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Sentido prático
Na sua terceira geração, o HR-V reforça a imagem de SUV coupé e segue os passos dos seus irmãos de gama, ao oferecer funcionalidade acrescida e apostar unicamente num singular, mas bastante interessante, sistema de propulsão híbrida.

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Longe vão os tempos, em 1999, que o HR-V se apresentou como um dos pioneiros do formato (aproximado) de SUV Coupé, na altura com a particularidade de propor uma carroçaria de três e cinco portas. De lá para cá, e como seria expectável, tanto o conceito como o próprio modelo evoluíram e, atualmente, qualquer semelhança entre o antes e o depois é pura ilusão, salvo o nome.

Hoje, o HR-V assume um desenho moderno e cheio de estilo, pensado a partir de uma folha em branco, cujas proporções (4,34 metros de comprimento), curiosamente, são praticamente as mesmas do antecessor, mas com a vantagem de cada centímetro do exterior ter sido trabalhado em prol do habitáculo e respetivo espaço. Entre os vários elementos distintivos, e para além das formas da carroçaria tipo coupé, com uma linha do tejadilho ligeiramente descendente a partir do pilar central, destaque para a grelha na cor da carroçaria e para os grupos óticos dianteiros afilados com tecnologia LED. Já a traseira é marcada por uns farolins unidos por uma fina faixa luminosa também em LED.

Bancos M Gicos
Lá dentro, quatro adultos com 1,80 metros viajam à vontade, num ambiente que não sendo o suprassumo do vanguardismo, não lhe falta qualidade (boa escolha de materiais e montagem rigorosa) e todas as mordomias tecnológicas obrigatórias nos tempos que correm, como por exemplo, um sistema multimédia com ecrã de 9’’ tátil compatível com Android Auto e Apple CarPlay. Do mesmo modo, nota-se um salutar cuidado ao nível da ergonomia, mantendo comandos físicos para várias funções, enquanto a modularidade tem no prático sistema “Bancos Mágicos” (Magic Seats), que permite rebater os assentos dos bancos traseiros contra as costas dos mesmos, criando uma espécie de “segunda bagageira” generosa entre as duas filas de bancos, o seu ex-líbris. Por falar em bagageira, os 335 litros estão longe de ser uma referência.

Última nota para a aposta num equipamento de série bastan-

18’’ em pneus 225/50 de série são um dos elementos distintivos desta nova geração HR-V.

Ficha T Cnica
HONDA HR-V E:HEV
TIPO DE MOTOR Gasolina, 4 cilindros em linha, atmosférico
CILINDRADA 1.498 cm3
POTÊNCIA 107 CV entre as 6.000 e as 6.400 rpm
BINÁRIO MÁXIMO 131 Nm entre as 4.500 e as 5.000 rpm
TRANSMISSÃO Dianteira, caixa auto. 1 vel. (e:CVT)
SISTEMA ELÉTRICO
TIPO DE MOTOR Dois motores elétricos
POTÊNCIA MÁXIMA 131 CV (96 kW)
BINÁRIO MÁXIMO 253 Nm
BATERIA Iões de lítio, 1 kWh
SISTEMA HÍBRIDO
POTÊNCIA TOTAL 131 CV
BINÁRIO MÁXIMO 253 Nm
V. MÁXIMA 170 km/h
ACELERAÇÃO 10,6 s (0 a 100 km/h)
CONSUMO (WLTP) 5,4 l/100 km (misto)
EMISSÕES CO2 (WLTP) 122 g/km
DIMENSÕES (C/L/A) 4.340 / 1.790 / 1.582 mm
PNEUS 225/50 R18

PESO 1.455 kg
BAGAGEIRA 335 l
PREÇO 33.160 €
LANÇAMENTO Fevereiro de 2022 te completo, em que se destaca a tecnologia Honda Sensing que, além de incorporar uma nova câmara de alta-definição de ângulo alargado, engloba funções de segurança como a informação de ângulo morto, cruise control adaptativo ou o sistema de travagem atenuante de colisões com deteção de peões e ciclistas.

HÍBRIDO E-HEV
Para impulsionar esta terceira geração HR-V, a Honda recorre à mesma solução utilizada no CR-V e no utilitário Jazz, ou seja, a motorização híbrida e:HEV (única disponível). Na prática, e de uma forma resumida, consiste na combinação do bloco a gasolina i-VETC 1.5 com dois motores elétricos
O infoentretenimento em ecrã de 9’’ inclui um sistema de comandos vocais com linguagem natural.
(um como gerador, outro como propulsor), uma bateria de iões de lítio e uma transmissão de variação contínua acoplada a uma unidade de controlo de potência.
A potência total é de 131 CV (109 no Jazz) e o binário de 235 Nm.
A baixa velocidade (até aos 90 km/h) o HR-V circula sempre em modo elétrico (EV) ou híbrido, salvo nas situações em que é preciso mais potência, como por exemplo numa ultrapassagem mais rápida.
Aqui, o sistema ativa o propulsor térmico, apenas para subministrar energia para o elétrico, já que é este último que continua a mover as rodas. Quando em autoestrada, velocidades mais elevadas ou no modo Sport, cabe ao motor a combustão assumir o protago- nismo entrando em ação primeiro que os elétricos.
Ao volante, todos estes processos e transições entre EV, Híbrido e Sport passam quase despercebidos. E dizemos quase, porque nas acelerações mais fortes, o bloco a gasolina e, sobretudo, a gestão da caixa de variação contínua, não evitam uma sonoridade excessiva perfeitamente dispensável. Paciência. Para compensar, a Honda anuncia consumos inferiores a 5,5 l/100 km/h, um bom registo.
Com um chassis mais rígido e suspensão e direção revistas, o HR-V sabe pisar, proporcionando um comportamento dinâmico sólido e seguro, sempre acompanhado de bons níveis de conforto.


Skoda Karoq 2022
