grupo P, de Uberlândia (MG).
O varejo pode se inspirar em redes como Óticas Diniz, Bob’s e Telhanorte Tumelero, que investem na experiência do cliente, capacitação e integração digital.
Na indústria, a Schulz S.A., sob liderança do CEO Sandro Trentin, reforça seu foco em inovação, expansão global e compromisso com práticas ESG. Já a Nakata reafirma sua posição de liderança com foco em tecnologia, testes rigorosos e expansão internacional — agora como parte da Frasle Mobility.
Aqui no Balcão Automotivo, seguimos acelerando com conteúdos exclusivos. No episódio 2 da série Alta Performance | Copa Truck, destacamos as etapas de Londrina e Interlagos com Jô Augusto Dias, Paulo Salustiano, Cleber Bernuci e Luis Tocci (Urba e Brosol).
No especial “Automobilismo como Negócio”, debatemos investimentos no esporte a motor, métricas de retorno e o crescimento da presença feminina nas pistas, com Nonô Figueiredo, Rodolpho Siqueira, Maria Nienkötter e minha apresentação.
Recebemos ainda a piloto e jornalista Renata Camargo, que compartilhou sua trajetória no podcast Balcão Automotivo em Alta Velocidade. Já Rogério Azevedo, diretor da Fortbras, falou sobre patrocínio e o futuro do automobilismo nacional.
Nos eventos, o IQA celebrou 30 anos em São Paulo, reforçando seu papel na inovação e qualidade da indústria, com homenagens e lançamento de livro. E no dia 10 de junho, o Sindirepa-SP realizou mais uma edição do prêmio Melhores do Ano, que há 16 anos reconhece as marcas mais valorizadas pelos reparadores. A cerimônia aconteceu na Fiesp/SP.
Seguimos na pista com você. Conte com o Balcão Automotivo para acelerar rumo ao futuro!
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Executivos da Corteco marcaram presença na Expopartes 2025, em Bogotá (COL), que aconteceu de 4 a 6 de junho. Estela Pacheco, Eryka Yared e Diego Nuñez representaram a marca no evento, acompanhados da Fertrac e da Fatco. A feira reuniu mais de 600 expositores de 15 países e atraiu cerca de 27 mil visitantes. A participação reforça o compromisso da empresa em acompanhar tendências, fortalecer parcerias e identificar inovações do setor. Saiba mais: www.corteco.com.br ou no Instagram @cortecobrasil
MAIS DE 11 MIL PROFISSIONAIS TREINADOS: WEGA MOTORS ACELERA CAPACITAÇÃO TÉCNICA E AMPLIA PRESENÇA NAS OFICINAS DO BRASIL
A Wega Motors capacitou mais de 11 mil profissionais em 12 meses, reforçando seu compromisso com a qualificação técnica no aftermarket automotivo. Os treinamentos, presenciais e online, abrangem temas como filtragem, ignição e transmissão automática, com aplicação prática em oficinas, autopeças e distribuidores. A equipe técnica da Wega garante conteúdo adaptado e acessível em todo o Brasil. A iniciativa gera valor real ao mercado, fortalece a reparação automotiva e posiciona a marca como referência em conhecimento técnico.
A Cofap amplia para dois anos a garantia dos amortecedores SPA para veículos de passeio, sem limite de quilometragem, igualando o prazo às linhas Super, Turbogás e Powershock. A linha SPA oferece qualidade e custo-benefício para veículos com mais de 10 anos. Cofap, líder há 70 anos no mercado nacional, possui mais de 2 mil códigos que atendem a 98,6% da frota. Seus amortecedores são certificados pelo Inmetro e famosos pelo mascote Cofapinho, símbolo de confiança e tradição.
VOLDA REFORÇA COMPROMISSO COM A DIVERSIDADE AO PATROCINAR O PROGRAMA MULHER AUTOMOTIVA
A Volda é a nova patrocinadora do Programa Mulher AutoMotiva, iniciativa criada por Paola Brandão (foto) para fortalecer o protagonismo feminino no setor automotivo. Lançado em março, o projeto já reúne mais de 700 mulheres em sua comunidade no WhatsApp. A marca também apoia as pilotas Antonella Bassani, Bia Martins, Maria Nienkötter e Renata Camargo, além da Niela Mecânica e do Instituto Mulheres V8. Com foco em capacitação e liderança, a ação promove inclusão, aprendizado e transformação no setor.
A Frasle Mobility anunciou, em 4 de junho, que está na fase final de negociações para aquisição total da unidade produtiva de Sorocaba (SP), que passará a se chamar Frasle Mobility – Site Sorocaba. A planta será dedicada à produção da linha Fras-le Ceramaxx e produtos Jurid, além de abrigar extensão do Centro de Engenharia Movetech. A aquisição reforça a estratégia da empresa de qualificar sua infraestrutura e otimizar a produção no Brasil. A operação depende da aprovação do CADE e da assinatura dos contratos.
ZF AFTERMARKET AMPLIA PORTFÓLIO COM NOVA CAIXA
DE DIREÇÃO TRW
A ZF Aftermarket lança nova caixa de direção hidráulica TRW para Fiat Strada (2021 a 2023), ampliando sua cobertura na linha leve. O componente, essencial para controle e estabilidade, atende aos mais altos padrões de qualidade. O lançamento reforça a estratégia da ZF de expandir o portfólio e a tradição da TRW em direção com excelência técnica. Mais informações: 0800 011 1100 ou acesse o site oficial da ZF Aftermarket.
BORGWARNER CELEBRA AS 500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS
A BorgWarner tem uma conexão histórica com a Fórmula Indy, sendo responsável pelo icônico Troféu Borg-Warner, entregue ao vencedor das 500 Milhas de Indianápolis desde 1936. Em 2025, o espanhol Alex Palou venceu a 109ª edição. Além do troféu principal, a empresa entrega o “Baby Borg” ao piloto e ao dono da equipe. Parceira oficial da INDYCAR, a BorgWarner fornece turbocompressores EFR™, que impulsionam os carros a mais de 360 km/h nas pistas.
VETOR AUTOMOTIVOS apresenta nova bomba d’água
Ampliando ainda mais seu já diversificado portfólio, a Vetor Automotivos apresenta mais uma novidade: a nova bomba d’água automotiva. Desenvolvida com alto padrão de qualidade, ela assegura desempenho eficiente, segurança no funcionamento e total confiabilidade na aplicação. Segundo a empresa, o lançamento é ideal para profissionais que priorizam peças seguras e duráveis na hora da manutenção. Confira a linha completa em: www.vetorauto.com.br
A SEG Automotive foi reconhecida como Fornecedor Estratégico – Rank A pela Toyota, um dos maiores reconhecimentos do programa global da montadora. A certificação destaca a excelência, inovação e parceria da SEG no fornecimento de soluções automotivas sustentáveis. A entrega oficial ocorreu na planta brasileira da SEG, com atividades de benchmarking. A cerimônia foi realizada pela Toyota na Argentina em 12/05/2025. A SEG agradece a confiança e reforça seu compromisso com
MOTORSERVICE LANÇA NOVOS COMPONENTES DE MOTOR PARA LINHAS LEVE, UTILITÁRIO E PESADA
A Motorservice, divisão da Rheinmetall responsável pelas marcas KS, Pierburg e BF, anuncia lançamentos para veículos leves, utilitários e pesados. Entre os destaques estão anéis de segmento e conjunto motor para Audi, Chevrolet, VW e Renault, além de camisas de cilindro, bronzinas e buchas para modelos Agrale, Ford, Foton, Iveco, Jac, Volare e VW. A linha completa está disponível no app Motorservice, no site e na plataforma Ideia 2001. Saiba mais em: ms-motorservice.com.br
NO PRIMEIRO SEMESTRE, COMPONENTES DE UNDERCAR FORAM DESTAQUES DE VENDAS
NO SETOR DE AUTOPEÇAS, EM UM CENÁRIO ECONÔMICO
DESFAVORÁVEL
Mais uma vez, prevaleceu a manutenção corretiva. De um lado, os indicadores econômicos não traçam melhorias, de outro, o Governo aprovou o consignado privado para estimular o consumo e a economia
Oprimeiro semestre deste ano foi desafiador para o setor automotivo. Inflação alta, taxa Selic de 14,75% a.a., devendo ser mantida pelo Banco Central até o final do ano, endividamento e inadimplência do consumidor, além dos gastos de começo de ano como IPVA e IPTU, entre outros. Por outro lado, a nova linha de crédito do trabalhador de CLT, o consignado privado, aprovado em maio, tende a dar um suporte ao consumo e o ano finalizar com um crescimento do PIB maior do que as projeções iniciais.
Segundo Marcelo Afonso da Rocha Cruz, presidente do Sindiauto (Sindicato do Comércio Varejista de Veículos Automotores Usados), o comércio teve um começo de ano difícil, com as pessoas mais cautelosas para gastar. Mas no setor de carros usados, o cenário foi diferente. “As vendas cresceram cerca de 4% no trimestre. Ou seja, enquanto o varejo em geral sentiu o peso da economia, o mercado de seminovos deu uma respirada, principalmente porque os preços dos novos e os juros continuam altos”, afirmou.
Com mais da metade das famílias endividadas e muitas com contas atrasadas, o executivo comentou que muita gente teve que adiar sonhos de consumo, como trocar
“As projeções de crescimento do Brasil estão sendo revistas para cima, não por juros menores, mas por estímulos via crédito. Projetamos um crescimento de 2% do PIB em 2025, com o consumo privado avançando 3,2%, impulsionado por medidas como a liberação do FGTS no primeiro semestre”
Camila Abdelmalack, economista e gerente Executiva de Estudos Econômicos – Serasa Experian
de carro. “A venda só acontece se tiver crédito ou dinheiro na mão, e isso ficou mais raro. Além disso, alimento ficou caro e está levando boa parte da renda. A prioridade agora é o básico. Trocar de carro virou plano para depois, a não ser que apareça uma boa oportunidade, e é aí que o lojista tem que ser esperto”, destacou.
Outros fatores que afetaram o comércio, citados por Cruz, foram as mudanças
no clima, com eventos extremos como chuvas e calor demais, e a alta do dólar que encareceu produtos e peças importadas, o que impacta o setor automotivo. E mesmo com o aumento da projeção de crescimento do PIB, de 2,14%, ante 2,02%, inicialmente, de acordo com o último Boletim Focus do Banco Central, ele disse que a notícia é boa, mas com pé no chão. “O número melhorou um pouco, mas ainda é crescimento baixo. Ajuda, mas não resolve. A melhora real depende de juros caindo e crédito voltando a girar”, explicou.
Para o segundo semestre, ele falou que o cenário continuará desafiador, mas que pode ser benéfico para o setor de veículos usados. “A inflação deve subir mais um pouco, os juros ainda estão altos, e o consumidor continua apertado. Mas, para o setor de usados, isso pode ser uma chance: com menos gente comprando carro zero, os seminovos ganham força, principalmente, os de qualidade, com bom histórico e preço justo”, finalizou.
Camila Abdelmalack, economista e Gerente Executiva de Estudos Econômicos – Serasa Experian
Economista e Gerente Executiva de Estudos Econômicos na Serasa Experian, Camila Abdelmalack, começou por dizer que a performance da economia está melhor do que o esperado. “Embora a gente tenha como detratores a taxa de juros elevada, a Selic no patamar de 14,75% a.a., o IPCA acumulado em doze meses, até abril, de 5,5% e a inflação comprometendo o poder de compra da população, do outro lado da balança, as condições do mercado de trabalho ainda são bastante positivas. O mercado de trabalho está robusto no Brasil, a taxa de desemprego no trimestre, até abril, em 6,6%, é um patamar historicamente baixo. Fora isso, existe um canal bastante importante que dá suporte ao consumo da população, o canal do crédito”, afirmou.
Olhando para o varejo, por ser um segmento sensível ao crédito, Camila falou que era esperado um primeiro semestre com fraca performance. “No entanto, observamos em maio dados bastante positivos divulgados pela Fenabrave, olhando para o comércio de veículos, um setor que é muito sensível à taxa de juros por conta da necessidade de financiamento. Mesmo os setores que são mais sensíveis ao crédito e a taxa de juros em um patamar bastante restritivo, de certa maneira, conseguiram performar um pouco melhor do que era esperado. Mesmo com todos os detratores de juros e inflação, alguns fatores estão dando suporte para o consumo do brasileiro”.
O estímulo, segundo ela, é a maior pulverização do crédito, com o consignado privado. “As projeções de crescimento econômico do Brasil estão sendo revisadas para cima, não por uma expectativa futura de taxa de juros menor, mas por conta de medidas de estímulo ligadas ao canal do crédito. No ano passado, o PIB cresceu 3,4% e o consumo privado cresceu 4,8%. Para este ano, nós da Serasa Experian, projetamos um crescimento de 2%, com o consumo privado crescendo 3,2%. A expectativa de um consumo mais aquecido está atrelada, principalmente, a medidas que observamos no primeiro semestre de liberação de saldos do FGTS. Isso deu também um suporte importante para explicar a performance um pouco mais positiva do que era esperado para o comércio”, analisou.
Outro fator que melhora a perspectiva da atividade econômica para este ano é o setor agropecuário. “Um grande destaque
Francisco Gomes, consultor, idealizador e instrutor do Curso de Balconista de Alta Performance
nesse ano é o setor agropecuário. O ano passado foi muito negativo para o agro pelas questões climáticas e a calamidade no Rio Grande do Sul”, ressaltou Camila. E mesmo com as medidas de estímulos adotadas pelo Governo no canal do crédito para amortecer a desaceleração econômica, Camila afirmou que inevitavelmente em algum momento a desaceleração acontecerá.
“Pelos dados da Serasa Experian, a gente já observa uma piora na inadimplência do consumidor e nas empresas também. Estamos falando em 76,6 milhões de brasileiros e 7,3 milhões de empresas inadimplentes no Brasil no mês de abril. Os juros bastante restritivos devem trazer impactos no canal do crédito e as micro e pequenas empresas são as mais prejudicadas com a elevação da taxa de juros. Elas são responsáveis por 77% dos empregos formais gerados no País, em algum momento, a gente observará um impacto no mercado de trabalho e uma deterioração na economia brasileira”, explicou.
Camila aproveitou para esclarecer dois conceitos que causam bastante confusão, endividamento e inadimplência. “O endividamento não é algo necessariamente ruim, ao contrário, consumir um crédito, se endividar, é a maneira que muitas pessoas têm para conseguir consumir um bem com um valor agregado, como, por exemplo, um imóvel ou um veículo. A situação se
torna ruim quando vira uma inadimplência. Em um quadro de taxa de juros bastante elevada, inflação expressiva, a situação da inadimplência acaba sendo uma consequência”, explicou.
De acordo com o Banco Central, a relação endividamento e renda das famílias é de 48,6%, no acumulado em 12 meses até março. Excluindo financiamento imobiliário, cai para 30,4%. “Com esse quadro de taxa de juros elevados, a tendência é uma elevação no nível de endividamento das famílias, porque o custo do crédito também está mais elevado. Quando a gente pensa no endividamento das famílias e os reflexos no comércio, provavelmente, irá haver um agravamento desta situação ao longo do segundo semestre. A tendência é piorar o nível de inadimplência, afetando a capacidade de consumo das famílias. Não aconteceu na magnitude esperada no primeiro semestre, porque temos alguns atenuantes: um mercado de trabalho bastante aquecido e as medidas de estímulo do Governo vinculadas ao crédito. Mas, inevitavelmente, haverá algum agravamento como consequência na alta da inadimplência do consumidor, o que a Serasa Experian já está observando”, finalizou.
Na avaliação de Francisco Gomes, consultor, idealizador e instrutor do Curso de Balconista de Alta Performance, o primeiro semestre foi desafiador para o setor de autopeças. “A inflação e o endividamento da população, somados aos altos juros praticados, criaram um cenário que naturalmente desestimula o consumo e afeta diretamente o poder de compra dos consumidores. No entanto, mesmo diante desse panorama complexo, o setor demonstrou uma notável resiliência, registrando um crescimento impulsionado por fatores cruciais. A principal força por trás desse avanço foi a demanda constante por manutenção corretiva e reparos. Com a frota de veículos no País cada vez mais envelhecida, a necessidade de manter esses automóveis em funcionamento se torna prioritária”, explicou.
Ele disse também que o elevado nível de endividamento das famílias tem impactado diretamente as vendas. “Com grande parte da renda comprometida com dívidas, sobra pouco espaço no orçamento para despesas imprevistas, como a manutenção do veículo. Na hora do conserto, muitos consumidores optam por executar apenas parte do serviço ou escolhem peças mais baratas, o que pode comprometer a segurança do veículo. Essa mudança de comportamento reduz o ticket médio e impacta negativamente o volume de vendas no setor (peças e serviços)”, expôs.
Além da inflação alta. “A inflação tem corroído o poder de compra do brasileiro, isso faz com que o consumidor pense duas vezes antes de gastar e, muitas vezes, acabe postergando manutenções importantes. O problema é que a manutenção adiada costuma sair mais cara. Uma peça defeituosa pode comprometer outros componentes do veículo, gerando um prejuízo ainda maior no futuro”. Quanto aos fatores externos,
Gomes disse que eles também influenciam o comércio de autopeças.
De acordo com ele, “grande parte da nossa produção é dependente do mercado internacional, como se pode observar na balança comercial negativa do setor. Tensões e incertezas comerciais entre grandes parceiros globais como Estados Unidos e China geram instabilidade e preocupações no mercado interno, especialmente em relação à cadeia de suprimentos e aos custos de importação. Embora ainda não tenhamos sentido impactos diretos no fornecimento neste semestre, é fundamental acompanhar de perto esses desdobramentos, pois qualquer alteração no cenário global pode refletir rapidamente no nosso mercado, principalmente nos preços”.
Para o segundo semestre, ele disse que as expectativas para o varejo de autopeças são positivas, com projeção de continuidade no crescimento. “O ambiente econômico tende a ser mais estável, não teremos eleições, o nível de abastecimento da indústria está regular, os preços estão sob controle e não há previsão de grandes oscilações nos principais indicadores. Além disso, o cenário de baixo desemprego, próximo ao que se considera pleno emprego, amplia a base de consumidores ativos, o que pode aquecer ainda mais a atividade econômica”, especificou.
Para aproveitar esse cenário, a orientação de Gomes é o varejista estar atento à gestão de estoque, ao controle de custos e aos canais de venda. “Além disso, oferecer condições facilitadas de pagamento e peças com bom custo-benefício será essencial para atrair e fidelizar o consumidor. Quem se planejar bem e mantiver foco na eficiência e na experiência do cliente tem boas chances de fechar mais um semestre com resultados positivos. Tornar a manutenção viável para o bolso do consumidor é essencial para manter o ritmo de crescimento”, finalizou.
Leonardo de Almeida Assis, vendedor na JL Imports Distribuidora, localizada em São Paulo (SP), relatou que o resultado do
“Vemos um mercado freado, receoso, no nosso caso (Rio Grande do Sul), cinco anos de frustração de safra, mais a enchente de maio passado, não se vendo perspectivas de ajuda por parte dos governantes, o mercado vem a passos lentos se reinventando! Por outro lado, a queda da substituição tributária trouxe ao Rio Grande do Sul novas possibilidades e isto tem mudado o jogo de forma positiva para nosso setor”
Tatieli Dalcin, proprietária e responsável por compras e contas a pagar – Dalcin Comércio de Peças, Ijuí (RS)
primeiro semestre foi dentro do esperado, “porém, começou bem e teve uma queda nas vendas do último mês”, ponderou, e disse também que não houve dificuldades de entrega. “Algumas dificuldades em entregas por conta da correria que hoje no nosso ramo existe, mas nada além disso. Temos os aplicativos de entrega que ajudam bastante. Quanto ao fornecimento para nós, tudo em ordem”.
Assis explicou que dois fatores impactam de forma direta nas vendas, o clima e o econômico. “Geralmente, o verão e em meses com temperaturas mais altas tendem uma exigência de trabalho maior por partes dos componentes automotor. Temos o fator econômico, o décimo terceiro, por cultura, parte dos brasileiros reserva esse recurso para fazer manutenção em seus autos, isto posto, o mês de dezembro é bem agitado. Em contrapartida, temos o início do inverno, quando as pessoas são mais relutantes em deixar seus autos para manutenção, querendo o conforto”, ilustrou.
Ele disse também que o fator econômico sempre gera impactos em qualquer ramo de
segmento, mas que o setor de autopeças é mais sensível. “Por se tratar de uma matéria-prima quase 100% hoje importada, a alta do dólar asfixiou um pouco o poder de compra para peças. A gente percebe que as manutenções não estão sendo feitas preventivas, mas sim de urgência”, afirmou.
Para o segundo semestre, as expectativas dele são positivas. “Minhas expectativas são boas, temos uma frota grande com uma demanda muito boa. A projeção é aumentar um pouco as vendas no segundo semestre, tendo cuidado e ficando atento ao andamento econômico do setor. O Brasil, às vezes, é uma caixinha de surpresas”, finalizou.
Em Ijuí (RS), a proprietária e responsável pelas compras e contas a pagar da Dalcin Comércio de Peças, Tatieli Dalcin, contou que mesmo ouvindo reclamações o tempo todo por parte dos caminhoneiros, eles mantiveram crescimento mensal no primeiro semestre. “O que nos trouxe segurança de seguir implementando novas linhas em nossa loja e planejando novos investimentos para um futuro próximo”, acrescentou.
Na Dalcin, o que cresceu no primeiro semestre foi a manutenção de peças obrigatórias. Segundo Tatieli, “acredito que devido à má conservação das estradas, isso acaba obrigando-os a trocarem as peças com mais frequência. Já a parte de acessórios e estética segurou bastante. Eles estão fazendo o básico para manterem o caminhão rodando em segurança e evitando multas”. Por
outro lado, não houve desabastecimento. “Alguns casos específicos de atrasos de importação, mas nada que comprometa a operação, visto que hoje temos mais oferta que demanda!”, informou.
Sobre o cenário econômico, disse Tatieli, “vemos um mercado freado, receoso, no nosso caso (Rio Grande do Sul), cinco anos de frustração de safra, mais a enchente de maio passado, não se vendo perspectivas de ajuda por parte dos governantes, o mercado vem a passos lentos se reinventando! Por outro lado, a queda da substituição tributária trouxe ao Rio Grande do Sul novas possibilidades e isto tem mudado o jogo de forma positiva para nosso setor”.
Para concluir, Tatieli falou sobre o segundo semestre. “Dentro da realidade atual, sempre ouvindo nossos clientes, iremos em busca de novos fornecedores que nos ajudam a reduzir os custos (mantendo o mínimo de qualidade aceitável) para poder se manter no mercado, ante a enxurrada de produtos importados oferecidos diretamente ao consumidor final em todas os canais de venda”.
Avanço em peças de suspensão
Proprietário da peça.com, em Maceió (AL), Yago Leite da Silva, relatou que já sabiam que o mercado estava dando um freio, em desaceleração nos primeiros três, quatro meses deste ano. “Como no ano anterior a gente teve um crescimento muito alto, nós já estávamos aguardando de fato crescer mais. Porém, a gente já esperava que o mercado iria diminuir. Então, ficou dentro do esperado. Mas lá no fundo a gente gostaria de vencer, de conquistar mais, de faturar ainda mais”, afirmou.
O grande avanço no primeiro semestre, disse ele, foi com peças de suspensão. “Amortecedor, buchas de bandejas e outros produtos dessa categoria, e notamos queda de peças como bronzes de biela e apoio, e outros itens da categoria motor”, eles também não tiveram problema de fornecimento. “Ficou tudo dentro daquilo que nós planejamos, dentro do esperado”, comentou.
Silva falou também sobre o comportamento do consumidor, pesquisando mais o menor preço. “O consumidor não apenas quer comprar, ele quer realmente perceber que está tendo um maior aumento de desconto e que o dinheiro dele está sendo mais bem utilizado. Com certeza houve reflexo nesses seis meses no volume de compras dele. Então, a concorrência fica mais acirrada quando o meu cliente, o meu consumidor, começa a procurar mais, não só pelo dinheiro, mas pelo melhor atendimento, por uma garantia, porque ele está disposto a pagar por algo
Marcos Bezerra, diretor
Comercial – Grupo Bezerra Oliveira
que ele realmente sabe que vale a pena”.
No ano passado, eles trabalharam muito na gestão, no planejamento e nos processos na loja, o que refletiu nos resultados do primeiro semestre deste ano. “Isso fez com que a gente não sentisse tanto os impactos da desaceleração do mercado automotivo. Esses foram os maiores pontos positivos do primeiro semestre: a nossa gestão, os nossos processos e o nosso tratar aqui com as pessoas fizeram com que a gente conseguisse permanecer no mercado, atendendo muito bem os nossos clientes”, relatou.
Os principais desafios agora, disse ele, “é a gente aumentar volume, é aumentar venda, é crescer e conseguir aumentar mais a nossa percepção de mercado para os nossos clientes. Quando percebemos que a gente precisa se comunicar mais como varejo, a gente quer ser a sua autopeça”.
Para o segundo semestre, pontou Silva, “as nossas expectativas são que a gente atinja, bata as metas de vendas e
de faturamento que nós traçamos para o ano de 2025. Então, toda a nossa energia e todo o nosso esforço, após ter focado em gestão em 2024, é agora focar em vendas, em aumentar nosso faturamento para o final de 2025 dentro daquilo que nós planejamos”, concluiu.
Na Kepeças Autopeças, em Curitiba (PR), o empresário André Keppe declarou que o primeiro semestre foi muto bom e acima do esperado. “Crescemos no mínimo 20% comparado ao primeiro semestre do ano passado. A gente vem crescendo, claro que loja nova (três anos) acaba ano a ano melhorando um pouco e a gente tem trabalhado para isso. Mas foi muito bom, apesar dos pesares de tudo o que vem acontecendo na economia do País”, comentou.
Na sua loja o destaque também foi a linha de suspensão. “O que sempre vende bem em autopeças é a parte de óleo e filtro. A parte de lubrificação representa cerca de 18% da nossa venda. Mas, o que mais cresceu no primeiro semestre foi a parte de suspensão. Nós fizemos um trabalho bem bacana com as oficinas. Hoje, eu sou quem mais conhece oficinas aqui em Curitiba, tenho mais de 1000 contatos e todo o mês sei quem são, o que compram e quando vem o orçamento, eu sei onde eles compram e já cotaram. Tenho essa carta na manga para fazer o meu preço e acabou aumentando a parte de suspensão, a nossa campeã de vendas nesses seis meses”, destacou.
Keppe relatou que em alguns meses houve problemas de fornecimento de
algumas marcas, o que o fez buscar novos fornecedores para atender clientes pontuais, sem manter estoque, e que a situação já está normalizada. “O nosso mercado de autopeças é fantástico e não para. Então, se falta em dois ou três distribuidores, acaba tendo em outro. Tem muita marca no mercado, só de pastilha de freio são mais de 20, se bobear, chegando a 30. Opção de marca sempre tem e a gente tem que ir ajustando”, explicou.
Para ele, o grande desafio é preço; comprar melhor, sem ter muito volume. “Esse é o grande desafio para quem está começando em autopeças, você não tem muito volume de venda, precisa comprar bem e não consegue, pois o preço varia de acordo com o volume de compra. O meu principal desafio neste ano é melhorar a minha compra. Buscar algumas fábricas pequenas que também estão começando é uma saída inteligente, por estarem começando e procurando distribuidores para que a sua marca seja colocada no mercado. O meu grande desafio para crescer é comprar melhor”, revelou.
Outro desafio é a concorrência. “Na nossa cidade tem alguns que compram de outros estados sem nota fiscal para pagar menos imposto e a gente fica numa situação muito chata. Queremos fazer o correto, mas o correto vai te tirando do mercado. Eu falo isso com tristeza, pois não sei até que ponto a gente consegue se manter no mercado trabalhando desse jeito. Eu descobri isso no primeiro semestre, o meu preço de compra está muito distante dos meus concorrentes, estou pagando muito mais caro. E os meus concorrentes com essas artimanhas pagando muito barato. Em minha opinião, o mercado está colapsado em relação aos diferentes impostos dos estados”, lamentou.
Mas Keppe não desanima. “Espero terminar o ano com pelo menos 30% de aumento de faturamento em relação ao ano passado e com algumas parcerias novas em relação à mídia. Eu faço muito conteúdo para o Instagram falando dos bastidores de autopeças, dos mecânicos. Eu tenho três séries muito legais e tem aparecido algumas oportunidades bem interessantes de parcerias. Espero terminar o ano bem,
Leandro Machado, gerente
Comercial – Padre Cícero Autopeças
apesar de o Brasil estar passando por uma fase muito ruim. Sempre digo que o ramo automotivo não para, é abençoado, é diferente, sempre falo que estamos ali como advogado e médico. A importância do ramo automotivo no País é muito grande. Fico feliz de estar nesse ramo há 30 anos e cada dia mais animado”, concluiu.
No Grupo Bezerra Oliveira, o diretor Comercial, Marcos Bezerra, ilustrou um primeiro semestre não muito animador. “O desempenho foi acanhado, com freio de mão puxado, somente 3% melhor do que no mesmo período do ano passado. Nós esperávamos muito mais e foi sofrido o começo do ano. Isso tem a ver com os escândalos que têm ocorrido no Governo, isso faz com que a autoestima do empresário caia e a do consumidor retraia, e reflete na manutenção dos carros”, analisou.
Segundo Bezerra, os meses de janeiro e fevereiro foram melhores do que março e abril. “O que se manteve estável no primeiro semestre foi a parte de undercar, enquanto a de motor e elétrica não apresentaram melhoras. Acredito até pelo período em que aparecem muitos buracos nas estradas e acaba dando mais manutenção nessa parte dos veículos”, justificou.
Quanto ao fornecimento de peças, não houve problemas. “Até porque o mercado está retraído. Quando a demanda está aquecida acaba faltando, mas quando está retraído tem mercadoria sobrando. As fábricas estão entregando 90%, 95%, o índice
de entrega está bom”, citou.
Para o segundo semestre, o foco é terminar com vitória. Atualmente, o Grupo Bezerra Oliveira tem 17 lojas, incluindo a matriz, com previsão de abertura de mais duas ainda neste ano. “Acredito que vamos agora, com muito esforço, lutar para poder chegar no final do ano com vitória. Eu destaco mais a luta e a perseverança do que o otimismo no mercado, porque a falta de dinheiro, os escândalos e o roubo estão aí. Acho que vamos chegar no final do ano com vitória, mas muito mais sofrida do que nos anos anteriores”, concluiu.
Gerente Comercial na Padre Cícero, Leandro Machado, informou que nos cinco primeiros meses o crescimento foi em torno de 12%. “No geral não foi ruim, mas tivemos um trimestre complicado devido a muitos feriados e poucos dias úteis. Maio foi um mês bom. Neste ano abrimos um atacado em Crato (CE). Em junho, inauguramos uma loja de varejo em Natal (RN), e no final do ano, a previsão é na Paraíba, onde ainda não temos filial. A Padre Cícero sempre procura crescer abrindo filiais, cada vez mais investindo em estar próximo ao cliente. Quanto mais perto, melhor. O pessoal não quer mais fazer muito estoque, quer trabalhar com o estoque do distribuidor”, comentou.
Incluindo a matriz, a Padre Cícero deve terminar 2025 com 38 unidades. Para o segundo semestre, Machado disse que a perspectiva é a melhor possível, inclusive, por ter menos feriados do que o primeiro semestre. Eles também estão investindo fortemente na marca própria, a Pec Parts e a Pec Oil.
“Estamos desenvolvendo um bom trabalho com a nossa marca própria. Temos visto que marca própria tem sido uma tendência. Muitos distribuidores estão investindo nisso, e começamos a investir na nossa no ano passado. Começamos com lubrificantes, hoje trabalhamos com umas 3 ou 4 marcas e a nossa é uma das mais vendidas. E a Pec Parts é a de autopeças e motopeças”, concluiu.
A
s modelos de negócios bem-sucedidos de outros setores podem inspirar e até ser replicados nas autopeças para aumentar as vendas e a fidelização de clientes. Nesta matéria, apresentamos as ações das redes de varejo ótico, fast food e de material de construção; Óticas Diniz, Bob’s e Telhanorte Tumelero, respectivamente.
Atualmente, as Óticas Diniz contam com mais de 1.185 lojas espalhadas por todo o Brasil, levando o propósito de cuidado com a saúde visual e estilo para diversas regiões do País. Nas Óticas Diniz, a experiência do cliente é prioridade, conforme relatou a diretora de Operação e Expansão da rede Óticas Diniz, Claudia Valerio. “Nossas equipes são treinadas para entender o perfil e as necessidades de cada consumidor, oferecendo soluções que aliam saúde visual, conforto e estilo. Com uma abordagem consultiva, identificamos o formato do rosto, preferências e os hábitos de vida do cliente para sugerir a armação ou lente ideal. Esse cuidado nos permite proporcionar uma experiência verdadeiramente personalizada”, afirmou.
Diretor de Experiência do Cliente do Bob’s, Fábio Oliveira, contou que o Bob’s proporciona uma experiência única e personalizada, desde o momento em que o cliente entra na loja até as opções de pagamento. “A flexibilização e a praticidade no atendimento são pilares fundamentais da marca. Por isso, o Bob’s foi pioneiro na implementação de totens de autoatendimento no Brasil, que ampliam as formas
de pagamento e agilizam o tempo de serviço, garantindo mais eficiência. Foi também a primeira rede a ter uma loja com o conceito Contactless. Essa abordagem prioriza a praticidade, a segurança e a inovação, garantindo um processo ágil e moderno para os clientes”, destacou.
Pelo conceito Contactless, a unidade do Bob’s une os conceitos de digital e físico em um só lugar, facilitando a personalização da experiência. Os pedidos são feitos através de totens de autoatendimento ou através do aplicativo e são retirados em armários inteligentes (lockers), sem contato físico com nenhum colaborador. “Além das experiências físicas, os serviços digitais, como o App do Bob’s, revolucionam a comunicação com o cliente, oferecendo mais clareza e personalização. Acreditamos que conhecer o público fortalece a relação, criando uma conexão emocional aliada à exclusividade. Os clientes cadastrados no aplicativo desfrutam de vantagens exclusivas e recebem tudo em primeira mão - ofertas, novidades, delivery e cupons especiais- tudo em um só lugar”, acrescentou.
Atualmente o Bob’s conta com mais de mil unidades em todos os estados do Brasil, com lojas de rua, drive-thru, store in store e quiosques instalados em locais como shoppings centers, supermercados e atacarejos, aeroportos e rodoviárias, rodovias, postos de combustível e outros pontos diversificados.
Com 27 unidades Tumelero (RS) e 32 unidades
Telhanorte (SP e MG), Marcelo Roffe, diretor Comercial e Marketing de Distribuição Brasil da Telhanorte Tumelero, disse que em ambas eles buscam oferecer uma experiência personalizada, por meio de um atendimento próximo e especializado, sempre alinhado às necessidades e preferências de cada cliente. “Nossa equipe está preparada para entender as particularidades de cada projeto, oferecendo soluções sob medida, seja para reforma ou construção. Além disso, investimos em ferramentas tecnológicas, como o uso de plataformas digitais, para facilitar a jornada de compra”, afirmou.
Oliveira, diretor de Experiência do Cliente – Bob’s
Nas três redes, treinamento e capacitação são palavras-chaves para um atendimento mais consultivo. “Investimos constantemente em capacitação e treinamento das nossas equipes. Nosso modelo de atendimento consultivo inclui formações sobre tendências de moda, especificações técnicas de lentes e armações, além de desenvolvimento de habilidades interpessoais para uma comunicação clara e acolhedora. Dessa forma, conseguimos oferecer não apenas um produto, mas uma solução completa e alinhada ao perfil de cada cliente”, especificou Claudia.
Na Telhanorte Tumelero, “nossa equipe comercial passa por treinamentos constantes, focados não só em aspectos técnicos de produtos, mas também em habilidades de atendimento e relacionamento. Há quatro anos, a Telhanorte investiu no desenvolvimento da assistente virtual TINA. A plataforma é baseada em algoritmos de inteligência artificial para dar informações de suporte aos membros da força de vendas das lojas, seja nas vendas presenciais ou por WhatsApp”, disse Roffe.
Ele explicou que a TINA atua como uma coach, enviando dicas e orientações para cada vendedor potencializar suas vendas e atender melhor o cliente. “O uso da inteligência artificial permite entender o desempenho de cada um, seus objetivos, e assim passar as melhores orientações para atingir os resultados. Por meio da plataforma, também é possível que o vendedor acompanhe sua performance, assim como seu supervisor, que pode apontar o que pode ser melhorado no dia a dia”, complementou.
A Telhanorte Tumelero conta, ainda, com o apoio das principais marcas fabricantes presentes no mix da rede, que promovem workshops aos vendedores das lojas para explicarem detalhes sobre os produtos, principalmente quando há lançamentos importantes. “São ações práticas que visam destrinchar informações sobre dicas de aplicação, público-alvo, posicionamento de preço, entre outros aspectos”, afirmou Roffe.
Nas lojas do Bob’s, as equipes são capacitadas de acordo com as políticas internas da marca, que garantem equidade, respeito, diversidade e inovação. “Além disso, a Universidade Corporativa do Bob’s oferece treinamentos constantes, que incluem práticas de atendimento consultivo, garantindo que os colaboradores estejam sempre preparados para oferecer um atendimento personalizado e focado nas necessidades do cliente. Para reforçar o aprendizado, o time de campo realiza visitas regulares às lojas, assegurando o alinhamento com os padrões da marca e a qualidade no atendimento”, especificou Oliveira.
O programa de fidelidade Bob’s Fã, disponível no App do Bob’s, oferece uma experiência personalizada, com base nos hábitos de consumo dos clientes, como produtos preferidos e frequência de compra. “O uso de inteligência artificial potencializa essa personalização, otimizando o relacionamento com o cliente e criando ofertas exclusivas que geram mais valor e fidelização. Atualmente, o Bob’s conta com mais de 2,7 milhões de clientes ativos na plataforma e segue investindo em omnicalidade, integrando todos os canais de comunicação para engajar e alcançar mais pessoas”, contou Oliveira.
Para um público especificado, que contempla arquitetos, engenheiros e designers, a Telhanorte Tumelero oferece o Programa Obra Prima. “A ideia do programa é conectar fornecedores e profissionais, promovendo encontros para troca de experiências e conhecimento, além disso, o programa possibilita acesso a feiras e mostras do setor, troca de pontos e conta com atendimento personalizado e exclusivo para os profissionais e seus clientes”, explicou Roffe.
Para o público geral, são realizadas campanhas sazonais e promoções exclusivas para clientes fidelizados. “O que garante ainda mais vantagens para quem escolhe comprar conosco regularmente. Como é o caso de ações de cashback, uma prática que tem ganhado a atenção dos brasileiros e a Telhanorte Tumelero apostou fortemente nos últimos anos, principalmente em períodos em que os clientes estão mais engajados com reformas ou obras”, destacou Roffe.
Nas Óticas Diniz são oferecidas assistência e manutenção gratuitas, reforçando o compromisso com o cuidado pós-venda. “Além disso, cada franqueado, em parceria com o time de marketing da franqueadora, desenvolve campanhas exclusivas, adaptadas às necessidades e preferências dos nossos clientes”, disse Claudia.
Ainda de acordo com ela, “priorizamos a saúde visual e o atendimento humanizado, acreditando que o “básico bem-feito” faz toda a diferença. Nossa equipe se dedica a ouvir atentamente os clientes, entender suas necessidades e oferecer soluções personalizadas. Valorizamos a tecnologia como ferramenta para aprimorar a experiência de compra e agilizar processos internos, mas sempre mantendo o foco na consultoria especializada e no cuidado individualizado. Utilizamos recursos como: aparelhos de medição personalizados para garantir precisão e tecnologias nos produtos que se adaptam aos hábitos e preferências de cada cliente”.
Cada vez mais um braço do varejo para estar mais próximo aos clientes, Roffe, Oliveira e Claudia contaram como são utilizadas as redes sociais. A começar por Roffe, “usamos plataformas como Instagram e Facebook para compartilhar conteúdos relevantes, como dicas de decoração e tendências de produtos. Como parte da estratégia, contamos com um casting de influenciadores jovens, que têm a descontração como principal característica, de diversas regiões das quais a rede atua, com
vista à produção de conteúdos divertidos para se aproximar mais do público, com acompanhamento de trends e tendências digitais. Trata-se de um espaço que também utilizamos para divulgar nossas campanhas, promoções e novidades. Interagimos diretamente com nossos seguidores, respondendo a dúvidas, comentando e sempre buscando estreitar o relacionamento, criando um ambiente de troca e engajamento”.
Roffe contou também que eles mensuram constantemente os resultados das ações nas redes sociais por meio de KPIs. “Acompanhamos o engajamento (curtidas, comentários, compartilhamentos), o alcance das publicações e conta, (por meio da mídia orgânica e paga), a quantidade de cliques em links e o retorno em vendas a partir dessas e diversas outras análises”, detalhou.
“Sabemos que as redes sociais são um dos principais meios de comunicação para os consumidores, que estão cada vez mais conectados aos seus celulares. Por isso, é essencial que as marcas aproveitem esse canal direto para estreitar a relação com o público. No Bob’s, acreditamos que nossa missão é entender os desejos e as necessidades dos consumidores, criando um engajamento genuíno. Usamos as redes sociais para compartilhar conteúdos descontraídos, promocionais e informativos. Nosso objetivo é criar uma conexão emocional, promovendo experiências únicas e mantendo nossos clientes sempre por perto”, especificou Oliveira.
E Claudia enfatizou que as redes sociais das Óticas Diniz são canais estratégicos para construir relacionamento com o cliente e reforçar o propósito da marca. “Compartilhamos conteúdos que informam e conectam o público com a nossa marca. Por exemplo, a campanha “Enjoei, Troquei” foi amplamente divulgada nas redes, estimulando a troca de armações antigas por novas de forma sustentável e consciente, além de fortalecer nosso compromisso com a moda circular e a satisfação do cliente”, ilustrou.
As Óticas Diniz trabalham com ferramentas de monitoramento e análise de dados para mensurar o alcance, engajamento e conversão das campanhas. “Avaliamos indicadores como taxa de cliques, comentários, compartilhamentos e vendas originadas de conteúdos promocionais. Isso nos permite ajustar as estratégias, investir em formatos mais eficientes e aprimorar a comunicação digital constantemente”, explicou.
A experiência do cliente está diretamente relacionada ao ambiente da loja. De acordo com Claudia, “acreditamos que um ambiente agradável é essencial para a experiência do cliente. Por isso, nossas lojas são planejadas para oferecer conforto, acessibilidade e um layout que valoriza a exposição dos produtos. Elementos como iluminação adequada, climatização, música ambiente e espaços de atendimento personalizados contribuem para uma jornada de compra mais prazerosa. Também mantemos altos padrões de limpeza, organização e qualidade no atendimento, com a oferta de pequenas cortesias como barzinho, água e café para que o cliente se sinta acolhido e à vontade, como se estivesse em casa”, detalhou.
“O ambiente da loja é essencial para proporcionar uma boa experiência de compra. Sabemos que um espaço bem-organizado, limpo, iluminado e com uma ambientação que inspire o cliente pode fazer toda a diferença na percepção da marca. Estes fatores são determinantes para criar um clima de acolhimento e confiança. Para garantir um ambiente agradável, investimos em design de interiores, climatização eficiente, sinalização clara, espaço de café, poltronas confortáveis para descanso e uma disposição que facilita a circulação e a escolha dos produtos”, informou Roffe.
Para finalizar, Oliveira falou que hoje em dia os clientes buscam mais do que apenas qualidade no produto; eles querem um ambiente agradável e vantagens no preço. “Em um mercado tão competitivo como o de fast food, é essencial ouvir os consumidores e se diferenciar com base nessas percepções. O Bob’s segue rigorosamente o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, além das nossas Políticas de Conduta Internas, que garantem respeito, igualdade e diversidade em toda a rede”.
Em relação ao bem-estar do consumidor, acrescentou Oliveira, “os novos pontos de venda do Bob’s fazem parte do projeto Bob’s Conecta. Essa iniciativa visa estreitar a conexão com os clientes por meio de um design arquitetônico que combina elementos urbanos e industriais, com foco na praticidade e no conforto. O impacto tem sido positivo, refletido no aumento do faturamento, na maior satisfação dos consumidores e no crescente interesse por novas oportunidades de franquias”, finalizou.
Use Produtos Chave
Sempre com uma venda consultiva, o primeiro passo é saber calcular o ticket médio e traçar metas com indicadores muito bem definidos
Oaumento do ticket médio de vendas nas autopeças se dá com uma venda consultiva, com profissionalismo e com estratégias de upselling. Algumas autopeças têm indicadores muito bem definidos e metas de aumento de ticket médio, enquanto outras ainda estão engatinhando no assunto. Para aumentar o ticket médio da venda, o primeiro passo, disse o empresário João Pelegrini, do Grupo P, da cidade de Uberlândia (MG), que inclui a Casa do Chevrolet e a Casa da Transmissão, é ter conhecimento do que é ticket médio e copilar no seu negócio individualmente por vendedor.
“Para ter o ticket médio tem que ter as metas dos vendedores, saber individualmente o que cada um vende, o ticket médio de cada um e o ticket médio global do seu negócio, só assim você consegue mensurar. É ter efetivamente uma gestão com um banco de dados com indicadores realistas, e mostrar para cada um da sua equipe de vendas o que ele vende, o que representa o ticket médio para ele e, assim, aumentar o ticket médio. Tendo a sua meta, você consegue fazer esse planejamento”, orientou.
Ainda de acordo com Pelegrini, “90% do nosso setor não sabem o que é ticket médio ou não têm indicadores. Não sabem qual é a venda individual,
não sabem o quanto é estratégico para o seu negócio e para que o vendedor comissionado possa ganhar mais. E, ainda, fazem com que o cliente retorne à loja por não ter lhe oferecido uma solução completa para o problema dele de imediato. O mais importante é o nosso segmento saber o que é ticket médio e saber utilizá-lo de maneia coerente e correta, e todo o seu time ter conhecimento de ter essa performance”, ressaltou.
Para ilustrar, Pelegrini fez uma conta simples: “em milésimos de segundos e de maneira analítica, o seu programa de gestão lhe mostra as vendas do vendedor e o que ele vende mais por mês. Por exemplo, ele vende R$ 100 mil por mês de um total de 300 itens de amortecedor, embreagem e pastilha de freio. Para aumentar o ticket médio dele em 10%, aumente a meta para 330 itens e analise se ele não está vendendo itens complementares. É simples de fazer, desde que o gestor tenha um sistema de informática para copilar esses dados e mostrá-los para os seus vendedores com muita clareza”, explicou. Estratégias para aumentar o ticket médio
Roberto James, mestre em psicologia, especialista em comportamento de consumo e em criação de estratégias de vendas com atuação forte no setor de
varejo automotivo, palestrante e autor dos livros “O consumidor tem pressa: corra com ele ou corra atrás dele” e “Vivendo o varejo americano: uma viagem no coração do consumo”, contou que para aumentar o ticket médio é preciso ouvir mais o consumidor.
“Os clientes estão chegando às empresas já com supostos diagnósticos e com a sombra do “aproveitador” que vai cobrar por serviços a mais. Veja que esse ponto é uníssono nas redes sociais. Os auto centers, concessionárias e oficinas vão me enganar. Por isso, a necessidade de se conectar com o consumidor e falar sua língua, mostrando os problemas, diagnósticos e como o serviço será feito. Uma dica é mostrar vídeos rápidos, levar o cliente para conhecer as máquinas e equipamentos de diagnósticos, mostrando os diferenciais no processo, antes e depois. Isso demonstra segurança e aumenta a capacidade do cliente de aumentar seus gastos com serviços extras”, sugeriu.
Roberto James, mestre em Psicologia, especialista em comportamento de consumo e estratégias de vendas no varejo automotivo
Um erro, disse ele, é abordar o cliente com a limpeza do arcondicionado com uma promoção. “Por que não perguntar ao cliente quão importante é a limpeza do ar que é respirado por sua família? Será que um filtro sujo com um sistema contaminado pode ajudar a respirar melhor? Não pressione, mas pergunte, é importante para você a saúde e a segurança de quem anda com você? O tipo de abordagem mais lúdica e menos feirante”, orientou.
James contou que em artigo recente, ele escreveu como o consumidor se pauta por modelos. “Ao oferecer um upgrade, o foco deve ser visualizar os três pontos fundamentais no processo de escolha do cliente. Os ganhos, isso não quer dizer desconto, mas sim qualidade que vai impactar num melhor bem-estar. A temporalidade, que precisa ser atendida para não perder a garantia, a validade ou pôr em risco outros sistemas ou peças que serão impactadas pelo desgaste ou vencimento desta e por último a segurança”, pontou.
Ele discorreu também que pouquíssimos produtos e serviços dos veículos não estão ligados diretamente ou influenciam, mesmo que em menor peso sobre a segurança. “O mais importante é manter o profissionalismo e demonstrar de forma calma, serena e com a autoridade de quem tem todas as informações. E para isso é preciso capacitação através de treinamento, não só nos aspectos técnicos, mas também no lidar com o cliente”, acrescentou.
CEO do IBNVendas, Mário Rodrigues, explicou que tudo isso passa por uma venda consultiva. “Não apenas atender o que cliente pediu, mas perguntar sobre o que ele precisa e assim oferecer serviços e produtos que atendem a outras necessidades, quando não, acessórios ou kits. Oferecendo possibilidades
com melhor segurança, melhor qualidade, que no fim agreguem maior valor e, consequentemente, aumentam o ticket médio. Perguntar: O quê? Por quê? Para quê? É sempre uma boa saída”, aconselhou.
São dicas que vão gerar assunto e possibilidades, entendendo a necessidade do cliente. É atender melhor e atender mais, oferecendo, por exemplo, kits completos para as oficinas. Assim, aumenta o ticket médio sem o cliente ter aquela sensação de que está sendo induzido a comprar o que não precisa, mas, agradecido por você ter lembrado a importância do que ele não tinha pensado até então.
O upselling ou venda adicional também pode ser feito em uma negociação, como exemplificou Rodrigues, comprando 3 e pagando por 2. “Oferecendo vantagem financeira ou a vantagem da segurança para deixar sobressalente, caso o cliente precise manter um estoque de segurança. Ou, descobrindo que o cliente tem a possibilidade de usar em mais de um veículo (frotista ou oficina) ”, informou.
Lembre-se sempre que o cliente não gosta de sentir que estão ‘empurrando’ produtos para ele comprar e causar o efeito contrário; a insatisfação. “O interesse tem que ser genuíno de entender a sua necessidade. Muitas vezes, o vendedor de autopeças lida com técnico/ mecânico que sabe o que precisa e já vem com uma solução. A dica é: não o subestime. Sugira e nunca diga: “Faça isso”, ao invés disso, pergunte, “O que impede de fazer isso? ”. Inspirando o cliente a imaginar as vantagens, ele toma a opção de adotar um upsseling sem se sentir invadido e muito menos enganado. Adotar uma postura consultiva é sempre o melhor! ”, ressaltou Rodrigues.
James orientou a não usar a técnica de marketing da urgência. “Isso acaba refletindo numa expectativa de “empurrar” produtos para se bater metas. Metas são importantes, mas o mais importante é a manutenção do seu veículo, seu bem-estar e sua segurança. Quando lhe venderam o carro, foram muitas informações, mas sua segurança e a vida útil do seu bem dependem de um plano de manutenção que hoje mostra que seu veículo precisa disso e daquilo”.
Ainda de acordo com ele, “os profissionais que atendem os clientes nesse processo de acolhimento, cadastro e diagnóstico devem estar preparados para lidar com os diversos perfis de consumidores e aptos a responder prontamente os procedimentos, sequências e dúvidas das mais diversas dos clientes, lembrando que a maioria dos que entrarem na sua empresa já se preparou para negativas de oferecimento de produtos. Por isso, não ofereça produtos, ofereça soluções para os desafios do dia a dia com o uso de seu veículo”.
James também comparou que a similaridade das autopeças com outros varejos é grande, o que muda é a motivação. “O consumidor é o mesmo, a diferença básica, demonstrada no livro “O consumidor tem pressa: corra com ele ou corra atrás dele”, é a motivação principal que impacta no consumo. Quando se trata de consumo secundário, o cliente não sente prazer direto ao consumir autopeças, diferente da pizza, da TV ou de um celular. Apesar do processo de escolha ser muito semelhante dentro do cérebro das pessoas, o desafio é bem maior, por isso entender do consumidor e conseguir se conectar com ele é fundamental para o setor de autopeças”, concluiu.
Na RV Autopeças, zona norte da cidade de São Paulo, o gerente de Operações, Tiago Rodrigues de Campos Brito, relatou que os vendedores – 9 e dois em formação – são motivados a aumentarem o ticket médio, porém, há um entrave. Geralmente, as oficinas têm o hábito de solicitar dois vales individualmente dos mesmos produtos, para dois clientes diferentes, para mostrar o orçamento da autopeças, ao invés de dar a entrada das peças no seu sistema para depois mostrar o orçamento ao cliente. “Isso acaba favorecendo e desfavorecendo alguns vendedores. Então, não premiamos, mas está no radar de estratégia premiar”, afirmou.
O que é feito é uma comunicação com os vendedores. “Semanalmente ou constantemente, são analisados nos indicadores de metas os itens, cupons, devoluções e o markup. O ticket médio também é apresentado e dou parabéns para quem está acima da média e isso vai incentivando os demais. Digo que ele ajuda os outros a venderem mais e que a sua venda foi acima da média. Enfatizo a importância de sua contribuição, especialmente, na logística da loja, incluindo, evitar o retorno do motoboy ao cliente para realizar entregas adicionais e do gestor de logística não ficar segurando o motoboy, esperando que sejam feitos outros vales da mesma região”, descreveu.
O trabalho na loja é de consultoria. “Tem situações em que a persuasão do vendedor e o seu conhecimento técnico são tão grandes que o próprio mecânico acaba levando sem que o cliente final tenha pedido. O vendedor o incentivou a aumentar também o seu ticket médio. Ele dá uma consultoria para os clientes e temos a preocupação de que não sejam feitas vendas (empurradas) desnecessárias”, comentou.
Para o aumento progressivo do ticket médio, Brito costuma usar o case do amortecedor e dos kits. “Os kits não são vendidos em conjunto, mas a gente impulsiona. No sistema é sugerido que seja feita a venda em conjunto, em outro momento oportuno, crio uma meta e uma campanha. 70% dos amortecedores
vendidos têm que ter os kits. A média da loja era 6,3 e conseguimos subir para 7,3. No balcão, para cada 7 amortecedores vendidos, 7 kits têm que ser vendidos. No e-commerce já temos a venda do kit pronto”, finalizou.
Outro modelo praticado na RV Autopeças é de metas e precificação. “A gente tem ações estratégicas de marcas, que são impulsionadas e monetizadas pela própria marca, e nós repassamos para os vendedores. Ultrapassando as metas individuais, eles ganham mais. E as precificações são feitas considerando três especificações: marca mais inferior, intermediária e a mais premium, com preços bem próximos. O exemplo é do McDonald’s, pela diferença de R$ 1,00 ou R$ 2,00, a pessoa leva a batata frita maior. Isso faz com que o consumidor leve um produto com mais qualidade e um preço maior, ou um produto de entrada, mas já tendo um markup bem interessante”, explicou.
Na Leves e Pesados Auto Peças, zona leste da capital paulista, Lucas Aguiar da Costa, gerente Comercial, contou que “os vendedores recebem treinamento para oferecer produtos ou serviços de maior valor ou complementares à compra inicial, aumentando o valor da transação, e descontos maiores para compras de maior valor, incentivando o cliente a incluir mais itens na compra”.
Para o aumento progressivo de ticket médio, pontuou, “oferecer descontos, frete grátis ou outros benefícios para compras acima de um determinado valor, criar campanhas de marketing que promovam os benefícios das compras de maior valor e treinamento da equipe de vendas para que possa identificar oportunidades de upselling e crossselling”, afirmou.
Há também atendimento exclusivo ou atendimento técnico premium. “Por exemplo, oferecer um desconto para clientes fidelidade”, exemplificou. Na loja, os vendedores são orientados para aumentar o ticket médio, sem que os clientes sintam que estão ‘empurrando’ produtos. Para isso, disse ele, é necessário “capacitar a equipe de vendas para reconhecer oportunidades e oferecer soluções de forma natural e transparente, criar promoções e descontos adicionais, ter o programa de fidelidade”.
Na loja, que tem 12 vendedores, foi criada meta por número de clientes atendidos, comissões diferentes para itens obsoletos ou de valor agregado alto. Assim como relatou Brito, Costa citou também a linha de suspensão e a de ignição. “Elas são as melhores para aumentar o ticket médio de uma autopeça”, concluiu.
TECNOLOGIA DE POTÊNCIA CONTÍNUA™ DA ALLISON AUXILIA A BIFFA NA MUDANÇA PARA EIXOS COM RELAÇÕES
A Allison Transmission e a Biffa alcançaram economia de 2,4% no consumo de combustível em 100 caminhões Mercedes-Benz Econic ao adotarem uma relação de eixo mais longa (6,0:1). A mudança, baseada em simulação da Allison, gerou menor consumo e ruído, mantendo desempenho graças à tecnologia Continuous Power. O resultado reforça o potencial de redução de custos e emissões em frotas com ajustes técnicos simples e eficazes.
Delivery e Worker
A Dana lança a Coluna de Direção Spicer (cód. 10360372) para caminhões VW Delivery e Worker, modelos amplamente usados no transporte urbano e intermunicipal. A peça oferece durabilidade e ampla cobertura, reforçando o compromisso da Dana com qualidade e agilidade. A empresa também disponibiliza Dica Técnica no portal Spicer. Com suporte técnico e ampla rede de distribuição, a Dana reafirma sua parceria com o mercado de reposição.
A Eaton lança sua válvula solenoide para caminhões e ônibus com transmissões automatizadas I-Shift. Também chamada de válvula PWM, ela atua com o CPCA na embreagem, oferecendo controle de fluxo ajustado, operação eficiente e controle via sinal digital. O componente garante precisão, segurança e durabilidade, mesmo em condições severas, reforçando o compromisso da Eaton com inovação e desempenho no setor de mobilidade pesada.
PACCAR Parts anuncia novo
Diretor Geral para o Brasil
A PACCAR Parts anuncia David Kuester como novo Diretor Geral no Brasil. Com 12 anos no grupo, ele traz experiência em marketing, vendas e operações. Seu objetivo é impulsionar o crescimento das vendas e fortalecer a presença da marca no aftermarket de linha pesada. Kuester se reportará a Frank van den Dungen, da PACCAR Parts Europa, e destaca o compromisso em aplicar a expertise global da empresa no mercado brasileiro.
Aftermarket participa da
A ZF, líder em tecnologia para mobilidade, participou pela primeira vez da AgroActiva, de 4 a 7 de junho de 2025, na Argentina. Apresentou peças de reposição para veículos agrícolas, de construção, offhighway, picapes e caminhões, com destaque para amortecedores e embreagens SACHS e componentes ZF. A ação reforça sua presença no mercado argentino e sua estrutura de suporte na América do Sul, alinhada à evolução do agronegócio e da mobilidade no campo.
Ofim de semana passou, mas a frustração ainda pesa. A raiva deu lugar à reflexão, mas ficou aquele gosto amargo. Eu sabia da penalização — a minha equipe tinha me avisado no rádio —, mas escolhi continuar. Me sugeriram recolher o caminhão pra preservar pra segunda corrida, mas preferi seguir até o fim. O Salú fez o mesmo: foi punido por fumaça, voltou e chegou em quinto. Eu queria tentar também.
O que mais me abalou foi a batida — e o motivo dela. O outro piloto sabia que eu estava punido, já tinha me superado na prática. Mesmo assim, forçou uma ultrapassagem que não fazia sentido. Faltou bom senso. Durante toda a prova, eu não encostei em ninguém. Todo mundo quer vencer, claro. Mas há limites. E ele ultrapassou.
Fui até o boxe dele depois. Desabafei. A batida me tirou da corrida, travou o escapamento e apagou o motor. Tive que ser guinchado até um ponto isolado, onde assisti ao fim da prova no meio da grama. Só pensava: “Poderia ter sido tão diferente”.
Estávamos bem. Mesmo com a punição, eu queria cruzar a linha de chegada, dar o último aceno pra torcida. Mas nem isso foi possível. Agora é virar a página.
Se São Paulo trouxe frustração, Londrina trouxe orgulho. Foi lá que conquistei minha primeira vitória da temporada — e o fim de semana começou difícil, com dificuldade pra acertar o caminhão e lidar com a fumaça. Mas, do sábado pro domingo, tudo mudou. Acertamos a calibração, virei o segundo melhor tempo no warm-up com chuva e largamos com pneus de chuva na dianteira, mesmo com a pista secando. Deu certo.
O caminhão rendeu, fomos ganhando posições com estratégia e fizemos uma corrida limpa e segura. Era pra ter repetido em São Paulo, onde já venci duas vezes. Mas faz parte. Corrida é isso: emoção, técnica e, às vezes, frustração. Agora é focar no que vem pela frente. Vamos com tudo!
Fala, pessoal! Infelizmente, estive fora de Tarumã (RS), quarta etapa da Copa Truck. Sofri um acidente durante um treino de kart — em 35 anos de pista, nunca tinha me machucado. Mas dessa vez, fui lançado contra uma pilha de pneus e acabei fraturando algumas costelas. Estou bem, em recuperação, mas com bastante dor.
Agora é seguir as orientações médicas à risca e focar na recuperação. Enquanto isso, quem assume o caminhão é o piloto Rafa Lopes, que correu com o número 8, representando a Odapel e todos os nossos patrocinadores. Estivemos muito bem representados.
Obrigado pelo apoio de sempre! Logo, logo estarei de volta. Grande abraço e fiquem com Deus!
No episódio “Acelerando no presente, de olho no futuro”, Renata Camargo e Rogério Azevedo, da Fortbras, falam sobre superação, estratégia e inovação que unem o automobilismo ao mercado de reposição
Numa parceria inédita entre o Balcão Automotivo, a Fortbras e o Hipervarejo, foi ao ar no dia 15 de maio o primeiro episódio da série, intitulado “Acelerando no presente, de olho no futuro” — um bate-papo sobre velocidade, superação e como grandes marcas estão usando o automobilismo como plataforma de inovação e conexão com o público.
O episódio marcou o início de uma nova fase do Podcast do Balcão em Alta Velocidade, trazendo histórias que mostram como performance e propósito andam lado a lado. Para essa estreia, dois convidados de peso: Renata Camargo, piloto da Turismo Nacional, que coleciona pódios e respeito nas pistas, e Rogério Azevedo, diretor de operações da Fortbras, uma das maiores varejistas de autopeças do País.
Juntos, falaram sobre os bastidores das corridas, os desafios de acelerar no presente e as oportunidades que se abrem dentro e fora do setor automotivo. Segundo Rogério, o encontro com Renata foi natural. “A gente conheceu a história dela por meio do Walter (Savaglia) e vimos
que fazia sentido com o que buscamos como empresa: pioneirismo, protagonismo e representatividade. Casou tudo”.
Renata destacou que o apoio da Fortbras vai além do patrocínio. “Eles enxergaram a Renata piloto, mãe, empresária. Isso fortalece minha trajetória e mostra que estou no caminho certo”
A conversa também abordou o automobilismo como espaço de inclusão e emoção. “É um esporte que traz a família, emociona desde o mais novo até o mais velho. O Muffato (Pedro), por exemplo, fez sua despedida das pistas aos 84 anos na Fórmula Truck”, contou Renata.
Rogério reforçou a conexão entre pistas e o dia a dia das autopeças. “O mecânico é apaixonado por carro. E na Turismo Nacional ele vê os modelos que conhece das ruas. Queremos levar esse cara pro autódromo, criar experiências. As possibilidades são infinitas”.
Para ele, o que mais impressiona em Renata é sua versatilidade: “Ela é piloto, empresária, jornalista. Tem imagem, sabe se comunicar. É esse tipo de parceria que agrega valor”.
Renata finalizou com uma analogia poderosa: “Na arrancada, tudo é levado ao limite. Em 5 segundos percorremos 200 metros. É força, técnica e paixão. E é isso que move a gente”.
Cerimônia valoriza o relacionamento entre indústria e oficinas e destaca marcas com maior reconhecimento no mercado de reparação
OSindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo) realizou, no dia 10 de junho, na sede da FIESP, a 16ª edição do tradicional Prêmio Melhores do Ano. A premiação reconhece as marcas mais bem avaliadas pelos reparadores, com base na pesquisa conduzida pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva), do Grupo Oficina Brasil.
Neste ano, foram avaliadas 16 categorias, entre autopeças, equipamentos e lubrificantes. As três marcas mais votadas em cada categoria foram homenageadas nas classificações Ouro, Prata e Bronze. As vencedoras estão autorizadas a utilizar os selos da premiação em suas ações de divulgação por um ano, a contar da data do evento.
O presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola (foto), abriu a cerimônia agradecendo aos presentes. “Agradeço, de coração, a todos vocês aqui presentes. Vocês prestigiam este evento e prestigiam a si mesmos, investindo no nosso setor”, disse. Ele destacou ainda a importância da premiação como instrumento de valorização das empresas que oferecem suporte técnico e comercial às oficinas, contribuindo diretamente para a qualidade dos serviços prestados ao consumidor final. “As marcas eleitas merecem o reconhecimento do setor. Essa é a essência da premiação, que já se consolidou como referência na reparação automotiva”, afirmou.
Fiola também celebrou a trajetória do prêmio e a força do setor. “É a décima sexta vez que realizamos o Prêmio Sindirepa. E, como em todos os anos, fico muito feliz em ver a presença de todos vocês aqui. Ver este auditório cheio, ver tanta gente envolvida no nosso setor, é uma grande alegria”.
Um dos momentos marcantes da cerimônia foi a homenagem especial ao diretor de Sinistros Auto da Porto Seguro, Rodrigo Herzog, reconhecido pelo compromisso e dedicação no relacionamento
com as oficinas. Fiola destacou a importância de iniciativas como essa para fortalecer a parceria entre seguradoras e o setor de reparação. “Parabéns aos vencedores. Sucesso a todos vocês. No fim, quem ganha sempre é o cliente — aquele que entra na nossa oficina, arruma seu carro e sai satisfeito”, concluiu.
A 16ª edição do Prêmio Melhores do Ano contou com o patrocínio de empresas que apoiam a iniciativa e acreditam na valorização do mercado reparador. Na cota Ouro, estiveram Bradesco Seguros, Cofap, Monroe Amortecedores, Porto Seguro Azul Seguros, Schaeffler e Takao. Na cota Prata, participaram Bosch, Dana, Delphi, Fras-le, Fremax, Nakata, KS, Mahle Metal Leve, SKF e Wega. Já na cota Bronze, marcaram presença Continental, Denso, IQA e Solera.
Por: Silvio Rocha | Foto(s): Divulgação / Alexandre Takashi
Com liderança técnica e expansão internacional, Nakata aposta em inteligência de produto e atenção à manutenção preventiva
Em visita à planta da Nakata, em Extrema (MG), o Balcão Automotivo conversou com Edmir Sassiloto, head de Novos Negócios, Produto, Engenharia e Qualidade da empresa, que agora faz parte da Frasle Mobility. Recém-chegado à companhia, Sassiloto compartilhou suas impressões iniciais e destacou a sinergia entre sua trajetória profissional e os valores da empresa. No batepapo, ele explicou como funciona o processo de desenvolvimento de amortecedores — desde a análise da frota até os rigorosos testes exigidos pelo Inmetro —, reforçou a importância da manutenção preventiva e falou sobre o compromisso da Nakata com a segurança, qualidade e atendimento. Em um mercado cada vez mais competitivo, a marca aposta na inovação, na escuta ativa dos profissionais da reparação e na expansão internacional para manter sua liderança no segmento. Confira a entrevista exclusiva.
Balcão Automotivo - Edmir, obrigado por nos receber. Você está chegando agora à Nakata. Como foi esse início?
Edmir Sassiloto - Primeiramente, nós é que agradecemos a visita do Balcão, uma mídia tão conceituada no mercado e que ajuda aplicadores, varejistas e distribuidores. Estou aqui na planta de Extrema, da Frasle Mobility, onde fabricamos os amortecedores Nakata. Já venho do setor automotivo, com passagens por montadoras e autopeças, e sempre tive o desejo de trabalhar tanto na Fras-le quanto na Nakata. É uma empresa com foco central nas pessoas e nos clientes. Deu liga? Deu muita liga, sim!
BA - O Brasil tem uma frota muito diversificada e antiga. Como isso impacta no desenvolvimento dos produtos?
ES - A frota brasileira conta com cerca de 45 milhões de veículos leves, 3 milhões de caminhões e mais de 16 milhões de motos. É uma das maiores e mais variadas do mundo. A nossa área de inteligência identifica oportunidades de novos produtos com base nesse perfil. Um dado interessante: um amortecedor pode ciclar mais de 85 milhões de vezes em 60 mil quilômetros, o que mostra sua importância. É um item de segurança e conforto, especialmente nas estradas brasileiras.
BA - Mesmo assim, o consumidor costuma procurar o reparo só quando o problema aparece. Como trabalhar melhor esse conceito da manutenção preventiva?
É essencial valorizar a opinião do mecânico, que está cada vez mais bem preparado e informado. Muitas vezes ele detecta outros componentes com desgaste ao verificar um item.
ES - É essencial valorizar a opinião do mecânico, que está cada vez mais bem preparado e informado. Muitas vezes ele detecta outros componentes com desgaste ao verificar um item. Por exemplo, se você troca os pneus, mas o amortecedor está comprometido, o desgaste volta rapidamente. É importante conscientizar o consumidor e toda a cadeia — aplicador e balconista — sobre os impactos da manutenção preventiva.
BA - E como funciona internamente o processo de desenvolvimento de um amortecedor?
ES - Começamos com nossa área de inteligência de produto, que define prioridades. Buscamos informações com técnicos de campo, identificando pontos de melhoria até em relação ao produto original. A partir daí, definimos materiais e propriedades mecânicas, criamos os modelos 3D e produzimos as primeiras amostras físicas. Com elas, realizamos testes de durabilidade, tração e deformação, seguindo rigorosamente as normas do Inmetro. Só depois disso partimos para produção e acompanhamento de mercado durante 12 meses, para garantir que a performance real corresponda à teórica.
BA - E quando o produto é exportado, ele passa por ajustes?
ES - Sim. Desenvolvemos no Brasil e, se necessário, fazemos adaptações para cada mercado. Exportamos, por exemplo, amortecedores para a Argentina, México e Colômbia. Em alguns casos, ajustamos
as cargas para adequar ao tipo de solo ou condução local. A Frasle Mobility está em expansão global e a Nakata está presente nessa jornada.
BA - O mercado de amortecedores é bastante competitivo. O que pesa na decisão de compra?
ES - Mais do que preço, o cliente busca serviço. Ter o produto certo, na hora certa e no lugar certo faz toda a diferença. Nosso
trabalho de treinamento com mecânicos, varejistas e distribuidores é um grande diferencial. E, claro, a segurança. Peças de direção e suspensão não podem falhar. A excelência é nosso mantra, e é isso que entregamos com a marca Nakata.
BA - E para concluir, como você enxerga esse momento da Nakata dentro da Frasle Mobility?
ES - A Nakata é uma marca da Frasle
Mobility, e essa sinergia entre as outras marcas, como Fras-le, Fremax e Controil, possibilita oferecer soluções completas ao mercado, com ampla linha de produtos para os sistemas de freio, suspensão, transmissão e direção. Fazendo parte do mesmo sistema, compartilham uma cultura semelhante, e isso tem permitido crescer com responsabilidade, sem perder a essência. A excelência continua sendo o nosso principal compromisso com o mercado.
Evento em São Paulo marcou as três décadas de atuação do Instituto com destaques para sua contribuição ao desenvolvimento e à transformação da indústria brasileira
OInstituto da Qualidade Automotiva (IQA) celebrou, no dia 22 de maio, seus 30 anos de atuação com um evento especial realizado em São Paulo (SP). A comemoração, realizada no espaço Villa Glam, na capital paulista, reuniu representantes da indústria automotiva, parceiros estratégicos, exdirigentes e colaboradores em uma noite marcada por homenagens, reconhecimento e resgate histórico.
Durante a cerimônia, o presidente do IQA, Cláudio Moyses, destacou a importância da trajetória da entidade para o setor automotivo. “Esses 30 anos representam uma história construída com muito trabalho, superação de desafios e um compromisso inabalável com a excelência. O IQA se consolidou como referência nacional em qualidade, certificação e desenvolvimento da cadeia automotiva brasileira”, afirmou.
Um dos pontos altos da noite foi o lançamento do livro “IQA: 30 anos de história da qualidade automotiva no Brasil”, que reúne registros inéditos, bastidores, depoimentos de especialistas e marcos históricos da instituição desde sua fundação. “Mais do que contar a história de uma organização, este livro celebra o compromisso com a inovação, com a confiança e com a evolução da mobilidade no Brasil”, ressaltou o superintendente do IQA, Alexandre Xavier.
A programação também incluiu a exibição de um vídeo comemorativo e homenagens a figuras que marcaram a trajetória da entidade. Entre os reconhecidos, destaque para a ex-ministra da Indústria e do Comércio, Dorothea Werneck, peça-chave na criação do Instituto. Também foram homenageadas entidades fundadoras como a Anfavea e o Sindipeças.
Em nome dos colaboradores, foi celebrada a trajetória de Sérgio Kina, o funcionário mais antigo ainda em atividade, presente desde a fundação do Instituto.
Fundado em 1995, o IQA é uma entidade técnica especializada na certificação de produtos, processos e serviços, além de promover ações voltadas à melhoria contínua da qualidade na indústria automotiva. Ao longo dessas três décadas, tem sido protagonista na disseminação de boas práticas, no fortalecimento da competitividade das empresas e na adaptação do setor aos desafios tecnológicos e sustentáveis do presente e do futuro.
* Piloto, profissional do automobilismo, fundador e diretor técnico-esportivo da Cobra Racing Team, atuante na TCR South America
Mais do que velocidade e emoção, o automobilismo é um grande negócio. Por trás das disputas nas pistas, o investimento e o patrocínio são estratégicos para o desenvolvimento de equipes, talentos e tecnologias.
Desde o kart até as categorias profissionais, os custos são altos — manutenção dos veículos, profissionais qualificados, logística, combustível, pneus e estrutura técnica. Por isso, o apoio dos patrocinadores é essencial para que tudo funcione dentro e fora das pistas.
O patrocínio vai além da exposição da marca. Ele fortalece a equipe, viabiliza a contratação de especialistas e investimentos em tecnologia e processos que garantem confiabilidade e alta performance — fatores decisivos nas corridas.
Para as empresas, o retorno vai além da visibilidade. A parceria cria engajamento entre donos, pilotos, engenheiros e mecânicos, em um ambiente que exige excelência, reforçando positivamente a imagem da marca.
O automobilismo também oferece uma oportunidade estratégica de posicionamento. Estar ligado a valores como inovação, performance e superação fortalece a identidade da empresa, gerando credibilidade, negócios e ações de marketing com impacto direto.
Com carros cada vez mais padronizados, a diferença está na gestão da equipe, na qualidade técnica e na atenção aos detalhes — tudo viabilizado
por investimentos bem estruturados.
Outro destaque é a crescente participação feminina no esporte. Mulheres conquistam espaço como pilotos, engenheiras, técnicas e gestoras, mostrando que paixão e competência não têm gênero. Apoiar essa diversidade é investir em um automobilismo mais inclusivo e representativo.
Investir no automobilismo é apostar em excelência, visibilidade e estratégia. Com a força feminina ganhando espaço, o esporte avança para um futuro mais diverso, promissor e inspirador.
Novo podcast
No dia 3 de junho, lançamos nosso podcast sobre o papel essencial do patrocínio no automobilismo — fundamental para viabilizar projetos e revelar novos talentos.
Na estreia, contamos com Rodolpho Siqueira, da Stock Car Brasil, e Maria Nienkötter, piloto da Cobra Racing Team, com apresentação de Silvio Rocha, editor-chefe do Balcão Automotivo.
Para o segundo episódio, buscaremos parceiros do setor automotivo e de outros segmentos que acreditam no potencial do automobilismo brasileiro para fortalecer essa iniciativa.
o podcast que teve como convidado Sandro Trentin, CEO da Schulz, gravado diretamente do estande do Balcão Automotivo na Automec 2025, ele compartilhou a trajetória da empresa, os planos para o futuro, as recentes aquisições e os pilares que sustentam a atuação da Schulz no mercado automotivo e industrial.
Com mais de 36 anos de carreira, Trentin iniciou sua trajetória como aprendiz no Senai. Formado em engenharia mecânica, com especialização em automação industrial e pós-graduação em Harvard, passou por grandes grupos como Randon e Keko. Na Schulz, como CEO, assumiu o desafio de liderar a evolução da governança corporativa e executiva, com foco em crescimento sustentável.
“A Schulz atua em duas verticais: compressores e automotiva. A divisão de compressores, que representa cerca de 25% do negócio, atende desde a indústria até oficinas e usuários finais. Já a área automotiva, mais representativa, foca em fundição, usinagem, pintura e montagem de peças para veículos comerciais, máquinas agrícolas, construção civil, setor eólico e o mercado de reposição — um segmento em expansão contínua”, disse o CEO da Schulz.
Entre as aquisições recentes, destaca-se a Janus & Pergher, ampliando a atuação da Schulz para a produção de biometano,
Sandro Trentin, CEO da Schulz S.A., revela os pilares que sustentam o sucesso de uma das líderes em compressores industriais e fornecedor dos principais fabricantes de veículos comerciais, abordando tecnologia, expansão internacional e compromisso com o ESG
oxigênio e nitrogênio, com aplicações em hospitais, indústrias e alimentos. Na fundição, a aquisição da unidade de ferro da antiga Wetzel aumentou a capacidade produtiva para 165 mil toneladas/ano, com meta de alcançar 200 mil.
A empresa é destaque em ESG: Entre 80 a 100% da matériaprima vêm de sucata reciclada, com reaproveitamento total ao fim da vida útil das peças. A matriz energética combina 50% de autoprodução solar e 50% de fonte eólica, eliminando emissões de carbono. Também desenvolve ações sociais como o reaproveitamento de uniformes por comunidades quilombolas.
No campo da inovação, a Schulz investe em ferros fundidos de alta resistência e baixa emissão de CO2: enquanto a média europeia gera mais de 1 tonelada de CO2 por tonelada fundida, a Schulz emite apenas 245 kg. Já a Schulz Tech, sua startup de tecnologia, desenvolve soluções de telemetria, sensores para controle de pneus, gerando economia no transporte e uma melhor gestão de frotas.
Já no aftermarket a empresa conta com mais de mil itens no portfólio de reposição, “a Schulz é uma das marcas de referência do mercado há mais de 15 anos, mantendo crescimento médio de 20% a 25% ao ano”, contou Sandro Trentin, que encerrou com um convite a novos distribuidores para integrar essa jornada de inovação e excelência industrial.
por: Valtermário Rodrigues*
“Meio caminho andado” é uma expressão que transmite otimismo e esperança em relação à possibilidade de sucesso. É parte significativa do trabalho ou esforço necessário para alcançar um objetivo. É como ter percorrido a metade de um caminho e um bom progresso, pois a tarefa está avançada e o objetivo está mais perto de ser alcançado.
“Para viver o propósito, é necessário suportar o processo”.
Chegamos ao mês de junho, sexto mês dos doze meses do ano, portanto, estamos nos aproximando do meio do ano.
No calendário gregoriano, é considerada a metade do ano, a data de 2 de julho, isso porque é o 183° dia do ano no calendário e 184° em anos bissextos, sendo assim, são 182 dias antes e 182 dias depois, portanto, este é o dia exato do meio do ano (182 + 1 + 182 = 365).
O nome junho é derivado da deusa romana juno, esposa do deus júpiter. Juno é considerada a “rainha dos deuses”, do casamento, da maternidade e da feminilidade.
No mês de junho, importantes datas são comemoradas, a exemplo
do “Dia Mundial do Meio Ambiente”, Dia dos Namorados e a Festa de São João.
E nessa caminhada até aqui, no mês de junho, quando se aproxima a metade do ano, é momento de reavaliar os objetivos traçados em janeiro e se questionar:
1.Preciso mudar de rota?
2.Preciso recolocar os objetivos nos eixos?
3.Preciso abortar os objetivos propostos e traçar novos objetivos?
Imagine as seguintes situações:
Situação 01:
Na fila do supermercado, após ter percorrido metade da distância até o caixa, resolveu desistir. Não avaliou que o pior já tinha passado. Dos dez clientes que estavam à sua frente, quatro deles, com carrinhos cheios, já tinham registrado suas compras. Os demais clientes tinham em seus carrinhos poucos itens a registrar, consequentemente, o tempo de espera para atendimento seria muito mais rápido. Sua desistência teria acontecido por motivo de:
• Falta de paciência?
• Falta de raciocínio lógico?
• Falta de tempo?
• Influência de alguns clientes que estavam reclamando na fila?
• Avaliar que os itens que estavam comprando eram supérfluos?
Situação 02:
A corrida de “fórmula 1” transcorria de forma bastante tranquila até a volta de número trinta e cinco do total de setenta voltas. De repente, um acidente aconteceu e três dos seis primeiros colocados foram atingidos. A corrida continuou enquanto os três pilotos foram para os boxes tentar ajeitar os carros. Na volta seguinte, os mecânicos já tinham conseguido colocar os carros em condições de dar continuidade à prova, porém, cada um deles tomou diferentes decisões:
1) Piloto 01 – retornou à prova, pois aceitou que poderia dar a volta por cima e vencer a prova, mesmo com uma volta atrás em relação aos demais pilotos;
2) Piloto 02 – desistiu da prova por acreditar que não teria chances de conquistar um bom resultado;
3) Piloto 03 – retornou à prova não por vontade própria. Ouviu a opinião dos componentes da equipe, retornou à prova, correu mais três voltas e desistiu.
Uma vez se colocando no lugar dos personagens das histórias, fictícias, acima contadas, qual seria sua decisão?
A mensuração de resultados pessoais é muito importante. Serve para avaliar e analisar a evolução em direção a metas e objetivos. Permite identificar áreas de melhoria e ajuste nas estratégias, com base no comparativo dos resultados obtidos com metas estabelecidas.
“O planejamento não é uma forma de predizer o que vai acontecer, mas sim um instrumento para raciocinar agora sobre que ações devemos tomar hoje para merecermos um futuro”, é uma citação de Peter Drucker, sobre a importância do planejamento, para definição do melhor caminho a seguir, através de tomada de decisões conscientes no sentido de construirmos um futuro que seja o reflexo das nossas ações e objetivos.
“Andá com fé eu vou que a fé não costuma faiá”, diz o trecho da música “Andar com Fé” de Gilberto Gil: com base Na Bíblia, o Livro Sagrado, caminhada requer perseverança e esforço, pois envolve desafios e provações. A jornada do povo de Israel com a travessia no deserto do Egito para a Terra Prometida, é uma história frequentemente lembrada. (Êxodo 15-18).
Fazer um grande esforço para atingir um objetivo, mas não conseguir superar obstáculos, não conseguir alcançar o sucesso e desistir no meio do caminho ou no último momento, quase no final, é como “nadar, nadar e morrer na praia”, como diz a expressão popular. É preciso acreditar no resultado final durante toda uma caminhada, para não correr o risco de desistir no meio do caminho.
“Remar contra a maré” é lutar contra a corrente para alcançar um objetivo diferente, contrário ao que a maioria aceita ou pratica. Uma busca por inovação, por um novo direcionamento ou por uma mudança de paradigma, não é o caminho mais fácil ou o que a maioria está procurando. Requer um grande esforço para conquistar algo que foi idealizado.
“Sinto que seguir a vida seja simplesmente conhecer a marcha, ir tocando em frente
Cada um de nós compõe a sua própria história, e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz”.
“Tocando em frente” (trecho da música composta por Almir Sater e Renato Teixeira)
Diz o poema, “No meio do Caminho” de Carlos Drummond de Andrade: “No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho”. Obstáculos, empecilhos, contratempos, pedras... podem fazer parte da nossa caminhada. O que não pode acontecer é, ao encontramos dificuldades, paralisar, desistir, ser tomado pela dor e sofrimento e não refletirmos sobre nossa jornada. É desafiador superarmos os obstáculos e seguirmos em frente sem perdermos o foco do objetivo final.
Na minha caminhada como colunista da Revista Balcão Automotivo, coluna comportamento, esse é o 80° artigo publicado, 6° artigo publicado em 2025, rumo ao objetivo de completar 100 (cem) artigos e lançar um e-book com a coletânea de todos os artigos.
Caro leitor, é momento de avaliar sua caminhada até aqui e se certificar se tudo está acontecendo conforme o planejado e, caso necessário, tomar as ações necessárias a fim de que os objetivos sejam alcançados.
Até a próxima edição!
Valtermário Rodrigues
Porém, as entidades fazem um alerta para o segundo semestre, com o aumento do IOF e a elevação da taxa Selic, no mês de maio, encarecendo o crédito automotivo para os próximos meses
e janeiro até o dia 3 de junho, a Anfavea computou mais de 1.000.000 de veículos leves e pesados emplacados, marca que foi atingida uma semana depois, em 2024. Para as locadoras, a participação de vendas de veículos leves cresceu mês a mês neste ano, saltando de 12%, em janeiro, para 26%, em maio. No acumulado do ano até maio, 986.000 veículos foram emplacados (leves e pesados), 6,1% acima do mesmo período do ano passado. Nos comparativos mensais, com 225.700 unidades emplacadas em maio, o resultado foi 8,1% superior ao mês anterior e 16,2% acima de maio de 2024.
Nas montadoras foram produzidas 1.025.000 unidades no acumulado do ano, 10,7% acima do mesmo período de 2024. Porém, comparando maio com o mês anterior, a queda foi de 5,9%, totalizando 214.700 veículos, justificada pelo aumento da participação dos importados nas vendas. Em maio, em relação ao mês anterior, automóveis tiveram uma retração de 8,3%, na produção, somando 150.900 unidades e comerciais leves, uma queda de 1,8%, totalizando 44.600 unidades. Já a produção de caminhões cresceu 11,9%, para 12.300 unidades, e a de ônibus, 1,6%, somando 2.900 unidades.
“Muito embora o nosso mercado tenha crescido mais de 8% e as exportações mais de 11% (ambos em maio em relação ao mês anterior), os modelos importados representaram 54% das vendas no acumulado do ano. Temos um mercado que cresce, os nossos embarques para o exterior cresceram, a nossa produção está diminuindo e o nosso mercado sendo capturado por modelos importados”, afirmou o presidente da entidade, Igor Calvet.
Por segmento, a Anfavea registrou 214.600 veículos leves emplacados no mês de maio, acima das 197.200 unidades no mês anterior, e com crescimento também nos acumulados dos anos: 930.200 unidades até maio
de 2025, ante 875.800 unidades até maio do ano passado. Em maio, os automóveis e comerciais leves, híbridos, híbridos plug-in e os elétricos tiveram uma participação de 10,4% nas vendas, o maior nível da história, superando a participação de 10,3% em janeiro deste ano.
No segmento de pesados, 11.110 caminhões e ônibus foram emplacados em maio, com uma ligeira queda em relação ao mês anterior, quando 11.500 veículos pesados foram emplacados. Já o acúmulo do ano até maio, 55.900 unidades foram emplacadas, ante 53.900 no mesmo período de 2024.
Pelo balanço da Fenabrave, no mês de maio, 225.685 veículos leves e pesados foram emplacados, 8,15% acima do mês anterior, e um total de 985.948 unidades no acumulado do ano, um volume 6,08% maior do que nos primeiros cinco meses de 2024.
No segmento de leves foram emplacados 167.563 automóveis em maio, 10,05% acima de abril, e 719.510 unidades no acumulado do ano, 5,05% superior ao mesmo período de 2024. Com 46.820 unidades licenciadas em maio, comerciais leves tiveram um acréscimo de 4,53% sobre abril e com 209.634 unidades licenciadas nos primeiros cinco meses do ano, o crescimento foi de 10,62% comparado ao mesmo período de 2024.
Entre os pesados, 8.887 caminhões foram emplacados em maio, com uma queda de 1,67% em relação ao mês anterior, impactado pelo aumento da Selic, IOF e pelo encarecimento do crédito. Foi o segundo mês seguido de queda nos emplacamentos após um início de ano de recuperação. Já no acumulado do ano até maio, a alta foi de apenas 1,57% acima do mesmo período de 2024, totalizando 45.047 unidades.
Ônibus representaram crescimento nas duas bases comparativas: alta de 1,67% sobre maio, com 2.415 unidades emplacadas, e alta de 28,02% no acumulado do ano, totalizando 11.757 unidades.
Na comparação entre períodos, vale destacar que os cinco primeiros meses deste ano tiveram 105 dias úteis, ante 102 no mesmo período
do ano passado. “O fato de termos tido volume de dias úteis maior em 2024, na mesma base comparativa com 2025, mostra que estamos em um movimento positivo”, afirmou o presidente da entidade, Arcelio Junior.
Segundo ele, o desempenho do mercado automotivo, em maio, foi positivo, mesmo diante de um cenário macroeconômico nacional desafiador, que trouxe alta das taxas de juros e aumento do IOF. “Há dados positivos, como o crescimento do PIB no primeiro trimestre, atrelado ao agronegócio, e à desaceleração da inflação. No entanto, a elevação da taxa Selic, para 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas, assim como a recém-anunciada elevação do IOF devem impactar, negativamente, encarecendo o crédito automotivo para os próximos meses”, ponderou.
Para o segmento de automóveis e comerciais leves, maio foi o 9º melhor resultado para o mês, desde o início do ranking da Fenabrave, em 1971. “O mercado cresceu, em maio, muito por conta dos faturamentos diretos, de empresas que estão em processo de renovação de suas frotas. Já o varejo vem sofrendo retração do tíquete médio dos financiamentos, mostrando que o consumidor está sentindo o impacto das taxas de juros e o recente aumento do IOF. Estamos preocupados com os resultados dos próximos meses”, analisou.
Eletrificados,
Também pelo balanço da Fenabrave, o volume de emplacamentos de veículos 100% eletrificados totalizaram 24.657 unidades no acumulado do ano até maio, uma queda de 5,14% comparada ao mesmo período de 2024. Por outro lado, híbridos avançaram 75,08% na mesma base comparativa, finalizando o mês de maio com 68.074 veículos licenciados. Entre os pesados, foram emplacados 150 caminhões eletrificados, 16,7%
acima dos primeiros cinco meses de 2024, e 277 ônibus com a mesma tecnologia, 130,8% acima do mesmo período do ano passado.
Seminovos e usados
A Fenauto também divulgou o seu balanço com dados até maio. Com vendas 3,5% superiores em relação a abril, 1.539.923 de unidades foram transacionadas, mesmo com uma pequena oscilação negativa de 1,4% na média de transferências por dias úteis. Resultando em 6.913.361 de veículos comercializados no acumulado do ano, 14,3% acima do mesmo período de 2024.
“Apesar de acompanharmos o Índice de Confiança do Consumidor FGV IBRE, que avançou 1,9 ponto, chegando a 86,7 pontos, indicando uma alta da confiança do consumidor, e tendência de gradual recuperação, ainda avaliamos com cautela os resultados que o segmento deve ter até o final do ano. Ainda existem muitos fatores a serem considerados e que podem influenciar o desempenho da economia e a intenção de compra dos consumidores. Se não tivermos nenhum tropeço, poderemos bater um novo recorde de vendas em 2025”, avaliou o presidente da Fenauto, Enilson Sales.
As exportações somaram 51.500 unidades embarcadas em maio, o melhor mês desde agosto de 2018, quase o dobro do volume de maio de 2024 (26.800) e 11,3% acima do mês anterior. No acumulado do ano, 213.500 unidades foram embarcadas, 56,6% acima do mesmo período de 2024.
Por outro lado, 39.770 unidades vieram de fora do País em maio, 6,4% acima do mês anterior e 20,6% a mais do que em maio de 2024. Somando os cinco primeiros meses do ano, o crescimento foi de 19,1%, com um total de 190.000 unidades importadas.