Enquanto alguns lojistas registram crescimento de dois dígitos, outros permanecem estagnados. Expectativas de melhora para o segundo semestre, apesar do cenário econômico desafiador no Brasil.
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MERCADO ONLINE
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VAREJO GAÚCHO
Setor enfrenta desafios para se reerguer após as enchentes que assolaram quase todo o Estado.
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Tradicional premiação do Sindirepa-SP destaca a excelência e a inovação na reparação de veículos.
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Evento na sede do Mercado Livre reúne líderes de marcas renomadas da reposição automotiva.
HÁ 17 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE À REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA
Balcão Automotivo é uma publicação dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.
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No Balcão Automotivo de julho, apresentamos uma análise das diferentes regiões do País, onde alguns varejistas cresceram dois dígitos, enquanto outros ficaram estagnados. A expectativa é de melhora no segundo semestre, embora o cenário econômico continue desafiador. O primeiro semestre foi marcado por um aumento no consumo, impulsionado pela expansão da oferta de crédito e pela queda na taxa de desemprego. Contudo, o governo segue gastando mais do que arrecada, ampliando o déficit fiscal e podendo, no futuro, reduzir o ritmo da economia e aumentar a inflação.
Não há uma fórmula mágica para atrair e manter clientes, mas alguns fatores são essenciais, como atendimento, conhecimento, relacionamento e a qualidade das peças.
Nesta edição, os entrevistados Nino Carvalho e Beatriz Domingues mostram caminhos para os varejistas se diferenciarem dos concorrentes e estratégias para reter clientes. Ter apenas o produto não é suficiente.
O varejo de autopeças gaúcho continua sua batalha para se recuperar das enchentes que assolaram o Estado. Enquanto algumas empresas já retomaram suas atividades, outras ainda enfrentam a fase de limpeza e têm um longo caminho até a normalidade.
O Mercado Livre reuniu líderes digitais do aftermarket automotivo para discutir novas estratégias e soluções para o mercado online. O evento, realizado na Melicidade, sede do Mercado Livre, em Osasco (SP), contou com a participação de mais de 140 líderes de marcas
renomadas e parceiros estratégicos.
Para atender às peculiaridades do mercado local, a equipe de engenharia da Eaton no Brasil, com o apoio do time global, desenvolveu a linha de transmissões automatizadas Advantor™. A linha inclui as versões Advantor-6 para caminhões leves e micro-ônibus, Advantor-8 para ônibus médios e Advantor-10 para caminhões semipesados.
Conecta Autos 2024 - O aumento da oferta de crédito deve continuar impulsionando as vendas que já foram recordes este ano. Entre janeiro e maio, foram vendidos 5,32 milhões de veículos novos e usados no Brasil, um recorde para o período desde 2008, graças ao aumento do volume de crédito concedido para financiamentos.
Prêmio “Melhores do Ano” Sindirepa-SP –Em sua 15ª edição, evento foi realizado no dia 18 de junho na Fiesp, em São Paulo, onde foram anunciados os vencedores das 16 categorias de produtos, avaliados por 413 reparadores de todo o estado de São Paulo.
Autop 2024 - A feira em Fortaleza, que ocorrerá de 21 a 24 de agosto, no Centro de Eventos do Ceará, promete gerar R$ 200 milhões em negócios e atrair mais de 40 mil visitantes, incluindo grandes marcas e parceiros do setor automotivo. Será uma excelente oportunidade para conhecer inovações e tendências do mercado.
Boa leitura e até nosso próximo encontro!
DIRETORIA
DIRETOR COMERCIAL
Edio Ferreira Nelson edio@jornalbalcaoautomotivo.com.br
CONSELHEIRO CONSULTIVO
Carlos de Oliveira
COMERCIAL
EXECUTIVO DE CONTAS Richard Faria richard@jornalbalcaoautomotivo.com.br REDAÇÃO
EDITOR-CHEFE Silvio Rocha redacao@jornalbalcaoautomotivo.com.br Karin Fuchs redacao2@jornalbalcaoautomotivo.com.br
COLABORADORES
Felipe Orban Robson Breviglieri Valtermário Rodrigues
ASSINATURAS contato@jornalbalcaoautomotivo.com.br
DEPTO DE ARTE
Supervisor de Arte/Proj. Gráfico Fabio Ladeira fabio@jornalbalcaoautomotivo.com.br
MKT DIGITAL
Guilherme Nelson guilherme@jornalbalcaoautomotivo.com.br
VOLDA DESENVOLVE AÇÕES DE RELACIONAMENTO COM MECÂNICOS E DISTRIBUIDORES DE PEÇAS
A Volda iniciou um projeto de promotoras para estreitar a relação com mecânicos e distribuidoras. Desde janeiro, três promotoras percorrem cidades em SP, RJ, PE, RN e PB, realizando cerca de 2.000 contatos no primeiro semestre. O projeto visa gerar demanda e desmistificar a distância da fábrica. A Fase 1 se estende até dezembro, com meta de 4.000 contatos. Em 2025, o projeto incluirá o interior de SP, Sul, MG, DF, MS e AM, com 10 promotoras realizando cerca de 1.000 contatos mensais.
TMD FRICTION LANÇA VÍDEO
CORPORATIVO REFLETINDO SUA
DIREÇÃO DE MARCA EM EVOLUÇÃO
VALCLEI ARREFECIMENTO INVESTE EM ROBÓTICA DE ALTA PERFORMANCE E TECNOLOGIA DE PONTA PARA AMPLIAR SUA LINHA DE PRODUTOS
Com 36 anos de experiência e presença em mais de 30 países, a Valclei investiu em mecânica robótica e injetoras de última geração para ampliar sua linha de produtos e aumentar a produtividade. Esses avanços visam melhorar a eficiência dos processos de produção e manter os elevados padrões de qualidade que caracterizam seus produtos. Valdir Júnior, CEO (à esq.), e Adriano Ferreira, CMO, destacam que, apesar da automação, nenhum colaborador foi dispensado; todos foram realocados, preservando o maior capital da empresa: o humano.
A TMD Friction lançou um novo vídeo corporativo para refletir sua estratégia focada em segurança, sustentabilidade e inovação. O vídeo destaca a trajetória de sucesso da empresa como “Especialista nº1 em fricção no mundo” e seu compromisso com a modernidade e sustentabilidade. O vídeo emociona o espectador, mostrando a evolução da TMD Friction e a confiabilidade de seus produtos em condições extremas. Assista ao vídeo no canal da Cobreq no YouTube.
EAD DA CONTROIL OFERECE DIVERSAS DICAS DE MANUTENÇÃO DE SISTEMA DE FREIOS HIDRÁULICOS
A Controil oferece um curso EAD gratuito sobre sistemas de freios hidráulicos de veículos leves, abordando normas técnicas, ambientais, de qualidade e segurança. O curso inclui dicas de manutenção, como a importância do fluido de freio adequado e sua limpeza, para evitar problemas de frenagem. Dividido em três módulos com 16 vídeos, o curso abrange a história dos freios, freios a disco e tambor, fluido de freio, sistemas de assistência, freios ABS, controle de tração e estabilidade, e assistente de partida em rampa.
ENCHENTES TAMBÉM DANIFICAM
PEÇAS DA SUSPENSÃO. SAIBA O QUE FAZER PARA EVITAR PREJUÍZOS
Enchentes podem danificar veículos, afetando motor, transmissão, sistemas eletrônicos, painéis e estofamentos, além de suspensão e direção. A Monroe, marca da DRiV, explica que amortecedores, molas, bandejas, buchas, pivôs, juntas homocinéticas e terminais são vulneráveis à corrosão e contaminação. A direção e os freios também são afetados, prejudicando o controle do veículo. Recomenda-se inspeção e substituição de peças danificadas, utilizando check lists.
5 PROBLEMAS COMUNS CAUSADOS
POR DEFEITOS NO SENSOR MAP
Defeitos no sensor MAP causam diversos problemas: 1) Comprometimento do desempenho do motor, com perda de potência e aceleração lenta; 2) Aumento no consumo de combustível, devido à mistura inadequada; 3) Emissões elevadas de poluentes, prejudicando o meio ambiente; 4) Danos ao catalisador, por acúmulo de combustível não queimado; 5) Luz de verificação do motor acesa, indicando problemas. A MTETHOMSON oferece sensores MAP de alta qualidade, garantindo eficiência e redução de emissões e consumo.
CONTINENTAL LANÇA
DE FREIO DOT 4 LV
GWM BRASIL INOVA O PÓS-VENDA COM ESTRATÉGIA DE PREÇO ÚNICO
A GWM Brasil lançou uma política inédita de preço único para peças de reposição em todo o País, visando garantir transparência e confiança aos clientes. Com uma rede de 70 pontos de venda, a GWM implementou tabelamento de preços e controle rigoroso das notas fiscais. O estoque de 523 mil peças, armazenado em Cajamar (SP), garante alta disponibilidade, superando a média nacional. A GWM também previne a substituição desnecessária de peças, mantendo controle rigoroso dos estoques e demandas.
FLUIDO
A Continental lançou o fluido de freio DOT 4 LV da marca ATE, complementando sua linha de produtos, que inclui cilindros mestre e de roda, ideal para veículos com freios ABS e ESC devido à sua baixa viscosidade, garantindo respostas rápidas e eficiência na frenagem. A embalagem metálica do produto evita contaminação por derivados de petróleo e umidade, prolongando a vida útil dos componentes do sistema de freios. O DOT 4 LV está disponível em embalagens de 500 ml a preço competitivo.
FRASLE MOBILITY REALIZA MAIOR AQUISIÇÃO DA HISTÓRIA DA EMPRESA E EXPANDE ATUAÇÃO NO MERCADO AUTOMOTIVO MEXICANO
A Frasle Mobility anunciou a aquisição das operações do Grupo KUO no México, a maior transação da empresa, no valor aproximado de R$ 2,1 bilhões. A compra inclui a divisão de aftermarket do grupo, com fábricas, centros logísticos, escritórios e marcas como Moresa, TF Victor e Fritec, além da distribuidora Dacomsa. A transação fortalece a liderança da Frasle no mercado de reposição no México, Brasil e Argentina, e aumenta a exposição internacional da empresa para cerca de 55% dos negócios.
WILSON BRICIO
A ZEN, indústria brasileira com presença global no mercado automotivo, anunciou Wilson Bricio como novo CEO em um momento estratégico para fortalecer sua posição no mercado com uma cultura inovadora e focada no cliente. Bricio, com formação em Engenharia Mecânica e Administração Industrial, atuou por 18 anos no Grupo ZF, onde foi presidente na América do Sul e CEO no Brasil. Ele liderou integrações e novos modelos de negócios, e foi reconhecido como “Profissional do Ano de Autopeças” em 2015.
ISAPA LANÇARÁ MAIS DE 500 PRODUTOS EM CONVENÇÃO PARA REPRESENTANTES
A ISAPA realizará uma convenção com o tema “Dirigindo uma jornada de ascensão”, lançando mais de 500 novos produtos das marcas Allen, Autotec, Drivetec, DLZ, Frontier, Mecarm e ROC. O evento não será apenas um encontro de negócios, mas uma experiência inesquecível no mundo das autopeças. A ISAPA convida clientes e representantes a assumirem protagonismo nesta nova jornada, explorando novos horizontes e expandindo seu portfólio com produtos que oferecem qualidade e confiança para substituições seguras e eficazes.
DANA ANUNCIA NOVA
LIDERANÇA
PARA O BRASIL
KYB DO BRASIL E BOSCH CAR SERVICE SELAM NOVA PARCERIA
A KYB do Brasil anunciou uma parceria estratégica com a Bosch Car Service, a maior rede de oficinas automotivas do mundo, para oferecer um serviço completo e de alta qualidade. Com essa colaboração, as oficinas Bosch Car Service no Brasil terão o portfólio completo de produtos de suspensão da KYB, garantindo soluções de alto desempenho para todos os veículos. Os benefícios incluem qualidade e confiabilidade, ampla cobertura nacional, inovação tecnológica e treinamento especializado para as equipes.
EATON APRESENTA LUCIANO BELTRAME
A Dana nomeou Luis Gehringer como Líder de suas operações no Brasil, reportando-se a Ryan Laskey, vice-presidente sênior de Veículos Comerciais. Luis, nascido na Venezuela, é formado em Direito com especialização em gestão executiva e contabilidade. Com 25 anos de carreira na Dana, ele atuou na Venezuela, Colômbia e Equador antes de liderar as controladorias no Brasil desde 2018. Luis substituirá Raul Germany, que se aposenta após 40 anos na Dana, tendo liderado em momentos críticos, como a crise de 2014-2016 e a pandemia.
APLIC RESOLIT LANÇA NOVOS PRODUTOS PARA A LINHA DIESEL
POSIÇÃO NOS EUA
DIRETOR DA UNIDADE DE NEGÓCIOS DE AUTOMÓVEIS E PICAPES; RICARDO MONZANI ASSUME
A Eaton nomeou Luciano Beltrame como diretor da Unidade de Negócios de Automóveis e Picapes na América do Sul, substituindo Ricardo Monzani, que agora é diretor de Supply Chain para Veículos Comerciais e Aftermarket nos EUA. Beltrame, na Eaton desde 1999, traz uma vasta experiência acumulada ao longo de sua carreira na empresa. Ele será responsável por componentes, válvulas e transmissões de veículos de passeio e picapes, além de válvulas ORVR e inteligência de mercado.
A Aplic Resolit amplia seu portfólio com uma linha de produtos especialmente desenvolvida para veículos diesel, abrangendo caminhões, ônibus, tratores, utilitários e pick-ups. A nova gama de itens inclui: Polias, Engrenagens, Tuchos, Varetas, Tensores, Anéis Retentores e Comando de Válvulas. Esses componentes são projetados para oferecer alta performance e durabilidade, atendendo às necessidades específicas do setor. Explore a nova linha e descubra como a empresa pode ajudar a manter seus veículos em excelente estado de funcionamento.
Gélcia Batistel, gerente de Estratégias Comerciais e Marketing da KYB do Brasil, e João Carneiro, analista de Parcerias da Bosch Car Service
EATON NO BRASIL INOVA COM LINHA DE TRANSMISSÕES
AUTOMATIZADAS
PARA
O MERCADO LOCAL
A Advantor™ foi projetada para enfrentar as condições adversas das estradas brasileiras, oferecendo economia de combustível, maior durabilidade e menor complexidade de peças
Para atender às peculiaridades do mercado local, a equipe de engenharia da Eaton no Brasil, com o apoio do time global, desenvolveu a linha de transmissões automatizadas Advantor™. Esta linha inclui as versões Advantor-6 para caminhões leves e micro-ônibus, Advantor-8 para ônibus médios e Advantor-10 para caminhões semipesados. O lançamento ocorreu durante o Eaton Experience 2024, na unidade de Valinhos (SP). O evento foi direcionado à imprensa, montadoras, distribuidores e empresas de transporte, proporcionando uma oportunidade de conhecerem as novidades e o portfólio da empresa.
Segundo Antonio Galvão, presidente do Grupo Mobility e Corporativo da América do Sul, o foco da Eaton em produtos customizados se deve à produção local, fornecedores locais e a engenharia também localizada no Brasil. “Com essa estratégia, conseguimos desenvolver produtos sob medida para as estradas brasileiras, para as condições de dirigibilidade que nós temos aqui, que são bem diferentes de outros países. Muitas vezes, os nossos competidores, que têm engenharias nos Estados Unidos ou na Europa, não têm o conhecimento detalhado das condições de rodagem no Brasil”.
Galvão também comentou que quem dirige no Brasil sabe que capacidade, torque versus carga, é totalmente diferente do que é na Europa e nos Estados Unidos, devido às condições adversas das estradas brasileiras. “A densidade de engate é totalmente diferente.
Advantor-6
Advantor-10
Projetar produtos para essas estradas é o nosso grande foco. Produtos customizados que tenham conteúdo local, o melhor custo operacional e que a gente consiga ter sustentabilidade, como por exemplo, com redução de custo de combustível”.
A Eaton no Brasil é líder global para o desenvolvimento de transmissões. “O nosso foco em indústria 4.0 tem sido muito útil para alavancarmos competitividade no Brasil. Nós temos três plantas-modelos e a nossa engenharia local é extremamente talentosa; os engenheiros brasileiros são quase imbatíveis e temos mais de 100 profissionais. Aqui no Brasil, a liderança é global para o desenvolvimento de transmissões médias e leves. Usamos recursos de outros países, mas a liderança é do Brasil”, disse Galvão.
Características da linha Advantor™
Comparada às transmissões manuais e automáticas, a nova família de transmissões da Eaton proporciona economia de combustível de 10% a 20%, dependendo da aplicação, graças à seleção inteligente de marchas e a comunicação aprimorada com o motor, e tem uma plataforma única de componentes de automação, o que reduz a complexidade de peças, aumenta a robustez e reduz
Antonio Galvão, presidente do Grupo Mobility e Corporativo da
a manutenção; além do melhor intervalo de troca de lubrificante da categoria e a sua embreagem pode durar até duas vezes mais.
Para o motorista são vários recursos que promovem segurança e o seu conforto, como assistente de partida em rampa, o auto neutro e o modo manobra. E a unidade de controle eletrônico totalmente nova possui mais memória, maior velocidade, Serviços de Diagnóstico Unificado (UDS) disponíveis em todas as versões, além de estar preparada para as demandas futuras de segurança cibernética, segurança funcional e compatível com todas as aplicações em veículos híbridos e elétricos.
Mercado de reposição
Diretor Geral da Unidade de Negócios de Aftermarket na América do Sul, Gustavo Orrú, falou sobre a ampliação do portfólio de remanufaturados. “Continuamos com a ampliação da nossa linha de remanufaturados de transmissão e de embreagens. São 70 itens de transmissão, 100 itens de embreagem, e a gente continua expandindo. O grande foco é a mesma garantia do nosso produto e o tempo para o reparo é bastante reduzido, ou seja, menos tempo de veículo parado nas oficinas e com um custo/benefício bastante relevante para o mercado”.
Expansão também do portfólio da marca EAP (Eaton Aftermarket Parts), composta por barras e terminais, componentes da transmissão ou eixos da tração e rolamentos. “Uma marca que já está bastante consolidada no mercado, com toda a garantia de qualidade a preços mais acessíveis ao mercado. Hoje já temos 350 itens e vamos expandir até o final do ano para 430 itens”. Orrú também antecipou que nesse ano será lançada uma linha de embreagens para veículos urbanos, “esse será o grande lançamento para até o final do ano, com uma nova gama de embreagens”, destacou. Além de outras novidades exclusivas para o mercado de reposição.
América do Sul
MAIS CRÉDITO E MAIS
CONSUMO NO PRIMEIRO
SEMESTRE DO ANO
Nas diferentes regiões do País, alguns varejistas cresceram dois dígitos, enquanto outros ficaram estagnados. A expectativa é de melhora no segundo semestre, mas o cenário econômico não é muito favorável
Por: Karin Fuchs | Foto(s): Divulgação
primeiro semestre do ano foi marcado pelo aumento de consumo estimulado pela expansão da oferta de crédito, pela queda na taxa de desemprego e, em paralelo, o Governo continua gastando mais do que arrecada, ampliando, assim, o déficit fiscal, uma conta que deverá ser paga no futuro. As possíveis consequências são a redução do ritmo da economia e o aumento da inflação.
Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do PROVAR, Professor Titular da FEA-USP e idealizador do MBA Varejo da FIA, o varejo ampliado - “Veículos, motos, partes e peças” e “Material de construção” cresceu cerca de 4,6% no semestre. “Essa expansão foi obviamente muito positiva e relaciona-se ao recuo da inflação. Com efeito, a massa real de rendimentos cresceu quase 8% comparando abril de 2023 com abril de 2024 (último dado disponível)”, analisa.
Por outro lado, diz Felisoni, “a desvalorização do dólar ante o real afeta as importações, em especial: eletrônicos, automóveis, produtos de tecnologia, medicamentos, roupas e calçados diferenciados, cosméticos e perfumes, alimentos importados, equipamentos esportivos, eletrodomésticos e jogos; e
“Estamos rodando em paralelo duas economias. Uma com o aumento de consumo, mais emprego e mais renda em relação a 2023, em grande parte, esse desempenho se deve a um estímulo econômico fiscal, ou seja, o Governo gasta mais do que arrecada, o que gera um estímulo de consumo momentâneo. O consumo de hoje é, em parte, artificial e terá que ser pago com o esforço do futuro”.
Fabio Pina, assessor econômico da FecomercioSP
brinquedos. Além disso, o enfraquecimento do real amplia a incerteza, diminuindo a disposição das empresas varejistas em ampliar suas operações”.
Na avaliação de Fabio Pina, assessor econômico da FecomercioSP, foi um momento peculiar da economia brasileira. “Estamos rodando em paralelo duas economias. Uma com o aumento de consumo, mais emprego e mais renda em relação a 2023, em grande parte, esse desempenho se deve a um estímulo econômico fiscal, ou seja, o Governo gasta mais do que arrecada, o que gera um estímulo de consumo momentâneo. O consumo de hoje é, em parte, artificial e terá que ser pago com o esforço do futuro”.
Desempenho
De forma geral, diz Pina, foi um semestre positivo. “O PIB do primeiro semestre deste ano deve crescer em torno de 2% a 2,5% em relação ao primeiro semestre de 2023. Isso foi o suficiente para impulsionar as vendas
no varejo. Só que, novamente, isso se deu também a uma expansão fiscal relevante. O déficit fiscal do ano deve superar R$ 100 bilhões, isso é 1,5% do PIB, o que em parte tem estimulado as vendas e o consumo, e reduz as possibilidades de termos um segundo semestre muito exitoso. O mercado financeiro e outros agentes investidores começam a ficar preocupados com essa situação das contas públicas”.
Um cenário que Felisoni também vê com cautela. “O indicador de evolução do PIB é uma das premissas a justificar o fluxo de
Claudio Felisoni de Angelo, do PROVAR e da FEA-USP
vendas no varejo. É evidentemente positivo, entretanto, o ambiente de negócios caracteriza-se hoje por grande incerteza. A questão e a maneira como o governo tem lidado com essa situação fiscal é a principal preocupação. Portanto, o crescimento do PIB é questionável diante das pressões inflacionárias e a resposta necessária do Banco Central no que se refere à taxa básica de juros”.
Segundo Pina, “o crédito foi o responsável por um aumento sensível de vendas no primeiro semestre. O volume de crédito e das concessões são muito grandes, mas dificilmente isso permanecerá, pois, as famílias já estão com um grau de endividamento mais elevado. Temos um processo de final de queda da taxa de juros, tudo isso deve esfriar um pouco esse desempenho. Vai gradativamente sendo reduzido, ajustado, dificilmente teremos um segundo semestre com esse desempenho. Mas ainda assim deve ser positivo”.
Para o financiamento de veículos novos e usados, somente no mês de abril foram R$ 22,5 bilhões em concessões de crédito, o melhor mês na série histórica do Banco Central, com um crescimento de 57% na liberação de crédito, em relação ao mesmo período de 2023.
Ele prevê um crescimento em torno de 1,5% a 2% para o PIB neste ano. “Um pouco mais acelerado no primeiro semestre, devendo desacelerar no segundo. Terminamos o primeiro semestre provavelmente com uma taxa de desemprego em torno de 7%, relativamente baixa perto do que já tivemos em 2015, 2016, quando a taxa chegou a 15%, e com o consumo das famílias crescendo, o que vai ensejar um ajuste no futuro que pode ser mais severo do que a gente imagina, ou seja, a desaceleração da economia que se aproxima pode ser maior do que imaginávamos, de um ano e meio a dois anos”.
Ainda de acordo com Pina, “vai ser um segundo semestre também positivo em termos de consumo e de crédito. Mas, provavelmente, com uma taxa de crescimento menor para ambos e para o PIB, do que foi no primeiro semestre. Temos como grande desafio o controle da inflação, com uma disputa política e até inadequada entre o Banco Central e autoridades do Governo, se deve reduzir ou aumentar os juros. Essa disputa é ruim, deixa o mercado mais nervoso, pressiona o câmbio e a Bolsa e, em segundo momento, a inflação”.
Para finalizar, Felisoni fala sobre os impactos das eleições municipais na economia, “as eleições municipais diretamente podem afetar pouco a economia de modo geral. Entretanto, o pleito e o resultado, ao que tudo indica, devem reforçar o ambiente polarizado. Tal polarização não é algo que contribua para a superação dos problemas econômicos”. Confira, a seguir, os resultados para o varejo de autopeças nas diferentes regiões do País.
Sudeste
Na Rocha Autopeças, em Campinas (SP) e região, o empresário Roberto Rocha conta que terminaram o primeiro semestre praticamente empatados com o ano passado. “Tivemos meses com crescimento e outros com perda. Em abril, tivemos um aumento considerável de vendas em relação ao ano passado, porém, este ano não tivemos feriados no mês, foi
“As
eleições municipais diretamente podem afetar pouco a economia de modo geral. Entretanto, o pleito e o resultado, ao que tudo indica, devem reforçar o ambiente polarizado. Tal polarização não é algo que contribua para a superação dos problemas econômicos”.
Claudio Felisoni de Angelo, do PROVAR e da FEA-USP
Roberto Rocha, da Rocha Auto Peças, de Campinas (SP) e região
Fabio Pina, assessor econômico da FecomercioSP
um mês cheio, o que ajuda o faturamento. Não sei até que ponto o aumento do crédito reflete diretamente dentro do mês, mas quem sabe ajudou na revisão do veículo usado”.
Rocha comenta também que nesse ano o abastecimento de peças está normalizado. “O problema está no cliente, aumentou a inadimplência e os pedidos estão reduzidos, apenas de peças necessárias. Nós temos parcelamento em até 10 vezes, porém, não costumo liberar muito, pois quem tem carro não pode contar com um financiamento para a manutenção. Antes de acabar de pagar, já vai ter outros serviços a fazer”.
Uma das ações que eles fizeram foi um sistema de venda em atacado. “Para quem compra produtos de caixa fechada direcionado ao reparador, com um preço bem atrativo. Isto ajuda eles a terem um lucro maior”, especifica, acrescentando que um dos desafios foi o aumento da informalidade. “Estão trazendo mercadorias de fora sem recolher o imposto ST, isso dificulta a venda de quem trabalha corretamente”, ressalta.
Para o segundo semestre, Rocha prevê um resultado similar. “As eleições injetam dinheiro no mercado, que pode ajudar a diminuir a inadimplência, mas não creio que irá trazer resultados muito positivos para nós”, explica.
Proprietário do Grupo Pelegrini, em Uberlândia (MG), João Pelegrini diz que o crescimento em torno de 10% nas vendas da Casa do Chevrolet e da Casa da Transmissão só foi possível com esforço. “Percebemos que nesse primeiro semestre aumentou a concorrência, o mercado estava mais disputado, então, tivemos que trabalhar mais para ter essa oportunidade crescimento”.
Para isso, foram criadas campanhas internas e externas para as vendas e para a área administrativa. “Isso proporcionou um maior entusiasmo, uma maior integração da equipe, por premiarmos com meta para que todos consigam se comprometer. Mas é lógico, motivar toda a equipe faz a diferença. Criamos café da manhã para os clientes, buscamos sugestões tanto dos nossos clientes internos como externos para saber o que pode ser melhorado. Com essas sugestões, nós fizemos algumas mudanças que foram muito válidas”.
Outra ação implementada no Grupo foi a de uma consultoria externa. “Desde fevereiro nós estamos fazendo uma consultoria, em que os diretores e líderes estão buscando se lapidar, se profissionalizar mais e nos prepararmos mais e melhor para que possamos também ter a capacidade para os desafios do dia a dia, no sentido de concorrência, que está muito forte”.
Para o segundo semestre, Pelegrini prevê que será melhor. “Nós sempre somos muito otimistas e sempre o segundo semestre costuma ter um melhor desempenho em relação ao primeiro. Estamos ansiosos com as eleições, para sempre buscarmos bons gestores nos nossos municípios. Eleger o candidato que tenha realmente a capacidade para melhorar a cidade e melhorando, melhora para todo o comércio e para o seu negócio, nós estamos com boas expectativas tanto no volume de faturamento como eleger bons executivos”.
Sul
Na Kepeças, localizada em Curitiba (PR), o resultado do primeiro semestre foi bastante positivo, conforme conta o empresário André Keppe. “Crescemos cerca de 15% comparado ao ano passado, com novos clientes chegando, novas parcerias sendo formadas, é claro que com muito trabalho. Somos uma loja nova, estamos no nosso segundo ano e fazendo um trabalho de mudança de mentalidade do dono do carro e do mecânico reparador, apostando na consultoria de peças e não apenas em vender peças ou tirar pedido”.
Keppe conta que o grande desafio tem sido vender para os mecânicos e auto centers. “Eles estão comprando diretamente nas distribuidoras. Para vender precisamos baixar muito nossa margem, mas esse é um assunto antigo, o mercado foi para esse lado e já não há mais volta. Por isso, é preciso inovar diariamente. Se não o preço, outra coisa que trará esse reparador para a loja”.
Como oportunidades, ele cita a área de inteligência do mercado, app, site, venda online, clube de descontos e consultoria. “Temos trabalhado incansavelmente nos bastidores, desenvolvendo soluções que além de atender nosso cliente da loja local também atenderão outros setores mais
André Keppe, da Kepeças, de Curitiba (PR)
João Pelegrini, do Grupo Pelegrini, de Uberlândia (MG)
distantes da loja. Criamos um aplicativo de fidelidade para os clientes, ao se cadastrar no app o cliente tem acesso a descontos, prazos mais flexíveis e acesso à nossa lista de melhores mecânicos da cidade. Para o mecânico que está no app, também tem descontos e serviços de divulgação nas mídias. Tem funcionado”.
Sobre o segundo semestre, a expectativa é alta. “Estamos com a expectativa alta para o segundo semestre, estamos sofrendo com a falta de funcionários,
especialmente na área de vendas, mas estamos nos desdobrando para suprir isso. Esperamos um aumento de 15% para esse semestre. Sobre as eleições municipais, cremos que não influenciam em nada nas nossas vendas”, concluiu.
Proprietário da Peçauto, em Campo Largo (PR), César Kuroshi retrata um cenário bastante desafiador no primeiro semestre. “Foi um primeiro semestre difícil, mas não dá para reclamar muito, pois conseguimos sobreviver. Ficamos estagnados. As oportunidades sempre existem, mas os desafios são maiores. A economia não está estável, está com muita turbulência, e o maior desafio é não diminuirmos. Pelo menos voltarmos a crescer quando essas turbulências passarem”.
Em suma, Kuroshi fala que o mercado está desaquecido e mesmo em um ano de eleições municipais, em que se costuma injetar dinheiro na economia, na sua cidade não há esse efeito. “Para nós, aqui, as
eleições municipais não mudam muita coisa. Muda mais quando são eleições Federal ou Estadual, mas não vejo diferença quando é Municipal”.
Centro-Oeste
Em Cuiabá (MT), o empresário José Julio dos Reis, da Winner Trading Autoparts, tem motivos para comemorar. “Nós tivemos um aumento das vendas em torno de 30% no primeiro semestre em relação ao mesmo
José Julio dos Reis, da Winner Trading Autoparts, de Cuiabá (MT)
Peçauto, de Campo Largo (PR)
período do ano passado. Hoje estamos com imóvel próprio, em um espaço maior, o que nos possibilitou fazer um investimento maior em nosso estoque. Este ano estamos investindo em mídias e anúncios e estamos tendo resultados”.
Com relação ao segundo semestre, ele estima que seja melhor que o primeiro. “Temos boas expectativas, que sejam melhores que o primeiro semestre, já que houve um crescimento na liberação de crédito para financiamento de veículos”. E assim como César ele também disse que eleições municipais não trazem resultados para os seus negócios. “As eleições municipais não têm impactado o nosso ramo de atividade”, afirma.
Os sócios da Martins Imports Auto Parts, localizada em Goiânia (GO), Kaylane Leite de Pina e Luis Eduardo Martins de Souza Filho contam que o este ano se iniciou com diversos projetos voltados à otimização da performance em vendas, atendimento, lucro, custos e satisfação do cliente. “Desde o final de 2023, a empresa investe na ampliação da variedade de produtos, na expansão da estrutura física com a mudança para uma nova sede, na consolidação do fluxo financeiro através da estipulação de metas de custos e da busca por parcerias com fornecedores, e na prospecção de novos mercados para atender ao Mercado Pago Full”, pontuam.
Segundo eles, “a flexibilização das concessões de crédito, aliada às mudanças no panorama político, abre um leque de oportunidades promissoras para o setor de autopeças”. E quanto ao segundo semestre, “com base em um planejamento detalhado e na execução rigorosa das ações previstas, estamos confiantes de que alcançaremos um crescimento sustentável e consolidaremos nossa posição de liderança no mercado de autopeças”, concluem.
Nordeste
Na Truckão Autopeças, em Fortaleza (CE), o empresário Rogério Nobre Façanha conta que o cenário foi desafiador no primeiro semestre e que eles seguem fazendo melhorias na empresa para beneficiar o cliente. “Nós tivemos que planejar muito, fazer uma série de modificações na empresa, ouvir muito o mercado e saber o que estava acontecendo no cenário nacional. Fomos tentando melhorar as nossas mentes aqui dentro para tentar melhorar e alcançar os objetivos”.
Foram feitas adequações para melhorar o atendimento da equipe de vendas e aumentar a produtividade na parte de serviços. “Para que o veículo fique menos tempo para fazer a revisão, nos organizando para o cliente ficar menos tempo na empresa. Tudo isso foi feito nos últimos anos para otimizar nosso trabalho
e presentear o cliente todo dia. Temos que trabalhar para tirar um pouco a pressão dele, que é muito grande, e sempre se antecipar às necessidades dele”.
No primeiro semestre, a oportunidade para a Truckão foram as obras públicas. “Como eu trabalho com a linha pesada, teve muita retomada de obras e de outras necessidades que estavam paradas. Houve muita necessidade de caminhões para tocar essas obras e, para mim, a área de serviços de manutenção desses veículos foi muito interessante”.
Quanto ao aumento da concessão de crédito, ele comenta que isso não impactou tanto nos seus negócios. “Sentimos levemente, pois mesmo com as concessões, os juros continuam muito altos e os preços dos carros também. Mesmo com as concessões, ainda ficaram fora da realidade”.
A tendência para o segundo semestre é melhorar. “Que haja mais obras, mais investimentos em infraestrutura, a necessidade de compra de veículos novos e de reparos também. Tudo isso condiciona a venda, serviços e aquece mais a economia. Tudo que tiver para que venha mais dinheiro para o mercado, gira a economia e é importante demais para a gente que isso aconteça. Estou mudando o layout da loja, dando mais treinamento ao nosso pessoal
José Ribeiro dos Santos, da JR Peças e Serviços (Zelitão), de Cícero Dantas (BA)
Rogério Nobre Façanha, da Truckão Autopeças, de Fortaleza (CE)
Luis Eduardo de Souza Filho e Kaylane Leite de Pina, sócios da Martins Imports Auto Parts, de Goiânia (GO)
e investindo mais em marketing. Estamos acreditando que realmente o mercado reaja, e que reaja mesmo!”.
Na JR Peças e Serviços (Zelitão), em Cícero Dantas (BA), o empresário José Ribeiro dos Santos comenta que “embora o mercado esteja com uma diminuição de empresas, a nossa segue firme e com um aumento relevante em toda demanda desde o ano passado; o que vem contribuindo cada vez mais para o crescimento da empresa desde 2023. Atuamos no setor de linha leve e foi possível notar um aumento significativo na procura por peças de reposição desde dezembro de 2023, o que tem contribuído bastante para o aumento das vendas no balcão”.
Os desafios, comenta ele, são o mercado competitivo e as atualizações de veículos, “o que sempre será um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade. Uma vez que, se torna extremamente importante e necessário estar por dentro de todas as inovações do mercado automotivo e, assim, se tornar uma oportunidade de atrair novos clientes e ainda conseguir manter os antigos”.
Na JR Peças e Serviços, o empresário destaca como ponto alto o atendimento personalizado para cada cliente.
“Identificando sua necessidade e seu sonho de momento; uma vez que somos resolutivos em sanar seus problemas e
necessidades no ato da compra. Seja na forma de pagamento (dinheiro, pix, cartão de crédito ou débito) ou no fornecimento rápido do produto”.
Ao contrário do que disseram muitos empresários nessa matéria, para ele, as eleições municipais têm impactos diretos. “Somos do interior da Bahia e a eleição tem um impacto fundamental, principalmente, por ter um número grande de consumidores que são funcionários do setor público, e uma incerteza de mudança pode gerar uma diminuição no fornecimento. Mas, acreditamos que após o resultado, as vendas voltem a crescer e todo o comércio também”.
Norte
Na Goianinho Autopeças, em Belém (PA), as perguntas foram respondidas por Luscio Silva e Carla Silva. No primeiro semestre eles cresceram, aumentou a procura por mercadoria e, com isso, tiveram que aumentar as compras e contratar mais funcionários, e aumentaram os investimentos em mídia. Por outro lado, diminuíram os preços por conta dos impostos elevados para continuarem movimentando e girando as mercadorias.
A liberação recorde de crédito para o financiamento de veículos novos e usados no mês de abril trouxe resultados positivos para loja. “Graças a Deus, nós tivemos uma melhora significativa e estamos animados”, afirmam.
Para finalizar, sobre as expectativas do segundo semestre, eles dizem que é preocupante. “Estamos investindo para melhorar, pois sempre quando tem eleições, a tendência é de enfraquecer o mercado”.
Heber Carvalho, presidente do Sincopeças-SP
VAREJO PAULISTA
Segundo Heber Carvalho, presidente do Sincopeças-SP, o varejo de autopeças está em franco crescimento. “Haja vista que a frota de veículos usados tem aumentado e a procura de peças para manutenção também é crescente, muito embora alguns veículos sofram com algumas peças em falta (principalmente os importados). Os resultados no varejo paulista do setor foram além da expectativa. Projeta-se com um crescimento de 10% no primeiro semestre”.
Em relação ao aumento da concessão de crédito para a aquisição de veículos novos e usados, Carvalho vê com bons olhos. “É uma expectativa de bons resultados para o setor automotivo. Quando alguém compra um carro novo, quase sempre um veículo usado também é colocado à disposição para outro alguém adquirir e esse veículo deverá passar para manutenção e reparação. Neste caso, com substituição de peças de desgastes pelo uso”.
Quanto aos impactos das eleições municipais no segundo semestre, diz ele, “acredito que o processo político municipal não venha a alterar o comércio varejista de autopeças. Quando falamos do setor, temos que identificar que são peças automotivas para veículos de passeio, caminhões e ônibus, além de peças para motocicletas, um segmento em franco crescimento”.
Goianinho Autopeças, de Belém (PA)
MERCADO LIVRE RECEBE LÍDERES DIGITAIS
DO
AFTERMARKET AUTOMOTIVO PARA DISCUTIR
NOVAS ESTRATÉGIAS E SOLUÇÕES PARA O MERCADO ONLINE
O evento, realizado presencialmente na Melicidade, sede do Mercado Livre, em Osasco (SP), reuniu mais de 140 participantes, entre líderes de marcas renomadas e parceiros estratégicos
Para falar sobre este evento de grande relevância, entrevistamos Márcio Fleury, Head de Autopartes, Ferramentas e Construção do Mercado Livre, que nos fez um resumo das principais discussões e insights compartilhados durante o encontro.
Balcão Automotivo - Quais foram os principais tópicos discutidos no Encontro Presencial dos Líderes Digitais do Aftermarket Automotivo?
Márcio Fleury - O evento teve como objetivo discutir estratégias para o mercado online, promover a troca de conhecimento entre líderes do setor, destacar o Mercado Livre como canal de venda e enfatizar nossas soluções exclusivas e benefícios. Durante a ocasião, destacamos os benefícios do nosso ecossistema — desde a força da nossa malha logística até as ferramentas que ampliam a visibilidade dos anúncios — para impulsionar o crescimento das marcas. Reforçamos nosso compromisso em continuar construindo um e-commerce mais inclusivo, ampliando a participação do canal digital em peças e acessórios, sempre focados em proporcionar a melhor experiência ao usuário. Nessa primeira versão realizada na Melicidade, sede do Mercado Livre no Brasil, em Osasco (SP), contamos com a presença de mais de 140 pessoas, em sua maioria líderes das maiores Marcas de Autopeças, como Bosch, Valeo, Cofap, Marelli, Arteb e parceiros estratégicos do Mercado Livre.
BA -Como as inovações e tendências apresentadas no evento podem impactar positivamente o mercado de reposição automotiva?
MF - Com o crescimento das compras online, as novidades apresentadas visam facilitar a busca por peças de alto giro e de
cauda longa, aumentando as vendas e expandindo o alcance das marcas, mesmo em locais de difícil acesso. Ao adotar essas novas práticas e tecnologias, proporcionamos uma experiência mais eficiente, conveniente, segura e padronizada para os clientes, facilitando suas decisões de compra e garantindo a qualidade da oferta para os compradores.
BA - Quais foram as principais iniciativas destacadas pelo Mercado Livre durante o evento para apoiar o crescimento do setor de aftermarket automotivo?
MF - Durante o evento, destacamos modelos de operações possíveis e ferramentas para que as marcas possam vender no B2B ou B2C em uma plataforma que é destino de compra da categoria e que já atua no segmento de autopeças há anos.
Simplificar e facilitar o processo de vendas do ponto de vista do vendedor e proporcionar uma compra segura do ponto de vista do comprador também foram prioridades destacadas. Além disso, considerando que a compra nesta categoria geralmente é por necessidade e urgência, enfatizamos uma nova experiência de envios ainda mais rápida, nossa solução para registro de marca,
Márcio Fleury - Head de Autopartes, Ferramentas e Construção do Mercado Livre
compartilhamento do catálogo e ferramentas para promoção e engajamento das marcas.
BA - De que maneira o Mercado Livre pretende colaborar com reparadores/ mecânicos, varejistas, distribuidores e indústrias para fortalecer a cadeia de suprimentos no mercado de reposição automotiva?
MF - O Mercado Livre busca sempre oferecer o maior sortimento possível para mecânicos e reparadores, além de ser uma referência em velocidade e garantia de entrega, tornando-se um braço direito do setor. É um lugar onde se encontra o que precisa, com qualidade de produto, serviço e preço adequado. Nosso processo de compra é desenhado para oferecer segurança ao comprador, proporcionando uma experiência sem fricção e facilitando a devolução ou troca de produtos, se necessário.
Para varejistas, distribuidores e indústrias, o Mercado Livre representa uma oportunidade de expansão, com milhões de compradores de peças. É um excelente canal físico com acesso a todo o País, além de ser uma solução para escoamento de produtos de menor giro ou com demanda específica, que dificilmente se encontram em fornecedores locais.
Por fim, como um dos principais diferenciais do nosso ecossistema,
Evento destacou modelos operacionais e ferramentas para que marcas vendam no B2B ou B2C em uma plataforma líder no segmento de autopeças
oferecemos soluções financeiras através do Banco Digital Mercado Pago, viabilizando acesso a crédito tanto para compradores quanto para vendedores. Além disso, permitimos parcelamentos em até 18 vezes, auxiliando no fluxo de caixa de pequenos, médios e grandes empreendedores.
BA - Quais são as expectativas e planos futuros do Mercado Livre para continuar impulsionando o mercado digital de reposição automotiva no Brasil?
MF - O Mercado Livre, como o maior e-commerce da América Latina, continuará desenvolvendo e aprimorando ferramentas para assegurar a melhor experiência ao usuário — ajudando-o a encontrar o produto correto, com prazo de entrega competitivo, facilidade em pagamento, entre outros. Nosso compromisso é continuar atuando para fomentar a democratização do comércio eletrônico.
Mercado Livre: uma oportunidade de expansão para varejistas, distribuidores e indústrias, com milhões de compradores de peças
PRÊMIO “MELHORES DO ANO” SINDIREPA-SP
A premiação destaca a excelência e a inovação no mercado de reparação de veículos, incentivando empresas a manterem altos padrões de qualidade e atendimento
Todo ano, o Sindirepa-SP – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo – realiza uma pesquisa com mecânicos para definir o ranking das três melhores marcas de autopeças, equipamentos e óleo lubrificante. Na 15ª edição da premiação, realizada no dia 18 de junho, na Fiesp, em São Paulo, foram anunciados os vencedores das 16 categorias de produtos, avaliados por 413 reparadores de todo o estado.
Promovido pelo Sindirepa-SP, o prêmio “Melhores do Ano” é um dos mais respeitados no setor de reparação de veículos, reconhecendo empresas e produtos que se destacam pela excelência, inovação e qualidade. A escolha dos vencedores de cada categoria foi feita por meio de uma votação popular online organizada pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva).
Criado em 2009, o Prêmio “Melhores do Ano” visa destacar os melhores parceiros e fornecedores de autopeças para o setor de reparação de veículos. A pesquisa avaliou as empresas participantes com base em quesitos como qualidade, disponibilidade e atendimento, e as melhores empresas, na visão
dos reparadores, foram premiadas com os selos Ouro, Prata e Bronze. Esses selos serão utilizados ao longo do ano para evidenciar o reconhecimento e a excelência dessas marcas no setor de reparação.
A pesquisa contou com o apoio das principais publicações do setor, como o Balcão Automotivo. Segundo o presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, a premiação se consolidou como uma celebração importante e aguardada pelo mercado, oferecendo uma plataforma para apresentar e homenagear as marcas que atendem às necessidades dos reparadores e constroem um relacionamento de confiança em um setor com diversos desafios e oportunidades.
Como de costume, o evento reuniu representantes de fábricas e entidades do setor. Organizado pelo Sindirepa-SP com o apoio do Grupo Photon, a premiação contou com a presença de fabricantes, diretores do Sindirepa-SP e presidentes de diversas entidades, incluindo Sindipeças, ANDAP, SICAP, Sincopeças Brasil, Sincopeças-SP, IQA, Conarem, Anfape e ASDAP.
A 15ª edição do Prêmio “Melhores do Ano” do Sindirepa-SP
Ganhadores Ouro
teve a BPROAuto como parceira da reparação. Bradesco Seguros, Cofap, Kolbenschmidt KS, Monroe Amortecedores, Porto Seguro Azul Seguro, Schaeffler (LUK INA FAG) e Takao foram patrocinadores Ouro; Mahle, Rede PitStop e SKF
foram patrocinadores Prata; e Bosch, Continental, Dana, Delphi, Denso, IQA, Motul, Solera Audatex, Wega e ZF foram patrocinadores Bronze.
Ganhadores Bronze
Ganhadores Prata
Tecnologia
Por: Karin Fuchs | Foto(s): Divulgação
O aumento da oferta de crédito deve se manter, impulsionando as vendas que já foram recorde neste ano. O automóvel continua sendo o preferido dos consumidores e intensifica o interesse pelos modelos eletrificados
Entre janeiro e maio deste ano foram vendidos 5,32 milhões de veículos novos e usados no Brasil, um recorde para o período desde 2008, graças ao aumento do volume de crédito concedido para financiamentos. A Fenauto prevê fechar este ano com 15 milhões de unidades comercializadas. Confirmado esse número, são cerca de 500 mil acima de 2023. O automóvel continua sendo o meio de transporte mais utilizado, conforme consta na Pesquisa Tendências do Consumidor –Mobilidade Urbana, elaborada pelo Data OLX Autos, e o aumento das vendas de veículos eletrificados muda a cadeia de suprimentos.
Esses e outros dados relevantes para todo o setor automotivo foram apresentados na 4ª edição do Conecta Autos do Grupo OLX, que aconteceu em junho, em São Pulo (SP), com o tema “Sua voz no comando”. Na abertura, o VP de Autos e Bens de Consumo do Grupo OLX, Flavio Passos, anunciou a criação do Índice de Veículos Usados (IVU) regionalizado. Desde fevereiro desse ano, o mercado já contava com o Índice Nacional de Veículos Usados, ambos, uma parceria do Grupo OLX com a Fenauto, cruzando indicadores de demanda na plataforma OLX e de venda reunidos pela Fenauto.
O primeiro deles foi da região Sudeste, lançado no evento. Por
ele, o Jeep Renegade lidera dentre o SUVs de 0 a 3 anos e entre 4 e 8 anos. Na sequência, o Ford Ecosport aparece na lista de 9 a 12 anos e dos automóveis com mais de 13 anos. Entre os hatches, destaque para o Hyundai HB20, de 0 a 3 anos, e o Toyota Corolla, de 4 a 8 anos. Nos Sedãs, o Corolla é o primeiro no segmento de 0 a 3 anos, e de 4 a 8 anos. Dentre os carros de 9 a 12 anos, a liderança é do Honda Civic.
Abertura: VP de Autos e Bens de Consumo do Grupo OLX, Flavio Passos
Evolução das Vendas - Fenauto
Vendas e crédito
Economista especializado no setor automotivo e colunista do portal InfoMoney, Raphael Galante, confirmou o que já tem sido dito pelo mercado: a oferta de crédito impacta diretamente nas vendas. Só em abril deste ano foram R$ 22,5 bilhões em concessões. “Foi o melhor mês na série histórica do Banco Central, com um crescimento de 57% na liberação de crédito para o financiamento de carros, em relação ao mesmo período do ano passado. E vai continuar aquecida a concessão de crédito”, afirmou.
O especialista também falou sobre o desempenho das vendas de veículos novos e usados, entre janeiro e maio deste ano. “Foram 5,32 milhões de veículos vendidos. Nunca se vendeu tanto carro como neste ano, principalmente, pela taxa de juros caindo e mais crédito ao consumidor. O crédito para veículos explodiu”, destacou.
Seminovos e usados
Pelas previsões da Fenauto, este ano deve terminar com 15 milhões de unidades comercializadas, algo em torno de 500 mil a mais que em 2023. “Superamos um imprevisto monumental, deixamos de ter 5 mil carros/dia sendo comercializados na região
Metropolitana de Porto Alegre e nas cidades afetadas, talvez esse número fosse maior se não tivéssemos as enchentes no Sul. Tem uma porção de coisas acontecendo no mundo que podem afetar a gente. Porém, se não afetarem tanto, a economia brasileira é uma das mais resilientes do mundo, vamos bater a marca dos 15 milhões”, enfatizou o presidente da entidade, Enilson Sales.
Automóvel é o preferido dos consumidores
No evento foi lançada a mais nova Pesquisa Tendências do Consumidor – Mobilidade Urbana, elaborada pelo Data OLX Autos, feita entre os dias 23 de maio e 3 de junho desse ano, com a participação de 2245 entrevistados. Entre as principais constatações, 80% possuem automóvel e 63% o utilizam frequentemente. Depois do automóvel, dentre os transportes mais seguros, os entrevistados citaram os aplicativos de mobilidade, táxis, deslocamentos a pé e de motocicletas, respectivamente.
Na pesquisa também foi questionada a intenção de troca do veículo. “Cerca de 7 a cada 10 usuários têm interesse de comprar um automóvel nos próximos seis meses, principalmente usados e seminovos para uso próprio”, expôs Taiane Martins, gerente de Insights e Pesquisas no Grupo OLX. Sendo que 16% pretendem comprar um modelo híbrido, 13% consideram comprar tanto elétrico quanto híbrido e 4% pretendem comprar um modelo eletrificado.
Eletrificados e a cadeia de suprimentos
Já é sabido que o avanço dos modelos eletrificados muda toda a cadeia de suprimento, porém, esse processo está acelerando, conforme apresentou Ricardo Roa, Head do Setor Automotivo da KPMG Brasil. “A mudança para conjuntos elétricos está acelerando, a conectividade transformando a experiência e, cada vez mais, se tornando uma experiência e não um produto. Os veículos elétricos têm 60% menos componentes do que os a combustão, haverá uma transformação da cadeia de suprimentos moldando e modificando componentes que deixarão de existir com a eletrificação”.
Concessão de Crédito
DIFERENCIAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE COMPETIÇÃO NO MERCADO DE AUTOPEÇAS
Não existe nada padronizado para atrair e manter cliente, cada um pode buscar a sua forma, mas alguns quesitos são essenciais, como atendimento, conhecimento, relacionamento e a qualidade das peças
Nesta matéria, Nino Carvalho, especialista em Marketing Estratégico e autor do livro MAIS MARKETING, menos guru (DVS Editora), e Beatriz Domingues, gerente de Produtos e Alianças da G2, mostram os caminhos para os varejistas se diferenciarem dos seus concorrentes e as estratégias para reter clientes. Ter simplesmente o produto não é uma delas.
Segundo Carvalho, qualquer tipo de empresa, inclusive uma loja, só pode se diferenciar de verdade de maneira sustentável e verdadeira de duas formas. “Ou ela tem um produto, alguma coisa ligada ao serviço, que só ela tem e ninguém mais tem, se eu quiser aquilo, eu sou obrigado a ir até ela. Ou a loja tem o que outras também têm, mas a minha loja é melhor, faz mais, faz além”.
Tendo um desses dois diferenciais, complementou Carvalho, “ainda é preciso ter certeza que os meus clientes valorizam aquilo e percebem a diferença. Então. é um conjunto de três coisas: eu tenho que ter algo exclusivo ou algo que eu comprovadamente faça melhor do que os outros, e depois os meus clientes têm que perceber isso e eles têm que valorizar”.
Ainda, de acordo com ele, “cada vez mais, a competição baseada em produto vai se tornando inútil e muito difícil de ser sustentada. Os competidores costumam ter acesso aos mesmos produtos e fornecedores e, mesmo que seja um produto mais diferente ou inovador, rapidamente alguém lança uma alternativa ou uma cópia. É só você ver qualquer novidade que é lançada, em duas semanas você vai na Temur, no Aliexpress, num competidor e eles já têm um
produto parecido ou igual”.
A competição, disse Carvalho, tem que ser com atributos ligados aos serviços, como atendimento, relacionamento, seja com o cliente ou com os outros stakeholders. O que Beatriz Domingues também concordou. “A qualidade e variedade do produto fazem a diferença, pois garantem que o cliente encontre tudo o que precisa em um único lugar, o que aumenta a conveniência e a confiança transmitida pela loja. Além disso, todo bom atendimento fideliza clientes e acaba transformando compradores ocasionais em consumidores recorrentes. Uma ótima maneira de alcançar isso é investir na humanização”.
Outras dicas dela são “os serviços adicionais como uma forma de aumentar a margem do negócio e atingir mais pessoas. Os recursos tecnológicos, não só inteligência artificial, mas também soluções como ferramentas de CRM, são uma forma de personalizar o atendimento e as ofertas de acordo com o histórico de compras e as preferências que aquele cliente já demonstrou dentro da loja, e oferecer ofertas e promoções exclusivas para clientes regulares”.
Digitalização e presença online
Para Beatriz, a digitalização e a presença online são as formas
para se diferenciar da concorrência. “Seja através de marketing de conteúdo e mídias sociais, que acabam aumentando a visibilidade e atraindo também consumidores que preferem comprar pela internet, mas que igualmente têm a opção de ir até a loja física. É importante também garantir a qualidade do atendimento ao cliente, de forma humanizada, rápida e eficiente”, ressaltou.
No nosso setor, ela apontou duas tendências, “a frota continuará crescendo, hoje está em torno de 47 milhões de veículos no Brasil, e até 2040 esse número deve crescer de 20% a 25%. Então, uma tendência geral é a digitalização, em que as autopeças irão precisar sair apenas do presencial e migrar para marketplaces e e-commerce”.
A segunda tendência é a chegada dos veículos elétricos. “Eles farão com que surja uma nova gama de produtos e serviços, sejam eles híbridos, elétricos ou flex. Pensando na Europa e nos países de primeiro mundo no geral, essas grandes transformações costumam ter uma data. Afinal, conseguimos entender qual é a tecnologia que está sendo prioritária para aquele momento e ter uma previsão mais assertiva, pelo fato de elas estarem sendo desenvolvidas e estarem surgindo dentro desses países. No caso do Brasil, quem vai determinar a velocidade dessas mudanças no mercado são os players, que são os varejistas, os distribuidores e os aplicadores”, comentou.
Nino Carvalho, especialista em Marketing Estratégico
Atração e retenção de clientes
Nas palavras de Carvalho, não existe nada padronizado para atrair e manter cliente. “Isso depende de vários fatores. Depende de questões dentro da empresa – capacidade de recursos, de dinheiro, de conhecimento, de tempo, como é a base de clientes, quais os produtos que ela vende – e fatores que não têm a ver com a empresa – fatores ambientais, contingências do momento, questões políticas, questões legais, questões ligadas a comportamento das pessoas, até questões também ligadas a mudanças do ambiente natural. Tem coisas que a gente não controla”.
Beatriz Domingues, gerente de Produtos e Alianças da G2
Segundo ele, saber como competir e se diferenciar é conhecer muito bem os seus clientes para identificar o que eles querem e não querem, o que eles preferem, as dificuldades e dores que eles têm para buscar resolvê-las. E que não há um meio específico para uma empresa ser mais efetiva para trazer clientes. “Para uns, pode ser colocar carro de som na rua rodando a praça da cidade, e para outros, pode ser ficar bombando no TikTok. O padrão é conhecer muito bem quais são os clientes que você quer atingir, saber quais são os diferenciais no meu posicionamento, ou seja, saber responder à pergunta um–, além de saber promover isso muito bem”.
Uma estratégia sugerida por Beatriz para atrair e reter clientes são os programas de fidelidade. “Por exemplo, oferecer pontos, descontos para futuras compras, fazer ofertas sazonais, entre outras ações, pode ser realizado tanto no online quanto no presencial. Portanto, é importante investir em um site otimizado para realizar vendas de forma mais ágil. Além disso, é crucial que a equipe de vendas mantenha um foco maior no contato proativo, pois à medida que leads chegam de forma orgânica e realizam compras quase independentemente, é fundamental que o vendedor esteja presente para apoiar e esclarecer dúvidas”.
Ela também sugeriu campanhas de parceria e colaboração. “São ótimas estratégias para atrair e reter consumidores, pois oferecem a oportunidade de colaborar com oficinas mecânicas, empresas de transporte e outras entidades para expandir a rede de clientes”. Outra sugestão é envolver influenciadores e indivíduos engajados na região através das plataformas digitais para recomendar seu estabelecimento. Além de um feedback contínuo.
“Ter um feedback contínuo dos clientes e usá-lo para melhorar produtos e serviços oferecidos também contribui para garantir a relevância da marca. Por fim, uma vez que a etapa de vendas esteja bem consolidada com dados precisos, é viável aplicar diversas tecnologias, como sistemas de automação, inteligência artificial, entre outros recursos, para auxiliar na atração e retenção de clientes. Isso não apenas diferencia a loja pela qualidade, mas também pela experiência que o cliente terá no dia a dia”, afirmou.
A escolha do cliente
Questionados sobre os principais motivos que levam o consumidor a comprar de uma loja e não de outra, Carvalho respondeu que isso varia muito e está muito ligado ao serviço prestado. “O que a gente pode falar é que, por padrão, por pesquisas, a maior parte dos clientes (mais de 70%) é muito vinculada às empresas por conta de questões ligadas ao atendimento e ao relacionamento. Isso pode ser para o bem ou para o mal. Cito o meu exemplo, eu já estava há 20 anos como cliente de um banco quando meu gerente mudou, e o novo só faz coisas que me fazem querer fugir de lá. Então, a parte de atendimento e relacionamento é certamente muito importante”.
Outro ponto destacado por ele é o conhecimento. “Existe um camarada que manja muito de marca, o que ele fala faz os clientes ficarem realmente fiéis a uma certa marca, uma certa empresa e não comprar com a concorrência é um vínculo emocional. Esse vínculo emocional a gente consegue também com aspectos ligados ao atendimento, e a experiência não tem que ser nada mirabolante, pode ser simplesmente fazer o que foi prometido”.
O problema, alertou Carvalho, é que as empresas normalmente prometem coisas que elas não conseguem cumprir. “Como elas acham que é muito difícil saber as expectativas, elas ficam achando que o cliente vai querer uma coisa mirabolante, fantasiosa. Não. O cliente costuma querer o mínimo. E esse mínimo significa desde coisas como respeito, ser tratado com educação, coisas assim, até receber o que foi prometido. Parece muito trivial, mas é um ponto central de falhas das empresas”.
Para Beatriz, a confiança na qualidade é fundamental, bem como um bom pós-venda. “Ter a garantia de produtos de alta qualidade é um fator decisivo na experiência do cliente. Ou seja, uma compra que seja fácil e agradável, seja online ou offline, mas que também tenha disponibilidade de produtos, preços competitivos e entrega ágil, são aspectos a serem considerados. Além disso, um bom pós-venda que ofereça esse cuidado ao cliente é crucial”.
Para finalizar, ela destacou que o pós-venda não precisa necessariamente ser realizado por uma pessoa, mas pode ser feito através de uma ferramenta de automação com inteligência responsável por validar as compras e acompanhar o processo junto com o cliente. “Por exemplo, fornecendo a rastreabilidade do produto e enviando feedback via WhatsApp, algo que um robô pode realizar para manter contato com o cliente final. Essas ações garantem que o cliente não seja perdido para outra solução ou outra loja devido a preços menores, ou que acabe sendo esquecido”.
JEITO DE SER
Questionado sobre como fazem para se diferenciar da concorrência, o fundador da Auto Norte, Carlos Eduardo Monteiro de Almeida (Cacai), sintetizou: “procuramos manter sempre acesa a cultura Auto Norte dentro de todos os colaboradores”. Quanto aos quesitos, qualidade e variedade de produtos, atendimento ao cliente, preços competitivos e serviços adicionais, ele respondeu que todos eles são importantes para se diferenciar. “Mas, digo ainda, que aliados a eles, o nosso diferencial é o jeito Auto Norte de ser”.
Sobre a estratégia para atraírem e manterem clientes, Cacai destacou a parceria com os fornecedores. “Sempre procuramos fortalecer a parceria com nossos fornecedores e dia a dia aumentamos nossa presença digital e nosso B2B”. Pela sua experiência, o que faz o cliente não voltar mais é o mau atendimento. “O que foge totalmente da cultura Auto Norte”.
ATENDIMENTO, RELACIONAMENTO, QUALIDADE E VARIEDADE
Na Secchi Autopeças, em Chopinzinho (PR), Thiago Secchi contou que eles buscam se diferenciar com preço justo, variedade de produtos e marcas, genuínas e opcionais, e estando próximo aos clientes. “Seja pelo WhatsApp, telefone, Skype. Como eles se adequam melhor, buscamos oferecer diversidade de canais de atendimento e estando também próximo a eles com visitas frequentes, inclusive, realizamos confraternizações com as principais oficinas mecânicas em datas especiais”.
Secchi também falou sobre prazo de entrega e o que torna o cliente recorrente. “Nós buscamos facilitar ao máximo para que ele tenha uma entrega rápida. O consumidor quer a disponibilidade do produto na empresa, a variedade que ele busca, prazo de entrega dentro da sua necessidade, meios de pagamentos condizentes, como por exemplo, parcelamentos com mais prazo, e soluções rápidas, como devoluções e garantias, são atributos que tornam o cliente recorrente”.
Segundo ele, esse modo de operar já pode ser considerado um programa de fidelidade. “Não temos programa de fidelidade, mas temos as visitas, um bom atendimento e um bom relacionamento, que acredito que já sejam programas de fidelidade, como também ser sincero, sempre falar a verdade e na questão de garantia, resolver o problema o mais rápido para o cliente”.
Para Secchi, situações como a falta de produto e/ou da marca e não oferecer uma forma de pagamento que se adeque ao bolso do cliente, fazem com ele não volte mais à loja. “Quando a empresa não está, em várias situações, com a convicção de suprir a necessidade do cliente, eu acredito que são essas situações que não tornam um cliente fiel e recorrente”, finalizou.
Carlos Eduardo Monteiro de Almeida (Cacai), fundador da Auto Norte e Peça Brasil
Thiago Secchi, da Secchi Autopeças, de Chopinzinho (PR)
AUTOP 2024
Por:
Aedição de 2024 da Autop, que será realizada de 21 a 24 de agosto, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, promete gerar mais de R$ 200 milhões em negócios, atrair mais de 40 mil visitantes, incluindo grandes marcas e parceiros do setor automotivo, além de apresentar inovações e tendências do mercado.
“A Autop é uma plataforma essencial para conectar profissionais, ideias e negócios na indústria, comércio e serviços do segmento automotivo. Estamos entusiasmados com a participação de grandes marcas e a oportunidade de fomentar a geração de negócios significativos para o setor,” afirma Ranieri Leitão, presidente do SSA e do Sincopeças Brasil.
Capacitação Técnica
A Autop 2024 oferece uma grande oportunidade para os profissionais do setor automotivo aprimorarem suas habilidades e conhecimentos
BALCÃO AUTOMOTIVO
Feira em Fortaleza espera gerar
R$ 200 milhões em negócios
técnicos. A Feira contará com palestras ministradas por especialistas das principais fábricas do Brasil, abordando novas técnicas, inovações e tendências de mercado.
“A Autop é essencial para conectar profissionais, empresários, ideias e negócios do segmento automotivo. Estamos nos unindo com todas as entidades do aftermarket automotivo do Brasil. Teremos a participação de grandes marcas e a oportunidade de fomentar a geração de negócios significativos para o setor,” reitera Ranieri Leitão.
O Balcão Automotivo marcará presença novamente na Autop, um dos principais acontecimentos da região Nordeste do Brasil. Durante a Feira, distribuiremos a edição préevento, que contará com entrevistas de empresários locais, a participação de entidades do setor e depoimentos dos diretores da Autop.
Nossa equipe de jornalismo estará presente durante os quatro dias do evento, visitando os estandes dos expositores da Autop 2024 para realizar entrevistas exclusivas. Essas entrevistas serão posteriormente disponibilizadas para divulgação nas plataformas desses expositores e nas do Balcão Automotivo.
Texto: Redação | Foto(s):
Divulgação
COM TECNOLOGIA API CK-4, LUBRIFICANTES MOBIL™
IMPULSIONAM A REVOLUÇÃO
TECNOLÓGICA DO SETOR
A indústria automobilística passa por uma transformação com a transição para motores mais eficientes e menos poluentes, impulsionada pela especificação API CK-4. Esta tecnologia promove motores a diesel mais sofisticados, com maior eficiência térmica e menor consumo de combustível. A Moove, referência em lubrificantes, lançou a linha Mobil Delvac™ com opções como 15W-40, 10W-30 e 10W-40 (Full Protection e Super Defense), que garantem alta performance e longa vida útil dos motores.
ÔNIBUS 100% ELÉTRICO
VOLVO COMEÇA A OPERAR REGULARMENTE EM CURITIBA
A Viação Redentor adquiriu o Volvo BZL Elétrico para o transporte urbano de Curitiba (PR). Com a meta de zerar emissões de CO2 até 2040, a Volvo já possui mais de 5.000 ônibus elétricos globalmente. O BZL Elétrico, com quatro baterias de 94 kWh e motor de 200 kW, oferece autonomia de até 300 km, com eficiência energética, baixo ruído e alta segurança. Curitiba, que busca zerar 33% das emissões de sua frota até 2030, é um parceiro histórico da Volvo, que iniciará testes com um biarticulado elétrico em agosto.
RANDON LANÇA LINHA ESPECIAL EM COMEMORAÇÃO AOS 75 ANOS DA MARCA
A Randon lança uma série especial em comemoração aos 75 anos da marca, com semirreboques exclusivos na cor “New R 75” e detalhes em dourado. A linha comemorativa inclui tecnologia Randon Smart, itens personalizados e condições especiais de aquisição, como taxas a partir de 0,75% e planos de pagamento facilitados. Claude Padilha, diretor Comercial, destaca que a série celebra a longa história com clientes e a inovação contínua da empresa, que já entregou mais de 550 mil unidades em 75 anos de atuação global.
TRANSPORTE
E CORRIDA NEUTRALIZAM 7T
DE GASES DE EFEITO ESTUFA NA COPA TRUCK
A ASG Motorsport recebeu o certificado da UNFCCC pela compensação de 7 toneladas de CO2 na etapa da Copa Truck no Autódromo Potenza, somando 12 toneladas compensadas, incluindo Londrina. A equipe é pioneira na Copa Truck ao adotar práticas ESG e compensar suas emissões. Esse trabalho continuará nas próximas etapas e eventos corporativos da equipe, com o objetivo de promover a sustentabilidade e a conscientização no automobilismo. O próximo evento da Copa Truck será de 2 a 4 de agosto no Autódromo de Interlagos.
ZF IMPULSIONA A TRANSFORMAÇÃO COM NOVAS TECNOLOGIAS E PLANOS DE LONGO PRAZO
Na preparação para o IAA Transportation 2024, a ZF apresentou inovações em descarbonização, segurança e digitalização no Global Technology Day. A principal novidade é a transmissão híbrida TraXon 2 Híbrida, projetada para veículos comerciais pesados e metas globais de CO2. A ZF destaca seu portfólio para mobilidade limpa e segura, com tecnologias como o software de controle cubiX e o serviço de IA Annotate para ADAS. A empresa também introduz um sistema de segurança para mudanças de faixa em caminhões.
CORTECO APRESENTA RETENTORES
PRO PARA LINHA PESADA
A Corteco, do Grupo Freudenberg, expande seu portfólio com os novos retentores PRO para caminhões Mercedes-Benz. Com tecnologia alemã, os retentores são para cubo de roda traseiro, lado interno (Código 2778PRO) e lado externo (Código 2679PRO), atendendo a diversos modelos de caminhões e ônibus. Desenvolvidos para condições extremas, esses componentes oferecem alta durabilidade e bom custo-benefício, facilitando a aplicação e garantindo a qualidade.
DESCUBRA COMO APLICAR AS DIFERENTES LONAS DE FREIO DA COBREQ
A Cobreq, parte do grupo TMD Friction, destaca sua linha de lonas de freio de alta performance para veículos comerciais, projetada para diferentes aplicações. As lonas NABK-140C, NABK-140, NABK-141 e NABK-142 garantem segurança, durabilidade e eficiência para carretas, caminhões e ônibus em várias condições. A NABK-140C é ideal para uso normal, NABK-140 para cargas leves, NABK-141 para estabilidade e baixa manutenção, e NABK142 para condições extremas.
FENATRAN VAI DEBATER AS PRÁTICAS DE ESG
NO SETOR DE TRANSPORTES
A agenda ESG (Meio Ambiente, Responsabilidade Social e Governança) está ganhando força no Brasil, com 71% das empresas adotando estratégias ESG, segundo pesquisa da Amcham. Na FENATRAN, o 7º Fórum Transporte Sustentável destacará esses temas com quatro painéis sobre ESG em logística e carga. Expositores como PUIK e Sumitomo Rubber demonstram compromissos com diversidade e sustentabilidade, enquanto a DAF Brasil adota práticas de inclusão e tecnologias sustentáveis em suas operações.
CONTINENTAL
PNEUS HOMENAGEIA A PROFISSÃO DE CAMINHONEIRO EM SUA PRIMEIRA CAMPANHA FOCADA EM PNEUS DE CARGA
A Continental Pneus lançou sua primeira campanha de carga na América Latina, “Eu Conecto o Meu País”, focada nos caminhoneiros, que são essenciais para o transporte de carga no Brasil e na região. Com um vídeo-manifesto emocionante e uma estratégia digital e multicanal, a campanha busca valorizar esses profissionais e reforçar a conexão entre a marca e o mercado. Criada pelas agências D’OM e Ariadna, a ação visa reconhecer o papel vital dos caminhoneiros na economia, destacando a importância do trabalho deles.
PASTILHAS
FRAS-LE SÃO SUBMETIDAS A CONDIÇÕES EXTREMAS NAS PISTAS DA COPA TRUCK
A Fras-le é, pelo quarto ano consecutivo, a fornecedora oficial das pastilhas de freio dos caminhões da Copa Truck. Desde 2021, a parceria visa promover a marca e garantir segurança nas pistas. Robson Lipniarski, consultor de Marketing de Produto, destaca que as pastilhas Fras-le enfrentam condições extremas, como frenagens críticas em alta velocidade. Com 70 anos de história e presença em mais de 120 países, a Fras-le continua a oferecer produtos de alta qualidade e desempenho.
O VAREJO DE AUTOPEÇAS GAÚCHO
SEGUE NA BATALHA PARA SE RECUPERAR
Enquanto algumas empresas retomaram suas atividades, outras ainda estão na fase de limpeza, e ainda há muito a ser feito para que elas voltem à normalidade
Ovarejo de autopeças do Rio Grande do Sul continua na luta para se recuperar das enchentes que devastaram o Estado. Alguns lojistas já voltaram a funcionar e outros ainda estão na fase de limpeza para retornarem às suas atividades. Desde o início, o Sincopeças-RS trabalha arduamente para que essas empresas voltem à normalidade, pleiteando medidas por parte dos governos federal, estadual e municipal para dar um fôlego para elas. Nesta entrevista, Marco Antônio Vieira Machado, presidente do Sincopeças-RS, relata a atual situação do varejo gaúcho.
Balcão Automotivo - Como está a recuperação dos varejistas de autopeças?
Marco Antônio Vieira Machado - A maioria das empresas já voltou a funcionar na capital gaúcha, embora tenha sofrido perdas significativas de estoque, equipamentos, mobiliário e parque de informática. Alguns estabelecimentos, em pontos mais afetados, ainda estão em fase de limpeza para tão logo retomarem suas atividades. Nos próximos dias faremos visita ao Vale do Taquari para verificar in loco a situação do comércio (a entrevista foi feita na primeira semana de julho).
BA - Eles estão conseguindo recuperar o seu faturamento?
MM - Boa parte das empresas está retomando as atividades, algumas trabalhando com 30% ou 40% de seu estoque, recebendo mercadorias na medida do possível. Outras têm mais dificuldades, pois perderam grandes quantidades de estoque, maquinário, parque de informática e estão atendendo parcialmente. E temos um pequeno grupo que ainda não retomou as atividades.
O Sincopeças-RS está fazendo uma pesquisa de prejuízos junto ao setor para ter dados mais assertivos na tomada de decisões futuras. A recuperação de faturamento depende muito do tamanho dos prejuízos e localização dos estabelecimentos, pois cada um vive uma realidade diferente.
BA - Como ficou a questão do estoque perdido?
MM - O Sincopeças-RS vem atuando junto às fábricas para que façam o recolhimento adequado de peças, filtrem e destinem ao descarte correto, caso o item seja inservível, evitando problemas futuros em relação a garantias. Do contrário, caso o produto ainda seja utilizável, volte às prateleiras sem prejuízo ao consumidor.
Foto(s): Divulgação
BA - Está havendo desabastecimento nas lojas por conta da logística?
MM - De alguns itens muito específicos, apenas. De modo geral, os lotes estão chegando e abastecendo o comércio. Acreditamos que não vamos enfrentar um desabastecimento a ponto de chamar atenção. Reparadores estão buscando em dois ou três lugares diferentes, mas estão encontrando as peças.
BA - Houve alguma novidade sobre os principais pleitos de vocês junto ao governo?
MM - Muito pouco se avançou. Conseguimos uma isenção tributária municipal (Porto Alegre) para o IPTU; as empresas enquadradas no Simples Nacional passaram a ter direito, recentemente, à restituição do ICMS ST, mas ainda não há resolução para as empresas do Regine Geral, que possuem valores mais significativos a receber; em âmbito federal, a prorrogação de tributos por apenas três meses se mantém, o que é muito pouco. Estamos, juntamente à Fecomércio-RS, pleiteando a isenção ou aumento desta prorrogação.
As empresas também estão aderindo ao Apoio Financeiro Federal no valor de duas parcelas de R$ 1.412, para auxiliar no pagamento da folha dos funcionários. O processo é burocrático, resultando em dificuldade no andamento dos processos, além do curto prazo para adesão, que foi estendido para 12 de julho.
Marco Antonio Vieira Machado, presidente do Sincopeças-RS
E as duas principais linhas de crédito (Pronampe e BNDES) vieram muito regradas, com muitas obrigações acessórias, que fizeram com que boa parcela das empresas optasse por não aderir, diante do risco do comprometimento futuro da operação, sem ter a certeza da saúde do mercado.
BA – Finalizando, quais são os próximos passos para a recuperação do setor? O que é mais urgente?
MM - Seguimos na luta junto ao governo do estado para que a devolução do ICMS ST se concretize de fato, também na busca de isenções tributárias ou aumento das prorrogações para pagamentos, assim como a oferta de linhas de crédito mais facilitadas.
AJUDE AS EMPRESAS DO RS!
Junto ao Sincopeças Brasil, o Sincopeças-RS lidera uma campanha nacional para arrecadar verbas para a recuperação do varejo gaúcho. Para participar, a chave PIX é o CNPJ: 92961523000112.
Conforme publicado na matéria de capa da edição anterior, 449 varejistas foram impactados pelas enchentes, com perdas de estoque estimadas em R$ 222,21 milhões e em R$ 666,63 milhões pelos dias sem faturar, segundo um levantamento da Fraga Inteligência Automotiva.
Comportamento
por: Valtermário Rodrigues*
MEU NOME É...!
Chamar o cliente pelo nome é muito importante. Pode fazer toda a diferença e ajudar a maximizar vendas, pois essa é uma ação que demonstra empatia, faz com que seu interlocutor se sinta mais valorizado e mais suscetível a fechar negócios.
Certa vez, retornei ao restaurante onde almoçava diariamente.
Passaram-se muitos anos e, ao chegar ao caixa para pagar a conta, o atendente, com sorriso no rosto, desenvolveu o seguinte diálogo: Sr. Valter, tudo bem? Há muito tempo o Senhor não aparece por aqui! Ainda está na empresa tal? Muito prazer em revê-lo. Volte sempre!
Foto(s): Divulgação
Fiquei surpreso ao perceber que o atendente lembrou-se de minha fisionomia e até do meu nome, mesmo após muito tempo sem frequentar aquele restaurante. Retornei para a empresa pensativo, afinal sou muito observador nessas questões que envolvem o atendimento ao cliente.
Na verdade, ao chegar à empresa, percebi que ao sair para almoçar, me esqueci de tirar o crachá e lá estavam o meu nome e o nome da empresa, à altura do tórax, local de fácil visualização pelo atendente. Se ele realmente se lembrou do meu nome eu não sei, mas me atendeu com muita cortesia.
Não sei se já aconteceu com vocês, de ser abordado por alguém, demonstrando satisfação por ter lhe reencontrado e lhe chamar pelo seu nome; perguntar sobre amigos em comum; sugerir novos contatos a partir daquele momento... e você não ter a mínima ideia de onde conhece a pessoa ou, até se recorda da fisionomia, porém, não lembra o nome, fica com vergonha de perguntar com quem está falando e de onde o conhece e, ao terminar a conversa, fica com aquela dúvida, na cabeça, lhe incomodando.
Algumas pessoas são conhecidas com o sobrenome (nome da empresa) incorporado ao seu nome, por exemplo: Silvio Rocha, do Balcão Automotivo; Valter, da Sama. Outras pessoas são conhecidas ao incorporar ao seu nome o sobrenome do tipo de negócio de sua atuação, por exemplo: José, o rei do Hot Dog; João das baterias.
Bom dia, meu cliente! Assim aconteceu o contato de pósvenda após a compra de um carro zero KM. Os demais contatos a partir desse primeiro, para tratativas desde a apresentação de documentação até entrega do carro, aconteceram dessa forma, ou seja, a vendedora, simplesmente, se dirigia ao cliente não o chamando pelo nome e sim: “meu cliente”. Não sei se essa é uma orientação da concessionária, acredito que não, me parece falta de treinamento. Uma falha de atendimento para um princípio básico na comunicação: se dirigir ao cliente pelo seu nome.
Assim como no trecho da música de Gal Costa: “Meu nome é Gal”, o cliente tem orgulho de ser chamado pelo próprio nome e
ele até poderia ou deveria falar com a vendedora: “Meu nome é fulano de tal”. Um importante feedback capaz de, possivelmente, fazê-la refletir sobre o tema.
A boa comunicação é, portanto, muito importante: cabe ao vendedor conhecer o perfil do cliente; utilizar-se de um vocabulário adequado e realizar o atendimento de forma imediata visando a resolução de seus problemas. O cliente precisa ser ouvido e compreendido.
Geralmente, os clientes reclamam de demora no atendimento, falta de informação, vocabulário inadequado e postura. Quando isso acontece, o cliente perde a confiabilidade e acaba procurando a empresa concorrente.
Utilizar expressões como: um “momentinho”, um “minutinho”, só um “pouquinho”; usar vocativos do tipo: meu bem, coração, querida, flor; usar gírias ou ditos populares, diminutivo ou aumentativo; não chamar o cliente pelo nome, é postura inadequada, distancia o cliente e não personaliza o atendimento.
O bom vendedor precisa ter carisma; empatia; sorriso no rosto e na voz; falar claramente; transmitir segurança; ter bom humor e ser cordial; criar um canal de comunicação confiável; usar um tom de voz natural e ser responsável pelas suas palavras e atitudes.
Muito, provavelmente, a maioria de nós já leu alguma frase publicada na internet assinada por: “autor desconhecido” e ficamos curiosos, porém, sem saber que a escreveu.
Esse artigo, “Meu nome é...!, foi escrito, por mim, Valtermário Rodrigues, colunista da Revista Balcão Automotivo desde 2018 –seção comportamento.
Aos meus leitores, anônimos ou não: João, Antonio, José, Pedro, Geraldo, Manuel, Daniel, Benedito, Anderson, Maria, Graça, Josefa, Célia, dentre tantos outros, meu muito obrigado.
Até breve!
*Coordenador Regional Administrativo das Filiais das Regiões Norte/Nordeste e Centro-Oeste da Companhia Brasileira de Distribuição Automotiva S/A – Filial Salvador | Escritor | Administrador de Empresas com Ênfase em Marketing | MBA em Gestão de Empresas e MBA em Liderança e Coaching
VENDAS DE VEÍCULOS SE MANTÊM AQUECIDAS NA CASA DOS DOIS DÍGITOS
Com os resultados do primeiro semestre, a Anfavea e a Fenabrave revisaram as projeções para este ano. Os números são positivos também no segmento de seminovos e usados
primeiro semestre terminou com o mercado de veículos aquecido. Pelos números da Fenabrave foram 1,14 milhão de unidades emplacadas, entre leves e pesados, 14,6% acima do mesmo período do ano anterior. Comparando os dois períodos, com mais de 848 mil unidades emplacadas, automóveis tiveram uma expansão de quase 15,8%.
Em junho, foram 214,3 mil unidades emplacadas (automóveis, utilitários leves, caminhões e ônibus), 6,3% superior ao mês anterior e 13,1% acima de junho de 2023; o melhor para o mês desde 2019. Automóveis somaram 163,8 mil unidades, 13,74% acima de maio e 15,36% acima do mesmo mês de 2023.
Entre os fatores está a oferta de crédito, conforme dito pelo presidente da Fenabrave, Andreta Jr. “Foi um resultado consistente, já que tanto volume total como a média diária de vendas cresceram. À exceção dos comerciais leves, todos os segmentos tiveram alta
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea
na comparação com o mês anterior. O crédito tem tido um papel importante neste resultado”. No primeiro semestre deste ano, a média diária de vendas foi 16,3% superior ao mesmo período de 2023.
Projeções para este ano
Pelas novas projeções da Fenabrave, 2024 deve terminar com um incremento de 16,7% no volume de emplacamentos de leves e pesados, quando comparado ao ano passado, ante um aumento de 13,5% projetado no início do ano. Automóveis e comerciais leves devem apresentar uma expansão de 15%, caminhões, alta de 12%, e ônibus, um crescimento de 20%.
Já a Anfavea projeta um crescimento de 10,9% nas vendas.
A projeção anterior era 6,1% também em comparação a 2023. “Fechamos 2023 com 2,39 milhões de unidades emplacadas e chegaremos a 2,56 milhões neste ano. Para esse crescimento
se concretizar, o mercado tem que ser, mês a mês, entre 5% e 6% superior ao que foi no ano passado. O que é possível. Até agora, crescemos 14,6%”, comentou o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite.
Para veículos leves, a alta prevista é de 5,7% sobre 2023, com 2,417 unidades emplacadas e alta de 13,8% para os pesados, totalizando 143 mil unidades. Um número que poderia ser superior na categoria de leves, se não fosse o aumento do volume de importados.
No primeiro semestre foram quase 200 mil modelos emplacados, 38% acima do mesmo período de 2023 ou 54 mil unidades a mais.
A maioria vinda da China (78%), uma alta de 449% sobre o 1º semestre de 2023. O setor defende a elevação urgente do Imposto de Importação para 35%, como ocorre com outros importados.
Seminovos e usados
Pelo relatório da Fenauto, as vendas de veículos seminovos e usados tiveram uma alta de 7,2% no primeiro semestre sobre o mesmo período de 2023, somando mais de 7,3 milhões de unidades. Entre maio e junho deste ano foram
MODELOS MAIS TRANSACIONADOS EM JUNHO/2024
AUTOMÓVEIS
VW - GOL - 62.344
FIAT - UNO - 34.255
FIAT - PALIO - 33.222
Fonte:
Enilson Sales, presidente da Fenauto
quase 1,3 milhão de unidades comercializadas, 7,3% acima do mesmo período de 2023. Segundo a entidade, de maneira geral, tem sido mantida a média de cerca de 1,2 milhão de veículos comercializados por mês.
“Se fizermos uma conta simples para os próximos meses e somarmos ao já registrado até agora, poderemos chegar a mais de 15 milhões de veículos até dezembro. Lembrando que no final do ano, o varejo sempre tem uma evolução maior por conta das festas de final de ano, 13º, promoções de vendas, etc., assim, a nossa expectativa é algo próximo de 15,3 milhões, um resultado muito bom, considerando os efeitos das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, um dos estados que mais contribui com vendas para o resultado nacional, mas que vem recuperando seu potencial rapidamente”, comentou o presidente da Fenauto, Enilson Sales.
Nas concessionárias, pelo balanço da Fenabrave, as transações de veículos leves e pesados usados no primeiro semestre cresceram 7,2% sobre o mesmo período de 2023, com mais de 5,6 milhões de unidades. Automóveis e comerciais leves representaram um crescimento de 7,7% no período; caminhões tiveram uma queda de 1% e ônibus, uma retração de 6,2%.