REVISTA O GIROLANDO
ENTREVISTA
por Larissa Vieira
Sucessão familiar no agro
Programar o processo de sucessão e implementar práticas de governança são determinantes para a longevidade das empresas familiares, incluindo as do agronegócio. Aliado à uma gestão econômica e financeira e a um planejamento tributário preciso, o planejamento sucessório contribui para a prosperidade e futuro do negócio. Em entrevista à revista Girolando, o advogado Alexandre Lacerda explica as alternativas disponíveis para preparar os sucessores, a formação de holding, pagamento de impostos sobre herança e a hora de passar o bastão. Criador de Girolando na Fazenda Miraí, em Serra do Cipó/MG, Lacerda destaca que a estratégia de longevidade do negócio via sucessão familiar no agro merece mais atenção por parte dos produtores rurais. Confira o bate-papo:
Girolando
Alexandre Lacerda
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amento de potencialidades pessoais/profissionais e desenvolvimento para a sucessão familiar e no negócio. Arquitetura – Definição de papéis e responsabilidades para a entrega das melhores contribuições individuais. Governança – Capacitação e formalização da estrutura de Governança do negócio com foco na perenidade. Em resumo, o agronegócio já possui consistência operacional. Portanto, sua estrutura de gestão requer profissionalismo com base em estratégia, sua aplicação e visão de médio e longo prazo principalmente com foco na sucessão, para proteção e crescimento do negócio.
No Brasil, a sucessão familiar no agronegócio continua sendo negligenciada? Há avanços de forma geral nas empresas, mas especificamente no agronegócio vê-se certo desalinhamento entre a atividade produtiva, inclusive promissora, e a estratégia de longevidade por via da sucessão familiar. Neste sentido, o aspecto sucessório cresce menos e o negócio cresce mais. Daí, o risco em crescimento também. O que levar em conta na hora de começar a definir a sucessão no negócio? São, basicamente, quatro pilares a serem permeados: Estratégia – elaboração/ajuste para o desenvolvimento e capacitação para gestão de pessoas na condução de mudanças na Organização do Agronegócio. Carreira e Sucessão – Mape-
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Nem sempre o pecuarista terá um sucessor natural. Que alternativas ele tem nesse caso?