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VACAS LEITEIRAS: COMENTÁRIOS IMPORTANTES SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
logias com capacidade de eliminação e desativação dos efeitos tóxicos têm sido desenvolvidas.
Para a biotransformação das micotoxinas a Biomin desenvolveu uma combinação de enzimas específicas e componentes biológicos que converte micotoxinas em metabólitos não tóxicos e ambientalmente seguros no trato digestivo de animais. Essa combinação é composta pela Biomin® BBSH 797, enzima que tem a capacidade de inativar os Tricotecenos (ex.: DON e T2), Biomin® BBSH 797, levedura que produz enzimas específicas que desintoxicam especificamente a ZEA no trato intestinal dos animais, e a FUMzyme®, enzima específica para a inativação das FUM. Com o papel de bioproteger a Biomin desenvolveu um mix de ingredientes naturais que dá suporte ao sistema imunológico e hepático, além de auxiliar a barreira intestinal a neutralizar os efeitos negativos das micotoxinas. Todos esses ingredientes foram combinados em um único produto chamado Mycofix, com efeitos comprovados.
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Em estudo realizado com vacas em lactação, com duração de 84 dias e dieta contaminada naturalmente com DON, Afla B1, ZEA e OTA, Kiyothong et al. (2012) avaliaram os efeitos do Mycofix na função imune, parâmetros ruminais e desempenho produtivo. Como principais resultados, foram observados aumento na produção de leite de 2,1 kg/dia, aumento na concentração de proteína no leite, aumentos no consumo, na digestibilidade, na contagem de bactérias ruminais, na produção de ácidos graxos voláteis e melhora nos parâmetros imunológicos (aumento na imunoglobulina A e redução na contagem de células somáticas). Com o custo atual temos um retorno sobre o investimento de cerca de 5:1 ou um mínimo para se pagar de menos de um copo de leite (150ml).
Recentemente a Biomin passou a fazer parte da empresa DSM, especializada em soluções nutricionais para animais. Os excelentes resultados alcançados nas pesquisas e com o uso do Mycofix, em diversas partes do mundo, impulsionaram a DSM a lançar o Mycofix 5.0 para gado de leite no Brasil. O Mycofix 5.0 chegou para auxiliar a proteger os animais inativando as micotoxinas e reduzindo seus efeitos pela bioproteção, resultando em mais saúde para as vacas, maior eficiência reprodutiva e produtiva e maior rentabilidade na pecuária de leite.
Referências
Kiyothong et al., 2012. Effect of mycotoxin deactivator product supplementation on dairy cows. Anim. Prod. Sci. 52: 832-841.
NUTRIÇÃO
Sabrina Coneglian, Gerente de Novos Negócios Mosaic Fertilizantes - sabrina.coneglian@mosaicco.com Marcell Alonso, Gerente de Pecuária Mosaic Fertilizantes - marcell.alonso@mosaicco.com

Quando falamos de alimentação e nutrição de vacas leiteiras, devemos ter em mente que a utilização de pastagens de boa qualidade deve ser a base dos sistemas de produção de leite. Contudo, vacas detentoras de alto mérito genético não conseguem, com consumo exclusivo de forragem, obter toda a energia necessária para suportar o potencial produtivo que apresentam. Nestas condições, a suplementação nutricional se apresenta como oportuna e passa a ter um importante papel na otimização da produção, visto que sem o seu uso torna-se grande a possibilidade de comprometimento dos índices produtivos e reprodutivos dos animais. No sistema de produção, a nutrição exerce efeitos em todas as etapas do processo reprodutivo, desde a manifestação do cio e desenvolvimento folicular, até a programação fetal, bem como na redução de problemas pós-parto. Quando tratamos de processo ovulatório nas vacas, este se apresenta como o principal mecanismo influenciado pelo ambiente nutricional. O direcionamento de incrementos nutricionais em período prévio à cobertura de matrizes é conhecido como flushing, uma técnica que tem apresentado resultados positivos nas variáveis reprodutivas.
Há, porém, variações na indicação do tempo de duração da técnica por parte dos pesquisadores. Alguns trabalhos sugerem o seu uso de três a quatro semanas antes do período de serviço como sendo a duração ideal. Outros já recomendam que esse incremento nutricional comece ao redor de duas a quatro semanas antes da estação e continue ao longo de duas a três semanas depois da estação de monta. De consenso comum é que o flushing tem a finalidade de aumentar a taxa de ovulação e posteriormente diminuir a mortalidade embrionária, refletindo no número de bezerros e bezerras nascidos.
Outro importante ponto de conhecimento são as exigências nutricionais de vacas de leite, estas não são constantes ao longo do ciclo produtivo, o que torna essencial a elaboração de estratégias nutricionais para todos os períodos do processo.
O período que consiste no início da lactação (Figura 1) é uma fase crítica do ciclo das vacas em termos de produção e eficiência reprodutiva. É
nesta fase que a produção de leite aumenta rapidamente, atingindo o pico de lactação, porém sem o sinergismo do consumo de matéria seca (MS). Por um lado, maior torna-se a exigência da vaca, em contrapartida faltam nutrientes suficientes para o suprimento da demanda, consequência da menor ingestão. Os indicadores produtivos e reprodutivos podem se tornar muito ruins quando a nutrição se apresenta inadequada nesta fase. Menores produções de leite, menor peso da criação ao desmame e menor porcentagem de animais apresentando cio, poderão ser consequências do errado manejo nutricional nesta fase. A dieta deverá conter ingredientes energéticos com maiores proporções de grãos com fontes de amido de baixa degradabilidade ruminal, bem como uma proporção adequada de proteína bruta, proteína degradável no rúmen e proteína não degradável no rúmen. Tais recomendações para este período da lactação possibilitam que a vaca atinja um pico da produção de leite condizente com seu potencial genético, sendo descrito por Martinez (2010) que a cada 500g de leite adicional produzido neste pico produtivo, 110 litros de leite a mais poderão ser obtidos ao longo da lactação. O período do meio e do final da lactação é uma fase em que grande parte das vacas já está gestante e a produção de leite reduz consideravelmente. Também é nesse período que a quantidade de alimento consumido possibilita nutrientes suficientes para atender a menor quantidade de leite produzido e, em paralelo, repor reservas corpóreas à vaca, o que explica a maior facilidade de ganho de peso e aumento de escore de condição corporal. Nesta fase o ponto de atenção deve estar no fornecimento de uma dieta equilibrada, evitando o acúmulo de gordura excessivo, isto porque o aumento de peso pode ser tão deletério quanto a falta de condição corporal para as vacas no parto. As exigências de nutrientes durante o período seco, fase que compreende aproximadamente dois meses, são destinadas para a mantença da vaca e para o suprimento do crescimento do feto, além da continuidade ao crescimento corporal nas situações de primíparas. Neste período as exigências nutricionais são menores do que ao longo da lactação, porém, à medida em que se aproxima o parto, os nutrientes demandados pela vaca tendem a aumentar gradativamente. Por isso entende-se que fase é caracterizada como um período de ajuste final para que o animal chegue ao próximo parto com bom escore de condição corporal. Os benefícios de manejo nutricional bem conduzido no período seco resultam em mais leite na lactação subsequente, reduzem a incidência de problemas metabólicos após a parição e diminuem a incidência de patologias, tal como a retenção de placenta e infecção uterina.
Acerca das pesquisas recentes com minerais para bovinos leiteiros, grande foco tem sido dado às exigências para as diferentes fases do ciclo produtivo, para a disponibilidade dos minerais nos diferentes alimentos, nas fontes destes elementos e na interação entre diferentes minerais. Entre os macronutrientes, o fósforo tem recebido gran-
