Jornal Balcao Automotivo ed 167

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DESENVOLVIMENTO DE CARREIRA

Para tanto, é preciso entender que o comportamento do consumidor e os canais de atendimento mudaram

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FRAS-LE COMPRA NAKATA

Hemerson Fernando de Souza, diretor de Relações com Investidores da Fras-le, fala do negócio de R$ 457 milhões

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n o167 SET | 2020

VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA O MUNDO DIGITAL? As 3 mais importantes vertentes do varejo atual são: experiência de compra, customização e integração dos canais digitais à operação da loja física.

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DAF CAMINHÕES BRASIL

Montadora faz o lançamento do novo DAF XF, que é produzido na fábrica da cidade de Ponta Grossa (PR)

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ECONOMIA: REFORMA TRIBUTÁRIA

O que podemos ter de mudanças nas análises de dois especialistas: Renato Paladino e Marco Flores

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| EDITORIAL

JORNAL BALCÃO AUTOMOTIVO Nº 167 | ANO XIV | SETEMBRO DE 2020

COMO SE PREPARAR PARA A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL? Bem, com o início da pandemia, em meados do mês de março, muito empresário do setor de autopeças teve que recorrer a alternativas para continuar com o seu negócio funcionando. Se não podia receber os clientes nas suas lojas, muitos intensificaram o serviço delivery, de entrega, e até partiram para a venda por canais digitais, seja pelo site da empresa ou através do mercado livre. No entanto, essa transformação acontecida nesses meses, que para muitos adiantou os processos em no mínimo cinco anos, trouxe grandes questões com relação ao perfil dos negócios. Se hoje, pelo menos já engatinham no universo digital, em alguns lugares podem fazer atendimento ao público, não devem deixar de lado tudo que foi começado em um dos momentos mais difíceis já vivido. A transformação que começou precisa continuar. Gustavo Carrer, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Gunnebo, diz que as três mais importantes vertentes do varejo atual são: experiência de compra, customização e integração dos canais digitais à operação da loja física. “Ao contrário do passado, em que as vendas aconteciam no balcão ou por telefone, hoje a jornada de compra pode começar nas mídias sociais, passando pelo e-commerce ou marketplace e terminando com a retirada na loja”. Ainda: trazemos com exclusividade uma entrevista especial para falar sobre a transação milionária de compra da Nakata pela Fras-le. Conversamos com Hemerson

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Valtermário S. Rodrigues Robson Breviglieri Fauzi Timaco Jorge

CONSELHEIRO CONSULTIVO Carlos de Oliveira

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REDAÇÃO Editor-chefe Silvio Rocha redacao@jornalbalcaoautomotivo.com.br Karin Fuchs redacao2@jornalbalcaoautomotivo.com.br

Fernando de Souza, diretor de Relações com Investidores da Fras-le. Outro assunto importante é que as lives do Balcão Automotivo continuam no Facebook e canal do YouTube da publicação, atraindo cada dia mais audiência. Tem também o artigo do colunista Fauzi Timaco Jorge: “Reflexos da pandemia” . Continuando, nesta edição também abordamos outro tema deveras importante para todo o nosso setor, que é a Reforma Tributária. Trazemos o que pode ter de mudanças, nas análises de dois especialistas: Renato Paladino e Marco Flores. Em Pesados & Comerciais, DAF Caminhões Brasil apresenta novo XF. O intuito da montadora com esse lançamento é levar o caminhão à liderança do segmento de pesados no País. Como reportagem de capa do Caderno Balconista Automotivo, Desenvolvimento de carreira, que segundo os especialistas entrevistados só depende de você ser um profissional cada vez melhor. Ainda: no artigo de Valtermário de Souza Rodrigues, pode parecer contraditório escrever um artigo com o título “Dependência”, exatamente no mês da Independência do Brasil, mas ele o fez. Até a próxima!

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MERCADO

Com exclusividade para o Balcão Automotivo

Representantes da Fras-le e da Nakata no momento de formalização da assinatura da aquisição

FRAS-LE COMPRA NAKATA E AMPLIA ATUAÇÃO NO SETOR União entre as duas companhias, a partir de um investimento de R$ 457 milhões, se traduz como um importante movimento para o mercado de reposição de autopeças | POR: SILVIO ROCHA | FOTO(S): DIVULGAÇÃO / ALEXANDRE TAKASHI

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compra da Nakata Automotiva foi concluída e representa o maior movimento de fusões e aquisições da história da Fras-le. Essa aliança de R$ 457 milhões combina a experiência de serviços em reposição automotiva das duas companhias, que são referências neste mercado, e amplia a gama de produtos reunidos sob um mesmo grupo, com a junção do portfólio da Nakata ao mix das marcas Fras-le, Controil, Fremax e Lonaflex. Para falar sobre essa transação, o jornal Balcão Automotivo traz Hemerson Fernando de Souza, diretor de Relações com Investidores da Fras-le.

Jornal Balcão Automotivo - Em primeiro lugar, conte mais sobre essa transação de compra da Nakata Automotiva, o tempo até a aprovação do CADE, o montante envolvido, o ineditismo da iniciativa, etc. Hemerson Fernando de Souza – A compra da empresa Nakata Automotiva é o maior movimento de fusões e aquisições da história da Fras-le e foi concluída neste mês de setembro. Essa união, que somou um investimento de R$ 457 milhões, combina a experiência de serviços em reposição automotiva das duas companhias. Divulgamos essa negociação ao mercado em 17 de dezembro de

2019. Depois, a aquisição passou por análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e foi aprovada em 3 de julho de 2020, e, em seguida, também foi aprovada pelos acionistas da Fras-le em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 23 de julho deste ano. O negócio envolve todas as operações da Nakata, tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais, agregando também os mais de 400 colaboradores. Estamos seguindo o plano de crescimento traçado pela nossa companhia, que busca incorporar novas empresas que já tenham um bom nível de gestão com entrega de resultados em linha com


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os níveis da Fras-le e que possam oferecer aumento de portfólio e/ou expansão geográfica. No caso da Nakata, a empresa atende aos requisitos previstos pelo plano, em especial, incrementando fortemente o portfólio da companhia, aumentando ainda mais a importância da Fras-le no mercado de reposição de autopeças.

com a inauguração de uma área para ensaios dinâmicos com 53 mil m², juntamente com um pista de baixo atrito, destinadas ao desenvolvimento, testes e homologações de sistemas de freio e controle de estabilidade. Contando com a sinergia das ações que envolvem também as iniciativas desenvolvidas pela equipe da Nakata, seguimos em uma caminhada de transformação dos nossos processos de manufatura, a criação de uma área de Logística Integrada, desenvolvimento de produtos sem a utilização de cobre, ampliação do uso de materiais reciclados - especialmente nos produtos da linha de frenagem, entre outras ações. Além disto, como empresa listada, a Fras-le publica anualmente seu Relatório de Sustentabilidade, com relatos das principais iniciativas que envolvem meio ambiente, sustentabilidade e inovação. O documento completo pode ser acessado pelo site www.fras-le.com.br, Relações com Investidores.

JBA - Descreva como se dará a participação das empresas no mercado nacional após essa transação. As empresas terão autonomia para atuar? Como será o relacionamento com os outros elos da cadeia? Descreva ainda como se dará o envolvimento das empresas nas feiras e eventos do setor e também acerca das suas ações no quesito capacitação e relacionamento. HFS - A Nakata segue independente na sua linha de produtos, na oferta de serviços e na sua abrangência de mercado. O que muda é que a Nakata será elevada para explorar mercados externos, em razão da expertise e atuação já consolidada da Fras-le em outros países. As estruturas não sofrem impactos neste momento. As áreas comerciais permanecem atuando de forma independente. A Nakata continua com sua equipe e políticas comerciais de acordo como está hoje.

JBA - A respeito da atuação delas no Brasil, fale mais sobre as instalações da Fras-le e da Nakata Automotiva por aqui e como estão estruturados os seus escritórios. HFS - A Fras-le é uma fabricante de autopeças que se destaca entre as maiores fornecedoras de materiais de fricção do mundo e atua com foco na segurança e no controle de movimentos nas estradas, trilhos e pistas de pouso. Os seus produtos são comercializados para mais de 120 países, presença sustentada por uma equipe bem estruturada para atender seus clientes. Possuímos nove unidades industriais localizadas no Brasil, Índia, Uruguai, China, Estados Unidos e Argentina. Além das unidades estrategicamente posicionadas, contamos com centros de distribuição na Alemanha, Argentina, Colômbia e Holanda, e operações comerciais na África do Sul, Chile, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e México. Com a aquisição da Nakata, incorporamos a unidade fabril de Diadema, além da sede administrativa e do centro de tecnologia localizado em Osasco, e o centro de distribuição em Extrema, no estado de Minas Gerais.

JBA - Discorra acerca da linha de produtos das empresas, seus principais diferenciais e benefícios, que agora compõem um vasto portfólio. HFS - A união das duas empresas resulta em um dos três maiores fornecedores para mercado de reposição de autopeças no Brasil. A sinergia construída entre as companhias vai desde a fabricação da variedade de

MERCADO

Hemerson Fernando de Souza, diretor de Relações com Investidores da Fras-le

componentes até o atendimento e comercialização, destinados aos segmentos de veículos leves, pesados e linhas para motocicletas, incluindo conjuntos para suspensão, sistema de direção, transmissão e soluções para freio. Entre os principais itens que estão sendo incorporados ao portfólio estão amortecedores, terminais e barras de ligação e direção, pivô e bandejas de suspensão, juntas homocinéticas, componentes de eixos cardan e diferencial. Isso tudo em benefício do cliente, que passa a contar com uma maior diversidade de produtos, já que adicionamos esses produtos ao mix de sistemas de frenagem que já integram o atual portfólio, que conta com as marcas Fras-le, Controil, Fremax e Lonaflex, podendo aumentar significativamente o suporte ao mercado de reposição nacional.

JBA - Conte a respeito das iniciativas das companhias nas áreas de pesquisa e desenvolvimento e compromisso com o meio ambiente. HFS - O desenvolvimento de novos produtos e a qualificação constante dos nossos processos de pesquisa e inovação são partes fundamentais das estratégias da companhia. Contamos com o maior centro tecnológico independente da América do Sul, o nosso CTR - Centro Tecnológico Randon, localizado em Farroupilha, na Serra Gaúcha, em uma área de mais de 90 hectares, que funciona como um hub de engenharias, potencializando o processo de criação do time técnico a partir dos recursos disponíveis. E trabalhamos de forma contínua investindo nesse local, com a ampliação recente do laboratório estrutural, criação do espaço Innovation Lab – para reforçar o trabalho de equipes multidisciplinares de inovação – e ainda ampliaremos a estrutura do CTR

JBA - Em um ano de pandemia, como foi o desempenho das companhias no primeiro semestre de 2020? E qual a expectativa para o segundo? HFS – O maior impacto da crise foi percebido nos meses de março, abril e maio, promovido pelas incertezas de mercado, paralisações e dificuldades de operações de alguns clientes. Já no mês de junho, a demanda atingiu níveis muito próximos àqueles realizados antes da pandemia, caminhando para um otimismo moderado quanto aos próximos trimestres do ano. Seguimos atentos com os desdobramentos e impactos desta pandemia nos mercados e na demanda de seus produtos, bem como na manutenção das medidas e cuidados com a saúde e a segurança dos nossos mais de 3,5 mil colaboradores da Fras-le e das suas empresas controladas em todo o mundo.

JBA - Para completar, quais os próximos investimentos e projetos das empresas? HFS - Seguimos nossa agenda de integração da Nakata, com suporte à expansão internacional da empresa, nos mercados onde a Fras-le já possui negócios. Ainda temos boas oportunidades para explorar na expansão do nosso portfólio de produtos, na cobertura geográfica dos nossos negócios e no desenvolvimento de soluções adicionais à nossa oferta de produtos e serviços atuais. Temos demonstrado parte dos nossos desenvolvimentos em feiras e eventos nos últimos anos. O momento atual também nos provoca a avançar ainda mais em processos e práticas inovadoras, principalmente envolvendo soluções mais ágeis, com ferramentas como a conexão e parcerias com startups, desenvolvimento de projetos de automação que gerem maior eficiência, produtividade, qualidade, integração e segurança.


TURBOCOMPRESSORES VTG DA BORGWARNER IMPULSIONAM UM GRANDE NÚMERO DE VEÍCULOS DE UMA MONTADORA GLOBAL

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BorgWarner anuncia o fornecimento de seu turbo de geometria variável (VTG) de última geração para vários modelos de veículos de uma montadora global. O turbocompressor VTG da empresa oferece benefícios para os modernos motores a combustão e híbridos, como maior potência, emissões reduzidas e recursos para temperaturas mais elevadas. Este novo contrato expande as operações de negócios existentes da BorgWarner com a montadora, ampliando ainda mais o escopo das tecnologias que está fornecendo a uma variedade de programas de veículos.

DRIV AMPLIA PORTFÓLIO NO

MERCADO DE REPOSIÇÃO COM 298 NOVAS APLICAÇÕES DAS MARCAS MONROE E MONROE AXIOS A Monroe lança 247 novas aplicações para o mercado de reposição, com amortecedores para as linhas leve e pesada. Já a Monroe Axios, empresa referência na fabricação de borrachas e componentes para suspensão, apresenta 28 novas peças, que atendem 51 novas aplicações. “Atenta às necessidades do mercado, a DRiV seguiu com o seu plano de ampliar a gama de produtos no aftermarket, oferecendo peças com a mesma qualidade das originais, com a garantia e a confiabilidade de suas marcas Monroe e Monroe Axios”, reforça Péricles Batista, supervisor de Produtos da DRiV.

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O QUE MUDA COM O USO DE UM CATALISADOR RECONDICIONADO NO VEÍCULO?

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iente das dificuldades financeiras impostas pela crise decorrente da pandemia da COVID-19, a Umicore alerta que no caso dos catalisadores o uso de uma peça recondicionada ou usada pode causar emissões elevadas e também prejudicar a passagem de gases tóxicos que saem do motor. Uma peça parcialmente obstruída vai aumentar o consumo de combustível causando prejuízos financeiros e na potência do veículo.

COM APOIO DA ROKIM AUTOMOTIVE, LAURENT GUERINAUD VENCE NA COPA ECPA DE FÓRMULA VEE EM SUA SEGUNDA PARTICIPAÇÃO NA CATEGORIA

Com uma pole-position, melhor volta, e dois segundos lugares nas duas corridas da etapa, Laurent Guerinaud (FOTO) conquistou o Troféu Ricardo Divila na abertura da Copa ECPA F/Promo Racing de Fórmula Vee, no dia 29/8, em Piracicaba (SP).“Foram provas bem equilibradas e o francês mostrou muito talento para superar os pilotos mais experientes da FVee”, diz Wilson Fittipaldi Júnior, atual consultor técnico da FVee .

LANÇAMENTO

GREAT PLACE TO WORK®

Selma Pinto, gerente de RH da Delphi Technologies

UMICORE FAZ UM ALERTA:

Foto: Fernando-Santos/Divulgacão-Fvee_LG-box

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DELPHI TECHNOLOGIES ESTÁ ENTRE AS MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR PELO QUARTO ANO CONSECUTIVO

Delphi Technologies recebeu pela quarta vez consecutiva o selo “GPTW – Melhores Empresas para Trabalhar”, do Great Place to Work®. A conquista é para a divisão de Aftermarket, fruto de pesquisa realizada com funcionários, que avaliou critérios como credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem. Para se ter uma ideia, a adesão dos empregados na pesquisa do GPTW foi de 83%, o que é resultado das iniciativas promovidas para o contínuo aprimoramento do clima organizacional e do desenvolvimento de pessoas.

YPF BRASIL LANÇA PLATAFORMA DIGITAL PARA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL U

nir informação técnica e capacitação profissional faz parte de uma das estratégias da YPF Brasil. A empresa de energia e lubrificantes automotivos acaba de lançar ao mercado a plataforma “Academia YPF” - um projeto totalmente digital e omnichannel, com conteúdos técnicos referências no setor. Além de unir

toda a comunicação da marca no Brasil, a Academia YPF oferece uma plataforma intuitiva, no estilo “Netflix”.


P O R: R E DAÇ ÃO | F OTO ( S ): D I V U LG AÇ ÃO

TECFIL INVESTE

NO ENSINO A DISTÂNCIA E TREINA NÚMERO RECORDE DE PROFISSIONAIS DURANTE A PANDEMIA

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Tecfil, um dos maiores fabricantes de filtros automotivos da América Latina, se reinventou para continuar atendendo a demanda de seus clientes por capacitação profissional durante a pandemia. Para isso, além de continuar oferecendo cursos por sua conhecida plataforma de treinamento online, a empresa digitalizou seu programa de treinamento sobre filtros - antes realizado presencialmente -, e investiu no ensino a distância. A adesão aos dois modelos de capacitação foi um sucesso e, entre maio e julho, a companhia treinou mais de 3.000 profissionais.

COBREQ

EMPRESA LANÇA PASTILHAS DE FREIO PARA LINHA KWID

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Cobreq, marca da TMD Friction, uma empresa do grupo Nisshinbo, apresenta ao mercado pastilhas de freio para atender veículos da marca Renault. Os lançamentos são N-2119, para eixo dianteiro do modelo Kwid 2019 nas versões Life, Zen, Intense e Outsider. Sempre alinhada às demandas do mercado, a Cobreq traz o lançamento que chega para ampliar os produtos da linha automotiva, trazendo qualidade, segurança e eficiência para os motoristas.

INSTITUTO DA QUALIDADE AUTOMOTIVA

IQA ANUNCIA TRILHA DA QUALIDADE AUTOMOTIVA

DPK PROMOVE EVENTO DIGITAL GRATUITO PARA O SETOR AUTOMOTIVO

A DPK, distribuidora de peças automotivas, promoveu em 15/09 um evento digital voltado para profissionais do setor automotivo e interessados na área. O “DPKonecta” foi ao vivo e gratuito e contou com palestrantes renomados do mercado para abordar assuntos de bem-estar e gestão de negócios. Além disso, os fabricantes também estiveram presentes para discutir temas como inovação, tecnologia e novidades automotivas. "E para quem não conseguiu comparecer, nós pensamos em você. Iremos disponibilizar o conteúdo das nossas palestras para todos", diz o comunicado no Facebook da empresa.

ZF ELEVA PADRÕES DE QUALIDADE DE BARRAS DE DIREÇÃO E LIGAÇÃO

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ZF adquiriu recentemente uma máquina de dobra, CNC, para produção de barras de ligação e de direção para linha de veículos comerciais (caminhões e ônibus) e já está disponível na planta industrial de Sorocaba (SP). A nova máquina é uma das mais modernas do mundo para esta operação específica e agrega ainda mais qualidade e eficiência à produção desses componentes. De acordo com Marcelo Castro, gerente Sênior Regional de Negócios da ZF, outras localidades da ZF, como Alemanha e China, possuem equipamentos similares. Sua principal vantagem é permitir a produção de peças com maior precisão na geometria.

O IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, organismo de certificação acreditado pela CGCRE Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO, anuncia a Trilha da Qualidade. “Trata-se de uma jornada, uma série de eventos repleta de conteúdo relevante para quem precisa estar sempre atualizado sobre as novidades da Qualidade no setor automotivo”, afirma Alexandre Xavier, superintendente do IQA. A jornada começa em setembro e vai até maio de 2021.

ZM APRESENTA MAIS DE 40 ITENS NAS NOVAS LINHAS DE SUSPENSÃO E DIREÇÃO Buscando aumentar ainda mais a abrangência de fornecimento de peças para a frota brasileira, a ZM lança mais 42 itens para os sistemas de suspensão e direção para veículos da linha leve. A empresa investiu mais de 100 milhões de reais na construção da nova fábrica, que fica em Brusque, Santa Catarina, incluindo equipamentos de última geração, com tecnologia e iniciativas da indústria 4.0 para o desenvolvimento dessa nova linha de produtos.


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LANÇAMENTO

TREINAMENTO

COFAP LANÇA

OSRAM REALIZA WEBINAR GRATUITO SOBRE "ILUMINAÇÃO AUTOMOTIVA - MITOS E VERDADES QUE NINGUÉM TE CONTOU"

MAIS 95 CÓDIGOS DE COMPONENTES DE SUSPENSÃO

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Marelli Cofap Aftermarket disponibiliza mais 95 códigos entre amortecedores, bandejas, cubos de roda, juntas homocinéticas, kits reparo de juntas homocinéticas, molas a gás, pivôs e terminais que atendem veículos de diversas montadoras, como Audi, BMW, Caoa Chery, Chevrolet, Fiat, Ford, Honda, Hyundai, JAC, Kia, Peugeot, Renault, Suzuki, Toyota e Volkswagen. Mesmo com as limitações impostas pela pandemia da Covid-19, as equipes envolvidas no desenvolvimento dos produtos Cofap e Magneti Marelli trabalham para manter a agenda de lançamentos.

GATES

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OSRAM, multinacional alemã, fez em 3/09 webinário acerca das principais dúvidas, curiosidades, mitos e verdades da iluminação automotiva. O conteúdo foi ministrado por José Luiz, engenheiro de Qualidade foi a forma encontrada de uma das líderes em para montadoras, e Alpoim Corrêa, gerente de Vendas inovações e soluções de alta tecnologia prover concessionárias e e-commerce, ambos da OSRAM. A iniciativa conteúdo em todo o mundo.

COMEMORAÇÃO

EMPRESA DESENVOLVE FUNCIONALIDADE EM SEU APLICATIVO PARA APROXIMAR O REPARADOR DA MARCA

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nova versão do aplicativo da Gates, uma das maiores fabricantes de correias, tensores, mangueiras e kits do Brasil, traz um completo catálogo eletrônico do seu portfólio de peças que atendem a mais de 10 mil aplicações e uma nova funcionalidade que vai aproximar ainda mais o usuário da marca: ele pode sugerir o desenvolvimento de um ou mais itens, caso não os encontrem na base de dados. Tudo pelo aplicativo, sem intermediários.

INOVAÇÃO É A ESTRADA DA

HIPPER FREIOS

"Inovação é a nossa estrada”. Este é o novo conceito da Hipper Freios, que traduz em toda a comunicação da empresa o foco no desenvolvimento de produtos que revolucionam o mercado de peças automotivas e na atenção especial aos clientes. Para se ter uma ideia, a história da Hipper Freios é marcada pelo permanente investimento em tecnologia de ponta e em pesquisa de novos materiais e componentes. Este caminho inspirou a escolha da palavra estrada como símbolo do ambiente em que a empresa se destaca e garante segurança a quem usa seus produtos.

KYB NO BRASIL

COMPLETA 20 ANOS Em 2020, a fábrica da KYB no Brasil celebra seu aniversário de 20 anos. A presença da KYB teve início no ano de 2000, prestando atendimento às montadoras. Hoje em dia, possui também forte atuação no aftermarket – iniciando sua operação em 2014. Localizada na Fazenda Rio Grande, no Paraná, a fábrica brasileira da KYB opera com os mesmos padrões de qualidade da fábrica localizada em Gifu, no Japão, que é a maior fábrica de amortecedores do mundo.

ÍNDICE DE EMPREGABILIDADE NO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO DE AUTOPEÇAS MANTÉM ESTABILIDADE DURANTE A PANDEMIA “Responsáveis pela manutenção de veículos, incluindo ambulâncias, bombeiros, polícia e frotas de órgãos púbicos e transporte privado emergencial, as empresas de reparação automotiva, consideradas serviços essenciais, foram autorizadas a ficar com portas abertas durante o isolamento. Por outro lado, o comércio de autopeças atuou, inicialmente, com entregas delivery e drive-thru, e, em seguida, reabriu. Isto permitiu estabilidade ao setor de distribuição e que grande parte dos empresários mantivesse os empregos”, afirma Rodrigo Carneiro, presidente da ANDAP – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças.



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SUSPENSÃO INTELIGENTE ® É DESTAQUE MONROE EM LANÇAMENTO DE VEÍCULO ELÉTRICO DA VW O

Volkswagen ID.3, primeiro modelo construído na nova plataforma modular totalmente elétrica da montadora, conta com tecnologias desenvolvidas exclusivamente para aumentar a satisfação do cliente. Com o objetivo de fornecer uma experiência de direção de alto padrão, um dos destaques desse veículo é a Suspensão Inteligente Monroe®, com a tecnologia semiativa CVSAe. O ID.3 estará disponível em toda a Europa a partir deste mês. “Esta é uma conquista importante para o portfólio Monroe Suspensão Inteligente”, diz Henrik Johansson, vicepresidente de Tecnologia de Suspensão Avançada da DRiV.

HENKEL LANÇA

NOVA LINHA DE SOLUÇÕES DE LIMPEZA DA MARCA LOCTITE

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Henkel, uma das líderes em soluções químicas para reparos e manutenção automotiva, lança no mercado a linha de cleaners com três novos produtos: Loctite SF 7839 Power One, Loctite SF 7079 Fresh Air 3x1 e Loctite SF 7849 Pasta Gel 3x1. As soluções, produzidas no Brasil, garantem que espaço, peças, equipamentos, veículos e mãos estejam sempre limpos e higienizados.

THYSSENKRUPP EQUIPA O NOVO

RENAULT DUSTER COM DIREÇÃO ELÉTRICA

A thyssenkrupp é a fornecedora para a Renault do Brasil do sistema de direção elétrica que equipa o novo Duster, veículo lançado neste ano. A empresa, que possui fábrica de sistemas de direção para automóveis e veículos comerciais leves, em São José dos Pinhais (PR), consolidou a produção de sistemas de direção no Brasil com contratos com as montadoras da aliança Renault-Nissan nos últimos anos. "Pudemos agregar à Renault uma tecnologia que já estava testada e aprovada no mercado, aplicada ao Kicks", explica Luciano Farias, CEO da Divisão Steering da thyssenkrupp no Brasil.

A Linx, uma das líderes e especialista em tecnologia para o varejo, lança o Linx Autoshop, solução voltada para o segmento automotivo. Focado em fornecer uma gestão dinâmica e descomplicada dos estoques e serviços de autocenters e lojas de autopeças, o sistema é um novo produto integrado ao ERP da empresa nos varejistas do setor e está preparado para atender o momento de forte demanda pela digitalização dos serviços.

ANFAVEA

ARTEB

KITS DE REPOSIÇÃO DE LÂMPADAS ATUAM NA SEGURANÇA VEICULAR F

LINX APRESENTA PLATAFORMA PARA A GESTÃO E DIGITALIZAÇÃO DE SERVIÇOS EM CENTROS AUTOMOTIVOS E AUTOPEÇAS

aróis e lanternas automotivos com defeito, incluindo a falta de regulagem ou o não acionamento por queima de lâmpadas, não apenas colocam em risco a segurança de motoristas e pedestres como também correspondem a infrações de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro. As penalidades podem incluir multas e outras medidas administrativas, como a apreensão do veículo para regularização. A ARTEB, uma das principais fabricantes mundiais de sistemas de iluminação automotiva, há 85 anos no segmento, recomenda a adoção de um conjunto reserva de lâmpadas para reposição.

COALIZÃO REBATE ANFAVEA E EXIGE MANUTENÇÃO DE PRAZO PARA CONTROLE DE POLUIÇÃO VEICULAR A

ANFAVEA tenta mais uma vez adiar a redução da poluição veicular no Brasil. Montadoras querem usar a pandemia para manter os brasileiros expostos a níveis mais elevados de poluição do que os padrões que essas empresas já são obrigadas a seguir nos países ricos. A Coalizão Respirar, rede de mais de 20 organizações,

alerta a sociedade sobre a importância de implementar no prazo as próximas fases do PROCONVE.



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C A PA | BALCÃO AUTOMOTIVO | SETEMBRO DE 2020 | CAPA

| BALCÃO AUTOMOTIVO |

Você está pronto para o mundo digital? O novo consumidor demanda por diferentes canais de atendimento e cada vez mais isso é uma tendência

N P O R: K A R I N F U C H S | F OTO ( S ): D I V U LG AÇ ÃO

Segundo ele, esse novo cenário oferece grandes oportunidades na medida que amplia o alcance dos negócios. “Muito além da área de influência dos pontos comerciais, mas também traz consigo desafios, como mapear, entender e aperfeiçoar o atendimento em todas etapas dessa nova jornada de consumo”. Renato Matias Vieira Lass, diretor de Novos Negócios – Automotivos na Linx e responsável pelo atendimento aos públicos de lojas de autopeças, centros automotivos e concessionárias de veículos, comenta que o novo consumidor quer se sentir empoderado para interagir com o varejista da forma que for mais conveniente para ele. “O grande desafio é interagir com o consumidor em todos os canais e ao mesmo tempo manter uma operação interna fluida, que não demande grandes diferenças de processos por canal, assim se mantém produtividade”.

Aos varejistas que estão apenas nos canais tradicionais, ele recomenda dar o primeiro passo no mundo digital abrindo o canal de contato via WhatsApp integrado a um sistema de atendimento. “Não caia na armadilha de disponibilizar um número de WhatsApp vinculado a um celular apenas, o qual precisa ser dividido entre os vendedores” orienta.

Gustavo Carrer,

gerente de Desenvolvimento de Negócios da Gunnebo

Outra dica dele é começar a publicar seu estoque de peças em marketplaces para entender como funciona vender online e eventualmente dar passos adicionais no futuro, para ter sua própria loja virtual. E pela grande variedade de modelos de veículos, usar a tecnologia como uma aliada para permitir novas formas de atender. “Como uma recomendação automatizada de produtos adequados ao contexto do atendimento, através de dados e algoritmos”. Senior Principal, Digital & Value Engineering da Infor,


15 CAPA | SETEMBRO DE 2020 |

- Gere um orçamento no seu sistema de gestão e envie um espelho ao cliente contendo todas as informações necessárias para que ele tome a decisão de compra, por exemplo: dados de aplicação das peças, valor unitário de cada item, valor do frete, valor total da compra, prazo de entrega ou disponibilidade para retirada. - Busque concretizar a venda com o compromisso de pagamento do cliente, utilizando uma solução de link de pagamento, na qual o cliente poderá pagar o pedido de forma remota e segura utilizando um cartão de débito ou crédito. Brito lembra que o atendimento digital é na sua essência totalmente automatizado, por isso, a navegação deve ser simples, sem pontos de atrito. “A equipe encarregada do atendimento digital deve continuamente verificar e eliminar os pontos de atrito e as dificuldades de navegação dentro dos portais e dos apps. Colaboradores bem versados em experiência do consumidor para cada canal (loja, site, mobile) podem trabalhar eficientemente com os especialistas de TI, desenvolvedores e fornecedores de soluções para entregar aplicações e portais para os consumidores”. Antonio Carlos Brito orienta: melhorar a experiência do consumidor, de forma mais personalizada e com menos pontos de atrito, melhorar os programas de CRM/ relacionamento, empoderar os colaboradores de lojas e fazer a transformação para o digital. “O cliente quer ser chamado pelo nome, quer ter seus desejos entendidos e encaminhados para a satisfação. O vendedor pode sugerir alternativas e complementos, pode autorizar um desconto ou uma substituição, baseados em histórico de compras”. E, ainda, oferecer componentes diferentes uma vez que conheça se o cliente mudou de veículo, de marca ou de ramo de negócios (no caso de oficinas e lojas de customização). “Além disso, a transformação digital pode significar que o cliente vá à loja para verificar se uma peça serve no seu veículo, encomendar por meio de uma plataforma digital e pedir que entregue diretamente à oficina de sua preferência. Em um só clique, com a segurança digital adequada e dados protegidos. As lojas devem eliminar os pontos de atrito: dificuldades, pontos obscuros, repetições, momento do pagamento, como a demora na geração do boleto”.

ATENDIMENTO DIGITAL, EQUIPE TREINADA Lass destaca que o atendimento pelas redes sociais, WhatsApp ou por um aplicativo próprio da autopeças precisa ser ágil. “Você precisa garantir respostas imediatas ao cliente que está te acionando, ou ele contatará o

Segundo ele, a melhor oferta para determinado cliente deve estar calibrada com históricos de demanda, de consumo e oferta. “Inteligência artificial demanda colaboradores que ensinem e ajustem os modelos de propensão e de tempo para que as máquinas aprendam com as experiências. Além disso, dependem de infraestrutura adequada para os picos de acesso (Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Black Friday, saída e volta de férias), seja on premises como em SaaS. Por mais digital que possa ser o atendimento, é preciso treinar uma equipe de suporte para dar tratativa de exceções e em momentos de indisponibilidade de sistema. O empoderamento é fundamental para manter o cliente e garantir que a venda seja concretizada”.

Renato Matias Vieira Lass,

- Pergunte com quem você está falando: o cliente é um aplicador ou uma pessoa leiga no assunto?

Outro ponto de atenção colocado por Brito é que quando os consumidores pedem cotações e fazem perguntas, o sistema deve tratar 100% das solicitações. “Seja automaticamente, seja manualmente, dentro de poucas horas (de 10 minutos a 2 horas é o ideal), além disso, perde-se a janela de oportunidade de venda. Pela quantidade de requisitos vistos anteriormente, percebese que o ideal é conduzir uma ação de recrutamento e seleção de colaboradores para o canal digital. A capacitação ou o simples treinamento das equipes atuais nem sempre levarão a equipe ao nível de conhecimento ou de atitude ou de comportamentos adequados”.

- Crie um roteiro pré-estabelecido de perguntas ao cliente, isso ajudará a garantir que as peças recomendadas serão as corretas.

Carrer comenta que a principal diferença do atendimento digital talvez seja a expectativa dos clientes com relação ao tempo de resposta. “Ao longo

diretor de Novos Negócios Automotivos na Linx

concorrente antes que você responda, então somente abra esses canais para o seu cliente se sua equipe tiver capacidade para garantir essa premissa, caso contrário é melhor manter os canais que já são bem administrados e funcionam”. Com isso endereçado, ele deixa algumas dicas para efetivar a venda digitalmente. São elas:


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VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA O MUNDO DIGITAL?

dos últimos anos, os consumidores se acostumaram a respostas muito rápidas, sejam elas automatizadas ou não. Estudos mostram taxas de conversão elevadas quando o atendimento começa nos primeiros minutos após o primeiro contato e uma queda exponencial à medida que o tempo vai passando. Após um ou dois dias, a possibilidade de realizar a venda tende a cair praticamente a zero”. Ele explica que isso ocorre por dois fatores: o primeiro é a facilidade de encontrar outras ofertas, os concorrentes estão a um clique de distância, o segundo é o próprio comportamento de consumo, que em grande medida tem ocorrido pelo smartphone, em pequenas pausas durante o dia.

consumidor quer ver e segurar a autopeça, sentir o acabamento e o cheiro da película lubrificante protetora. O vendedor responde às dúvidas, verifica se a autopeça está em perfeito estado, contorna objeções”. No atendimento digital, diz ele, “som e imagem se encarregam de transmitir as impressões sensoriais, as objeções devem ser contornadas antecipadamente. Os motores de propensão não dormem e não se distraem: oferecem os produtos que combinam com a busca atual e com o histórico de compras do cliente. No atendimento presencial, o vendedor atencioso consegue construir esta ponte entre o que está procurando e o que se pode vender”.

“Muitas vezes o cliente pesquisa e compra quando está esperando numa fila, no intervalo da programação da TV, no transporte público, etc., principalmente quando navega pelas suas mídias sociais e encontra algo do seu interesse ou necessidade. Nesses chamados “micromomentos” de interesse dos clientes, a velocidade e a assertividade da equipe de atendimento são fundamentais para o sucesso das vendas”.

De acordo com ele, ferramentas digitais podem turbinar o atendimento presencial. “Como, por exemplo, a loja de departamentos americana Neiman Marcus, que dá um celular para cada um dos milhares de colaboradores de suas lojas. O celular traz um app que pode reconhecer o rosto do cliente e trazer todo o histórico de navegação em outros canais (ex: produtos que ele viu no site), compras e recomendações de produtos, além do histórico de SAC”. Para Carrer, o que muda nos dois formatos de atendimento é a capacidade de interação humana. “No atendimento presencial é possível identificar necessidades com maior profundidade, nuances que no mundo digital se perdem na comunicação a distância. Assim, um profissional talentoso e bem treinado consegue enriquecer o atendimento, reforçando benefícios e funcionalidades, dando ênfase ao que realmente importa para cada cliente”. O grande desafio do atendimento presencial, ressalta ele, é garantir padrões de excelência, ou seja, fazer com que toda equipe esteja atuando com o máximo de performance, o que pode ser difícil pela ausência de indicadores precisos.

O QUE MUDA NO ATENDIMENTO DIGITAL E NO PRESENCIAL? Respondendo a essa questão, Brito esclarece que o atendimento presencial implica em aguçar os cinco sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar). “O

| BALCÃO AUTOMOTIVO | SETEMBRO DE 2020 |

Antonio Carlos Brito,

Senior Principal, Digital & Value Engineering da Infor

“Por outro lado, no atendimento digital é possível coletar um grande volume de dados sobre a jornada de compra: cliques, tempo de permanência, recorrência, interesses, intenção de compra, etc. Essas métricas são importantes para melhorar as ofertas, enviar promoções



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VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA O MUNDO DIGITAL?

| BALCÃO AUTOMOTIVO | SETEMBRO DE 2020 |

automotivo. Por isso, é fundamental a compreensão do seu funcionamento, suas vantagens e limitações. Toda estratégia digital deve contemplar esse canal de vendas”. Sobre o comércio eletrônico, ele comenta que ele vem crescendo em todos os segmentos do varejo há mais de uma década e tudo indica que permanecerá nesse ritmo por muitos anos. “Como toda inovação, ela chega mais rápido para alguns do que para outros e até para realizar grandes investimentos é fundamental que a empresa realize um diagnóstico de maturidade digital, para entender em que estágio está e a partir daí estabelecer sua própria estratégia para os canais digitais”.

Bruno Custódio,

gerente de Vendas da Sky.One

personalizadas, remarketing, personalizar o atendimento, entre outras”. Ainda de acordo com Carrer, “esse aprendizado já está sendo trazido para o universo das lojas físicas através de analíticos de vídeo, que geram métricas semelhantes às dos e-commerces, avaliando a jornada do cliente, tempo de permanência, intenção de compra, entre outros indicadores”. Renato Lass compara que no caso do atendimento digital, a principal vantagem está na escala. “É muito mais barato atrair um alto volume de leads online por meio de campanhas em redes sociais e mecanismos de busca, do que atrair o mesmo volume de fluxo na loja física, além disso com tecnologias como chatbot (assistente virtual) é possível atender mais clientes ao mesmo tempo, reduzindo gargalos e tempo de espera para atendimento”. Já no atendimento presencial, a habilidade do vendedor pode fazer mais diferença para aumentar o ticket médio por venda, agregando produtos complementares, algo mais difícil (não impossível) de fazer no atendimento digital, além das relações de confiança que são construídas com os clientes dentro do ambiente da loja física, em função da pessoalidade. “Por isso, é tão importante estar em diferentes canais, assim a amplitude do seu público cresce e, consequentemente, seu potencial de vendas”, acrescenta.

LOJA VIRTUAL: O QUE VOCÊ PRECISA SABER A começar por Gustavo Carrer, ele coloca que possuir uma loja bem estruturada na internet é apenas parte de um processo bem mais amplo, que deve envolver investimentos em anúncios, mídias sociais e, principalmente, em marketplaces. “Os marketplaces, em particular, se tornaram o grande gerador de negócios para os pequenos e médios varejistas do setor

A dica de Lass é não começar sozinho no comércio eletrônico. “Aproveite a estrutura que os marketplaces oferecem para suportar uma operação de vendas online bem-sucedida, contemplando meios de pagamentos, logística, atração de tráfego, entre outras facilidades pelas quais se paga comissões, mas que são críticas. Uma vez que sua loja ganhou experiência em vender on-line nos marketplaces, é possível dar o próximo passo para abrir sua loja virtual própria com seu endereço independente na internet”. Segundo ele, para ter sucesso nessa empreitada é necessário tratar com muito cuidado as questões que os marketplaces resolvem enquanto você está vendendo com eles e que você precisará gerenciar quando abrir sua loja independente. “Outro desafio relevante é o tecnológico, sendo fundamental utilizar um sistema de gestão que permita gerenciar a operação de vendas físicas na loja e também no comércio eletrônico de forma integrada”. Ele acrescenta que há sinergias importantes que podem ser capturadas se aplicados os conceitos de omnichannel. “Com a solução adequada, é possível comprar online e retirar na loja, ou até mesmo não encontrar um determinado produto na loja, mas efetivar a compra e receber depois em casa com um estoque futuro ou que esteja disponível em outra loja. São sinergias que reduzem a ruptura de vendas e também podem representar economia de custo de estoque”. Brito destaca que os negócios eletrônicos exigem eficiência: automação para o recebimento e o despacho dos pedidos. Como referência, ele cita a Amazon. “Quase instantâneo para aprovar pedidos, fácil de usar, despacho rápido. O serviço ruim (variedade, preço, informação, tempo para ir à loja) é que está matando a loja presencial, mas também mata a loja virtual no comércio eletrônico. Pense sempre na experiência do consumidor, teste e verifique se ela melhorou ou não”. Ele ressalta que as lojas eletrônicas devem ajudar os clientes a encontrar melhores produtos, localizálos a partir da imagem e fornecer recomendações inteligentes de produtos. “Outro ponto de atenção é aproveitar o ambiente digital para otimizar campanhas e, para qualquer tipo de loja, é fundamental conhecer

Alexandre Kohara,

diretor Comercial da Braskape, de São Paulo (SP)

a demanda e planejar seus estoques centralizados (não é preciso distribuir o inventário, todos os artigos podem sair de um único ponto ou de pontos próximos à demanda). E daí ser muito eficiente para separar e enviar os produtos aos seus clientes”.

DIVULGUE SEUS DIFERENCIAIS Nas palavras de Renato Lass, conveniência é a palavra do momento para esse novo consumidor com o qual estamos lidando. “Então, é um grande diferencial competitivo posicionar-se de forma clara para os seus clientes, que a sua loja está disponível para atendê-los como eles desejam em diferentes contextos”. “Os diferenciais são divulgados pelos consumidores e não pelos negócios. Uma experiência boa vai parar no Facebook, no Instagram, no WhatsApp, no Google Local Guides, no Google Maps, nos sites de opiniões sobre produtos espalhados pela internet. Uma experiência ruim será publicada em todos esses e no “Reclame Aqui”. O futuro é hoje. Quem não tem pelo menos experiências utilizando os conceitos explicados até agora fica para trás”, alerta Brito. Gustavo Carrer informa que a loja do futuro, que em grande medida já está sendo operada por algumas empresas como Amazon, Xiomi e Nike, possui uma grande integração dos mundos físico e digital. “A jornada de compra pode iniciar no smartphone, mas passa por uma loja física em algum momento. O segmento automotivo tem uma enorme oportunidade à medida que já historicamente possui uma demanda latente por customização”. E, ainda, pela enorme diversidade de produtos, o que possibilita explorar o conceito de cauda longa no comércio eletrônico, e ao mesmo tempo, atuar apenas com os best sellers na loja física. “Os produtos têm grande conteúdo técnico, o que permite a atuação da equipe de atendimento como especialistas, algo que a Apple explora em suas lojas, no Genius Café, através de



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VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA O MUNDO DIGITAL?

pequenos eventos ou atendimentos individuais. Com o amplo portfólio do segmento, os clientes sempre vão valorizar a curadoria, o suporte técnico e o pós-vendas, tudo isso somente é possível com a melhor equipe de atendimento”.

TECNOLOGIA PARA O VAREJO Pelo atendimento no varejo estar totalmente ligado à experiência de compra do consumidor: rapidez, fluidez e inteligência, essas três características importantes precisam ser percebidas. Gerente de Vendas da Sky. One, Bruno Custódio, conta que um dos problemas que interfere em um desses três pontos são a estabilidade e performance dos sistemas usados pelo time de atendimento. “Vemos que problemas constantes estão ligados a como o usuário utiliza os seus sistemas e como está relacionado à infraestrutura. É inegável que a maioria das soluções de mercado é antiga e não acompanhou a evolução tecnológica que se baseia em: captar dados e informações que nos ajudarão a tomar decisões mais rápidas e utilizar a TI como estratégia do negócio”. Em viabilidade em curto prazo, ele informa que a tecnologia em nuvem ajuda o varejista em todos esses pontos. “Ela permite que o time de TI esteja mais conectado ao negócio e menos à infraestrutura e, consequentemente, entregando soluções que permitem tomar decisões mais ágeis baseadas em dados. Boas consultorias em soluções de Cloud podem ajudar no processo de escolha e implementação. Um bom caminho é procurar por empresas especialistas em Cloud e com especialização em migração e gestão de ERPs”. Ainda de acordo com ele, “um bom projeto implementado é aquele que representa baixo impacto (próximo a zero) ao usuário final. Nesse caso, Cloud possibilita aumentar performance e segurança sem

alterar a forma com que o usuário final utiliza o sistema. E os ganhos podem ser calculados através da análise do retorno sobre o investimento. Em clientes de varejo, uma boa referência é a redução em torno de 30%”.

O QUE JÁ MUDOU NO VAREJO Em comum, Alexandre Kohara, diretor Comercial da Braskape, localizada em São Paulo (SP), Michelle Saori Miyake, diretora Administrativa da Injepremium, de Curitiba (PR), e Moisés Sirvente, diretor Executivo da Jocar, de São Paulo (SP), afirmam que a digitalização do atendimento é um caminho sem volta. “Tudo que temos feito já é pensando na digitalização da relação de consumo, isso vai acontecer, hoje está maior do que antes, até porque o próprio consumidor está mais ousado em comprar eletronicamente”, afirma Kohara. E nesse universo ele diz o quanto é importante o atendimento. “Orientamos o pessoal, principalmente na forma de responder, pois cada indivíduo tem a sua forma de atendimento e muitas vezes precisamos padronizá-la para não deixar o cliente magoado. Quando a resposta é digital é preciso ter um pouco mais de cuidado. Um bom dia, um muito obrigado, já ajuda, pois toda conversa digitalizada é fria. É preciso ter um pouco mais de simpatia nesse momento, pois é gostoso se se sentir bem atendido”. Além das vendas pelo canal digital, principalmente pelo WhatsApp e pelo teleatendimento, provavelmente até o final deste ano será relançado o e-commerce da Braskape. “A loja já estava online, mas contratamos uma empresa para revisar o nosso modelo e eles estão trabalhando nisso, pois parece que é rápido colocar a ferramenta, mas não é bem assim, o suporte por trás de um portal de comércio eletrônico é bem trabalhoso. Tem que ter muita agilidade, colocar o produto na tela, para não perder a conversão da venda”. Michelle Miyake conta que mesmo tendo um portal no comércio eletrônico, o que funciona bem para eles é o modelo de entrega. “O nosso diferencial sempre foi a entregada rápida, somos reconhecidos por isso, e temos uma equipe de 18 motoboys. O cliente ainda prefere ligar para fazer o pedido e esclarecer dúvidas e também vir pessoalmente à loja”.

Michelle Saori Miyake, diretora Administrativa da Injepremium, de Curitiba (PR)

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E ela não acredita que diminuirá esse contato físico. “Mesmo durante a pandemia, os clientes vinham às lojas, mas seguindo os protocolos, nós não os deixávamos entrarem. Do lado de fora, fazíamos o atendimento”. Também aumentou muito o atendimento pelo WhatsApp, já pelo comércio eletrônico, Michelle diz que ainda há o receio de comprar a peça errada, bem como a logística não é uma aliada nesse sentido. “O omnichannel vai demorar para acontecer (a

Moisés Sirvente,

diretor Executivo da Jocar, de São Paulo (SP)

possibilidade de o cliente comprar por qual canal preferir e escolher como quer recebê-lo, pelo endereço físico ou retirada na loja). A própria logística não ajuda. Tanto que recentemente fizemos vendas para outros estados que tiveram que ser canceladas porque os Correios estavam em greve. Creio que há um grande potencial nesse sentido, mas para isso é preciso que a logística no País melhore”. Pela experiência de Sirvente, hoje todos os canais estão interligados, mas nem sempre é fácil descobrir por onde o cliente chegou até você. “Hoje, nós estamos em diversos canais, está tudo interligado e não conseguimos separar isso direito. Somente o quanto vendemos na loja física e o quanto vendemos pelo comércio eletrônico. Mas quando fazemos anúncios, como no Google ou postagem no Instagram, não sabemos se foi por isso que o cliente veio à loja”. Outra questão difícil é mensurar a produtividade. “Ao mesmo tempo em que a equipe está atendendo os clientes por diversos canais, eu tenho que controlar os meus atendentes para saber a produtividade deles e ter ferramentas para verificar se eles estão ou não respondendo os clientes. Tem coisas que ficam difíceis de controlar, não que eu não faça isso. Para o WhatsApp, por exemplo, nós temos um sistema para poder responder a todos em um único número e também medir a performance de quem responde”. O omnichannel já é uma realidade na Jocar. “A pedido dos clientes, nós temos a opção de comprar pelo site e retirar na loja. Pode não fazer muito sentido as pessoas comprarem pelo portal e retirarem na loja, já que podem fazer tudo isso diretamente na loja. Por incrível que pareça, as pessoas gostam e vendemos bastante assim. Não sabemos como será o futuro, a única coisa que tenho certeza é de que as coisas mudarão mais rápido ainda, mas o atendimento presencial não deixará de existir”, conclui.



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TENDÊNCIAS

| BALCÃO AUTOMOTIVO | SETEMBRO DE 2020 |

#LiveDoBalcao

Transmissões continuam no Facebook e canal do YouTube | POR: SILVIO ROCHA | FOTO(S): DIVULGAÇÃO

Balcão Automotivo continua sua série de lives nesse momento de pandemia do novo Coronavírus. A seguir, mais trechos extraídos de quatro transmissões com grande repercussão nos canais. Confira os principais temas abordados e alguns pensamentos importantes destacados durante as transmissões, que foram coordenadas mais uma vez por Silvio Rocha, editor-chefe do Balcão Automotivo Digital.

se movimentaram bastante. O que se viu foi uma mudança muito grande no pensamento e na forma de agir, de querer fazer algo novo”. Sabrina Carbone, gerente de MKT da Nakata

#04.08

Como o Aftermarket pode se reinventar neste período de pandemia? CLIQUE AQUI E ASSISTA À LIVE “Quando liberaram as oficinas mecânicas como serviço essencial, não se tocaram que elas precisariam de peças e a partir daí, vários estados se mobilizaram e teve um trabalho muito bacana das associações. E do ponto de vista de negócios, enquanto São Paulo e Santa Catarina passavam uma crise muito aguda, Norte, Nordeste e Centro-oeste trabalhavam a todo vapor - sem restrição. E à medida que foi chegando nessas regiões, aqui foi flexibilizando, tipo onda que não foi territorialmente, mas em toda a cadeia”. Sergio Montagnoli, diretor de Vendas e MKT da Nakata “Com o aumento da velocidade, as empresas de uma maneira geral correram para fazer aquilo que estava no papel como plano B, mas que não pensavam em colocar em prática rapidamente. Muitas empresas se organizaram, o mercado teve muita movimentação, o que se via era um puxando o outro. A gente tem diversos exemplos no nosso segmento, como as oficinas e os varejos, que

#06.08

Práticas para melhorar a liquidez da sua empresa CLIQUE AQUI E ASSISTA À LIVE “O tema ‘práticas para melhorar a liquidez da sua empresa através dos planejamentos fiscal e tributário’ é muito importante dentro de uma organização. Porque, particularmente, os assuntos da esfera tributária são muito pontuais, os quais eu optei por estudar. É preciso saber com profundidade, é preciso saber sempre muito bem nas esferas estaduais e federal, para que eu possa, por exemplo, apresentar todas as contraprovas para derrubar qualquer auto de infração ou coisas do gênero e isso é bem factível”. Marco Flores, gestor empresarial e fundador da 2D Consultores *Na oportunidade, também tivemos dois importantes lojistas parceiros convidados: Roberto Rocha, da Rocha Autopeças, de Campinas (SP), e César Naves, da Jaicar, de Goiânia (GO)

#11.08

Como o Aftermarket pode se reinventar neste período de pandemia? CLIQUE AQUI E ASSISTA À LIVE “Para se ter uma ideia, já no final do mês de junho a gente não dava mais conta da demanda que foi crescendo muito. Sem dúvida foi além do que imaginávamos que fosse acontecer para aquele período. Então, por conta dessa necessidade, nós tivemos que fazer hora extra no final de junho porque estávamos ainda com parte das pessoas afastada. Mas em julho, em virtude do bom momento, já trouxemos 100% do pessoal ao trabalho e estamos felizmente operando desde 1º de julho em plena capacidade”. João Lopes, diretor da ZF Aftermarket “No momento em que as lojas de autopeças precisaram trabalhar com delivery, drive thru e várias outras modalidades que elas até poderiam imaginar, mas ainda não tinham colocado em prática, isso agilizou, fez com que tendências viessem mais rapidamente. Nós, da ZF, inclusive, fizemos algumas lives de vendas online, com profissionais especializados, muitas empresas nos contataram para começar, e acho que isso vai ficar de bom desse período. Isso, sem dúvida, foi bem importante para o nosso setor”. Fernanda Giacon, gerente Sênior de Marketing e Comunicação



24 |

TENDÊNCIAS

#LiveDoBalcao #13.08

Panorama do Setor de Reposição Automotiva sob o prisma da Rede Ancora CLIQUE AQUI E ASSISTA À LIVE “A Rede Ancora é uma empresa que passou por vários momentos e foi difícil acreditar no início que fosse dar certo, porque, hoje, você tem muita gente para tomar decisão, tomar um rumo, direcionar a empresa, tudo é muito complexo... mas o mais difícil da Ancora foi implantar uma governança que nos permitisse colher

muitos dados positivos. A propósito, hoje, temos um dono em cada município, em cada loja, tomando conta, olhando, trazendo informação e isso é fundamental para o nosso negócio”. Said Raidan de Sales, presidente do Conselho de Administração da Rede Ancora “Com relação às linhas de produtos, trabalhamos com as principais do mercado. Para se ter uma ideia, temos uma variedade de mais de 290 mil itens em portfólio, que no modelo pioneiro de B2B, através de um portal de compra, a gente atende a uma capilaridade imensa,

Vale destacar que todas essas lives estão disponíveis no canal do YouTube do Balcão Automotivo. Aliás, se você ainda não se inscreveu no canal, inscreva-se e seja avisado toda vez que iniciarmos uma nova transmissão ou postarmos algum conteúdo novo. É fácil, rápido e o que é melhor: GRATUITO.

*Por conta de espaço, nos reservamos o direito de editar os depoimentos extraídos nas respectivas lives

que dá complexidade ao negócio. Levando em conta o tamanho do nosso País e as necessidades e culturas no meio desse contexto. Buscamos o atendimento, a satisfação e o alinhamento em cada um dos nossos pontos de venda”. Bruno Cadamuro Calhau, gerente Comercial Nacional da Rede Ancora



24 VEZES OBRIGADO! Obrigado a todos que participaram e assistiram às nossas 24 primeiras transmissões. O Balcão Automotivo prepara para a segunda série de lives ainda mais novidades.

178.496

RAZÕES PARA VOCÊ

PESSOASS

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ALCANÇADA

nas 24 Lives*

01

#LIVESDOBALCÃO ---->-

EXPOSIÇÃO

Sua marca exposta em posts nas redes sociais do Balcão Automotivo antes, durante e após a transmissão

02 ---->- NOSSOS TEMAS 03 ---->- AUDIÊNCIA 04

---->-

Os assuntos e personagens mais relevantes da reposição automotiva

Uma audiência fiel e bastante qualificada: média de 1.985 views por live*

CREDIBILIDADE

05 ---->- NOSSO CANAL

Associação a um produto/marca de grande credibilidade Sua marca perpetuada em vídeo em nosso Canal do YouTube

I N S C R E VA - S E

CANAL DO YOUTUBE

BALCÃO AUTOMOTIVO Tenha acesso às principais lives, entrevistas e depoimentos de profissionais do setor em vídeo


23/ABRIL

30/ABRIL

07/MAIO

14/MAIO

28/MAIO

04/JUNHO

11/JUNHO

18/JUNHO

25/JUNHO

02/JULHO

07/JULHO

14/JULHO

21/JULHO

23/JULHO

28/JULHO

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04/AGOSTO

06/AGOSTO

11/AGOSTO

13/AGOSTO

18/AGOSTO

25/AGOSTO

27/AGOSTO

*média aferida somando as visualizações do nosso Facebook e Canal do YouTube

03/SETEMBRO


28 |

O P I N I ÃO

MOMENTO ECONÔMICO

REFLEXOS DA PANDEMIA | P O R: FAU Z I T I MACO J O R G E*

E

ste texto é uma atualização do artigo “É preciso demitir... E agora?”, que publicamos na edição Ano IV – nº 42 – março de 2010 do Balcão Automotivo. Mais do que nunca, ele se mostra atual, diante da queda acentuada do volume de negócios por que passa o País no atual momento, em que enfrentamos uma pandemia, cujos reflexos sobre a atividade econômica são incertos. As perspectivas de retomada podem não ser tão favoráveis no horizonte de tempo considerado razoável para suportar os custos operacionais fixos. Então, é preciso reduzir esses custos fixos. Renegociar forma contratual de trabalho, nos termos do que a legislação de combate à crise proporcionou, pode ser uma alternativa. Mas é uma atitude que lembra o “tapar o sol com a peneira”, porque a queda de receita se acentua e pode significar uma inflexão na continuidade do negócio. Principalmente nos micros e pequenos negócios que compõem o aftermarket automotivo, notadamente na reparação automotiva. Agora, além de cortar custos, é preciso repensar os atributos de cada função na empresa. Quando o e-commerce se acentua, conhecimentos e habilidades relacionadas às mídias sociais e uso de aplicativos de administração do relacionamento com clientes, os conhecidos CRM – Customer Relationship Management, são fatores altamente desejáveis e, para certos cargos, imprescindíveis numa eventual substituição da força de trabalho.

*Mestre em Economia pela PUC/SP. Exerceu função executiva em empresas nacionais e estrangeiras nas áreas de vendas, exportação e planejamento. É sócio-gerente da Timaco Planejamento Empresarial desde 1994, uma consultoria na área de planejamento empresarial. Atua como Professor-Tutor no Pós-Graduação Online em Gestão Financeira do sistema FGV Online, desde 2010. Em suas atividades acadêmicas consta a coautoria de diversos livros versando sobre Economia, Finanças e Controladoria

Recolhido em seus pensamentos, você sabe que terá que tomar uma decisão que não lhe agrada: demitir pessoas que estão com você há algum tempo. Então, é chegado o momento de revisar alguns dos critérios que comandam as atitudes gerenciais nesse particular – e inegavelmente desconfortável – aspecto. Demitir é tão importante – senão até mais importante – quanto admitir alguém. Porque esse fato repercute sobre toda a estrutura de pessoal da empresa. Porque esse fato representa, na maioria das vezes, deslocarmos o pé de apoio do demitido: abrese um fosso entre os interlocutores e quem está se segurando na beirada do precipício é o demitido. Abraham Maslow nos brindou, há alguns anos, com sua “hierarquia das necessidades humanas”, representada na figura que ilustra esse artigo e disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/ Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow no ato da redação desse artigo, em 5 de setembro, 13:00 horas. Ali, em Maslow, observamos que há uma sequência lógica no processo de hierarquização [ordenação] das nossas necessidades: de cima pra baixo, não se pode pensar em resolver uma necessidade de realização pessoal sem o suprimento de necessidades relacionadas à estima. Essas, por sua vez, só serão supridas se as questões que dizem respeito ao relacionamento forem satisfeitas, as quais não são resolvidas se existirem pendências relacionadas à segurança que, por sua vez, dependem do adequado

equacionamento e solução das necessidades relativas à nossa fisiologia. Já localizou onde se situa o emprego nesse panorama de hierarquia de necessidades? No degrau referente à segurança. Tal e qual a ascensão, que depende da satisfação da necessidade imediatamente anterior, também num processo de descenso se requer a satisfação dessa necessidade para a ascensão a outro patamar nessa hierarquia. Pode-se concluir que, via de regra, uma pessoa demitida irá regredir nessa hierarquização até o patamar próximo ao piso. Ele terá que suprir paulatinamente cada um dos degraus de sua hierarquia de necessidades até se localizar novamente no patamar onde se situava.

... você sabe que terá que tomar uma decisão que não lhe agrada: demitir pessoas que estão com você há algum tempo. Então, é chegado o momento de revisar alguns dos critérios que comandam as atitudes gerenciais nesse particular – e inegavelmente desconfortável – aspecto.


CAPA

| SETEMBRO DE 2020 | 29

DAF CAMINHÕES BRASIL APRESENTA NOVO XF O intuito da montadora é levar o caminhão à liderança do segmento de pesados no País TEXTO: REDAÇÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO

À

s vésperas de completar sete anos de operação no País, a DAF Caminhões Brasil está entrando em um novo momento da sua trajetória, marcada pelo lançamento do novo DAF XF. Produzido na fábrica de Ponta Grossa, no Paraná, o caminhão é o principal lançamento da companhia nos últimos anos, elevando o patamar de segurança, dirigibilidade e economia de combustível.

“Estabelecemos uma parceria de longo prazo com o Brasil, um mercado de grande potencial e estratégico para o nosso crescimento. A empresa seguiu todos os seus planos e finalizou o aporte em seu principal lançamento no País, o novo XF, que alia robustez, conforto e tecnologia a um consumo de combustível até 14% menor em comparação à versão anterior”, diz Lance Walters, presidente da DAF Caminhões Brasil (foto). Envolvendo as engenharias do Brasil e da Holanda, com o desenvolvimento do projeto, de fornecedores locais e ampliação do quadro de funcionários, o projeto do novo caminhão teve início em 2016. Mais recentemente, foram realizadas diversas adaptações na fábrica, com novos ferramentais, treinamentos, e segurança para garantir a saúde do quadro de colaboradores, em razão do atual momento. Para se ter uma ideia, a DAF também atuou fortemente na ampliação da força de

vendas, no aperfeiçoamento do pós-venda e na abertura de novas lojas da Rede de Concessionárias, isso para atender a demanda do novo caminhão, DAF XF. E engana-se quem pensa que para por aí. A empresa também realizou investimento em capacitação dos times em técnicas comerciais, serviços e peças. “Somos uma equipe muito focada na evolução dos nossos produtos, e engajada nos valores de qualidade e produtividade da marca. Tudo isso resultou no melhor caminhão, que chegou em setembro ao setor. Os próximos desafios são alcançar a liderança do novo XF, em seu segmento de atuação, expandir a nossa participação no mercado nacional e nos aproximar ainda mais dos clientes”, completa Walters.


Clique aqui e leia estas notas na íntegra T E X TO: R E DAÇ ÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO | SETEMBRO DE 2020 | 30 no portal jornal Balcão Automotivo | BALCÃO AUTOMOTIVO | SETEMBRO DE 2020 |

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MERITOR BRASIL ANUNCIA NOVO EIXO PREMIUM DE ATÉ 125 TONELADAS, AGORA COM MAIOR CONTEÚDO LOCAL A Meritor Brasil anuncia o início da fabricação do eixo tandem MT-610 de até 125 toneladas com redução nas extremidades, agora com o diferencial nacional, montado na versão de carcaça fundida. O produto premium integra a estratégia da empresa na busca contínua por componentes nacionalizados e completa o portfólio de diferenciais posteriores produzidos nas instalações da Meritor, em Osasco (SP).

DUNLOP APRESENTA NOVO MODELO DE NEGÓCIO PARA VENDA DE PNEUS DE CARGA E SUPORTE AO CAMINHONEIRO NAS ESTRADAS Confiante na retomada da economia brasileira, a Dunlop traz uma novidade para o segmento de pneus para caminhões e ônibus. Visando ampliar a rede de atendimento para o consumidor que busca pneus Dunlop para o setor de carga, a empresa vai instalar containers personalizados para prestar atendimento rápido e suporte aos caminhoneiros pelas estradas do Brasil afora.

FOTO(S): DIVULGAÇÃO

COBREQ FAZ DIVERSOS LANÇAMENTOS PARA AUTOMÓVEIS, CAMINHÕES E VANS

BRIDGESTONE ENTREGA NOVO WEBSITE PARA SUA DIVISÃO COMERCIAL

A Cobreq, marca da TMD Friction, uma empresa do grupo Nisshinbo, anuncia o lançamento de diversas pastilhas, lonas e sapatas de freio para eixos dianteiros e traseiros. São opções para as mais variadas marcas e modelos de automóveis, caminhões, vans e outros. Entre os veículos estão Spin, Onix e Tracker, da GM/ Chevrolet; IX35, da Hyundai; Hilux, da montadora Toyota; Delivery, da Volkswagen; Jumpy, da Citroën; Expert, da marca Peugeot, e CityTruck, da Foton.

ALLISON TRANSMISSION E INDYGO FECHAM PARCERIA EM ÔNIBUS HÍBRIDOS ELÉTRICOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO

Para continuar inovando e oferecendo as melhores ferramentas, a Bridgestone, uma das maiores empresas de pneus do mundo, atualizou sua plataforma web (https://www.bridgestonecomercial.com.br/pt-br/ index) para a divisão Comercial, incluindo caminhões, fora da estrada e recapagem. A partir disso, o consumidor poderá explorar os produtos e serviços que a empresa oferece por meio de um menu muito mais ágil e amigável.

A Allison Transmission, fabricante global de transmissões totalmente automáticas para serviços médios e pesados e fornecedora de soluções de propulsão para veículos comerciais, incluindo sistemas de propulsão elétricos híbridos e elétricos, anuncia parceria com a IndyGo, a Indianapolis Transportation Corporation, onde fornecerá suas soluções de propulsão híbrida elétrica para ônibus urbanos como parte da aquisição de 27 novas unidades.

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T E X TO: R E DAÇ ÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO

DANA DO BRASIL CONQUISTA NOVAMENTE PRÊMIO MASTER OF QUALITY DA MERCEDES-BENZ DO MÉXICO Pelo segundo ano consecutivo, as operações brasileiras da Dana, em Gravataí, no Rio Grande do Sul, e Sorocaba, em São Paulo, foram premiadas pela Mercedes-Benz do México como “Master of Quality” pelo excelente desempenho em qualidade e entrega no fornecimento de cardans para os ônibus fabricados na planta da montadora, localizada em García, na região metropolitana de Monterrey, no estado de Nuevo León, no México. Raul Germany, presidente da Dana para o Brasil, e Silvano Lopes, gerente do Cardan na unidade de Gravataí

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RANDON VENTURES ANUNCIA INVESTIMENTO EM NOVA STARTUP A Randon Ventures, unidade de investimento em startups das Empresas Randon, anuncia o seu segundo aporte em 2020. A Reboque.me, startup que, por meio de uma plataforma digital, oferece serviços de assistência 24 horas on-demand para veículos. O investimento integra a estratégia anunciada, no mês de fevereiro, pela Randon Ventures. A Plataforma Reboque. me, de serviços de assistência para veículos, conta com aporte e expertise para setor de pesados.

MERCEDES-BENZ REALIZA TEST-DRIVE DE CAMINHÕES COM CÂMBIO AUTOMATIZADO NA CEASA DE CAMPINAS

AGRONEGÓCIO CRESCE, DIMINUI TOMBO DA ECONOMIA E DEVE SER MOTOR DA RECUPERAÇÃO ECONÔMICA

EM CELEBRAÇÃO À LIDERANÇA DE MERCADO, VOLVO CHAMA YOUTUBER PARA TESTAR CAMPEÕES DE VENDAS O Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) caiu 9,7% no segundo trimestre de 2020, na comparação com os três primeiros meses do ano. Os dados foram divulgados no início de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por sua vez, a Agropecuária apresentou variação positiva de 0,4%, na mesma comparação. O período visto refere-se aos meses em que houve maior impacto econômico da pandemia da Covid-19.

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A Volvo convidou o youtuber Kiko Bonesi (foto), que é motorista profissional, para participar do “Desafio dos Campeões” e testar os dois caminhões pesados mais vendidos do País, o FH 540 6x4 e o FH 460 6x2. “O FH é o campeão de vendas aqui no Brasil e na América Latina. E para o motorista, a tecnologia de última geração proporciona conforto, produtividade e segurança”, diz Alcides Cavalcanti, diretor executivo de caminhões da Volvo no Brasil.

A Mercedes-Benz acaba de dar início à quinta etapa do Circuito Ceasa 2020. Dessa vez, a ação de demonstração de caminhões para motoristas, operadores e transportadores das Centrais de Abastecimento acontece entre os dias 16 e 18 de setembro, na Ceasa de Campinas, em São Paulo. As principais atrações da marca no evento são os modelos Accelo 1316 do segmento de médios e o semipesado Atego 3030, disponíveis para test-drive.


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ECONOMIA

Reforma Tributária O que podemos ter de mudanças, nas análises dos especialistas Renato Paladino e Marco Flores | P O R: K A R I N F U C H S | F OTO ( S ): D I V U LG AÇ ÃO

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aqui em diante, o tema Reforma Tributária estará muito presente em nossas vidas, principalmente na dos empresários. O que há de propostas são a PEC 45, da Câmara dos Deputados, a PEC 110, do Senado Federal e o Projeto de Lei 3778/2020, que propõe basicamente a unificação do PIS e Cofins, substituindoos pela Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), com uma alíquota única de 12%. Ainda não há nada de concreto, além das propostas, que também poderão sofrer alterações e inclusões.

Renato Marcondes Paladino, gestor da Área

Tributária do Escritório Ribeiro, Di Chiacchio Sociedade de Advogados

Renato Marcondes Paladino, gestor da Área Tributária do Escritório Ribeiro, Di Chiacchio Sociedade de Advogados (antigo RDG Sociedade de advogados), prevê que o passo inicial será a criação da CBS, e Marco Flores, fundador da 2D Consultores Associados, acredita que a aprovação será da PEC 45. Nesta matéria, eles analisam o que podemos ter de mudanças. A começar por Paladino, ele diz que a proposta do Governo com a Reforma

Tributária é reduzir a burocracia tributária e o Custo Brasil. “Hoje, o que há de concreto é a unificação do PIS e Cofins que deixam de existir e haverá a CBS, Contribuição sobre Bens e Serviços. De largada, nós já teremos uma diminuição das obrigações acessórias, pois todas as obrigações do PIS são replicadas para o Cofins: são 12 obrigações de PIS e 10 de Cofins que cairão para a metade, o que já desburocratiza um pouco”. Paladino explica que em um primeiro momento está a criação da CBS, em um segundo, o Governo mexerá com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em um terceiro, no Imposto de Renda Pessoa Física e no da Pessoa Jurídica. “É quando teremos a discussão da tributação de dividendo e em um quarto momento, poderemos ter a desoneração da folha salarial e a criação de um tributo sobre transações”. Tributo denominado IVA, Imposto sobre o Valor Agregado, um projeto do Governo que visa a substituição e unificação dos impostos cobrados ao consumidor em um único imposto. “Estamos caminhando para preparar o nosso sistema tributário para um IVA. Mas como não conseguimos fazer essa transição direta, nós vamos adaptando o nosso sistema e a ideia é que caminhe para isso”. Unificação do PIS e Cofins – Hoje, as alíquotas de PIS e Cofins somam 3,65% para empresas no regime de

Lucro Presumido e elas não têm direito a crédito, e é de 9,25% para as que estão no regime de Lucro Real, porém, elas têm direito a crédito, dependendo dos regimes tributários. “Com a mudança, ambas passariam a pagar uma alíquota de 12%. O ministro da Economia (Paulo Guedes) menciona que todo o insumo irá gerar crédito. Para quem tem 9,25% de tributação, aumentar para 12% e ter alguns outros insumos que ela não incluía e gerar crédito, me parece que isso não impactará a empresa. Porém, para as que têm tributação de 3,65%, a tributação vai subir”. Segundo ele, “o setor de serviços geralmente está em um regime cumulativo e não tem crédito. A tributação dele está ajustada e com a CBS (alíquota de 12%), ele terá que repassar no preço. Importante ressaltar que o Governo diz que em uma segunda fase da reforma, esse aumento não ocorrerá, pois haverá uma compensação com a mudança do IPI. Não dá para falar sobre uma fase que não avançou, mas me parece que para o setor de serviço terá que haver um ajuste desse percentual, se não haverá aumento de tributos”. Para Paladino, se conseguirmos encerrar a segunda fase é possível ser mais assertivo sobre o que irá acontecer. “Pode acontecer também, em uma quarta fase, que haverá desoneração da folha salarial para quem for prejudicado. O importante é que quando encerrarmos todas as fases não haja aumento da carga tributária. Porém, não acredito que haverá redução, pois por conta



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Reforma Tributária também impostos e são unificados”. Arrecadação – Com essa mudança, a arrecadação passa a ser da União que fará o repasse de um porcentual para estados e municípios. “A União tributará qualquer produto ou serviço que for oneroso, ela vai aplicar toda a alíquota (ainda não definido o seu valor) sobre tudo o que se compra e o que se vende. Na prática é o que se chama de não cumulatividade tributária, isso quer dizer que o que você compra você tem crédito e o que você vende, débito”. Flores chama a atenção para essa partilha de arrecadação do IBS. “Haverá a partilha dos tributos, o valor arrecadado irá para o Tesouro Nacional e um percentual dele irá para o Estado que fez a contribuição e depois para o Município, trata-se de uma subalíquota, dentro da partilha da arrecadação do IBS, que ainda será definida”. Segundo ele, em um cenário otimista, ela será de 25%, no realista, de 27% a 30% e em um cenário pessimista, de 35% a 40%. “A alíquota máxima do IBS é uma inovação interessante, quem a definirá é o Tribunal de Contas da União (TCU)”. Porém, como o período de transição da reforma proposta pela PEC 45 é de dez anos, chegando a 50 anos entre a União, estados e municípios para que todas as adaptações sejam feitas, Flores conta como isso se dará nesse período de dez anos.

da pandemia, o Governo ficou sem caixa. A minha expectativa pessoal é de que a linha final seja igual, mas muito menos burocrática, o que já ajudaria bastante. Hoje, você precisa ter praticamente uma consultoria contábil full time na empresa, pois há muita burocracia contábil e tributária”. Simples Nacional – Para as empresas inseridas no regime do Simples Nacional, Paladino comenta que em um primeiro momento a reforma proposta pelo Governo não mexerá com elas, mas que tem um impacto indireto do insumo do produto. “Pode ser que a peça que elas comprem fique mais cara, porque a empresa que vende, a indústria, talvez tenha um impacto tributário nessa reforma. Se essa indústria estiver no Lucro Presumido certamente terá e repassará no preço”. Guerra fiscal – O ICMS não está na proposta de reforma do Governo. Para Paladino, se a evolução for para o IVA, Imposto sobre o Valor Agregado, a questão do ICMS inevitavelmente será enfrentada. “Fato é que se a gente não caminhar para o IVA, a guerra fiscal continuará. Há empresas que recebem benefícios e incentivos fiscais, como a indústria de automóveis no Nordeste, elas não pagam a tributação e ainda têm um crédito; crédito que é calculado com base em um percentual do PIS e Cofins.

Se houver a majoração da alíquota, além de não pagarem impostos, elas terão um crédito maior”. Segundo ele, “ainda não sabemos como ficarão esses ajustes, pois a equipe econômica do Governo está fazendo a reforma faseada. Precisamos esperar um pouco essa caminhada para analisarmos ponto a ponto. Fato é que a guerra do ICMS é complicadíssima e o setor automotivo sofre demais com o regramento e, inclusive, com os ressarcimentos. Ainda que houvessem alíquotas diferentes de ICMS, o que até faz sentindo em alguns casos para fomentar a economia local, os procedimentos em todos os Estados precisam ser unificados”.

Proposta de Emenda à Constituição, PEC 45 Para Marco Flores, é mais provável que a PEC 45 seja aprovada, por ela ser mais completa, contemplando cinco espécies de tributos: consolida duas contribuições, o PIS e o Cofins, trata do IPI (imposto da União), do ICMS (imposto estadual) e do ISS (imposto municipal). A soma dessas cinco espécies de tributos dará origem ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). “A PEC 45 traz uma inovação que não existia na Constituição Federal, o artigo 152-A, que passa a definir tributo como imposto. E apesar de PIS e Cofins serem contribuições, na PEC 45 eles viram

Marco Flores,

fundador da 2D Consultores Associados

“Durante os dois primeiros anos, haverá um modelo de cobrança exatamente como é o de hoje, adicional nesse período que a alíquota seja de 1% para que o contribuinte vá se adaptando ao novo modelo. A partir do 3º até o 8º anos, 12,5% da arrecadação será no modelo IBS, e depois de 8 anos, 100%. Durante esse período de transição haverá uma operação fiscal chamada de concomitante, ficando o modelo atual e o modelo novo”. Substituição Tributária – A proposta da PEC 45 acaba com a Substituição Tributária, exatamente porque somente quando a mercadoria for vendida será aplicado o débito do ICMS, ao contrário de hoje que é na compra. “É o fim da estocagem de impostos”, destaca Flores. Essa mudança pode trazer a percepção irreal de que quem



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ECONOMIA

Reforma Tributária

comprou está pagando mais impostos e Flores explica isso em uma simples conta. “Supondo que eu venda um lote de R$ 1,4 milhão para um varejista e que a alíquota do IBS seja de 27%, o valor do débito será de R$ 378 mil. Porém, nesse novo modelo, eu tenho um crédito de R$ 270 mil e um débito de R$ 378 mil que só será efetivado quando o varejista vender. A não cumulatividade irá comparar o débito com o crédito, o que dará um recolhimento de R$ 108 mil, representando um recolhimento efetivo de 7,71% nessa etapa da cadeia”. Outra inovação que a PEC 45 traz, conta Flores, é que claramente quando a mercadoria for vendida, toda a sua operação de saída, todas as operações que serão cobradas, inclusive de ICMS, caberá sempre ao Estado destino. E ela também não prevê a concessão de benefícios fiscais. “A pretensão da PEC 45 é a de acabar com a Substituição Tributária e ela também prevê que não haja mais, em nenhuma hipótese, incentivos e benefícios fiscais entre os Estados. É o fim da guerra fiscal”.

E, ainda, ela tem uma característica chamada de extra fiscal, o tributo funciona para regulamentar, estimular o consumo. “Na PEC 45 não está o Imposto de Importação. A União não quer mais arrecadar esse imposto, o que ela quer é uma característica extra fiscal, que é regulamentar para que não entre produto de um país para incentivar a indústria nacional. E uma forma para isso é regulamentar tributos, aumentando ou baixando, para estimular ou não a economia. Com isso, ela tem uma enorme vantagem sobre a PEC 110”. Regime das empresas – Flores menciona que hoje cerca de 85% das empresas no Brasil estão inseridas no Simples Nacional e será facultativa a opção de elas se manterem no Simples ou mudarem para o programa IBS. “As regras ainda não foram publicadas para os detalhes dessa operação”, ressalta. Já as empresas que estão nos regimes de Lucro Real e Lucro Presumido não terão essa possibilidade, elas terão que adotar o IBS. Monofásicos – O consultor também prevê o fim da monofasia. “Pela lei dos monofásicos (10485/2002) no segmento de autopeças, o fabricante e o importador

de determinados produtos devem recolher a alíquota diferenciada de 13,10% entre PIS e Cofins, dando legitimidade à aplicação de alíquota zero quando for a revenda para atacadistas e varejistas. Na prática, do que o segmento vende, 75% das operações de autopeças não são alcançados por PIS e Cofins pelo princípio da monofasia. Isso deverá acabar de acordo com as novas normas, não tem sentido jurídico a monofasia existir”. Para finalizar, ele diz que são três formas iniciais de discutir o nascimento jurídico da PEC (PEC 45, PEC 110 e a Lei 3778/2020), mas que a PEC 45 simplifica muitas coisas e traz muita consistência jurídica. “Ainda não sabemos qual das três irá valer, mas eu acho que a PEC 45 tem grandes chances de ser aprovada. Mas, haverá as vacâncias, que são pontos que tinham que ser ditos e não foram, isso vai acontecer em muitos momentos, que serão tratados no ato das declarações transitórias, porque são elementos que vão condicionando. Quando a PEC for aprovada haverá todo um trâmite legislativo para que haja uma regulamentação de como efetivamente irá acontecer”.


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C A D E R N O

# 11 SET

2020

BALCONISTA

AUTOMOTIVO

Contribuindo para o aprimoramento do profissional do varejo de autopeças

Desenvolvimento de carreira Só depende de você ser um profissional cada vez melhor T E X TO: K A R I N F U C H S | F OTO ( S ): D I V U LG AÇ ÃO

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á várias formas para você desenvolver a sua carreira e o primeiro passo é entender que o comportamento do consumidor mudou, como também os canais de atendimento. Para Marco Quintarelli, consultor de Varejo, sócio-fundador e diretor da ABMAPRO (Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização), o treinamento é a melhor opção para isso. “Cada colaborador deve conhecer bem a empresa, sua missão e valores e estar apto para desenvolver bem suas atividades para qual foi contratado”. De acordo com ele, para se capacitar opções não faltam cursos de especialização

e treinamentos. “Os online são os mais adequados no momento e mais acessíveis também. Há diversos tipos de capacitações online que cada colaborador pode investir na sua carreira, e não sempre ficar esperando a empresa promover treinamentos”, orienta. Matheus Jacob, fundador da Conte, empresa especializada no treinamento de empresas e líderes em habilidades de comunicação e liderança, e autor dos livros “Homem que Sente” e “Coragem de Existir”, destaca que no atendimento é preciso buscar cada vez mais a assertividade. “Foi-se o tempo dos atendentes encantadores,


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Segundo ele, um processo de atendimento necessita de técnicas de gestão de pessoas, agilidade, resultado e avalie a gestão de riscos com o pós-vendas. “E evite reclamações, por mais que você entenda que tem a razão, sempre é difícil explicar ao seu cliente, devemos agir como se fôssemos um consultor que busca uma solução para o seu cliente”, acrescenta.

Marco Quintarelli, consultor de Varejo, sócio-fundador e diretor da ABMAPRO (Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização)

mais focados em uma comunicação narrativa. Em todos os segmentos, os clientes estão procurando assertividade e vendedores diretos ao ponto e sem dúvida, no setor de autopeças isso vale também”. Para o professor MSc. Marcos Assi, sócio-diretor da MASSI Consultoria e Treinamento, e autor de vários livros, entre eles, “Controles Internos” e “Cultura Organizacional – Como consolidar a confiança na gestão do negócio”, a primeira coisa é conhecer os produtos e técnicas de atendimento. “Não tem coisa mais chata do que o cliente expor seu problema e não ser atendido adequadamente, ou chamar alguém que também não conhece”.

Nas palavras de Quintarelli, os consumidores querem respostas rápidas às suas demandas e esclarecimento às dúvidas que aparecerem. “Com a pandemia, o bom atendimento ficou muito mais exigido. Para muitos clientes é isso que decide entre a escolha por você ou a concorrência. Então, mais do que nunca a personalização e o cuidado com o cliente são precisos”. Uma mudança que também é comentada por Assi. “As pessoas estão extremamente pressionadas e estressadas pelas questões de impossibilidade de contato com o mundo externo, confinamento, medo da doença, desconhecem algumas regras impostas pela pandemia, o que levou muita gente a acessar à internet e muitos ainda têm limitações no uso da tecnologia”. Com isso, ele explica que em muitos casos está havendo falta de comunicação entre as partes. “A

Matheus Jacob, fundador da Conte, empresa especializada no treinamento de empresas e líderes em habilidades de comunicação e liderança, e autor dos livros “Homem que Sente” e “Coragem de Existir”

internet também tem causado uma mudança no comportamento do consumidor, que precisa ser devidamente tratado por quem atende e quem vende. Por isso, a capacidade de entender a demanda e saber o que entregar se faz necessário, e muita calma neste momento para evitar transtornos maiores para você e para o negócio”.


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ao timming de resposta mais curto que o digital exige. Além disso, saber ser carismático e expressivo mesmo nesses contextos digitais é fundamental”.

Marcos Assi, sócio-diretor da MASSI Consultoria e Treinamento, e autor de vários livros, entre eles, “Controles Internos” e “Cultura Organizacional – Como consolidar a confiança na gestão do negócio”

Digital e presencial Segundo Jacob, muitas pessoas acabam se perdendo ou se travando demais quando vão para a comunicação digital. “É fundamental que elas continuem conseguindo manter uma narrativa lógica, coerente, mas adequada

Segundo ele, a principal diferença entre o atendimento digital e o presencial é facilidade de distração do receptor. “No mundo físico, ele está presente ali e se distrai bem menos. No digital, competimos com uma série de outros estímulos externos, então saber prender a atenção das pessoas e ir direto ao ponto é fundamental”, compara. No atendimento digital, a dica de Assi é: “seja simpático, educado e ouça tudo o que o cliente tem a falar sem interrompê-lo. Entenda a demanda, questione para obter maior entendimento e se for necessário repita com ênfase a solicitação. Precisamos ser assertivos no atendimento e na obtenção da informação, caso o pedido seja longo, não tenha preguiça em repetir, pode ser que tenhamos esquecido algo, ou o próprio cliente”. Quintarelli destaca a importância de treinamento de

Vitor dos Anjos Marques, sócio-administrador da GEFPEL

especialização para esclarecer melhor as dúvidas dos clientes no atendimento presencial. “O consumidor quer cada vez mais soluções rápidas, práticas e de melhor relação custo/benéfico para suas demandas”. Pelos canais digitais, diz ele, “o que eu vejo como as situações mais demandadas pelos consumidores são a atenção especial ao cumprimento da logística de entrega e política de troca. Resposta rápida e personalizada. No mundo


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depende de como construiu seu perfil e qual expertise você adquiriu, a evolução de sua carreira depende de seu aprendizado e de suas metas como pessoa e profissional. Planeje, faça, verifique e mude tudo aquilo que não funcionou”, conclui.

No varejo

Renato Akio Yonekura, gerente de unidade Koga-Koga, de São Paulo (SP)

corrido que vivemos hoje a rapidez é fundamental”. Assi lembra que o mercado consumidor está mudando. “O segmento é feroz quando falamos de atender ao consumidor. O satisfeito volta e o insatisfeito reclama e avisa outros possíveis compradores para não irem até você. Portanto, entenda onde está seu negócio e o seu cliente e como você chega até ele. A sua carreira

A GEFPEL é uma atacadista fundada em Feira de Santana (BA), com unidades também em Salvador (BA), Natal (RN) e Aracaju (SE), e tem duas lojas em Feira de Santana (BA) e uma em Salvador (BA). Vitor dos Anjos Marques, sócio-administrador da empresa, conta que investir nos colaboradores faz parte da política da GEFPEL. “Estamos sempre buscando cursos especializados para o desenvolvimento de nossa equipe em cada área da empresa”. Outra iniciativa é custear 30% do valor de qualquer curso e faculdade que sejam voltados para a área do funcionário na empresa. “Isso estimula as pessoas a buscarem a

capacitação, treinamentos e cursos, aproveitando esse benefício que a empresa oferece”, afirma. Além disso, conforme a demanda, a GEFPEL também busca alternar as funções de seus funcionários, tanto em cada uma das unidades, como entre as empresas do grupo. “Esse rodízio entre as empresas possibilita-os a trabalharem com outros líderes, nas mesmas ou em até em outras funções, podendo, assim, se desenvolverem e buscarem novos conhecimentos”. Na unidade Koga-Koga, da avenida do Oratório, em São Paulo (SP), o gerente, Renato Akio Yonekura, informa que o aprimoramento é feito internamente, no que tange o atendimento, o mesmo se dá pelo atendimento via canais digitais, em especial pelo WhatsApp. “Não teve um treinamento para a linguagem adequada por essa ferramenta, isso se dá no dia a dia, até porque a maioria dos clientes que atendemos já é fidelizada”. Na parte técnica, Yonekura diz que eles contam com

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clientes de forma efetiva. Cresceu muito o acesso online e as mídias sociais têm sido as principais ferramentas de alcance e conexão das empresas com o seu público final. Quem consegue performar e utilizar todas as ferramentas está conseguindo sair na frente nesse mercado”.

Leandro Varges, diretor de Marketing da Agência A+ e professor do curso Impulso Digital e Invista Mais

a parceria dos fabricantes. “Nós temos parcerias com as indústrias que fazem o treinamento aqui na loja ou enviamos o nosso pessoal até eles”. Na Koga-Koga, a equipe é de dez vendedores, divididos em dois setores: acessórios e peças mecânicas, além das vendas pelo comércio eletrônico.

Marketing digital Em tempos de canais digitais, o que é uma tendência irreversível, Leandro Varges, diretor de Marketing da Agência A+ e professor do curso Impulso Digital e Invista Mais, disponíveis no site da agência, destaca que o marketing digital veio para ser a solução no meio da pandemia. “É a forma como as empresas e os profissionais têm conseguido alcançar o seu público-alvo, os seus

PRODUTOS ESPECIAIS

Cada vez mais as empresas querem interagir com os Balconistas de Autopeças, em uma plataforma familiar, rápida e confiável. O uso do WhatsApp Business em seu negócio abre as portas para uma melhor comunicação, propiciando maior envolvimento, confiança e relacionamento de longo prazo com o profissional do balcão. Um novo canal de comunicação do Balcão Automotivo Digital com os recursos necessários para uma fácil implementação.

A dica que ele deixa é atualizar-se sempre, pois sempre virão novas ferramentas digitais. “As de comportamento de busca, procura e compra do consumidor não param de mudar, pois a tecnologia não para de avançar. A dica é se atualizar, buscar informações e não ficar de fora, pois as oportunidades chegam e você não pode perdê-las por falta de conhecimento”. E um braço direito para isso são os cursos online. “As nossas aulas são 100% ministradas online, nós pegamos as principais ferramentas de marketing digital e as principais estratégias para que na prática o nosso aluno possa conseguir efetuar campanhas, melhorar o engajamento e o conteúdo assertivo para que consiga atingir o seu público-alvo. E, assim, conseguir colher os resultados das mídias sociais e também de todas as ferramentas do marketing digital”.


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DEPENDÊNCIA “Cada um de nós compõe a sua história Cada ser em si Carrega o dom de ser capaz E ser feliz” Almir Sáter

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ode parecer contraditório escrever um artigo com o título “Dependência”, exatamente no mês da Independência do Brasil.

Convido você, leitor, a refletir sobre o tema “dependência” sob a ótica do comportamento humano. Resumidamente, *dependência de acordo com o dicionário on line, é “condição de quem é dependente, da pessoa que não consegue desligar de um hábito, especialmente de um vício; sujeição: dependência física. Estado de quem deve obediência a; em que há submissão; subordinação. Necessidade excessiva de auxílio, ajuda, proteção: dependência emocional”, enquanto que, **Independência, em resumo, é “condição da pessoa livre, de quem não deve obediência a alguém; estado do que não depende de: independência financeira, emocional, espiritual. Imparcialidade; estado do que ou de quem não é influenciado com facilidade; Caráter Referências *https://www.dicio.com.br/dependencia/ **https://www.dicio.com.br/independencia/

Texto: Valtermário de Souza Rodrigues• Foto(s): Divulgação

da pessoa que não segue ideias determinadas, regras preestabelecidas”. É certo que em algum momento, período ou situação ao longo da vida, lidamos com comportamento de dependência, contudo, o grande desafio é não permanecer no status dependente acreditando que é normal e que não consegue estabelecer mudanças. Se consideramos o comportamento contínuo de dependência na atuação de um profissional de vendas (balconista), tal comportamento pode sim impactar nos resultados, afinal, a dependência seja por medo, por culpa, dependência emocional, enfim, impõe limites e impede o indivíduo de vislumbrar novas oportunidades. A dependência, portanto, inibe o crescimento. O profissional preso a determinadas crenças limitantes (paradigmas): quer seja pelo passado; por medo; pela opinião dos outros; por sentimento de culpa; por problemas alheios, enfim, corre sério risco de acumular insucessos na carreira profissional. Muitas vezes, por medo de errar, não arrisca; por considerar demais a opinião dos outros, esquece que a

motivação é intrínseca, vem de dentro pra fora; para evitar aproximação adota um comportamento arrogante; por não investir em seu próprio conhecimento, depende do conhecimento do outro e nem sempre o outro estará disponível o tempo todo; culpa a falta de tempo quando na verdade o que falta é atitude; reclama por falta de autonomia e não percebe que o que pode estar faltando é se posicionar de forma que seja percebido. É possível sim trabalhar todas essas questões. Uma excelente alternativa para vencer o possível estado de dependência é buscar ajuda junto a um profissional (coach), o qual através de ferramentas poderosas de coaching pode ajudar seu cliente (coachee) a descobrir, por si próprio sua realidade atual (ponto A) e vislumbrar o ponto B (situação desejada em determinado período de tempo. O coaching se utiliza de técnicas e metodologias comprovadamente eficazes, de forma que possibilita ao cochee encontrar respostas a diversos comportamentos que interferem na conquista de seus objetivos. Se você se identificou com o texto, esse pode ser o momento da mudança. Momento, portanto, de declarar sua independência e não ficar às margens do sucesso.

Analista Administrativo Sênior da Distribuidora Automotiva S/A – Filial Salvador; Bacharel em Administração de Empresas; MBA em Gestão de Empresas; MBA em Liderança Coaching; Co-autor dos livros “Ser Mais Inovador em RH” – “Motivação em Vendas” e "Planejamento Estratégico para a Vida”


C A D E R N O B A L C O N I S TA AU T O M O T I V O Mensagens sobre “MEDIDAS PARA CONTER O AVANÇO DOS VELHOS PARADIGMAS” Conheça algumas repercussões a respeito do artigo da edição passada do colunista Valtermário de Souza Rodrigues

Fico feliz de acompanhar sua evolução como colunista do jornal Balcão Automotivo ao mesmo tempo que fico deslumbrada com a forma criativa como você consegue passar para seus leitores o incentivo para saírem da zona de conforto, quebrando paradigmas e assim trilharem rumo ao sucesso. / Mary Silva Muito bom o paralelo entre o vírus da pandemia atual e o da desmotivação. Parabéns! /Gabriel Higino Você fez uma leitura muito inteligente sobre a situação atual que estamos vivendo. / Gildásio Conceição Mais uma vez, muito bom, esse massageia a motivação, dá vontade de começar a fazer um monte de projetos que venho plantando na mente há anos e o medo não deixa pôr em prática. Vou pegar uma "carona" no artigo e pôr em prática pelo menos um. / Vanise Tatiana Valter, que texto bom, como você usa a situação atual com as palavras para alertar para que nós não nos acomodemos. Fantástico! / Marlos

Seu texto se enquadra perfeitamente na metodologia de trabalho adotada pela empresa onde trabalho. Falo nessa reinvenção para quebrar paradigmas. / Neivaldo Espetacular! Como sempre, está de parabéns, que Deus continue te iluminando. / Glauci Adoramos a revista e a sua matéria, Valter. Você está cada vez melhor em seus artigos. Parabéns! /Dra. Claudia Está bem apropriado para o momento que atravessamos. Quem não olha pra frente atrás fica... / Valter Pereira Excelente texto, amigo Valter. Neste momento difícil que passamos, que seja uma injeção de ânimo para sairmos da zona de conforto e enfrentarmos novos desafios. Mostra o seu crescimento profissional e mais importante é que você divide seu conhecimento com todos. / Nonato Kronemberger

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BOLETIM INFORMATIVO SINCOPEÇAS-SP / SETEMBRO 2020

Sincopeças-SP e comerciários da Capital concluem aditamento da CCT 2020-2021 O Sincopeças-SP e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo prorrogaram a vigência da Convenção Coletiva de Trabalho firmada em 31 de outubro de 2019, objetivando a preservação do emprego em face do estado de calamidade pública causado pela pandemia Com exceção do reajuste salarial, todas as demais cláusulas de natureza econômica estão mantidas, inclusive os valores dos pisos salariais. Os procedimentos para emissão de certidões serão realizados por via eletrônica, podendo a assistência nas rescisões dos contratos de trabalhos de empresas aderentes ao REPIS ser realizadas tanto presencialmente quanto pela via remota, conforme indicação da representação laboral. Também ficou autorizada a prorrogação das medidas emergenciais de redução de jornada e salários e de suspensão dos contratos de trabalho, nos termos constantes dos atos governamentais. Confira a íntegra do aditamento no Portal da Autopeça (http:// portaldaautopeca.com.br/wp-content/uploads/2020/09/ Sincope%C3%A7as-SP-e-Sindicato-dos-Comerci%C3%A1rios-daCapital-Aditamento-CCT-2020-2021.pdf) _____________________________________________

Lojas de autopeças paulistas faturam 1,4 bilhão em junho Somente as lojas de autopeças faturaram 1,4 bilhão no mês e registraram crescimento de 11% sobre junho de 2019, com crescimento acumulado de 10,2% no ano. No geral, o comércio paulista teve alta de 2,8% em junho

bilhões, R$ 1,677 milhão acima do valor apurado em junho de 2019. Nos últimos 12 meses, houve elevação de 1,8%. Contudo, no fechamento do primeiro semestre, o saldo ainda se mostrou negativo (-3,3%), o que representou um faturamento R$ 11,7 bilhões inferior ao obtido no mesmo período (de janeiro a junho) de 2019. Das nove atividades pesquisadas do varejo, seis apresentaram alta no mês de junho, com destaque para: loja de eletrodomésticos e eletrônicos (39,6%) e supermercados (16,3%). Juntas, contribuíram com 8,2 pontos porcentuais (p.p.). Em contrapartida, os segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-33,6%), concessionárias de veículos (-20,4%) e outras atividades (-12,1%) sofreram queda novamente. Em conjunto, o impacto negativo gerado foi de 7,7 p.p.

Presidente do Sincopeças-SP

perdas para o fechamento de 2020, projetadas no início da quarentena para o País, foram reduzidas de 14,6%, para 7,7%.

Impactos do auxílio no Estado de São Paulo e na capital paulista No Estado de São Paulo, o recuo deve ser de 3,7% no ano. Caso não houvesse o direcionamento para o consumo de R$18,54 bilhões do auxílio emergencial, a estimativa era retroceder 6,1%, com perda de receita de R$ 46,3 bilhões para o comércio em 2020.

De acordo com a FecomercioSP, o mês de junho refletiu o consumo de necessidades que ficaram represadas nos meses anteriores, quando apenas o comércio essencial, como supermercados e farmácias, estava com as lojas físicas abertas. A expectativa da Entidade é de uma retomada econômica lenta e gradual, uma vez que as famílias tendem a continuar priorizando os gastos com bens essenciais e alguns outros que tragam conforto no período de pandemia, passando mais tempo dentro de casa. Isso porque muitas tiveram a renda diminuída e ainda estão receosas com os impactos da crise no orçamento. Além disso, a preocupação com a saúde, em razão da disseminação do coronavírus, limita a circulação nos centros de compras. Outro ponto relevante é que a falta de previsão do retorno de festas e eventos afeta diretamente o setor de vestuário no Estado de São Paulo, que segue liderando saldos negativos – e não há previsão de melhora para este ano. A estimativa é de que o segmento encerre o ano de 2020 com baixa de 19,5% e prejuízo de mais de R$ 11 bilhões. Auxílio emergencial atenuou perdas nacionais Para a FecomercioSP, a liberação do auxílio emergencial pelo governo federal atenuou os prejuízos causados pela quarentena e impulsionou a compra de itens essenciais no período. Os recursos do benefício assistencial devem ultrapassar os R$ 190 bilhões, alcançando mais de 63 milhões de pessoas. Segundo levantamento da Federação, R$ 151 bilhões já tiveram como destino o consumo varejista. Assim, as estimativas de

Com o início da reabertura do comércio em diferentes níveis em junho, seguindo os protocolos estabelecidos pelo Governo do Estado de São Paulo – de acordo com a disseminação da Covid-19 nas regiões –, a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) no Estado registrou alta de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado, após duas baixas sequentes nos meses de abril e maio. O faturamento do mês atingiu R$ 61,1

Francisco De La Tôrre

Já na cidade de São Paulo, a baixa deve ser de 6,9% no ano. Caso não houvesse o direcionamento para o consumo de R$6,8 bilhões do auxílio emergencial, a estimativa era o recuo de 9,9%, com perda de receita de R$ 22,8 bilhões para o comércio em 2020.

Fonte: FecomercioSP _____________________________________________

Flexibilização para abertura do comércio aos domingos e feriados O Governo Federal, por meio da Portaria 604/2019, aumentou o rol de atividades com autorização, em caráter permanente, para trabalho aos domingos e feriados civis e religiosos O comércio de autopeças está contemplado no o item XLI – serviços de comercialização, reparo e manutenção de partes e peças novas e usadas e de pneumáticos novos e remoldados. Veja íntegra da Portaria no Portal da Autopeça (http:// portaldaautopeca.com.br/portaria-aumenta-rol-de-atividadescom-autorizacao-permanente-para-trabalho-aos-domingos-eferiados/) _____________________________________________


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| EDIÇÃO SETEMBRO DE 2020 |

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BOLETIM INFORMATIVO SINCOPEÇAS-SP / SETEMBRO 2020 Lei permite que empresas do SIMPLES realizem transação com a Fazenda Nacional

empresário de questionar administrativamente a validade do débito fiscal.

Publicada em 5 de agosto de 2020, a Lei Complementar nº 174 autoriza que os débitos dos contribuintes optantes do Simples Nacional sejam extintos, por meio de celebração de transação resolutiva de litígio

Sobre o Escritório Ribeiro, Di Chiacchio Sociedade de Advogados - O escritório atua em várias áreas do Direito, especialmente cível e empresarial, tributária, societária e imobiliária e, com sua equipe multidisciplinar, oferece atendimento buscando as melhores resoluções com rapidez e eficiência.

Cabe lembrar que transação tributária não é o mesmo que parcelamento. A transação pressupõe um acordo mais específico entre o fisco e o contribuinte. Vale dizer, as transações tributárias não são idênticas. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) aprovou uma Portaria (18.731/2020) estabelecendo os procedimentos e as condições necessárias à transação tributária para empresas enquadradas no Simples Nacional. Essas regras são essenciais para que o empresário saiba como liquidar os débitos inscritos em dívida ativa da União. A transação poderá dispor sobre a concessão de descontos aplicados aos litígios relativos à cobrança de créditos da Fazenda Pública que sejam classificados como irrecuperáveis ou de difícil recuperação, seguindo os critérios da autoridade fazendária.

Agora em novo endereço na região dos Jardins, com instalações e estrutura moderna e próxima dos seus clientes, o Ribeiro, Di Chiacchio Sociedade de Advogados trabalha para garantir o mais alto padrão de qualidade em serviços nas esferas administrativa e judicial, oferecendo atendimento individual e personalizado a cada cliente. Contatos Site: www.rdcadvogados.com Telefone: (11) 3819 0044 Endereço: Av. Faria Lima, nº 2.179, 1º andar, conj. 12, São Paulo _____________________________________________

ALESP aprova Código de Defesa do Empreendedor

De acordo com os termos, os débitos poderão ser transacionados após o pagamento de uma entrada de valor mensal equivalente a 0,334% do valor consolidado dos créditos transacionados durante 12 meses.

Código de Defesa do Empreendedor é aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e o Estado pode ter ambiente de negócios mais moderno

O restante do débito deverá ser pago com redução de até 100% do valor dos juros, das multas e dos encargos legais. Lembrando que isso se restringe ao limite de 70% sobre o valor total de cada crédito a ser negociado. Será possível dividir em até 133 parcelas mensais e sucessivas. O valor das parcelas não será inferior a R$ 100,00.

O empresariado paulista pode ter a ampliação das garantias contra interferências indevidas do Estado na atividade econômica, entre outros benefícios, conforme prevê o Código de Defesa do Empreendedor, aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), nesta quarta-feira (15). O texto que segue para sanção do Governo de São Paulo tem o apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As dívidas das empresas optantes pelo Simples Nacional com a União serão classificadas em ordem decrescente de recuperabilidade: I - créditos tipo “A”, com alta perspectiva de recuperação; II - créditos tipo “B”, com média perspectiva de recuperação; III - créditos tipo “C”, considerados de difícil recuperação; IV - créditos tipo “D”, considerados irrecuperáveis. Segundo Renato Paladino, advogado da área tributária do escritório Ribeiro, Di Chiacchio Sociedade de Advogados é importante destacar que empresas com dívidas ativas no mesmo valor poderão ter condições diversas de transação na medida em que o critério da Procuradoria será a possibilidade maior ou menor de recuperar esse crédito pelas vias judiciais normais: “uma empresa, por exemplo, com muitos bens poderá ter dívida que será considerada de média possibilidade de recuperação e ter acesso a condições não tão benéficas em relação a outra sem tal ativo imobilizado em seu nome”. Os procedimentos para adesão devem ser realizados exclusivamente na plataforma Regularize, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, (www.regularize.pgfn.gov.br), até 29 de dezembro de 2020. Importante destacar, por fim, que antes de aderir à transação tributária, o contribuinte deve verificar a sua viabilidade, pois a adesão implicaria a renúncia e a desistência do direito do

do texto na Alesp, em especial desta regra relativa à fiscalização da seguinte forma, que institui: a) como dever da Administração Pública para garantir a livreiniciativa, a realização da fiscalização orientadora antes da punitiva; b) como direito do empreendedor – ter a primeira fiscalização orientadora e não punitiva. A FecomercioSP ressalta que a fiscalização orientadora não significa tirar o caráter punitivo, mas de dar uma oportunidade ao empresário para corrigir o problema e atender melhor ao consumidor, que é o seu cliente final e do qual depende o sucesso de seu negócio. Para a Entidade, a adoção do critério da dupla visita aumenta a possibilidade de compreensão e de adesão às normas regulatórias, já que o agente público não será visto apenas como aquele que identifica a infração para impor uma pena, mas sim como aquele que atua para colaborar para o desenvolvimento adequado da atividade. Entre outros pontos, o projeto propõe a redução do tempo e desburocratização do processo de abertura e encerramento das empresas; simplificação do cumprimento das obrigações tributárias acessórias; criação de instrumentos para que o empresário possa rejeitar “documentação técnica abusiva e desnecessária” exigida pelo Poder Público e a criação de um sistema integrado de licenciamento. Fonte: FecomercioSP _____________________________________________

O código de autoria dos deputados estaduais do Novo, Ricardo Mellão e Sérgio Victor, e Itamar Borges (MDB), foi protocolado sob o Projeto de Lei 755/2019. A ação foi estimulada pela Medida Provisória da Liberdade Econômica (MP 881/19), agora Lei 13.874/2019, apresentada no âmbito federal, e, de forma geral, estabelece normas de proteção à livre-iniciativa e ao livre-exercício da atividade econômica no Estado. O código contou com audiências públicas antes da votação no plenário e a FecomercioSP esteve presente para dialogar sobre os benefícios do código e enviar sugestões ao projeto por meio da participação do presidente do Codecon-SP e do Conselho de Assuntos Tributários (CAT) da FecomercioSP, Márcio Olívio Fernandes da Costa. O pleito referente à fiscalização orientadora foi destacado como de grande relevância para os empreendedores no Estado de São Paulo porque, atualmente, as práticas de fiscalização são complexas e onerosas. Há diferentes níveis de normas que, em geral, são descoordenadas, repetitivas e aplicadas de forma discricionária por fiscais mal treinados e esse padrão prejudica os empresários do comércio, especialmente as Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs). Por isso, a FecomercioSP entende que é uma vitória a aprovação

Prefeitura da Capital obriga comércio de pneus a receber itens usados Lei Municipal nº 17.467/2020 sancionada em São Paulo obriga os postos de vendas de pneus a receberem pneus usados (inservíveis) para serem retirados pelos respectivos fabricantes A norma, em vigor desde a data de sua publicação, determina que: - Todos os postos de venda de pneus deverão receber os pneus usados dos clientes que comprarem pneus novos e não quiserem os usados, armazenando-os adequadamente para a retirada pelos fabricantes, de forma a evitar emissão de fumaças tóxicas por queima, bem como o acúmulo de água e consequente criadouros do mosquito Aedes aegypti. - Os fabricantes de pneus deverão retirá-los nos postos de venda mediante notificação, em cumprimento à Resolução nº 258/1999, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), bem como dar a destinação ambientalmente adequada como a reutilização ou descarte de acordo com a legislação federal vigente. - O descumprimento ensejará multa em valor a ser definido pela Prefeitura Municipal de São Paulo. - A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente é o órgão competente para realizar as ações fiscalizatórias. Dessa forma, a Assessoria Técnica do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio SP dialogará com a RECICLANIP – Entidade Gestora do sistema de logística reversa de pneus, a fim de verificar o procedimento para o comércio solicitar a retirada dos pneus descartados pelos consumidores e informará a todos assim que possível. Fonte: FecomercioSP



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