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MELHOR CRIADOR E

MELHOR EXPOSITOR CCG 1/4

ÍNDICE

Girolando 1/2 impulsiona mercado de FIV

Melhores Expositores e Criadores dos Rankings

e melhoramento genético

A nova geração de criadores de Girolando

Principais doenças que afetam vacas lactantes

Melhores índices genômicos de Girolando de todos os tempos

Competições refletem a evolução genética do Girolando

Confira os principais resultados da Megaleite 2025

Brasil sedia 3º Congresso Internacional de Girolando

Girolando Kids

Fale Conosco

Pág.22

Pág.26

Pág.32

MENSAGEM DA Diretoria

Presidente

Presidente MENSAGEM DO

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Presidente

O sucesso de um evento da magnitude da Megaleite é o resultado do empenho incansável de muitos, desde as equipes dos expositores, das empresas expositoras ou prestadoras de serviços, jurados, profissionais da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e de outras entidades parceiras, dentre tantos outros profissionais. E, em 2025, não foi diferente.

Domício Arruda Presidente 2023-2025

Mensagem da Diretoria

Tivemos um show de qualidade genética na pista de julgamento, no torneio leiteiro e em cada pavilhão do Parque da Gameleira, em Belo Horizonte/MG. Mas não foi só isso. Essa qualidade se estendeu aos inúmeros eventos realizados ao longo da Megaleite, com debates interessantes sobre o futuro do setor, os desafios, as inovações, além dos cursos que fizeram parte da programação.

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A cada ano a Megaleite cresce em sua importância dentro do setor, deixando de ser somente um julgamento dos melhores animais da raça Girolando para se tornar o ponto de encontro da pecuária leiteira mundial. Isso ficou nítido nos acordos que firmamos durante a feira com dois países onde a raça vem ganhando cada vez mais espaço, Equador e Peru, para a transferência de tecnologia na área de melhoramento genético. A Megaleite ainda sediou, pela primeira vez, uma edição da Caravana do Agro Exportador do Ministério da Agricultura e Pecuária, que trouxe as inúmeras possibilidades para a raça no exterior. Firmamos um protocolo de intenções com o Mapa que vai nos permitir realizar ações que fortaleçam a competitividade do setor agropecuário e contribuam para a valorização da imagem do agronegócio brasileiro no Brasil e no exterior.

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Domício Arruda Presidente 2023-2025

Mensagem da Diretoria

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Mensagem da Diretoria

A Megaleite também já é um exemplo de conexão com a cidade. Milhares de pessoas passaram pelo parque, incluindo inúmeras crianças, para conhecer de perto a nossa pecuária e provar alguns produtos que têm origem no campo, como o leite e o queijo. A realização do Festival do Queijo na Megaleite foi um sucesso de público. Trata-se de uma ação de extrema relevância para mostrar à sociedade a real importância da pecuária leiteira em suas vidas.

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Esse sucesso da Megaleite 2025 só traz mais responsabilidade para nossa diretoria em relação aos eventos que ainda serão realizados neste ano. Um deles é o 3º Congresso Internacional da Raça Girolando, que acontecerá de 12 a 14 de novembro, em Uberlândia/MG. Estamos preparando uma edição repleta de informações relevantes para a pecuária leiteira mundial, que serão repassadas por especialistas internacionais.

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Já aproveitamos para deixar aqui o convite para que todos participem do Congresso. Será um momento especial de troca de informações entre criadores e profissionais de vários países e para conhecer projetos importantes. Esperamos vocês lá!

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Luiz Fernando Reis Vice-presidente

Marcos Amaral Teixeira Diretor Admnistrativo

Rubens Balieiro de Souza Diretor Admnistrativo

Luiz Cláudio Bastos de Moura Diretor Financeiro

Tatiane Almeida Drummond Tetzner Diretora de Relações Internacionais

Diretor de Fomento e Eventos

Luiz Fernando Reis Vice-presidente Marcos Amaral Teixeira Diretor Admnistrativo

José Antônio da Silva Clemente Diretor Financeiro Luiz Cláudio de Moura Diretor Financeiro

José Renato Chiari Diretor Técnico Cientíﬁco

Tatiane Almeida Drummond Diretora de Internacionais

Marcos Amaral Teixeira Diretor Admnistrativo

Rubens Balieiro de Souza Diretor Admnistrativo

José Antônio da Silva Clemente Diretor Financeiro

Luiz Cláudio Bastos de Moura Diretor Financeiro

Alexandre Lopes Lacerda Diretor Relações Inst. e Comerciais

José Renato Chiari Diretor Técnico Cientíﬁco

Tatiane Almeida Drummond Tetzner Diretora de Relações Internacionais

Marcelo Renck Real Diretor de Fomento e Eventos

Luiz Fernando Reis Vice-presidente

Marcos Amaral Teixeira Diretor Admnistrativo

Rubens Balieiro de Souza Diretor Admnistrativo

José Antônio da Silva Clemente Diretor Financeiro

Luiz Cláudio Bastos de Moura Diretor Financeiro

Alexandre Lopes Lacerda Diretor Relações Inst. e Comerciais

José Renato Chiari Diretor Técnico Cientíﬁco

Tatiane Almeida Drummond Tetzner Diretora de Relações Internacionais

Marcelo Renck Real Diretor de Fomento e Eventos

Novos associados

Sejam bem-vindos à família Girolando

ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES JANEIRO / FEVEREIRO E MARÇO DE 2025

ALESSANDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA

ANDRÉ NASCIMENTO MONTEIRO

BRUNO DIAS CORRÊA

CAIBAR VITALE

CLÁUDIO NETTO ESTRELLA

DÁCIO ROSA JÚNIOR

FELIPE EDUARDO NEZIO REIS

FERNANDO VILELA MENDES

FLÁVIO DURÃES

GERALDO FERNANDES CAMPOS

GLEDSON NOS SANTOS ALMEIDA

GUTEMBERG GERMANO BATISTA FILHO

HUGO ANTÔNIO DE SOUSA RIBEIRO

INST.FED.EDUC.CIÊN.TEC.MG SÃO JOÃO EVANGELISTA

JOÃO LÚCIO ALBUQUERQUE ANDRADE

JOAQUIM ANIBAL CARVALHO ANDRADE

JOSÉ MAGNO CAMPOS

JOSÉ MARTINS BORGES

MARILDA SOARES DE CARVALHO ARRUDA

MELANIE AIDEE MORGADO MAGANA

OSVALDO HONÓRIO LEMOS NETO

RAFAEL FERREIRA DE CARVALHO

RENATO CARDOZO DA SILVA

RENATO EUZEBIO DE SOUZA

ROGÉRIO JÚLIO SOARES FERREIRA

SILVANA AMADORA MANSSANO PERES DUARTE

TARCIANO SOUZA DA HORA

THIAGO DO CARMO ZULCÃO

TIAGO ABRAÃO FERREIRA LOPES

YAGO SANTOS MOREIRA

VALDIVINO JOSÉ DA SILVA

JUIZ DE FORA - MG

ITAPERUNA - RJ

MUTUM - MG

JALES - SP

CATALÃO - GO

PASSOS - MG

BARROSO - MG

PRATA - MG

BELO HORIZONTE - MG

BOM DESPACHO - MG

LAJEDO DO TABOCAL - BA

ARACAJU - SE

CAMPINA GRANDE - PB

SÃO JOÃO EVANGELISTA - MG

MARACAS - BA

PRATA - MG

LIMA DUARTE - MG

UBERLÂNDIA - MG

GOIÂNIA - GO

RIBEIRÃO PRETO - SP

RERIUTABA - CE

PRATA - MG

PATOS DE MINAS - MG

SÃO PEDRO DO SUAÇUI - MG

PIUMHI - MG

FRANCA - SP

SALVADOR - BA

AFONSO CLÁUDIO - ES

ITUMBIARA - GO

TABULEIRO - MG

MARTINHO CAMPOS - MG

Editorial

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A realidade da pecuária leiteira mudou consideravelmente nos últimos 20 anos. O País saiu de uma produção nacional de 24,621 bilhões de litros de leite para atuais 35 bilhões, um aumento de 42%. A produtividade média nacional por vaca cresceu 89%, um desempenho que melhorou mesmo com a redução de 24% no número de vacas ordenhadas. Esse avanço só foi possível porque o setor investiu em melhoramento genético, na transferência de tecnologia, nutrição e na sanidade animal.

E é justamente isso que ilustra esta edição da revista Girolando, que destaca em sua capa a evidente evolução dos animais que disputaram a Megaleite 2025. Com altíssima qualidade em pista, o público pôde acompanhar um julgamento acirrado e com a vitória de exemplares que definem bem o que é a raça Girolando atualmente. Essa qualidade chamou a atenção de comitivas estrangeiras de vários países. E a revista traz o resultado completo dos rankings de Girolando, tanto o nacional quanto os estaduais e o Circuito Megaleite.

dência de intensificação da produção de leite no Brasil, os produtores rurais que vêm investindo em um “pacote tecnológico” estão ampliando significativamente a produção do rebanho e garantindo mais rentabilidade para o negócio. Os dados do programa Educampo/Sebrae MG – Leite mostram que nas fazendas assistidas a margem líquida obtida com a atividade alcançou uma alta de 64,1%.

Esta edição ainda conta com um especial sobre a composição racial CCG 1/2, cujo mercado está muito aquecido, que lidera a produção de embriões. A FIV já é uma realidade em muitas fazendas leiteiras por trazer vantagens significativas em produção, melhoramento genético e retorno financeiro. A tecnologia acelera o melhoramento ao multiplicar rapidamente vacas superiores, possibilitando o uso de sêmen sexado e garantindo maior eficiência reprodutiva.

Outro destaque da revista é uma entrevista exclusiva com o analista de Agronegócio do Sebrae Minas, Thiago Francisco Rodrigues. Segundo ele, com a ten-

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Expediente

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Também trazemos um artigo sobre as principais doenças que afetam vacas lactantes e a importância da nutrição na solução desses problemas.

E para finalizar a revista traz a programação completa do 3º Congresso Internacional da Raça Girolando, que acontecerá de 12 a 14 de novembro, em Uberlândia/MG. Especialistas de vários países ministrarão palestras sobre temas relevantes dentro da pecuária leiteira. Confira essa e outras notícias interessantes nas páginas a seguir.

Atenção: Na edição passada, a raça do touro utilizado em vacas CCG 1/4 para formação do CCG 5/8 foi informada de forma incorreta. Na página 22, onde se lê “Gir”, o correto é Holandês. Na versão online da revista, a informação já foi corrigida.

Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com• Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira (34) 9 9102-7029 yurisilveira04@hotmail.com

Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo.com.br • Conselho editorial: Celso Menezes, Bruno de Barros, Raphael Botta, Domício Arruda Silva, Leandro Paiva, Edivaldo Ferreira Júnior, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Grafica Idealiza (43) 3373 7877 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral • Circulação: Março/Maio/Agosto/Novembro • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.br. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ ano – financeiro@mundorural.org • 27 anos de circulação ininterrupta

revistagirolando @ogirolando revistagirolando girolando.com.br/girolando/revista

Larissa Vieira Jornalista

Giro lácteo

Girolando no Peru

Título da matéria sobre lançamento e inovações

Por Nome Sobrenome

Por Míriam Borges

Auditoria Mapa

A raça Girolando participou da 1ª Expozebu Peru, ocorrida em junho, em Tarapoto, no Peru. O gerente do projeto Brazilian Girolando, Marcello Cembranelli, ministrou uma palestra sobre o potencial da raça para produção de leite em regiões de clima tropical. Juntamente com o presidente da Associação de Criadores de Zebu do Peru (Asocebu Peru) Dicson Quijano, Cembranelli explicou como funciona a cooperação técnica firmada no ano passado entre a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e a entidade peruana na área de melhoramento. Como também é técnico de registro da Girolando, ele já deu início ao trabalho de inspeção e apoio no desenvolvimento do Girolando no Peru durante sua passagem por aquele país.

Entusiasmo com a raça

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Título da matéria sobre lançamento e inovações

Outra participação de Marcello Cembranelli durante a 1ª Expozebu Peru foi no julgamento de animais da raça. Segundo ele, os criadores peruanos estão entusiasmados com a qualidade do Girolando e querem ampliar os investimentos em genética com o intuito de melhorar a produtividade do rebanho do país. Promovido pela Asocebu Peru, o evento reuniu pecuaristas e profissionais do setor de vários países, dentre eles Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Estados Unidos e locais.

Plataforma de vendas

Título da matéria sobre lançamento e inovações

Depois de estrear na Megaleite 2025, a plataforma online Mercado Girolando continua ofertando exemplares da raça. A ferramenta é voltada para a comercialização de animais Girolando registrados. O principal objetivo é oferecer uma alternativa moderna de comercialização para criadores de Girolando. Desenvolvida pela Associação de Girolando em parceria com a empresa Superbid Exchange, a solução foi

pensada para atender às necessidades, principalmente dos produtores que encontram dificuldades em vender seus animais em leilões.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando recebeu no dia 28 de maio, em sua sede, em Uberaba/MG, a visita de auditores fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O grupo, formado por João Cruz Reis Filho, Márcia Tereza Scarpati e Claudimir Roberto Sanches, foi recepcionado pela equipe técnica da entidade. Foram avaliados os procedimentos relacionados ao Serviço de Registro Genealógico da raça Girolando. Além da auditoria presencial para encerramento da fiscalização, já tinham sido feitas outras virtuais. Os auditores elogiaram o serviço de Registro Genealógico prestado pela Girolando em todo o País.

Título da matéria sobre lançamento e inovações

Teste de Progênie

Título da matéria sobre lançamento e inovações

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Os interessados em ter seus touros avaliados na Pré-Seleção do 28º Grupo do Teste de Progênie já podem inscrever os animais. O prazo vai até 30 de setembro de 2025. Os criadores devem procurar o Departamento Técnico da Girolando. Poderão participar reprodutores PS (Puro Sintético), CCG 5/8 Hol + 3/8 Gir e 3/4 Hol + 1/4 Gir e que tenham sido submetidos à genotipagem pelo Clarifide® Girolando e considerados aptos ao Teste de Progênie. Preferencialmente, a idade máxima é de 36 meses. Todos os animais que atenderem aos pré-requisitos serão considerados aptos ao Teste de Progênie e serão classificados pelo IFCT, do maior ao menor índice, mediante o pagamento da inscrição. A relação dos touros classificados para participarem do 28º Grupo do Teste de Progênie da Raça Girolando será divulgada no dia 1º de novembro de 2025.

Lançamentos e inovações

Lançamento e inovações

Monitoramento de bezerras

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Título da matéria sobre lançamento e inovações

Por Nome Sobrenome

Título da matéria sobre lançamento e inovações

de fora uma ou mais etapas de controle entre os meses mais frios e secos (maio a agosto). A vermifugação dos animais no período seco além de promover o controle faz com que a carga parasitária nas pastagens durante o período chuvoso seja menor. Uma opção de tratamento é o Epremium 5%, ferramenta ideal oferecida pela Biofarm para fazer parte de um controle estratégico de verminoses em rebanhos leiteiros, pois possui descarte zero para leite, não interferindo na produção durante o tratamento dos animais. Seu modo de aplicação é injetável, oferecendo precisão na dosagem, conferindo tratamento adequado para animais a partir de 7 dias de vida.

Título da matéria sobre lançamento e inovações

O Sensehub Dairy Youngstock é a nova tecnologia de monitoramento destinada às bezerras e novilhas leiteiras durante os primeiros 12 meses de vida. A solução oferece informações práticas sobre a situação e das necessidades de cada animal, detectando aqueles que precisam de atenção antes mesmo do surgimento de sinais clínicos da doença. Tecnologia da MSD Saúde Animal, o Sensehub Dairy Youngstock permite uma intervenção precoce e com tratamentos mais assertivos, contribuindo para a saúde e o bem-estar dos animais e facilitando a priorização e o fluxo de trabalho na fazenda.

Combate verminoses

Vermifugação estratégica é uma medida de controle que deve fazer parte do calendário sanitário de uma propriedade. Ela visa estabelecer um programa de controle de verminoses, levando em consideração diversos fatores importantes, entre eles o clima da região durante o ano, não deixando

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A Vetoquinol anuncia o lançamento do Projeto Leite Ouro, iniciativa que reúne suas principais soluções voltadas à saúde de bovinos leiteiros, com foco na promoção da segurança alimentar e aumento da eficiência produtiva nas propriedades rurais. O Projeto Leite Ouro é sustentado por três pilares: Bem-Estar Animal, Sanidade e Uso Consciente de Produtos. Entre os produtos que compõem o projeto estão: Acura®, Novatack® Pour-On Plus, Bullmax® e Tolfedine® CS, todos com carência zero para bovinos leiteiros, permitindo o consumo do leite mesmo durante o tratamento.

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Investimentos Urus no Brasil

Com a chegada da Urus ao Brasil em junho de 2025, a holding aposta no País como um dos principais mercados do mundo. A proposta é trazer tecnologias que aumentem a eficiência, reduzam custos e tornem a pecuária brasileira ainda mais sustentável e competitiva. A expansão inclui investimentos em infraestrutura, parcerias locais, novas soluções baseadas em análise de dados, inteligência artificial e iniciativas que reduzam a pegada de carbono da pecuária. A meta é oferecer ferramentas completas, práticas e rentáveis para o produtor rural. Heverardo Carvalho, que presidia a Alta, assume agora a diretoria da Urus no Brasil. O grupo global reúne marcas como: Alta, Genex, Trans Ova, Jetstream, Peak, SCCL e VAS — todas com forte atuação em genética e tecnologia para a pecuária.

Projeto Leite Ouro

Mudanças na Alta

A empresa Alta entra em uma nova fase no Brasil com mudanças estratégicas e investimentos robustos. Tiago Carrara, que iniciou sua trajetória na empresa como trainee e atuava como gerente de Mercado, é o novo diretor comercial da Alta Brasil. O executivo assume o desafio de consolidar a liderança da marca no País e impulsionar inovações voltadas ao aumento da produtividade dos pecuaristas. Carrara é médico-veterinário pela PUC Minas, com especializações em gestão e marketing, professor de melhoramento genético e um dos nomes mais respeitados do setor. Sua trajetória na Alta é marcada por resultados sólidos e pela consolidação da empresa como referência nacional.

Saúde gastrointestinal

A JA Saúde Animal acaba de anunciar o lançamento do ProBacter, um suplemento oral de alta performance que une probióticos e prebióticos em formulação especialmente desenvolvida para turbinar a saúde digestiva e imunológica dos bovinos desde os primeiros dias de vida até a fase adulta. ProBacter está disponível em duas versões, desenvolvidas para atender diferentes fases da vida dos bovinos. ProBacter Bezerro foi especialmente formulado para os recém-nascidos, com

probióticos selecionados para atuar nas fases iniciais de desenvolvimento do sistema digestivo. além disso, sua composição inclui colostro, glutamina, vitaminas e minerais, elementos essenciais para fortalecer a imunidade e garantir um arranque saudável nos primeiros dias de vida. Já o ProBacter Bov atende as necessidades de bovinos adultos, oferecendo suporte completo à imunidade, ao desempenho zootécnico e à resposta em situações de estresse, contribuindo para um maior desempenho do rebanho.

Prevenção de hipocalcemia

Lançado recentemente, o Cal-Lac é um suplemento oral para bovinos que atua elevando rapidamente a concentração de cálcio circulante no organismo, contribuindo para a prevenção e correção de quadros de hipocalcemia, especialmente no período pós-parto. O produto compõe o portfólio da empresa Noxon Saúde Animal.

Entrevista com

Thiago Francisco Rodrigues

NOME COMPOSTO Sobrenome

Novo perfil do produtor de leite

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Com a tendência de intensificação da produção de leite no Brasil, os produtores rurais que vêm investindo em um “pacote tecnológico” estão ampliando significativamente a produção do rebanho e garantindo mais rentabilidade para o negócio. Os dados do programa Educampo/Sebrae MG –Leite mostram que nas fazendas assistidas a margem líquida obtida com a atividade alcançou alta de 64,1% e lucratividade (margem/preço recebido) de 15,7% entre 2020 e 2024. Atualmente, o programa conta com 877 fazendas assistidas, 61 consultores ativos e 18 empresas de laticínios parceiras. Em entrevista à revista Girolando, o analista de Agronegócio do Sebrae Minas, Thiago Francisco Rodrigues, fala sobre os fatores que têm contribuído para o novo perfil do produtor. Ele garante que a busca por eficiência produtiva, produzindo mais leite com os mesmos recursos, vai dar fôlego para o produtor avançar. Confira:

Girolando:

Acredita que uma transformação importante está ocorrendo na forma de se produzir leite no Brasil? E quais seriam as mudanças mais significativas?

Girolando:

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Thiago Francisco Rodrigues

A produção de leite no Brasil vem se transformando de forma mais intensa na última década. A difusão de novas tecnologias, como o sistema de confinamento Compost Barn, por exemplo, acelerou a transição dos modelos produtivos incorporando mais profissionalismo à produção e aumentando as respostas produtivas dos animais. Contudo, esse movimento não é algo que atinge todo o setor. Se analisarmos os dados do IBGE, entre 2015 e 2024, a produção formal de leite no País cresceu apenas 5,5%, atingindo 25,4 bilhões de litros.

Nome Composto:

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Os maiores produtores de leite do Brasil vêm ampliando suas produções ano a ano. Como é esta realidade dentro das propriedades assistidas pelo Educampo, principalmente os pequenos e médios produtores?

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Thiago Francisco Rodrigues

Nome Composto:

Essa informação reforça que a cada dia apenas os produtores que encaram a atividade leiteira como negócio, incorporando tecnologia e gerindo os riscos de produção, comercialização e financeiros, e buscando a eficiência a cada passo, são aqueles que vêm promovendo a transformação que o setor precisa.

Do ponto de vista produtivo, para esse perfil de produtor, o leite parece ter encontrado um “pacote tecnológico” ideal, baseado no confinamento das vacas em lactação. Em 2024, os confinamentos representaram 40% das fazendas acompanhadas pelo Educampo, mas são responsáveis por 60% do volume total de leite produzido, evidenciando seu impacto na escala de produção.

O efeito da assistência técnica e gerencial é inegável do ponto de vista de evolução do produtor. Essa é a premissa do Educampo, do Sebrae Minas. Com um crescimento da produção de leite vinculado a uma assistência técnica contínua e comprometida, os avanços são sólidos ano a ano, analisando um mesmo grupo de produtores (213) entre janeiro de 2020 e o final de 2024. Em média, a produção avançou 32,5%. Esses valores se tornam mais impactantes comparando ao comportamento da produção de leite em Minas Gerais e no Brasil nos últimos anos. Dados do IBGE revelam que em dez/2024 a produção brasileira cresceu apenas 2,9% em comparação a jan/20 e a mineira 0,9% no mesmo período. A título de representatividade, em 2024 o Educampo atendeu 7,2% da produção de leite mineira.

Quando analisamos os dados dos produtores que produzem abaixo de 1 mil litros de leite por dia e participam do Educampo, em 2019, esses representavam 37,5% das fazendas assistidas e eram responsáveis por 12% do total do leite produzido. Fazendo o mesmo

02 Revista Girolando

recorte no ano de 2024, a participação desse grupo foi de 31% em número de fazendas assistidas e com uma representatividade da produção total do leite em 7%. Por outro lado, as fazendas que produzem acima de 4 mil litros/dia, em 2019 respondiam por 37% do volume de leite produzido. Em 2024, a representatividade aumentou para 55,3% do total. Esse perfil maior de produtor entendeu que a busca por escala tem que ser rotineira. E, com essa diretriz, o leite além de se tornar viável economicamente, passa a competir de forma igual com outras atividades em termos de retorno financeiro. Para além dessa visão o trabalho do Educampo é inclusivo e vem dando suporte a todos os perfis de produtores de forma a aumentar a atratividade dos seus negócios.

Girolando:

Para as propriedades de menor escala é possível atingir taxas de crescimento de produção anual de leite semelhantes às dos maiores do Brasil? Como conseguir esse resultado?

Thiago Francisco Rodrigues

Do ponto de vista gerencial, a busca por altos índices de crescimento deve ser tratada com cautela, principalmente pelas propriedades de menor porte. Esse perfil possui uma grande pressão financeira, oriunda do saldo do seu fluxo de caixa, que acaba sendo consumido pelas operações do dia a dia. Então, antes de almejar altas taxas de crescimento, esse grupo precisa entender que a busca por eficiência produtiva, produzindo mais leite com os mesmos recursos, é o que vai lhe dar fôlego para avançar.

Girolando:

Para os pequenos e médios produtores de leite que querem permanecer no mercado, quais seriam as estratégias a seguir?

Thiago Francisco Rodrigues

A receita é simples, mas existe uma grande parcela de produtores que insiste em não a seguir: Gestão e Planejamento. O dinamismo da atividade leiteira exige do produtor um constante movimento de tomada de decisões, e essas não podem ser terceirizadas. Para isso, a visão completa da atividade, seus principais gargalos e quais os objetivos produtivos e financeiros ele pretende obter devem ser parte da rotina. Decisões como qual sistema de produção utilizar, qual forrageira, qual o momento ideal de compra de um insumo, qual a estratégia para momentos do ano de caixa apertado, não são simples e não precisam ser tomadas sozinhas. A meu ver, a alternativa que viabiliza a permanência dos produtores e torna o negócio próspero é a assistência técnica. Contudo, ao contrário de simplesmente terceirizar as decisões a um técnico, o produtor tem que entender que pode encontrar na figura do técnico alguém que pode facilitar a caminhada até o sucesso.

Girolando:

Dentro do Educampo, o que os dados têm mostrado sobre o perfil dos produtores que conseguiram melhorar seus sistemas de produção? E quais foram as principais decisões tomadas que levaram a isso?

Thiago Francisco Rodrigues

Mais do que uma resposta técnica, os produtores do Educampo entendem que a busca por uma melhor margem financeira é fundamental para a sustentabilidade do negócio. Nesse sentido, se olharmos uma mesma amostra de produtores (213 fazendas) durante os últimos 5 anos (2020 – 2024), podemos exemplificar esse avanço. Enquanto a produção total de leite, a produção por vaca e a produção por hectare cresceram respectivamente 32,5%, 20,3% e 37,5%, a margem líquida obtida com a atividade alcançou uma alta de 64,1% e lucratividade (margem/preço recebido) de 15,7%.

Esse avanço é fruto de um trabalho de assistência técnica especializado, com produtores focados em entender o negócio leite pela lente de atividade econômica. Assim as decisões deixam de ser tomadas de forma a “apagar incêndios” e passam a seguir uma estratégia clara de crescimento.

Girolando:

Acredita que 2025 será um ano de crescimento para as propriedades que participam do Educampo? E que fatores podem levar a isso tanto no mercado quanto em alguma inovação do Educampo?

Thiago Francisco Rodrigues

Conjunturalmente estamos em um momento favorável ao setor, pela ótica de preços recebidos pelo litro de leite até o momento 2025 que vem se mostrando atrativo. Em valores reais, o preço médio entre janeiro e abril/25 esteve 19,7% maior que o mesmo período de 2024. Há também o bom momento produtivo vivenciado pela Agricultura. Segundo os últimos dados da Conab (15/mai), a produção total de milho neste ano será 9,9% maior que a do ano passado e a de soja, 14%. Como no leite, em média 35% da receita é imobilizada pelo gasto com ração, essa maior oferta de milho e soja, base da dieta, indica preços mais favoráveis ao produtor de leite.

Por outro lado, os dados de inflação ainda em alta e o maior nível de endividamento das famílias, têm freado o consumo de lácteos e isso pode reverter o bom momento de preços ao produtor.

Contudo, em termos de Educampo, os avanços produtivos a serem colhidos em 2025 são oriundos de um planejamento anterior e passam pelo bom momento vivenciado em 2024 em termos de resultados financeiros. Nos últimos 5 anos, o crescimento do somatório da produção total de leite das fazendas participantes do projeto variou positivamente em média 7% ao ano. Assim, a expectativa é que esse crescimento se mantenha neste ano.

Por Larissa Vieira

ESPECIAL CCG 1/2

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a cooperativa Cooprata identificou que a alternativa mais viável seria elevar consideravelmente a produtividade dos rebanhos por meio do melhoramento genético. No final de 2023, adquiriu 1.000 novilhas Girolando, da composição racial 1/2 Holandês + 1/2 Gir, todas com registro genealógico, na categoria Livro Fechado, para repassar aos cooperados, permitindo o pagamento em até 48 parcelas e sem juros.

Localizada em Prata/MG, um dos maiores municípios produtores de leite de Minas Gerais, a cooperativa optou por trabalhar com essa composição racial por conta do potencial produtivo dessas fêmeas a pasto. “É o tipo de animal ideal para nossa região por conta do nosso clima mais quente, com períodos bem demarcados de seca e chuva, e porque a maior parte dos nossos cooperados produzem leite em sistema de pastagem. Agora, os produtores beneficiados têm condições de produzir muito mais e com qualidade, sem que isso signifique elevar o custo de produção. Eles estão impressionados com o aumento de produção, pois achavam que nunca teriam condições de ter uma vaca produzindo mais de 30 litros

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O investimento do primeiro ano de projeto levou a Co oprata a saltar sua captação de 220 mil litros/dia para 240 mil. A expectativa é de ter aumentos progressivos nos próximos anos por conta da segunda etapa do projeto, em execução desde o ano passado, cujo foco é a produção de embriões. Em 2024, foram produzidas 2.000 prenhezes, beneficiando 276 produtores. Neste ano será mantida essa quantidade de prenhez, sendo 265 fornecedores atendidos. A Cooprata arca com a maior parte dos custos para aquisição dos embriões e o produtor só paga pelas prenhezes confirmadas.

Para garantir que somente fêmeas de alto valor genético sejam produzidas, o programa estabeleceu critérios para a escolha dos touros e matrizes que serão utilizados nos acasalamentos. Para os machos Holandeses, há exigência mínima de GPTA Leite (igual ou maior que 1.000 lbs), GPTA Gordura (igual ou maior que 60 lbs), GPTA Proteína (igual ou maior que 38 lbs), CCS (menor que 3,0), Composto de Úbere (maior que 0,5), Composto de Pernas e pés (maior do que 0,0).

Já as doadoras Gir precisam apresentar GPTA míni-

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Por Larissa Vieira

Por Nome Sobrenome

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da adaptabilidade e produção”, diz o diretor da Cooprata. Segundo ele, os critérios foram estabelecidos levando em conta não só a característica de produção, mas também longevidade e saúde.

sangue oferece vantagens significativas em produção, melhoramento genético e retorno financeiro. Do ponto de vista produtivo, permite formar rebanhos mais adaptados ao clima tropical, com alta produção de leite e resistência a doenças. Em termos genéticos a FIV acelera o melhoramento ao multiplicar rapidamente vacas superiores, possibilitando o uso de sêmen sexado e garantindo maior eficiência reprodutiva. Financeiramente, investir em FIV é uma escolha economicamente inteligente. Os animais oriundos dessa biotecnologia são valorizados no mercado, seja como bezerras para venda, novilhas de reposição ou embriões comercializados diretamente. Além disso, por serem filhos de animais superiores, esses descendentes apresentam maior desempenho produtivo, o que aumenta a rentabilidade da fazenda ao longo do tempo”, explica Carlos Pellegrino, gerente Técnico-Comercial do Cenatte.

Segundo ele, o investimento inicial em FIV tende a se pagar rapidamente com o aumento da produtividade e a valorização dos bovinos gerados. “As fazendas que criam Girolando CCG 1/2 investem intensamente em FIV por razões estratégicas ligadas à produtividade, ganho genético e valor comercial. A FIV permite multiplicar rapidamente as melhores fêmeas, acelerando o melhoramento genético e formando rebanhos mais homogêneos e produtivos. São exemplares de grande valor de mercado, o que gera retorno econômico ao criador”, diz o gerente do Cenatte.

Resultados promissores no Norte do Brasil

As primeiras bezerras do projeto já começaram a nascer. Como as fases de cria e recria têm grande impacto na vida produtiva das futuras vacas, a cooperativa oferece aos produtores assistência técnica na parte nutricional e sanitária para essas etapas. “Também incentivamos os produtores a registrarem junto à Girolando os animais que estão nascendo para garantir a formação de um rebanho leiteiro superior”, destaca.

Entre os laboratórios parceiros da Cooprata para a produção dos embriões está o Cenatte, localizado em Pedro Leopoldo/MG. “Investir em embriões FIV de Girolando 1/2

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Não é só em Minas Gerais que projetos para melhoria genética dos rebanhos leiteiros têm apostado em embriões 1/2. Em Rondônia, a Associação dos Produtores de Leite de Urupá e Região (Aproleite) buscou parcerias e recursos para viabilizar o uso da FIV nos pequenos rebanhos associados. Como as propriedades contam com extensões menores, de até 24 hectares, o objetivo é verticalizar a produção, por meio da utilização de biotecnologias de ponta. “Com base em uma orientação técnica que recebemos, feita a partir da realidade de nossos associados, que contam com sistemas mais simples de produção, e das condições climáticas da região, direcionamos o proje-

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to para o Girolando 1/2. Em 2023, firmamos parceria com o Sebrae, que custeou 70% dos valores para a produção dos embriões e os outros 30% ficaram a cargo do associado”, esclarece o presidente da Aproleite, Leandro Avelino Martins.

Nos dois últimos anos, o projeto entrou em uma nova fase, desta vez em parceria com o Laticínios Toya para distribuir embriões de alta qualidade genética aos associados. Já nasceram 112 bezerras de FIV. Em 2025, novas transferências foram feitas, em 100 animais, que estão em fase de diagnóstico de prenhez. “Estamos trabalhando para ampliar o projeto de produção de embriões 1/2 nos próximos anos. Voltaremos a ter parceria com o Sebrae até o final do ano. Já para 2026 pretendemos incluir a aquisição de matrizes dentro do programa, com foco no CCG 1/4, para que possam ser aspiradas para produção de embriões”, esclarece Martins.

Segundo ele, a entidade tem 200 associados em seis municípios da região e a intenção é buscar formas de viabilizar o registro genealógico dos animais nascidos dentro do projeto.

CCG 1/2 puxa crescimento de FIV

O coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), Edivaldo Ferreira Júnior, informa que ao longo da última década, o CCG 1/2 apresentou um crescimento expressivo no Brasil. “Esse avanço está diretamente relacionado à ampliação do uso de biotecnologias reprodutivas, com destaque para a FIV. Nesse período, o número de nascimentos por FIV na raça Girolando cresceu 48%, refletindo a adesão crescente dos criadores a essa tecnologia”, destaca o coordenador do PMGG.

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A FIV tem possibilitado uma multiplicação acelerada de matrizes Gir Leiteiro de alto valor genético, permitindo que uma única vaca produza dezenas de descenden

e mães geneticamente selecionados”, acrescenta Júnior. Um dos líderes de produção de embriões no mundo, o Brasil tem se beneficiado da tecnologia, elevando a qualidade dos rebanhos leiteiros, o que contribui para consolidar o projeto de se tornar um grande player no mercado internacional de lácteos. “O mercado de FIV na pecuária leiteira brasileira tem crescido de forma constante nos últimos anos. Esse avanço reflete o esforço dos produtores em acelerar o melhoramento genético e aumentar a produtividade dos rebanhos. Já no primeiro semestre de 2025 visualizamos um aumento na venda de sêmen leiteiro, indicando uma retomada do investimento em genética de qualidade e a recomposição dos plantéis após crises recentes”, informa o gerente do Cenatte.

Segundo ele, as expectativas para 2025 são positivas, com tendência de expansão contínua da FIV, favorecida pela demanda por leite de qualidade, apoio técnico de programas como o PMGG e políticas públicas. “A FIV consolida-se como uma ferramenta estratégica para a modernização e competitividade da pecuária leiteira nacional”, afirma Pellegrino.

Na empresa mineira Nova Genética Reprodução Bovina, com sede em Abaeté/MG, a demanda pela produção do Girolando 1/2 cresce ano a ano. “A rusticidade e adaptabilidade desses animais aos mais variados sistemas de produção têm levado muitos produtores e criadores a investirem nessa composição. Eles são mais produtivos, ou seja, convertem mais o alimento em leite, e isso é o que paga a conta no final do mês e aumenta a rentabilidade da fazenda”, diz Augusto Raposo Silva de Oliveira, proprietário da Nova Genética Reprodução Bovina.

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De acordo com ele, a procura por animais 1/2 está ainda mais forte em 2025. “Atribuo a popularização da FIV no Brasil ao fato de a tecnologia possibilitar pequenos produtores a produzirem animais de qualidade. É um avanço tecnológico muito grande que tornou acessível a

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Como produzir Girolando 1/2 de excelência

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Os primeiros registros históricos da raça Girolando no Brasil, datados das primeiras décadas do século 20, foram justamente com animais oriundos do cruzamento entre Holandês e Gir. Com o avanço genético das duas raças-mães ao longo do tempo, hoje, as fêmeas 1/2 são muito mais produtivas, férteis, vigorosas e longevas.

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Na visão do técnico de registro da Girolando, Samuel Bastos, para obter o máximo das duas raças na produção do 1/2, o criador deve adotar alguns cuidados no momento da escolha da genética. “É importante atentar-se à consistência dessas famílias. Não se deve escolher uma doadora somente porque ela é um indivíduo de destaque. Ela precisa ter história através da sua família. Essa consistência vem das lactações oficiais, tanto do próprio animal, como da mãe, bisavó materna e de todas as gerações possíveis, incrementando, assim, o projeto e o índice de acerto na produção das fêmeas 1/2”, orienta.

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02 Revista Girolando

Além de consistência das famílias em relação às lactações, é importante buscar uma conformação funcional, principalmente no composto de sistema mamário, pernas e pés, ângulo de garupa e a estrutura corporal, pois isso está relacionado à longevidade da raça. Neste caso, a escolha do touro Holandês deve ser pensada para corrigir e somar as características da doadora Gir Leiteiro. “Eu diria que o ponto de destaque da 1/2 é a palavra que dita qualquer negócio e até mesmo os nossos julgamentos: Equilíbrio. Ela consegue equilibrar saúde, produtividade, adaptabilidade, rusticidade, precocidade, atingindo alta produção e gerando lucro. Agora, os acasalamentos precisam ser direcionados para atender os desafios do sistema de produção de cada propriedade, buscando, por meio da genética, os pontos mais fortes para que o animal seja robusto, produtivo, de muita adaptabilidade e que seja longevo dentro do sistema adotado”, esclarece o técnico da Girolando, que também integra o Colégio de Jurados da raça.

Bastos destaca que os animais 1/2 sangue têm apresentado grande evolução genética e bom desem-

penho nos mais variados sistemas de produção, inclusive no compost barn. “Dentro desse ambiente de maior conforto, o 1/2 sangue vem atingindo altas lactações, comprovadas pelo Controle Leiteiro Oficial e pelas anotações de campo, com rebanhos atingindo média geral entre 30 kg e 35 kg, e animais obtendo picos de 50 a 60 kg em três ordenhas. São resultados que vêm da grande evolução do 1/2 sangue nos últimos anos em todas as suas características, quebrando os paradigmas de precocidade, persistência de lactação, velocidade de ordenha, composto de sistema mamário e muito mais expressiva na produção de leite”, assegura.

Toda essa evolução tem levado a uma valorização constante dos animais 1/2, sejam bezerras, novilhas ou vacas, no mercado nacional e internacional. As exportações recentes de Girolando foram de novilhas 1/2, prenhes de embriões 1/2, uma estratégia também muito valorizada nos leilões de Girolando realizados no Brasil.

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Por Larissa Vieira

20ª Megaleite: vitrine internacional da genética brasileira

Exposição teve movimentação financeira estimada em R$ 300 milhões, recorde de produção em torneio leiteiro e acordos internacionais firmados para exportação de tecnologia

Com vários acordos internacionais firmados, a 20ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite) confirmou a valorização da genética leiteira selecionada no Brasil tanto no mercado nacional quanto internacional. Ocorrida de 10 a 14 de junho, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte/MG, a feira teve competições e mostra das raças Girolando, Gir Leiteiro, Holandês, Guzerá, Guzolando, além dos Búfalos. O recinto abrigou cerca de 1500 animais.

A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando estima que a exposição movimentou em torno de

Cerca de 125 empresas expuseram seus produtos em estandes na Megaleite, incluindo na Feira do QueiMegaleite reuniu as principais raças leiteiras

R$300 milhões com a venda de bovinos, equipamentos, máquinas, utilitários, produtos lácteos, além de diversos outros serviços e produtos. Esse montante é 20% superior ao registrado em 2024. Foram realizados 11 leilões e shoppings, três a mais que no ano anterior. Uma novidade na negociação de animais foi o 1º Shopping Mercado Girolando, plataforma digital lançada pela Associação de Girolando em parceria com a Superbid Exchange.

jo Artesanal de Minas. Durante os cinco dias do evento, 90 mil pessoas passaram pelo Parque da Gameleira. “A participação da Noxon Saúde Animal na Megaleite pela primeira vez foi uma experiência marcante e transformadora para toda a nossa equipe. Estar presente em um dos maiores eventos da pecuária leiteira do Brasil reforça o nosso compromisso com a saúde e o bem-estar animal, pilares essenciais para o crescimento sustentável do setor. Voltamos para casa com a certeza de que estamos no caminho certo, ainda mais motivados a contribuir com tecnologias e produtos que fazem a diferença na rotina do produtor”, destaca

Marina Diniz, consultora de vendas da Noxon em Minas Gerais.

Na visão do governador de Minas Gerais Romeu Zema, a Megaleite representa a força do agronegócio, setor que no estado agora lidera a geração de riquezas, passando à frente da mineração. “As exportações do agronegócio mineiro alcançaram o valor recorde de US$ 17,1 bilhões em 2024, confirmando o bom desempenho dos meses anteriores e fechando o ano com o melhor resultado das vendas externas dos produtos agropecuários de toda a série histórica, realizada desde 1997. O desempenho foi tão significativo que superou em 2,5% a receita da mineração, segmento tradicionalmente dominante das exportações do estado, que alcançou US$ 15,7 bilhões no ano passado”, disse Zema, que, ao anunciar o feito do setor, brincou sugerindo um novo nome para o estado: “Agro Gerais”.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Thales Fernandes, destacou o papel da Megaleite para o estado.”É um evento muito importante, pois mostra a nossa força da pecuária leiteira de Minas Gerais. Nosso estado é rico em agronegócio, e eventos como esse fortalecem ainda mais o nosso setor”, pontuou o secretário.

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda, ressaltou os avanços da pecuária leiteira ao longo das 20 edições da Megaleite. “Os números históricos da produção de leite mostram quão relevante foi o avanço da pecuária leiteira, com a produção nacional elevando 42% nos últimos 20 anos. Os dados do Programa de Melhoramento Genético da raça Girolando, o PMGG, também ilustram bem isso. De 2005 até 2024, a produção média das vacas Girolando controladas oficialmente dobrou, atingindo atualmente 7.600 kg/leite em 305 dias de lactação”, salientou o presidente.

Presidente Domício e governador de Minas Romeu Zema

Superintendente do SENAR Minas Celso Furtado Júnior, Diretor-Geral do Senar Daniel Carrara, presidente da ABCZ Gabriel Garcia Cid, Domício Arruda, secretário de Agricultura MG Thales Fernandes, superintendente Técnico da ABCZ Luiz Josahkian, Gerente Comercial e de Exposições da ABCZ Rodrigo Abdanur, presidente da FAEMG Antô nio de Salvo e presidente da CNA João Martins

Exportação de tecnologias

O interesse de vários países pela genética leiteira do Brasil ficou evidente nos acordos firmados pela Girolando na área de melhoramento genético bovino. A partir de agora, os rebanhos da raça Girolando registrados pela Associação de Criadores de Zebu do Peru (Asocebu Peru) e da Associação de Criadores de Gir e Girolando do Equador (Asogyre) contarão com avaliação genômica gerada pela entidade brasileira. O termo de cooperação técnica foi firmado durante a Megaleite e prevê que as avaliações genômicas serão geradas pela Embrapa Gado de Leite e pelo Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG).

Além da entrega das avaliações dos animais, a Girolando também fará orientação técnica aos criadores para melhor utilização das informações em planejamentos estratégicos das fazendas.

Para o presidente da Asocebu Peru Dicson Quijano, a iniciativa contribuirá para o avanço do rebanho leiteiro em seu país. “Por ter grande adaptabilidade aos mais diversos sistemas de produção e clima, a raça Girolando já provou ser ideal para a pecuária leiteira peruana, pois consegue produzir bem a pasto, que é o sistema predominante no Peru. Agora, com a avaliação genômica dos rebanhos, os produtores poderão selecionar com maior precisão os animais de genética superior”, assegura Quijano.

Segundo o presidente da Asogyre Fabian Patrício, com as avaliações genômicas, os criadores equatorianos agora terão condições de selecionar as melhores vacas e touros para multiplicar em seus rebanhos. “O número de animais registrados cresce a cada ano no Equador, sendo a segunda raça mais utilizada no país”, diz o presidente da Asogyre.

Comitivas de vários países visitaram a Megaleite, dentre eles Colômbia, Equador, Peru, Nicarágua, Costa Rica, México, Venezuela e Panamá.

Assinatura de acordo entre Asogyre e Girolando

Assinatura de acordo entre

Asocebu Peru e Girolando

Acordo com o MAPA - A Girolando e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) assinaram, durante a Megaleite 2025, um protocolo de intenções com foco em cooperação técnica. O objetivo é propor diretrizes e alinhar ações que fortaleçam a competitividade do setor agropecuário e contribuam para a valorização da imagem do agronegócio brasileiro no Brasil e no exterior. O acordo foi assinado pelo presidente da Girolando Domício Arruda e pela diretora de Promoção Comercial e Investimento do MAPA, Ângela Pimenta Peres. “A demanda por Girolando no exterior é grande. Muitos países que visitamos para divulgar o agro brasileiro demonstram interesse em importar a raça. Com o reconhecimento do Brasil como área livre de aftosa sem vacinação, a expectativa é de que essa demanda aumente. E existem várias possibilidades de atendermos os países interessados, desde o envio de animais vivos de corte com embrião de Girolando, atendendo demanda por corte e leite, ou o que já mais comum, que é a exportação de sêmen, embriões e animais vivos Girolando”, explica o presidente da Girolando.

A feira ainda sediou uma edição da Caravana do Agro Exportador, onde adidos agrícolas apresentaram as possibilidades de negócios

para a pecuária brasileira aos produtores participantes.

Doação de leite - Várias entidades uniram forças e vão contribuir para a qualidade de vida de pessoas assistidas por entidades sociais. A Girolando, Itambé, CCPR Participações S.A. e Faemg formalizaram durante a abertura oficial da Megaleite 2025 a doação de leite para a entidade Servas. Ao longo dos próximos 12 meses, a instituição será contemplada com 24 mil litros de leite, que serão destinados à distribuição entre entidades sociais de Minas Gerais já cadastradas pelo Servas.

Mérito Girolando - Criadores e lideranças do setor foram homenageados com o Mérito Girolando. Os agraciados foram: João Martins da Silva Junior (Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil-CNA), Pedro Lupion (Deputado federal), Nilson Dornellas de Oliveira (Especialista em doma racional e manejo de bovinos), Alexandre Honorato (Fazenda Só Nata), Carlos Eduardo Ferreira (Fazenda Três Passagens), José Luiz Zago (Fazenda Céu Azul), Luiz Carlos Bandoli Gomes (Fazendas Bandoli), Luiz Carlos Rodrigues (Agropecuária Nova Terra), Maria Helena Freitas dos Santos (Fazenda Olhos D’Água), Rodrigo Nogueira Ferreira (Estância Nogueira).

Girolando e MAPA assinam acordo de cooperação

Mérito Girolando

Nova mascote - Durante a Megaleite 2025, os visitantes puderam escolher o nome da nova mascotinha da raça. A opção escolhida por 75,7% dos votantes foi “Girolinda”. A proposta é criar uma conexão entre a raça Girolando e a nova geração já visando a formação de futuros criadores.

Outras ações realizadas para a criança na Megaleite foram o Clubinho Girolando, curso que ensinou os pequenos como cuidar e apresentar os animais em exposições, e a mini fazenda que recebeu centenas de alunos de escolas públicas e particulares para um tour educativo, promovendo conhecimento sobre o universo agropecuário de forma lúdica e interativa. A Mini Fazenda contou com diversas espécies de mini animais, como ovelhas, cabras, coelhos e pônei.

Crianças de várias idades participaram do Clubinho Girolando

Maria Tereza, ganhadora do sorteio da mascotinha Girolinda

Cursos, palestras e Festival do Queijo - A Megaleite não foi palco somente de disputas de animais. Muitos visitantes participaram de cursos, como de morfologia da raça Girolando, de melhoramento genético animal, de produção de queijos, e de palestras sobre temas diversos dentro da pecuária leiteira. Também foram lançados o Sumário de Touros e Fêmeas Girolando 2025 e o Anuário do Leite da Embrapa. Outro evento que atraiu o público foi o Festival do Queijo Artesanal de Minas onde foi possível degustar queijos artesanais de sabores, texturas e maturações diferentes. O festival também trouxe uma variedade de outros produtos.

Megaleite teve diversas palestras e cursos

Queijo mineiro foi atração da Megaleite

Matéria de capa

Melhores índices genômicos de Girolando de todos os tempos

Zoetis realiza primeira edição da premiação dos animais de destaque nas avaliações genéticas/genômicas, reforçando o papel estratégico do melhoramento genético no avanço da pecuária leiteira

Animais Girolando que atingiram, até junho deste ano, os melhores índices genômicos da história do programa Clarifide Girolando foram premiados durante a Megaleite 2025 pela Zoetis, empresa parceira da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando na área de genoma bovino. A ação inédita ainda contemplou jovens com menos de 12 meses e animais com destaque presentes na feira.

A iniciativa teve como objetivo destacar o papel essencial da genômica na identificação dos animais com maior potencial e valorizar a contribuição dos produ-

tores no avanço contínuo da raça. Desde a adoção de tecnologias como essa no campo brasileiro, a produtividade leiteira já apresentou saltos de até 85%. “Reconhecer o trabalho de excelência desses produtores e o potencial genético dos animais é essencial para impulsionar a raça. Com o Clarifide Girolando, conseguimos acelerar o avanço genético de forma sustentável e eficaz”, afirmou Juliano Melo, gerente de marketing da linha de Genética da Zoetis.

A premiação dos animais ocorreu em três categorias genéticas estratégicas para a pecuária leiteira: PTA

Competições refletem a evolução genética do Girolando

Uma das novidades da Megaleite 2025 foi o julgamento em trio. Já no torneio leiteiro teve novo recorde de produção

Com a participação de animais de vários criatórios do país, a Megaleite teve disputas acirradas tanto nas ordenhas do torneio leiteiro quanto na pista do Parque da Gameleira. Isso ficou evidente na diferença de produção entre as duas primeiras colocadas da 34ª edição do Torneio Leiteiro Nacional de Girolando. A Grande Campeã de Produção Absoluta foi Brenda FIV da Centrogen, do expositor Rafael Lacerda de Rezende, que produziu a mé-

dia de 106,060 kg/leite, com produção total de 318,180 kg/leite. “Esta foi a primeira Megaleite que concorremos no Torneio Leiteiro e finalizar com o título de grande campeã é uma sensação inexplicável”, assegura Rezende. Já a Reservada Grande Campeã foi Luxúria FIV Teatro SJ Lalu, do expositor Luiz Cláudio de Moura. Ela produziu um total de 315,110 kg/leite e média de 105,037 kg/leite. Ambos os animais são da composição CCG 1/2.

Por Larissa Vieira

Jurados efetivos e auxiliares tiveram de atuar em consenso

Grande Campeã de Produção Absoluta Brenda FIV da Centrogen

Luxúria FIV Teatro SJ Lalu ainda levou para casa o título de Grande Campeã de Composição do Leite. Ela obteve produção total de 209,058 kg, média de 69,686 kg. “É um animal muito especial nosso, que já ganhou outros torneios leiteiros. Sempre é uma satisfação muito grande para quem cria ver seu animal conquistar uma premiação tão importante como essa”, diz Moura.

Já entre as vacas CCG 1/4 teve recorde de produção. Letícia Teatro 3842 FIV Bandoli produziu 167,530 kg/leite, com média de 55,843 kg/leite. Ela é de propriedade do expositor Felipe Gimenes G. Raunheitti Gomes. O recorde anterior vinha sendo mantido desde 2017, quando foi registrado na Exposição de Lins/SP. “Nem nos meus maiores sonhos, imaginei que bateria um recorde dentro da Megaleite. É uma emoção indescritível”, disse Raunheitti, da Agropecuária Unidas ITA.

Grandes campeãs de pista

As competições da raça Girolando tiveram como novidade este ano o julgamento conduzido por um trio de jurados. O novo sistema foi bem recebido pelos expositores. “Confesso que fiquei apreensivo quando foi anunciada a nova forma de julgamento para a Megaleite 2025. Havia a dúvida quanto a eventuais discordâncias entre os jurados, como seria solucionada, se o julgamento não tomaria muito tempo para cada composição racial e categoria. Mas fui surpreendido positivamente. Os jurados chegaram a um consenso quanto a todas as premiações, havia um revezamento muito positivo nos comentários, que possibilitavam conhecer as razões de preferência deste animal em relação ao outro etc. Para nós, criadores, o novo sistema passou uma segurança muito grande”, afirma o expositor Luciano Paiva Nogueira, titular do

Grande Campeã de Composição do Leite Luxúria FIV Teatro SJ Lalu

Recordista 1/4 Letícia Teatro 3842 FIV Bandoli

criatório LPN Girolando.

Para o jurado Petros Medeiros, o desafio de julgar em trio foi uma experiência que vem a somar para sua carreira nas pistas. “Foi um prazer fazer parte desse primeiro julgamento em trio da Megaleite e junto com dois jurados que já auxiliei na minha formação como jurado e que aprendi muito com eles. Apesar do sistema novo ter sido tranquilo, tivemos muita responsabilidade em pista, pois a qualidade dos animais foi muito grande. Já julguei na Megaleite, mas é impressionante como a raça tem evoluído ano a ano”, afirma Medeiros.

Juscelino Ferreira, que também já julgou individualmente na Megaleite, acredita que o desafio de avaliar os animais em conjunto passa pela conciliação de ideias. “Sempre que tivemos de conversar para chegar a um consenso tudo foi feito com muito profissionalismo, em cima dos critérios de julgamento, e sem nenhum dos três achar ruim das opiniões divergentes. Esse tipo de julgamento exige que os jurados estejam afinados, esquecendo decisões individuais e focando na atuação coletiva”, acredita Ferreira. O terceiro jurado do grupo foi Fábio Fogaça.

Para o expositor Jean Vic Mesabarba e Aguiar Arrabal de Macedo Vicente, do Sítio Serra do Luar, em Itaperuna/ RJ, que pela primeira vez conquistou um Grande Campeonato na Megaleite, esta edição da feira se caracterizou pelo altíssimo nível dos animais apresentados pelos diversos criadores, o que elevou a competitividade em pista. “Participamos do torneio leiteiro e da pista com animais 1/4 e, ao final, tivemos a satisfação de colher excelentes frutos deste trabalho, em ambas as competições, destacando a Grande Campeã Nacional Jóia FIV Gabinete Serra do Luar. Com certeza a qualidade dos animais escolhidos para participação em cada modalidade foi fator preponderante. Mas a dedicação e competência de toda a equipe, composta pela turma do Matheus, pela Assessoria SV e preparação do Juninho fizeram a diferença em favor da Serra do Luar. Finalizamos a Megaleite como Melhor Criador e Melhor Expositor CCG 1/4”, comemora Jean Vic.

Quem também saiu da Megaleite com muitos troféus e um feito raro foi o expositor Bruno Gomes Meirelles, da Fazenda Cafarnaum, em Barra Mansa/RJ. Ele conquistou o bicampeonato CCG 1/2 com a vaca Fazenda Solomon Cafarnaum, Grande Campeã em 2022 e 2025. “Fazer uma bicampeã nacional é uma conquista extraordinária dentro da raça. Somos de uma propriedade pequena, mas que trabalha forte e com muito profissionalmente, com muito critério em cada etapa de preparação, para buscar resultados como esses em pista. Outro feito inédito foi que propriedade fez não só a Grande Campeã, mas também a Melhor Fêmea Jovem e Vaca Jovem”, diz Meirelles. Desde o ano passado, ele assumiu a responsabilidade de apresentar os animais em pista como forma de homenagear a filha Clarice, falecida em 2020. Era ela quem apresentava a fêmea Fazenda Solomon Cafarnaum nas competições em 2018. A conquista do bi Grande Campeonato foi comemorada na pista da Megaleite junto com toda a equipe e família. “O Girolando é uma raça de grande produtividade e rusticidade e tem apresentado resultados muito expressivos em nossa região, cujo clima é bem quente. Estamos desde 2012 selecionando a raça e vamos continuar investindo”, finaliza o expositor.

Confira a seguir, as principais premiações da Megaleite 2025 em pista.

Expositor Jean Vic recebe premiação da Grande Campeã CCG 1/4

Expositor Bruno Meirelles emociona com a conquista do Grande Campeonato CCG 1/2

Confira os principais resultados da Megaleite 2025

CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR

Melhor Vaca Jovem:

Jewell Crushabull Cafarnaum

Expositor: José Roberto M. Meirelles /Juliano G. Meirelles

Melhor Fêmea Jovem: Kenia Fitters Cafarnaum

Expositor: José Roberto M. Meirelles /Juliano G. Meirelles

Grande Campeã: Fazenda Solomon Cafarnaum

Expositor: Bruno Gomes Meirelles

CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR

Melhor Fêmea Jovem:

Lais Império Cafarnaum

Expositor: Adilson Delgado Rezende

Melhor Vaca Jovem:

Nayra FIV Teatro RS do Rancho Alegre

Expositor:

Rodrigo Nogueira Ferreira

Grande Campeã:

Joia FIV Gabinete Serra do Luar

Expositor:

Jean Vic Mesabarba e Aguiar

Arrabal de Macedo Vicente

CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR

Melhor Fêmea Jovem: Ivana FIV Dropkick Car

Expositor: Evandro Goulart Fernandes

Melhor Vaca Jovem e Grande Campeã: Terapia FIV King Doc SJ Lalu

Expositor: Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado R. de Moura

GIROLANDO

Melhor Fêmea Jovem:

Úrsula FIV Hanans Delib

Expositor: Eugênio Deliberato Filho

Melhor Vaca Jovem:

Brasília FIV Montross Sonho Meu

Expositor: André Nascimento Monteiro

Grande Campeã:

ICH V6009 Lapa Czar

Expositor: José Renato Chiari

Sanidade

Por Marcelo de Andrade Mota - médico-veterinário e diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e Pecuária (DSA/SDA/Mapa)

Sanidade e melhoramento genético

As bases que fazem da pecuária brasileira uma potência

A busca constante por produtividade, eficiência e rentabilidade na pecuária brasileira passa, inevitavelmente, por dois pilares fundamentais: a sanidade animal e o melhoramento genético. Esses elementos são inseparáveis da bovinocultura moderna e fundamentais para que a produção alcance o potencial máximo, aliando-se às principais tecnologias disponíveis — tanto reprodutivas quanto sanitárias.

Quando bem integrados, sanidade e melhoramento genético tornam-se aliados estratégicos do produtor. Enquanto o manejo sanitário atua na redução da mortalidade, aumento das taxas de natalidade, melhoria da conversão alimentar e ganho de peso, o melhoramento genético potencializa a produtividade dos animais e assegura a valorização contínua do rebanho.

Os dados reforçam essa correlação. Segundo o Index Asbia 2024, relatório elaborado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) em parceria com o Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea), 20,4% das matrizes da pecuária nacional foram inseminadas. Essa parcela já compreende os benefícios da genética aprimorada na performance do rebanho. É por essa via que o Brasil se consolida como o segundo maior produtor mundial de proteína bovina e o líder absoluto em exportações, com 2,89 milhões de toneladas exportadas em 2024: crescimento de 26% em relação a 2023.

Entretanto, o sucesso não se sustenta apenas na genética. As tecnologias reprodutivas e o melhoramento genético precisam caminhar lado a lado com a sanidade animal. É por isso que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atua fortemente na regulamentação, certificação e fiscalização do material genético comercializado, em conformidade com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).

A aquisição de sêmen de qualidade é etapa crítica no processo de inseminação. Os Centros de Coleta e Processamento de Sêmen (CCPS) seguem protocolos sanitários rigorosos estabelecidos pelo Mapa, com foco na prevenção de doenças que com-

prometem o desempenho zootécnico, como brucelose e tuberculose (zoonoses), além de tricomonose e campilobacteriose, que impactam diretamente a fertilidade e a saúde dos animais.

Mais do que um requisito de biosseguridade, a sanidade é condição indispensável para a plena expressão do potencial genético dos bovinos. O manejo sanitário deficiente pode gerar estresse, reduzir o apetite, ocasionar perda de peso e até provocar abortos, comprometendo a evolução genética e a produtividade do rebanho.

Nesse contexto, o investimento em práticas sanitárias eficazes, como controle de doenças e parasitas, nutrição balanceada e uso de sêmen certificado, torna-se essencial para a manifestação do desempenho genético superior.

Outro aspecto é a comunicação com o produtor rural. É preciso difundir, de forma clara e acessível, os benefícios do manejo sanitário e do melhoramento genético, reforçando que essas tecnologias são acessíveis a propriedades de todos os portes. Precisamos quebrar o mito de que o melhoramento genético é privilégio de grandes produtores. Pelo contrário: trata-se de um investimento estratégico, com retorno comprovado.

Nesse esforço, tanto a Asbia quanto o Mapa têm papéis decisivos na promoção do uso de biotecnologias reprodutivas, atuando na fiscalização sanitária e, principalmente, levando informação técnica de qualidade ao campo. O objetivo é claro: construir soluções que atendam às necessidades reais do criador e promovam uma pecuária mais produtiva, saudável e rentável.

O Desafio 2050, que envolve alimentar uma população global de 10 bilhões de pessoas daqui a 25 anos, nos impõe uma missão inadiável. A pecuária brasileira já provou que tem as ferramentas e o potencial para cumprir esse papel. Com investimentos contínuos em sanidade e melhoramento genético, avançamos para produzir mais e melhor, com eficiência, sustentabilidade, bem-estar animal e segurança alimentar.

Criadores

MegaLeite

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em Barra Mansa/RJ, há quase 25 anos, aconteceu de forma inusitada, a entrada da engenheira de produção e criadora Ana Carolina Nóbrega de Souza, conhecida por todos como Carol, na pecuária leiteira foi bem planejada. Hoje, aos 31 anos, ela é gestora administrativa e operacional do Girolando JV, acumulando oito anos à frente da fazenda São Sebastião. Com um rebanho Girolando de 350 animais e uma produção diária de 3.200 litros de leite (média de 34 litros), a propriedade também vem conquistando premiações nas exposições da raça e no Ranking Rebanho. “Respondo por toda a parte de gerenciamento de manejo, administrativa e financeira. Conto também com a ajuda da minha irmã, Ana Flávia, na parte da lavoura para alimentação do gado. Meu pai (Vagner Nóbrega de Souza) sempre me ajuda no que é necessário em parte de estruturas e investimentos. Hoje tenho total liberdade para conduzir a parte administrativa e financeira da fazenda. Como meu pai não dispõe de muito tempo para estar à frente da fazenda, pois tem outros ne-

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Jandira, é que conduzem a propriedade”, diz Carol. O criatório Girolando JV é um exemplo vitorioso de sucessão no agro e mostra como as novas gerações têm agregado valor aos negócios. “Os jovens trazem para o agronegócio uma combinação de tecnologia, sustentabilidade e inovação, impulsionando a produção e a gestão de forma mais eficiente e consciente. Nossa geração é habituada a usar tecnologia no dia a dia. Isso facilita a adoção de ferramentas digitais no campo, como sistemas de monitoramento, agricultura de precisão e gestão de dados. Hoje, dentro da fazenda utilizo várias tecnologias a meu favor, como softwares de gestão, sensores para monitoramento em tempo real para uma tomada de decisão mais imediata e assertiva”, explica a criadora. Ela acredita que o desenvolvimento de tecnologias e a valorização da atividade podem ser importantes fatores de atração para os jovens. “A modernização dos processos produtivos pode estar favorecendo a atração de pessoas mais jovens para a atividade, bem como aumento da conectividade da

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Por Larissa Vieira

Por Nome Sobrenome

Nome Fotógrafo

Carol e Ana Flávia Nóbrega de Souza

internet e o desenvolvimento da agricultura e pecuária de precisão, que vem sendo implementada nas propriedades rurais a partir do uso de novas tecnologias, com a finalidade de aumentar a produtividade, reduzir os custos e tornar os processos mais sustentáveis. Além disso, a pecuária leiteira oferece ao jovem a possibilidade de estar em uma atividade que gosta e da qual é dono, o que pode ser um diferencial no mercado”, acredita Carol.

Dentro da história da família Nóbrega de Souza na raça Girolando, a aquisição do primeiro animal é curiosa, mas eles fizeram disso o início de uma trajetória consistente e vitoriosa. “A história do Girolando JV aconteceu de forma despretensiosa, há quase 25 anos. Meu pai havia comprado um sítio para passarmos os finais de semana, para fugir da correria da cidade. Dois anos após a compra do sítio, um amigo convidou-o para ir a um leilão na cidade vizinha. Meu pai, ao chamar o garçom, sem saber que se levantasse a mão daria um sinal de compra do lote, acabou adquirindo um lote sem querer. Meio desconcertado e desesperado com a situação, perguntou para o amigo, que tinha uma fazenda, se o animal poderia ficar na sua fazenda”, conta a criadora.

Logo veio a paixão pelo Girolando, mesmo sem conhecer muito sobre a atividade. Eles foram participando de leilões e exposições e logo já tinha mais de 30 vacas. Decidiram arrumar as instalações no próprio sítio e começar a criação da raça. “Nesse meio tempo, conhecemos muitos criadores e aos poucos fomos ajeitando as coisas, descartando vários animais que não cabiam mais no nosso rebanho, e começamos a aprender a selecionar Girolando”, lembra.

Em 2007, a Girolando JV participou do primeiro torneio leiteiro e de julgamento na exposição de Barra Mansa. “Tivemos a honra de conhecer uma pessoa que começou a incentivar meus pais a participarem de outras exposições: o ex-presidente da Girolando, José Donato. Daí começou a paixão pelo gado Girolando e por torneios leiteiros. Em nossa primeira exposição em pista, já conseguimos conquistar títulos de quinto a sétimo lugares. Para quem começou com uma aventura, foi apenas um combustível para alimentar ainda mais essa nova paixão que havia surgido em tão pouco tempo”, diz Carol.

Com investimentos em genética e na infraestrutura da fazenda, principalmente em tecnologia, as premiações foram crescendo. Dentre elas, fizeram em duas edições da Megaleite (2015 e 2024) o Melhor Touro Jovem CCG 3/4, com os animais Galileu e Veloster (pai e filho), e o Melhor Criador da raça Girolando da Exposição de Barra Mansa 2023. Não é só nas pistas que o criatório tem acumulado bons resultados. No Ranking Nacional Rebanho, já figuraram em primeiro lugar na categoria “Maior média

de produção de leite”, classe de 10-50 animais, em 2021 e terceiro lugar na categoria “Maior média PTA e GTPA para produção de leite” classe de 51-100 animais, em 2023. “Também conquistamos recordes em torneios leiteiros da região, feitos notáveis para um projeto que começou de forma aventureira, mas que teve futuro durável e de excelência”, diz a criadora.

Com a transformação acelerada do mercado de trabalho, impulsionada pela tecnologia, ela acredita que é crucial que os jovens profissionais se preparem para as mudanças que estão por vir. “Se pensarmos que com um clique no celular temos os dados da lavoura, ao utilizarmos um software agrícola para a gestão da fazenda, percebemos que isso já é uma realidade. Os profissionais do agro devem se capacitar para agregar cada vez mais valor ao setor”, finaliza Carol Nóbrega.

Potencial para transformar o agro

Ela transformou o encantamento de criança pelo universo da pecuária em um negócio rentável e apaixonante. Aos 21 anos e prestes a receber o diploma de Engenharia Agronômica pela Unifran, a criadora de Girolando Maria Caroline Gonçalves Ferreira diz com orgulho que é o braço direito do pai, o criador Juliano Gonçalves Ferreira, na administração da Fazenda JJC, em Passos/MG. “Desde pequena, sempre fui apaixonada pela fazenda e pelo gado. Com apenas 4 anos, já acompanhava meu pai nas lidas do campo, exposições e leilões, observando tudo com curiosidade e encantamento. Essa convivência despertou em mim um amor genuíno pela vida no campo, que foi só crescendo com o passar dos anos. Hoje, participo ativamente de todas as atividades, desde o manejo do gado até os cuidados com a lavoura. Cada dia no campo é uma oportunidade de aprender mais e fortalecer ainda mais esse vínculo que tenho com a terra e nossa rotina rural”, diz Maria Caroline.

Com um rebanho de Girolando e Gir de cerca de 300 cabeças, sendo 80% oriundas de FIV, ela é responsável pela área de reprodução, acompanhando todo o processo – desde a seleção de doadoras e receptoras até o manejo pós-implantação. Também cuida da recria das bezerras, realiza a coleta de DNA e as comunicações on-line de todo o rebanho, além de gerenciar a compra de sal mineral, rações e demais suplementos conforme a necessidade de cada fase dos animais.

A parte de produção de alimentos para o gado também fica a cargo da jovem criadora, que acompanha o desenvolvimento da lavoura, desde o plantio até a colheita de soja e milho. O milho é especialmente voltado para produção de silagem. “Tento manter um olhar técnico e integrado entre as atividades agrícolas e pecuárias para otimizar resultados”, explica.

Apesar de vir de família de pecuarista, a escolha de Maria Caroline por atuar no setor não é tão comum entre os jovens brasileiros. “Muita gente da minha idade ainda pensa que trabalhar com pecuária leiteira é só serviço pesado, que é só acordar cedo, tirar leite e pronto. Mas não é mais assim. Hoje tem muita tecnologia envolvida, como: ordenha automatizada, aplicativo que ajuda no manejo, sensor que mostra quando a vaca está no cio, tudo isso facilita demais o dia a dia e mostra que dá para trabalhar com mais inteligência, e não só com força. Na minha casa, a sucessão sempre foi uma questão, já que sou a única da família que quis continuar no agro. Apaixonei-me pela criação de Girolando, pelo dia a dia na fazenda, e hoje não me imagino longe disso”, confessa a jovem criadora.

Nesse desafio diário de fazer da pecuária leiteira uma atividade de sucesso, ela conta com seu maior incentivador, o pai. “Tive a sorte de ter um pai que sempre acreditou em mim. Mesmo sendo mulher, em um meio que ainda carrega muito preconceito, ele nunca me deixou desanimar. É claro que, trabalhando com o pai, às vezes surgem diferenças de opinião, principalmente quando o assunto é o rumo do negócio ou a seleção do rebanho. Mas a nossa relação é muito boa, baseada em respeito e conversa. Ele é uma pessoa muito experiente, tem um conhecimento enorme, e eu aprendo com ele todos os dias. Ligo várias vezes para tirar dúvidas, perguntar, ouvir a opinião dele. Ao mesmo tempo, também compartilho o que sei – principalmente sobre as tecnologias mais novas e as mudanças que vêm acontecendo no campo. Agora, quando o assunto é acasalamento, eu nem me meto, porque ele já domina, virou professor mesmo. Tudo que temos hoje é fruto do esforço dele – da dedicação, do

trabalho duro e da paixão pelo que faz. Ele é meu maior exemplo, e um dia quero ser esse apoio para os meus filhos também, incentivar, confiar e mostrar que vale a pena correr atrás do que se ama”, ressalta Maria Caroline.

Como criadora de Girolando, ela vê na raça uma excelente oportunidade para os jovens que estão começando no agro. “É um animal rústico, produtivo, aguenta nosso clima e responde bem ao manejo. Então, se o jovem tiver acesso à informação, incentivo e vir que dá sim para viver bem no campo, ele vai se interessar. Só precisa quebrar esse mito de que a pecuária é só braçal. Hoje em dia é muita gestão e estratégia. E o jovem domina a tecnologia, têm uma visão mais atualizada e está aberto a novas ideias. Isso é ótimo para o setor, porque ajuda a modernizar processos, melhorar a gestão e trazer mais eficiência. Mesmo sendo uma parcela pequena, essa nova geração tem muito potencial para transformar o agro e fazer com que ele evolua de forma mais sustentável e conectada com o mundo de hoje”, assegura Maria Caroline.

Sobre o mercado de Girolando em Minas Gerais, a criadora destaca que a demanda está muito aquecida, principalmente de animais registrados e com qualidade genética comprovada, seja em leilões ou na venda na porteira. “O que me faz gostar tanto do Girolando é que é um gado que realmente dá conta do recado. Produz bem, aguenta o calor, responde bem em sistema a pasto, além de ser um animal fácil de lidar, mais manso, o que ajuda demais no manejo. Também tem boa fertilidade, resistência, e isso tudo conta muito quando se pensa em ter um rebanho produtivo e saudável por mais tempo. Eu gosto da raça porque ela é prática, forte e tem muito futuro no leite”, finaliza Maria Caroline.

Maria Caroline Gonçalves Ferreira

Setor de oportunidades para os jovens

Quando ainda era apenas um garoto de 15 anos, o criador mineiro Túlio Araújo viu a importância de ter um rebanho Girolando registrado. A família já investia na raça desde 1987, mas de forma empírica. Ele, então, sugeriu ao pai, Antônio Idelfonso, a investir na certificação dos animais e adotar um planejamento genético, visando a produção de animais melhoradores. Assim, surgiu, em 2016, o Girolando PASS, criatório localizado no município de Serra da Saudade/MG, e que atualmente figura entre os melhores Expositores e Criadores Nacionais da composição racial CCG 1/4. “Na época, eu gostava de participar das exposições, comecei a observar a qualidade do gado e busquei informações para melhorar nosso reba -

nho. Era um sonho meu ter um animal campeão em uma exposição”, lembra Araújo.

Sempre interessado nos avanços da raça, ele não perdia a oportunidade de aprender sobre a seleção de Girolando com os técnicos da Associação que atendiam a fazenda e criadores mais experientes. Todos ficavam felizes em ver minha força de vontade, apesar de muito jovem, em aprender e querer evoluir meu rebanho”, conta. A primeira participação em exposições dos animais Girolando PASS aconteceu em 2017. Desde então, Túlio vem acumulando troféus. O rebanho da fazenda conta com cerca de 500 cabeças, com foco na produção de genética.

Hoje, aos 24 anos e formado em Medicina Veterinária, ele comanda toda a parte de comunicação dos dados do rebanho, de acasalamento e vendas dos animais. A seleção dos times de pista que concorrem em diversos eventos também está a cargo do jovem criador, bem como dos touros direcionados para comercialização de sêmen nas centrais de inseminação. “Algumas pessoas me questionam se, pelo fato de ter começado muito jovem, se não penso em trabalhar com outras coisas, mas não tenho dúvida de que quero continuar na pecuária. A seleção de Girolando é uma atividade que executo com amor. Sou apaixonado pelas minhas vacas e pela seleção que fazemos. Isso tem me ajudado a procurar animais de excelência para apresentar ao mercado”, destaca.

Para atingir esse objetivo, ele não abre mão de se capacitar com frequência. Ainda na faculdade, sempre buscou participar de grupos de estudo, minicursos e palestras que trouxessem mais conhecimento sobre o setor. Ele também fez o curso de julgamento da raça Girolando, integrando atualmente o Colégio de Jurados. “Isso me ajudou a selecionar melhor meus animais”, afirma.

Para as próximas décadas, ele vislumbra um mercado superaquecido para a raça. “Hoje, não consigo suprir toda a demanda por bovinos CCG 1/2 e 5/8. Com as crescentes exigências do mercado por uma pecuária sustentável, sem perder em produtividade, essa procura será ainda maior no futuro. As tecnologias, dentre elas a genômica, serão aliadas importantes nesse processo, juntamente com a tecnificação do sistema de produção”, diz Túlio.

Segundo ele, a consolidação de uma pecuária 4.0 no Brasil tem tudo para atrair jovens profissionais, que já são adeptos às tecnologias. Outro ponto que merece atenção é uma convivência mais harmoniosa entre as gerações da família nas decisões do dia a dia do negócio. “É importante também levar informação sobre o agronegócio, por meio de cursos e palestras, para que os jovens possam perceber que é um setor com inúmeras oportunidades”, finaliza.

Criador Tulio Araujo

Principais doenças que afetam vacas lactantes

A capacidade de sermos mais produtivos e eficientes em atender à demanda dinâmica pela produção global de leite está baseada na saúde e desempenho dos animais lactantes, aqui no caso, vacas leiteiras.

A lactação é caracterizada por desafios metabólicos, imunológicos e reprodutivos. E doenças comuns durante esse período levam a perdas econômicas para os produtores, relacionadas à redução na produção de leite, despesas veterinárias e descarte precoce de animais. A lactação impõe cargas fisiológicas extremas às vacas, tornando-as vulneráveis a essas doenças.

O período de transição das vacas leiteiras, que compreende as semanas anteriores e posteriores ao parto, é considerado um dos momentos mais delicados do ciclo produtivo. Nesse intervalo, o organismo da vaca passa por mudanças intensas no metabolismo endócrino e imunológico, o que aumenta significativamente sua vulnerabilidade a diversas doenças.

A hipocalcemia, por exemplo, afeta a contração muscular e pode dificultar a liberação do colostro, além de favorecer a ocorrência de doenças como retenção de placenta, metrite e deslocamento de abomaso.

Ao mesmo tempo, o chamado balanço energético negativo, comum logo após o parto, leva à mobilização

acelerada das reservas de gordura, o que favorece o desenvolvimento da cetose. Essa condição compromete a produção de leite, enfraquece o sistema imunológico e eleva o risco de infecções uterinas.

Muitos desses problemas têm origens semelhantes, como ingestão insuficiente de matéria seca, mudanças bruscas na dieta, excesso de energia antes do parto e situações de estresse no ambiente.

Com a maior debilidade do sistema imune do animal, proveniente de doenças como cetose e hipocalcemia, aumentam-se as chances de ocorrência de mastite, outra doença bastante recorrente nos rebanhos leiteiros e que está entre as principais causas de perdas econômicas na atividade leiteira.

Além disso, distúrbios como o deslocamento de abomaso, doenças podais e a síndrome do jejuno hemorrágico são mais frequentes em vacas de alta produção, especialmente quando alimentadas com dietas muito fermentáveis e manejadas de forma inadequada.

Esses fatores contribuem para quadros de acidose subaguda, inflamação intestinal e prejuízos na digestão.

Por fim, a tripanossomose, embora tenha origem

Por Bruno Augusto Valverde Arthur - Consultor de Serviços Técnicos na Agroceres Multimix

parasitária e características distintas, pode potencializar os impactos dessas doenças, já que provoca anemia, inflamação generalizada e queda no desempenho reprodutivo.

Como essas enfermidades costumam ocorrer simultaneamente no pós-parto e envolvem mecanismos fisiopatológicos semelhantes, é fundamental adotar estratégias integradas de manejo nutricional, sanitário e ambiental para reduzir os riscos e preservar a saúde e o desempenho do rebanho.

Muitos estudos trazem a cetose como uma doença primária do período pós-parto, e não como uma doença secundária recorrente de outro distúrbio metabólico. Vacas cetóticas também apresentam aumento do estresse oxidativo e um estado pró-inflamatório acentuado, o que reflete em disfunção metabólica contínua (Rico J. E. et al., 2024).

A cetose é ainda referenciada como doença de porta de entrada para o desenvolvimento de outras doenças clínicas, como esteatose hepática, deslocamento de abomaso, metrite, mastite e hipocalcemia, todas essas refletindo diretamente em produção e reprodução do rebanho, resultando em descarte precoce dos animais do rebanho.

Porém, estudos apresentados em revisão recém-publicada (Rico J. E. et al., 2024) também apontam para as cetonas, principalmente BHB, como fator benéfico no organismo do animal, com ação anti-inflamatória e sensibilizador de insulina em vacas saudáveis e com apetite.

A revisão citada traz justamente essa temática, de questionamento sobre a necessidade de mais estudos dirigidos de cetoses induzidas principalmente pela via nutricional, sobre a mensuração de corpos cetônicos na corrente sanguínea dos animais para entendermos se a presença deles em níveis de cetose clínica ou subclínica são prejudiciais ao desempenho produtivo e reprodutivo dos animais lactantes.

De modo geral as doenças mencionadas têm fatores interligados como transições nutricionais mal programadas, ambientes que gerem estresse ao animal seja por calor ou sujidade e manejo incorreto, principalmente da dieta, no período de transição entre pré-parto e pós-parto.

Portanto, é fundamental mantermos os ambientes de permanência dos animais bem manejados (limpos e secos sempre que possível) e adotar estratégias de nutrição que protejam os animais de possíveis estresses que possam ser gerados em transições dietéticas, além do uso de alguns aditivos estratégicos (metionina, colina, biotina, propilenoglicol) e minerais e vitaminas como selênio e vitamina E, que são antioxidantes, provendo melhor imunidade às vacas lactantes.

Referência

Invited review: Ketone biology—The shifting paradigm of ketones and ketosis in the dairy cow. Rico, J. Eduardo et al. 2024. Journal of Dairy Science, Volume 107, Issue 6, 3367 – 3388.

Exposições e eventos

Brasil sedia 3º Congresso Internacional de Girolando

Evento está agendado para o período de 12 a 14 de novembro, no Center Convention, em Uberlândia/MG

Inovações da pecuária leiteira serão apresentadas durante o 3º Congresso Internacional de Girolando. Promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, o evento está agendado para o período de 12 a 14 de novembro, no Center Convention, em Uberlândia/MG, e conta em sua programação com palestrantes renomados de vários países que abordarão temas atuais nas áreas: genômica, uso de inteligência artificial, estratégias de cruzamento e desafios globais, tecnologias assistidas e biomarcadores de fertilidade, comportamento e bem-estar animal, além de casos de sucesso na utilização da genética Girolando. “Serão três dias de interação com produtores do mundo inteiro, um público que não abre mão de investir em novas tecnologias para potencializar os ganhos de seus rebanhos e negócios. Esperamos receber comitivas estrangeiras de países que estão apostando na raça Girolando e alcançando bons resultados”, explica o presidente da entidade, Domício Arruda.

Um dos temas de maior interesse da atualidade em vários setores, a Inteligência Artificial será um

dos destaques dentro da programação do congresso. Guilherme Rosa, da University of Wisconsin–Madison, apresentará como a inteligência artificial está revolucionando a predição genômica e auxiliando na seleção de características desejáveis, com foco em métodos de machine learning aplicados ao melhoramento do Girolando.

Outro tema de grande repercussão no Brasil na atualidade que entrará na programação do Congresso é a edição gênica. Recentemente, a Embrapa anunciou no Brasil o nascimento dos primeiros bezerros editados geneticamente para a característica de pelo curto, na raça Angus. O uso da tecnologia em bovinos leiteiros será apresentado por Tad Sonstegard, da Acceligen, empresa dos Estados Unidos pioneira no uso da edição gênica em bovinos.

O 3º Congresso Internacional de Girolando irá além da parte genética. Outros temas já confirmados são: mercado de carbono, sucesso familiar, gestão financeira, desafios e oportunidades do mercado global de leite e projetos de pecuária leiteira de sucesso.

Por Larissa Vieira

Haverá ainda apresentação de trabalhos científicos e pôsteres, com premiação dos melhores ao final do Congresso.

Além da programação de palestras, o Congresso trará oportunidades de negócios para os participantes junto às empresas expositoras do evento que apresentarão suas tecnologias para o avanço da pecuária leiteira.

A Girolando ainda realizará no dia 12 de novembro, a “Atualização Técnica Nacional dos Controladores de Leite do Girolando” para levarem para sua equipe técnica as novidades do Programa de Melhoramento Genético da raça Girolando.

As informações sobre inscrições para o evento estão disponíveis no site da Girolando (www.girolando.com.br).

Confira a programação preliminar do evento (sujeita a alterações):

Dia 12 de novembro

19h30 – 20h - Credenciamento e Abertura

20h – 21h - Palestra Magna: (A definir)

21h – Coquetel de abertura e boas-vindas

Dia 13 de novembro

Painel: Inovações Tecnológicas para a moderna Pecuária Leiteira

8h – 8h30 - Credenciamento e Abertura

8h30 – 9h - Panorama atual e evolução da raça Girolando – Presidente Domício Arruda

9h – 9h45 - Palestra “O Futuro do Leite Tropical: Caminhos para a Neutralidade de Carbono e a Sustentabilidade”- Palestrante: Dr. André Luiz Monteiro Novo – Chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste

9h45 – 10h30 - Palestra “Avanços em Inteligência Artificial para o Desenvolvimento da Pecuária Leiteira” – Palestrante: Dr. Guilherme Rosa, University of Wisconsin–Madison

10h30 – 11h - Milk break

11h – 11h30 - Momento Touro Girolando – Papel desempenhado pelo FIPMGG na Raça Girolando

11h30 – 12h15 - Palestra “Sucessão Familiar para a perenidade do seu Agronegócio” – Palestrante: Alexandre Lopes Lacerda, Contador e advogado tributarista

12h15 – 13h45 - Almoço

13h45 – 14h30 - Palestra “A importância da Gestão Financeira para o sucesso na pecuária leiteira – Palestrante: Dr. Paulo Fernando Machado, Diretor-presidente da Clínica do Leite

14h30 – 15h00 - Momento Touro Girolando – Caso de Sucesso Utilização de Touro Girolando

15h00 – 15h45 - Palestra “Girolando: Desafios e Oportunidades na Produção de Leite visando o Mercado Global” - Palestrante: Dr. Glauco Carvalho, Embrapa Gado de Leite

15h45 – 16h15 - Milk break

16h15 – 17h - Palestra “Benchmarking em projetos de pecuária leiteira: lições dos melhores criadores” – Palestrante: Dr. Fábio Toral, UFMG

Dia 14 de novembro

Painel: Avanços em Genômica e Melhoramento Animal

8h30 – 9h15 - Palestra “O Impacto da Genômica na Raça Girolando: Evolução e Perspectivas”- Palestrante: Dr. Marcos Vinicius Gualberto Barbosa da Silva, Embrapa Gado de Leite

9h15 – 9h45 - Momento Touro Girolando – Caso internacional de sucesso na utilização de touro Girolando

9h45 – 10h30 - Palestra “Aplicações do bem-estar animal para modernização do sistema de produção leiteira no Brasil” – Palestrante: Maurício Silveira Coelho – Médico-veterinário e gestor da Fazenda Santa Luzia – Passos/MG

10h30 – 11h - Milk break

11h – 12h45 - Palestra “Edição Gênica e Surrogate Sire: Futuro e Aplicações na pecuária leiteira” – Palestrante: Dr. Tad Sonstegard - Acceligen

12h45 – 14h - Almoço

14h – 14h45 - Palestra “Seleção Genômica para Eficiência Alimentar e Sustentabilidade” – Palestrante: Dr. Guilherme Rosa, University of Wisconsin – Madison

14h45 – 15h15 - Momento Touro Girolando – Caso de sucesso utilização de touro Girolando

15h15 – 16h - Palestra “Avaliação Multirracial: Estratégias para Potencializar o Girolando” – Palestrante: Dr. John Cole, CDCB 16h – 16h30 - Milk break

16h30 – 17h30 - Mesa-redonda “A raça Girolando no contexto da Pecuária Leiteira do Futuro” 18h - Coquetel de encerramento