HÁ 16 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE À REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA
FATORES QUE ESTÃO
IMPACTANDO O DESEMPENHO
DO COMÉRCIO

O cenário macroeconômico do País, de alta taxa de juros, inflação ainda alta e queda do poder aquisitivo, tem refletido diretamente no comércio, de maneira geral, com resultados bastante tímidos no primeiro bimestre deste ano.

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CONEXÃO COM O TRABALHO

MULHERES DA REPOSIÇÃO
Canal no YouTube se transformou em um grande negócio, valorizando marcas nacionais e tornando-se referência

Pessoas infelizes em suas carreiras representam uma das maiores crises do comportamento humano: o desengajamento
Profissionais da distribuição e indústria contam suas histórias em dois podcasts produzidos pelo


HÁ
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NOSSA PLATAFORMA DIGITAL
ALTAS TAXAS DE JUROS, INFLAÇÃO ELEVADA E
DESEMPENHO DO COMÉRCIO
O cenário macroeconômico do País, de alta taxa de juros, inflação ainda alta e queda do poder aquisitivo tem refletido diretamente no comércio, de maneira geral, com resultados bastante tímidos no primeiro bimestre deste ano.
Para o primeiro trimestre deste ano, as projeções econométricas para o varejo ampliado (inclui veículos, motos, partes e peças, e material de construção) mostram uma queda de 1,42%, em relação ao mesmo trimestre de 2022, e de 0,83%, em relação ao 4º trimestre deste ano, diz Claudio Felisoni de Ângelo, presidente do IBEVAR e do Conselho do PROVAR, professor Titular da FEA-USP e idealizador do MBA Varejo da FIA.
Mulheres no setor automotivo. Na distribuição e na indústria, elas contaram as suas histórias. Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o Balcão Automotivo realizou dois podcasts especiais: “Mulheres da Distribuição” e “Mulheres da Indústria” mostraram os desafios e oportunidades da reposição, que foram ao ar no dia 8 e 9 de março, respectivamente. Nesses dois dias, 17 profissionais relataram as suas trajetórias e conquistas.
com o trabalho, ou até mesmo, estava totalmente apático, à margem ou entediado? Esta é a realidade da maioria esmagadora dos profissionais. Pessoas infelizes em suas carreiras representam uma das maiores crises do comportamento humano na atualidade: o desengajamento.
A Anfavea divulgou no começo do mês o balanço de fevereiro, um mês atípico, que neste ano teve 18 dias úteis e Carnaval, ao contrário do ano passado, porém, com uma média diária de vendas superior ao primeiro bimestre de 2022. Além disso, o setor foi impactado pela falta de semicondutores e, consequentemente, pela paralisação de três fábricas de automóveis, de aproximadamente 31 dias.
Por fim, a Auto Super, canal no YouTube, se transformou em um grande negócio, valorizando as marcas nacionais e tornando-se uma referência. Com 1,4 milhão de inscritos no YouTube, além de 459 mil seguidores no Instagram, foi o primeiro canal na plataforma de vídeos online a ser family friendly, e o único canal automotivo Top Creators do YouTube, prêmio recebido em 2018, que tem como principal métrica o watch time ou minutos assistidos.
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Conexão com o trabalho, você sente isso? Você já vivenciou alguma realidade profissional em que não sentia conexão
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QUEDA DO PODER AQUISITIVO SÃO RAZÕES QUE IMPACTAM O

FRAS-LE TEM NOVAS 67
PASTILHAS DE FREIO DA LINHA
CERAMAXX
A Fras-le anuncia mais 67 pastilhas Ceramaxx. Com os lançamentos, a marca amplia a sua cobertura da frota de veículos premium hatches, sedans, caminhonetes e SUVs de várias montadoras que estão em circulação no País. As pastilhas, que chegam no mercado de reposição para completar a linha Ceramaxx, atendem modelos das marcas Jaguar, Land Rover, Audi, BMW, Mercedes-Benz, Volvo, Volkswagen, entre outras.

VENDA DE IMPORTADOS
CRESCE 82% NO PRIMEIRO BIMESTRE DO ANO
As onze marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 3.165 unidades, das quais 2.097 importadas e 1.068 veículos de produção nacional, anotaram em fevereiro último queda em suas vendas de 5% ante janeiro de 2023, quando foram comercializadas 3.332 unidades. Comparado a fevereiro de 2022, a queda é de 34%: 3.165 unidades contra 4.793 veículos.


MTE-THOMSON LANÇA CATÁLOGO DE PRODUTOS NO WHATSAPP
A MTE-THOMSON inova na forma de como ajudar o reparador, o balconista e até mesmo o dono do carro a encontrar a peça que precisa. Já está no ar o CatE-Zap, o catálogo completo da MTETHOMSON com a funcionalidade de “busca por placa” que pode ser acessado diretamente pelo Whatsapp. Basta cadastrar no celular o número (11) 4393-4361 e mandar um “olá” pro Thom, assistente virtual da MTE, que você estará conectado!

DANA TRAZ HISTÓRIAS DE EMPREENDEDORAS EM CELEBRAÇÃO
AO MÊS DAS MULHERES
A Dana traz uma série com quatro histórias inspiradoras de mulheres que atuam no aftermarket brasileiro. Batizado de Elas Inspiram, o especial vai trazer a história de Agda Óliver (foto), da oficina Meu Mecânico; Vanessa Martins, da oficina Torigoe; Bárbara Brier, da Oficina Amiga da Mulher, e Sandra Nalli, da Escola do Mecânico. Esse material poderá ser conferido, semanalmente, em www.dana.com.br
EM 20 ANOS, 40 MILHÕES DE MOTORES FLEX FORAM PRODUZIDOS NO BRASIL
Os números são impressionantes. Desde 23 março de 2003 até agora, quando completará 20 anos de produção, foram 40 milhões de automóveis e comerciais leves fabricados e comercializados no País. Naquele dia a VW apresentou o Gol Power 1.6 Total Flex, primeiro modelo brasileiro comercializado com um motor capaz de utilizar gasolina e etanol hidratado em qualquer proporção.

IQA TEM 66% DO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS FORMADO POR MULHERES

VAREJO DE AUTOPEÇAS E ACESSÓRIOS ENCERRA 2022 EM EXPANSÃO, DIZ FECOMERCIO
De acordo com a Fecomercio SP, o varejo de autopeças e acessórios registrou um crescimento de 14,7% no faturamento de 2022, em relação a 2021. O resultado reflete o bom momento do varejo paulista, que fechou o ano com faturamento recorde. Mas a entidade pondera que o resultado foi puxado majoritariamente pelo desempenho do primeiro semestre, enquanto a segunda metade do ano mostrou uma forte desaceleração do setor no Estado de São Paulo.

Atualmente, 66% do quadro de funcionários do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva – é formado por mulheres, que também representam 50% dos cargos de liderança. O superintendente do IQA, Alexandre Xavier, destaca que a promoção da igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres é uma das estratégias da Agenda ESG que, atualmente, deve ser prioridade para o setor automotivo.
NAKATA OFERECE QUATRO CURSOS ONLINE GRATUITOS PARA REPARADORES E VENDEDORES
“A Nakata investe constantemente em capacitação técnica para os profissionais dos setores de reparação de veículos e vendas, sempre com o objetivo de garantir que estejam atualizados sobre as novidades em produtos, dicas de manutenção e aplicação”, comenta Sabrina Carbone, gerente de Marketing da Nakata. A empresa oferece quatro cursos online: Amortecedores, Suspensão – Linha Leve, Direção –Linha Leve e Consultor de Vendas.
DIRETORIA DO SINCOPEÇAS-SP
RECEBE LIDERANÇAS DO SEGMENTO AUTOMOTIVO

Reunião da Diretoria do Sincopeças-SP, seguida de almoço, realizada em 1º de março de 2023, abordou assuntos pertinentes ao mercado varejista de reposição, convenção coletiva de trabalho, capacitação de funcionários para o comércio varejista, cadeia automotiva, entre outros temas, e contou com a presença do atual e também do ex-presidente da entidade, além de líderes do mercado de reposição automotiva, que participaram como convidados.

COFAP É PIONEIRA NA OFERTA DE AMORTECEDORES PARA CARROS ELÉTRICOS NA REPOSIÇÃO
A Marelli Cofap Aftermarket acaba de lançar seis modelos de amortecedores para Chevrolet Bolt e Nissan Leaf, o que torna a marca Cofap a primeira a oferecer amortecedores para carros 100% elétricos na reposição. Além deles, a Cofap já possui em catálogo os amortecedores para o Caoa Chery Arrizo 5e e desenvolve o componente para o Renault Zoe; e também trabalha nos projetos dos amortecedores para o Fiat 500e e Renault Kwid E-tech.


RENAULT ESTRUTURA CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO PARA PEÇAS DE REPOSIÇÃO DE VEÍCULOS ELÉTRICOS
A Renault do Brasil, como parte de sua estratégia E-Tech elétrica no país, reestruturou seu Centro de Distribuição de peças em Quatro Barras (PR), criando uma área dedicada para peças de reposição de veículos elétricos comercializados no País. A operação permite a entrega de peças de veículos elétricos, em até um dia útil, para todas as capitais do Brasil. No caso de baterias, o prazo de envio se dá em até três dias úteis.
CORTECO E OFICINA AMIGA DA MULHER REALIZAM WORKSHOPS NO MÊS DA MULHER
A Corteco, marca do Grupo Freudenberg, fecha parceria com a Oficina Amiga da Mulher para apoiar o Workshop de Mecânica Básica para Mulheres. Em março, serão realizados três workshops 100% gratuitos e socioeducativos de Mecânica Básica para Mulheres. Os encontros acontecerão na Mecânica Brasil, em Itapoá (SC), em 16/03; na JR Multimarcas, em Uberaba (MG), em 21/03, e na Porto Som, em Embu Guaçu (SP), em 30/03.

NGK REALIZA TREINAMENTOS E SUPORTE TÉCNICO PARA VAREJOS E OFICINAS MECÂNICAS
ALIANÇA AFTERMARKET AUTOMOTIVO BRASIL

JUNTA-SE AO MOVIMENTO GLOBAL PELO DIREITO DE REPARAR VEÍCULOS
A ALIANÇA AFTERMARKET AUTOMOTIVO BRASIL juntou-se a outros líderes de associações globais para apoiar o movimento global crítico pelo direito de reparar, assinando a nova declaração de posição do direito de reparar. A declaração enumera as crenças centrais do movimento e os objetivos e resultados pretendidos pela legislação do direito de reparar. O documento estabelece 10 princípios de melhores práticas.
MERCADO REAGE NO PRIMEIRO BIMESTRE, EMBORA AINDA RESTRITO POR QUESTÕES DE OFERTA (FALTA DE COMPONENTES) E DEMANDA (CRÉDITO LIMITADO)


Para valorizar a sua parceria com o setor de reparação automotiva, desde distribuidores e varejos até oficinas mecânicas, a NGK oferece uma série de soluções gratuitas para esses públicos. Os serviços podem ser solicitados por meio dos diversos canais de comunicação da empresa: Site / Catálogo eletrônico / App para celulares / SAC / WhatsApp / Palestras técnicas, feiras e eventos do segmento.
Apesar do feriado de carnaval e das fortes chuvas no litoral paulista, fevereiro teve um crescimento na média diária de vendas de autoveículos que ajudou o primeiro bimestre a fechar com saldo positivo, segundo a Anfavea. A média de 7,2 mil unidades/dia ficou 11% acima das 6,5 mil/dia em janeiro. Com isso, o primeiro bimestre deste ano teve 272,8 mil emplacamentos, 5,4% a mais que neste período de 2022.


TOYOTA COROLLA CROSS, LÍDER ENTRE OS ELETRIFICADOS, CHEGA À LINHA 2024
A Toyota do Brasil anuncia a linha 2024 do Corolla Cross, referência em segurança e líder de vendas entre os veículos eletrificados. Disponível em cinco versões: XR, XRE, GR-Sport, XRV Hybrid e XRX Hybrid, chega às concessionárias com preços a partir de R$ 158.290,00. Atualmente o Corolla Cross é o único SUV fabricado no Brasil com a opção de motorização híbrida flex, que faz a sinergia entre propulsão elétrica e motor a combustão interna.


QUE TAL CONHEÇER O CONCEITO ID. 2ALL, NOVO CARRO ELÉTRICO DA VW?


A Volkswagen anuncia o conceito ID. 2all, seu novo automóvel de entrada totalmente elétrico. Para começar, o modelo terá tração dianteira, autonomia de até 450 km, recursos tecnológicos inovadores como Travel Assist, IQ. Light e Planejador de Rotas para carros elétricos, além da nova linguagem de design Volkswagen. A versão de produção será baseada na plataforma MEB e fará parte da lista de dez novos modelos elétricos que a montadora alemã lançará até 2026.
FIAT CRONOS COMPLETA 5 ANOS COM 270 MIL UNIDADES VENDIDAS
Com design arrojado, interior amplo e o maior porta-malas do segmento (525 litros), o Fiat Cronos chegou ao mercado para revolucionar o mercado de sedãs, renovando a gama da Fiat. Produzido na fábrica de Ferreyra, em Córdoba, na Argentina, o modelo, que já teve quase 270 mil unidades comercializadas na região, acaba de completar cinco anos desde seu lançamento, em fevereiro de 2018. Já são cerca de 145 mil veículos vendidos no Brasil.
SETECENTOS CARROS DA BYD
CHEGAM AO PORTO DE VITÓRIA
Apresentado pela empresa como o maior lote de carros eletrificados a desembarcar no Brasil, a BYD anunciou a chegada de 700 automóveis da marca no Porto de Vitória, ES. São ao todo quatro modelos, incluindo os automóveis elétricos TAN EV e D1 EV, o furgão também 100% elétrico eT3 e o SUV híbrido plug-in Song Plus DM-i, recém-lançado no mercado brasileiro. Produzidos na fábrica de Shenzhen, na China, os veículos ano modelo 2022/2023 partiram do porto de Xangai há 35 dias.

CAOA HYUNDAI TERÁ PRIMEIRO
ELÉTRICO NO BRASIL ESTE ANO
A Caoa Montadora “mudou a chave” de novidades para os próximos meses e promete agitar o mercado com modelos Hyundai — importados e também nacionais. O foco agora é, particularmente, a eletrificação. As grandes novidades são a oferta para venda imediata do híbrido Ioniq HEV, que vinha sendo oferecido apenas via assinatura, e do também coreano SUV híbrido compacto Kona, nas versões híbrida e totalmente elétrica que estarão disponíveis no começo do segundo semestre.

Altas taxas de juros, inflação elevada e queda do poder aquisitivo são alguns deles. Em especial no setor automotivo, as mudanças de estratégias nas empresas e no comportamento do consumidor final

Ocenário macroeconômico do País, de alta taxa de juros, inflação ainda alta e queda do poder aquisitivo, tem refletido diretamente no comércio, de maneira geral, com resultados bastante tímidos no primeiro bimestre deste ano. Pelo indicador da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o crescimento foi de aproximadamente 1,8%, quando comparado ao mesmo período de 2022.
Para o primeiro trimestre deste ano, as projeções econométricas para o varejo ampliado (inclui veículos, motos, partes e peças, e material de construção) mostram uma queda de 1,42%, em relação ao mesmo trimestre de 2022, e de 0,83%, em relação ao 4º trimestre deste ano, conforme explicará mais adiante Claudio Felisoni de Ângelo, presidente do IBEVAR e do Conselho do PROVAR, professor Titular da FEA-USP e idealizador do MBA Varejo da FIA.
Pela última Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da FecomercioSP, referente a 2022, as vendas reais atingiram R$ 1,3 trilhão, o maior valor desde o início da série histórica, iniciada em 2008. Das nove atividades pesquisadas, depois de vestuários, tecidos e calçados, autopeças
e acessórios foi a que obteve o maior crescimento porcentual do ano, de 14,7% em relação a 2021. “O cenário para 2023 é favorável, mas com limitações”, disse o assessor econômico da FecomercioSP, Guilherme Dietze.
Segundo ele, a taxa de juros básica da economia a 13,75% ao ano (a.a.) é um grande impeditivo de um avanço mais forte nas vendas do comércio, mesmo que 2022 tenha sido um excelente ano em termos históricos. “Lembrando que as taxas de juros, tanto para consumidores quanto empresários, são bem mais elevadas do que a Selic, e isso é repassado ao preço final”.
De qualquer forma, acrescentou Guilherme, “uma inflação mais moderada e a melhora no mercado de trabalho dão condições para que os consumidores aumentem gradativamente a sua intenção de compra. A inadimplência vem caindo, um bom sinal de melhora no orçamento doméstico, o que deve manter positivas as vendas do comércio”.
Poder de compra
Economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Ulisses Ruiz de Gamboa fez uma análise do resultado do primeiro bimestre, como dito anteriormente, o crescimento do comércio paulistano foi de aproximadamente 1,8% em relação ao primeiro bimestre de 2022. “A avaliação é de um crescimento moderado, muito modesto, em função da taxa de juros muito elevada, o que está desaquecendo o

“A avaliação é de um crescimento moderado, muito modesto, em função da taxa de juros muito elevada, o que está desaquecendo o comércio e a atividade econômica”.
Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo
Estado de São Paulo - Faturamento real 2022
compra parcelada obtiveram desempenho relativamente menor”.
Além disso, disse ele, “vale comentar a redução do ritmo da taxa de crescimento do primeiro para o segundo semestre. Isso vai ser cada vez mais natural, pois as comparações serão feitas com períodos de normalidade. De qualquer maneira, este arrefecimento é consequência dos juros elevados”.

(*) a preços de dezembro/2022 em R$ mil
Fonte dos dados primários: Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo
comércio e a atividade econômica”.
Soma-se a isso tudo uma maior dificuldade de concessão de crédito e uma desaceleração no crescimento da renda. “A gente vem sentindo que a economia brasileira vem desacelerando desde o último trimestre de 2022 e continua nos primeiros meses de 2023. Ainda estamos com um nível de inflação relativamente elevada, isso significa também uma erosão do poder de compra das famílias”.
No quesito parcelamento, comentou Guilherme, “a maioria dos segmentos registrou crescimento em 2022, o que mostra a solidez na recuperação do varejo paulista no pós-pandemia. No entanto, é
clara a diferença de resultados setoriais, dependendo da sensibilidade ao crédito. Atividades básicas com variações mais acentuadas e atividades que precisem de
As vendas de varejo dependem da renda nominal, da inflação, do emprego, taxa de juros e inadimplência; variáveis que estão conectadas. “Durante um longo período a inflação manteve-se em um patamar bastante alto corroendo o poder de compra dos consumidores. Para se ter uma ideia desse impacto, basta ver que nos últimos dois anos o índice de endividamento das famílias subiu nada menos que nove pontos percentuais. No sentido de segurar essa elevação de preços, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros. Tal majoração se refletiu obviamente na taxa de juros na ponta, encarecendo o crédito e aumentando a taxa de inadimplência”, esclareceu Claudio.
Para este ano, disse Guilherme, a tendência é que os setores básicos de consumo, como supermercados e farmácias, continuem com ritmo melhor
“A maioria dos segmentos registrou crescimento em 2022, o que mostra a solidez na recuperação do varejo paulista no pós-pandemia.
No entanto, é clara a diferença de resultados setoriais, dependendo da sensibilidade ao crédito. Atividades básicas com variações mais acentuadas e atividades que precisem de compra parcelada obtiveram desempenho relativamente menor”.Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP

nas vendas. “Como foi abordado, o crédito continua caro e a inadimplência ainda está elevada. Isto é, há um caminho pela frente de quitação de dívidas para, depois, o consumidor ter um fôlego a mais para injetar dinheiro no comércio, sobretudo os segmentos mais sensíveis ao crédito”. De acordo com ele, “Ainda é cedo para fazer projeções ao fechamento do ano e conferir as variações. Uma possível redução de juros no segundo semestre, por exemplo, traria outra expectativa para o fim do ano e 2024. A inflação está mais baixa, mas latente, com muitas incertezas, o que dificulta traçar cenários para o longo prazo”.
Desempenho
Para falar sobre os resultados do varejo no primeiro bimestre deste ano, Claudio explicou que dois tipos de dados são utilizados. “Um primeiro conjunto de informações provém de fontes secundárias e dá origem às projeções econométricas. São utilizadas séries temporais e modelos explicativos baseados na evolução da massa real de pagamentos, taxa de juros, volume de crédito, etc. O segundo conjunto de dados é formado pela opinião manifestada dos indivíduos nas redes sociais. Tais opiniões são analisadas por meio de recursos de
análise semântica (Natural Language Processing) e codificadas de modo a permitir a construção de indicadores”.
Segundo ele, “a utilização de duas bases diferentes permite que se faça uma análise das tendências de consumo considerando diferentes perspectivas. Ou seja, os dados secundários estão organizados de acordo com uma classificação pré-estabelecida pelo IBGE (a priori). Por outro lado, a classificação obtida com os dados colhidos nas redes sociais advém da própria manifestação dos indivíduos (a posteriori)”.
As projeções econométricas mostram uma queda de 1,42% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo trimestre de 2022 e de 0,83%, em relação ao quarto trimestre deste ano (varejo ampliado). “Os dados levantados nas redes sociais, que não são agrupados da mesma forma que as séries do IBGE e, portanto, não podem ser comparados diretamente, corroboram o cenário pouco promissor do varejo no primeiro trimestre de 2023”.
Ainda de acordo com ele, “embora a intenção de compra da maior parte dos itens não esteja mais baixa que nos últimos meses de 2021, verifica-se que os índices projetados para o primeiro trimestre de 2023 situam-se, em média,
em patamares mais baixos que os mesmos indicadores calculados para toda a série”.
Crescimento sustentável
Nas palavras de Ulisses, é mais do que necessária a divulgação da nova regra fiscal por parte do Governo Federal. “Estamos aguardando essa divulgação, isso é essencial para acalmar os ânimos e viabilizar a redução dos juros. As contas públicas geram muita incerteza e essa incerteza termina gerando mais risco, dólar mais alto e isso replica na inflação. A tendência é que os juros continuem altos e para eles baixarem de forma mais rápida é preciso uma coerência porque política fiscal é política monetária. Não adianta reduzir juros com a inflação

“Durante um longo período a inflação manteve-se em um patamar bastante alto corroendo o poder de compra dos consumidores. Para se ter uma ideia desse impacto, basta ver que nos últimos dois anos o índice de endividamento das famílias subiu nada menos que nove pontos percentuais. No sentido de segurar essa elevação de preços, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros. Tal majoração se refletiu obviamente na taxa de juros na ponta, encarecendo o crédito e aumentando a taxa de inadimplência”.
Claudio Felisoni de Ângelo, presidente do IBEVAR edo Conselho do PROVAR, professor da FEA-USP e idealizador do MBA Varejo da FIA
aumentando. Inflação alta é ruim para todo mundo, ainda mais para pessoas de baixa renda”.
“O crescimento sustentável do varejo depende da expansão da renda e do emprego. O controle da inflação é essencial para que isso ocorra. Não há nada pior que a inflação para derrubar o consumo”, afirmou Claudio. Guilherme comentou que não somente o comércio paulista, mas o varejo no País todo sofre com o cenário de crédito caro.
“O juro elevado é o grande desafio para o setor, pois atrapalha os investimentos das empresas e impacta o consumo das famílias. A inflação precisa ceder mais para que as famílias consigam manter a quantidade e a qualidade de consumo. Os preços mais baixos também ajudam as famílias a abrir espaço no orçamento para pagamentos de dívidas em atraso. A inadimplência é outro desafio do comércio, sobretudo os de bens duráveis”, pontuou Guilherme.
Nesse rol de desafios, ele acrescentou os custos. “A pandemia, com a ruptura da cadeia de produção global, elevou os preços a um patamar alto, e está difícil recuar. Os comerciantes tentam estreitar as margens para manter o preço atrativo ao consumidor e negociam com os fornecedores condições mais favoráveis para dar fôlego ao negócio”, concluiu.
Uma análise do setor automotivo

Coordenador acadêmico de cursos da FGV, Antônio Jorge Martins, comentou as mudanças que vieram, o foco das montadoras em lucratividade e não mais em volume, a tendência do sob encomenda e do potencial de consumo de veículos no País, não necessariamente por pessoas físicas. A começar pela compra do veículo que depende muito de crédito e de financiamento.
“O setor automotivo, assim como o imobiliário, depende de
um posicionamento do Governo de forma muito clara e objetiva quanto às expectativas. O Governo assumiu recentemente e ainda não se posicionou sobre uma série de medidas quem venham a acontecer daqui para frente, com isso, há uma certa paralisia do mercado como um todo, de tal forma a aguardar se existem expectativas favoráveis ou não, porque quando se endivida tem que ter um mínimo de confiança para assumir um financiamento”.
Sobre os preços dos veículos, Antônio explicou que vários fatores contribuíram para os aumentos. “Um deles foi o aumento dos preços de peças e componentes por conta até da pandemia. A logística e a falta de componentes elevaram os custos de peças e componentes. Outro fator foi a alta do dólar, quando há uma variação do dólar ante o real, isso impacta diretamente no preço do veículo pela importação de partes e componentes”.
Nesta lista também inclui a mudança de
estratégia das empresas. “Elas deixaram de focar em volume e passaram a focar em lucratividade. Na prática, todo o setor automotivo vem investindo de forma muito significativa, exigindo que haja uma geração forte de caixa para fazer frente a esses desafios de grandes investimentos. Isso não acontece somente nas matrizes, houve uma orientação para que todas as subsidiárias passassem a atuar da mesma forma. A falta de semicondutores até auxiliou nesse sentido, pois passaram-se a utilizar de semicondutores que estavam disponíveis em carros com mais tecnologia embarcada, que são os que têm um preço maior e maior lucratividade”.
Outro ponto é que a elevação do preço dos automóveis não foi acompanhada pelo aumento de renda da sociedade. “Todo comércio é afetado quando se tem um poder de compra reduzido. No Brasil, todos os setores tiveram aumento de custos, com isso, de forma geral, houve uma perda do poder aquisitivo da sociedade como um todo, que veio inibindo a compra de veículos. Se olharmos para 6 meses atrás, não tinha carros em estoque e hoje em dia já tem. Houve uma perda de poder de compra, na medida em que vieram produzindo, mesmo com falta de componentes, não tinha sociedade à altura para consumir esses veículos e isso gerou a retomada de estoque”.
Sob encomenda
Na visão de Antônio, as empresas deverão mais trabalhar para não ter estoque e cada vez mais trabalhar sob encomenda. “Como é o caso da Tesla, uma referência no mundo todo para o setor, de tecnologia, preço e condições de vendas. Produzir para estoque é um dinheiro que acaba sendo paralisado nas empresas, nas concessionárias. É um custo que não se justifica, cada vez mais as empresas vão trabalhar sob encomenda, no mundo

como um todo é a tônica que será ditada para as empresas do setor automotivo. Outros setores tendem a acompanhar esse processo”.

Segundo ele, “a Anfavea ainda se vale de um discurso muito voltado para aumento de produção, não se justifica esse posicionamento, pois se tem estoque, as montadoras produziriam ainda mais para ter mais estoque. O que está faltando para esse mercado é comprador”. Olhando para o futuro, Antônio prevê um potencial de crescimento, considerando que no mundo desenvolvido a relação é de 1 veículo por habitante e por aqui, ela é de cerca de 4 para 1.
“Existe um potencial de crescimento muito grande, mesmo que não seja para pessoa física. Mas cada vez mais, serão necessárias empresas de assinatura e de locação para prestarem serviços para os que vão deixar de comprar daqui para frente. A tendência é ter cada vez mais serviços disponíveis, mas que de fato sejam bons. A sociedade continuará adquirindo veículos, mas não como antes. Nos últimos anos, cerca de 28% das vendas foram para as locadoras”, finalizou.

COMO SE PREPARAR PARA A REALIDADE DOS CARROS ELÉTRICOS

Em fevereiro deste ano, tive a oportunidade de participar do NADA (National Automobile Dealers Association) Show, um dos maiores eventos da indústria automotiva, que foi realizado em Dallas, nos Estados Unidos. A feira, que contou com grandes players do mercado, trouxe uma visão atualizada do segmento e perspectivas de como se preparar para atuar nesse setor em constante evolução. Neste artigo, apresento a vocês um pouco do que vi e ouvi sobre carros elétricos, o grande destaque do evento.
A realidade de adoção de carros elétricos no Brasil comparada aos Estados Unidos ainda é bastante diferente, considerando que, em 2022, os veículos elétricos (EVs) atingiram o patamar de 5% do total das vendas de veículos leves, o que representa o gatilho para que uma nova tecnologia seja considerada massificada,
contra 0,5% no Brasil. Porém, com o rápido avanço nas vendas (crescimento de 41% de 2021 para 2022) e adesão da população ao produto, o carro elétrico tem tudo para continuar crescendo fortemente sua participação nos próximos anos, ainda mais se considerarmos que os veículos premium estão tomando uma fatia cada vez maior do mercado, o que tem correlação direta com o público que compra elétricos. Nesse cenário, é fundamental que os segmentos de reparação e reposição independente se preparem para receber a demanda, e saibam lidar com um produto com grandes diferenças dos modelos a combustão.

O primeiro ponto a se considerar é que o carro elétrico não vai acabar com a reparação e reposição, mas, sim, transformá-las. Assim como o carro a combustão, o elétrico e o híbrido também demandam cuidados e assistência, porém em outras dimensões,

A REALIDADE DOS CARROS ELÉTRICOS

com grande foco na saúde da bateria, a qual representa entre 30% a 40% da composição do custo de um veículo elétrico. Além disso, a alta tecnologia embarcada nesses veículos deve demandar um novo perfil de mão de obra, com qualificações distintas das quais vemos hoje nos mecânicos, acostumados a um checklist extenso de verificações e trocas de componentes, os quais são muito mais escassos e duráveis nos modelos elétricos. Devemos observar uma entrada de profissionais com perfil de tecnologia da informação nas oficinas, com conhecimentos em hardware e software sendo preponderantes no mercado de reparação.

Novas soluções, novos problemas
O carro elétrico é um grande avanço no mundo da mobilidade, traz diversos benefícios, como redução de custos de abastecimento e manutenção para o proprietário, redução de emissão de CO2, além de uma experiência de condução e viagem muito instigante e confortável. Contudo, algumas barreiras na adoção massiva dificultam uma velocidade maior de crescimento, por exemplo, o valor de compra ainda muito acima da média e com poucos incentivos fiscais, se compararmos a outros mercados como os EUA, que fornecem crédito de imposto de renda no valor de US$7.500,00 para os compradores de elétricos. Quando se fala em escala, obviamente a infraestrutura de carregamento fora dos grandes centros ainda é um problema, além disso há um
Tendências
processo de conscientização do consumidor sobre os benefícios dos EV’s, por exemplo, nos EUA, que é um mercado um pouco mais avançado, 41% dos potenciais compradores têm dúvidas a respeito do custo de reposição da bateria, outros 37% acerca da autonomia e 57% estão preocupados com a falta de estações de recarga.
Como já destacado, a bateria é o centro das atenções. Por isso, é fundamental estudar sobre a dinâmica dela em termos de vida útil, saúde, custo de reposição, segunda vida, descarte, reciclagem, entre outros aspectos que podem gerar uma grande variedade de oportunidades de negócios para o Aftermarket. Aqueles que entenderem mais rápido a dinâmica desse novo produto têm a possibilidade de construir as bases para o crescimento da sua adoção, que ocorrerá de forma inexorável mais cedo ou mais tarde, haja vista que toda a cadeia de suprimentos global no mercado automobilístico está se movimentando nessa direção, como evidenciam os planos da Volkswagen de descontinuar investimentos em motores a combustão a partir de 2025 e da GM de parar de vender veículos a combustão em 2035.
Pode parecer que os elétricos ainda demorarão para chegar, mas os movimentos de outros mercados nos apontam que a velocidade é maior do que todos esperavam e trata-se de um caminho sem volta. Obviamente, existem outras prioridades com as quais o Aftermarket precisa se preocupar, mas não se pode negligenciar o potencial que esta transformação traz em novos negócios para o futuro próximo.
Fontes: Associação Brasileira do Veículo Elétrico / FENABRAVE / NADA Show 2023 / Cox Automotive Survey 2022.
*Renato Matias Vieira Lass é diretor da vertical de Aftermarket Automotivo da Linx, empresa da plataforma de software StoneCo, especialista em tecnologia para o varejo e líder no mercado de software de gestão, com 45,6% de market share do mercado varejista, conforme atesta o IDC. Toda a expertise da Linx é focada em um varejo de - e para - pessoas, conectando o indivíduo à facilidade, inteligência e experiência desejada do mundo online ao offline
“O primeiro ponto a se considerar é que o carro elétrico não vai acabar com a reparação e reposição, mas, sim, transformá-las. Assim como o carro a combustão, o elétrico e o híbrido também demandam cuidados e assistência, porém em outras dimensões...”
Renato Lass, diretor de novos negócios da Linx
Comportamento
por: Valtermário Rodrigues*“ME DÊ MOTIVO...”
Motivo é aquilo que nos leva a fazer algo, ou justifica o nosso comportamento; explicação; justificativa. O que é a origem de alguma coisa; causa; razão.
“Estou, verdadeiramente, impressionado com o atendimento que recebi...”: disse o convidado ao anfitrião, ao final do evento.
Extremamente feliz após uma importante conquista na área profissional, Sr. Carvalho entendeu ser esse um importante motivo para comemorar com alguns amigos.
Pessoalmente, organizou um evento atento a todos os detalhes, a fim de que os convidados se sentissem o mais confortavelmente possível no ambiente.
1. Definiu o orçamento: importante quesito na organização de um evento;
2. Contratou uma equipe de competentes colaboradores;

3. Planejou o evento com bastante antecedência (objetivo do evento, data, local de fácil acesso, segurança, tecnologia...);
4. Preocupou-se com a divulgação, convite e datas para lembretes até dias antes do evento;
5. Definiu o estilo de música e o cardápio;
6. Na entrada do salão, um tapete vermelho, para demonstrar aos
convidados a satisfação em recebê-los;
7. Definição de um local com ampla quantidade de vagas para estacionamento;
8. Reforçou o “estoque” de drinks, com” itens de primeira linha”;
9. Contratou “fornecedores” capazes de entregar o melhor serviço possível, dentro das condições acordadas, com qualidade e “entrega” dentro dos “prazos” preestabelecidos.
“Fiquei extremamente decepcionado com o atendimento que recebi em sua loja...”: disse o cliente ao gerente. “Por inúmeros motivos, não pretendo retornar ao seu estabelecimento comercial”.


Após se interessar por adquirir determinado item, com cadastro inativo na empresa “X” e tentativas frustradas de comprar por meio do B2B, por conta do sistema lento e travando todo o tempo, resolveu realizar a compra de forma presencial logo no primeiro horário do dia.
Na chegada ao estabelecimento comercial, teve a maior dificuldade para conseguir uma vaga de estacionamento.
Conseguiu a vaga com a ajuda de outro cliente. Dirigiu-se à recepção e, praticamente, não foi notado, afinal, a recepcionista estava ocupada, ao celular, acessando as redes sociais.
Enquanto aguardava, na sala de espera, pelo atendimento de
um vendedor, presenciou uma conversa entre dois colaboradores queixando-se bastante da empresa.
No cantinho da sala, observou um espaço reservado para o café. Resolveu satisfazer o desejo de tomar um bom café. Aguardou trazerem o adoçante, pois não usa açúcar e nesse momento mais uma frustração: o café estava frio, foi feito no dia anterior.
Passados uns trinta minutos sem atendimento, precisou usar o sanitário e observou que estava, ainda, por ser higienizado.
Finalmente chegou o momento de ser atendido. Adentrou ao setor de vendas e percebeu o ambiente precariamente climatizado, porém, sua expectativa em sair com a mercadoria a qual se propôs comprar superou essa situação, até ser informado pelo vendedor que o item de seu interesse, embora constasse no sistema, não foi localizado em estoque.
Foi nesse momento em que o cliente avistou o gerente e o abordou, demonstrando sua indignação.
“Pode crer você pôs tudo a perder Não podia me fazer o que fez E por mais que você tente negar, me dê motivo”.
Tim Maia
Ao tentar convencer o cliente, o gerente ouviu como resposta: “Me dê motivos para acreditar que o atendimento que aqui recebi foi apenas por força das circunstâncias, fruto do acaso”.
Manter-se cliente de uma empresa em que apenas uma das partes cumpre seu papel, ou seja, o quando o cliente compra sem receber qualquer benefício em prol da parceria e relação profissional, é como se manter em um relacionamento abusivo sem tomar qualquer tipo de atitude.
Você já parou para refletir sobre qual atendimento está prestando ao seu cliente, aquele que é seu principal patrimônio?
Pensou naquele cliente que muitas vezes escolheu sua empresa, dentre tantos outros concorrentes, para investir parte do seu ganho em troca de um bom produto ou serviço, mediante parceria por um preço justo e um bom atendimento e que, às vezes, sente-se frustrado ao perceber que a parceria é apenas unilateral.

Afinal, seu cliente merece ser recebido com um tapete vermelho, assim como os convidados do Sr. Carvalho foram recebidos no evento entre amigos ou apenas ter mercadorias no estoque a um preço razoável são suficientes para retê-lo.
Reconquistar um cliente é muito difícil, portanto, é importante não deixar seu cliente conhecer o concorrente, para não correr o risco de perdê-lo.

Durante o evento, Sr. Carvalho comentou sobre a importância de comemorar sua conquista profissional com alguns amigos pessoais e com alguns clientes (amigos e parceiros de negócios).
Em conversa com um dos amigos, ele comentou sobre a atitude de uma de suas filhas que, ao se sentir desprestigiada com o atendimento que recebia de sua antiga manicure, resolveu buscar outra opção e conheceu uma outra profissional de alta qualidade e ótimo atendimento. Hoje, sua filha lamenta o fato e não entende o motivo de ter insistido em uma relação profissional por tanto tempo.
Assim acontece em todos os ramos de negócios, ou seja, o cliente que você acredita ter fidelizado e que não corre o risco de perdê-lo, pode lhe trocar pelo concorrente, principalmente, por conta do atendimento.
Estoque e preço, claro, são importantes, sobretudo, em mercados de concorrência acirrada. Clientes buscam parceiros de negócios que lhes concedam pacote de serviços agregados e uma parceria ganha-ganha, onde ambos usufruam de determinados benefícios.
Espero, caro leitor, que não lhes falte motivos para compartilhar esse texto com seus amigos e clientes.
Até a próxima edição!


AUTO SUPER MOSTRA A QUE VEIO
O canal no YouTube se transformou em um grande negócio, valorizando as marcas nacionais e tornando-se uma referência para os profissionais do setor e para o público em geral. A nova empreitada é a expansão de oficinas
Hoje, com 7 milhões de visualizações por mês e 1,4 milhão de inscritos no YouTube, além de 459 mil seguidores no Instagram, a Auto Super tornou-se uma grande referência, tendo sido o primeiro canal na plataforma de vídeos online a ser family friendly, ou seja, com uma linguagem para todos os públicos, e o único canal automotivo Top Creators do YouTube, prêmio recebido em 2018, que tem como principal métrica o watch time ou minutos assistidos.
“A Auto Super tem um programa que se chama ‘24 Horas de Oficina’. São 24 horas dentro da nossa oficina que a gente copila em vídeos de 25 ou 30 minutos. O nosso watch time médio é de 17 minutos, a única plataforma de streaming que tinha um tempo maior que a Auto Super naquele momento, em que nos tornamos o único canal automotivo Top Creators, era a Netflix”, comenta Filipe Bueno de Lima, sócioproprietário.

Hoje, a Auto Super, além do canal no YouTube, tem loja de peças online e uma oficina em São Paulo. “O nosso objetivo é abrir uma oficina em cada capital do Brasil e sermos vistos como um modelo para espelhar quem está nesta área”, afirma Lucas Fontana, também sócio-proprietário. O grande mote da Auto Super é valorizar a indústria nacional, mostrando as marcas e peças de boa qualidade.
Primeiros passos
Uma história que começou há oito anos. Lucas trabalhava como consultor no mercado financeiro e a empresa precisava de um profissional expert em redes sociais, o escolhido foi Filipe que tinha uma agência de publicidade, especializada justamente em redes sociais. Na época, Lucas tinha uma página no Facebook, onde compartilhava conteúdos inéditos e detalhados de limpeza de carros. “O Filipe foi trabalhar comigo e vendo a minha página, se propôs a me ajudar. A partir dali nós criamos a Auto Super”, recorda-se Lucas.
De 12 amigos no Facebook, a Auto Super foi ganhando cada vez mais novos seguidores. “A Auto Super foi o primeiro portal de compartilhamento de notícias que atingia 3 milhões de pessoas por semana. E começamos a ter problemas, pois não tínhamos o direito de compartilhar matérias. Para resolver isso, nesse meio tempo, nós saímos da empresa em que trabalhávamos e publicávamos conteúdos só como Auto Super, 24 horas por dia, de hora em hora, todos os dias da semana”, conta Filipe.
O conteúdo era produzido na garagem do pai de Filipe, mostrando o que eles faziam em seus próprios carros. “Arrumei uma câmara emprestada, comprei o tripé e começamos a gravar o nosso próprio conteúdo. Foi a partir daí que existiu a Auto Super como ela é hoje. Foi um divisor de águas, passamos de um portal de notícias para um canal criador de conteúdo”, diz Filipe. O passo seguinte foi migrar do Facebook para o YouTube.
Marcas
A primeira delas foi pela Auto Super ter sido o primeiro canal no YouTube a fazer um projeto de carro, a reforma de um Peugeot 306, 1.6, ano 1995, comprado por Filipe. “A galera começou a assistir este conteúdo e a gostar muito, porque é bem o nosso dia a dia. A Auto Super é conhecida por filmar não só o que é bom. O carro é usado, desgastado e a nossa mágica era sempre tentar recuperar o que dava de peças, por questão financeira, trocá-las por outras e fomentar o mercado nacional”, comenta Filipe.
Ele acrescenta que Lucas sempre falava da sua ideia de trazer a indústria nacional para frente do mercado. “Nós temos peças de extrema qualidade, mas que não são aplicadas porque o brasileiro gosta de importadas”. Eles começaram a ter patrocinadores. “O nosso conteúdo sempre foi voltado para o público e, com um segundo olhar, voltado para as marcas, pois o Auto Super não se
sustentaria só com a receita vinda do YouTube. Carro tem custo e é caro”, diz Filipe.
A segunda foi um acidente com o Chevette 1974 deles, em Interlagos, sem danos ao “piloto”, um produtor da Auto Super, mas praticamente considerado como perda total para o carro. Acidente que resultou em uma grande oportunidade para eles. Um patrocinador lhes disse que queria um carro deles no Salão do Automóvel e a ideia foi recuperar o Chevette. Trabalhando direto no carro, eles estrelaram no Salão de 2018 em grande estilo.
“Falamos que o carro seria revelado no 1º dia do Salão, às 20 horas, e ele ficou coberto até esse horário. Na hora da revelação, havia um exército de pessoas para ver aquele carro. Foi um dos nossos grandes marcos e nós tivemos a maior aglomeração da história do Salão do Automóvel para o lançamento de um carro, que era um Chevette 1974”, ressalta Filipe.
De lá para cá, eles criaram milhares de cases. A Auto Super só cresceu e passou a ser o canal automotivo de maior expressão no You Tube. “Começamos a fazer projetos mais ousados de preparação e de sair fora da caixa. Os nossos projetos têm o padrão dos carros serem totalmente reformados. No Brasil não existe quem faça isso, gostamos muito de ousar, de pegar os carros que ninguém olharia e fazer disso uma coisa especial. Esse é o grande lance da Auto Super”, diz Lucas.
Oficina diferenciada
O passo seguinte foi a criação da primeira oficina, em São Paulo (SP), idealizada em 2021, e em operação desde o ano passado. “Nós contratamos o Andrey, que veio do Grupo GTX, e está assumindo o nosso braço de relacionamento com as marcas. Ele já é um cara de mercado e quero cada vez mais apresentar um pouco desse mundo para as marcas, que tanto fomentamos no YouTube, que é a força da indústria nacional”, afirma Lucas.
Uma bandeira que Lucas sempre carrega. “Mostrar as peças de qualidade, a diferença entre ter algo bom ou ruim no seu carro, e mostrar que uma manutenção mal feita custa muito mais do que uma bem feita. Eu consumo muitos conteúdos americanos e europeus e eles defendem muito as suas bandeiras. Tem que fomentar isso no Brasil, consumir produtos nacionais”, defende.
Lucas acrescenta que a grande vantagem da Auto Super é ser um canal aberto de comunicação. “Talvez as marcas não consigam atingir o público final no nicho deles, às vezes, o mecânico é um ótimo profissional, mas não vê as novas marcas”. Afinal, o sonho das marcas é serem escolhidas pelos consumidores. Na oficina, eles testam as marcas até chegarem às melhores para cada veículo, o que está se transformando em um banco de dados.
“Hoje, nós estamos trazendo para o mercado formação para tudo, não só para quem vai trabalhar no carro. A ideia é conseguirmos educar
o máximo de pessoas possíveis, seja o cara que vai trocar a peça, o que fabrica ou o que compra. Mostrar que tudo isso pode converger em economia, sustentabilidade. É criar todo o ecossistema para que o cara que tem um carro com 5, 10, 15 ou 20 anos de uso esteja dentro do mesmo fluxo, porque a gente vê uma frota começando a ficar sucateada e que não sabe como fazer manutenção. A nossa ideia é converger tudo isso em um ecossistema sustentável”, diz Filipe.
Referência
O foco é ser um modelo para os outros. “A gente vai criando um banco de dados para que daqui uns dois anos possamos abrir uma oficina em cada grande capital do Brasil e sermos vistos como modelo. As vendas de carros novos vêm caindo mês a mês, porque vivemos uma situação de pandemia, falta de matéria-prima, aumento de preços e poder aquisitivo mais baixo, o que tende a aumentar o mercado de oficinas, existe uma frota cada vez maior de carros sendo bem cuidados”, afirma Lucas.
“Muitos levam seus carros para fazer a manutenção e até a preparação dentro da nossa oficina, que é focada em manutenção preventiva e corretiva. Temos uma equipe super especializada, o nosso mecânico chefe é um engenheiro espacial”, destaca Filipe, comentando também sobre o poder da marca Auto Super. “Nós temos 7 milhões de visualizações mensais, 1,5 milhão de pessoas que são

referências dentro dos seus núcleos familiares em relação ao assunto automotivo. Os nossos seguidores fazem stories e destacam a marca que eles compraram, esse é o poder da Auto Super”.
A Auto Super também é uma referência para os outros. “Ela sempre foi um centro de comunidade, que colabora com vários outros tipos de canais, independentemente de seus tamanhos. Hoje, para se ter uma ideia, fazemos projetos de influenciadores e pedimos pra que os mesmos divulguem na sua plataforma um pouco da marca que está sendo empregada no carro”, conclui Lucas.
Os sócios
Antes de abraçar a Auto Super, Lucas trabalhou no mercado financeiro por 17 anos. Ele é formado em Economia, com pósgraduação em Finanças. Saiu deste mercado, foi vendedor de açaí em postos de gasolina e criou a sua página no Facebook, compartilhando conteúdos inéditos e detalhados de limpeza de carros. De volta ao mercado financeiro, ele trabalhou com Filipe.
Coincidentemente, Filipe também trabalhou no mercado financeiro por cerca de 8 anos e abriu a sua agência de publicidade com um sócio. A agência se especializou em redes sociais, o que o levou a trabalhar com Lucas e os dois abraçaram a Auto Super, transformando-a em um grande negócio.
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MESMO COM MENOS DIAS ÚTEIS EM FEVEREIRO, A ANFAVEA REGISTRA CRESCIMENTO NO VOLUME DE PRODUÇÃO E VENDAS
A entidade comemora os 20 anos de veículo flex fuel no Brasil, o que o coloca à frente de outros países em termos de descarbonização. E segue na luta para a reindustrialização do País e aumento da competitividade
AAnfavea divulgou no começo do mês o balanço de fevereiro, um mês atípico, que neste ano teve 18 dias úteis e Carnaval, ao contrário do ano passado, porém, com uma média diária de vendas superior ao primeiro bimestre de 2022. Além disso, o setor foi impactado pela falta de semicondutores e, consequentemente, pela paralisação de três fábricas de automóveis, de aproximadamente 31 dias.

“Neste mesmo período no ano passado, o mercado vivia o auge da crise de semicondutores que limitava a produção de veículos. Neste ano, o mês de fevereiro começou marcado pela paralisação de algumas fábricas e também de fábricas de motores. O fantasma de semicondutores ainda não nos abandonou, embora tenha sido mais suave o fenômeno do que no ano passado”, comentou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.


Autoveículos: Produção e vendas
Em fevereiro, a produção de Autoveículos cresceu 5,6% em relação ao mês anterior, com 161,2 mil unidades. No comparativo entre o primeiro bimestre deste ano com o mesmo período de 2022, a alta foi de apenas 0,8%, somando 313,8 mil unidades. Já as vendas somaram 273 mil unidades no primeiro bimestre, alta de 5,4% em relação a janeiro e fevereiro de 2022, com destaque para os eletrificados que avançaram 45% no período.
“Houve um crescimento da média diária de emplacamentos, de 11% em fevereiro, o que é o termômetro do nosso setor. Nós fechamos o mês com uma média de 7.200 unidades emplacadas, em fevereiro de 2022, no auge da crise de semicondutores, essa média foi de 7.000 unidades, e em janeiro de 2022, de 6.500 unidades por dia”, comparou Márcio.
Tecnologias
Pelas previsões da Anfavea, este ano deve terminar com 70 mil veículos produzidos e emplacados com as novas tecnologias, conforme ilustrou Márcio. “Em janeiro deste ano, emplacamos 4.500 unidades de veículos eletrificados e 4.300 unidades, em fevereiro. Em fevereiro de 2022, foram 3.500 unidades. O volume de veículos elétricos emplacados, somente no primeiro semestre deste ano, é o dobro do que emplacamos em 2018 e bem próximo ao que emplacamos em todo o ano de 2019. Devemos chegar ao
final do ano com 70 mil veículos produzidos e emplacados com as novas tecnologias”.


Caminhões e ônibus: Produção e vendas
No segmento de pesados, com 8,1 mil unidades, a produção de caminhões avançou 100,6% em fevereiro em relação ao mês anterior. No primeiro bimestre, a queda foi de 41,6% quando comparado ao mesmo período de 2022, com 12,2 mil unidades produzidas. Já as vendas em fevereiro tiveram uma retração de 22,5% em relação ao mês anterior, totalizando 8,1 mil unidades emplacadas e, no comparativo entre os bimestres, a alta foi de 10,5%, somando 18,6 mil unidades.

“O mês de janeiro foi focado nas férias do processo produtivo de caminhões e ônibus, seguido pela mudança da fase Proconve P7 para o P8. Em fevereiro esse volume vai se recuperando, ainda abaixo de fevereiro de 2022, e como já era esperado, ainda tem o ciclo de vendas da produção do P7”, analisou o vice-presidente da entidade, Gustavo Bonini.
Quanto ao crescimento das vendas no primeiro bimestre, disse ele, “ele foi especificamente por essa mudança de fase. Lembrando que caminhões têm um ciclo mais longo de venda, tem o implemento, então, é ao longo de três meses que normalmente a gente consegue ver como segue a tendência tanto de produção como de venda”.
No segmento de ônibus, houve um aumento de 63% no volume de produção em fevereiro em relação ao mês anterior, somando 1,3 mil unidades e alta de 37,3% no comparativo entre os bimestres, com 2,1 mil unidades. Em volume de emplacamentos foram 1,9 mil unidades em fevereiro, resultado 13% superior ao mês anterior, e um crescimento de 86,2% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período de 2022, totalizando 3,7 mil unidades emplacadas.

20 anos de veículo flex fuel no Brasil

Ao longo de duas décadas, o Brasil produziu 40 milhões de veículos flex fuel, um marco a ser comemorado. “O País foi protagonista desta tecnologia como forma de torná-la acessível ao consumidor, colocando-a a um custo muito competitivo, e isso permite ao nosso mercado gerar em torno de 30% de etanol na bomba dos postos de combustível”, afirmou Márcio.

Ele acrescentou que o Brasil tem hoje a maior frota mundial de veículos flex fuel e com grande potencial de descarbonização. São 40 milhões de veículos produzidos com essa tecnologia; 85% dos automóveis e comerciais leves que circulam no País detêm essa tecnologia. “Olhando para o abastecimento com etanol, essa frota equivale a 8 milhões de veículos elétricos rodando no País em termos de descarbonização. Isso permitiu ao Brasil ter uma transição muito mais suave em relação às novas tecnologias quando olhamos para a questão da descarbonização”.

O executivo também destacou a relevância do setor em gastos com Pesquisa e Desenvolvimento. “36% dos gastos em Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil vêm do setor automotivo, isso prova a força da engenharia brasileira que conta com diversos parceiros, como a AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, e as universidades”.
Reindustrialização

O executivo voltou a reafirmar a necessidade da reindustrialização do Brasil e o alerta para a concorrência mais acirrada com o México, que tem atraído investimentos e novas fábricas. “A Anfavea sempre se posicionou que não podemos esperar para promover a reindustrialização e ter condições para a retomada do mercado, principalmente em relação ao crédito e à taxa de juros. Isso não é uma questão simples de resolver, é um fenômeno mundial, mas temos outras questões como o IOF, que
incide em duplicidade na cadeia”.
Entre as iniciativas, Márcio contou que em fevereiro a Anfavea participou de uma audiência com o vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, onde o setor teve a oportunidade de apresentar planos para a reindustrialização do País, ideias para a redução do Custo Brasil e a busca da competitividade e, principalmente, para atração de novos investimentos. “Neste momento, o setor está discutindo o novo ciclo de investimento no País e isso requer um diálogo muito importante para entendermos quais serão as regras para a segunda fase do Rota 2030”.
Competitividade
Hoje, o Brasil é o 8º maior produtor mundial de veículos e 6º maior mercado consumidor. A atenção é para o México, atual 7º maior produtor mundial e onde estão sendo instaladas novas fábricas de veículos. “O México tem uma competitividade muito forte e ao longo dos anos tem feito um trabalho interessante de atração de indústrias. O Brasil também precisa entrar de forma robusta na briga por novos investimentos e se manter competitivo para ultrapassar a marca de 8º produtor mundial.
A gente tem condições de aumentar esses investimentos no País”, finalizou.

MULHERES NO SETOR AUTOMOTIVO
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o Balcão Automotivo realizou dois podcasts especiais: “Mulheres da Distribuição” e “Mulheres da Indústria” mostraram os desafios e oportunidades da reposição”, que foram ao ar no dia 8 e 9 de março, respectivamente”, transmitidos simultaneamente, e em tempo real, no Facebook, Linkedin e Canal do YouTube do Balcão Automotivo. Para se ter uma ideia, nesses dois dias, 17 profissionais relataram as suas trajetórias e conquistas. Confira os depoimentos delas e assista às entrevistas completas em nosso canal do youtube.

NA DISTRIBUIÇÃO





Fernanda Barros, gerente de Marketing do Grupo Fortbras



“A gente fala muito aqui na Fortbras que nós somos uma nação de pessoas apaixonadas pelo que fazemos e do orgulho do que estamos construindo ao longo dos anos, a Fortbras fará sete anos em setembro. No nosso segmento, me orgulho muito de várias mulheres pela história que elas vêm construindo. Perguntam como você consegue lidar com todos os desafios de ser mãe, esposa e profissional? E eu respondo: cada um tem que entender o seu propósito e ir em busca dele. Muito se fala sobre foco, propósito, mas de fato você precisa encontrar isso dentro de você. E eu tenho o meu propósito, sou muito apaixonada pelo que faço e a minha paixão se casa muito com a paixão do negócio
que a Fortbras traz para o nosso mercado diariamente”.
Sara
Bezerra, supervisora de Compras da Bezerra Oliveira
“Falar da Bezerra Oliveira é maravilhoso, são 61 anos de mercado. Eu estou no setor de Compras e me apaixonei por ele. Gosto muito do relacionamento com os fornecedores, isso me encanta, e hoje estou construindo a minha carreira com esse foco. Tenho duas grandes referências femininas, a minha mãe e a minha tia (Claudia e Carmem, ambas diretoras da Bezerra Oliveira) também na parte profissional. No nosso setor está vindo uma gama de mulheres que percebo que se unem muito; às vezes, eu tenho uma dúvida que até as mecânicas me ajudam a saná-la, porque a mulher tem o dom de ser mais flexível”.
Carmem Bezerra, diretora Administrativa da Bezerra Oliveira

“A empresa foi fundada pelo nosso pai, ele nos preparou, e hoje somos nós três: eu, a Claudia e o Marcos (na diretoria), um homem e duas mulheres. Já estamos na terceira geração com quatro mulheres e um homem. Isso nos deixa muito felizes, por chegarmos onde chegamos, em um mercado fortemente masculino. Nós conseguimos o nosso
espaço, visitamos muito, viajamos muito e vemos o quanto esse setor tem avançado, os segmentos de autopeças e motopeças com mulheres. Eu acredito que nós mulheres temos um feeling muito grande e temos que aprender a se escutar. São desafiadoras as situações que aparecem, mas acho que nesse caminho a gente tem um êxito maior”.
Michele Aveiro, gerente de Marketing da Jahu
“Eu estou há quase um ano na Jahu e há cerca de 15 anos no mercado automotivo. Entrar na Jahu foi muito bacana, conhecer uma empresa que tem uma tradição muito grande, com um histórico familiar. Eu fui da área de comunicação, propaganda e design, e caí de paraquedas no setor automotivo. A gente fala que depois que a gente entra, é difícil desgarrar e entrar em outra área. É muito bacana percebermos o aumento de participação das mulheres no mercado automotivo, entendo que no começo foi uma dificuldade não só para mim, mas para outras mulheres, e hoje percebemos que a participação delas tem crescido muito, em diversas áreas do setor”.
Ana Maria Miranda, gerente de Marketing da Rolemar
“A Rolemar é uma empresa com uma história muito guerreira, muito vencedora, sempre buscando soluções e caminhos diferentes e que não se deixa abater com as dificuldades. Ela traz a sua equipe para
Na distribuição e na indústria, elas contaram as suas histórias em dois podcasts produzidos pelo Balcão Automotivo, mostrando que as mulheres estão cada vez mais atuantes no setor

junto de si e isso é muito gostoso. É muito encantador trabalhar na Rolemar. O meu ramo, na área de Marketing, é uma novidade para a empresa. Antes, ela não tinha esse setor. Eu tenho quase 30 anos nesta área e a Rolemar é uma empresa que dá bastante acolhimento aos funcionários, condições de trabalho e respeita as mulheres. A abertura que os diretores e o proprietário permite é uma história bem gostosa de vitória e respeito ao ser humano, e isso tem muito a ver com os meus valores”.
Cássia Menini, gerente de Marketing do Grupo PMZ



“É um mercado muito masculino, que ainda tem muito estereótipo. Vai ser difícil eu sair desse segmento, pois realmente criei apreço. Para achar o equilíbrio em um ambiente muito mais masculino, a gente também tem que saber fazer negociação e desempenhar o papel nesse segmento. Não tem barreira quando você atua com profissionalismo, com respeito e dedicação. Todo mundo tem espaço e efetivo reconhecimento quando você está ali engajado. Nós temos gerentes de lojas mulheres e várias lideranças (femininas) na empresa. O papel delas está cada vez mais ativo no segmento, quebrando os paradigmas e mostrando o seu potencial”.

Aline Monteiro, gerente de Vendas em Santarém (PA) do Grupo PMZ
“Eu parabenizo todas as mulheres e, em especial, as que vão à luta atrás dos seus sonhos e as que estão em cargos de liderança sem dificuldades de expor que estamos ali como mulheres. A gente já tem muitos desafios no dia a dia e, independentemente da orientação sexual, a
gente já lida com esses desafios. Eu acho que a mulher tem espaço hoje no mercado automotivo, estamos aqui para quebrar esse tabu, de que o setor automotivo de autopeças é masculino. O setor também é feminino”.
NA INDÚSTRIA
Fernanda Giacon, gerente Sênior de Comunicação, Excelência Comercial, Clientes e Estratégia América do Sul da ZF
“Eu estou no mercado há 20 anos e uma das coisas mais legais é ver o crescimento das mulheres no mercado de reposição. Comecei como estagiária no Marketing (na ZF) e, ao longo dos anos, eu tive a oportunidade de trabalhar em várias áreas do aftermarket; sou apaixonada pela área. O aftermarket está longe de ter uma equidade de gêneros, quanto mais a gente vai para a ponta da cadeia. Existe uma barreira que precisa quebrar, existe muito viés em relação à participação da mulher no setor automotivo. De 20 anos para cá, houve uma melhora grande, mas acho que vão mais alguns anos para termos a mulher numa proporção mais igual”.
Natalia Vasconcelos, gerente Comercial da Riosulense

“Eu comecei no setor produtivo como operadora de máquinas em uma montadora de caminhões. Para a gente mostrar que daria conta igual aos homens, de serviços considerados masculinos, a gente realmente tinha que se esforçar um pouco mais. Ralamos bastante para mostrarmos que damos conta. Somando o tempo em que eu operava máquinas, estou no setor automotivo há 22 anos e eu já vi muita melhora. Estou na Rio (Sulense) há dois anos e meio e tem mulheres promotoras. Acredito que







elas enfrentem algumas barreiras, alguma desconfiança, mas com certeza é muito menos do que foi há 5 ou 10 anos. Aos poucos, a gente vem conseguindo espaço para todas as mulheres na nossa cadeia”.
Mariana Contesoto, Marketing, Comunicação e Sucesso do Cliente da Riosulense
“Eu estou na Riosulense há quase dois anos na área de Marketing e o desafio é levar o portfólio para o cliente, ter esse reconhecimento de marca e levar treinamento. A Riosulense é muito preocupada com isso e hoje criamos muito conteúdo. Queremos que o reparador aplique com confiança e segurança os nossos produtos. Fazemos um trabalho de campo bem forte também, visitando os clientes, para entender quais são as suas demandas e a dor do mercado para que a gente consiga suprir essas necessidades. Temos um time interno de vendas muito mais formado por mulheres do que por homens”.
Magalí Carvalho, analista de Marketing Estratégico da Zen


“A Zen tem 63 anos de história e neste ano eu completo 20 anos de empresa. Para mim, é fácil falar da Zen, pois é um orgulho imenso que eu tenho, cresci dentro da empresa. Comecei na montagem e sempre via os quadros de seleção interna e pensava que um dia eu ia atender aos requisitos. A empresa tem um programa de crescimento interno e foi assim que cheguei no Marketing e já me apaixonei. O lugar da mulher é onde ela quiser, onde enxergar que pode, ela vai estar, assim como o homem também. A luta das mulheres antepassadas pelo direito do voto, pelos direitos, enfim, molda o que a gente conquistou. Acredito que a mulher pode chegar no lugar que ela quiser chegar”.


MULHERES NO SETOR AUTOMOTIVO
Renata Costa Silva, gerente de Marketing e Comunicação para América do Sul e México da Schaeffler

“Eu estou na Schaeffler há 17 anos, a minha formação inicial é jornalista, eu entrei para cuidar da parte de relações públicas e imprensa, e no decorrer dos anos eu acrescentei outras responsabilidades. Por tradição, o setor automotivo é mais masculino, mas a gente vê o crescimento das mulheres, tanto na área de suporte, há alguns anos, e na de engenharia também crescendo bastante. Na relação com os nossos clientes, principalmente no aftermarket, a gente tem visto um crescimento muito grande das mulheres e elas se interessando pela parte técnica. Nos últimos anos, temos focado muito na capacitação das mulheres. Incentivando muito a participação delas, inclusive na mecânica, o que era algo majoritariamente masculino”.
Gelcia Fedalto, gerente de Marketing da KYB


“Eu estou na KYB há dez anos, o mesmo tempo em que ela está no Brasil no segmento de aftermarket e, desde 2001, ela está atendendo montadoras. Trabalho na área de Marketing e cuido também do desenvolvimento de produtos. Em nível mundial, a KYB tem uma diretriz, que começou em 2022, para aumentar o número de mulheres nos cargos de liderança. Isso é muito bacana. Aqui no aftermarket nós temos oito mulheres no nosso time, de um total de 34 colaboradores. Temos mulheres em campo como consultoras técnicas, um time de guerreiras atuando fortemente para a KYB cresça tanto no Brasil como no mundo todo”.







Poliana Zimmerman, coordenadora de Marketing da ZM

Nathália Amorim, gerente de Marketing e Produtos para a América Latina da Dayco
“Eu comecei na Dayco como coordenadora de Marketing para o Brasil, depois assumi para a América do Sul, supervisão América Latina, América do Sul, e recentemente assumi as áreas de produto e assistência técnica. Tem mulheres que dão realmente um show em campo, fazem palestras, atendimento técnico, analisam peças. Hoje as nossas promotoras fazem isso, é uma equipe muito preparada. Temos supervisoras de vendas, mulheres em toda a cadeia e nos principais cargos de direção da empresa. Por conta de a Dayco ser uma empresa global, ela permite o intercâmbio e, recentemente, nossa gerente de RH foi promovida a gerente de RH global, então, são dois orgulhos: uma mulher brasileira e hoje comandando o aftermarket global na área de Recursos Humanos”.
Viviane Vedovatto,
chefe de Trade Marketing na Bosch
“Os valores e os princípios da Bosch estão sempre focados em um mundo melhor e na tecnologia para facilitar a vida. Eu me vejo parte desta história, comecei na Bosch na área de controladoria. Acho que o papel da mulher é muito enriquecedor, pois é outro olhar, outra forma de fazer, e a gente percebe que quanto mais diverso é o time, mais amplo ele é. As visões vão se complementando e a gente consegue traçar estratégias de uma forma muito mais criativa. A composição de mulheres, pessoas mais novas, mais velhas, mais experientes do segmento e de outros segmentos, é muito legal. A Bosch traz muito isso. Eu vivencio muito isso no meu dia a dia e é um diferencial muito interessante”.
“São 300 mulheres na ZM e eu estou na empresa há 12 anos, na área de Marketing. Sou apaixonada pelo segmento. A aproximação da marca com o cliente, em todos os elos da cadeia, é hoje o desafio atual, então, trabalhamos muito a proximidade com ações e com o marketing esportivo. As mulheres vêm ocupando cargos dentro da empresa e com presença em eventos esportivos, que há muitos anos era masculino, então, estamos crescendo, sim, dentro disso, assim como em outros setores. A busca pela equidade de gênero ainda precisa ser fomentada. Quando falamos em ascensão profissional, as posições estratégicas ainda deixam um pouco a desejar, mas eu vejo uma evolução e fico muito feliz de acompanhar isso de perto”.
Flávia Carvalho, especialista em Marketing e Patrocínios na Universal

“A Universal cresceu muito e eu fico muito feliz por fazer parte dessa empresa, desse grupo. Estou há 8 anos no mercado automotivo e há 2 na Universal. Sobre a equidade de gênero, a gente tem evoluído de forma lenta, mas é uma evolução. No mercado automotivo se enfrenta desafios o tempo todo, mas é muito gratificante. Na Universal, em todos os setores, nós temos mulheres presentes, desde a logística, RH à área de vendas. Por falar de corridas, é muito interessante quando a gente faz uma ativação, chamamos os clientes e vemos a mulherada pedindo ingresso, querendo participar, assistir. Temos mulheres competindo e é muito legal acompanhar essa evolução de perto. Eu vejo os bastidores das corridas”.


Texto: Redação | Foto(s): Divulgação
VENDAS DE IMPLEMENTOS
RODOVIÁRIOS SEGUEM EM ESTABILIDADE
MERCADO DE CAMINHÕES ARREFECE, ENQUANTO O DE ÔNIBUS MOSTRA RECUPERAÇÃO
Mercado de implementos rodoviários encerrou os dois primeiros meses de 2023 praticamente com o mesmo ritmo de compra registrado no mesmo período do ano passado. As entregas de janeiro e fevereiro somaram 22,6 mil produtos ante 22,9 mil de antes, diferença de apenas 283 unidades, representando leve recuo de 1,2%. Para a Anfir, apesar da variação negativa, o resultado indica estabilidade neste começo de ano.
O mercado de caminhões em fevereiro apresentou demanda retraída, com redução nos emplacamentos de 23,4% em relação a janeiro, de 102 mil unidades para 7,8 mil. Já no segmento de ônibus, em fevereiro, os emplacamentos somaram 2,8 mil unidades, 6,32% superior a janeiro (2,1 mil) e significativos 98,27% em relação ao mesmo mês de 2022, quando registrou 1,1 mil ônibus licenciados.
SCANIA CRIA LINHA DE CAMINHÕES SUPER COM FOCO NO BRASIL

A Scania Super, nova linha de caminhões da marca sueca, foi lançada no Brasil no fim de 2022. Entre os destaques, os modelos com motor de 13 litros atendem as regras do Proconve P8. Ou seja, o programa brasileiro de controle de emissões, equivalente ao europeu Euro 6. Segundo a fabricante, as novas soluções garantem redução de até 8% no consumo de diesel. E, quanto menor for o consumo, menos emissões o motor produz.


TRACBEL LANÇA PORTAL DE CLASSIFICADOS DE MÁQUINAS
PESADAS E CAMINHÕES
SEMINOVOS E USADOS
A Tracbel lança um portal de classificados de equipamentos pesados e caminhões seminovos e usados, que reunirá oportunidades de negócio tanto de máquinas como de veículos comerciais usados multimarcas. “Queremos trazer mais comodidade aos clientes que buscam um seminovo. Ao mesmo tempo criamos uma possibilidade de venda para quem precisa negociar um produto que quer trocar”, declara Luiz Gustavo Rocha, CEO do Grupo Tracbel.

A DAIMLER TRUCK NORTH AMERICA COLOCA A SÉRIE
3414 REGIONAL HAUL™DA ALLISON NO FREIGHTLINER CASCADIA COM MOTOR A GÁS NATURAL
A Allison Transmission anuncia que a associação da transmissão Allison da Série 3414 Regional Haul™ (RHS) com o motor Cummins ISX12N já está disponível para o modelo Freightliner Cascadia Day Cab da Daimler Truck North America (DTNA). “Identificamos que nossos clientes precisavam de opções adicionais de trem de força”, disse Steve Mignardi, vice-presidente de Desenvolvimento do Segmento Rodoviário da DTNA.

MERCEDES LANÇA VERSÕES 417 E 517 DA
LINHA SPRINTER NO BRASIL
A Mercedes-Benz Vans lança as novas versões 417 e 517 da linha Sprinter com o motor a diesel de quatro cilindros OM654 no mercado brasileiro. Em 2022, a marca divulgou a linha Street 315 com essa motorização e, agora, a novidade se expande para todo o portfólio da Sprinter no País, contemplando os modelos Sprinter Truck, Furgão e Van de Passageiro, ambos com maior tonelagem. Os veículos contam com 170 cv de potência e 40,8 de torque.

FRAS-LE SEGUE “PARANDO” CAMINHÕES
DA COPA TRUCK NA TEMPORADA 2023
Pelo terceiro ano consecutivo, a Fras-le será a fornecedora oficial das pastilhas de freio da Copa Truck. O acordo, que foi iniciado em 2021, foi renovado para a temporada 2023, que começa no dia 19 de março em Goiânia. O calendário prevê nove etapas até a segunda quinzena de novembro, terminando também na capital goiana. O campeonato passa também pelos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

VOLVO APRESENTA SEUS NOVOS CAMINHÕES
EURO 6 NA EXPODIRETO
Uma das maiores feiras do agronegócio do País, a Expodireto Cotrijal aconteceu entre 6 e 10 de março na cidade gaúcha de Não-Me-Toque. O evento contou com a presença da Volvo Trucks e da Volvo Financial Services com suas inovações em produtos e serviços para o agronegócio. Em conjunto com a Dipesul, concessionária da marca no RS, a Volvo esteve presente com seus novos caminhões com tecnologia Euro 6, com menores emissões.

CUMMINS MERITOR RECEBE SELO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL NO PÓS-VENDA

A Cummins Meritor, por meio da sua Unidade de Aftermarket, acaba de ser certificada com o selo verde Eureciclo, o que garante investimento da líder na fabricação de eixos e sistemas de drivetrain no desenvolvimento da cadeia de reciclagem por meio da compensação ambiental das embalagens utilizadas no pós-venda. Com a certificação, a Cummins Meritor reforça o seu compromisso com a sustentabilidade, estimulando e valorizando o setor de reciclagem.
SEGMENTO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS COMEÇA 2023
NO NEGATIVO
Após comemorar bons resultados ao longo de todo o ano passado, o segmento de máquinas agrícolas inicia 2023 com números em queda. O balanço de janeiro, quando foram comercializadas 3.453 unidades, indica recuo de 13,9% em relação ao mesmo mês de 2022, quando houve pouco mais de 4 mil transações. No comparativo com dezembro (6.053 negócios fechados), o decréscimo chega a 43%.

CONEXÃO COM O TRABALHO, VOCÊ SENTE ISSO?
Muitas vezes, a sensação de infelicidade está relacionada ao estar no cargo errado, ao estresse relacionado aos desafios e as empresas podem perder profissionais brilhantes se não se atentarem a isso
Paracomeçar esta matéria, Valdez Monterazo, Coach Executivo, especializado em negócios, liderança e psicologia positiva, coloca uma reflexão: “Você já vivenciou alguma realidade profissional em que não sentia conexão com o trabalho, ou até mesmo, estava totalmente apático, à margem ou entediado?
Esta é a realidade da maioria esmagadora dos profissionais”. Pessoas infelizes em suas carreiras representam uma das maiores crises do comportamento humano na atualidade: o desengajamento.
“Um vendedor, como qualquer outro profissional, pode identificar que não está feliz quando sente nenhum tipo de conexão ou significado com seu trabalho.

Um exemplo é quando não vibra com as vitórias conquistadas ou é simplesmente apático quando as coisas não saem da forma desejada.
No entanto, não é apenas porque um vendedor está em uma fase ruim em termos de resultados que ele deve desistir da profissão”, alerta.
Danilo Camapum, gerente de Gente e Gestão da LG lugar de gente, empresa brasileira especializada em soluções de tecnologia para gestão de RH, diz que medir o grau de felicidade é algo muito particular e a intensidade e o impacto em nossas vidas dependem muito de cada um. Mas ele dá algumas dicas.
“Num cenário de descontentamento, avaliar o contexto geral, sempre pesar os prós e contras e buscar fazer um comparativo com experiências passadas, referências de mercado. Em qualquer trabalho, teremos possibilidades de melhoria, críticas, visões contrárias. Logo, fazer uma leitura e usar a balança para avaliar o contexto geral, nos ajuda a trazer consciência de nossa felicidade na companhia”.

Ele coloca outros pontos que podem impactar diretamente na felicidade do trabalho: “alinhamento dos seus valores com os valores da empresa, isto é, a maneira como a empresa direciona a atitude dos colaboradores em seus processos e regras é condizente com a maneira que eu entendo como correta; alinhamento de expectativas com a gestão, ou seja, o que busca para mim e para minha carreira está claro e alinhado com o meu gestor; clareza de metas e resultados esperados, consigo entender quais são as entregas que a empresa espera de mim”.
Mudanças
Valdez explica que sempre que enfrentamos uma nova realidade profissional, como uma mudança de empresa, segmento ou simplesmente um desafio diferente, passamos por uma curva de desenvolvimento, e que durante esse período é preciso desenvolver novas habilidades e se adaptar a um novo cenário, e isso pode ser desafiador. Indivíduos podem sentir vontade de desistir ou simplesmente de mudar de empresa nessa fase.
“É importante nesse sentido que vendedores e outros profissionais se façam a seguinte pergunta: Será que estou infeliz, ou simplesmente estressado devido ao desafio? Caso a resposta seja a última, vendedores podem sempre optar por se capacitar e estar cada vez mais preparados para lidar com os desafios da profissão”, afirma.
Engajamento
Para Danilo, juntamente com o liderado, o líder tem papel de protagonista no engajamento de seu time. “É importante que o liderado esteja motivado, mas tão importante quanto é que o líder alimente seu engajamento. E algumas dicas para que o líder tenha sucessão nesse papel são: deve estar próximo de seu time, conhecer a individualidade do perfil de cada um, ter diálogos recorrentes de alinhamento de expectativas, oferecer clareza de entregas esperadas, buscar humanização em sua condução e estimular a participação do time na construção dos caminhos da área”.

Na opinião de Valdez, cada indivíduo é responsável pelo seu próprio engajamento, no entanto, gestores possuem tanta influência nesse quesito que suas ações, ou inações, não podem ser ignoradas. “Um exemplo disso é o fato de que muitos dos colaboradores que pedem demissão da empresa, e sim do chefe. Nesse sentido, há boas práticas que os gestores podem adotar para incentivar o engajamento dos seus times”. E aqui, ele especifica:
- Cultivar o senso de pertencimento: Pessoas, em geral, possuem a necessidade de pertencer a um grupo ou time. Quando isso é direcionado ao ambiente de trabalho, a motivação pode ser
positivamente impactada.
- Promover feedbacks e elogios: Promover feedbacks hábeis quando um trabalho não foi feito corretamente e apreciação quando houver mérito contribuem para que o colaborador aumente sua confiança e capacidade como profissional.
- Desafiar o time: A correta relação entre o nível de desafio e a habilidade atual do colaborador pode e deve ser utilizada como um recurso de engajamento. Uma meta desafiadora, mas possível e ajustada ao nível de competência, pode estimular os liderados a se desenvolver continuamente.
- Focar nas forças individuais: Cada ser humano é diferente e não existe uma fórmula absoluta para o sucesso. Utilizar corretamente as forças e capacidades individuais dos liderados pode ser um triunfo para a equipe.
Desenvolvimento
Na visão de Valdez, o principal legado de um líder para desafiar o time é promover o desenvolvimento dos liderados, ressaltando que líderes não são psicólogos ou terapeutas. Nesse sentido, ele esclarece, “para eventuais situações pessoais complexas, que possam impactar a performance e a motivação, tais como luto, burnout, pânico, entre outros, é importante que o líder sugira o acompanhamento adequado ao colaborador”.
Sobre a boa liderança, o coach ressalta que ela envolve certos aspectos comportamentais relevantes à gestão de pessoas. “É importante que líderes evitem cair em dois extremos, por um lado, para pessoas com o perfil mais dominante, não deixar que seus impulsos de agressividade e impaciência impactem negativamente o time”.
Para exemplificar, ele cita Steve Jobs, fundador da Apple. “Em determinado momento de sua carreira ele foi demitido da sua própria empresa devido à sua impulsividade, agressividade e impaciência”, e acrescenta que, por outro lado, para líderes mais discretos, não permitir a passividade ou o medo de se posicionar diante da equipe. “Bons gestores conseguem controlar esses e outros aspectos negativos enquanto focam na utilização de pontos fortes, como: assertividade, foco em resultados, senso de urgência, prudência e diplomacia”.
O lado positivo é que essas habilidades comportamentais podem ser desenvolvidas. “Contribuir para que líderes tenham um repertório comportamental cada vez mais desenvolvido é exatamente o papel de um programa de coaching executivo. O próprio Steve Jobs foi recontratado pela Apple anos após sua saída, mas nesse momento ele já era uma pessoa e profissional muito mais maduro”.
Habilidades
Danilo aproveita para deixar algumas dicas para os vendedores desenvolverem mais as suas habilidades/competências. “A primeira e principal dica é se assumir como protagonista do seu processo de desenvolvimento. As variáveis que encontramos pelo caminho podem interferir em nossas jornadas, mas não são determinantes. O que de fato determina nossa carreira é nossa atitude”.
As dicas dele são:
- Se eu quero ser um excelente vendedor, procure refletir sobre quais caraterísticas levam um vendedor da sua companhia ter excelência em vendas e pensar objetivamente em como pode fazer para alcançá-las;
- Demande do seu gestor: pergunte a ele como fazer para atingir os melhores resultados; qual o melhor caminho; peça dicas; troque sobre situações difíceis e perfis de clientes, peça orientação – estamos em constante aprendizagem;
- Invista em formação: como falamos, o aprendizado é continuo, troque com o seu gestor e colegas, ouça com atenção seus feedbacks, e busque conhecimentos e professores que possam lhe trazer o conhecimento que você ainda não tem.


Pressão e cobrança
Lidar com a pressão e a cobrança são aspectos naturais e uma necessidade para quem trabalha com vendas. Isso acontece, diz Valdez, “pois, assim como fala Brian Tracy, um guru do mundo dos negócios, “nada acontece até que uma venda seja feita”. Vendas são simplesmente uma área crucial para a sobrevivência de qualquer empresa. O problema acontece quando o desafio ou meta é simplesmente inviável ou muito superior à capacidade do vendedor no momento em que se encontra na carreira”.
E isso não significa que gestores não devem desafiar seus vendedores, ao contrário, partindo do conceito de flow (ver box), o engajamento ocorre quando o desafio é equivalente às habilidades da pessoa. “Uma boa cobrança em vendas é aquela que ajusta a meta de vendas levando em consideração a capacidade individual do vendedor”, afirma Valdez.
Por outro lado, ele alerta que dar uma meta surreal e esperar que um novato faça milagres não é uma estratégia confiável, é simplesmente acaso e, talvez, até mesmo ingerência. E que desafios progressivos podem ser dados para estimular a melhoria na competência de vendas, mantendo o engajamento ao longo do processo de desenvolvimento do vendedor.
Danilo pontua que o principal benefício para quem vive em estado de flow ou engajamento é a felicidade no trabalho. “A flow promove um círculo virtuoso. A pessoa em flow trabalha com paixão, engajamento, propósito e consequentemente traz bons resultados, os bons resultados que geram reconhecimento, que trazem mais engajamento e motivação e geram mais flow. A partir daí temos pessoas que trabalham com a companhia e o líder e não para a companhia e para o líder, se vendo como partes pertencentes do processo”.

Carreiras brilhantes
Para os gestores identificarem os profissionais que podem ter carreiras brilhantes, Danilo diz que é preciso escutar as pessoas. Para isso, ele destaca ferramentas que promovam o autoconhecimento. “Pois, antes de demandar e desenvolver, é muito importante que o líder tenha autopercepção, como mapeamentos de perfil por assessment”.
As mesmas ferramentas de assessment podem ser utilizadas para um mapeamento comportamental mais apurado dos membros dos times, auxiliando na profundidade do conhecimento de cada um, com a realização de reuniões/diálogos focados em desenvolvimento, Avaliações de Competências e construções de programas de desenvolvimento e ações de reconhecimento. “Pessoas engajadas agem por uma causa, merecem reconhecimento e sabem disso. Reforçar sempre a gratidão pelo envolvimento e o quanto o envolvimento faz a diferença é sempre bem-vindo”, acrescenta.
Ele ressalta que as “pessoas têm propósitos diferentes e conhecer o seu time o ajudará a identificar o que os move e entender se o lugar que ocupam oferece aquilo que buscam. Por isso, o alinhamento de expectativas e a clareza dos acordos são tão importantes. A partir daí o líder ajuda o time a identificar (ou não) seu propósito nesse processo, gerando engajamento e melhores performances”.
Valdez acredita que as pessoas em geral possuem o potencial de ser brilhantes. No entanto, nem sempre um indivíduo se encaixa em uma determinada cultura organizacional. Muitas vezes, os valores e princípios da pessoa não são condizentes com os da empresa. “Isso não quer dizer que o indivíduo é bom ou ruim, simplesmente que algumas pessoas têm aderência a uma determinada empresa e outros não”, acresce.
Ele destaca que para gestores é crucial entender quais são os valores da empresa, quais as necessidades de sua área e buscar pessoas que se adequem a esse cenário. “Capacidades técnicas podem ser desenvolvidas. Em vendas é possível que um vendedor iniciante seja treinado a fazer as perguntas corretas, apresentar seu produto,

fechar uma venda e ele pode se tornar brilhante. Os valores de uma pessoa, no entanto, não são tão facilmente mudados, isso não significa que são imutáveis, simplesmente que eles dificilmente serão desenvolvidos pelo líder”.
Para exemplificar, ele cita, “você pode treinar um vendedor a fechar uma venda, mas será difícil ensinálo a ter responsabilidade. Você pode capacitar um vendedor iniciante a responder adequadamente as objeções dos clientes, mas não será tão fácil ensinálo a ser honesto caso ele já não tenha esse valor desenvolvido. Nesse sentido, focar em encontrar pessoas que possuem os valores primordiais para uma área específica pode ser crucial para que um gestor tenha pessoas brilhantes junto de si. Em outras palavras, contrate e encontre pessoas de caráter e desenvolva competências”.
A visão do empreendedor
Hoje, o Grupo Pelegrini emprega 100 pessoas em suas empresas, a Casa do Chevrolet, Casa da Transmissão e Força P, em seu guardachuva, com as empresas CT Geradores e Força P Volare. O próprio fundador, João Pelegrini, relata que para chegar onde chegou, ele ralou muito. “Eu vim de uma condição humilde, estudei muito, me dediquei muito e foram poucas horas de sono por noite”. Como empreendedor, ele dá dicas e exemplos para identificar os potenciais profissionais e, principalmente, para que eles sejam felizes em suas funções.


“A primeira coisa é ter um RH que identifique os perfis, invista na seleção e busque o perfil da pessoa para determinada vaga. Eu tenho um exemplo na minha empresa, de um menino que há cincos anos trabalhava no estoque na Casa Chevrolet e que foi se desenvolvendo para fazer o que queria: ser mecânico. Se não déssemos a oportunidade, ele sairia da empresa e nós perderíamos um funcionário fantástico.
Remanejamos ele para nossa outra empresa, hoje ele trabalha como mecânico e está superfeliz”.
Oportunidade
João conta que no dia a dia da empresa é natural desenvolver o querer da pessoa. E aqui ele cita mais um exemplo. “Há 18 anos, o meu gerente de oficina começou com a gente como menor aprendiz. Há três anos ele está na gerência, mas, para isso, ele foi desenvolvendo habilidades. Você gasta uma carga muito grande para formá-lo, mas ao mesmo tempo você tem uma pessoa que conhece a sua estrutura e é fidelizada na sua empresa, o que é muito importante, reter as pessoas”.
Para isso, ele diz que é necessário ter conhecimento de gestão de pessoas. “A percepção do querer, tanto da empresa como do funcionário, é de fundamental importância para criar funcionários motivados. Quem motiva a pessoa é a própria pessoa, mas se não der o mínimo de condições, ela continuará na mesmice. A relação funcionário e empresa é igual casamento, se um não está feliz, o outro também não estará. O que você está fazendo para o seu funcionário estar feliz?”, questiona.
Exemplificando, ele deixa outra lição. “Às vezes, você tem um bom vendedor, o que a gente diz, “ele nasceu para aquilo” e você o conduz para ser o gerente do departamento. Acontece que você não desenvolveu a questão de liderança e, na ânsia de dar a oportunidade para ele, você não tem um gerente bom e perdeu um excelente vendedor. Isso é muito comum no mercado. As empresas têm que estar muito atentas a isso”.
Para finalizar, estando nas posições que façam as pessoas felizes, João afirma que, às vezes, os desafios são a razão da motivação das pessoas. “As pessoas que se sobressaem na vida, os grandes gênios, como o Pelé e o Ayrton Senna, eles sempre fizeram algo a mais”.
PESSOAS QUE VIVEM EM FLOW APRESENTAM:
• Mais envolvimento e fluidez em suas atividades profissionais, pois estão verdadeiramente engajadas.
• Maior foco e produtividade, pois se desafiam constantemente e estão intrinsicamente motivados.

• Sentem emoções positivas, como a alegria, ao exercer suas funções.
• Possuem a sensação de expansão e pleno desenvolvimento de seu potencial.

