Revista Balcão Automotivo ed 219

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DESAFIOS, APRENDIZADOS E PERSPECTIVAS PARA A REPOSIÇÃO

EM 2025

Através das entidades do setor, uma análise dos desafios superados e das oportunidades que irão moldar o mercado neste ano. Pág. |

TENDÊNCIAS PARA

HÁ 18 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE À REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA

Balcão Automotivo é uma publicação dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes. Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

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DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA

Que bom te encontrar por aqui mais uma vez, iniciando o ano! 2025 começa com um cenário cheio de desafios e oportunidades para o setor de reposição automotiva. Em um mercado em constante evolução, a adaptação às novas demandas e tendências será fundamental para fabricantes, distribuidores e varejistas se manterem competitivos. Questões como o envelhecimento da frota brasileira, digitalização, sustentabilidade e inovação tecnológica prometem moldar o segmento, exigindo estratégias claras e ações eficazes. Este é o mote da nossa primeira reportagem de capa do ano.

Para se ter uma ideia, com a frota nacional ultrapassando 12 anos de idade, o mercado de veículos usados continua em ascensão, favorecido pela valorização dos seminovos e pelo aumento da conscientização sobre manutenção preventiva. Paralelamente, a digitalização e o e-commerce seguem como grandes aliados, impulsionando a adoção de catálogos online mais intuitivos e promovendo treinamentos digitais para profissionais do setor.

A sustentabilidade e a eletrificação também ganham força como tendências centrais, trazendo novos desafios, como a oferta de peças específicas para veículos elétricos e híbridos, além de iniciativas de reciclagem que

DIRETORIA/COMERCIAL: DIRETOR COMERCIAL - Edio Ferreira Nelson / edio@jornalbalcaoautomotivo.com.br | EXECUTIVO DE CONTAS - Richard Faria / richard@jornalbalcaoautomotivo.com.br

CONSELHEIRO CONSULTIVO: Carlos de Oliveira

REDAÇÃO: EDITOR-CHEFE - Silvio Rocha / redacao@ jornalbalcaoautomotivo.com.br | Karin Fuchs / redacao2@ jornalbalcaoautomotivo.com.br

EM 2025

geram diferencial competitivo. Já a inovação tecnológica se consolida como um pilar essencial, com ferramentas avançadas de diagnóstico e dispositivos conectados (IoT) transformando a manutenção e o atendimento nas oficinas.

Na gestão da cadeia de suprimentos, a regionalização da produção desponta como uma solução estratégica para evitar rupturas e fortalecer o mercado local. Enquanto isso, a qualificação profissional assume protagonismo, com treinamentos que capacitam os trabalhadores para lidar com a crescente complexidade dos veículos modernos. Fatores econômicos e políticos, como inflação e incentivos fiscais, também influenciam o setor, exigindo flexibilidade e resiliência das empresas.

Por fim, 2025 promete ser um ano de grandes transformações, no qual o sucesso dependerá de inovação, parcerias estratégicas e um relacionamento sólido com clientes e parceiros. É um momento para reinventar e crescer de forma sustentável, levando o setor de reposição automotiva a novos patamares.

Por ora, é isso! Nos vemos no próximo mês. Até mais!

O EDITOR

DEPTO DE ARTE: Supervisor de Arte/Proj. Gráfico - Fabio Ladeira / fabio@jornalbalcaoautomotivo.com.br

COLABORADORES: Felipe Orban | Valtermário Rodrigues

MKT DIGITAL: Guilherme Nelson / guilherme@ jornalbalcaoautomotivo.com.br | Larissa Galdino / larissa@ jornalbalcaoautomotivo.com.br

FINANCEIRO: Analista Financeira: Luciene Moreira / luciene@ jornalbalcaoautomotivo.com.br

FIQUEPORDENTRO

LITENS

INICIA PRODUÇÃO NO BRASIL DE TENSIONADOR V PARA VEÍCULOS

HÍBRIDOS DA STELLANTIS

A Litens Brasil iniciou a produção local do tensionador V (HDT) para os primeiros veículos híbridos da Stellantis no País, os modelos Fiat Pulse T200 Hybrid e Fiat Fastback T200 Hybrid. O projeto, lançado em novembro de 2024, destaca o compromisso da empresa com inovação e tecnologia nacional. A tecnologia híbrida visa maior eficiência no consumo de combustível, combinando um motor elétrico multifuncional com motor térmico, otimizando energia e reduzindo emissões.

UNIVERSO DE VANTAGENS DANA TEM NOVO PORTAL PARA PROFISSIONAIS DE VENDAS E APLICADORES

A Dana lançou o portal Universo de Vantagens Dana Aftermarket, uma plataforma completa com ferramentas promocionais, treinamentos e recursos para toda a cadeia de distribuição do mercado. O portal integra programas como InformeAção, Dana Training Academy e Frota Diamante Spicer, além de oferecer conteúdos técnicos sobre produtos Dana. Profissionais podem se cadastrar para acessar informações sobre vendas, treinamentos e receber o Dana Informa. Acesse em www.universodana.com.br

OFICINA DO SABER LANÇA CURSO EM PARCERIA COM A ESCOLA DO MECÂNICO PARA GERAÇÃO DE MÃO DE OBRA

A Oficina do Saber, em parceria com a Escola do Mecânico, lançou o Curso Diagnóstico Avançado Automotivo, com 10 aulas on-line sobre o desempenho de motores, ferramentas de análise e eletrônica embarcada. O valor arrecadado será destinado a bolsas de estudo para jovens da Escola do Mecânico, contribuindo para a formação de novos profissionais e enfrentando a escassez de mão de obra no setor. O curso custa R$ 67,00 e oferece certificado.

VEÍCULOS ELÉTRICOS BYD PODEM

CONTAR COM PRODUTOS ZM NA REPOSIÇÃO

A ZM, indústria brasileira com mais de 40 anos de experiência, lançou dois novos produtos para veículos elétricos BYD: Terminal Axial para o Dolphin e Bieleta para o Song Plus. Disponíveis desde 12 de novembro de 2024, os componentes oferecem alta durabilidade, segurança e desempenho, atendendo às exigências dos veículos elétricos modernos. A ZM reafirma seu compromisso com a inovação e sustentabilidade, disponibilizando os produtos através de distribuidores autorizados em todo o Brasil.

FRASLE MOBILITY CONCLUI AQUISIÇÃO DA KUO REFACCIONES, LÍDER NO MERCADO AUTOMOTIVO MEXICANO

A Frasle Mobility concluiu a aquisição da divisão de peças de reposição do grupo KUO, agora chamada Dacomsa, por R$ 2,2 bilhões. A transação inclui marcas líderes como Moresa, TF Victor e Fritec, ampliando a presença da empresa nos mercados de reposição da América Latina, especialmente no Brasil, México e Argentina. Com essa operação, a Frasle fortalece sua liderança global, ampliando sua exposição internacional para 55% dos negócios, e integra produtos como pistões e juntas ao seu portfólio.

PORDENTRO

VOLDA GARANTE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES COM EXCELÊNCIA

NOS PROCESSOS DE GESTÃO DE QUALIDADE

A Volda alcançou 1.700 produtos no mercado e lançou mais de 500 itens em 2024. A empresa conquistou três selos importantes: ISO 9001, Inmetro e Great Place To Work, destacando seu compromisso com a qualidade, inovação e boas práticas com os colaboradores. A ISO 9001 atesta a excelência nos processos, enquanto o selo Inmetro garante a segurança dos produtos e o GPTW reforça a valorização das pessoas na empresa.

WEGA LANÇA WEBSÉRIE BEM HUMORADA E BASEADA NAS HISTÓRIAS DO AFTERMARKET

A Wega Motors lançou a websérie “Infiltrados”, que traz histórias reais e bem-humoradas sobre o mercado automotivo. Com um olhar descontraído, o programa mostra os desafios e conquistas de mecânicos e outros profissionais do setor. O primeiro episódio contou com o icônico Professor Scopino, compartilhando uma história inusitada sobre a troca de filtro de uma Brasília. Os episódios estão disponíveis no canal oficial da Wega Motors no YouTube e também no blog da marca.

MENIL REALIZA A 6ª EDIÇÃO DO ENCONTRO DOS MECÂNICOS

O 6º Encontro do Mecânico Menil, realizado em Ribeirão Preto (SP), reuniu mais de 1.000 visitantes, incluindo mecânicos de várias cidades. O evento fortaleceu a comunicação direta entre profissionais e fábricas, promovendo troca de conhecimentos e experiências. Os participantes conheceram novas tecnologias e produtos, além de concorrerem a sorteios de ferramentas e brindes. O sucesso consolidou o evento como referência no setor e destacou o compromisso da Menil com seus parceiros.

Maria Aparecida Caldas é coordenadora de Pesquisa, Gestão de Portfólio e Qualidade da Volda

VALCLEI INOVA COM NOVAS EMBALAGENS

A Valclei desenvolveu novas embalagens para seus produtos, alinhadas ao novo posicionamento da marca como especialista em gerenciamento térmico. Com design moderno e simbologia renovada, as embalagens facilitam a identificação no ponto de venda e garantem maior resistência, assegurando que os produtos cheguem em perfeitas condições aos mecânicos e consumidores. Adriano Ferreira, CMO da Valclei, destaca que a qualidade e modernidade da marca também estão refletidas nas embalagens.

WIR AMPLIA PORTFÓLIO DE EIXOS DE COMANDO PARA VEÍCULOS TOYOTA

A WIR expande seu portfólio, agora oferecendo eixos de comando para Toyota Corolla, Etios e Yaris, além do segmento de picapes. Os produtos seguem rigoroso processo de homologação, garantindo equivalência às peças originais. Daniel Petry Schmitz, diretor de Produto, destaca o objetivo de oferecer o maior portfólio do setor, com suporte técnico direto da engenharia. Em parceria com a VR3 Engine Consulting, novos lançamentos, como tuchos e balancins, estão previstos para 2025.

FIQUEPORDENTROPESADOS

ZF AFTERMARKET LANÇA

AMORTECEDORES DE SUSPENSÃO SACHS PARA VEÍCULOS PESADOS

A ZF Aftermarket lança uma nova linha de amortecedores SACHS para veículos pesados, com foco em estabilidade, conforto e segurança. Projetados para caminhões e ônibus de marcas como Ford, Iveco, Mercedes-Benz e Volkswagen, os produtos atendem aos mais altos padrões de qualidade. Destaques incluem modelos para Ford Cargo 1933, Iveco Stralis, Mercedes-Benz Axor e Volkswagen Constellation. A linha é ideal para otimizar a eficiência operacional das frotas em diferentes aplicações.

Volkswagen Caminhões e Ônibus cresce acima da indústria e lidera vendas no transporte de cargas

A Volkswagen Caminhões e Ônibus cresceu acima da média da indústria em 2024, liderando as vendas de caminhões no Brasil com 31.328 unidades emplacadas e 25,1% de market share. Em ônibus, garantiu a vice-liderança com 5.856 chassis e 26,1% de participação. A marca ampliou as vendas em 16% no transporte de cargas e 30,4% em ônibus. Destaques incluem o Delivery 11.180, líder de vendas, e avanços em eletromobilidade, consolidando a liderança em veículos elétricos no País.

VOLVO FH 540 FECHA 2024 COMO O CAMINHÃO MAIS VENDIDO DO BRASIL, PELA SEXTA VEZ CONSECUTIVA

Com 7.765 emplacamentos em 2024, o Volvo FH mantém a liderança no mercado de caminhões no Brasil, posição que ocupa desde 2019. O modelo 460, segundo mais vendido, registrou 4.956 unidades licenciadas. Reconhecido por sua tecnologia avançada, como IA no I-See e retrovisores por câmeras, o FH oferece mais segurança, economia e produtividade. Popular no agro e na indústria, destaca-se pela robustez e alto valor de revenda, consolidando-se como a preferência dos transportadores no País.

Lonas de freio Fras-le AF/730 oferecem durabilidade que reduz paradas para manutenção do caminhão

A Fras-le, líder global em materiais de fricção, oferece soluções inovadoras para veículos pesados, como a lona de freio AF/730. Com formulação premium, proporciona alta durabilidade, aumento de até 35% no tempo de uso e menor custo por km rodado. Produzida sem amianto e com indicador de desgaste, é ecologicamente correta e oferece frenagens silenciosas.

A Fras-le investe em tecnologia no Movetech e no CTR para garantir excelência em desempenho e sustentabilidade em sua ampla linha de produtos.

FOTON ALCANÇA MARCA DE 1 MILHÃO DE VEÍCULOS EXPORTADOS A PARTIR DA CHINA

A Foton atingiu 1 milhão de veículos exportados da China, consolidando-se como a maior exportadora de veículos comerciais do País. Com 23 fábricas na China e 22 plantas CKD no mundo, a empresa produz um portfólio diversificado, incluindo caminhões, ônibus e picapes movidos a diesel, gasolina, eletricidade, híbridos e hidrogênio. No Brasil, oferece caminhões leves e elétricos e expandirá com novos modelos em 2025. Com presença em 130 países, destaca-se na sustentabilidade e parcerias globais.

RECARREGANDO PARA 2025: DESAFIOS, APRENDIZADOS E PROJEÇÕES PARA UM NOVO ANO

Os números do setor ainda não estão fechados, mas os principais executivos das entidades dão uma prévia de como foi o ano de 2024 e as oportunidades que continuarão sendo pauta neste ano

s executivos das principais entidades do setor de reposição automotiva e o superintendente do IQA fazem um balanço de 2024, em meio a um cenário macroeconômico que não foi muito favorável. O setor também foi pressionado a adotar práticas mais transparentes e sustentáveis, conforme relatou Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil e do Sistema Sincopeças/ Assopeças/Assomotos Ceará (SSA/CE).

“O consumidor está cada vez mais informado, exigente e preocupado com a responsabilidade social e ambiental das empresas. Essa conscientização pressionou o setor a adotar práticas mais transparentes e sustentáveis. Além disso, o avanço da digitalização transformou os hábitos de consumo, exigindo que as empresas não apenas se adaptassem aos canais digitais, mas também aprimorassem suas plataformas para oferecer experiências ágeis, personalizadas e convenientes. Esse cenário reforçou a

“O crédito mais restrito e caro junto com o endividamento da população impactaram negativamente as vendas de peças na reposição. Por mais que a venda de autos novos e usados tenha crescido, isso não trouxe benefícios significativos e imediatos para o mercado de reposição”.
Alcides Acerbi Neto, presidente do Sicap

importância de compreender as necessidades do consumidor para inovar e fortalecer a relação com o mercado”, afirmou.

Segundo ele, em 2024, o setor automotivo enfrentou desafios significativos, como oscilações econômicas e a rápida evolução tecnológica, o que exigiu resiliência, inovação e adaptabilidade de todos os atores do mercado. “Aprendemos que a colaboração entre as entidades do setor é um fator indispensável para superar obstáculos e criar um ambiente mais forte e integrado”, destacou, acrescentando que as conquistas no ano foram a criação do Instituto Autop (ver mais adiante em Capacitação) e a Autop 2024, um dos eventos mais importantes do setor automotivo.

Na avaliação de Rodrigo Carneiro, presidente da Andap, as expectativas iniciais não se concretizaram, mas o setor se manteve resiliente. “Na medida em que fomos avançando para o segundo semestre, fatores macroeconômicos, posições políticas e econômicas, foram gerando insegurança no mercado de reposição e o volume de negócios

diminuiu. Na mesma proporção, o segmento buscou mais por preço, o que é muito ruim. O que impulsionou o mercado no final do ano foi o setor de veículos leves e o transporte de passageiros. A atividade de turismo aumentou, assim como o PIB brasileiro é altamente dependente do transporte rodoviário, isso contribuiu para que encerrássemos o ano, ainda que discretamente, acima da inflação. A inflação tomou um pouco do crescimento que

Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil e do Sistema Sincopeças/Assopeças/Assomotos Ceará (SSA/CE)
Rodrigo Carneiro, presidente da Andap

As montadoras estão cada vez mais dificultando e restringindo os dados técnicos. Em vista desta preocupante situação, em 2024, fortalecemos a Aliança do Aftermarket Automotivo Brasil. Tivemos um número relevante de parcerias realizadas e a mobilização para que o movimento do Right to Repair ganhe força e se torne legislação no Brasil, assim como já acontece em outros países”.

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP

havíamos conquistado. Na pior das hipóteses empatamos com 2023”.

Presidente do Sicap, Alcides Acerbi Neto, falou que os desafios de 2024 foram inúmeros. “Mas sem novidades, pois a questão tributária, falta de produtos e falta de crédito têm sido uma constante. O aprendizado é mais uma vez não contar com o Governo. A tão esperada reforma tributária virou “reforma tributária” que não ajudará praticamente em nada a médio prazo. A conquista ficou apenas para o Estado do Rio Grande do Sul, que fez a lição de casa e saiu do regime da Substituição Tributária”.

Neto disse também que “o crédito mais restrito e caro junto com o endividamento da população impactaram negativamente as vendas de peças na reposição. Por mais que a venda de autos novos e usados tenha crescido, isso não trouxe benefícios significativos e imediatos para o mercado de reposição”. Ao contrário, na avaliação de Heber Carvalho, presidente do Sincopeças-SP, “a grande conquista de 2024 foi o setor aquecido com as vendas por ocasião do comércio de veículos usados”, afirmou.

De acordo com ele, em 2024 um dos

principais desafios foi o fortalecimento das empresas do varejo de autopeças. “Levando conhecimento e dinâmica aos empresários por meio de parceiras com o Sebrae e o IQA. Temos também parceiros como a distribuidora G&B, que preparou as empresas oferecendo treinamentos durante o ano. Temos que aprender sempre, tanto o Sincopeças-SP quanto os próprios empresários do comércio varejista de autopeças”, disse.

Alexandre Xavier, superintendente do IQA, ilustrou um cenário positivo de 2024. “O cenário macroeconômico oscilou, porém, as perspectivas oferecidas pelo Programa Mover e as vendas acumuladas do ano trouxeram otimismo ao setor, e muitos anúncios de investimentos foram realizados. Os consumidores se tornam cada vez mais exigentes quanto à sustentabilidade e à qualidade, e a percepção disso fez com que a cadeia de pós-vendas recomende fortemente a certificação de reparadores e vendedores de autopeças, através de entidades como o Sindirepa, Conarem e Sincopeças”.

O desafio, informou ele, foi apoiar o setor quanto ao aumento de competitividade necessária para o cenário atual, o que propiciou muito aprendizado. “Entre os principais desafios, destacaram-se a adaptação às rápidas mudanças tecnológicas e o fortalecimento da cadeia de valor ante as novas exigências de sustentabilidade. Também tivemos muitas conquistas significativas, como a ampliação de treinamentos especializados para atuação com veículos elétricos e híbridos, o relançamento do programa de certificação para blindadoras e o lançamento da certificação ESG IQA. Adicionalmente, tivemos uma evolução significativa no número de profissionais qualificados em programas de treinamento do IQA, refletindo

nosso compromisso com o desenvolvimento contínuo do setor”, especificou.

Na ponta com o consumidor

Gestão das oficinas, crédito específico, que atenda o setor de uma forma ampla e compatível com as peculiaridades do negócio, foram pontuadas por Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP, como os desafios do setor em 2024, além do acesso às informações técnicas para a realização dos reparos. “As montadoras estão cada vez mais dificultando e restringindo os dados técnicos. Em vista desta preocupante situação, em 2024, fortalecemos a Aliança do Aftermarket Automotivo Brasil. Tivemos um número relevante de parcerias realizadas e a mobilização para que o movimento do Right to Repair ganhe força e se torne legislação no Brasil, assim como já acontece em outros países”, defendeu.

Representante do segmento de retíficas de motores, o Conarem atuou em duas importantes frentes que entidades do setor estão desenvolvendo, conforme contou José Arnaldo Laguna, presidente do Conarem. “A Mobilidade de Baixo Carbono do Brasil - MBCB e a Aliança Aftermarket Automotivo Brasil. São

Alcides Acerbi Neto, presidente do Sicap
Heber Carvalho, presidente do Sincopeças-SP

iniciativas que buscam sensibilizar órgãos públicos sobre questões que impactam diretamente o mercado”. Incluindo o Right to Repair citado por Fiola.

Ambos concordaram que o desempenho da economia impacta diretamente no comportamento do consumidor. “São fatores primordiais e responsáveis pelo movimento nas oficinas. Quando o consumidor deixa de trocar de carro porque prefere optar em ficar com o veículo usado, ao invés de trocá-lo por um novo, e temos visto isso acontecer nos últimos anos, resultando no envelhecimento da frota, a manutenção acaba sendo necessária, uma vez que a idade média já passa dos 10 anos. Os veículos vão às oficinas porque o setor de reparação é responsável por 80% da manutenção da frota circulante no Brasil, estimada em mais de 62 milhões de unidades”, disse Fiola.

“A economia interfere no poder de compra das pessoas e, consequentemente, é o consumidor que move toda a cadeia do setor de reposição, portanto, são questões determinantes para toda a dinâmica do mercado. Além disso, há fatores distintos que movimentam os segmentos de linha leve e

pesada, mas ambos impactam o setor, assim como outras modalidades de transporte, por exemplo, ferroviário, aeronáutico e marítimo. O setor de retíficas atende tudo que possui motor e assim é muito amplo e abrangente, então, a economia possui importante interferência”, explicou Laguna.

Indústrias de autopeças

Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, começou por dizer que para o Brasil a maior oportunidade neste momento é a diversidade de fontes de energia limpa, que vão ao encontro da busca do planeta pela descarbonização. “Tenho dito isso em vários fóruns e repito nesta entrevista: precisamos saber aproveitar o que a natureza tão generosamente nos concedeu. Temos tudo para liderar as soluções da redução de emissões de carbono na mobilidade”.

Já os desafios, postos por ele, são os que atingem horizontalmente todos os setores da economia brasileira. “Como insegurança jurídica, problemas logísticos, questões trabalhistas e tributárias, para citar alguns. Destaco também a escassez de acordos comerciais que ajudem o País a aumentar sua inserção nas cadeias globais de valor”. Como aprendizados e conquistas em 2024, Sahad falou sobre a relevância do Brasil no cenário dos maiores produtores mundiais de veículos e de autopeças. “Apesar de todas as adversidades de natureza macroeconômica, como já mencionei. Sabemos produzir e precisamos investir nessa vocação”.

Entre as indústrias de autopeças independentes, Renato Ayres Fonseca, diretor-presidente da Anfape contou que os desafios em 2024 continuaram sendo a competitividade, inovação

tecnológica, certificação e conformidade, e desenvolvimento de mão de obra. “É cada vez mais desafiador para as indústrias independentes brasileiras encontrarem o correto equilíbrio entre qualidade e custo. Se, por um lado, concorrem cada vez mais com a rede original, que busca aumentar participação no aftermarket, e com produtos chineses, cujos custos de produção são significativamente mais baixos, por outro precisam atender as exigências de consumidores cada vez mais rigorosos com a qualidade dos produtos. Devido à diversificação da frota, indústrias independentes podem ter mais dificuldade em atingir economias de escala, aumentando os custos de produção por unidade”.

Ele acrescentou que para superar essas dificuldades, a aquisição de novas tecnologias e investimentos em P&D se fazem necessários, inclusive para atender a regulamentações, mas para empresas menores com frequência são barreiras devido ao custo e risco. “Mesmo com essas dificuldades, a indústria independente está avançando no desenvolvimento de certificação de seus produtos, uma conquista importante”, destacou.

Tenho dito isso em vários fóruns e repito nesta entrevista: precisamos saber aproveitar o que a natureza tão generosamente nos concedeu. Temos tudo para liderar as soluções da redução de emissões de carbono na mobilidade”.

Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP
Alexandre Xavier, superintendente do IQA

Novas tecnologias e capacitação. O setor está preparado?

Questionados se as empresas do setor estão preparadas para as novas tecnologias e capacitação de seus profissionais, as respostas foram diversas. Começando por Sahad, “o setor de autopeças acompanha a demanda das montadoras e nunca representou gargalo para a produção automotiva local. Ao contrário, a tecnologia flex foi desenvolvida por nossa engenharia. Como as demandas tecnológicas de todos os elos da cadeia automotiva são muito altas, nossos colaboradores precisam se capacitar e se atualizar o tempo todo”. Para isso, o Instituto Sindipeças de Educação Corporativa tem capacitado todos os colaboradores de empresas associadas.

No Ceará, por uma iniciativa do SSA/CE, foi criado o Instituto Autop. “A preparação para novas tecnologias e a capacitação profissional é um processo contínuo e essencial para garantir a competitividade e a sustentabilidade do setor automotivo. Um marco importante nesse sentido foi a criação do Instituto Autop, que reforça nosso compromisso em promover o desenvolvimento e a qualificação do mercado. Embora ainda em fase inicial, o Instituto já representa um avanço estratégico para fomentar a inovação e a formação de profissionais alinhados às novas demandas tecnológicas. Apesar de avanços importantes, reconhecemos que ainda há desafios a superar. É crucial intensificar os investimentos em infraestrutura tecnológica e estreitar parcerias com instituições de ensino e inovação”, disse Leitão.

Na avaliação de Fonseca, o setor de autopeças está em um ponto de inflexão, onde a introdução de novas tecnologias e a capacitação profissional são essenciais para o futuro. “Embora existam desafios significativos, as organizações que investirem estrategicamente nessas áreas estarão mais bem posicionadas para crescer e prosperar em um ambiente altamente competitivo e em constante mudança”. E nas palavras de Carvalho, “as empresas têm buscado treinamentos e capacitação para seus funcionários. O próprio mercado tem exigido capacitação para o conhecimento das novas tecnologias”.

Carneiro foi enfático ao dizer que o problema de falta de mão de obra qualificada não se limita ao setor de reposição automotiva, mas a vários outros setores. “O Brasil é um País com um dos maiores potenciais em várias áreas, mas não consegue fazer disso um alavancador de formação de mão de obra. No nosso setor tem várias iniciativas. O IQA com um trabalho de certificação de vendedores do varejo e de distribuidores de autopeças, o que também contribuirá. No Ceará existem escolas estaduais de ensino médio técnico dedicado ao nosso segmento, que é um espetáculo, um belíssimo modelo que deveria ser seguido em outros Estados. Grande parte dos esforços da Andap é dedicada a discussões de grandes temas. Tecnologia é um tema de maior importância e a velocidade dela está absurda. Temos que correr atrás, pois não somos proativos, quando muito, corremos para buscar alguma coisa”.

Neto disse acreditar que os distribuidores de autopeças estão familiarizados e preparados para as novas tecnologias, mas ponderou. “A capacitação tem sido um limitador na expansão destes recursos. Com o aumento da demanda por profissionais qualificados, notamos um crescimento na oferta de cursos profissionalizantes focados nas novas tecnologias, e o setor atacadista está atento a estas oportunidades”.

Laguna afirmou também que o setor de retíficas está preparado para novas tecnologias e capacitação profissional. “O setor está em constante evolução de capacitação e atualização técnica, faz parte do negócio para poder acompanhar e estar em sintonia

com as novas tecnologias”. Segundo ele, o Conarem avançou com os canais digitais, em 2022 criou o programa inédito de capacitação de profissionais para o setor de retíficas, em parceria com o Senai. Também desenvolveu a plataforma Vagas Automotivas para conectar empresários a trabalhadores capacitados e canais digitais com conteúdos disponíveis em várias plataformas e uma ferramenta para oferecer suporte técnico para o retificador.

No setor de reparação automotiva, extremamente dinâmico e vive em transformação e adaptações para atender às novas necessidades com as tecnologias que mudam o tempo todo, a capacitação profissional é fundamental. “Por isso, o Sindirepa-SP promove uma série de ações com indústrias parceiras e com o Senai. Além disso, vendo a necessidade de regulamentação da reparação de veículos elétricos, um grupo de profissionais do setor criou o ABNT/ CB - 005 para tratar especificamente da reparação de veículos elétricos. O ABNT/CB005 – Comitê Brasileiro Automotivo, tem uma visão que facilita a criação de infraestrutura para os Veículos Elétricos e Híbridos – VEH”, especificou Fiola.

No IQA, disse Xavier, eles estão continuamente investindo em novas soluções para apoiar o setor automotivo em relação aos desafios da transformação digital e das novas tecnologias. “Nossa atuação em capacitação profissional é uma prioridade atual e futura, com programas de treinamento sempre atualizados, incluindo opções especializadas em temas como veículos elétricos e híbridos, ASPICE (qualidade de software), Tisax (segurança cibernética), oferecidos em conjunto com possibilidades de diagnóstico, auditoria, certificação. Além disso, intensificamos parcerias com instituições de ensino e startups para acelerar a adoção de soluções inovadoras. Essa abordagem tem garantido que o IQA esteja cada vez mais preparado para atender às demandas do setor, cada vez mais competitivo”, detalhou.

Conscientização do consumidor sobre segurança veicular

Para fortalecer a relação com o consumidor e destacar a qualidade das peças, Xavier

José Arnaldo Laguna, presidente do Conarem

respondeu que a experiência do cliente é uma lógica que se tornou na prática sinônimo de qualidade no setor automotivo. “Seguimos assim o mesmo conceito, apoiando organizações em melhorar seu atendimento ao cliente, oferecer suporte técnico competente e canais de comunicação eficientes. Combinamos isso com atuação direta na qualidade de autopeças, sendo um organismo de certificação acreditado ou designado para regulamentos Inmetro, Anatel e Exército, além de desenvolver continuamente programas voluntários, tais como, remanufaturados (com Sindipeças), blindadoras (com Abrablin), biodiesel (com Abiove), bombas de incêndio, películas protetoras, líquido de arrefecimento”.

Em um mercado muitas vezes regido pelo preço, sem que o consumidor tenha a consciência ou até conhecimento sobre a importância da qualidade das peças como fator primordial para a segurança do veículo, Carneiro defendeu que a qualidade da informação das peças tem que ser disseminada em todos os cantos, no nosso País continental e com grande capilaridade. “Há quem queira marca, quem queira preço e quem queira velocidade (de entrega). O importante é os aplicadores terem absoluto acesso à informação e a decisão cabe ao consumidor, desde que ele tenha a informação”, colocou.

Ele é um defensor da manutenção preventiva. “Quando se fala em sustentabilidade, não podemos só nos referir à emissão de poluentes, o que não é o grande problema. 80% da frota é composta por veículos flex, o nível de emissão é um dos menores do mundo no segmento automotivo. Precisamos pensar mais seriamente na segurança veicular.

A Inspeção Veicular é preventiva e deveria ser uma oferta do Governo, pensando em saúde pública, segurança pública e no benefício ao cidadão. O cliente também precisa fazer o papel dele, ser mais exigente com a frota que está rodando, com a qualidade das pistas, com a sinalização e com a manutenção preventiva. Precisamos evoluir nisso e aí vamos oferecer uma experiência melhor para o cliente”.

Visão similar compartilhou Leitão. “Fortalecer a relação com o consumidor exige transparência, confiança e um compromisso genuíno com a satisfação de suas necessidades. Destacar a qualidade das peças passa por garantir a procedência, investir em certificações e oferecer garantias que tranquilizem o cliente quanto à sua escolha. Além disso, é importante educar o consumidor sobre a importância da manutenção preventiva e o uso de peças de qualidade para a segurança e desempenho do veículo. A comunicação eficaz, por canais digitais ou presenciais, e o atendimento personalizado são ferramentas essenciais para construir relacionamentos duradouros e fidelizar clientes”.

Fiola ressaltou a importância do mecânico. “Ele é o elo que faz essa ponte entre o consumidor e fábricas de autopeças, pois é ele quem aplica a peça no carro e define a marca do produto. A figura do mecânico de confiança é fundamental para estabelecer a relação da marca com o dono do carro. O Prêmio Sindirepa-SP, que já está na 15ª edição, foi criado justamente para destacar as marcas de autopeças que os mecânicos elegem como as melhores a partir de vários requisitos, como disponibilidade, qualidade, atendimento, por exemplo”.

Laguna também citou a premiação do Sindirepa-SP. “Essa enquete acaba sendo referência e uma validação das marcas preferidas reverbera para os consumidores e gera credibilidade”. E sobre a busca de informações pelos canais digitais, disse ele, “eles são bem eficientes para as marcas interagirem e informarem os consumidores, assim como os retificadores”.

E de maneira geral, Neto destacou a importância das pesquisas. “Cada vez mais, a credibilidade, profissionalismo e idoneidade

das empresas têm sido um ponto forte entre cliente e fornecedor. Com a proliferação de inúmeros vendedores online, a pesquisa de “reputação” é indispensável. Precisamos valorizar o vendedor que entrega o que vende, com a qualidade que prometeu. E para isso, divulgação nas mídias do setor é fundamental”.

Para Fonseca, o fortalecimento da relação com o consumidor e o destaque na qualidade das peças são processos contínuos que exigem esforço em várias frentes. “Combinar a excelência do produto com a experiência do cliente é a chave para criar um relacionamento de confiança e fidelidade duradoura”, defendeu, citando o fornecimento de informações detalhadas do produto, a obtenção de certificações de qualidade, estar em conformidade com normas como ISO, implantar um sistema eficaz de controle de qualidade, entre outros.

Sobre o mesmo tema, Carvalho afirmou que um dos pilares de sustentação do mercado automotivo tem sido a qualificação das peças. “Fortalecendo uma relação de confiança e segurança para o consumidor, bem como para os aplicadores”. E Sahad respondeu que um dos segmentos de mercado para a indústria de autopeças é a reposição automotiva e que o Sindipeças trabalha com as entidades do setor para garantir a qualidade na cadeia de distribuição e o constante fortalecimento do mercado. “Além disso, vale ressaltar que o Sindipeças é dos criadores do IQA, justamente para dar musculatura à qualidade, de forma ampla. O grande desafio nessa área é o crescimento das vendas online, que precisam ser regulamentadas para que não haja riscos ao consumidor, principalmente nos itens de segurança”, alertou.

Renato Ayres Fonseca, diretor-presidente da Anfape
Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças

“A diversidade de modelos de propulsão é uma mudança relevante. Nosso setor está preparado para enfrentar os desafios que a eletrificação e a hibridização trarão. Estamos fazendo o dever de casa e estaremos aptos a atender os rumos futuros do mercado automotivo. Basta haver a respectiva demanda por parte das montadoras, o que ainda não ocorreu. Além disso, como a frota brasileira é a 6ª maior do planeta (47 milhões de veículos, segundo o Sindipeças), as tecnologias atuais também continuarão presentes durante bom horizonte de tempo. Quanto às projeções do Sindipeças, as vendas do setor devem crescer entre 4% e 5% sobre 2024”, Cláudio Sahad

“Estamos em um ambiente internacional ainda muito complexo e com uma participação mais efetiva de movimentos mais liberais e até nacionalistas, o que pode complicar as relações comerciais. Nós temos algumas decisões no Brasil equivocadas, em relação ao câmbio e às relações comerciais internacionais, que podem nos afetar. Mas temos também coisas boas. No segmento automotivo, o Brasil pode se tornar uns dos maiores centros mundiais de produção de motores a combustão de baixa emissão e um exportador ainda maior de combustível verde. A indústria de autopeças brasileira vai contribuir mais fortemente com a exportação e entendo que podemos conseguir desenvolver um pouco mais a cultura de manutenção preventiva, isso contribui para o nosso segmento”, Rodrigo Carneiro

“As tendências para 2025 ficarão por conta dos avanços tecnológicos. A demanda por peças de reposição para veículos elétricos/ híbridos começará a aparecer. A digitalização e comercialização de peças por meios eletrônicos se intensificarão, exigindo cada vez mais especificações detalhadas dos produtos. A utilização de IA como complemento na gestão dos negócios será fundamental em um mercado tão competitivo como é o setor de reposição de autopeças”, Alcides Acerbi Neto

PERSPECTIVAS PARA 2025

“Em 2025, projetamos um mercado cada vez mais orientado pela tecnologia e pela sustentabilidade. A transição para veículos elétricos e híbridos ganhará força, exigindo adaptações na cadeia de suprimentos e na capacitação dos profissionais. A digitalização dos processos, incluindo o uso de inteligência artificial e análise de dados, será determinante para otimizar operações e oferecer experiências personalizadas aos clientes. A crescente preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade social também influenciarão as práticas empresariais. Empresas que adotarem práticas sustentáveis e inovadoras terão vantagem competitiva. Estamos confiantes de que, com planejamento estratégico e cooperação entre todos os envolvidos, o setor automotivo estará pronto para aproveitar as oportunidades e superar os desafios que 2025 trará”, Ranieri Leitão

“Como projeção, vejo o mercado aquecido e, com isso, a tendência do setor estará voltada para o conhecimento dos novos veículos elétricos e híbridos, com o grande desafio para aquisição de ferramentas e conhecimento dessas novas tecnologias”, Heber Carvalho

“As projeções são positivas devido à demanda da frota circulante que cresce e gera demanda nas oficinas por serviços de manutenção, sem falar na idade média que ultrapassa uma década. As tendências seguem voltadas ao desenvolvimento da frota eletrificada, bem como as dificuldades na obtenção de informações técnicas para reparos, esse é um grande desafio para o setor por conta das novas tecnologias. Continuamos trabalhando com a Aliança do Aftermarket Automotivo Brasil para que seja implantada uma legislação específica para o Right to Repair”, Antonio Fiola

“As projeções são de crescimento, a frota circulante evolui, além de a idade média estar avançando. As tendências ficam por conta das novas formas da mobilidade. Como membro do MBCB, participei no ano passado de um

evento importante que foi o pontapé inicial para a criação de uma nova regra para a mobilidade brasileira baseada no veículo bioelétrico, utilizando combustíveis como etanol, biodiesel, biometano e outros que se tornem viáveis para a descarbonização da frota circulante, contribuindo significativamente para atingir em poucos anos a meta estipulada de zerar o carbono até 2050. Vamos continuar a trabalhar essa pauta”, José Arnaldo Laguna

“Temos a perspectiva de um crescimento contínuo nas demandas relacionadas com qualidade automotiva, impulsionadas pela inovação tecnológica, exigências em sustentabilidade e demanda por veículos mais eficientes e sustentáveis. Tendências adicionais como a integração mais ampla de sistemas de gestão para inteligência artificial nos processos produtivos e o fortalecimento das cadeias de suprimentos locais também são consideradas, além da expansão da nossa presença regional no Brasil e na Argentina. Acreditamos ainda que o aumento da cooperação será essencial para enfrentar os desafios globais, como as regulamentações ambientais mais rigorosas e a transição energética”, Alexandre Xavier

“Para 2025, um dos principais desafios será lidar com a volatilidade econômica e as flutuações cambiais que impactam o custo das peças e insumos importados. Além disso, a informalidade e a falta de regulamentação e fiscalização na atuação de marketplaces continuarão a ser problemas para o mercado e um risco para o consumidor. Outro desafio crucial será avançar na garantia dos direitos de reparação do consumidor (Right to Repair). No entanto, existem grandes oportunidades, como a expansão da digitalização nos processos de venda e distribuição. Além disso, com a crescente conscientização ambiental, há espaço para o desenvolvimento e a oferta de produtos mais sustentáveis e recicláveis”, Renato Ayres Fonseca

DESEMPENHO E DESAFIOS NO SETOR DE AUTOPEÇAS NO #PODCASTDOBALCAO

Da esq. para a dir.: Rodrigo, Silvio, Rocha e Renato (1º à dir.) reunidos após a exibição do episódio

Varejistas de autopeças analisam atuação de 2024 e projeções para um 2025 de adaptação e crescimento

ano de 2024 foi repleto de desafios e transformações para o setor de autopeças. A economia instável e as mudanças nas demandas do mercado levaram as empresas a refletirem sobre os obstáculos enfrentados e as conquistas alcançadas. A transmissão de número 196 do Balcão Automotivo reuniu três empresários do setor — Rodrigo Rodrigues, da Auto Peças Rodrigues, de São Paulo (SP), Roberto Rocha, da Rocha Auto Peças, de Campinas (SP), e Renato Lourenço, da Go!Mec Auto Peças, de Diadema (SP) — para discutir os rumos do mercado e as oportunidades para 2025.

Rodrigo Rodrigues, da Auto Peças Rodrigues, destacou que a empresa, que completará 50 anos em 2025, passou por diversas transformações. “Minha irmã Priscila e eu estamos assumindo a segunda geração da empresa”, afirmou. Localizada em São Paulo, a Auto Peças Rodrigues se destaca por sua estrutura híbrida, combinando oficina mecânica e venda de peças. A

empresa começou como uma oficina e evoluiu para um centro automotivo. A entrada na Rede Pit Stop, há 14 anos, foi essencial para transformar a gestão da empresa, especialmente através de treinamentos para funcionários e donos de oficinas. A empresa segue focada no segmento de linha leve, com boas perspectivas de crescimento.

Roberto Rocha, com 32 anos de experiência no setor, compartilhou a trajetória da Rocha Auto Peças, que começou com retífica de motores e passou a vender peças de suspensão e freio a preços mais baixos, após adquirir o estoque de uma autopeça falida. Hoje, com unidades em Campinas, Indaiatuba, Jundiaí, Araraquara e Hortolândia (prestes a ser inaugurada), a Rocha Auto Peças enfrenta um grande desafio: a falta de mão de obra qualificada. “Esse é um problema comum em várias partes do Brasil”, destacou Roberto, mencionando que a escassez de funcionários dificulta a expansão da empresa.

Renato Lourenço compartilhou a história da Go!Mec Autopeças, fundada por Neno, que iniciou o negócio com o sonho de fornecer peças diretamente aos mecânicos. “Começamos com um pequeno espaço de 30 metros quadrados, e com muito esforço, fomos crescendo”, contou Renato. A Go!Mec se profissionalizou ao longo dos anos, investindo em capacitação e mudando-se para um local maior em 2009. Em 2019, a empresa deu um grande salto ao inaugurar um novo galpão e recentemente expandiu suas operações para o Espírito Santo, com um galpão focado no e-commerce. Renato destacou a especialização da Go!Mec na linha leve, uma área onde a empresa continua a se destacar.

Perspectivas desafiadoras

Roberto Rocha mencionou que 2024 foi um ano desafiador, com oscilação do dólar e inflação reduzindo o poder de compra dos consumidores. Apesar disso, a empresa conseguiu registrar um crescimento modesto de 4% a 5%. Ele também destacou o impacto da alta inadimplência e a concorrência desleal, como a compra de peças fora do estado sem o devido ICMS-ST. Outro problema identificado foi a falta de investimento em manutenção preventiva, o que afetou a demanda por peças. Rocha projetou desafios ainda maiores para 2025, com aumento de até 10% nos preços das fábricas e dificuldades em competir com empresas menores e irregulares. A solução será fortalecer parcerias com fornecedores e investir em estratégias diferenciadas.

Rodrigo Rodrigues compartilhou sua visão sobre a crescente concorrência online, impulsionada pelo e-commerce e pela entrada de startups oferecendo parcerias e cashback. Ele mencionou que essa mudança aumentou a dificuldade de identificar quem está por trás das transações, se são distribuidores, fábricas ou intermediários, além das questões tributárias. A concorrência online, com margens apertadas, tem sido um desafio crescente,

mas Rodrigo vê oportunidades ao oferecer garantias e segurança diretamente ao consumidor. “Nosso centro automotivo permite oferecer garantia e segurança ao consumidor, o que gera fidelidade”, explicou.

Renato Lourenço falou sobre o papel fundamental do e-commerce e do atendimento digital. “No e-commerce, é essencial ser bom desde o início, ou as dificuldades são grandes. Na Go!Mec, conseguimos construir algo sólido porque tratamos o digital com seriedade”, disse Renato. Ele também destacou a importância da gestão financeira bem equilibrada no e-commerce, pois, sem uma boa gestão, os riscos são altos. Além disso, o WhatsApp tem se tornado um canal de vendas importante. “Vendedores que não estão rápidos e ativos nesse meio acabam perdendo vendas para a concorrência”, alertou.

Conclusões e expectativas

O setor de autopeças enfrentou desafios em 2024, mas demonstrou capacidade de adaptação e crescimento. A ascensão do e-commerce e a necessidade de gestão financeira rigorosa foram temas centrais. Para 2025, espera-se um mercado ainda mais competitivo, com aumento nos preços das fábricas e intensificação da concorrência, tanto online quanto offline. As empresas estão focadas em fortalecer parcerias com fornecedores, usar ferramentas digitais de forma estratégica e se adaptar às novas demandas do mercado.

AUTOMOTIVE IMPORTS CELEBRA CONQUISTAS DE 2024 EM CONFRATERNIZAÇÃO NO BAR BRAHMA

Evento reuniu colaboradores, clientes, fornecedores e amigos em um clima de celebração e planejamento para um 2025 promissor

o sábado, 14 de dezembro, o Bar Brahma, no centro de São Paulo, recebeu a tradicional confraternização de fim de ano promovida pela Automotive Imports, Arsenal Car e DigiGrow. Em um clima descontraído e festivo, colaboradores, clientes, fornecedores e amigos se reuniram para celebrar as conquistas de 2024, compartilhar aprendizados e projetar um futuro ainda mais promissor para 2025. Nossa equipe esteve presente para registrar os momentos mais marcantes e ouvir os protagonistas desse encontro memorável.

Reflexões sobre 2024 e perspectivas para 2025

Edson Cabral, sócio-fundador da Arsenal Car e do Grupo Zeene, refletiu sobre os desafios de 2024, mas manteve o otimismo para o futuro. “Este ano foi bom, mas também difícil para todos. Vamos ver o que o próximo ano nos reserva. Faremos o possível para que seja ainda melhor”.

Ele também destacou o papel da inovação nos negócios, mencionando os avanços da DigiGrow: “A DigiGrow alcançou 800 clientes e está indo muito bem. Estamos investindo no Mercado Livre, o que nos posiciona para um futuro promissor”.

Paulo Cabral, também sócio-fundador da Arsenal Car e do Grupo Zeene, falou sobre a superação dos desafios do ano. “Foi um ano difícil, mas lutamos muito. A promessa para 2025 é alcançar

resultados ainda melhores”. Ele também reforçou a importância da confraternização: “Fazemos questão de estar todos juntos para agradecer e celebrar”.

André Belo, diretor-executivo da Automotive Imports, comentou: “2024 foi um ano de aprendizados, e o desafio para 2025 será buscar mais eficiência e fortalecer nossa marca no varejo e nas oficinas”. Ele também afirmou que “A inovação está na inteligência artificial e na capacidade de se reinventar. Adaptar-se às mudanças do mercado é essencial para criar novas oportunidades”.

Por fim, Belo enfatizou: “Celebrar conquistas e alinhar expectativas reforça nossa essência como grupo, valorizando a união e o respeito, e nos inspira a crescer juntos”.

Thiago Arantes, CEO da DigiGrow, expressou entusiasmo para o próximo ano. “Vamos conquistar mais clientes, mais parceiros e mais vendedores na plataforma. Vamos em frente, porque ainda temos muito a realizar!”

Parceiros de longa data e crescimento do mercado

Os representantes da AutoZone, Nicole e Leonardo, exaltaram a parceria com a Zeene. Nicole destacou: “A Zeene é uma grande parceira da AutoZone, e estamos aqui em mais uma festa incrível. Está sendo maravilhoso”.

Já Leonardo compartilhou os planos de expansão da empresa: “Estamos com 133 lojas e temos um projeto de expansão bastante audacioso. Em 2025, planejamos inaugurar mais 20 lojas”.

Lucimar Reis, da Winner Autoparts, de Cuiabá (MT), também celebrou o ano de 2024: “O nosso ano foi excelente, com várias oportunidades proporcionadas pela Zeene. Acredito que 2025 será ainda melhor.” Ela comentou ainda sobre os desafios e as conquistas no competitivo mercado do Mato Grosso: “Hoje, somos um dos maiores fornecedores da região, mesmo com a distância dos nossos fornecedores”.

Homenagens e momentos emocionantes

Entre os momentos mais emocionantes, Naninha, cantor e amigo de longa data de Edson e Paulo, agradeceu pela parceria e pela união do grupo: “Todo ano, cada ano, sempre melhor para a gente poder fazer essa festa para todos vocês”.

Ricardo Rocha, ex-jogador de futebol e tetracampeão mundial com a seleção brasileira, reforçou o valor das amizades cultivadas: “Esses momentos são únicos. É muito mais que uma festa; é uma celebração da amizade, do passado e de quem somos hoje”.

O apresentador David Brazil, presença constante nos eventos do Grupo, compartilhou sua fórmula para uma festa perfeita: “Um bom chopp, uma feijoada caprichada e, claro, um show maravilhoso de samba e pagode.” Ele desejou a todos um ano próspero: “Que 2025 seja de ainda mais crescimento e conquistas. Ô glória!”

Celebrando o passado e construindo o futuro

O evento foi um marco para celebrar as vitórias de 2024 e consolidar alianças para o próximo ano. Com um clima de entusiasmo e otimismo, a Automotive Imports demonstrou que o trabalho em equipe e a inovação continuarão sendo os pilares do sucesso no setor automotivo em 2025.

65 ANOS DA ODAPEL, UMA EMPRESA DE FAMÍLIA

Uma história bem-sucedida de uma empresa que continua em ritmo de expansão, contada pela 2ª e 3ª gerações

Há 65 anos, mais exatamente em 1959, a Odapel foi fundada por Dionízio Dias e seu irmão, Alcides, que mais adiante, em 1986, deixou a sociedade. Inicialmente com o nome Monteiro Dias & Companhia Ltda. e com o nome fantasia ‘Autopeças Jaguaré’, hoje, a Odapel está na terceira geração e continua em expansão. São 15 filiais em nove estados, incluindo duas que serão abertas neste primeiro semestre. No podcast comandado pelo editorchefe do Balcão Automotivo, Silvio Rocha, o diretor Comercial, José Augusto Dias (Jô), Angélica Dias, diretora Financeira, Augusto Batista Dias, coordenador Administrativo, e Matheus Batista Dias, controller Administrativo, falaram da bem-sucedida trajetória da Odapel.

Antes da saída do tio, Jô dedicava-se à empresa especializada em construção, terraplanagem e transporte, criada por seu pai, e nem pensava em trabalhar com autopeças. Mas a convite do pai, com a saída do tio, ele mudou de ideia e a empresa também ganhou um novo nome: Odapel. “A primeira coisa que a gente fez foi colocar uma placa de ‘sob nova direção’, parecida com aquelas placas de padaria, de mercadinho... O Mário (aposentado) foi uma pessoa que nos ajudou muito, porque na época só ficou ele que entende um pouco do

negócio (entre outros que ele mencionou no podcast)... Começaram a vir outros funcionários e a gente foi crescendo”, disse Jô.

Ele também prestigiou as pessoas que ajudaram no crescimento da empresa. “Nós fizemos a confraternização dos 65 anos e a gente resolveu dar um troféu para as pessoas que tinham mais de 15 anos de empresa. Para a minha surpresa, a maior quantidade tem mais de 25 anos. Eu tenho funcionários com mais de 30, 37 e 38 anos de empresa. Então, isso faz com que a gente pense que a minha parte social, eu acho que eu fiz... Ninguém fica numa empresa 38 anos se ela não for uma empresa boa para trabalhar. A gente percebe que é uma grande família... Não é uma empresa familiar. É uma empresa de família”.

No mesmo ano que Jô, em1986, sua irmã Angélica foi trabalhar definitivamente na Odapel. Na época ela fazia faculdade de Direito e teve que aprender a datilografar para emitir duplicatas e outras atribuições. “Sou advogada, tenho a carteirinha (OAB), só que já no quarto ano de faculdade eu já sabia que ia continuar na Odapel... Era um monte de duplicatas, borderô para bancos e todo mundo

pagava com cheque e precisava também controlar os pré-datados... Às vezes, a gente olhava aquele balcão ali e tinha 100 pessoas... Em exatos quatro anos foi uma loucura aquilo e tivemos que colocar senha no balcão”, recordou-se. Anselmo, irmão de Jô e Angélica, também ocupa a posição de diretor na empresa. Juntos, os três irmãos comandam o negócio há 38 anos.

Mudança de linha

Até então, o foco da Odapel era a linha leve e por uma iniciativa visionária de Jô, o que ela chama de intuição, e com aprovação de seu pai, passaram a focar na linha pesada. “Isso foi uma intuição, não porque estudamos nada disso. Acho que a gente tem que focar em algo direto, no valor agregado maior... A gente focou muito na linha média dos caminhões... Uma coisa que meu pai sempre falava era que a gente tem que atender o cliente em tudo que ele precisa... Que o cara fosse lá e tudo o que ele precisasse para o caminhão dele, para manutenção, a gente teria”, disse Jô.

Ele também se orgulhou em dizer que a Odapel foi a primeira empresa do ramo a receber a certificação ISO é 9001. “Isso nos ajudou... Hoje, a gente tem os processos bem definidos que a gente vai passar para as filiais e vão seguindo essa cartilha nossa... Isso ajudou bastante a gente, a ter essa estrutura enxuta, com pessoas certas, no lugar certo e com vontade de trabalhar”, acrescentou.

3ª geração

Desde pequenos, Augusto e Matheus, filhos de Jô, frequentavam a empresa e conhecer as pessoas que lá trabalhavam ajudou muito quando assumiram cargos na Odapel. Augusto entrou em março de 2022 e buscou levar a sua experiência da empresa que trabalhou anteriormente, a Amazon. “Tem inúmeras pessoas que ajudaram a gente no começo, então, para a gente foi um pouco mais tranquilo.

Todos são amigos, é uma família... Quando eu entrei, a experiência que eu tive também na outra empresa eu tentei passar um pouquinho para a questão de processo logístico, que era o que eu gostava também... Comecei a visitar as filiais no primeiro ano e identificar a região”, relatou Augusto.

Formado em Economia, Matheus entrou na Odapel em 2024, no mesmo mês que o irmão. “Eu trabalhei no mercado financeiro, em consultoria. Então, o que eu estou tentando trazer cada vez mais para a Odapel é medir o nosso desempenho, medir o desempenho das filiais. Fazer todo esse acompanhamento para ver como a gente está performando nesses lugares, em outros Estados... É entender um pouco mais sobre o mercado, porque eu não conhecia muito sobre peça. Ainda mais de caminhão, linha pesada, que é algo muito técnico, é muito difícil. Eu sinto que todos os funcionários, meu pai e meus tios, são muito proativos para ajudar a gente a entender um pouco melhor sobre o mercado”, detalhou.

Oferta completa

Questionado sobre o segredo do sucesso da Odapel, Jô respondeu que é a oferta de uma linha completa. “A gente consegue resolver o problema da pessoa com o veículo dela quebrado, com o caminhão dela quebrado. Não só com as principais peças, como também os periféricos, que a gente chama de miudeza, as peças secundárias do negócio. Então, acho que esse é o grande segredo do nosso negócio. E logicamente, a gente vem abrindo filiais... E obviamente, eu dependo do meu gerente, dos vendedores, principalmente das filiais mais recentes. É a gente encaixar certinho o portfólio de produto para a região... Existem frotas diferentes, cultura diferente e tipo de manutenção”.

Augusto e Matheus, filhos de Jô, representando a 3ª geração

Contando com as duas filiais que serão abertas no meio deste ano, já são 15 filiais. Para isso, disse Augusto, “a gente tem que ter um bom planejamento... A gente estuda certinho como é o nível de cliente e a gente tem bastante contato com o pessoal de fábrica”. A expansão se dá também com novos parceiros, mais linhas e mais produtos, conforme contou Jô, e o vendedor não tem meta por vendas. “Ele tem que aprender a fazer a venda técnica bem-feita... A pior coisa que existe é o mecânico montar e faltou um retentor. Ele não monta, ele não fecha. Então, acho que é isso, é um trabalho que tem que ser feito”, afirmou.

Matheus complementou falando sobre a adequação do estoque das filiais. “Esse é o nosso trabalho, onde está crescendo, está tendo novas filiais, principalmente, para atender melhor nossos clientes...

A gente vê muito na região o que é vendido e de quais fábricas, e faz todo um trabalho de adaptar o estoque daquela filial para atender muito bem aqueles clientes... Melhora muito o nosso serviço, a gente consegue uma entrega muito mais rápida e o cliente reconhece isso. O cliente sabe que a gente está fazendo essa expansão não só por

conta de aumentar o faturamento também. É um jeito de atender melhor esse cliente que a gente já tem na nossa base”, esclareceu.

Para assistir na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=Az73z4mByFU

ODAPEL CELEBRA 65 ANOS DE SUCESSO EM CONFRATERNIZAÇÃO ESPECIAL

No dia 20 de dezembro, a Odapel promoveu sua tradicional confraternização de final de ano, reunindo fornecedores, colaboradores e amigos para celebrar um marco especial: os 65 anos de história da empresa, uma das líderes na distribuição de autopeças pesadas no Brasil.

Foi o momento perfeito para brindar as parcerias construídas ao longo dessas seis décadas e fortalecer as conexões que impulsionam o sucesso da empresa. Um dia dedicado à descontração, gratidão e celebração, em homenagem a todos que fazem parte dessa história.

Confraternização reuniu parceiros e amigos da Odapel. Guilherme Nelson e Silvio Rocha, do Balcão Automotivo, também estiveram presentes

TENDÊNCIAS E HABILIDADES PARA O BALCONISTA DE AUTOPEÇAS EM 2025

Neste mercado pujante em constante inovação, com os clientes buscando soluções rápidas e todos utilizando cada vez mais as ferramentas digitais, os balconistas precisam estar cada vez mais preparados

este ano que se inicia e, cada vez mais, habilidades digitais, uso de plataformas online, conhecimento técnico de veículos híbridos e elétricos serão demandados pelos vendedores de autopeças, assim como um atendimento consultivo e personalizado, voltado à atenção ao consumidor e com soluções de prontidão, exigirão que esses profissionais estejam constantemente capacitados.

NComo desenvolver todas essas habilidades? Quem dá as dicas são Flávio Muniz, reconhecido por seu trabalho com o setor automotivo e autopeças, através de cursos e palestras, ensinando como conquistarem mais clientes e gerarem resultados significativos por meio de ferramentas práticas e acessíveis, e Stella Kochen Susskind, CEO da Shop&Test, empresa pioneira na metodologia Cliente Oculto na América Latina e Business Development Director da BARE International Brasil, autora do livro

“Cliente Secreto, a metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor”.

Habilidades digitais

Segundo Flávio Muniz, o setor de autopeças está cada vez mais dinâmico e os balconistas que desejam se destacar precisam desenvolver habilidades digitais. “Entre elas, destaco o domínio de ferramentas de busca online para encontrar rapidamente informações e peças, o uso de plataformas de e-commerce e a familiaridade com catálogos digitais de fabricantes e montadoras. Além disso, estar presente nas redes sociais, seja para relacionamento ou promoção, é um grande diferencial. Também é importante entender o básico de CRM, que ajuda a organizar dados de clientes e personalizar o atendimento, além de conhecimentos básicos em marketing digital,

Texto: Karin Fuchs
Flávio Muniz, especialista em treinamentos para o setor automotivo

como criar conteúdos ou gerenciar anúncios simples”, pontuou.

Além das especificadas acima por Flávio, Stella Kochen Susskind, recomendou também o uso de plataformas de comércio eletrônico. “Com o aumento do comércio eletrônico, muitos clientes compram peças online. Balconistas que entendem de marketplaces (Mercado Livre, Amazon, Shopee) e plataformas de vendas online podem ajudar os clientes e fechar vendas diretamente”, explicou.

Na lista dela também estão: O conhecimento de ferramentas de comunicação digital, como o WhatsApp Business, e-mail e redes sociais, a análise de dados, para saber interpretar dados básicos de vendas, tendências de produtos e perfis de clientes ajuda a personalizar o atendimento e focar nos produtos mais procurados, o marketing digital, “os balconistas são a ponte entre a loja e o cliente. Saber como promover peças em redes sociais ou impulsionar campanhas pode atrair mais clientes. Ter habilidade no Instagram e Facebook ajuda muito!”, destacou e, ainda, adaptabilidade a novas tecnologias, “a tecnologia no setor automotivo está sempre evoluindo. A disponibilidade para aprender novas ferramentas e sistemas ajuda os balconistas a se manterem competitivos”, acrescentou. Por último, Stella citou o conhecimento de aplicativos de mobilidade e logística. “Ferramentas como Google Maps, Waze ou aplicativos de entrega (iFood, Uber Flash) podem ajudar no gerenciamento de entregas rápidas para os clientes”, especificou.

Atendimento consultivo e soluções de prontidão

Para entender o comportamento do cliente e, assim, realizar um atendimento consultivo, Flávio disse que isso é uma questão de observação e empatia. “É preciso prestar atenção ao que ele fala, como ele fala e quais são suas prioridades – por exemplo, se ele valoriza mais preço, prazo ou qualidade. Fazer perguntas específicas também ajuda a compreender melhor as suas necessidades. Além disso, conhecer o histórico de compras de clientes recorrentes é uma vantagem, pois permite antecipar necessidades e oferecer soluções mais adequadas. Quanto mais atenção você der aos detalhes, mais preparado estará para atender cada perfil de cliente”.

Também um grande aliado no atendimento ao cliente é o monitoramento do atendimento, conforme explicou Stella. “Se a empresa que trabalha monitora o atendimento através de pesquisas com clientes ocultos e pesquisas de satisfação, é fundamental que os balconistas recebam os resultados dessas valiosas ferramentas para se aproximarem da experiência dos clientes de forma fidedigna

e neutra. Essa aproximação permite ver com nitidez o comportamento dos consumidores, suas tendências, suas falhas e acertos. E mais: as pesquisas devem ser realizadas de maneira contínua”.

E sem nunca perder o atendimento humanizado. “Mesmo com todo o apoio digital que os balconistas agora têm, a humanização do contato online e offline é essencial. Chamar o cliente pelo nome, sondar as necessidades, entender e ouvir os clientes, procurar a melhor solução, dar follow up. Em resumo, em tempos de IA a humanização tornou-se mais relevante ainda e cria uma necessidade e oportunidade para os balconistas. O único meio de fidelizarmos os clientes, aumentarmos a propensão à recomendação e recompra é personalizando e humanizando os contatos”, afirmou Stella.

Ponto de atenção também para a disponibilidade de produtos. “O cliente valoriza agilidade e eficiência. O primeiro passo é conhecer bem o estoque e os produtos disponíveis para economizar tempo e oferecer respostas rápidas. Em caso de indisponibilidade, seja transparente e já proponha alternativas, como a encomenda de outra peça ou soluções equivalentes. Outro ponto importante é manter uma postura positiva e proativa, demonstrando segurança e controle da situação. A confiança do cliente vem dessa combinação de eficiência com clareza e sinceridade”, especificou Flávio.

Amplie seus conhecimentos

E como todos já sabem, conhecimento nunca é demais, participando de treinamentos, cursos, entre outros, ainda mais neste mercado em constante evolução e com muita demanda técnica. “Ampliar conhecimentos é indispensável para quem quer se destacar no mercado de autopeças. Participar de treinamentos oferecidos por fabricantes e marcas é um ótimo começo, mas não deve parar por aí. Buscar cursos online sobre vendas, atendimento e técnicas de negociação também é fundamental. Em minhas palestras e cursos, sempre reforço a importância de unir conhecimento técnico sobre produtos a habilidades de comunicação e atendimento. A ideia é que o balconista esteja sempre atualizado e preparado para superar as expectativas dos clientes”, afirmou Flávio.

Para Stella, a empresa tem um papel fundamental. “Investimento das empresas no seu maior ativo: os balconistas! As empresas devem investir continuamente em pesquisas de mercado, treinamento de vendas e treinamento técnico dos produtos”, ressaltou.

Stella

Prontidão

Na Caisam Auto Peças, em São Paulo (SP), Luiz Gustavo da Silva Rodrigues é vendedor desde 1999 e contou como desenvolve as suas habilidades. “Eu utilizo sempre catálogos digitais, sites que consigo puxar o modelo do veículo pela placa para atender o cliente. De forma consultiva, busco saber o motor, ano e modelo do carro, ofereço uma solução com o melhor custo/benefício dentro do que ele deseja. Sempre com educação e tento trocar uma breve conversa para nós dois fecharmos negócio”, afirmou.

Ele falou também que os clientes estão mais exigentes e buscam ser breves. Para atendê-los, “eu faço o orçamento rapidamente pelo sistema interno da loja, busco sempre a precisão do item procurado, ofereço qualidade e o melhor preço para que lhes agrade. Quando não há peça na loja, entro em contato com o responsável por compras e procuro ainda atender o cliente dentro do prazo que ele solicitar”.

Para ampliar os seus conhecimentos, Luiz Gustavo assiste a vídeos e acompanha as redes sociais para se adaptar ao mercado. Sobre os veículos com novas tecnologias, disse ele, “no momento, eu não possuo conhecimento para elétricos, a maioria dos veículos está dentro do prazo de garantia de fábrica. Já dos híbridos, a parte mecânica atendo perfeitamente”. Quanto a

peças recicladas, ele disse que não tem informações sobre elas.

Atendimento amplo

Vendedor de autopeças há oito anos e há quatro anos na Winner Trading Autoparts, em Cuiabá (MT), Felipe Neves de Lima, começou por dizer que hoje a maior parte do atendimento já é feita via WhatsApp. “Uma ferramenta que ajuda muito a entender o que o cliente precisa, compartilhando fotos e vídeos das peças. Mostrando cada detalhe das peças e tirando toda a dúvida do cliente. Atendemos também através das redes sociais, Instagram, Facebook, Google, ferramentas que podemos mostrar o produto e chamar a atenção do cliente”.

Ele também utiliza as ferramentas digitais para manter o cliente informado. “Sempre se comunicando com o cliente, seja ligando ou mandando um Whatsapp. O foco é manter o cliente informado das novidades que chegam na empresa, peças mais atuais, promoções e ofertas para repor em seu estoque e estar sempre atualizado”. E no atendimento, Felipe contou que a melhor forma para solucionar o problema do cliente é ouvir a sua necessidade e apresentar a melhor solução para atê-lo. “Entender a necessidade do cliente, se é um produto original que ele precisa ou alternativo, qual forma de pagamento podemos oferecer para que ele compre o melhor produto. E caso não tenha a peça a pronta entrega, podemos fazer um pedido personalizado à necessidade do cliente”,

Felipe também falou que o quanto a internet mudou o comportamento do cliente. “Hoje, ele compara os preços com os da internet e procura parcelar em mais vezes a compra, já que comprando online, na maioria das vezes, consegue parcelar em até 10 vezes. Hoje temos que nos desdobrar para não perder o cliente. Ter variedade de produto, marcas, pegar o produto e mostrar ao cliente para que possa ver as diferenças, e se adequar à realidade de cada cliente. Parcelar em mais vezes, dar aquele desconto a mais para um pagamento à vista”.

E que em sua profissão é preciso sempre estar atento aos lançamentos, aos detalhes e especificações de cada peça. “Eu sempre participo das reuniões, palestras e treinamento que a empresa proporciona para estar em constante evolução”. Quanto ao conhecimento sobre veículos elétricos e híbridos, Felipe disse que é pouco. Quanto às peças recicladas, ele defendeu que “a reciclagem ajuda a uma economia de matérias e de energia na produção de peças. Traz também a conservação de recursos naturais, reduzindo a necessidade de extrair novos recursos naturais”, finalizou.

Felipe Neves de Lima, vendedor de autopeças na Winner Trading Autoparts, Cuiabá (MT)
Luiz Gustavo da Silva Rodrigues, vendedor de autopeças na Caisam Auto Peças, São Paulo (SP)

Comportamento

A VIRADA

Por definição, virada é a atitude de romper com algo que não está funcionando na nossa vida, tomar uma ação radical, mudar de direção.

Virada do ano, Ano Novo ou Réveillon é a comemoração da passagem de ano do dia 31 de dezembro para o dia 1º de janeiro do ano seguinte. Réveillon veio do francês e significa “despertar” ou “acordar”, em referencia à nova etapa de vida que se inicia.

O início de um novo ano é, portanto, momento de reiniciar, recomeçar, reavaliar o que ficou pendente do ano anterior. É momento da virada.

Os computadores, quando começam a travar sem motivo aparente, precisam ser reiniciados a fim de aperfeiçoar o desempenho do dispositivo, corrigir erros do sistema e instalar novas atualizações. Essa é primeira etapa para solução de problemas.

“Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais”. Augusto Cury

Nós, seres humanos, assim como fazemos com os computadores, precisamos reiniciar nosso HD, buscar aperfeiçoar nosso desempenho físico e mental, corrigir nossos erros, nos manter atualizados e buscar a solução para possíveis problemas.

Faz sentido recomeçar? Nem sempre! Às vezes, um objetivo não concretizado pode não mais fazer sentido insistir em realizar, apenas porque estava programado. É importante fazer um balanço, uma retrospectiva do ano anterior e iniciar o ano com novos objetivos, afinal, pode ser o momento de novas expectativas, novas perspectivas.

“Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo. Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam. Não permitas que a vida passe sem teres vivido...”. Trecho do poema “Aproveita o Dia, de Walt Whitman

Ha quem diga que tudo ficaria mais fácil se tivesse acertado os seis números da “mega da virada”. Privilégio para poucos. Como ainda não foi dessa vez, vamos arregaçar as mangas e, quem sabe, promover uma “mega virada” quanto às nossas atitudes, estratégias e ações, em prol de um futuro e o que se deseja alcançar em curto, médio e longo prazos.

“Cada um de nós Compõe a sua história Cada ser em si Carrega o dom de ser capaz E ser feliz”.

Renato Teixeira / Almir Sater

O período de um ano tem a duração de 365 dias, 05 horas, 48 minutos e 46 segundos. Corresponde ao intervalo aproximado de tempo que a Terra demora a completar uma volta em torno do sol.

Em 31 de dezembro a terra retornou de uma viagem de aproximadamente 365 dias em torno do sol, uma viagem em que fomos passageiros, afinal, a Terra é o planeta habitado por nós, seres vivos.

Conhecido como planeta água, a Terra é o maior dentre os quatro planetas rochosos que fazem parte do Sistema Solar. É conhecido como Planeta Azul, por ter 70% da sua superfície coberta de água.

O Sol é uma estrela anã amarela que os demais corpos celestes do Sistema Solar orbitam. Ele é formado por gases e não dispõe de nenhuma superfície sólida. O Sol é uma estrela localizada na Via Láctea.

Somos convidados de honra para a próxima viagem da terra. Uma viagem que já começou no primeiro dia do ano de 2025, quando a Terra iniciou mais uma volta em torno do sol.

Viagem é o movimento de pessoas entre locais relativamente distantes, com qualquer propósito e duração, e utilizando ou não de qualquer meio de transporte (público ou privado). O percurso de uma viagem pode ser feito por mar, terra ou ar.

“Não importa onde você parou... Em que momento da vida você cansou...

O que importa é que sempre é possível recomeçar. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo... É renovar as esperanças na vida e, o mais importante... Acreditar em você de novo”. Paulo Roberto Gaefke

Recomendo a leitura do livro “Coaching. A hora da virada III”, o qual sou um dos coautores. Uma leitura interessante, que possibilita ao público entender como o Coaching pode ajudá-lo a elevar seu nível profissional e pessoal, estratégias eficazes para desenvolver a liderança, equilíbrio financeiro e Empowerment (empoderamento pessoal e profissional).

Assim é a vida, repleta de viradas: vivemos momentos bons e outros nem tanto. Passamos por momentos de altos e baixos, contudo, o mais importante é termos resiliência e tentar superar os obstáculos que a vida nos apresenta, com fé e superação.

Imaginemos uma partida de futebol, em que o time A, precisa vencer o time B para ser campeão. Jogou o primeiro abaixo do esperado e foi para os vestiários com o resultado adverso de 1x0. Para virar o jogo no segundo tempo e ser campeão, precisa adotar outro tipo de postura. Ter atitude e estabelecer estratégias que possibilitem atingir o resultado esperado. Assim como em uma partida de futebol, acontece em nossa vida, em que por vezes precisamos virar o jogo e partir para a vitória, com foco, fé, força, resiliência e determinação.

A expressão popular, “virar a chave” significa, uma proposta de mudança de abordagem, uma virada na forma de enxergar os problemas e, por conseguinte, as soluções. Não podemos ficar inertes e, simplesmente aceitar os problemas sem buscar formas de resolvê-los e, consequentemente, “virar a chave”, aprender com os problemas e vislumbrar novas possbilidades.

Muitas pessoas esperam pela chegada de um novo ano para estabelecer um novo começo ou recomeço, entretanto, jamais haverá ano novo se você persistir nos erros de anos velhos.

Deixe para trás tudo que não deu certo e abra caminho para um ANO NOVO cheio de sucesso e novas conquistas. Nossa vida não muda com a virada de ano, mas podemos mudar a forma que vamos viver deste momento em diante.

Faça das próximas 365 páginas da sua vida um livro que você sempre terá prazer em reler.

Que 2025 seja uma porta aberta para novos sonhos, realizações, sucesso, aprendizado, reflexões, renovações de fé e muita paz.

Até a próxima edição!

COLUNA DO NONÔ

LIÇÕES DAS PISTAS: Velocidade, precisão e estratégia aplicadas ao mercado de autopeças

Oautomobilismo é mais do que um esporte de velocidade; é uma arte onde precisão e planejamento caminham lado a lado. Se no passado as corridas eram marcadas por improvisos e um toque de romantismo, hoje o que define o sucesso são estratégias cuidadosas e minuciosas. Cada detalhe conta: a previsão do tempo, a calibragem dos pneus, os ajustes específicos para pistas secas ou molhadas. Tudo é pensado para alcançar a eficiência máxima, porque no automobilismo, frações de segundo podem separar a glória da derrota.

Essa busca incessante por perfeição tem muito a ensinar ao setor de autopeças, onde agilidade e assertividade são igualmente fundamentais. Assim como nas pistas, a gestão eficiente de dados e o trabalho em equipe fazem toda a diferença. Quando cada integrante entende seu papel e trabalha em harmonia, o resultado é um desempenho superior, seja nos boxes de uma corrida ou no mercado competitivo.

Um exemplo emblemático dessa sinergia é o pit stop na Fórmula1. Os mecânicos, com treinamento de altíssimo nível, executam suas funções de forma quase automática, mostrando o poder de um time bem alinhado. No setor de autopeças, a lógica é parecida: fabricantes, distribuidores, varejistas e oficinas precisam operar como uma engrenagem bem ajustada para que os produtos cheguem ao cliente

com qualidade e no tempo certo.

O automobilismo também se destaca como um berço de inovação. Tecnologias testadas em condições extremas, como componentes de alta performance ou soluções sustentáveis, frequentemente chegam aos carros comuns. A Fórmula E, por exemplo, começou com baterias que mal duravam 20 minutos, mas, com o tempo, os avanços tecnológicos transformaram esses veículos em símbolos de autonomia e eficiência.

Além disso, o automobilismo cria uma conexão especial entre marcas e o mercado. Fornecedores que investem no esporte não apenas validam seus produtos em competições, mas também aproveitam a visibilidade para fortalecer parcerias e construir histórias que inspiram. É um ciclo de inovação e relacionamento que gera resultados tanto na pista quanto nas ruas.

No fim, tanto o automobilismo quanto o mercado de autopeças compartilham uma verdade essencial: o sucesso vem da preparação, da capacidade de inovar e da força do trabalho em equipe. Quem domina esse equilíbrio se torna referência, seja liderando uma corrida ou conquistando espaço no mercado.

* Piloto, profissional do automobilismo, fundador e diretor técnicoesportivo da Cobra Racing Team, atuante na TCR South America

#PODCASTDOBALCAO ESPECIAL:

DIA DO MECÂNICO

RECONHECIMENTO E REFLEXÃO SOBRE O FUTURO DA PROFISSÃO COM HISTÓRIAS INSPIRADORAS!

Em 20 de dezembro, o setor de reposição automotiva celebrou o Dia do Profissional da Reparação Automotiva, uma data significativa para reconhecer a importância dos mecânicos e reparadores na manutenção da segurança e do desempenho dos veículos. Em um mercado dinâmico e desafiador, esses profissionais desempenham um papel essencial, acompanhando as inovações tecnológicas e respondendo à crescente demanda por serviços especializados.

Para celebrar a data, a live número 197 trouxe depoimentos inspiradores de profissionais do setor, compartilhando suas histórias, desafios e aprendizados. Entre os convidados estavam Everton Peroni, especialista automotivo; Priscila Kagohara, do Centro Automotivo Zelito, de São Paulo (SP); e Sandro dos Santos, da Doctor American Car, também da capital paulista. A transmissão contou também com participações especiais em vídeo, abordando os desafios e inovações da profissão, além das perspectivas para o futuro da área.

Priscila Kagohara, que cresceu em uma oficina e fundou o Centro Automotivo Zelito junto com seu pai, compartilhou sua trajetória inspiradora. “Sempre estive no ambiente da oficina, mas foi em 2018, quando montei minha própria oficina, que descobri minha verdadeira paixão pela mecânica”, contou. Hoje, Priscila é uma profissional multifacetada, atuando tanto na administração quanto no operacional. “O momento em que você monta um motor e ele funciona pela primeira vez é indescritível”, disse, destacando a emoção de ver o trabalho se concretizar.

Everton Peroni, com 30 anos de profissão, também compartilhou

sua jornada, enfatizando a importância do conhecimento técnico e da educação contínua. “Muitos pensam que mecânico é só trocar peças, mas a mecânica moderna é altamente valorizada, e os mecânicos hoje em dia ganham mais do que médicos”, afirmou, ressaltando a importância de estudar e se qualificar constantemente. Peroni também compartilhou sua experiência como instrutor no Senai e na Fiat, e como fundou seu próprio centro de treinamento automotivo, contribuindo com a formação de novos profissionais.

Sandro dos Santos, por sua vez, falou sobre sua longa trajetória no setor e as dificuldades que enfrentou ao longo do caminho. “Tive momentos em que pensei em desistir e até tentei outras carreiras, como policial e empresário de futebol. Mas a mecânica sempre foi minha paixão”, revelou. Após uma experiência frustrante como sócio em um negócio de oficina, Sandro se reergueu, investindo em

Priscila Kagohara, do Centro Automotivo Zelito, de São Paulo (SP)

Everton Peroni, especialista automotivo

Precisamos mostrar aos jovens que é uma carreira rentável e com futuro”, afirmou, destacando a importância de divulgar corretamente a profissão para combater os estigmas que ainda a cercam.

Para os profissionais presentes na live, o setor de reparação automotiva continua a se transformar, e a chave para o sucesso é o constante aprendizado, a paixão pela profissão e a dedicação em se adaptar às novas demandas do mercado.

Conclusão

cursos de gestão e mudando sua visão sobre o mercado. “Aprender a gerir o negócio é fundamental. Muitos mecânicos sabem o que fazer debaixo do capô, mas sem entender de gestão, o negócio não sobrevive”, alertou.

A importância do ensino e da experiência prática

Os convidados também enfatizaram a importância de uma base sólida de aprendizado. Everton Peroni destacou que a falta de paciência para aprender o básico é um dos maiores desafios enfrentados pelos jovens na profissão. “O básico é fundamental para entender a mecânica de forma completa. Sem isso, o profissional pode se perder quando enfrenta sistemas mais complexos”, afirmou.

Priscila Kagohara complementou, compartilhando uma experiência recente com um jovem mecânico que, apesar de inexperiente, tem se dedicado a aprender com afinco. “Ele começou lavando peças, observando e aprendendo, e agora já consegue usar o scanner sozinho”, explicou Priscila. Para ela, o segredo está em não pular etapas e ensinar corretamente os fundamentos da profissão.

O Dia do Profissional da Reparação Automotiva foi um momento de reflexão sobre a evolução do setor e os desafios que ainda precisam ser superados. Para Sandro dos Santos, a visão da mecânica como uma profissão desvalorizada precisa mudar. “A mecânica é uma profissão nobre, técnica e cheia de possibilidades.

O Dia do Profissional da Reparação Automotiva foi uma data para celebrar a competência, a dedicação e as conquistas dos mecânicos e reparadores que, dia após dia, garantem a segurança e o desempenho dos veículos nas ruas e estradas do Brasil. Em um mercado em constante evolução, esses profissionais são fundamentais para a transformação do setor, e sua trajetória merece ser reconhecida e valorizada.

Sandro dos Santos, da Doctor American Car

Patrocinaram esta ação

VENDAS DE VEÍCULOS NOVOS E USADOS E A PRODUÇÃO BATERAM RECORDE EM 2024

Entre os principais mercados globais, o Brasil ficou em 6º lugar em volume de vendas de veículos novos e em 8º em produção

ano de 2024 foi de comemoração para o setor automotivo. Pelos resultados da Anfavea, foram 2.635.000 de veículos leves e pesados emplacados, 14,1% acima de 2023, percentualmente, o maior aumento de vendas internas desde 2007, e bem acima da média global, cujo crescimento foi de 2%. Já a produção atingiu o patamar de 2.550.000 unidades, 9,7% superior a 2023. Com esses resultados, o Brasil ficou em 6º lugar em volume de vendas e em 8º em produção, entre os principais mercados globais.

Destaque também para a média diária de vendas no ano passado. “A média diária de vendas subiu 12%, a maior taxa de crescimento no País desde 2007”, afirmou o diretor Executivo da Anfavea, Igor Calvet. Destaque também para o crescimento de vendas em todos os segmentos. Caminhões tiveram uma expansão de 15,7%, fechando o ano com 124.900 unidades emplacadas, ônibus, com 22.400 unidades, apresentaram uma expansão de 9,8%, ambos comparados a 2023. Também em comparação a 2023, a produção de caminhões avançou 40,5% (141.300 unidades) e a de ônibus, 34,7% (27.700 unidades).

No segmento de veículos leves, o balanço da Anfavea computou os resultados de vendas de novos e usados. Foram 14.200.000 de unidades, sendo 11.700.000 usadas, 82% acima de 2023, e 2.500.000 novas, 18% a mais do que as 2.200.000 unidades vendidas em 2023. Entre os leves novos, os SUVs tiveram uma expansão de 19,4%, seguidos pelas picapes, 7,9%, e pelas vans/passageiros, 16,7%.

De acordo com Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, “há uma demanda reprimida por transporte individual que vem sendo

atendida de forma crescente, graças às melhores condições de crédito. Se essas condições melhorarem e, se houver uma política de renovação de frota, mais pessoas poderão optar por veículos 0km”.

Eletrificados, importações e exportações

Dos veículos eletrificados (automóveis e comerciais leves) emplacados em 2024, 61.500 foram puramente elétricos, 59.600 híbridos plug-in e 56.200 híbridos, totalizando 177.300 unidades, quase o dobro das 93.900 unidades computadas em 2023, e fechando o ano com uma participação de 8% do mercado. Também pelo balanço da Anfavea, foram 467.000 unidades importadas em 2024, alta de 32,5% sobre 2023, e o maior volume de importação dos últimos 10 anos. Deste total, cerca de 200.000 são eletrificados, principalmente, vindos da China, enquanto as exportações somaram 398.000 unidades, praticamente o mesmo volume de 2023 (404.000 unidades).

Na rede de concessionários

As concessionárias associadas à Fenabrave terminaram 2024 com a soma de 2.634.514 veículos leves e pesados emplacados, 14,15% acima de 2023. Na divisão por segmento, automóveis e comerciais leves

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea

totalizaram 2.484.740 unidades, um crescimento de 14,02% sobre 2023. Caminhões e ônibus, com 149.774 unidades, obtiverem uma expansão de 16,45%, na mesma base comparativa. No segmento de leves contribuíram a oferta de crédito e o Marco Legal das Garantias com a mudança de regras para a retomada do bem em caso de inadimplência do credor. Em 2024, conforme divulgado pela entidade, o crédito teve uma expansão de 31% para o setor automotivo, e quase 60% das unidades emplacadas foram financiadas.

Segundo o novo presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, “há uma demanda reprimida que a gente sempre vem acompanhando no País. O brasileiro tem o sonho da casa própria e do carro próprio, e isso sempre ajuda o nosso setor”, afirmou. Na avaliação do diretor Executivo da entidade, Marcelo Franciulli, o mercado está se recuperando. “É importante ressaltar que a gente está recuperando o mercado, já chegamos a vender no passado, só de autos e comerciais leves, 3.700.000 unidades. A gente vem buscando a recuperação. Tem a demanda reprimida, a sensibilidade de uma frota envelhecida, fatores que sustentam esse crescimento”.

Por segmento, a maior expansão em 2024, quando comparada a 2023, foi para caminhões, com um crescimento de 17,41%, ou, 122.099 unidades emplacadas, seguidos por comerciais leves, 536.604 unidades (+ 17,04%) automóveis,

Arcelio Junior, presidente da Fenabrave

PROJEÇÕES PARA ESTE ANO

Enilson Sales, presidente da Fenauto

totalizaram 1.948.136 (+ 13,2%) e ônibus, com uma alta de 12,4%, somaram 27.675 unidades. Quanto às novas tecnologias, automóveis e comerciais leves híbridos e híbridos plug-in totalizaram 115.777 unidades e automóveis e comerciais leves elétricos puros, 61.585 unidades, emplacadas ao longo de 2024.

Recorde de veículos transacionados, desde 2011

A Fenauto também apresentou o balanço de 2024, com números a serem comemorados. Com uma estimativa de terminar o ano com a marca de 15.500.000 de veículos usados e seminovos transacionados, esse volume foi superado, fechando o ano com 15.777.594 unidades, incluindo motocicletas. Foi o melhor resultado desde 2011. Os modelos mais vendidos foram os com 13 anos ou + de idade (5.721.760 de unidades), seguidos pelos de 4 a 8 anos, com 3.982.867, os de 9 a 12 anos, com 3.531.095 e os seminovos entre 0 e 3 anos, com 2.541.872.

Nas palavras do presidente da entidade, Enilson Sales, o resultado de 2024 pode ser atribuído aos trabalhos da Fenauto em várias frentes para o crescimento e fortalecimento do setor, a participação ativamente em debates sobre o crescimento do crédito, o posicionamento em relação à Reforma Tributária, o Renave e o Marco Legal de Garantias, entre outros. “Por isso, nos sentimos orgulhosos por temos contribuído intensamente para promover este crescimento registrado em 2024”, declarou.

Em função do cenário econômico, taxa de juros, câmbio e inflação, entre outros fatores conjunturais, tanto a Anfavea como a Fenabrave projetam um crescimento mais moderado para este ano, quando comparado a 2024. Começando pela Anfavea, a entidade estima um crescimento de 6,3% no volume de emplacamentos, finalizando o ano com 2.802.000 unidades, divididas em leves, 2.653.000 unidades, alta de 6,6%, e pesados, 149.200 unidades, 1,3% acima de 2024. Para a produção é projetado um crescimento de 7,8%, chegando a 2.749.000 de unidades, sendo 2.580.000 leves (alta de 8,4%) e o segmento de pesados praticamente estagnado, 169.400 unidades, ante 169.000 em 2024.

2025

Já a Fenabrave projeta um crescimento um pouco menor do que a Anfavea, de 5% no volume de emplacamentos de veículos leves e pesados, estimados em 2.765.906 unidades. Deste total, automóveis e comerciais leves compõem a fatia de 2.608.977 unidades, caminhões, 127.593 e ônibus, 29.336, quando comparado a 2024, todos eles têm variação positiva, de 5%, 4,5% e 6%, respectivamente. Vale destacar que as projeções de ambas as entidades podem sofrer alteração ao longo do ano, conforme o comportamento do cenário macroeconômico.

CORVEN CELEBRA CONFRATERNIZAÇÃO DE FINAL DE ANO E REFLETE SOBRE CONQUISTAS E DESAFIOS

Com foco em inovação e parcerias estratégicas, a Corven encerra o ano com resultados positivos e traça metas ambiciosas para 2025, reforçando sua presença no mercado de autopeças

o dia 19 de dezembro, a Corven celebrou sua confraternização de final de ano, reunindo colaboradores e parceiros em um evento que proporcionou momentos de descontração e fortaleceu vínculos. Ricardo Abreu, gerente Comercial da empresa, comentou sobre o sucesso do evento: “Foi excelente. Grande parte dos participantes aproveitou a oportunidade para jogar Beach Tennis e confraternizar com os parceiros da Corven. A presença de muitos colaboradores e parceiros fez a experiência ainda mais especial”.

O evento também serviu como um momento de reflexão sobre os desafios enfrentados pela Corven ao longo de 2024. Ricardo destacou a forte concorrência de fabricantes nacionais, especialmente a líder de mercado, que adotou uma política comercial agressiva. Além disso, as importadoras reduziram suas margens para aumentar sua participação no mercado.

“Ter um fabricante estrategicamente nos apoiando foi essencial, pois sem esse suporte, seguramente não estaríamos mais nesse mercado. Os preços praticados pelos concorrentes estavam muito abaixo das nossas margens mínimas operacionais. No entanto, o trabalho dedicado da equipe Corven, com um relacionamento próximo e pessoal com nossos distribuidores, foi

crucial. Eles nos ajudaram, permitindo que mantivéssemos nossa participação no mercado e fortalecendo a marca Corven em todo o Brasil”, explicou o gerente Comercial.

Sobre as conquistas de 2024, ele destacou o fechamento positivo do ano, com crescimento em participação de mercado e o fortalecimento contínuo da marca. A Corven seguiu investindo em inovação, ampliando seu portfólio com lançamentos constantes e reforçando sua comunicação digital, alcançando um público maior nas diversas plataformas. Um dos principais marcos foi o lançamento de um novo catálogo online, mais rápido e completo, que facilitou a compra e aplicação de produtos, permitindo que os clientes consultassem informações detalhadas, inclusive por meio da placa do veículo.

Para 2025, Ricardo compartilhou as expectativas de continuar expandindo a linha de produtos, com mais lançamentos, além de ações como palestras, promoções no ponto de vendas e visitas às plantas e centros de distribuição da Corven na Argentina. “As expectativas para 2025 são muito positivas. Nossa intenção é seguir crescendo, conquistar mais mercado e estreitar ainda mais as parcerias. Estamos investindo em ações que fortalecerão a visibilidade e a competitividade da marca Corven”, concluiu.

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