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Caminho seguro
Os construtores orientais, de forma segura e irreversível, vão fazendo o seu caminho para as médias cilindradas e a Zontes com a sua nova 350 GK não é exceção..

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atraente
Design atraente inspirado nas café racer e nas scrambler



Ficha T Cnica Zontes 350 Gk Pontua O Zontes 350 Gk
Estética
Prestações Comportamento
Suspensões
Travões
Consumo
Preço
5.138 EUROS
Motor
Cilindrada
Potência
Binário
Caixa
Vel. máxima
Quadro
Suspensão dianteira
Suspensão traseira
Travão dianteiro
Travão traseiro
Pneu dianteiro
Pneu traseiro
Distância eixos
Altura assento
Peso
Depósito
Cores
Garantia
Importador PVP
1 cil, refrigeração líquida, 4 v, injeção eletrónica
348 cc
39,4 cv/9500 rpm
32,8 Nm/7500 rpm
6 velocidades n.d.
Aço reforçado
Forquilha invertida, com 43 mm
Amortecedor monoshock
Disco J. Juan de 320 mm, ABS
Disco simples 265 mm ABS
120/70 R17
160/60 R17
1.380 mm
795 mm
171 kg (em marcha)
17 l
Preto/dourado, preto/ azul, cinza/laranja
3 anos
Terra Bastos, Lda
5.138€
Se a Zontes 310, nas suas várias declinações, já era uma “motinha” interessante a 350, graças ao acréscimo de potência (mais quase 5 cv, obtidos às 9.500 rpm) e binário (mais cerca de 3 Nm, obtidos às 7.500 rpm) é-o ainda mais. Incrível como menos de 40 cc (tem agora 348 cc) conseguem fazer uma diferença tão grande e são muito bem-vindos.
Vamos ser claros, ninguém está à espera que seja uma diferença avassaladora, não é, mas o motor mais redondo e cheio torna a condução mais divertida e fácil, além de segura, nomeadamente quando se viaja com passageiro/a e/ou carga. Sai assim reforçada a velha máxima: there is no replacement for displacement. Dito de outra forma, os 36 cc extra notam-se bem!
Primeiras Impress Es
A moto que conduzimos está a chegar agora mesmo ao mercado nacional e as perspetivas do importador, Terra Bastos Lda, são otimistas e há bons motivos para esse facto, até porque existem motos para entrega, algo que não ocorre com muita da concorrência.

A Zontes, propriedade do grupo Tayo Motorcycle Technology, tem aqui um produto já bastante maduro e apetecível, num segmento em franca expansão e com muitos argumentos, incluindo tecnológicos, para singrar no nosso mercado.








Retrovisores redondos e esteticamente irrepreensíveis, mas sensíveis às vibrações do motor



Quatro modos distintos de visualização da informação no painel TFT
Logo para começar, em termos estéticos, a moto está bastante bem conseguida e tem um ar robusto e compacto, apesar do peso final de 171 kg, em ordem de marcha, não ser propriamente um peso pluma, está muito bem distribuído e mal se sente. Porém, se pensarmos que tem um depósito de 17 litros e consumos de 4 litros ou até um pouco abaixo em condução descontraída, isso significa que podemos fazer 400 kms sem abastecer, o que é ótimo.


A tonalidade preto/dourado pode não ser do agrado de todos (existem também em prata/laranja e preto azul), mas resulta muito bem e realça o caráter de fusão desta neo café racer e scrambler, sendo que, como é óbvio, depois muitos dos seus futuros proprietários facilmente caem na tentação de a personalizar.

A posição de condução é bastante natural e intuitiva, a altura ao chão é suficiente (170mm) e mesmo o selim, bastante confortável, com uma altura de apenas 795 mm, garante que é uma moto muito universal, tendo elevado potencial junto do sexo feminino. Para os mais altos (não é o meu caso) a moto pode parecer algo pequena e minimalista. Natural- mente que ao ser uma naked sem proteção contra o vento frontal, a velocidades mais elevadas somos mais castigados.
A GK 350 está equipada com um muito útil sistema keyless que nos permite andar com a chave no bolso, mesmo que a um custo de ter que mudar as pilhas de comando com alguma frequência. O motor, com refrigeração líquida, acorda para a vida com uma sonoridade agradável, mas algo abafada, cortesia da Norma Euro 5.



Já a saída de escape, com duas pequenas ponteiras é uma imagem marca, mas preferia uma saída por baixo e poder ver a totalidade do soberbo braço oscilante com nervuras e da própria roda. Veremos se o mercado de acessórios pensa nisso, mas palpito que vai ocorrer.

A embraiagem, acionada por cabo, é deslizante, leve, garante um bom tato e ainda tem o bónus da regulação na manete. A caixa de 6 velocidades é suave e precisa, mas podia ser mais silenciosa, sendo que a última mudança é mais do tipo overdrive, servindo sobretudo para reduzir consumos.
O ecrã TFT tem muita informação e é intuitivo, possui 4 modos de visua- lização (Recreation, Race, Street e Simplicity), 2 modos de potência (Eco e Sport), mas está muito em baixo, obrigando o condutor/a curvar-se um pouco para ver a informação. Estar posicionado um pouco acima evitava isso, melhorava a visualização da informação (alguns carateres são minúsculos) e ainda oferecia alguma proteção contra os elementos.
O monocilíndrico, com as suas 4 válvulas e dupla árvore de cames, sobe bem de regime e não vibra muito, mas expressa-se melhor nas rotações médias/altas, sendo que é ali por volta das 6.000/7.000 que mostra o que vale realmente, mas podemos circular bem abaixo disso, tipo 3 ou 4.000 rpm, tendo sempre presente que, com apenas um cilindro, alguma vibração é inevitável. Nota mais também para o som da admissão que nos entusiasma à medida que subimos de rotação.
Mais Alguns Destaques
Realce também para o abundante equipamento, caso da iluminação full LED, comandos retro iluminados (7 botões em cada pinha já é um exagero), pneus tubeless (marca
Ride Ambro), com sensores de pressão, umas bonitas jantes douradas, com raios, conectividade, proteções anti-queda, vulgo cogumelos. Ambas as manetes reguláveis e com proteções, tem ainda um botão dedicado para o depósito de gasolina e outro para o selim, falta apenas um espaço decente de arrumação por baixo do mesmo.

