Revista Balcão Automotivo ed 212

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HÁ 17 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE À REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA

REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA SE UNE PARA A RECONSTRUÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL

Para a retomada, as empresas necessitarão de ajuda e linhas de crédito. As entidades do setor estão se mobilizando, inclusive junto ao Governo Federal. Parcerias dentro da cadeia se destacam nesse cenário de crise.

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FRAS-LE 70 ANOS

GESTÃO EFICIENTE DE ESTOQUE

MEUS DIAS COM O DOLPHIN

Para celebrar essa trajetória, entrevistamos Sergio Montagnoli, diretor de Vendas e Marketing da Frasle Mobility.

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A diversidade de marcas, modelos, motores e variantes de veículos torna a gestão de estoque crucial.

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“Passar uma semana com o Dolphin foi revelador. Este carro elétrico eficiente oferece modernidade, conforto e sustentabilidade”.

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HÁ 17 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO DE QUALIDADE À REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA

Balcão Automotivo é uma publicação dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.

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DESAFIOS E ESPERANÇAS APÓS O DESASTRE CLIMÁTICO

NO RIO GRANDE DO SUL

Na edição de junho do Balcão Automotivo, abordamos as consequências devastadoras que o recente desastre climático trouxe para o setor de reposição automotiva no Rio Grande do Sul. Com praticamente 94% dos municípios do estado impactados pelas chuvas, as empresas enfrentam desafios sem precedentes para se recuperar e retomar suas operações plenamente.

Segundo dados da Fraga Inteligência Automotiva, as perdas são alarmantes. Mais de 3.900 oficinas, com um faturamento conjunto que ultrapassa R$ 3,4 bilhões, foram severamente afetadas, muitas delas situadas em áreas alagadas, enfrentando a perda total de equipamentos essenciais. Distribuidores e varejistas também sofrem com perdas significativas, estimadas em centenas de milhões de reais em estoques comprometidos e dias sem faturar.

A situação exige uma resposta urgente e coordenada. Um plano robusto de recuperação é essencial, envolvendo não apenas as próprias empresas afetadas, mas também o apoio do governo federal e das entidades do setor. As parcerias se tornam cruciais nesse contexto de reconstrução, destacando a importância da união entre os diversos elos da cadeia automotiva.

No Suplemento Especial Vendedor Automotivo, exploramos a vital importância da gestão eficiente de estoques. Especialistas

Foto capa: Alfonso Abraham

Arquivo: Prefeitura Municipal de Porto Alegre

enfatizam que o monitoramento preciso do fluxo de mercadorias e a alocação estratégica de recursos são fundamentais para garantir a sustentabilidade operacional das empresas. A automatização dos processos, o treinamento contínuo da equipe e o fortalecimento das relações com fornecedores emergem como medidas indispensáveis para mitigar os impactos negativos e impulsionar a recuperação do setor.

Em 2024, a Fras-le, líder no setor de materiais de fricção da Frasle Mobility, comemora 70 anos de história. Para compartilhar mais sobre essa trajetória marcante, entrevistamos Sergio Montagnoli, diretor de Vendas e Marketing da Frasle Mobility. Ele destaca as diversas iniciativas planejadas para celebrar essa data especial, incluindo campanhas publicitárias especiais, vídeos institucionais com uso de Inteligência Artificial, um livro comemorativo e exposições de aquarelas. Essas ações não apenas reafirmam o compromisso da Fras-le com a inovação e a sustentabilidade, mas também demonstram seu apoio contínuo aos esforços de reconstrução na comunidade.

Este é um momento crucial para unir esforços, superar adversidades e promover a resiliência do setor automotivo no Rio Grande do Sul. Com determinação e cooperação, podemos transformar desafios em oportunidades, avançando rumo a um futuro mais próspero e sustentável para todos.

Local: centro de Porto Alegre, em destaque o Mercado Municipal

DIRETORIA

DIRETOR COMERCIAL

Edio Ferreira Nelson edio@jornalbalcaoautomotivo.com.br

CONSELHEIRO CONSULTIVO

Carlos de Oliveira

COMERCIAL

EXECUTIVO DE CONTAS Richard Faria richard@jornalbalcaoautomotivo.com.br

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EDITOR-CHEFE Silvio Rocha redacao@jornalbalcaoautomotivo.com.br

Karin Fuchs redacao2@jornalbalcaoautomotivo.com.br

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Felipe Orban Robson Breviglieri Valtermário Rodrigues

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Gabriela Medeiros gabriela@jornalbalcaoautomotivo.com.br

FINANCEIRO

Analista Financeira: Luciene Moreira luciene@jornalbalcaoautomotivo.com.br

Apoios e Parcerias

MAGNETI MARELLI APONTA PARA OS CUIDADOS ESSENCIAIS COM AS VELAS AQUECEDORAS

A Magneti Marelli, destacando a importância das velas aquecedoras para a temporada de inverno, explica seu papel crucial em motores a diesel, aquecendo a câmara para facilitar a partida suave. Essas velas operam em temperaturas de até 900°C, otimizando a ignição do combustível. Após a partida, continuam ativas para evitar falhas até que o motor atinja a temperatura ideal. Elas ajudam a prolongar a vida útil da bateria e do motor de partida, além de reduzir emissões.

NAKATA PARTICIPA DA MAIOR COMUNIDADE DE MECÂNICOS DO BRASIL

ISAPA LANÇA PARCERIA COM FOCO EM RECICLAGEM E COMPENSAÇÃO AMBIENTAL COMO INCIATIVA ESG

A Isapa lançou o programa Transforma no início de 2024, focado nos pilares Ambiental, Social e de Governança. Uma das primeiras iniciativas foi a eliminação dos copos descartáveis em seus escritórios e centros de distribuição. Em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Isapa anunciou uma parceria estratégica com a Eu Reciclo. Esta colaboração visa aumentar as taxas de reciclagem de embalagens no Brasil, recebendo o selo de reconhecimento por seu compromisso ambiental.

A Nakata, fabricante de componentes automotivos, fortalece seu suporte aos mecânicos ao participar da maior comunidade online de mecânicos do Brasil. A empresa oferece treinamentos presenciais e digitais, compartilha conteúdos técnicos variados e interage com profissionais para fornecer orientações sobre reparos e produtos de sistemas de freio. Essa iniciativa visa entender as necessidades dos reparadores e auxiliá-los na solução de problemas complexos, promovendo aprendizado mútuo e enriquecimento da comunidade técnica.

THYSSENKRUPP ANUNCIA

INVESTIMENTO DE R$ 120 MILHÕES EM SUAS OPERAÇÕES AUTOMOTIVAS

NO BRASIL

A thyssenkrupp anunciou um investimento de cerca de R$120 milhões em suas operações automotivas no Brasil, visando aprimorar as capacidades de suas plantas locais para atender à crescente demanda das montadoras. O aporte permitirá a expansão da produtividade, implementação de tecnologias avançadas e aquisição de máquinas modernas. A planta de Poços de Caldas (MG) aumentará sua capacidade de produção de eixos de comando de válvulas, e a unidade de São José dos Pinhais (PR) ampliará a produção de sistemas de direção.

Paulo Alvarenga, ceo da ThyssenKrupp

SKF PROMOVE GESTÃO EM ESG COM A REPOTENCIALIZAÇÃO DE ROLAMENTOS

A SKF promove práticas de recuperação de recursos industriais e desenvolvimento sustentável através da SKF Ixion Solution Factory, inaugurada em 2002. A empresa foca na repotencialização de rolamentos, associada à economia de baixo carbono e à economia circular. Este processo não apenas reduz resíduos e economiza recursos naturais e energia elétrica, mas também proporciona benefícios financeiros como a diminuição de custos de manutenção e estoques.

BORGWARNER

ANUNCIA NOVA

DIRETORA GERAL

DA SUA UNIDADE

EM ITATIBA-SP

A BorgWarner anunciou Melissa Mattedi como a nova diretora Geral da sua unidade em Itatiba (SP). Na empresa desde 2017, Melissa tem formação em Ciências Contábeis e um mestrado em Administração Estratégica de Negócios pela FGV, e recentemente atuou como Controller da planta ETTS no Brasil. A unidade de Itatiba, pioneira na produção de turbocompressores flex para veículos leves, produziu mais de 9 milhões de turbocompressores em 2023, representando 45% dos motores turbos flex no País.

NTK LANÇA INTERRUPTORES DE PRESSÃO DE ÓLEO

CORTECO NA OFICINA É A NOVA WEBSÉRIE DA MARCA COM DICAS TÉCNICAS PARA REPARADORES

A Corteco, marca do Grupo Freudenberg, lançou a websérie “Corteco na Oficina”, no YouTube, para fornecer informações técnicas e dicas sobre seus produtos automotivos. A primeira temporada tem 10 episódios, lançados semanalmente, abordando produtos para veículos leves, pesados e motocicletas. Executivos da Corteco, incluindo Ricardo Piffer, Alexandre Morselli e Eduardo Diniz participam da apresentação do conteúdo. A websérie visa esclarecer dúvidas dos reparadores de forma ágil e fortalecer a marca.

A Niterra, multinacional japonesa proprietária das marcas NGK e NTK, lançou uma nova linha de interruptores de pressão de óleo NTK. Esses produtos, para se ter uma ideia, atendem a diversos veículos da frota brasileira, incluindo modelos da GM, Fiat, VW, PSA e Ford, com motores de 1.0 a 3.0. Os interruptores monitoram a pressão do óleo do motor, acionados por um sistema interno, garantindo o bom funcionamento do sistema de lubrificação do veículo e preservando o motor.

RIO APRESENTA “GARAGEM DO EXPERT”

Para apoiar mecânicos e retificadores, a RIO – Riosulense S.A. lançou o Programa Garagem do Expert, uma plataforma de videoaulas técnicas sobre motores. Os primeiros conteúdos incluem motores em geral, cabeçotes, componentes e ferramentas. A plataforma será atualizada constantemente e permitirá que os participantes formem uma comunidade, interajam em fóruns gamificados e ganhem pontos que podem ser trocados por materiais digitais ou brindes físicos da empresa, conforme explica Mariana Contesoto, coordenadora de Marketing da RIO.

DENSO LANÇA MÁQUINA

RECICLADORA NA AMÉRICA DO SUL

A DENSO BRASIL lançou a máquina recicladora WFRK-04 na América do Sul, destinada à manutenção de sistemas de ar-condicionado automotivo em oficinas mecânicas. Já sucesso na Europa, América do Norte e Ásia desde 2016, a máquina é compacta, de fácil operação e baixo custo de manutenção. Ela inclui impressora térmica, mangueiras e uma trava de segurança da balança. Projetada para o refrigerante HFC134a, a WFRK-04 realiza recuperação e reciclagem de refrigerante, vácuo, preenchimento manual de óleo e preenchimento de refrigerante.

BOSCH REGISTRA FATURAMENTO DE 9,8 BILHÕES DE REAIS NA AMÉRICA LATINA EM 2023

A Bosch fechou o ano fiscal de 2023 com vendas totais de 9,8 bilhões de reais na América Latina, incluindo exportações e vendas das empresas coligadas. O Brasil representou 79% desse faturamento, com 7,9 bilhões de reais, dos quais 23% vieram de exportações para América Latina, América do Norte e Europa. Gastón Diaz Perez, CEO da Robert Bosch América Latina, destacou o forte desempenho de vendas nos últimos três anos, especialmente em soluções para mobilidade, ferramentas elétricas, tecnologia industrial e serviços.

COM EXPECTATIVA DE CHEGAR A 5.000 OFICINAS, MECANIZOU EXPANDE SEUS SERVIÇOS PARA GRANDE SÃO PAULO E GUARULHOS

A startup Mecanizou, que conecta oficinas mecânicas a fornecedores de peças automotivas, duplicará o número de oficinas atendidas, alcançando 5.000 clientes até o final de julho. Devido à alta demanda, a empresa está expandindo para novas áreas de São Paulo e Guarulhos. Com mais de 300 fornecedores e 1 milhão de peças em seu banco de dados, a Mecanizou busca fortalecer sua presença e fomentar a inovação. O próximo passo é expandir para a região do ABC paulista.

DESCARTE CONSCIENTE ABRAFILTROS

RECICLA MAIS DE 40 MILHÕES DE FILTROS

AUTOMOTIVOS E CHEGA PERTO DA QUANTIDADE DA FROTA CIRCULANTE

No Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06), a Abrafiltros anunciou que seu programa Descarte Consciente Abrafiltros reciclou mais de 40 milhões de filtros de óleo lubrificante automotivo, de julho de 2012 a abril de 2024. Esse número representa quase toda a frota de 46,6 milhões de veículos em circulação, segundo o Sindipeças. João Moura, presidente-executivo da Abrafiltros, destacou que o programa não apenas cumpre as legislações de logística reversa pósconsumo, mas também demonstra a preocupação do setor de filtros com o meio ambiente.

PASTILHAS CERÂMICAS COBREQ TAMBÉM DISPONÍVEIS PARA VEÍCULOS HÍBRIDOS E ELÉTRICOS

A Cobreq reafirma seu compromisso com inovação e qualidade através de sua linha de pastilhas de freio cerâmicas. Este produto se destaca pelo desempenho, durabilidade e conforto na condução, reduzindo ruídos e sujidades. As pastilhas cerâmicas estão disponíveis na reposição para veículos como Toyota Corolla, Lexus ES, Ford Fusion, Volkswagen Golf e Renault Zoe. Raulincom Silva, coordenador da Assistência Técnica, destaca que a Cobreq busca oferecer soluções avançadas e sustentáveis, especialmente para carros híbridos e elétricos.

FRASLE MOBILITY APRESENTA SOLUÇÕES PARA ELETROMOBILIDADE EM FEIRA NA COLÔMBIA

A Frasle Mobility participou da feira Autopartes em Medellín, Colômbia, de 05 a 07 de junho. Destacou lançamentos voltados para eletromobilidade e sustentabilidade, como as pastilhas de freio Frasle EHnergy para veículos elétricos e híbridos, além dos discos de freio Fremax. A linha Maxcoating da Fremax, com pintura resistente à corrosão e tecnologia Safety Check, também foi apresentada. O estande incluiu produtos para linhas pesada, leve e motocicletas, além de soluções em amortecedores e suspensões da Nakata.

Ian Faria, cofundador e CEO da Mecanizou, e André Simões, cofundador

SPORTECH

DESTACA NO FESTIVAL INTERLAGOS

2024 AS CINCO MARCAS

INTERNACIONAIS DO MERCADO DUAS RODAS

Em sua estreia no Festival de Interlagos, que aconteceu no mês de junho deste ano, a SPORTECH, lançada em março, destacou produtos das marcas internacionais que representa: Athena, GET e Selle Dalla Valle (Itália), Leatt (África do Sul) e Vedamotors (Brasil). A empresa aproveitou a oportunidade pra apresentar novidades recentes no mercado nacional. “Mostramos nosso potencial valorizando as marcas do nosso portfólio e ampliando o relacionamento com clientes, expositores e consumidores”, disse Raissa Bazzani Felippe, diretora de Relacionamento da SPORTECH.

MOTUL DISTRIBUI INGRESSOS PARA O GP MOTUL NO FESTIVAL DE INTERLAGOS

O Festival Interlagos (edição motos) e o GP Motul (etapa do Moto1000GP) têm datas próximas no Autódromo de Interlagos. A Motul, multinacional francesa de lubrificantes, aproveitou para vincular os dois eventos. No Festival Interlagos, a Motul distribuiu ingressos para o GP Motul, em 29 e 30 de junho, através da ativação “wheeling machine”. No festival, a Motul lançou a Motul Shop, uma loja conceito com produtos de lifestyle da marca. “Trouxemos modernidade e exclusividade nos produtos, reforçando a presença da Motul no Brasil”, afirmou Luan Maria, gerente de Comunicação e Marketing.

FESTIVAL INTERLAGOS É UM ESPETÁCULO QUE ENCANTA A TODOS OS GOSTOS, IDADES E TRIBOS

O Festival Interlagos, totalmente consolidado em São Paulo, ofereceu uma experiência única para os amantes de motos. O evento contou com test rides de mais de 10 marcas, estandes de todas as grandes montadoras e atrações variadas, como uma arena de ativações, pistas de mobilidade urbana, off-road, motocross e Flat Track, além de shows acrobáticos como o Globo da Morte. O Museu Duas Rodas, patrocinado pela Texaco, exibe motos históricas, proporcionando uma viagem pela história do motociclismo brasileiro. O festival é uma celebração da paixão por motos, que encantou a todos os visitantes.

DUCATI APRESENTA TRÊS NOVOS

PRODUTOS NO FESTIVAL INTERLAGOS 2024

Na sua sexta participação no Festival Interlagos, a Ducati do Brasil apresenta três novidades: a nova Diavel V4, a nova cor RR22 do modelo DesertX (disponível em julho) e o pré-lançamento da Scrambler Icon com kits customizáveis (no mercado em outubro). No box da marca, além do lineup completo, existia uma loja de vestuário Ducati. Os visitantes puderam testar a Ducati Multistrada V4 Rally Adventure e a nova Diavel V4. No “Museu Duas Rodas”, a Ducati expôs a Panigale 1199 Senna e a Ducati 916, junto com réplicas dos capacetes de Ayrton Senna usados em 1985 e 1993, em parceria com a Senna Brands e Sid Special Paint.

PETRONAS SPRINTA OFERECE ATIVAÇÕES NO FESTIVAL INTERLAGOS 2024

A PETRONAS Lubrificantes Brasil participou do Festival Interlagos 2024, de 6 a 9 de junho, em São Paulo. A marca apresentou sua linha de produtos PETRONAS Sprinta e ofereceu atrações exclusivas, incluindo a promoção Máquina dos Sonhos PETRONAS Sprinta, onde os participantes podiam ganhar uma Honda CB500 F personalizada e outros prêmios. Os visitantes que seguissem a empresa nas redes sociais concorriam também a um capacete comemorativo. O resultado será divulgado em 27 de junho nas redes sociais da PETRONAS e no hotsite da promoção.

TOYOTA ACUMULA 100 MIL HÍBRIDOS

VENDIDOS NO BRASIL

A Toyota do Brasil celebrou a marca de 100 mil veículos híbridos vendidos no País, incluindo modelos da marca de luxo Lexus. Com mais de 21 mil unidades comercializadas no ano passado, sendo a maioria dos modelos Corolla e Corolla Cross produzidos localmente, a Toyota reafirma seu compromisso com a liderança na transição para uma mobilidade mais sustentável. A empresa foi pioneira no desenvolvimento de modelos híbridos flex a etanol, alinhados com a vocação de biocombustível do Brasil.

CHINESA NETA CHEGA PARA EXPLORAR MERCADO DE ELÉTRICOS

Se o carro elétrico é uma incógnita para o consumidor, os chineses não têm dúvidas de que a tecnologia é o futuro da mobilidade. E enxergam o Brasil como um player importante nos negócios. A Neta, marca que nasceu há apenas dez anos na China e que já está presente em 35 países, chega ao Brasil para confirmar esse interesse num mercado que cresce em tamanho e em preço (o ticket médio aqui cresceu de R$ 95,8 mil para R$ 143 mil, ou 50% nos últimos cinco anos). Três modelos serão lançados, todos de uma vez, no segundo semestre deste ano.

CHUVAS NO SUL: VW IMPORTARÁ PEÇAS PARA NÃO PERDER VENDAS

Diante dos problemas de enchentes no Rio Grande do Sul, o chairman executivo da Volkswagen para a Região América do Sul, Alexander Seitz, agiu rapidamente, buscando no exterior os componentes necessários para evitar a paralisação das operações brasileiras. Viajou para a China e Estados Unidos e fechou pedidos fixos por tempo determinado para suprir as necessidades nos próximos meses. Ele destacou a importância de alguns fornecedores, relatando que alguns precisarão triplicar a produção para atender à demanda da Volks no Brasil.

BYD VENDERÁ CARROS DA MARCA DENZA NO BRASIL

A BYD planeja introduzir modelos da sua subsidiária Denza. Fundada em 2010, a Denza tem participação acionária da Mercedes-Benz, que atualmente detém 10% das ações, após já ter possuído 50%. No mercado chinês, a Denza oferece três modelos elétricos: a minivan D9 e os SUVs médios N7 e N8, com um fastback, o Denza Z9 GT, em vias de lançamento. A BYD já estudava a importação da minivan D9, e agora, com a confirmação da entrada da marca no mercado brasileiro, é esperado que os demais modelos também sejam disponibilizados.

STELLANTIS ANUNCIA R$ 14 BILHÕES EM INVESTIMENTOS PARA O POLO AUTOMOTIVO STELLANTIS DE BETIM

A Stellantis anunciou um investimento histórico de R$ 14 bilhões no Polo Automotivo de Betim, em Minas Gerais, para o período de 2025 a 2030. Esse montante será direcionado para expandir a linha de motores, incluindo a produção de motorizações para futuros lançamentos da marca na região, como os modelos com tecnologia BioHybrid, previstos para o segundo semestre deste ano. O investimento faz parte de um ciclo de aportes de R$ 32 bilhões anunciado para América do Sul, o maior da história da indústria automotiva na região.

Presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Cappellano (à dir.), recebeu o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para anunciar os novos investimentos

A Fras-le, líder no setor de materiais de fricção dentro da Frasle Mobility, festeja seu septuagésimo aniversário com uma série de ações comemorativas

A 70 ANOS DE INOVAÇÃO E CELEBRAÇÃO

Fras-le, renomada empresa de materiais de fricção integrante da Frasle Mobility, comemora 70 anos de uma história marcada por diversas iniciativas comemorativas. Para nos contar mais sobre essa jornada de sucesso e as celebrações planejadas, como a campanha publicitária especial, o vídeo institucional com uso de Inteligência Artificial, o livro comemorativo e a exposição de aquarelas, entrevistamos Sergio Montagnoli, diretor de Vendas e Marketing da Fras-le Mobility.

Balcão Automotivo - Em primeiro lugar, conte-nos mais sobre a história de 70 anos da Fras-le e seu crescimento. Como é a participação da empresa no mercado nacional e internacional?

Sergio Montagnoli - A história de sucesso da Fras-le sempre foi pautada pela inovação, aliás essa é uma característica presente desde a sua fundação e como maior fabricante de materiais de fricção da América Latina, a empresa desenvolve soluções para garantir eficiência na frenagem de automóveis, caminhões, ônibus, motos e outras aplicações, como trens e avião. Quando tudo começou em 1954, ainda na gestão do fundador Francisco Stedile – e nos primórdios da década de 70, a empresa abriu capital em bolsa de valores e criou seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento. Foram passos inovadores e importantes para que a Frasle pudesse se destacar no cenário nacional e internacional, expandindo as operações para países da América Latina, tornando a marca altamente competitiva nos mais diferentes mercados. Na década de 90, a Fras-le foi adquirida pela Randon, hoje Randoncorp, que mobiliza uma estratégia vencedora de diversificação de portfólio e mercados. Atualmente, já com sua nova estrutura e sob um novo nome, após ter adquirido empresas como: Controil, Fremax e Nakata no Brasil, a Frasle Mobility se apresenta como um player global, operando em onze unidades fabris, incluindo cinco fora do território brasileiro, além de nove centros de distribuição e quatro escritórios comerciais ao redor do mundo, com alcance em 125 países. A atuação internacional vem sendo muito bem construída ao longo do tempo em países como: Estados Unidos, Índia, China, bem como na América Latina e Europa, onde no ano passado adquirimos a Juratek, uma empresa de muito sucesso focada no aftermarket no Reino

Unido. Somos, portanto, uma multinacional genuinamente brasileira, com operações e vendas no mundo todo, tendo de compreender diferentes culturas e atender necessidades de cada mercado, seja no aftermarket, seja no equipamento original.

BA - Como a Fras-le apresenta sua Divisão Aftermarket e qual é sua importância no cenário automotivo nacional? Poderia nos contar um pouco sobre o histórico dessa divisão no País e sua relevância no mercado automotivo brasileiro?

SM - O aftermarket é o maior negócio da empresa e onde mantemos investimentos para seguirmos protagonistas no segmento. Hoje, a Frasle Mobility figura entre os maiores atores da reposição no Brasil, com a comercialização de um dos mais completos portfólios de produtos, marcas icônicas, tais como: Fras-le, Nakata, Fremax e Controil, e uma excepcional rede de distribuição com cobertura em todo o território nacional, abastecida por nossos centros de distribuição, em Extrema (MG), São Leopoldo (RS), Caxias do Sul (RS) e Joinville (SC). Mas a nossa história começou com lonas de freio para a veículos comerciais, seguidos das pastilhas de freio para linha leve e completado por um amplo programa de produtos de fricção, que vão além do segmento automotivo. Em complemento, vieram as aquisições construindo a importância da empresa hoje para a reparação automotiva.

BA - Quais são os principais desafios enfrentados pela Divisão Aftermarket da Fras-le no Brasil? Quais são as oportunidades de crescimento e expansão que a empresa identifica no mercado nacional de reposição automotiva?

SM - A quantidade de modelos de veículos e aplicações vem aumentando absurdamente, o que exige um trabalho de inteligência de mercado com área dedicada que analisa tendências com suporte de estudos. Temos de pensar que não é mais possível fazer tudo como fazíamos antes e de forma isolada. A quantidade de dados e pontos de contato nos obriga a ser cada vez mais digitais, atuar integrados como um ecossistema online e em tempo real. Lançamos há alguns anos nosso catálogo digital

Auto Expert, a princípio para a marca Fras-le, mas hoje já embarca todas as marcas da Frasle Mobility. Contudo, a jornada do cliente vai além de encontrar a peça certa. Outras dores, tais como: onde existe a peça disponível, qual o tempo de entrega, o custo e como posso melhor financiar minha compra são objetos de soluções que pretendemos entregar. Vemos o Auto Expert como uma plataforma que integra vários parceiros de negócios e serviços, resultando em uma experiência mais completa e satisfatória para nossos clientes. As oportunidades estão baseadas no aumento da frota circulante que cresce e movimenta o mercado. O envelhecimento da frota e maior quilometragem rodada também são fatores que impulsionam o aftermarket, em especial na linha de freios, pois são produtos de desgaste que precisam ser substituídos quando vence sua vida útil a cada dois ou três anos.

BA - Fale sobre as linhas de produtos que vocês oferecem e quais as características e diferenciais que fazem o Aftermarket se consolidar no mercado. Com as novas tendências do setor e as inovações nos veículos, quais as principais novidades e tecnologias nos itens da Fras-le?

SM - Em constante evolução, conseguimos oferecer ao mercado o portfólio completo com linhas de pastilhas, sapatas e lonas de freio para atender a frota circulante. Procuramos antecipar as necessidades do mercado, sempre buscando inovar em soluções. Em 2023, na Automec, apresentamos a linha de pastilhas EHnergy exclusiva para veículos híbridos e elétricos para linha leve. Para veículos pesados, segmento que a Fras-le lidera no mercado de lonas, foram desenvolvidas novas formulações, como AF/730 que possui novos materiais que garantem muito mais durabilidade e eficiência em frenagem. Entre as inovações, há a pastilha de freio Copper Free (livre de cobre), antecipando adequação a legislações do mercado internacional, como os Estados Unidos, um dos países que a Fras-le mantém operações fabris. O Centro de Pesquisa avançado aqui no Brasil, com laboratórios químico, físico e piloto, um dos mais bem equipados do mundo, que possibilita a geração de produtos com alta performance e um campo de provas, CTR, o maior da América Latina para veículos leves e comerciais, em parceria com a Randoncorp, que nos permite habilitar novos produtos e tecnologias em tempo muito curto. Não só nossas diversas formulações, nos produtos de fricção, como também soluções em outros materiais, por exemplo, materiais compostos de ligas que substituem aço e alumínio, nossa linha Composs, que já está presente em caminhões e carretas.

BA - Quais são as estratégias adotadas pela Fras-le para o relacionamento e suporte aos clientes no mercado de reposição automotiva? Quais programas de capacitação e assistência técnica a empresa oferece aos seus clientes no aftermarket?

SM - Buscamos entender as necessidades e dores dos profissionais do segmento para levarmos soluções por meio de várias iniciativas, tais como: canais digitais, EADs, vídeos com dicas de manutenção, além de treinamentos presenciais e apoio a eventos voltados aos profissionais do mercado. Outro ponto é atuar na disponibilidade de produtos nos pontos de venda. Peça certa, na hora e lugar certos e pelo preço certo. Ou seja, reconhecemos a importância de nos mantermos cada vez mais competitivos, pois acreditamos que temos espaço para crescer, seja no Brasil ou no exterior.

BA - Gostaríamos de entender a perspectiva da Fras-le sobre o crescimento dos veículos eletrificados no Brasil e no mundo. Como a empresa está posicionada e contribuindo para essa evolução?

SM - Motores elétricos terão sua evolução natural, 100% elétricos ou híbridos, podendo ganhar espaço na frota mais rápida ou lentamente devido à melhor solução no tempo de recarga e infraestrutura de postos de serviços. O fato que é que há uma duração maior nas pastilhas devido ao uso do freio regenerativo. Sob o ponto de vista de solução de produtos, estamos preparados para atender esse segmento com a linha de pastilhas de freio EHnergy, com melhor performance em frenagem a frio e película anticorrosão. Por outro lado, o veículo elétrico é mais silencioso e ruídos do sistema de freio e suspensão serão ainda mais perceptíveis, o que pode levar também ao aumento na recorrência de manutenção. Desta forma, como Frasle Mobility, temos uma excelente equação de negócios para o futuro, carros eletrificados ou não.

BA - Como a Fras-le Brasil se compromete com práticas sustentáveis e responsabilidade social em suas operações no mercado de reposição automotiva? Quais projetos e iniciativas a empresa desenvolve voltados para a comunidade e o meio ambiente no contexto do aftermarket automotivo?

SM - Como parte da Randoncorp, a empresa aderiu, em 2021, ao Pacto Global da ONU, iniciativa que visa mobilizar a comunidade empresarial para o desenvolvimento sustentável. Contamos com programa de logística reversa Pró-Ambiente voltado para os produtos da linha pesada

Sergio Montagnoli, diretor de Vendas e Marketing da Frasle Mobility

da marca Fras-le há anos, o mesmo na fábrica da Fremax, em Joinville (SC), com recolhimento e reúso dos discos freios, retornando na condição de ferro fundido, que se transforma em matéria-prima pura, sem perda de qualidade e, principalmente, sem agredir o meio ambiente. Promovemos a compensação do impacto ambiental com encaminhamento de resíduos e controle de efluentes na operação de Caxias do Sul com o compromisso público em reduzir em 40% a emissão de gases de efeito estufa até 2030, zerar a disposição de resíduos em aterro industrial e reutilização de 100% dos efluentes tratados até 2025. Nosso propósito é manter a vida em movimento de forma segura e sustentável. Portanto, temos inovações em várias frentes para uma economia circular e de menor emissão de carbono no desenvolvimento de produtos, a exemplo dos materiais compósitos, tão resistentes e mais leves que o aço, no uso de energias renováveis em substituição ao gás natural nas operações industriais e na utilização de usinas fotovoltaicas, tal qual a que abastece 20% da nossa fábrica em Pinghu/China.

BA - A Fras-le, empresa de materiais de fricção que faz parte da Frasle Mobility, celebra 70 anos de história com várias ações comemorativas. Poderia contar mais sobre essa jornada de sucesso e as iniciativas criadas para celebrar essa data significativa, incluindo a campanha publicitária especial, o vídeo institucional com uso de Inteligência Artificial, o livro comemorativo e a exposição de aquarelas?

SM - Para contar essa jornada de sucesso, várias ações foram criadas para celebrar esta data tão significativa da marca que rompeu fronteiras e hoje atua nos cinco continentes, sendo destaque no cenário mundial, com alcance em 125 países com os seus produtos. Ao longo do ano, a campanha publicitária especial, que tem como mote os 70 anos com o slogan “Essa Marca faz História”, está presente em veiculações regionais e publicações especializadas para apresentar ao público aspectos da evolução e transformações da Fras-le, que foi fundada no ano de 1954, em Caxias do Sul, e controlada desde 1996 pela Randoncorp. A empresa que desenvolveu seus processos produtivos, cada vez mais eficientes, na busca constante por soluções mais seguras e sustentáveis, hoje, é reconhecida como modelo de excelência, competitividade global e liderança mundial em materiais de fricção. A construção da campanha teve como base os pilares da marca: segurança, sustentabilidade, inovação e tecnologia, trazendo sempre o protagonismo das pessoas que ajudaram a construir a história da marca até os dias de hoje. O vídeo institucional conta essa história de sucesso utiliza Inteligência Artificial para dar efeitos em várias imagens. Assim, a foto preto e branco do registro da primeira exportação ganhou movimento. A imagem estática foi trabalhada no vídeo para que o caminhão ganhasse movimento, as nuvens se mexessem e até mesmo o efeito para mostrar a fumaça saindo do escapamento do caminhão. O livro comemorativo dos 70 anos da Frasle, proporciona ao leitor uma experiência de interatividade com imagens que se movimentam com o uso de realidade aumentada e acesso a vídeos através de QR Code para reproduzir depoimentos de profissionais que fizeram e fazem parte desta jornada. Também foi preparada uma exposição com 12 aquarelas do artista Antonio Giacomin para retratar

fatos marcantes da história da Fras-le que rodará o mundo em todas as plantas, começando pelo Brasil, na matriz em Caxias do Sul, e depois seguirá para diversos países: Estados Unidos, China, Índia, Argentina e Uruguai, podendo ser apreciada por todos os públicos que se relacionam com a Fras-le.

BA - Qual foi o desempenho da empresa nos primeiros meses deste ano e quais são as expectativas para o restante de 2024? Quais são os lançamentos, projetos, soluções e investimentos previstos pela Fras-le? O que os balconistas e reparadores podem esperar de novidades neste ano?

SM - A Frasle Mobility, listada na bolsa de valores, encerrou o primeiro trimestre de 2024 com estabilidade na receita líquida em comparação com o mesmo período de 2023. Fatores como gestão operacional, estratégias de compra de suprimentos, consolidação da equipe de vendas de reposição no Brasil e ganhos em produtividade contribuíram para a performance alcançada. O mercado doméstico de reposição permaneceu aquecido, apesar do número de visitas às oficinas ter se mantido estável em relação ao ano anterior, devido à sazonalidade do período de férias e feriados. No mercado de montadora, as condições de financiamento atrativas estimularam o consumo, resultando em um importante incremento nos volumes. No mercado externo, a conquista de novos negócios, especialmente no setor automotivo original, impulsionou a receita no exterior. Além disso, a AML Juratek Limited concluiu um ano de aquisição, colhendo sinergias que refletem no avanço desta rubrica estratégica para o crescimento em longo prazo da companhia.

BA - Qual é a visão da Fras-le sobre o futuro do mercado de reposição automotiva no Brasil? Quais são as projeções e planos da empresa para os próximos anos nesse segmento?

SM - A Fras-le completa 70 anos oferecendo tecnologia e inovação em componentes de freio para levar o melhor para a sua oficina. Uma marca de sucesso que se junta a outras marcas icônicas, tais como Nakata, Fremax e Controil para formar uma empresa. A Frasle Mobility, que nasce com esta história de sucesso e um futuro ainda mais brilhante. A Frasle Mobility construirá marcas cada vez mais fortes, globais e um ecossistema robusto, em conjunto com distribuidores, varejistas e mecânicos, que garanta, não só o sucesso no dia a dia dos profissionais do setor, mas também um ambiente econômico, satisfação e confiança para os usuários do mercado de manutenção automotiva.

BA - Qual mensagem final a Fras-le gostaria de transmitir aos seus clientes e parceiros do mercado de reposição automotiva?

SM - Contem conosco! O nosso compromisso é repetir boas experiências com todos os elos da cadeia de valor, em todos os pontos de contato da empresa e suas marcas. Isso significa não só produtos de qualidade e disponibilidade no ponto de venda com boa cobertura de modelos, como também: assistência técnica, proximidade e prontidão para solução de problemas para auxiliar e dar ciência ao varejista e ao reparador do nosso empenho e compromisso com seu sucesso.

O SETOR DE REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA TEM

PERDAS BILIONÁRIAS NO RIO GRANDE DO SUL

Por: Karin Fuchs | Foto(s): Divulgação

Para a retomada, as empresas vão precisar de muita ajuda e linhas de crédito. As entidades do setor estão se movimentando para ajudálas, entre as ações, atuando junto ao Governo Federal. Entre os elos da cadeia, as parcerias se evidenciam nesse cenário de tragédia

o mês de maio, o Estado do Rio Grande do Sul registrou a maior tragédia climática da história, praticamente, 94% dos municípios foram afetados pelas chuvas e o setor automotivo foi severamente prejudicado. No ano passado, o Estado representou 12% do faturamento do segmento, 11% das exportações de peças e 8,1% dos empregos do setor.

Um levantamento da Fraga Inteligência

Automotiva ilustra as perdas estimadas no setor de reposição automotiva. Os números foram apresentados na live “O papel do Mercado de Reposição de Autopeças na reconstrução do Rio Grande do Sul”, que teve as participações de distribuidores e do presidente do Sincopeças-RS, Marco Antônio Vieira Machado.

De um total de 8.365 oficinas no Estado, 3.956 estavam em áreas alagadas. Juntas, elas têm um faturamento de R$ 3,4 bilhões. Para a recuperação dessas oficinas, são estimados R$ 4,57 bilhões ou R$ 115 mil por oficina, na média, considerando o porte de cada uma.

Distribuidores e varejistas totalizam 935 empresas no Rio Grande do Sul. 48 distribuidores foram afetados pelas chuvas, com perdas estimadas de R$ 158,78 milhões em estoque e de R$ 476,35 milhões em dias sem faturar. Entre os varejistas, 449 foram impactados. As perdas de estoque

“Precisamos urgentemente traçar um plano para a recuperação do fôlego dessas companhias, pois elas vão precisar. É um prejuízo que não tem como o empresário recuperar sozinho”.

Danilo Fraga, especialista em inteligência de mercado

foram estimadas em R$ 222,21 milhões e em R$ 666,63 milhões os dias sem faturar.

Para calcular o valor necessário para a recuperação dessas empresas, a Fraga Inteligência Automotiva juntou os dois segmentos, por considerar que muitos são atacarejo. São estimados R$ 3,4 bilhões para a recuperação delas, em média, quase R$ 767 mil por empresa.

Sobre a situação dos distribuidores e varejistas, defendeu Danilo Fraga, especialista em inteligência de mercado, “precisamos urgentemente traçar um plano para a recuperação do fôlego dessas companhias, pois elas vão precisar. É um prejuízo que não tem como o empresário recuperar sozinho. Vamos precisar de todo o ecossistema, principalmente para os regionais. Os nacionais têm necessidades para serem cobertas, mas existem outras plantas que acabam mitigando um pouco o prejuízo”.

Ana Carolina Giglio, que também é especialista em inteligência de mercado na Fraga Inteligência Automotiva, falou sobre a situação das oficinas. “Elas são a ponta do segmento. Sem a sua recuperação, toda a cadeia é impactada. Estamos estimando uma necessidade de R$ 115 mil/oficina, considerando que muitas

tiveram perda total de seus equipamentos e vão começar do zero. A previsão é de 3 a 10 meses para elas normalizarem o faturamento, com perdas certas de pelo menos R$ 68 milhões”.

Pelas contas da Fraga Inteligência Automotiva, as indústrias no Estado somam R$ 2,19 bilhões em faturamento, em áreas alagadas, o faturamento delas é de R$ 555,4 milhões. Solicitamos uma entrevista ao Sindipeças para incluirmos nessa matéria a situação dessas indústrias, mas até o nosso fechamento não tivemos resposta.

Apenas uma nota informando que “os fabricantes de autopeças localizados no Rio Grande do Sul estão trabalhando intensamente para vencer os desafios

Marco Antônio Vieira Machado, presidente do Sincopeças-RS

operacionais e logísticos decorrentes da catástrofe..., e podem haver falhas pontuais de abastecimento, porém, sem nenhum risco sistêmico de desabastecimento de autopeças”.

Frota, peças e destino

O Rio Grande do Sul tem uma frota de 4,5 milhões de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas). É a 4ª maior frota de veículos do Brasil. Pelo levantamento da Fraga Inteligência Automotiva, 2,5 milhões estavam em áreas afetadas e aproximadamente 270 mil foram inundados. Ainda é uma incógnita o que acontecerá com esses veículos e qual percentual será recuperado. A preocupação é também com o destino do estoque comprometido nas distribuidoras e nas autopeças.

“A nossa empresa foi duramente afetada, com 1,20 metro de altura de água, algo inimaginável. Entre 25% e 30% do nosso estoque foi afetado, é muita coisa. Só da nossa associação foram doze empresas duramente atingidas com perda de estoque. Dificilmente vamos usar essas peças, pois a oxidação é muito forte”, afirmou Henrique Steffen, CEO da Giros Distribuidora e presidente da Asdap, Associação Sulbrasileira dos Distribuidores de Autopeças.

Diretor da distribuidora Auto Pratense, Rogério Colla, ressaltou que o destino dessas peças é um problema nacional. “Os R$ 380 milhões em mercadorias perdidas

(estimadas pela Fraga Inteligência Automotiva) podem ser ainda maiores. Aonde vai parar essa mercadoria? A que pode ser reaproveitada vai para o mercado informal, vai para desmanches? Fica um alerta, ela será distribuída para todo o País. É um problema nacional!”.

Na sua participação na live, ele fez um apelo aos fabricantes. “Estudem a possiblidade de fazerem um descarte mais seguro. Falem com cada distribuidor e lojistas que foram afetados. Não seria o caso de recolher essas peças e fazer um descarte correto? Pois, teremos por longos anos problemas com a garantia dessas peças e quem vai responder? Distribuidor, fábrica? É a imagem do produto do fabricante”.

A Auto Pratense também foi afetada pelas chuvas. “Em um primeiro momento, todas as empresas pensaram nos seus colaboradores. Aqui, alguns deles não voltaram ao trabalho e nem para as suas casas, e precisamos manter os empregos. E até o momento, 205 clientes solicitaram prorrogação de boletos, são quase 5 mil boletos prorrogados. São 205 clientes que não voltaram aos seus negócios, são lojas e oficinas submersas. Não conseguimos ainda mensurar a dimensão e a consequência disso tudo”.

E há problemas com entregas de peças, como relatou Tatieli Dalcin, proprietária e responsável pelas compras e contas a pagar da Dalcin Comércio de Peças, localizada em Ijuí (RS). A empresa atua com a linha pesada. “Nós fomos afetados

indiretamente. Estamos na região Noroeste do Estado, onde rios pontuais com grande volume de chuva acabam saindo fora do leito. Sofremos com extravios e enormes atrasos na entrega da mercadoria, bem como a baixa venda, visto que com fortes chuvas, algumas atividades ficam suspensas, como a colheita do grão”.

Segundo ela, a sua empresa já voltou à normalidade, os prazos de entrega foram restabelecidos, mas a reposição de estoque pelos seus fornecedores está um pouco mais lenta, mas voltando ao normal. Ela aproveitou para se solidarizar. “Em novembro do ano passado, nosso depósito foi atingido por uma chuva de pedra, o que nos trouxe prejuízos, e por isso, consigo ter uma pequena e remota noção do que as empresas e as pessoas estão passando, visto que o ocorrido é algo nunca mensurado antes”.

Ações do Sincopeças-RS

Além de auxiliar as vítimas da tragédia e apoiar os seus associados, o SincopeçasRS, junto ao Sincopeças Brasil, lançou uma campanha nacional para angariar fundos para a recuperação das empresas. São 20 mil CNPJ’s representados pela entidade, em 490 municípios do Estado. “O número de empresas atingidas que a consultoria apresentou (Fraga Inteligência Automotiva) é bem razoável, mas saliento que a crise econômica que pode se instalar deverá afetar, inclusive, quem não foi atingido pelas águas”, lamentou Marco Antônio Vieira Machado, presidente do Sincopeças-RS.

Ele acrescentou que “a economia gaúcha pode ter perdido algo em torno de R$ 10 bilhões. Só na cadeia automotiva, as perdas em estoque podem ultrapassar os R$ 400 milhões. Na Grande Porto Alegre, local de grande concentração de negócios, estamos retomando lentamente a normalidade, mas é razoável se imaginar algo até perto de 60 dias sem faturamento, e um período em que a dificuldade com logística e abastecimento podem comprometer

Ana Carolina Giglio, especialista em inteligência de mercado na Fraga Inteligência Automotiva
Danilo Fraga, especialista em inteligência de mercado

os resultados. Mais de R$ 1 bilhão de redução de faturamento no período é um número conservador”, afirmou.

Junto ao Governo Federal, o presidente da entidade falou sobre os principais pleitos. “Isenção tributária por um período razoável para as empresas atingidas e linhas de crédito subsidiadas para recomposição de estoques, equipamentos e capital de giro. Diferentemente da pandemia, quando paramos de trabalhar, agora ainda temos o componente destruição. Sem ajuda, teremos um longo caminho de retomada. Um prejuízo generalizado para toda a cadeia automotiva. A região afetada é a mais próspera, produtiva e densamente povoada do Estado. O estrago em nossa economia foi muito grande”.

Ações do Sindirepa-RS

Em todo o Estado, são 37 mil CNPJs de reparadores, 2.774 foram atingidos diretamente, com perdas variadas, de equipamentos, ferramentas, material de escritório e até do prédio. “Entre as 2.774 empresas, creio que no máximo umas 200, 250, conseguiram retornar”, estimou Paulo Fernando Paim, presidente do Sindirepa-RS.

Em um primeiro momento, a preocupação do sindicato também foi com vidas, depois, com a retomada das oficinas. Uma das ações aconteceu durante a Autopar, como contou Paulo, “conversamos com vários fabricantes e fornecedores para que houvesse a prorrogação de boletos que venceriam. Para os equipamentos eletrônicos afetados, que dessem manutenção gratuita, e se tivessem que comprar um equipamento, uma ferramenta e até um estoque de peças, que vendessem com um bom prazo para pagar e sem juros. Graças a Deus, todos concordaram com a nossa proposta. Cada oficina está falando com o seu fornecedor e as que não estão conseguindo, estamos intermediando”.

Para construir ou comprar equipamentos, o Sindirepa buscou os bancos localizados

da Giros Distribuidora e presidente da Asdap, Associação Sulbrasileira dos Distribuidores de Autopeças

no Estado. “Com o Banrisul, conseguimos linhas de crédito com uma realidade mais acessível (do que a de mercado), com a adequação de sistema garantidor para essas operações”. Junto às seguradoras, o sindicato negociou para que elas agilizassem a retirada dos veículos das oficinas e dos serviços que foram executados, que fossem pagos, mesmo que o carro tenha tido perda total. “Nós tivemos êxito nessas conversas”.

Prorrogação de impostos, garantia do emprego e de renda também estavam na pauta do Sindirepa e a expectativa com o Governo Federal é que sejam liberadas linhas de crédito e até subsídios. “Para que possamos retornar. Não só o nosso ramo, mas a cadeia produtiva do Rio Grande do Sul. 87% dela foi atingida diretamente e outras serão indiretamente. O PIB do Brasil será afetado, se não for tomada uma ação imediata”, defendeu Paulo.

Para os proprietários de veículos, uma linha de crédito para manutenção. “Existem veículos que não têm seguro e os proprietários não vão ter condição de fazer isso agora. Estamos conseguindo alinhar uma linha de crédito para eles, com isso, creio que terá mais efetividade de serviços para as oficinas”.

Paulo finaliza, dizendo que a retomada para as oficinas não será fácil, além das perdas físicas, tem a questão psicológica. “A maioria ama o que faz. Essa parte psicológica vai ser muito forte. Precisamos ajudá-los e apoiá-los da melhor maneira.

O Sindirepa está fazendo tudo o que é possível e, às vezes, o impossível, para que essas empresas retornem”.

Ações da Andap

Nas palavras de Rodrigo Carneiro, presidente da Andap, a prioridade é com o capital humano. “Estamos todos muito empenhados em ajudar nossos próprios colaboradores e demais irmãos gaúchos. São tantas as necessidades que a simples definição de prioridade é complexa. Mas estamos fazendo o impossível. A diretoria da Andap está em reunião virtual permanente e junto aos seus associados e entidades ligadas ao segmento para uma ação estruturada, sinérgica e produtiva que atenda as prioridades apontadas, isto independentemente dos esforços, que são muitos, conduzidos por toda a cadeia no sentido de potencializar as doações emergenciais para as necessidades básicas”.

Para o setor, a prioridade é buscar a melhor solução para o descarte de mercadorias perdidas. “Elas já somam mais de R$ 500 milhões. Embora a legislação defina um procedimento contábil para o sucateamento de itens, a situação real é ímpar e exige um rito diferenciado”, explicou Rodrigo.

A entidade também defende uma definição imediata sobre os créditos tributários com as mercadorias perdidas e a suspensão da ST (Substituição Tributária), por parte do Governo Estadual. “Mesmo que temporariamente, como uma contribuição na renovação de estoques”.

Rogério Colla, diretor da Auto Pratense Distribuidora
Henrique Steffen, CEO

Outra ação é buscar junto ao Governo Federal alguma desoneração temporária na Folha de Pagamentos.

“Para mantermos os empregos e uma flexibilização no uso do FGTS por parte dos colaboradores como estratégia para recomposição de suas moradias. Vamos, ainda, buscar fundos de agentes, como o BNDES, no sentido de manter a capacidade de toda a cadeia produtiva trabalhar em sua plenitude. Temos ciência de que tudo que fizermos nada será diante da dor de nossos irmãos, mas daremos mais e o melhor de todos neste sentido”, alegou Rodrigo.

Ele contou também que por livre iniciativa os distribuidores já ofereceram, caso a caso, prorrogação de prazos para sua base de clientes. “Essa ação, porém, precisa ser estruturada e operada junto com fornecedores fabricantes que certamente já iniciaram este movimento”. Entre os associados da Andap, 17 filiais com estoques foram atingidas com o desastre climático. “Sabemos que o número é bem maior, quando consideramos os registros por CNAE e não associados, mas igualmente importantes”, frisou Rodrigo.

Veículos 0km

Pelos números da Anfavea, a tragédia do Rio Grande do Sul impactou 12 mil veículos que deixaram de ser produzidos em maio e, no mesmo mês, o volume de emplacamentos teve uma queda de 64%, somando 4.133 unidades, 6.500 a menos que em abril. “Ainda não estamos em um

cenário de 100% de normalidade. É uma tarefa difícil, até pelo impacto logístico. O Estado tem mais de 500 empresas fornecedoras, mais de 600 concessionárias e muitas locadoras. A situação tem retomado aos poucos, com passos importantes nessa normalidade”, comentou o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite.

Da rede de concessionárias no Estado, que soma 720 unidades, 300 delas foram atingidas pelas inundações com danos estruturais. “Em muitas delas só foi possível entrar no final de maio, como foi o caso das 40 unidades, localizadas no 4º Distrito em Porto Alegre, muitas com água acima de 1,50 metro. Estimamos que para recuperar instalações, sistemas e veículos serão necessários mais de R$ 1 bilhão”, afirmou Jefferson Fürstenau, presidente Sincodiv/Fenabrave-RS.

A estimativa é de 1.000 veículos 0km comprometidos, o que corresponde de R$200 milhões a R$ 250 milhões. Segundo Jefferson, “a recuperação dos veículos depende muito da quantidade de água que os atingiu e do tempo que permaneceram submersos. Alguns veículos com baixa tecnologia podem ser recuperados, mas a grande maioria possui mais componentes tecnológicos, tornando a recuperação mais difícil. Esses veículos terão perda total, decretada pelas seguradoras (pelas apólices de seguros individuais, de cada concessionária), e nós, do SINCODIV/ FENABRAVE-RS, fizemos um acordo com uma empresa de Leilões para leiloar esses

veículos como de enchente”.

Além disso, há também os veículos seminovos, a depredação dos prédios, estruturas, mobiliário e sistemas, levando a um prejuízo aproximado de R$ 1,5 bilhão. “Estamos buscando junto aos governos Estadual e Federal linhas de crédito para viabilizar esta retomada. O mês de maio foi um mês desafiador não só para as lojas que estavam debaixo d’água, mesmo as que poderiam operar, não podiam fazer vendas em função da paralisação do sistema do DetranRS. Mensalmente, comercializamos uma média de 15 mil unidades, maio fechou com 5.654 unidades vendidas, 65% abaixo do mês anterior”.

De acordo com ele, deve haver uma retomada significativa nas vendas de junho e julho em função dos veículos segurados e que foram atingidos na enchente. Porém, para os meses de agosto e setembro o setor no Rio Grande do Sul prevê retração.

Salvos pela notícia

Uma notícia na manhã de 6 de maio, informando que o rio dos Sinos iria transbordar, foi o que ajudou a oficina Equipe Center Funilaria e Pintura Automotiva, localizada em São Leopoldo (RS), a salvar os veículos de todos os clientes. “Demos prioridade para os carros dos nossos clientes, pois tinha mais de 50 no nosso espaço, e nenhum deles foi afetado”, relatou o empresário, Paulo César dos Reis.

Rodrigo Carneiro, presidente da Andap
Paulo Fernando Paim, presidente do Sindirepa-RS
Dalcin Comércio de Peças, localizada em Ijuí (RS)

Porém, eles perderam móveis, computadores, impressoras, documentos e objetos de mais de três salas, além da recepção, cozinha e banheiro. “Não conseguimos estimar o prejuízo. Além do mobiliário e computadores, muitas peças foram avariadas de forma que não podemos usá-las. Acreditamos que o maior prejuízo foi o tempo que ficamos parados, foram cerca de 20 dias sem produzir com a oficina fechada”, afirmou Paulo.

Eles já retomaram as atividades. “Na primeira semana, o movimento acabou caindo, pois estava tudo incerto na nossa cidade. Estamos aos poucos voltando para nossa rotina e atendendo o mesmo número de carros que anteriormente. Esse é nosso foco, fazer a empresa girar como anteriormente. Recebemos diariamente muitos veículos para orçamentos, desde mecânica até serviço de higienização interna, estamos trabalhando para deixar os veículos 100% novos. Aos poucos estamos voltando para o mesmo fluxo de clientes diário e agendamentos para reparos, com muita fé de que dias melhores virão”.

Perda total

A mesma história não pôde ser contada por Paulo Poletti. Todos os veículos de clientes foram afetados pelas chuvas em sua oficina, a Poletti Pintura Automotiva, em Porto Alegre. Alguns tinham seguro e outros não. E as perdas foram totais dentro da oficina, incluindo o prédio que precisará

passar por reforma. A água atingiu cerca de 1,70 metro de altura.

“Foi bastante forte o impacto que sofremos na empresa. Estávamos com muitos veículos prontos e não conseguimos entregar em tempo hábil. Os danos foram totais, mas nada que não se possa consertar. Vamos ter bastante dificuldade na reparação desses veículos, terá que ser feito um desmonte completo para higienizá-los e tem os problemas eletrônicos que podem ser sanados. É muita mão de obra. Em breve, teremos dificuldade em repor peças, módulos, componentes eletrônicos e elétricos, que precisam de cuidados especiais, alguns são reparáveis e outros não”, afirmou Paulo.

Inicialmente, ele calcula um prejuízo entre R$ 300 mil a R$ 350 mil, “pois o nosso prejuízo é muito relativo, tem muitas coisas que vêm depois. Fazendo um levantamento, eu cheguei nesse valor, contando as perdas físicas e o pagamento de funcionários. A nossa empresa é de pequeno porte, temos doze famílias que dependem da nossa empresa e mantivemos os funcionários”.

O plano de recuperação dele já começou. “Com ajuda de um amigo, nós conseguimos um prédio provisoriamente grande, onde era uma revenda Fiat e estava desocupado. Estamos nos estruturando aqui para provisoriamente atender os clientes, até que a gente consiga restaurar o nosso prédio e voltarmos para ele”. Por mais de 30 dias, a sua oficina ficou fechada, sem faturamento. No novo prédio, ele começa a retomada.

Paulo prevê que a demanda de serviços será grande. “Nós vamos ter muito trabalho, o mercado de certa forma vai aquecer, mas tem que ver por outro lado, se as pessoas que têm veículos vão conseguir ter um financeiro para reparálos. Conversando com o pessoal do Sindirepa, veio a sugestão deles sobre uma linha de crédito para esses proprietários,

inclusive, eu sugeri que alguma entidade financeira criasse um cartão específico para a reparação automotiva. Para muitas pessoas, o bem maior é o veículo, pois elas usam para trabalhar, para se deslocar. Acho que seria interessante essa linha”.

Ajuda aos clientes

Para ajudar os clientes atingidos, a Isapa prorrogou todas as duplicatas solicitadas da região, que tinham vencimento no período da tragédia, essas prorrogações aconteceram sem juros. “Além disso, fizemos ações de preços e prazos com condições especiais, e nos colocamos à disposição para trocar todas as embalagens que foram danificadas nas lojas que tiveram seus estoques atingidos. Sabemos que ainda existe muito trabalho pela frente, para que possam ser reerguidos todos os danos causados pelo desastre, e reforço que para além do que já fizemos, nós, da Isapa, continuamos à disposição dos nossos parceiros e clientes!”, afirmou o gerente Nacional de Vendas da Isapa, Marcelo Martins Ferreira.

Força-tarefa

Na Marcopolo, o diretor de Operações Comerciais para o Mercado Interno e Marketing, Ricardo Portolan, contou que a Fundação Marcopolo anunciou um aporte de R$ 5 milhões de recursos próprios para atendimentos das famílias atingidas pelas enchentes e, ainda, propôs a outras instituições, empresas e a comunidade em geral unirem-se ao movimento, com

Jefferson Fürstenau, presidente Sincodiv/ Fenabrave-RS
Marcelo Martins Ferreira, gerente Nacional de Vendas da Isapa

doações feitas via PIX.

Para os clientes, “a Marcopolo está desenvolvendo um programa para colaborar com a rápida recuperação dos veículos atingidos e a reparação dos estragos causados nos mesmos. O programa envolve uma força-tarefa da companhia para fazer este levantamento junto aos clientes e propor soluções, com redução no preço das peças de reposição e nos serviços de mão de obra”, especificou Ricardo.

Com relação aos parceiros e

representantes Marcopolo no Rio Grande do Sul, a companhia também está desenvolvendo um programa para ajudar na retomada dos negócios e reconstrução de suas operações e estoque para poderem voltar a operar e atender os clientes finais.

Segundo Ricardo, as chuvas que atingiram Caxias do Sul (RS), onde a Marcopolo possui três unidades, afetaram as operações somente nos dias 2 e 3 de maio, quando os turnos nas linhas de produção foram suspensos, retornando no dia 6 de maio. “Nesses dias, devido à ocorrência de chuvas fortes, houve setores dentro da fábrica que foram afetados, em decorrência dos altos volumes de água, mas a manutenção rapidamente foi acionada e tudo normalizado imediatamente. Não afetando diretamente nenhum colaborador. Não houve perdas de equipamentos em estoque e nem de veículos nos pátios”.

Mais força-tarefa

Na Randoncorp, de forma preventiva, no período entre 2 e 6 de maio, parte das

Ricardo Portolan, diretor de Operações Comerciais para o Mercado Interno e Marketing da Marcopolo
Poletti Pintura Automotiva, de Porto Alegre (RS)

operações na Serra Gaúcha teve uma suspensão temporária das atividades fabris. A unidade Controil, da Frasle Mobility, em São Leopoldo, teve atividades suspensas no dia 3 de maio e retornou às atividades presenciais em todas as áreas e turnos de trabalho em 27 de maio.

Por meio de nota, a empresa informou que para os parceiros e fornecedores impactados pelos prejuízos decorrentes das chuvas e enchentes, a Randoncorp e a Frasle Mobility promoveram programas de refinanciamento de débitos e renegociação de prazos de pagamentos futuros já programados. Atuando de maneira conjunta com entidades setoriais, como Sindipeças e Andap, também estão

dando suporte com visitas técnicas para avaliação de aproveitamento dos estoques atingidos, na busca de soluções coletivas para o restabelecimento da capacidade de comercialização desses parceiros.

A Randoncorp, a Frasle Mobility e o Instituto Elisabetha Randon também dedicam esforços para a tragédia climática vivida no Rio Grande do Sul, com ações para ajudar os colaboradores e comunidades afetadas, e na reconstrução do Estado. As frentes de atuação previstas estão ligadas ao impacto social, fomento da indústria e empreendedorismo, apoio a escolas impactadas e à infraestrutura rodoviária.

COMO ESTORNAR OS IMPOSTOS

No Rio Grande do Sul as perdas com estoque foram grandes, mercadorias essas cujos impostos já tinham sido pagos com a Substituição Tributária (ST) do ICMS. Na legislação de todos os estados do País há previsões específicas sobre a baixas de estoque de mercadoria como, por exemplo, casos de extravio, perecimento, deterioração, furto e roubo, para que os impostos da substituição tributária sejam estornados.

A orientação de Renato Paladino, consultor Jurídico, advogado e contador, especializado em Direito Tributário, é para que o contribuinte emita uma nota fiscal para baixar o seu estoque por perecimento ou deterioração das mercadorias, o que justificará o estorno do ICMS-ST. “A substituição para frente trata da arrecadação antecipada do ICMS, efetuada pela primeira empresa na cadeia de circulação do produto ou serviço. Caso a mercadoria tenha se perdido, o valor correspondente à operação referente à ST poderá se tornar crédito para a empresa. As empresas precisam recuperar esse crédito, pois houve um pagamento antecipado do imposto de toda a cadeia de um material que foi perdido. Essa recuperação precisaria ser rápida, neste momento que elas mais precisam”, afirmou.

Equipe Center Funilaria e Pintura Automotiva, localizada em São Leopoldo (RS)

OS MEUS DIAS COM O DOLPHIN

Na cidade e na estrada, ele é uma delícia para dirigir. Ágil, confortável e seguro, ele ultrapassa os limites urbanos, desde que, como aprendi com um proprietário de um BYD Dolphin Mini, “quem tem um carro elétrico só precisa programar o roteiro”

Por quase uma semana, eu fiquei com um Dolphin GS 180EV cedido pela BYD. Nós, jornalistas da área automotiva, estamos acostumados a retirar carros das montadoras para fazermos avaliações, testes e comparativos. Mas eu quis fazer essa matéria de forma diferente, mostrando a minha experiência com o Dolphin, como uma consumidora que ama carros!

Eu já tive a oportunidade de dirigir um Dolphin, em um evento que a BYD promoveu para o lançamento do novo TAN EV 2024, no mês de abril, no Haras Tuiuti, no interior de São Paulo. Lá, pudemos testar no campo de provas outros modelos da marca, mas confesso que me apaixonei pelo Dolphin. E neste mês de maio, quando o assessor de imprensa da marca, Ricardo Ghigonetto, me disse que a BYD estava disponibilizando um modelo para eu testar, em nome do Balcão Automotivo, eu adorei.

Dirigir em um campo de provas ou fazer um test drive antes de decidir pela compra de um carro é muito diferente de ter uma experiência com ele no dia a dia. Não só na cidade, eu aproveitei também para fazer uma pequena viagem para o interior para sentir o Dolphin na estrada, nas companhias da minha irmã, Helga, e de

minha tia, Adenir, que ao ver o carro, logo me perguntou: “Você trocou de carro de novo?” O meu atual, eu comprei em abril do ano passado.

Na cidade

Todos nós sabemos que dirigir em São Paulo nem sempre é uma tarefa fácil, o trânsito é uma loucura, incluindo os motoboys insanos que cruzam os veículos. Mas logo que retirei o Dolphin na

Foto(s): Divulgação
Dolphin GS 180EV cedido pela BYD

TENDÊNCIAS

BYD, percebi o quanto o carro é ágil, firme e seguro. Gostei muito da visibilidade. Os vidros dianteiros do motorista e do passageiro têm o que chamávamos no passado de quebra-vento. Hoje eles não abrem mais e ficam localizados próximos ao para-brisa. No Dolphin, além da visibilidade, eles eliminam alguns do que chamamos de ponto cego.

No dia a dia na cidade, o Dolphin é uma delícia de dirigir, fácil de estacionar e não chama a atenção, o que para mim é uma grande vantagem, pois eu não gosto muito de ar-condicionado e costumo andar com os vidros meio abertos. Ainda que não chame a atenção, eu percebi que as pessoas olham para o carro, imagino que seja pelo seu design elegante. Uma das vezes que eu estava tirando o carro da garagem, uma viatura da polícia militar parou e esperou eu sair e fechar o portão. Ambos os policiais, um homem e uma mulher, me fizeram perguntas sobre o Dolphin, entre elas, se eu estava gostando do carro. “O carro é top”, respondi.

Adorei também os bancos do Dolphin, eles são ergométricos, ultra confortáveis e possibilitam ao motorista uma regulagem ideal, uma vez que o teto do carro não é baixo. Eu já tive um carro hatch que o teto era muito baixo. Para longas distâncias, isso era muito cansativo e desconfortável, o que me fez trocar de carro.

A altura do Dolphin também é ideal para um modelo hatch e para quem tem pets. O meu amigão e companheiro Gustavo estava louco para entrar no carro, o que para ele seria mais fácil do que no meu SUV. Muitas vezes, ele não consegue pular direto para o banco, o que ele faz pelo assoalho. Mas como o carro não é meu, Gustavo não pôde passear de Dolphin.

A hora da recarga

Depois de rodar bem na

carro saiu da BYD com autonomia de 400 km e agora, estava com 46% de carga. A primeira coisa que pensei foi ir até um shopping center, sem imaginar que seria enganada. No estacionamento, eu fui informada que havia duas opções: ir até o ponto de recarga e fazê-la eu mesma, o que segundo me informaram, levaria umas duas horas, se não tivesse ninguém na minha frente, ou pagar pelo valet, que eles mesmos se encarregariam dessa tarefa, no mesmo tempo estimado.

Escolhi a segunda opção e duas horas depois, para a minha surpresa, o painel indicava apenas 56% de carga, lembrando que ele estava com 46%. Claro que eu reclamei, mas de nada adiantou, ficou o dito pelo não dito, uma decepção total. Como o Dolphin vem equipado com um adaptador para tomada comum de 127 ou 220V, decidi carregá-lo na minha casa. Porém, ao olhar o painel, o tempo estimado era de 13 horas para a recarga total e logo desisti.

“Ao

olhar o painel, o tempo estimado era de 13 horas para a recarga total e logo desisti”
Ponto de recarga em um posto de combustível
A altura do Dolphin também é ideal para um modelo hatch e para quem tem pets

TENDÊNCIAS Os meus dias com o Dolphin

Na estrada o desempenho do carro é nota 1.000, ele responde muito bem e ainda tem mais potência se fosse permitida uma velocidade maior

No dia seguinte, descobri um ponto de recarga em um posto de combustível próximo à minha casa. Fui até lá com a minha irmã, Helga, entender como funcionava. A minha sorte é que o Marcelo, proprietário de um BYD Dolphin Mini, estava lá e me orientou. Antes disso, perguntei aos funcionários do posto como funcionava e ninguém sabia responder, alegando que o ponto de recarga era terceirizado.

Com as dicas de Marcelo, eu baixei o aplicativo, fiz o cadastro, o que é muito fácil. Em menos de 30 minutos, o Dolphin estava 100% carregado. Aliás, o Marcelo nos contou que deixou outros carros que ele tem na garagem e só anda com o seu elétrico. Morador de Jundiaí, ele vem para São Paulo, vai para o litoral e volta para Jundiaí, desmistificando que esse tipo de carro é somente para uso urbano. “Quem tem carro elétrico só precisa programar o roteiro”, orientou. Em sua casa, Marcelo tem um carregador wallbox que leva, segundo ele, 4 horas para a recarga total.

Rumo ao interior

Agora era a hora de sentir o carro na estrada. Com a minha irmã no banco do passageiro e a minha tinha no banco de trás, fomos para Cabreúva, interior de São Paulo. O nosso roteiro incluiu uma visita ao Pé de Morro Produtos Nascidos no Japi, o que eu indico para quem gosta de queijos e com a opção de fazer um piquenique em um lugar incrível.

Na estrada o desempenho do carro é nota 1000, ele responde muito bem e ainda tem mais potência se fosse permitida uma velocidade maior. No banco traseiro, a minha tia, Adenir, só fazia elogios. “A estampa do estofado é muito bonita, o carro é muito confortável, ele é bonito e silencioso, vou até tirar a minha sonequinha”, dizia ela. E

aqui vale uma observação, pela distância entre eixos de 2,7 metros, o Dolphin oferece mais espaço internamente e mais conforto para as pernas para quem vai no banco traseiro.

Pegamos também um trecho de estrada de terra para chegarmos ao Pé de Morro Produtos Nascidos no Japi. Da mesma forma, o Dolphin se mostrou firme, sem em nenhum momento derrapar. Depois do passeio, foi a hora de voltarmos para São Paulo e a autonomia do Dolphin foi fidedigna. Calculamos exatamente o quanto gastaríamos entre a ida e a volta, pois como orientou Marcelo, “quem tem carro elétrico só precisa programar o roteiro”.

A hora de devolver o carro

A minha irmã, que não tem a mesma paixão por carros como eu, se encantou pelo Dolphin. “Esse carro é a minha cara, é silencioso. Quero esse carro para mim!”, afirmava Helga. Aliás, um silêncio que eu estranhei no início, principalmente na hora de ligar e desligar. E não foi só eu. Um dia, ao sair da minha garagem encontrei a minha vizinha, Ana Paula, ela olhou para mim e perguntou: “O carro está ligado?”. Sim, ele estava.

Confesso que o difícil foi devolver o Dolphin no dia programado. Agora eu entendo o porquê nas estatísticas da Anfavea os 100% elétricos estão conquistando cada vez mais consumidores. Tanto que em todo o ano de 2023 foram emplacados 93,9 mil modelos eletrificados (100% elétricos, híbridos + híbridos plug-in), entre automóveis e comerciais leves. Desse total, os 100% elétricos somaram 19,3 mil unidades. Já este ano, no primeiro quadrimestre, entre os 51,3 mil eletrificados, os 100% elétricos totalizaram 20,8 mil unidades, representando 3% das vendas no mercado de veículos leves.

Texto: Redação | Foto(s): Divulgação

KS APRESENTA NOVOS ITENS PARA VEÍCULOS LEVES, UTILITÁRIOS, PESADOS E AGRÍCOLA

A Motorservice fez lançamentos para as marcas Nissan, Renault, Mitsubishi, GM, Hyundai, Scania, John Deere, Iveco Man e Massey Ferguson. Entre os destaques estão anéis de segmento para Nissan March e Versa, pistões para Nissan March e Versa, válvulas para Mitsubishi Lancer, Outlander e ASX, camisas para Iveco Cursor 9 e Scania DC 13, conjunto motor para Iveco Cursor 13, bronzinas para MAN motor D26, conjunto motor kit para John Deere e pistão para Massey Ferguson e motores Perkins.

MOVIMENTO DE VEÍCULOS PESADOS IMPULSIONA TRÁFEGO NAS RODOVIAS DE SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO

O tráfego nas rodovias de São Paulo e Rio de Janeiro cresceu em abril, impulsionado pelo aumento no fluxo de veículos pesados. O Monitor de Tráfego nas Rodovias, feito pela Veloe em parceria com a Fipe, registrou aumentos de 5,4% em São Paulo e 4,2% no Rio de Janeiro em comparação com março, com crescimentos anuais de 6,7% e 7,0%, respectivamente. Esse crescimento indica uma tendência positiva para a mobilidade e logística, com impactos econômicos relevantes nos veículos pesados.

SCANIA GANHA PARTICIPAÇÃO NO MERCADO COM NOVA LINHA DE CAMINHÕES

A Scania alcançou a marca de quase 7 mil caminhões vendidos de janeiro a maio, aumentando sua participação de mercado para 21% no segmento de veículos acima de 16 toneladas, um crescimento de 11 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A linha Plus impulsionou esse crescimento, com o modelo 450 sendo o mais vendido. A marca também se destaca no ranking dos 10 caminhões mais emplacados, com quatro modelos listados.

FENATRAN 2024 TERÁ NOVA EDIÇÃO DO FÓRUM DE MULHERES

Apenas 15% da força de trabalho no transporte rodoviário de cargas é feminina, com apenas 3% em cargos de liderança. Em resposta a isso, a Fenatran 2024 irá realizar o 3º Fórum de Mulheres no Transporte e Logística, durante sua 24ª edição, em novembro. O evento busca discutir práticas para aumentar a participação das mulheres no setor, com painéis e palestras sobre a equidade de gênero e diversidade nas empresas. A iniciativa terá a curadoria de movimentos como Vez & Voz, A Voz Delas e Rota Feminina.

ALLISON TRANSMISSION EQUIPA MAIS DE 70% DOS PULVERIZADORES AGRÍCOLAS PRODUZIDOS NA ARGENTINA

À medida que a produção agrícola cresce no hemisfério sul, especialmente no Brasil e na Argentina, a otimização dos processos agrícolas se torna crucial. Veículos sofisticados, como pulverizadores usados na aplicação de inseticidas e fertilizantes em culturas como soja, milho e algodão, são essenciais. A Argentina, terceira maior produtora de soja, lidera a indústria de pulverizadores na América do Sul, com mais de 70% deles equipados com transmissões automáticas Allison.

VOLKSWAGEN CAMINHÕES E ÔNIBUS LANÇA

MAIOR CAMPANHA DE EXTRAPESADOS DA

SUA HISTÓRIA COM LUAN SANTANA

A nova campanha da Volkswagen Caminhões e Ônibus foca no agronegócio, associando a família de extrapesados VW Meteor ao estilo musical preferido dos profissionais do setor. A marca promove a gravação inédita de um sucesso de Luan Santana para celebrar o sucesso da linha VW Meteor, lançada em 2020 e já com mais de 12 mil veículos vendidos. A montadora agora apresenta sua maior campanha para os extrapesados, destacando a robustez e produtividade da marca.

FRAS-LE ANUNCIA NOVOS ITENS PARA PICAPES E VANS

A Fras-le apresenta novas pastilhas de freio para Ford F-150 e sapatas para Chevrolet Montana e modelos Sprinter da MercedesBenz. As sapatas incluem CB/46-CPA para Chevrolet Montana e MB/526-CP e MB/516-CP para Mercedes-Benz Sprinter, todas com pintura anticorrosiva e material de fricção durável. As pastilhas PD/2384 (dianteira) e PD/2385 (traseira) para Ford F-150 são feitas com materiais de alta resistência, garantindo durabilidade e melhor desempenho do sistema de freio.

VOLVO MARCA PRESENÇA NA BAHIA FARM SHOW 2024

A Volvo participou da Bahia Farm Show, a maior feira de tecnologia rural do nordeste brasileiro, que ocorreu de 11 a 15 de junho, em Luís Eduardo Magalhães (BA). A marca apresentou caminhões e máquinas para o agronegócio, incluindo a nova carregadeira elétrica L25. Em parceria com a Gotemburgo Veículos, concessionária local, a Volvo exibiu o FH 540 6x4, o caminhão mais vendido do Brasil, e o VMX MAX 360 6x4 com espalhador de calcário, muito demandado no setor agrícola.

DANA DÁ DICAS PARA O ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DO CARDAN EM CAMINHÕES PESADOS

A produtividade no transporte de cargas depende da manutenção eficiente dos caminhões pesados. A Dana destaca a importância do cuidado com o cardan, essencial para o funcionamento dos veículos. A manutenção preventiva é crucial para evitar problemas operacionais e custos adicionais, envolvendo atenção ao eixo cardan e às barras de direção, que podem sofrer desalinhamento e desbalanceamento, causando vibrações e desgaste acelerado das peças.

LIBRELATO LANÇA SÉRIE ESPECIAL DE SEMIRREBOQUES GRANELEIROS EM COMEMORAÇÃO

AOS SEUS 55 ANOS

Para comemorar 55 anos de atuação no Brasil, a Librelato produziu um lote especial de Semirreboques Graneleiros 4 Eixos Evolut, limitado a 55 unidades. Esses implementos da Série 55 possuem pintura especial no chassi e na caixa de carga, fabricados com aço inox 410D. Equipados com rodas de alumínio, selo comemorativo “Série 55” e lona personalizada, os implementos também incluem um pacote de conectividade Sigaway, com um ano de soluções para gestão de frotas e monitoramento de pneus.

Comportamento

UMA CORRIDA CONTRA O TEMPO

“O tempo é muito lento para os que esperam.

Muito rápido para os que têm medo.

Muito longo para os que lamentam.

Muito curto para os que festejam.

Mas, para os que amam, o tempo é eterno”.

William Shakespeare

Restavam apenas dez voltas para o final de uma corrida de Fórmula 1. Ocupando a segunda colocação, o piloto precisava tirar uma diferença de cinco segundos para ter chances de tentar a ultrapassagem, vencer a prova e conquistar o campeonato: uma verdadeira corrida contra o tempo.

O termo “Correr contra o tempo” se refere ao tempo curto que todos temos. É geralmente utilizado quando queremos nos referir à chegada em algum lugar, podendo ser o êxito profissional, amoroso, uma reunião, um encontro, entre outros.

O tempo é, também, uma questão de circunstâncias, imagine uma partida de futebol, dois times, dois objetivos distintos: Com trinta e cinco minutos de jogo, no segundo tempo, um dos times precisa vencer para ser campeão. O adversário, para ser campeão, apenas o resultado de empate é o suficiente. Para o time que precisa vencer, o tempo parece correr. Quanto mais tempo o árbitro estender após os quarenta e cinco minutos, melhor; diferente do time que precisa apenas do empate, que torce para que os dez minutos que faltam para completar o tempo regulamentar, passem como um foguete.

O mês que fecha o primeiro semestre do ano traz comemorações como o “Dia Mundial do Meio Ambiente” e, também, as festividades ligadas às tradições religiosas das Festas Juninas.

Por falar em tempo, junho é o mês que contém o dia com mais horas de luz do dia, no hemisfério norte, denominado solstício de verão, bem como o dia com menos horas de luz do dia, no hemisfério sul, (excluindo as regiões polares em ambos os casos), o solstício de inverno. É o sexto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome é derivado da Deusa romana Juno, mulher do Deus Júpiter.

Alguns fatores podem prejudicar a nossa produtividade, os denominados sabotadores do tempo, podemos citar: a baixa autoestima; o pensamento negativo; a busca constante pela perfeição; ser prestativo a ponto de colocar as necessidades do outro em primeiro plano; a zona de conforto; a procrastinação e, cada dia mais, o tempo gasto em redes sociais.

Como diria Mario Quintana, “nós somos escravos do tempo. Só os poetas, os amantes e os bêbados podem fugir por alguns instantes. Ah, e as crianças. As crianças sempre ignoram”. Estamos sempre, numa correria desenfreada. Corremos contra o tempo, por exemplo, para entregar resultados no trabalho, dentre tantas outras situações do dia a dia. Outro exemplo recente foi a corrida dos cientistas contra o tempo, durante a pandemia, para o desenvolvimento de vacinas capazes de conter o avanço do coronavírus.

“Todo tempo não é um”, assim dizia a minha saudosa tia avó

Foto(s): Divulgação

Maninha, se referindo ao comportamento e atitudes do ser humano, que nos dias atuais não fazem mais sentido. O ser humano, portanto, vive em um processo de constante evolução. Aqueles que se negam acompanhar as mudanças, acabam ficando pra trás e são atropelados pela velocidade das mudanças em todos os sentidos, principalmente a evolução tecnológica.

A expressão “perder o timing” corresponde à sensibilidade que leva alguém a entender o melhor momento para realizar alguma coisa ou para fazer as coisas acontecerem. Como mostra o ditado popular utilizado em outros artigos: “cavalo selado só passa uma vez”.

Ainda sobre o tempo, há pessoas que correm e aquelas que entendem que “a pressa é inimiga da perfeição” e que “devagar se vai ao longe”. O mais importante é não parar no tempo, afinal, como diz o trecho da música de Cazuza: “O tempo não para. Não para não, não para”, portanto, deixar para depois, depois e depois, o tempo acaba passando e não tem volta.

Mario Quintana, em seu poema “O tempo”, escreveu:

“A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando se vê, já é sexta-feira!

Quando se vê, já é Natal…

Quando se vê, já terminou o ano…

Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê, passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado…”.

A canção “tempo perdido”, de Legião Urbana, diz que não temos mais o tempo que passou, mas que temos muito tempo. “Temos todo o tempo do mundo”. O problema é que não sabemos quanto tempo nos resta de vida.

É importante sabermos administrar o nosso tempo, ter controle sobre a sua rotina, organizar as tarefas, estabelecer prioridades, fazer bom uso do calendário, com planejamento de metas e objetivos, sem procrastinar.

Previsão do tempo: ele está passando, a vida é bela e muito rápida, não podemos passar pela vida em vão, precisamos construir algo, deixar algum legado.

Aguardem o artigo do próximo mês. Calma! Nada de ansiedade (Rsrsrsrs). Um mês passa rapidinho, tão rápido que vou precisar correr contra o tempo para definir e escrever um tema bem interessante para aproxima edição.

Até breve!

*Analista Administrativo Sênior da Distribuidora Automotiva S/A – Filial Salvador; Bacharel em ADM; MBA em Gestão de Empresas; MBA em Liderança Coaching; Co-autor dos livros “Ser Mais Inovador em RH” – “Motivação em Vendas” e "Planejamento Estratégico para a Vida”

OS EFEITOS DO

RIO GRANDE DO SUL NOS MERCADOS DE VEÍCULOS NOVOS E USADOS NO

MÊS

DE MAIO

Ainda que impactados, no acumulado do ano, as entidades do setor computam números positivos e cresce o volume de veículos importados, principalmente da China

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea

Omês de maio foi marcado pela tragédia no Rio Grande do Sul, o que impactou diretamente as vendas de autoveículos novos e usados. O mês também teve um dia a menos que abril e feriado prolongado. Nas contas da Anfavea, foram emplacadas 194.000 unidades (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), resultado 12% inferior ao do mês de abril. No Rio Grande do Sul foram 4.133 unidades emplacadas, 6.500 unidades a menos que em abril, representando uma queda de 64% no comparativo entre os meses. Mesmo com tudo isso, a média diária de vendas, 9.500 unidades computadas, foi a melhor para o mês desde 2019.

No balanço dos cinco primeiros meses do ano, o resultado foi 14,9% acima do mesmo período de 2023, com 930.000 unidades emplacadas, o que poderia ter sido ainda melhor se não tivesse acontecido a tragédia no Rio Grande do Sul. “Nós teríamos um crescimento ainda maior, com mais 6.500 unidades”, afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

Pelos números da Abeifa, em maio o volume de emplacamentos teve uma queda de 15,7% em relação a abril, totalizando 7.728 unidades, das quais 7.582 importadas e 146 veículos de produção nacional. Mas quando comparado a maio do ano passado, a alta foi de 183,5%, e no acumulado do ano foram 37.788 unidades, 222,3% acima do mesmo período de 2023 e com uma participação de 4,3% do mercado total.

Eletrificados

As 7.077 unidades emplacadas pelas associadas à Abeifa respondem por 52,4% dos veículos eletrificados emplacados em maio. No acumulado do ano, foram 34.054 veículos eletrificados importados e emplacados pelas

associadas à Abeifa, o que equivale a 52,5% do mercado total.

Com esse resultado, as unidades emplacadas nesse ano estão bem próximas de superarem as 94.000 unidades emplacadas em todo o ano passado. Segundo dados da Anfavea, no acumulado do ano foram 64.800 unidades emplacadas, sendo 26.000 puramente elétricas. A participação no total das vendas foi de 7,4%, ante 4,3% no mesmo período de 2023.

“É importante observar que em 2023 foram quase 94.000 unidades e nós já estamos bem próximos e ainda nem chegamos na metade do ano. Apenas os elétricos, já emplacamos 26.000 unidades, uma média de 5.200 por mês, contra 20.000 no ano de 2023”, comparou Leite.

Números da Fenabrave

No mês de maio, a Fenabrave computou 376.569 veículos emplacados, uma retração de 8,29% sobre o mês anterior e uma alta de 16,63% quando comparado a maio de 2023. Especificamente automóveis, foram 144.027 unidades, resultado 12,36% inferior ao mês anterior, mas 13% superior a maio do ano passado.

O resultado do acumulado até maio, incluindo todas as categorias, foi o melhor para o mês desde 2014. “Embora o momento seja de cautela, em razão das dificuldades enfrentadas no Rio Grande do Sul, cujos prejuízos das enchentes ainda estão sendo contabilizados, já que a situação local permanece crítica, as condições favoráveis do crédito mantiveram o mercado aquecido no restante do País, seja em maio como no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, fazendo com que o mercado total continue apontando viés positivo”, comentou o presidente da entidade, Andreta Jr.

Segundo ele, ainda é cedo para analisar o impacto do Rio Grande do Sul nas vendas anuais. “O Estado respondeu por cerca de 4% dos licenciamentos do Brasil até abril. Sabemos que houve perdas, mas

parte dessa frota poderá ser reposta nos próximos meses, considerando os sinistros ainda não registrados”, afirmou. Pelos dados da Regional Fenabrave-RS, são 722 concessionárias de veículos no Estado, cerca de 300 foram afetadas pelas chuvas.

Seminovos e usados

O mercado de veículos usados também foi impactado em maio pela tragédia no Rio Grande do Sul. Conforme consta no relatório da Fenauto, entre os dias 07 e 26 de maio não foram registradas transferência no Estado. Ao longo do mês foram transferidas 21.184 unidades contra 97.584 em abril. Em termos nacionais, a variação por conta do resultado no Sul ficou negativa em 8,2%. Já no acumulado do ano, a Fenauto registrou um resultado positivo, com 6.048.587 veículos comercializados, 6,6% acima do mesmo período de 2023.

“A tragédia que se abateu sobre nossos irmãos gaúchos realmente é triste e todos nós torcemos para que se recuperem logo. Mas, pelas proporções que esse acontecimento atingiu, estimamos que a economia ainda levará um bom tempo para se recuperar plenamente. Isso é realmente preocupante, na medida em que a contribuição das vendas do Estado, no resultado nacional, é grande. Vamos acompanhar com atenção a recuperação dos negócios mês a mês e o impacto que elas terão até o final do ano”, disse Enilson Sales, presidente da entidade.

Fabricação

No mês de maio, houve paralisação de fábricas, 28.000 unidades deixaram de ser produzidas por esse motivo, e 12.000 não foram produzidas no Rio Grande do Sul. Saíram da linha de produção 167.000 unidades, uma queda de 24,9% quando comparado ao mês anterior, em número de unidades, foram 43.000 a menos. No acumulado do ano até maio, o setor produziu 962.800 veículos automotores, 1,7% inferior ao mesmo período de 2023.

Por outro lado, em maio, as fábricas geraram 1,3 mil novos empregos, somando 103.299 postos de trabalho. “O que deve ser comemorado, pois a cada emprego gerado na indústria, outros 10 são gerados em toda a cadeia. É o melhor nível de empregos desde novembro de 2022, indicando os primeiros reflexos positivos nos recentes investimentos. O setor anunciou R$ 130 bilhões em investimentos”, afirmou o presidente da Anfavea.

Pesados

No segmento de pesados, o destaque é para ônibus, impulsionado pelo programa Caminho da Escola. A produção nos cinco primeiros meses do ano foi o melhor resultado desde 2015, totalizando 12.000 unidades, e 58,5% acima do mesmo período de 2023. Em maio, foram produzidas 2.700 unidades, 2,7% acima de abril, e quando comparado a maio de 2023, a alta foi de 40,3%.

Enilson Sales, presidente da Fenauto

“O aumento de quase 60% em relação ao ano passado é muito influenciado pela programa Caminho da Escola. Até o momento, foram contratadas cerca de 5.450 unidades. A nossa expectativa é que esse número chegue a 6.000 unidades até o final deste mês”, disse o vice-presidente da Anfavea, Eduardo Freitas.

Já as vendas tiveram uma retração de 26,1% em maio, comparado a abril, e uma queda de 33,2% em relação a maio de 2023, também impactadas pelo programa Caminho da Escola, conforme explicou Freitas. “É importante olhar para o acumulado, pois ônibus tem um processo de encarroçamento. Foram 7.100 unidades neste ano, 25,4% inferior ao mesmo período de 2023. Em 2023, todos os ônibus do programa Caminho da Escola tiveram que ser entregues até março. Nesse ano, começamos a fazer as entregas. Até agora, foram entregues e emplacadas cerca de 400 unidades”.

E a produção de caminhões registou recorde no acumulado do ano, superando a marca de 50.000 unidades, 30% acima dos primeiros cinco meses de 2023. Em maio, foram 11.200 unidades produzidas, ante 11.700 em abril, justificada pelo mês ter um dia útil a menos. No comparativo com maio de 2023, a alta foi de 33,1%. E no volume de emplacamentos, foram 46.800 unidades no acumulado do ano, resultado 4,8% superior ao mesmo período de 2023. Somente em maio foram 9.500 unidades emplacadas, 400 a menos que em abril, também situação justificada pelo mês ter um dia útil a menos quando comparado a abril e pela queda de vendas no Estado do Rio Grande do Sul.

Competitividade

MODELOS MAIS

TRANSACIONADOS EM MAIO/2024

Automóveis

A indústria local está perdendo competitividade por causa das importações e das exportações. No acumulado do ano, os emplacamentos de autoveículos importados chegaram próximos à marca de 160.000 unidades, 38% acima do mesmo período de 2023, ou quase 44.000 unidades a mais. Ainda que a Argentina continue sendo o principal país de origem, com 45% de participação. Entre essas quase 44.000 unidades, 82% são veículos vindos da China.

VW - GOL - 58.209

FIAT - UNO - 32.118

FIAT - PALIO - 30.669

Comerciais Leves

FIAT – STRADA - 28.246

VW - SAVEIRO - 17.422

TOYOTA - HILUX - 14.144

Fonte:

“Se fosse da Argentina ou do Mercosul, nós temos um fluxo de peças muito importante e isso acaba beneficiando a indústria, mesmo que não seja com veículos acabados, isso traz um efeito positivo para a cadeia, mas não no caso das importações vindas da China. Perdemos, com isso, a capacidade de aumentarmos o nosso mercado de autopeças e na fabricação de veículos”, afirmou o presidente da Anfavea. Já as exportações totalizaram 27.000 unidades em maio, em linha com o resultado de abril, que tinha sido baixo.

FÓRMULA 1

Max Verstappen, Lando Norris e Lewis Hamilton formaram o pódio do GP da Espanha de F1 2024

VERSTAPPEN SUPERA LANDO NORRIS E VENCE NA ESPANHA; HAMILTON VOLTA AO PÓDIO

OCircuito da Catalunha, na Espanha, que já havia sido palco da primeira vitória na carreira de Max Verstappen, volta a ser local de triunfo para o piloto da Red Bull Racing. Apesar das fortes investidas de Lando Norris nas voltas finais, Max conseguiu guiar o carro até a vitória com maestria. Lewis Hamilton, que faz o seu último ano na Mercedes, conquistou o seu primeiro pódio da temporada.

Já na primeira volta se iniciou a briga pela liderança. Lando Norris foi com tudo para defender a sua pole position de Max Verstappen, que vinha logo atrás. Mas logo George Russel, da Mercedes, que largou na quarta colocação, conseguiu escalar o grid e assumir a ponta por um tempo. Assim que pôde, o piloto holandês usou o DRS (Asa Móvel) para tomar a frente do pelotão.

A corrida foi gerida e vencida na estratégia de troca dos pneus. Para o circuito espanhol, duas paradas eram recomendadas, e as equipes assim o fizeram. Max conseguiu gerir seus pneus de forma primorosa, o que garantiu uma vantagem sobre os seus oponentes. A RBR conseguiu realizar um pit stop de 1s9, tempo recorde assim como foi no GP da China. Enquanto isso, Norris tentava se defender das duas Mercedes, que lutavam para conquistar o primeiro pódio da temporada, talvez até uma dobradinha, mas não deu outra: o piloto da McLaren conseguiu manter a sua posição e se assegurar no segundo lugar. Hamilton também conseguiu cravar o seu pé no pódio ao usar o composto macio de pneus.

Na Ferrari, o clima não estava nem um pouco amistoso.

Nas primeiras voltas, Carlos Sainz, piloto espanhol, deu um toque na asa dianteira do seu companheiro de equipe Charles Leclerc. Vale lembrar que o piloto espanhol segue sem equipe para 2025 após a Ferrari anunciar que Lewis Hamilton tomaria o seu lugar. Após a corrida, Charles lamentou o ocorrido, dizendo que entendia a vontade de fazer algo espetacular em casa, mas que não foi correto avançar para cima dele. Já Sainz reclamou, declarando que não é a primeira vez que Charles reclama após a corrida e que ele não pode ficar atrás a vida toda. O toque entre os dois não rendeu punição, mas Charles perdeu uma posição na tabela do campeonato, enquanto Sainz se manteve em quarto colocado.

A próxima corrida do calendário acontece no dia 30 de junho, no circuito RB Ring, na Áustria.

Max Verstappen no GP da Espanha de F1

Por: Gabriela Medeiros

AUTOMOBILISMO

COPA TRUCK

4ª ETAPA DA COPA TRUCK É REALIZADA NO AUTÓDROMO POTENZA, EM LIMA DUARTE (MG)

A arrecadação da corrida foi toda convertida para ajudar o comércio afetado pelas enchentes no Rio Grande do Sul

Aquarta etapa da Copa Truck, promovida no Autódromo Potenza, em Lima Duarte (MG), com todos os ingressos esgotados, teve todo o valor arrecadado usado para impulsionar o comércio local do Rio Grande do Sul, que originalmente seria o local da prova. Na segunda corrida da categoria Pro, houve um campeão inédito e o campeonato ficou empatado. Já na Elite, Bia Figueiredo conquista mais uma vitória.

Categoria Pro

Primeira Prova: Na primeira corrida, Leandro Totti, da Vannucci Racing, largou na pole position. Roberval Andrade teve uma largada prejudicada após um toque na primeira volta, o que fez Dirani assumir a segunda colocação. Ao longo da prova, Totti e Dirani lutaram pela primeira colocação; Beto Monteiro logo entrou na disputa também. Felipe Giaffone sofreu com problemas no início da corrida e, mais à frente, acabou abandonando a prova.

Totti conseguiu enfim garantir a sua liderança com vantagem e conquistou a vitória. Dirani chegou em segundo, mas colado ao terceiro colocado, Beto Monteiro. Após a corrida,

Leandro Totti parabenizou a equipe pela vitória e ressaltou a importância dela após a péssima etapa em Londrina.

Segunda Prova: Logo no início da prova, o Safety Truck entrou na pista após uma confusão envolvendo diversos caminhões; alguns abandonos aconteceram, incluindo o de Leo Rufino. Franzoni usou de sua experiência para assumir a ponta da prova; Paulo Salustiano assumiu a segunda colocação após Abbate receber punição.

Victor Franzoni guiou a prova de ponta a ponta e conquistou a sua primeira vitória na categoria. Paulo Salustiano ficou em segundo e Danilo Dirani em terceiro. Giaffoni, que havia abandonado na primeira prova, conseguiu se recuperar e terminou em sétimo. A etapa terminou com um empate no campeonato: Felipe Giaffone e Wellington Cirino estão com 107 pontos cada; André Marques vem em terceiro, com 106 pontos.

Categoria Elite

Bia Figueiredo vence a primeira corrida

Primeira Prova: Djalma Pivetta largou na ponta, com Bia Figueiredo logo atrás. José Augusto Dias vinha em terceiro e logo ultrapassou Bia, ficando com a segunda colocação, mas não demorou para a vencedora de Londrina recuperar sua posição. Taborda também ultrapassou Jô Dias e Leo Rufino estava em quinto.

No final da prova, Djalma não conseguiu manter o ritmo para resistir às investidas de Bia Figueiredo; ela assumiu a ponta rumo à vitória, a terceira na temporada. Djalma acabou em décimo colocado; o pódio foi completado por Rodrigo Taborda em segundo e Pedro Perdoncini, em terceiro.

Segunda Prova: Com a largada movimentada na categoria Pro, a pista precisou ser limpa, o que influenciou indiretamente na categoria Elite. Após a pista ser liberada, Bonemann assumiu a ponta, com Ricardo Alvarez logo atrás. Bia Figueiredo, que vinha com um ritmo bom, conseguiu assumir a terceira colocação e garantir mais um pódio.

Bonemann permaneceu intocável até alcançar a sua primeira vitória no ano de estreia na categoria, pela Tiger Team, que conseguiu uma dobradinha com a chegada de

A NECESSIDADE DE UMA GESTÃO EFICIENTE DE ESTOQUE

Desafiadora para as autopeças pela quantidade de marcas, modelos, motores e variações dos veículos, alguns pontos requerem atenção para que se alcance a eficiência e o atendimento ao cliente

Em toda a cadeia de suprimentos, a gestão eficiente de estoques é crucial para o sucesso de qualquer empresa. Para isso, é necessária a administração eficaz dos produtos, com um monitoramento preciso do fluxo de entrada e saída de mercadorias, a fim de garantir a disponibilidade de produtos para atender a demanda dos clientes. Porém, a gestão eficiente de estoques vai além de ter a disponibilidade de itens, ela desempenha um papel crítico na alocação precisa dos recursos da empresa, garantindo que o capital não fique excessivamente amarrado em estoques que não giram rapidamente.

“Essa alocação precisa, por sua vez, contribuir para uma significativa redução de custos operacionais, seja através da otimização do espaço de armazenamento, da minimização de despesas com armazenagem ou da eliminação de produtos obsoletos que poderiam se tornar um peso financeiro para a empresa. A eliminação de investimentos desnecessários em estoque, em excesso ou obsoleto, é essencial para a rentabilidade”, explicou Kevenson Luan, presidente da Soluções Consultoria.

Para implantar uma gestão de estoque eficaz, as dicas de Luan são: prever a demanda, o que pode ser feito por métodos estatísticos e históricos; fazer o inventário de estoque; definir a capacidade mínima e máxima de cada produto para manter o seu estoque no tamanho ideal, e estabelecer ponto de reposição para determinar quando reabastecer os estoques.

E tão importante quanto tudo isso é a automatização do controle de estoque. “É ter um software de gerenciamento para automatizar o acompanhamento e a gestão dos níveis de estoque, pois, agiliza o processo e diminui as falhas. Bem como ter um sistema de codificação, como o de código de barras, para a localização e rastreamento de produtos”.

Luan também destaca a importância em treinar os colaboradores e ter um bom relacionamento com os fornecedores. “Garantir que sua equipe esteja devidamente treinada, facilita e evita erros nas operações no sistema de gestão de estoque. Manter uma relação sólida e de confiança com os fornecedores, garante entregas no tempo, diminui imprevistos e facilita a negociação. Além disso, monitore continuamente o desempenho do sistema de gestão de estoque e faça ajustes conforme necessário. Lembre-se que uma má decisão pode acarretar custos elevados e prejudicar a competitividade da empresa”.

Comprometimento da venda

Não ter a peça disponível para o cliente pode comprometer a venda, mas há outras formas de não a perder. “A falta do item é danosa, é dolorida, mas isso tem que ser trabalhado de forma inteligente. É argumentar se o cliente pode esperar pela reposição do distribuidor. Hoje em dia, ninguém quer esperar, mas o cliente quer uma solução completa. Informando um prazo que você possa cumprir, em regra, ele vai esperar pela solução completa”, comentou Francisco Gomes, consultor e

Kevenson Luan, presidente da Soluções Consultoria

instrutor do Curso de Balconista de Alta Performance, e representante Comercial da Bezerra Oliveira, em Fortaleza (CE), acrescentando que “a falta de um item é a melhor sinalização para estar atento àquele produto, colocá-lo no estoque, pois há uma demanda para ele”.

Peculiaridades das autopeças

Nas autopeças a gestão de estoque é desafiadora pela quantidade de marcas, modelos, motores e variações dos veículos, conforme colocado por Gomes, “cada veículo tem mais de 15 mil componentes, multiplicando pela quantidade de marcas, modelos, motores e variações dos veículos, é uma infinidade de peças de reposição, o que cria uma dificuldade enorme para prover em estoque itens para esses veículos. Atrelado a tudo isso, tem a vida útil de um veículo, são 20, 25, 30 anos que ele passa rodando, então, é muito tempo para manter essas peças em estoque. Essa é a principal característica que toca o estoque das autopeças”, comentou Gomes.

o número daquele pico. Esse estoque é eventualmente em um dia especial, que eu teria de demanda, e a partir daí, eu crio um mínimo e máximo. Alimento o meu estoque dependendo dessa variação e, conforme ele for baixando, eu recorro ao meu distribuidor, que está a um dia de distância, e coloco mais uma vez um estoque ideal na minha prateleira”. E sempre usar o estoque do distribuidor. “O distribuidor é um grande bolsão de peças. Pelo seu poder de investimento, ele terá um mix muito maior do que as autopeças conseguem comportar. O varejista de autopeças precisa usar esse estoque como seu e trabalhar a logística da forma mais inteligente para poder ter, no menor tempo possível, esse estoque à sua disposição”.

Para gerir tudo isso, a orientação de Gomes é ter variedade, cada vez mais itens distintos e menor quantidade de itens repetidos, contando com o estoque do distribuidor, e conhecer o giro de sua região. “A autopeças é muito bairrista, ela tem uma população de um determinado local e esse público tem uma característica. Hoje temos softwares de gestão de autopeças que são capazes de identificar qual é a sua curva A, B e C. A partir disso, você fortalece os itens que têm mais giro e com atenção para aqueles que não têm muita demanda; selecionando aquele que é apenas uma venda eventual para um determinado cliente e aquele que será colocado em estoque”.

Para a formação de estoque, a dica dele é testar e validar a saída da peça. “Ao ser vendida, compre novamente, e na segunda vez que vendê-la, tenha uma segunda peça, sempre atento à demanda e vendo que ela é recorrente para não depender da agilidade do seu distribuidor. Além disso, existem peças que são estratégicas no estoque, como o radiador. Claro que esse item pode demorar um pouco mais para girar, mas é importante tê-lo para não perder a venda”.

E como cada vez mais as autopeças trabalham com o estoque do distribuidor, Gomes contou que há uma regra muito útil para entender e calcular as peças necessárias para o estoque do varejista, dependendo da distância que ele está do seu distribuidor. No exemplo a seguir, ele considerou um distribuidor que está a 24 horas de distância.

“A regra é eu ver no meu CRM qual foi o pico de um, dois ou de três dias que eu mais vendi aquele produto e fazer a reposição, colocando em estoque

E o distribuidor dispor de um software ao varejista que mostre seu estoque e preço. “A partir do momento que o varejista sabe onde tem o que procura e qual é o preço, ele pode tanto usar a entrega do distribuidor, dependendo da pressa do seu cliente, como também outros meios, como o motoqueiro da loja ou de aplicativos, transformando o estoque do distribuidor no estoque de sua autopeça”.

As mais demandadas

Para o Curso de Balconista de Alta Performance, Gomes realizou um estudo, que ele chama de “A lei dos 15 anos”, identificando que os produtos vendidos nas autopeças se concentram no bloco de 15 anos. Para chegar a esse resultado, a sua análise foi: “nos cinco primeiros anos do veículo, basicamente, não é feita a manutenção na rede independente de oficinas. Ele está na garantia e, geralmente, o serviço é feito na concessionária. A reposição de peças é mínima, apenas de óleo e filtro. A partir do 6º ano ele vai para o mercado de reposição e eu conto 15 anos para trás. Como estamos no ano de 2024, o nosso fluxo de vendas de peças é maior para veículos de 2004 até 2019”.

Renovação do estoque e peças obsoletas

E o que fazer com peças obsoletas no estoque? A orientação de Gomes é ir em busca do público que consome essas peças, divulgá-las em redes sociais e em marketplaces. Fazer promoções na loja pode não ser o melhor caminho, conforme ele comparou, “no mercado de autopeças, a elasticidade preço e demanda não é uma regra, como é em um supermercado, onde eu baixo o preço do produto e consigo atrair a atenção do consumidor, baixando, assim, o estoque. Em autopeças, se o consumidor não estiver precisando do item, ele não vai consumir, pois a grande maioria é de itens de reparação”.

Francisco Gomes, consultor e instrutor do Curso de Balconista de Alta Performance

É eliminar as peças de carros mais antigos, vender e não repor, dependendo da análise do fluxo e do tempo de saída desses itens e, ao mesmo tempo, comprar peças de veículos mais novos, respeitando “A lei dos 15 anos”.

Para sintetizar e não cometer erros na gestão do estoque, Francisco Gomes enumerou o volume, “sempre que se coloca um volume exagerado de um mesmo item, além de comprometer o capital, também está sendo ocupado espaço na autopeças, atrapalhando de forma logística o espaço que deveria ser utilizado para ter mais variedade itens”, e o encanto com as promoções dos distribuidores, geralmente, atreladas a volume. “Isso faz com que o seu capital fique mobilizado por muito tempo e toda vez que mobiliza capital, pode faltar dinheiro no caixa, necessário para comprar do mercado. Não se consegue sobreviver em autopeças com apenas dois ou três distribuidores que dão crédito. É preciso de dinheiro na mão para comprar de outros fornecedores, para poder fornecer os itens que não têm em estoque. Hoje, uma autopeças vende mais o que ela não tem, do que o que ela tem”.

Outra dica dele é em relação às diferentes marcas de um mesmo produto em estoque. “A dica é ter uma marca que o mercado evidencia, e considera top, e outra que lhe traga um bom custo/benefício, não a mais barata, mas a que traz para o cliente conforto e a segurança de ter um item com qualidade e garantia. Na minha autopeças, eu teria no estoque duas marcas”, concluiu.

Estoque na mão

Na Casa da Transmissão, em Uberlândia (MG), são mais de 48 mil itens em estoque. Lá, eles utilizam leitores de código de barras para contagem, separação, guarda, conferência de todas as peças compradas e vendidas. “A demanda versus reposição é calculada pelo nosso sistema e atualizada de acordo com os lançamentos das fábricas. Hoje, temos também um sistema de gestão de entregas, que mensura o tempo desde a criação do pedido até a hora que é recebido pelo cliente. Trabalhamos para entregar qualidade com agilidade ao nosso cliente”, contou a gerente Comercial, Daniella Durães Brito.

Ela disse também que o período para que um item se torne obsoleto é de um ano, mas que é feito um acompanhamento trimestral com os itens pré-obsoletos. “Com estes itens, fazemos promoções e divulgamos aos

nossos clientes com preços reduzidos. Temos indicadores mensais para analisar todos estes itens. Outro trabalho que está sendo feito atualmente com essas peças é conferir o produto, verificar se há mudanças de números ou outras conversões para que o item volte a ser vendido normalmente”.

Segundo Daniella, a maior falha no estoque é não ter controle. “É preciso ter o estoque na “mão”. Todo o nosso estoque é contado diariamente, todos os itens que giraram no dia anterior são contados no dia seguinte. Com isso, passamos a ter uma acuracidade de 100%. Quando se falta ou sobra um item, é identificado e já resolvido. Analisamos todos os indicadores diário e mensalmente, buscando sempre melhorias. Outro ponto importante para a gestão do estoque são os processos, que nos ajudam a manter a organização, a ter agilidade e ser mais eficientes”.

Daniella ressaltou a importância em ter uma equipe bem treinada. “Nossos vendedores já são preparados para atender com orçamentos completos. A falta de peças impacta sim, mas quando acontece sempre buscamos alternativas para atender o cliente”, finalizou.

Controle diário

Na Braskape Autopeças, em São Paulo (SP), são cerca de 100 mil itens em estoque. Lá, o estoquista, Aldevan Silva Souza, contou que além da automação com o uso de computadores, são usados também os antigos métodos com caneta e lápis. E que a demanda para a reposição é calculada diariamente. “Conforme vai vendendo o produto, a gente do estoque vai passando diariamente as faltas do mesmo para o setor responsável de compras”.

Segundo ele, “o estoquista não pode deixar que falte peça na prateleira. É preciso ter atenção na hora de guardar as peças, para não guardar errado, e na hora da separação também”, afirmou. Quanto às peças obsoletas, Souza disse que na Braskape o prazo para que isso aconteça é de cerca de seis meses. “O cálculo é a partir das compras de uns seis meses em estoque, se não tiver saída, passamos para o setor responsável para fazer promoção do produto”, concluiu.

Aldevan Silva Souza, da Braskape Autopeças, de São Paulo (SP)
Na Casa da Transmissão, de Uberlândia (MG), são mais de 48 mil itens em estoque

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