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Voo rasante

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GUIA DE PREÇOS

GUIA DE PREÇOS

Não há grandes novidades na gama Lamborghini, mas é sempre uma boa altura para nos sentarmos aos comandos de qualquer um dos seus modelos. Por exemplo do radical Huracán, mas também do SUV mais dinâmico do mercado automóvel, o Urus. Conduzimo-los e são simplesmente espetaculares.

Ahistória da Lamborghini é a de uma marca alicerçada por um sucesso progressivo. Provavelmente há muita gente que não consegue identificar os seus modelos com a mesma facilidade com que identifica um Ferrari, construtor que guarda uma história incontestável só na F1. Contudo, deixamos aqui alguns números só para se ter uma ideia da dimensão da casa de Sant´Agata Bolognese: dos 10 mil metros quadrados da instalação produtiva que dispunha quando começou a sua atividade, em 1963, passou para os 160 mil em 2020. E há mais. Em 2012 somava um total de 982 empregados, e em 2020

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Em destaque

• A fábrica da marca em Sant´Agata Bolognese é neutra em emissões de carbono desde 2015

• Comercializa os modelos Huracán, Aventador e o SUV Urus

• A partir de 2024 a gama será toda eletrificada; e de 2025 baixa as emissões dos novos modelos em 50% já juntava, entre instalações industriais e comerciais, mais de 1.900 trabalhadores.

Neste sentido, o construtor italiano opera em três regiões do planeta que equivalem a 51 mercados, com um total de 168 concessionários oficiais. Na América, por exemplo, estão 47 deles (opera em cinco mercados que acumulam 35% das vendas), na Europa e Médio Oriente (38% das vendas) possui 71 concessionários (para um total de 30 mercados) e na Ásia contempla 50 lojas (16 mercados e 27% das matrículas).

A Lamborghini vendeu 8.405 unidades em 2021. Número que, além de representar uma subida de 13% face a 2020, é também o melhor resultado de sempre… com o Urus à cabeça. O SUV continua a ser o modelo de maior sucesso da marca, tendo terminado o ano passado com um total de 5.021 unidades matriculadas. Valor que representa um peso de 59,74% nas vendas totais do construtor. O Huracán surge como o segundo modelo mais vendido, com 2.586 exemplares. Segue-se o Aventador; que contabilizou, em 2021, um total de 798 unidades.

Posi O Imbat Vel

Um dos modelos definidos como um dos pilares de posicionamento da marca, em poder da Audi desde 1998, foi o radical Húracan STO (perto de 390 mil euros com uma lista de encomendas para um ano totalmente completa). Claro que tão ou mais surpreendente foi a evolução do recente e exclusivo Aventador Ultimae, por certo, objeto de coleção e fiel à tradição V12 da marca. Nem vale a pena saber o preço, nem deste, nem dos Huracán LP 780-4 Coupé e LP 780-4 Roadster previstos, até porque já estão todos vendidos.

Em boa medida é esta a história dos seus produtos mais caros e singulares. Tome nota: a recente reedição do Countach Coupé (o original era de 1974), o LPI 800-4 dotado de um sistema híbrido ligeiro com 814 CV (780 CV só do motor térmico), tração integral e com um preço que ronda os 2.010.000 euros, já está esgotada mesmo antes de entrar em produção. Estavam definidas apenas 112 unidades, mas se fossem produzidas mais, também já estariam vendidas.

E o futuro? Parece que vai ser excitante, tal como o passado

O V10, habitual na marca, é identificado no Huracán por uma placa que mostra a sequência do funcionamento dos cilindros.

Huracán EVO RWD, paradigma da condução purista a partir da sua potência e propulsão traseira.

As bacquets asseguram grande envolvência, mas são “tábuas”. e o presente. A Lamborghini lembra que as suas instalações de Sant´Agata Bolognese são neutras quanto a emissões de carbono desde 2015. A ambição dos seus responsáveis, passa por reduzir em 50% as emissões dos seus modelos produzidos a partir de 2025, com uma gama totalmente eletrificada (através de diferentes tecnologias disponíveis, ainda que sem descartar a produção de modelos com motor térmico) já em 2024, para a qual contempla um investimento de 1.500 milhões de euros, o maior de sempre na já longa trajetória da companhia.

Vamos A O

Vamos agora descobrir as virtudes do dois lugares Huracán, o primeiro modelo que conduzimos

LAMBORGHINI URUS: NÃO HÁ NADA IGUAL

Desenvolvido em conjunto com o Audi Q8, o primeiro SUV desportivo a marca (atenção, o seu primeiro todo-o-terreno foi o LM002 produzido entre 1986 e 1993, o Rambo-Lambo, com motor V12 dianteiro e tração integral), o Urus concentra o grosso das vendas da marca. Foi apresentado em 2017 e lançado um ano depois, a sua designação é proveniente do Urus, um antepassado do atual gado doméstico (conhecido como Bos primigenius) e conta com motor a gasolina 4.0 V8 sobrealimentado com 650CV/850 Nm e tração integral a partir de nos arredores de Madrid (o segundo foi o Urus; ver caixa). É do mais extremo entre os seus pares, tanto que, se a excelente posição de condução convida a viajar, as duríssimas bacquets “dão conta” das costas em duas horas. Em contrapartida, a versão de propulsão EVO RWD (com conectividade HMI de última geração e motor V10 de 610 CV/560 Nm) que conduzimos, é um diferencial Torsen. Mede 5,11 metros de comprimento, atinge os 305 km/h e regista uns esplendorosos 3,6 segundos dos 0 aos 100 km/h. Tem como rivais o Porsche Cayenne Coupé Turbo S E-Hybrid plug-in (680 CV e 220.248 €), o BMW X6 M (600 CV e 196.200 €) e o Mercedes-AMG GLE 63S 4Matic+ Coupé (612 CV e 241.249 €). Conduz-se com um dedo e um delicioso som proveniente do escape, soma 5 lugares, uma super bagageira de 616 litros e o seletor ANIMA de modos de condução (STRADA, SPORT, CORSA, NEVE, TERRA, SABBIA e EGO, personalizável). tão efetiva e divertida que só um piso pouco aderente nos vai fazer lembrar o EVO de tração integral 4WD (entre outros, com lógica preditiva LDVI para controlo dinâmico e motor V10 de 640 CV/600 Nm). Havia ainda os Aventador SVJ e SVJ Roadster (motor V12 de 770 CV), mas já não tivemos tempo de lhes “deitar” as mãos. Uma pena!

Tem direção integral, suspensão pneumática, travões cerâmicos e alumínio em muitos componentes da carroçaria e do chassis para um peso inferior a 2.200 kg.

MERCEDES-BENZ VISION EQXX

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