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Afabulosa 1299 Panigale S é a sexta encarnação da mítica série Superbike da Ducati, uma moto comercializada pelos concessionários oficiais em todo o mundo entre 2015 e 2017 em duas variantes (Standard e S) e mais uma versão R (específica para o motor 1199), esta última necessária para homologação no Campeonato Mundial SBK (os regulamentos FIM WSBK mantiveram a participação de modelos de dois cilindros até a um máximo de 1.200 cc, deixando os modelos de quatro cilindros até aos 1.000 cc).
As principais diferenças entre as duas versões são a utilização de componentes ainda mais evoluídos na S. A começar logo pelas suspensões “analógicas” na versão standard (garfo Marzocchi e amortecedor Sachs) e eletrónicas na S (com o sistema Öhlins Smart EC, com garfo NIX30 e o amortecedor TTX36). A mais sofistica- da, e onerosa, S recebeu ainda jantes Marchesini em alumínio forjado, guarda-lamas de carbono e farol de LED. Por sua vez, a versão Panigale R Final Edition (209 CV, 45.000 €) foi o canto do cisne do super-bicilindro V2 bolonhês, uma versão ainda mais especial decorada com a bandeira italiana e vendida numa edição muito limitada de apenas 1.299 unidades. Em comparação com a anterior 1199, esta 1299 Panigale viu a cilindrada do motor aumentar para os 1.285 cc, com o intuito de assegurar mais binário (15% até às 8.000 rpm) e potência (205 cv em vez de 195 cv). A ciclística também foi afinada, com mudanças na posição do eixo do braço oscilante (4 mm mais baixo), reduzindo o ângulo de direção em 0,5º e empregando a mais recente evolução da suspensão “dourada”. O peso (em vazio) declarado pela Ducati era de apenas 166,5 kg.
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Como seria de esperar numa moto de última geração, a 1299 Panigale S conta com três modos de condução (Race, Sport e Wet, este último limitado a 120 cv), sistema de controlo de tração (DTC), ABS da Bosch (desligável na roda traseira), controlo do efeito travão/motor (EBC), Quick Shift (DQS) e acelerador eletrónico rideby-wire. Cada um dos três modos de condução ajusta automaticamente a resposta dos auxiliares de condução, mas o piloto pode sempre personalizar para encontrar uma configuração que se ajuste aos seus gostos e desejos, aqui não há “desculpas”.

AGRESSIVIDADE A DOIS... CILINDROS
As modificações operadas no enérgico dois cilindros aumentam significativamente a resposta em regimes intermédios, permitindo deslizar um pouco em potência à saída das curvas, assim
A que lhe apanhar o jeito e conseguir tirar pleno partido do sofi trolo de tração. eletrónica e, claro, de design.
Ao contrário do que possa pensar, o aumento do desempenho do motor não é sinónimo de uma utilização mais agressiva ou “descontrolada”, mas sim de uma condução mais confortável, segura e, quando assim o desejar, mais atrevida.
Em termos de chassis, vale a pena relembrar que esta moto adota uma solução única entre os da sua “espécie”, um quadro monobloco em alumínio: herdado diretamente da competição. Aos comandos, são evidentes os ganhos de agilidade em relação à 1199 graças às novas geometrias, tornando mais fácil o difícil e deixando claro que as anteriores supersport são “coisa” do passado.
A suspensão eletrónica também faz autênticos milagres ao ajustar continuamente a taragem, independentemente das características da pista, do tipo de condução ou da meteorologia. O modo semi-activo permite ao utilizador selecionar os níveis de taragem da suspensão (de dura a suave); neste modo, o sistema ajusta dinamicamente a resposta em compressão e extensão do amortecedor em resposta às condições de condução, mantendo ao mesmo tempo o comportamento global previamente selecionado pelo “piloto”.
Esta 1299 S Panigale exibe aquele ponto de maturidade que falta ao primeiro modelo 1199. A eletrónica foi crucial para tornar possível fazer temente potente e o seu motor não é fácil de gerir se quiser andar tranquilamente. Mas será mesmo que o quer fazer quando tem este potencial à sua disposição?






