





























Apesar da presença no Brasil cada vez maior de utilitários de carga e caminhões movidos a baterias elétricas e a gás sinalizar o fim do ciclo de protagonismo do diesel, nem é pre ciso pertencer ao setor para perceber que dentro de uns 10 anos o transporte rodoviário será bem diferente de hoje. No entanto, nem mesmo a ve locidade das mudanças tecnológicas em curso ainda têm fôlego para condenar o motor tradicional e sua concepção mecânica. De modo que, uma transfor mação maior levará mais tempo, além de combustí veis renováveis que darão sobrevida aos tradicionais propulsores ciclo Otto. Basta imaginar que pelo tem po de uso dos veículos de carga no País, os modelos produzidos agora vão rodar por mais três décadas e entrarão na segunda metade do século queimando diesel, salvo aconteça algo inédito; talvez um progra ma de eletrificação ou de repotenciamento para veí culos a diesel com determinado tempo de fabricação; ou, então, quem sabe, uma solução de reciclagem que compense e recompense a entrega do caminhão para ser sucateado. Outro ponto a ser observado é o trabalho desenvolvido por quem fabrica motores na busca de soluções para atender as legislações am bientais. A norma Euro 7, prevista para 2025 na Euro pa, por exemplo, reduzirá para bem próximo de zero as emissões de motores a gás ou diesel. Isso leva a pensar que se sua validade for a mesma da Euro 6, em vigor desde 2016, um próximo passo seria em 2035, quando possivelmente as questões de autono mia e peso das baterias elétricas já estarão resolvi das. Também a essa altura os caminhões movidos a célula de hidrogênio, cujo início das vendas está pre visto para a segunda metade dessa década, não se rão mais novidades. Cabe lembrar também que a mobilidade do futuro não está sujeita a apenas uma ou duas soluções, pois diferentes opções depende rão da viabilidade e disponibilidade das fontes de energia de cada mercado. No mais, enquanto a des carbonização do transporte é assunto sério, muitos caminhões no estágio P Zero ou Euro Zero, depen dendo do caso, ainda rodam no Brasil.
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Com maior área e mais de 500 expositores, a organização da Fenatran projeta superar o público e o faturamento da edição de 2019
Após dois anos de espera, a 23ª Fe natran, marcada para acontecer de 07 a 11 de novembro, promete ser uma edição histórica em número de expositores, visitantes e movimenta ção de negócios. Com mais de 500 empre sas já confirmadas (20% acima de 2019), a Feira desse ano será maior também em área de exposição, com 100 mil m² e a estimati va de gerar R$ 9 bilhões em negócios, con tra R$ 8,5 bilhões alcançados na edição an terior. Luiz Bellini, diretor de portifólio da RX (Reed Exhibitions) – organizadora do even to-, destacou que um dos principais motivos para essa expectativa são as novas tecno logias, o avanço da Euro 6 e o engajamento das empresas na retomada da Feira.
A gerente da Fenatran, Ana Paula Pinto, classifica a edição desse ano como a “Fe -natran das Fenatrans” e espera um público superior a 65 mil visitantes durante os cin co dias evento. “Ela disse que a ideia é pas sar uma mensagem de otimismo e debater assuntos de relevância para o setor. Para is so haverá um auditório para discussões das perspectivas do mercado. Serão mais de 40 horas de conteúdo que estará disponível na plataforma Rota Digital.
O mesmo otimismo é vivido também pe los executivos das montadoras, cujo objeti vo é apresentar aos clientes e visitantes seus
principais lançamentos e novas tecnologias.
Apesar de todas as previsões positivas para o evento, dirigentes de entidades liga das à indústria automotiva destacam os re flexos da pandemia e da crise econômica que atravessa o País como fatores de impe dimento de um crescimento mais expressivo do mercado de caminhões.
Para o presidente da Anfavea (Associa ção Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio de Lima Leite, o mer cado de caminhões deve encerrar 2022 com praticamente o mesmo volume do ano pas sado, ou seja, na casa das 130 mil unida des. Em sua opinião, a falta de componen tes compro-meterá a produção até julho de 2023. O presidente da Fenabrave (Federa ção Nacional da Distribuição de Veículos Au to-motores), José Maurício Andreta Júnior, também acredita que o mercado total de ca minhões deva encerrar ese ano no mesmo nível de 2021.
O segmento de implementos rodoviá rios também deverá repetir o resultado do ano passado, com 165 mil unidades. Para o presidente da NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), Francis co Pelucio, a Fenatran será fundamental pa ra voltar a criar a sinergia entre expositores e visitantes, além de contribuir para a retoma da dos negócios.
ECONOMIA CIRCULAR Reciclagem e reuso de peças têm o objetivo reduzir o impacto ambiental causado pelos veículos
A Renault Trucks tem uma Fábrica de Cami nhões Usados localizada em Lyon- Vénissiex, na França, com 3 mil m² de área construída onde mantém uma operação de remanufa tura e atualização de caminhões usados de acordo com processos industriais da marca. No entanto, a empresa acaba de anunciar um próximo passo na direção da reciclagem, com a instalação de uma nova unidade intitu lada Fábrica de Peças Usadas, considerada pela empresa como um passo lógico após as operações de reaproveitamento e remanufa tura dos caminhões usados.
A lista de componentes a serem reapro veitados inclui motor, caixa de câmbio, cabi ne, tanque de combustível, para-choques e defletores, entre outros itens. Todos previa mente identificados como adequados serão destinados à reutilização em veículos recicla dos. Já as partes consideradas inadequadas ao uso, como chassis, por exemplo, irão para a fundição e utilizadas na fabricação de caminhões novos.
A iniciativa da Renault Trucks de utiliza ção de peças usadas e de matérias primas recuperadas de seus caminhões contou com apoio e estudo preliminar de viabilidade reali zado em 2020. O trabalho teve participação da Agência Francesa de Meio Ambiente e Gestão de Energia (ADEME) e da Indra Au
tomobile Recycling, empresa especializada em reciclagem de veículos em fim de vida. Os componentes usados de veículos des montados pela Indra serão enviados a lojas de peças online da Renault Trucks e rede de concessionários para serem comercializadas ao lado componentes novos. Antes de se rem disponibilizadas para a venda, as peças passarão por verificação, limpeza e rotulação para fins de listagem e rastreabilidade. Assim como componentes novos terão o rótulo “Pe ças usadas pela Renault Trucks” e garantia.
As ações de desmonte e reaproveitamen to de componentes de caminhões de sua marca são parte de um programa da Renault Trucks para a redução do uso de recursos naturais, bem como o impacto ambiental causado por seus veículos. Há cinco anos, a empresa investe em economia circular com a tripla abordagem de regenerar, reaproveitar e reciclar caminhões usados.
As medidas da empresa têm por objetivo contribuir na transição das operações indus triais da empresa para uma conduta de eco nomia circular. Em linhas gerais, na prática a economia circular tem a finalidade criar um padrão de consumo e de produção susten táveis, considerando o conserto, reaproveita mento, reciclagem para reduzir o desperdício e preservar o meio ambiente.
Os esforços para compra, documentação, se guro, manutenção e depois a revenda do ca minhão usado demandam muita energia, in vestimento financeiro e tempo de quem pre cisa realizar transporte de mercadorias de terceiros ou própria. Para manter o foco no atendimento das necessidades dos clientes, transportadoras, opera dores de logísticas, construtoras, mineração e em barcadores com frota própria estão encontrando a solução por meio da locação de caminhões. As vantagens são muitas e vamos aprender um pouco com a Ouro Verde, uma das principais empresas de gestão e terceirização de frotas do País, e com 49 anos de experiência e solidez.
A terceirização de frota de veículos pesados no Brasil é uma tendência que vem ganhando espaço no mercado, mas comparado a países mais desen volvidos, ainda temos muito a crescer neste forma to de gestão de ativos. Cerca de 28% das frotas de pesados nos Estados Unidos são locadas, e 23% na Europa. E as razões para locar em vez de imobi lizar o capital são diversas.
As vantagens podem ser enumeradas e, facil mente, compreendidas.
• Não há necessidade de imobilização de capital, os recursos que seriam utilizados na compra do ativo ficam disponíveis para investimentos foca dos na operação.
• A locação permite maior previsibilidade financei ra, quando se sabe exatamente o custo mensal da locação fica muito mais fácil calcular o custo do frete e da operação.
• Gestão da frota, locar é não se preocupar com controle de documentação e multas, contrata ção de seguros e tudo o que envolve a gestão do ativo. A Ouro Verde, conta com uma equipe de especialistas para definir o melhor caminhão, implemento, maquinário e equipamento para a
operação, otimizando toda a cadeia operativa de seus clientes.
• One stop solution (Solução completa em um úni co fornecedor), a Ouro Verde possui uma gran de variedade de opções em ativos, disponibiliza mos todos os tipos de caminhões, implementos, empilhadeiras, entre outros tipos de equipamen tos. Dessa forma conseguimos suportar todas as necessidades dos clientes, o que facilita muito a gestão de contratos, que pode centralizar sua operação em apenas um fornecedor.
• A Ouro Verde conta com modelos que atendem as novas exigências de ESG, com caminhões elétricos e movidos a gás.
• Equipe técnica de engenheiros para garantir a correta implementação dos caminhões afim de garantir e atender a legislação e especificações técnicas do fabricante para os mais diversos ti pos de transportes, como graneleiros, baú pa ra carga fracionada, baú refrigerado, carroceria aberta, sider, combustível, bebidas, entre outros.
• Venda consultiva e total apoio aos clientes para garantir o melhor equipamento sempre com fo co na produtividade e menor custo operacional.
• Veículos para operações vocacionais, com ma nutenção in house e com operadores habilitados para o atendimento de grandes operações off ro ad dentro de Usinas, mineradoras, movimenta ções intra logística entre outras.
• Sem parada de produção! No momento da reno vação dos ativos a OV somente realiza a subs tituição dos equipamentos após a mobilização dos equipamentos novos, garantindo uma tran quila renovação da sua frota.
• Contar com as mais modernas soluções para a gestão da frota e da manutenção dos veículos, como telemetria, câmera de fadiga, gestão de pedágio e combustível.
Quando Luis Gambim assumiu a dire toria comercial da DAF Caminhões, em 2015, o segmento de pesados terminou o ano com queda de 60,6% em relação a 2014. Embora o volu me de emplacamentos da marca fosse ain da bastante baixo, naquele ano a marca avançou 72,4%. Desde então, os números têm se expandido ano a ano e com previsão de encerrar 2022 com crescimento de 30% sobre 2021. O recorde atingido em agosto, superando 4.150 licenciamentos de cami nhões pesados no ano sinaliza que as tur bulências da falta de componentes têm si do menos duras para a empresa e apontam mais crescimento pela frente. Na entrevista a seguir, Gambim fala do avanço dos produ tos da montadora e das perspectivas para o mercado de caminhões no início de 2023, bem como destaca elementos responsáveis do sucesso da marca no País.
TRANSPORTE MUNDIAL
• Entre janeiro e agosto foram licenciados 4.310 caminhões DAF, dos quais 4.177 são pesados e 133 semipesados, crescimento superior a 16% se comparado com o mesmo pe ríodo de 2021. Levando-se em conta de um lado a falta de componentes na cadeia de abastecimento e do outro o movimento de pré-compra de modelos Euro5, que números você imagina que a marca poderá atingir esse ano? Aliás, a pré-compra está acontecendo dentro do previsto?
LUIS GAMBIM • Estamos dentro da projeção de crescimento feita no início do ano. Estima mos crescer em torno de 30% comparado a 2021, superando o desempenho do mer cado de caminhões. Segundo a Anfavea, a previsão é de 146 mil veículos pesados (ca minhões e ônibus) emplacados em 2022, dos quais 129 mil serão caminhões. Esse volume é semelhante ao de 2021, de 128,7 mil. Com relação à pré-compra, podemos observar um aquecimento do mercado em agosto, com demandas grandes de negó cios para serem concretizados. Os clientes começaram a despertar para o movimento de pré-compra. Prova disso são os resul tados das vendas de agosto, um recorde para a DAF.
TM • Como estão divididas as vendas desse ano entre clientes que já tinham caminhões DAF e transportadores que fizeram a primeira compra da marca?
GAMBIM • Temos uma taxa de crescimento de 30% de novos clientes. Uma das razões deste crescimento é termos entrado para um novo segmento no início des se ano, com o lançamento do novo DAF CF semi pesado rígido, com motor PACCAR GR-7, de 6.7 litros.
TM • Com as taxas de juros altas, mais o aumento de preços previsto em razão do Euro 6, como você imagina o merca do de caminhões em 2023?
GAMBIM • Tendo em vista a manutenção da taxa de juros em níveis altos, o que não é
bom para o cliente do setor de transportes, estamos trabalhando com uma previsão de queda na faixa de 6% no início do ano. Atre lado a isso temos o aumento do preço do caminhão Euro 6. Por isso, acreditamos que deve se confirmar uma queda no mercado em 2023.
TM • Algumas mais, outras menos, to das as fabricantes de caminhões estão sendo atingidas pela falta de diferentes tipos de componentes para produção de veículos. No caso específico da DAF, você diria que a empresa foi uma das menos afetadas pelo problema?
GAMBIM • Sim, mas ainda estamos enfrentando problemas por falta de peças. Porém, como parte do Grupo PACCAR, a DAF possui acordos globais com fornecedores estraté gicos que estão sendo parceiros e fazendo com que sejamos menos afetados pela falta de componentes.
TM • O XF lançado no segundo semes tre de 2020 pode ser considerado um divisor de águas da atuação da DAF no mercado? Do seu ponto de vista, a
ampliação da oferta de veículos após o ingresso no segmento de semipesados, disponibilizando produtos competitivos e nivelados aos de tradicionais fabricantes no País, contribuiram para manter o ritmo de crescimento da marca?
GAMBIM • Sim, certamente contribuiu. O novo DAF XF representa a renovação da nossa li nha de produtos. O motor PACCAR MX-13 passou por diversas melhorias e foram agre gadas tecnologias como o downspeed e o multitorque. Aliado a transmissões otimiza das, eixos traseiros de elevada eficiência e uma melhor aerodinâmica, o DAF XF oferece até 14% de economia no consumo de com bustível, sendo sim um divisor de águas para o crescimento da marca. A tecnologia embutida diretamente aliada à maior economia e mais se gurança, a robustez, acabamento premium e o conforto tornam o DAF XF um dos favoritos dos motoristas.
TM • Nos primeiros sete meses desse ano foram licenciados 108 caminhões DAF semipesados da linha CF, embora o segmento tenha absorvido mais de 18 mil unidades no período. Tratando-se
LUIS GAMBIM Acordos globais do Grupo Paccar com parceiros estratégicos permitem que a produção da DAF seja menos afetada pela falta de componentes
Novo DAF XF lançado no final de 2020 representou a renovação da linha de caminhões pesados da montadora
de um produto bem trabalhado e competitivo, o que faltou para as vendas terem sido maiores?
GAMBIM • Com o lançamento do Novo DAF CF semipesado rígido entramos em um seg mento não explorado antes por nós. Nosso compromisso com este lançamento e com o segmento é de longo prazo; focamos na qualidade das vendas. Conforme dissemos na época do lançamento, apesar de ter sido apresentado em janeiro, estava em nossos planos começar a produção maior a partir de abril, com previsão a de produzir 200 ca minhões até junho deste ano, para estarem disponíveis aos clientes nas concessionárias e disponíveis para o primeiro contato. Es tamos atuando com o modelo nas versões 6x2 e 8x2, no segmento premium. Nossa expectativa é de um avanço grande nesse segundo semestre.
TM • Como você avalia o trabalho da rede e do pós-vendas, os quais são destaca dos pela montadora também responsáveis pelo crescimento da marca?
GAMBIM • O pós-vendas é prioridade para nós
na DAF. Houve um aumento da estrutura e dos planos de manutenção. Em função da nossa atual frota circulante, o pós-venda passou a ser prioritário na parte de capaci tação dos nossos técnicos e expansão da nossa rede, para que o cliente possa ter maior satisfação com nossa marca.
TM • Atualmente a rede é formada por quantas concessionárias e qual é a meta da DAF para os próximos anos. Q uais regiões do País precisam ser mais exploradas pela marca, inclusive com instalação de concessionárias?
GAMBIM • Atualmente temos 52 concessio nárias no País e a previsão é de abrirmos mais 8, chegando a 60 unidades até o final d esse ano. Hoje a DAF já possui cobertu ra em 100% do território nacional, todas as regiões estão sendo exploradas neste mo mento e estamos trabalhando também na capilaridade para atender os semipesado, segmento que demanda um trabalho mais próximo do cliente.
TM • A DAF entrou no mercado brasileiro em um momento que outros fabricantes também tentaram se estabelecer e acabaram desistindo. Na sua opinião, onde a DAF acertou e onde os outros podem ter errado?
GAMBIM • A DAF Caminhões possui um com promisso a longo prazo com o Brasil, é uma empresa sólida, subsidiária do grupo norte -americano PACCAR. Dentro do seu plano de negócios foi assertiva em 2011 ao esta belecer uma meta para a rede de conces sionárias e realizou isso em dois anos, jun tamente com a construção da fábrica em Ponta Grossa. A marca segue, como sem pre, os planos estratégicos anunciados no Brasil e isso contribui para o sucesso, aliado ao lançamento de produtos de qualidade e crescimento sustentável.
Houve um tempo que somente o pedigree da marca e a eficiência do produto eram suficientes para a efeti vação da venda de um ou mais caminhões. Isso mu dou há anos, ao menos para o cliente que precisa contar com um serviço pós vendas que, salvo algum imprevisto, garanta que o veículo irá parar somente para as intervenções programadas de manutenção. A regra é válida para todos os tipos de operação, porém, naquelas em que a rotina do caminhão é rodar 24 horas e sete dias por semana, o serviço de atendimento eficiente e de qualidade é elemen to chave para a relação duradoura entre montadora e cliente.
A mineração é um desses casos, e assim tem sido há dé cadas na relação entre a Cattegran Granitos do Brasil e a Mercedes-Benz no fornecimento de caminhões pesados. A atividade da empresa é a extração de blocos de granito em jazida de dentro de uma área de 25 hectares no município de Governador Linderberg, região Norte do Espírito Santo.
A mais recente compra da empresa envolveu um lote de quatro Mercedes-Benz Arocs 8x4 para a movimentação de rochas dentro da mineradora. Embora o volume pareça pe queno perto dos números do segmento rodoviário, cabe ob servar que aplicações como a mineração têm demanda anu al estimada em cerca de mil unidades off road, nem por isso deixa de ser um nicho de mercado bastante atrativo para os fabricantes de caminhões pesados, em especial pelo alto va lor dos veículos.
A aquisição da Cattegran foi praticamente a porta de en trada do Arocs na operação de extração de mármore e gra nito na região. Trata-se da única empresa do setor que pro duz com exclusividade o granito Branco Siena, um dos mais requisitados em projetos comerciais, industriais e residen ciais. A capacidade média de produção da empresa é de 400 blocos/mês, os quais são transformados em placas pa ra pisos, paredes etc por indústrias do setor. Cada bloco me de aproximadamente de 2,90m de comprimento por 1,90m de altura, igual medida de largura e peso entre 30 e 32 to neladas cada um. Essa carga é movimentada exclusivamen
te por Mercedes-Benz Axor preparados para essa operação.
Os Arocs entraram na frota da Cattegran em maio des se ano, todos implementados com básculas especiais pa ra o transporte de rochas e materiais retirados das pedrei ras, produzidas pela Rosseti. Nessa operação os caminhões descem em cavas com até 120m de profundidade e sobem com carga em torno de 50 toneladas de PBT por rampas de até 35 graus de inclinação. “Uma operação bastante severa devido ao peso elevado, o tipo de terreno íngreme e também ao formato deste minério”, reforçou o CEO da Cattegran, Renan Catelan Filho,.
O executivo garantiu que a atividade de extração e trans porte de blocos de granito e de pedras nunca para na Catte gran, por isso a disponibilidade do caminhão representa tu do na sua atividade. Para isso tanto o veículo quanto o aten dimento pós-vendas têm de estar à altura da operação e de acordo com as expectativas da empresa. No caso específico do Arocs, trata-se do melhor caminhão já visto por ele para a mineração, conforme disse.
A manutenção preditiva e preventiva, bem como a cor retiva, se for o caso, é de responsabilidade da Vitória Die sel, concessionária do Grupo Águia Branca encarregada pe lo treinamento da equipe técnica, preparo e reparos nos ve ículos bem como pela conectividade. O diretor comercial da autorizada, Alberto Nascimento, disse que o objetivo é não
deixar nenhum dos caminhões parar por questões de manu tenção. Para isso, o suporte e o atendimento ao cliente são prestados por técnicos de plantão na região, uma estrutura que além dos profissionais inclui caminhão-oficina e peças em estoque na própria mineradora, além de itens como con juntos prontos de embreagem e de freio entre outros.
“A presença da Vitória Diesel na oficina da Cattegran mostra o compromisso da Mercedes-Benz com o cliente”, destacou o diretor de Peças e Serviços ao Cliente da Merce des-Benz do Brasil, Silvio Renan, ao reforçar que o objetivo da montadora é que os clientes alcancem mais disponibilida de, produtividade e rentabilidade com seus caminhões. “On de quer que ele precise, fábrica e rede de concessionários estarão sempre ao seu lado para levar apoio e assistência técnica, mesmo nas condições severas off-road”, enfatizou.
Renan destacou ainda como parte do acompanhamento a manutenção em estoque da empresa de itens para fazer o refinamento do setup do veículo, como sensores, itens de freio etc. O atendimento à Cattegran inclui também ócu los de Realidade Aumentada para o caso de haver neces sidade da atuação de um técnico da fábrica, além de ferra mentas de diagnose, telemetria FleetBoard com várias fun ções e gestão da manutenção etc. “A introdução do Arocs no portifólio da montadora provocou o crescimento da ofer ta de soluções direcionadas ao atendimento vocacional pa
Primeiros Arocs chegaram à mina esse ano; frota da empresa passou a ter 17 caminhões da marca
ra operações fora de estrada”, concluiu.
O vice-presidente de vendas, Marketing caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Roberto Leoncini, des tacou que vender e entregar o caminhão é a parte fácil do negócio, porém para mantê-lo a fábrica precisa contar com a rede de concessionários. “Sem esse suporte se está fada do ao fracasso, porque na mineradora tudo é muito rápido; se o caminhão ficar dois ou três dias parado é provável que na hora da próxima troca vão lembrar disso e buscar outra solução”, observou.
O executivo complementou que o equipamento não po de falhar, e para que isso não aconteça o ideal é a peça ser trocada quando atingir um certo número de horas de traba lho. Destacou também que além da manutenção dos veícu los, na mineração é preciso ter a cabeça voltada à seguran ça e respeito ao meio ambiente. “Nesta atividade o opera dor não quer fazer manutenção corretiva, ele quer preditiva e preventiva. É bem diferente do rodoviário, onde às vezes a gente vê a troca acontecer somente na hora de fazer a cor retiva”, concluiu.
Embora a marca Mercedes-Benz esteja há gerações na família de Renan Filho, pois na década de 1960 seu avô tra balhava com caminhões da marca no transporte de madeira, sem a confiança no atendimento do serviço de pós-venda a mineradora não teria investido quase R$ 5 milhões na aquisi
ção dos caminhões Arocs. O valor inclui a báscula meia cana (sem campo morto) construída em aço Hardox, um tipo de material mais resistente apropriado para a mineração.
Segundo o diretor de Vendas e Marketing Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, Jefferson Ferrarez, o Arocs já en tregou redução de 15% no consumo de combustível em re lação aos Axor na operação na Cattegran. Afirmou também ter havido ganho de 4 km/hora para 9 km/hora na velocida de média de operação de transporte de pedras. Lembrou que desde o lançamento do veiculo no Brasil, em outubro de 2021, foram licenciadas mais de 200 unidades para di ferentes clientes (Cattegran, Fagundes, G3, RD Mineração e Construção e SCL entre outras).
A frota da Cattegran conta com 25 caminhões: 17 Merce des ( Arocs, Actros rodoviários e os Axor 4144 6×4 off road). Os quatro Arocs transportam rochas de granito branco que são descartadas principalmente por causa de manchas natu rais que comprometem a qualidade da pedra. O descarte re presenta cerca de 40% do granito branco siena extraído da jazida. Na operação os caminhões Axor transportam blocos enquanto os Actros fazem a entrega o de cerca de 70% do granito para clientes no estado. A renovação acontece e ca da 4 anos e até o final de 2023 Renan Filho pretende aumen tar a frota de Arocs. O executivo já pensa também na possibi lidade do modelo vir a substituir o Axor na operação.
Não é exagero afirmar que a família de caminhões Volkswagen Constellation é a de maior sucesso da indústria de caminhões brasileira. Desenvolvida totalmente no Brasil, ela conta com 28 variantes considerando apenas as confi gurações de motor, chassi rígido, cavalo me cânico e eixos que atendem desde 14 to neladas de PBT até 74 toneladas de PBTC, além do 33.460 configurado para 125 tone ladas de CMT. Se for considerar variações de câmbio, entre-eixos, cabine curta, esten dida, leito, teto baixo, teto alto, Robust etc., ultrapassa de 200 configurações diferentes. A empresa é especialista em encontrar ni chos de mercado e, por isso, este compa rativo entre os modelos 24.460 6x2 e 24.280 6x2, muitos similares, porém, com propos tas para operações diferentes.
A Volkswagen foi líder do segmento de semipesados por mais de uma década com o Constellation 24.250 e com o sucessor e atual 24.280. Em 2018, ela lançou o 24.260 exclusivamente para o segmento vocacio nal, como derivado do 17.260 com tercei ro eixo. Em maio de 2019, ela começou a comercializar o 24.260 para diversas opera ções de curta distância e urbana, como op ção mais barata em relação ao 24.280. Ga dualmente, o 24.260 foi ganhando espaço por custar cerca de R$ 80 mil a menos, po rém, com configurações mais limitadas, po tência e torque menores.
Ao dividir o mercado de 6x2 entre os dois modelos, a Volkswagen perdeu a liderança no segmento de semipesados, mas, na so ma dos dois modelos, as vendas são maiores no segmento, tanto que é líder com grande vantagem entre os semipesados com quase o dobro do segundo colocado.
Para entender esta estratégia, analisa mos os números de emplacamentos. Em 2021, quando o 24.280 ainda era líder de mercado, as vendas médias mensais eram de 350 unidades. Este ano, com o cresci mento das vendas do 24.420, a média de participação no segmento 6x2 aumentou para 477 unidades por mês.
O VW Constellation 24.280 é indicado para operações rodoviárias de média distân cia e ele já vem com o pacote Prime de sé rie, e o 24.260 vem de fábrica com o pacote Robust, e visa atender a distribuição urbana, intermunicipal e serviços públicos, como co leta de lixo e construção civil.
O painel de instrumento é o mesmo para todos os modelos da família Constellation. Na segunda foto, a alavanca de controle do câmbio automatizado. O interior da cabine curta com bancos de couro sintético (tecido e borracha)
Pacote Prime: ar cond., trio elétrico, piloto autom., banco do motorista com suspensão pneum. e rádio
Trio elétrico, rádio, banco do motorista com suspensão pneumática, câmbio com última marcha overdrive, relações finais do eixo, rodas e pneus maiores e segundo tanque
Com aplicações diferentes em distâncias do transporte, o 24.260 conta com o pacote Ro bust aplicado em três opções de cabine: cur ta, estendida, leito teto baixo ou alto. Assim, ele está preparando para uso nas precárias ruas das cidades e também em vias de terra.
Com as mesmas opções de cabine, vem com o pacote Prime para aumentar o confor to do motorista no transporte de média dis tância. Por isso, tem a opção do câmbio au tomático e mais itens de segurança.
PRINCIPAIS
Fabricante / modelo
cilindros / Cilindrada (cm³)
Pot. líq. máx. cv (kw) @ rpm
Torque líq. máx. - Nm @ rpm
Sistema de injeção
Controle de emissões Tanque de combustível
VW CONSTELLATION 24.280 6X2
Pacote Prime: ar cond., trio elétrico, piloto autom., banco do motorista com susp. pneumática e rádio Câmbio automatizado, segundo tanque de combustível de 275 litros, relação do diferencial do eixo de tração, rodas e pneus maiores, segundo tanque e entre-eixos
Ambos contam com o mesmo motor MAN D08 com tecnologia EGR (dispensa o uso do Arla). A diferença está na potência (256 cv vs 277 cv) e torque (900 Nm vs 1050 Nm).
Até o fechamento desta edição, a VWCO não havia apresentado a geração Euro 6, obrigatória pela legislação ambiental Procon ve P8 a partir do dia 1º janeiro de 2023. Qua se todos os modelos no Brasil e na Euro pa estão atendendo a lei com o uso de du as tecnologias: ERG e SCR com uso de Arla.
2 x
O modelo 24.260 conta apenas com a op ção de caixa de marchas manual Eaton de 6 velocidades, fazendo da sua aplicação mais urbana. A mesma caixa é oferecida com di ferentes relações, que começa com a pri meira marcha mais curta, e a outra, mais longa com overdrive na última marcha, in dicada para operações rodoviárias de cur ta distância.
O Constellation 24.280 conta com du
Fabricante
Modelo manual / automatizado
Relação: 1ª / última
Eixo de tração
as opções de transmissão. A manual ZF de 9 velocidades, com relações mais curtas. A outra é automatizada Eaton de 10 velocida des, no momento a melhor transmissão pa ra o segmento e, por isso, foi a escolhida por quase todos os fabricantes de caminhões no Ocidente que adotam o equipamento fabri cado por terceiros. O curioso é a transmis são do caminhão para curta distância ter caixa com overdrive, e o rodoviário não ter.
ZF (manual) / Eaton (automatizado)
FS-6406A e FS-6406A com overdrive opcional, ambos de 6 marchas 9,01:1 / 1,00:1 última marcha direta / 7,05:1 / 0,78:1 com última marcha overdrive
Meritor / MS-23-245 com as seguintes relações de redução: 4,10/5,59:1 / 4,88/6,65:1* (*válida para Overdrive)
Não há diferença na construção do chas si para ambos os modelos construídos com longarina dupla. No entanto, o 24.260 conta com um único entre-eixos e o 24.280, tendo os mais curtos para aplicação de maior den sidade de carga por m3 e o mais longo para atender cargas mais leves e, assim, aumentar a capacidade volumétrica no transporte.
9S 1110 TD de 9 marchas / V-Tronic EA 11109LB
MHD de 10 marchas 12,73:1 / 1,00:1 / 15,28:1 / 1,00:1
Meritor / MS-23-155 com relação de série 3,73:1 ou 4,10:1 (opc) na versão com câmbio manual, e 3,42:1 (V-Tronic)
O conjunto de suspensão para ambos é o mesmo. Vale lembrar que a suspensão dian teira com molas semielípticas é coisa do pas sado. A maioria dos fabricantes de caminhões já trocaram este tipo de mola pela parabólica, também robusta, com a vantagem de ofere cer mais conforto para o motorista e reduzir a transmissão de impactos para a carga.
CABINE MAIOR Versão com cabine leito teto alto. Ela tem altura externa de 3.286 mm e de teto baixo tem 2.872 mm
O 24.280 foi lançado em substituição ao 24.250 em razão da entrada em vigor da legislação equivalente ao Euro 5 (Proconve P7)
Suspensão traseira
Chassi
Pneus
Feixe de molas semielípticas, amort. hidráulicos telescópicos de dupla ação, barra estabilizadora Eixo rígido motriz e eixo auxiliar, tag-tanden tipo balancim com suspensor eletropneum. para o eixo auxiliar, molas semielípt. assimétricas trapezoidais Escada, longarinas duplas, retas de perfil “U” constante, rebitado e parafusado.
Material: LNE 380 com reforço LNE 380 275/80R22.5” ou opcional 295/80R22.5”
Os eixos continuam com freios a tambor, me nos eficiente pela dificuldade de dissipar ca lor, o maior inimigo para a segurança da fre nagem. Em países desenvolvidos, o sistema de freio com disco é utilizado, inclusive, em caminhões de mineração, derrubando o mito de que o sistema a tambor é utilizado devido à poeira nas nossas estradas.
Em sistemas de segurança, o 24.260 traz o que é obrigatório por lei, o ABS. O siste
Molas semielípticas de duplo estágio, amortecedores hidráulicos telescóp. de dupla ação, barra estabiliz. Eixo rígido motriz e eixo auxiliar, tag-tanden tipo balancim com suspensor eletropneum. para o eixo auxiliar, molas semielípt. assimétricas trapezoidais Escada, long. duplas, retas de perfil “U” constante, rebitado e parafus.. Material: LNE 280 (ee 3560 mm) / LNE 380 (ee 4800 / 5207 mm) - reforço LNE 380 275/80R22.5” ou opcional 295/80R22.5”
ma inclui o EBD, sigla para o controle eletrô nico da distribuição da frenagem entre os ei xos do caminhão.
O Constellation 24.280 conta com con trole eletrônico de tração (opcional na versão com câmbio manual e de série na automati zada), e o EasyStart de série na versão V-Tro nic. O EasyStart é mais conhecido como Hill Holder ou auxiliar de partida em rampa, sis tema mais útil em caminhões de uso urbano.
Ar, tambor nas rodas dianteiras e traseiras com ABS + EBD
A ar, tambor nas rodas diant. e tras., acionamento por “S” came, ajust. de freio automático com acion. duplo, indep. com ABS + EBD + ATC (versão manual opc e V-Tronic série) + EasyStart (série V-Tronic)
Freio de cabeçote e válvula tipo borboleta / MAN exhaust valve brake
A capacidade de carga em peso é a mes ma para ambos modelos. Só para lembrar, o PBT homologado é o peso total do cami nhão conforme a Lei da Balança, ou seja, 23.000 kg para os caminhões com três ei xos. O PBT técnico de 24.100 kg é o pe so máximo autorizado pelo fabricante do ca minhão, limitado pela engenharia da empre sa em razão do dimensionamento de robus tez do chassi e do conjunto de suspensão. O CMT de 35.000 kg é a capacidade má xima de tração. Por exemplo, o caminhão com PBT de 23.000 kg pode, ainda, rebocar um implemento de 12.000 kg.
As dimensões mudam apenas no com primento e conforme o entre-eixos. O 24.260 tem apenas uma medida, o maior entre-eixos, de 5.207 mm. Mas não é na da que não possa ser negociado com a fa
bricante. Já o 24.280 parte da oferta de três entre-eixos, a já citada, e duas opções mais curtas: 4.800 mm e 3.560 mm. Es ta última é indicada para cargas mais pe sadas, pois tem o mesmo entre-eixos dos cavalos mecânicos 4x2 da marca e com primento maior para o terceiro eixo.
CONSTELLATION
(4.784)
Os preços são médios e divulgados publica mente pela Fipe (Fundação Instituto de Pes quisa Econômicas sem fins lucrativos). É a ta bela de maior referência para veículos usa dos no Brasil. Os valores da tabela Fipe refle tem a realidade das negociações no País. A das montadoras reflete o desejo da empresa e não públicos como os da Fipe, sendo quase
que de uso restrito dos vendedores das con cessionárias. O ideal para o comprador, con forme os manuais de negociação, é saber o maior percentual de desconto que o vendedor pode oferecer, geralmente. Descobrir isso é o que os compradores profissionais fazem.
O VW Constellation 24.260 já conta com 5.200 unidades vendidas desde 2020, e o 24.280, 47 mil, desde 2012.
ROBUST Trata-se de um pacote de itens para reforçar o Constellation na aplicação fora de estrada. Inclui para-choque dianteiro curto para aumentar o ângulo de ataque, acabamento interno para facilitar a limpeza, entre outros itens
Desempenho, conforto e segurança são destaques do Sprinter furgão Street 315 nas operações de transporte de cargas em áreas urbanas
Desde a chegada ao mercado brasileiro em 1997, os modelos da linha Sprinter têm se destacado entre os mais dese jados em sua categoria. A preferência e crédito têm muito a ver com a for ça da estrela estampada na grade do motor, mas o prestígio conquistado em todos esses anos se deve em maior parte aos resultados entregues pelo veículo, bem como às atuali zações aplicadas pela Mercedes-Benz para manter a linha atualizada, competitiva e com a imagem em sempre alta no segmento de large vans de 3,5 a 5 toneladas de PBT.
O upgrade mais recente aplicado à fa mília Sprinter foi conhecido pelo mercado a partir de abril desse ano. As novidades fica ram exclusivamente por conta do motor OM 654 CDI Euro 6, propulsor de 2.0 diesel e 4 cilindros em uso desde 2016 na Europa pe los modelos da marca. Sua solução de pós -tratamento de gases para atender a fase P8 do Proconve reúne os sistemas EGR e SCR (que necessita do reagente Arla 32) para transformar os gases poluentes em materiais não nocivos à saúde humana e ao meio am biente. Esse motor entrega 150cv de potên cia a 3.800 rpm e apresenta torque de 34,7 Nm na faixa de giro de 1.200 a 2.400 rpm.
As novidades técnicas passam a ter mais sentido e comprovam seus efeitos com o veículo em uso. Em nossa avaliação opta mos pelo furgão CDI Street de 9m³ com en tre-eixos de 3.665mm e 5.932mm de com primento. Cabe dizer que o modelo Stre et é disponibilizado pela Mercedes-Benz em quatro versões, com diferentes capacidades de volumes de carga, tamanhos e entre-ei xos. Todos têm PBT de 3.500 kg, poden do, portanto, serem dirigidos por motoristas com habilitação Categoria B. A variedade de produtos permite a escolha da versão mais adequada sua aplicação que se destina, pa ra isso a linha completa de furgões Sprinter disponibiliza 16 opções.
A primeira sensação ao entrar na Sprinter é de estar a bordo de um de um utilitário de carga atual, principalmente pelo volante mul tifuncional com seus vários controles, forma to e pega que pouco lembra tratar-se da di reção de um veículo comercial de carga. Es
sa aproximação do cockpit dos utilitários de carga com os automóveis passeio há alguns anos tornou-se tendência e vai além, pois trouxe com ela mais conforto ao segmento. Não é novidade, mas merece ser destaca da porque preserva o bem estar do motoris ta na sua rotina de trabalho.
Apesar de ser conhecida há bom tem po, a partida que dispensa chave, acionada por um botão no painel, é bastante prática, bastando um toque para o motor entrar em funcionamento, desde que o dispositivo que substitui a chave esteja por perto, no con sole por exemplo. A melhor posição para a condução do veículo é facilmente encontra da com ajustes do assento, encosto do ban co, profundidade e alta do volante, bem co mo a regulagem dos espelhos retrovisores com comandos elétricos.
O painel de instrumentos com mostra dores analógicos é simples, não apresenta qualquer complicação, mesmo tratando-se de um veículo moderno, principalmente por que todos os comandos estão praticamen te no volante. Após os primeiros metros per corridos, exceto pela largura que exige aten ção principalmente no trânsito pesado, a se melhança da dirigibilidade do veículo com um carro de passeio aumenta, a começar pelas rápidas respostas do motor, a suavi dade da rotação do motor garantida por um balanceador, a leveza da direção elétrica, o baixo nível de ruído e câmera de ré.
Cabe dizer que a avaliação foi feita com o furgão vazio. Nessa condição de rodagem qualquer veículo de carga balança um pou co mais e demonstra mais agilidade nas par tidas e retomadas de velocidade. Porém, a falta de carga não esconde as qualidades e nem a percepção do desempenho da Sprin ter 315 CDI quando cerragada. Aliás, as ope rações de carregamento e descarregamento por traz contam com um vão de 1,84m de altura por 1,55 de largura e portas traseiras com abertura de 270 graus. No acesso pela lateral do furgão com porta corrediça a aber tura tem 1,26m de largura por 1,81 de altura.
À medida que se trafega pelas ruas da ci dade com a Sprinter 315 Street, sua vocação urbana se torna mais clara. Mesmo medin do quase 6 metros de comprimento e 2,02 metros de largura, sem contar os espelhos retrovisores, no aperto em meio ao transito proporcionado porsuas dimensões o veícu lo oferece conforto e facilidade de condução.
Essas características são essenciais para tornar mais leve a rotina de trabalho do mo torista e deixá-lo menos cansado ao final do expediente. Ar-condicionado com controle
Características de desempenho e conforto possibilitam à Sprinter 314 CDI Street trafegar com desenvoltura em centros urbanos
parte de segurança a relação inclui freio hi dráulico nas quatro rodas com discos fron tais autoventilados, Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP Adaptativo, Assistente Ati vo de Frenagem (ABA - Active Brake Assist), Assistentes de Vento Lateral, de Partida em Rampa e de Fadiga.
Outros elementos que tornam o furgão Street um veículo que facilita e torna mais leve a rotina de trabalho está nas trocas de marchas. A transmissão manual ZF de 6 ve locidades, com alavanca de trocas no pai nel (como os concorrentes) e o pedal macio de embreagem proporcionam engates sua ves. O trem de força conta ainda com car dan para transmitir ao eixo traseiro a ener gia gerada pelo motor. Essa característica é citada constantemente pelo pessoal de ven das e da área técnica da Mercedes-Benz co mo um importante diferencial da linha Sprin ter em relação a produtos concorrentes com tração nas rodas dianteiras por juntas ho mocinéticas, como a maioria dos carreos de passeio. O resultado é um desempenho su ficiente para um veículo que maior parte do tempo trafega em vias urbanas. Ao menos é que pudemos avaliar rodando com um fur gão 315 CDI Street nas ruas de São Paulo.
digital de temperatura, vidros elétricos e bai xo nível de ruídos do motor também contri buem para o conforto. Faltou apenas a trans missão automática, como acontece nos de mais produtos concorrentes de outros gran des fabricantes. Os furgões 315 Street con tam com pacotes Comfort e Hi-Tec, com itens de série como a conexão Bluetooth, keyless start, airbag para motorista e acom panhante, pré instalação para tacógrafo, vo lante com ajuste de altura e profundidade, vi dros dianteiros elétricos, espelhos retroviso res elétricos com aquecimento, alarme, fe chamento central das portas via controle re moto, faróis de neblina e luzes de circulação diurna, piso naval com ancoragem, estribo traseiro e abertura total da porta traseira. Na
Em relação ao seu antecessor, as novidades do OM 654 CDI 2.0 de 150cv em relação ao seu antecessor, o OM 651 CDI 2.2 de 143 vão além de potência e torque maiores, peso e consumos menores, entre outros diferen ciais técnicos. Com bloco em alumínio 31 e quilos mais leve conta também com turbo de geometria variável. Pelos números da Merce des-Benz é também 6% mais econômico no uso urbano e 11% em rodovias. Em ambos os casos a redução depende da aplicação, condição climática, velocidade de condução, qualidade do combustível e da carga.
O sistema de distribuição foi desenvolvi do para promover um ajuste refinado, regula gem mais acertada e melhor distribuição do líquido de arrefecimento e do diesel. O bico injetor de maior potência trabalha em três fai xas de operação para a dosagem de com bustível na câmara de combustão ser exata e entregar somente a quantidade necessá ria. A caixa de câmbio manual de seis mar chas, chassi, sistema de suspensão, entre -eixos e pacotes de segurança ativa continu am os mesmos já disponibilizados na versão Sprinter 314 CDI Street. O modelo atingiu em junho 22% de participação em sua categoria. Preço: R$ 263.900,00 é com ICMS de 12% e R$ 273.136,50 com 14,5% (SP).
Medidas
Ford Transit Furgão traz dados técnicos e de conteúdo superiores aos que temos na concorrência, o que tor na desnecessário até um comparativo com outros fur gões da mesma categoria de 3.500 kg de PBT. Este segmento cresceu muito pelas vantagens das legisla ções que permitem serem conduzidos com CNH categoria B e a liberdade de circulação igual a de automóveis.
O furgão da Ford elevou o nível referencial do segmento e, contra números técnicos do veículo, fica difícil argumentos subjetivos. Então, vamos analisar se os dados se confirmam nas impressões de uso no trânsito complexo da capital pau lista. Nas impressões destas seis páginas não queremos dizer que os concorrentes do furgão da Ford são ruins, pois seria não seria verdade. Pelo contrário. Desde que o e-commerce passou a crescer a dois dígitos por ano, os maiores competi dores globais modernizaram os modelos vendidos no Brasil.
Os dados e as impressões que temos apenas mostram que o Transit é superior. E ser superior em relação aos bons concorrentes é mais uma qualidade para o utilitário da Ford. Todos sabemos que a montadora fechou duas fábricas no Brasil, encerrou a operação de caminhões, que o Transit já foi lançado no País e depois retirado do mercado. Por tudo isso, ela precisa reconquistar a confiança do cliente brasileiro. Ca berá à Ford convencer de que dará suporte técnico aos ve ículos que vende e que o retorno da linha Transit é um pla no de longo prazo. Diversos jornalistas já fizeram perguntas sobre isso e, lógico, a Ford Brasil respondeu esses questio namentos com sonoros sim. Neste artigo, vamos focar nas impressões sobre o furgão, sem valorizar ou desvalorizar as promessas da empresa.
A família Transit, que inclui a van de passageiros, o furgão e, em breve, o chassi cabine, é montada na fábrica da Nortex, em Montevidéu, no Uruguai, e de lá é comercializada nos pa íses do Mercosul. O veículo é importado em modo CKD (des montado) da Turquia, tendo alguns componentes comprados de fornecedores da América do Sul para ter um índice regional em sua produção. Na mesma montadora uruguaia são cons truídos o Kia Bongo, Peugeot Expert e Citroën Jumpy. Isso já é um sinalizador melhor do que quando o Transit era importa
Como tornar o dia a dia do motorista menos estressante, mais seguro e agradável
Dimensões do habitáculo de carga permite diversas operações. Na foto logo acima, o eTransit
do por completo da Turquia e, por causa da alta do dólar, te ve a operação descontinuada.
A versão avaliada é a de entre-eixos mais curto e teto al to (L2H3) com capacidade volumétrica de 10,7 m3 e pre ço médio cotado pela Fipe por R$ 238.967. A outra op ção é a L3H3 com capacidade de 12,4 m3, com cotação de R$ 245.134, no mês de setembro de 2022.
Escolha da versão curta Vamos, primeiramente, mostrar a vantagem da versão com en tre-eixos curto em relação à versão longa O Transit L2H3 tem comprimento de 5.531 mm com entre-eixos de 3.300 mm. O L3H3 tem comprimento de 5.981 mm e entre-eixos de 3.750 mm. Essas medidas tornam o furgão curto fácil de estacionar e mais ágil no trânsito urbano intenso. Leve isso em consideração se a operação necessitar de constantes paradas para entre gas, como ocorre no “last mile” do e-commerce. A versão lon ga L3H3 se justifica se houver a necessidade do 1,7 m3 de ca pacidade a mais. Além disso, o modelo curto tem maior capa cidade de carga em peso (1.222 kg contra 1.181 kg do longo).
A experiência de conduzir o furgão curto no conturbado trânsito de São Paulo foi muito positiva, tanto pela facilidade de manobras, e, principalmente, nas balizas, facilitadas pelo auxílio da câmera de ré, equipamento de série. Aliás, a câme ra instalada no alto da parte traseira pode ser ligada sem, ne cessariamente, precisar engatar a marcha à ré. Isso aumenta
a sensação de segurança do condutor por poder visualizar tu do que ocorre atrás do furgão por meio da tela do multimídia.
O motor Ecoblue 2.0 turbo diesel apresenta números de potência e torque superiores aos concorrentes (170 cv e 390 Nm). Não são números somente para fazer bonito na fi cha técnica ou para o vendedor ter argumentos de vendas. O motor entrega excelente desempenho em baixo giro, antes dos 2.000 rpm em qualquer marcha. Arrancar em subida ou realizar retomada de velocidade são experiências agradáveis e seguras. A facilidade da partida em rampa também conta com o sistema eletrônico incluso no pacote de segurança.
No geral, todos os furgões apresentam alavanca de mar cha no painel e engates fáceis e precisos, e não é diferente no Transit. Lógico que uma versão com câmbio automático seria muito bem-vinda, principalmente, para o motorista que passa o dia todo no anda-e-para nas cidades.
Outro ponto bastante positivo é a tração traseira, princi palmente quando carregada. Isso melhora a aderência em pi so com menor aderência e em subida. Vale lembrar que é vem de fábrica equipada com pneus Goodyear desenvolvidos es pecialmente para veículos de carga, o Cargo Marathon.
Todo o conjunto colabora para um consumo menor. Pe los testes do INMETRO, o Transit tem consumo médio de 10 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada. Na nossa avaliação,
Cabine
Motorista mais dois passageiros
Motor Turbodiesel EcoBlue 2.0, 4 cilindros em linha, 170 cv a 3.500 rpm, 390 Nm de 1.750 rpm até 2.500 rpm
Caixa de mudança Manual de 6 marchas
PBT (kg) 3.500 kg
Peso em ordem de marcha (kg) 2.278
Capacidade de carga (kg) 1.222
Entre-eixos (mm) 3.300
Altura (mm) 2.275
Comprimento (mm) 5.531
Largura com espelhos (mm) 2.474
Tração Traseira
Freios Disco ventilado na dianteira e sólido na traseira
Pneus Goodyear Cargo Marathon 2 - 235/65R16
Tanque de combustível / Arla (l)
/ 24
Airbag duplo Conforme a lei
Alerta de limite de velocidade De série
Assistente de partida em rampa De série
Controle adaptativo de carga De série
Controle eletrônico anti-capotamento De série
Controle eletrônico de estabilidade De série
Detector de fadiga De série
Luz de condução diurna De série
Sensor e câmera de estacionamento traseiro De série
Luz de condução diurna De série
Setas nos retrovisores De série
Limitador de velocidade De série
A cabine tem tudo que os modelos de luxo têm, e a câmera atrás aumenta a segurança
ele apresentou consumo similar. Para alcançar esses núme ros, o motorista deve respeitar os momentos corretos de mu dança de marcha, aproveitar o torque entregue em baixa ro tação e saber aproveitar os momentos de inércia e de de saceleração suave. Para auxiliar o condutor, o modelo conta com indicador de mudança de marcha na pequena tela digi tal entre os marcadores de velocidade e rotação.
O furgão da Ford é o mais completo de fábrica. Traz itens que agradam bastante, como o multimídia com tela de 8 polega das sensível ao torque (incluindo alguns botões físicos) e vo lante com os principais comandos para controlar rádio, pilo to automático, computador de bordo e sistemas de auxílio à condução. A lista de itens de série continua com ar-condicio nado digital e automático, trava das portas, retrovisores e vi dros com acionamento elétrico, tomada 12v e duas saídas USB, porta-copos e objetos nas portas e no teto, conectivida de Bluetooth, chave canivete, entre outros itens.
A conectividade traz uma solução bastante interessante. Trata-se do Sync Move, sistema que permite a instalação de aplicativos e atualizações on-line, ou seja, sem precisar ir ao concessionário como ocorre com a maioria dos multimídias. Ele vem com alguns aplicativos já instalados, como Android Au to e Apple Carplay, e permite a instalação do Waze direto nele.
Os últimos furgões lançados no Brasil já foram apresentados equipamentos de segurança de série ou opcionais. O dife rencial do Transit é a lista maior de sistemas, sendo todos de série e mais modernos.
O melhor dos assistentes de condução para o conforto e segurança é o piloto automático adaptativo, tecnologia que só o Transit tem no segmento. Ele funciona a partir de uma determinada velocidade e após o piloto automático ser ligado por meio das teclas no volante. A partir daí, o mesmo radar que fica no para-choque dianteiro faz a leitura do ambiente à frente medindo a distância do veículo adiante. Se o motoris ta programar a velocidade de 80 km/h e outro veículo à fren te frear, o assistente freia automaticamente, mas, neste caso, de forma suave e programada. Se o veículo à frente sair da mesma faixa ou acelerar, o Transit acelera sozinho até os 80 km/h programados anteriormente. Isso deixa o motorista me nos cansado em uma viagem e, também, em caso de qual quer situação imprevista de risco, o assistente de frenagem autônoma é acionado para evitar ou minimizar uma colisão.
O outro item exclusivo da Ford Transit entre os concor rentes é o assistente de permanência em faixa. A função de le é evitar que o motorista, por distração, permita a movi mentação lateral da van e invadir a faixa ao lado. Caso is so ocorra, além de um aviso luminoso, o volante faz um leve movimento para colocar o veículo de volta na faixa de rola gem. Caso o motorista esteja com a seta liga, o sistema en tende que há a intenção do motorista para mudar de pista.
O modelo inova em sistema de conectividade que favo rece o frotista. A chave MyKey permite ser programada, e o FordPass, um serviço de telemetria de fábrica que permi te acompanhar o desempenho do veículo à distância pelo computador ou celular.
Apenas dois anos após ter sido lan çada na Alemanha, em 1995, a Mercedes-Benz Sprinter chegou ao Brasil em agosto de 1997 com ca racterísticas que passaram a ser re ferências em furgões e vans de passagei ros. Produzida na Argentina, em uma fá brica atualizada constantemente para utili zar as mais modernas técnicas de constru ção, a Sprinter já conta com mais de 180 mil unidades em circulação no Brasil. Além de ser produzida em González Catán, na Argentina, a Sprinter é fabricada em Char leston, nos Estados Unidos; em Ludwigs felde e Düsseldorf, na Alemanha. Soman do a produção nessas quatro fábricas, já são mais de 4 milhões de unidades em cir culação em 130 países.
“A Sprinter é um dos modelos da Mer cedes-Benz mais próximos ao público bra sileiro, participando diretamente ou indireta da vida diária de toda a população do Pa ís. Ela demonstra perfeitamente o foco da Mercedes-Benz no atendimento das ne cessidades do cliente, cada vez mais di versificadas e especializadas, com a maior eficiência, confiabilidade e praticidade”, afirma Carlos Garcia, CEO e presidente da Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil.
Assim, há 25 anos no Brasil e 27 anos no mundo, a van emprestou seu nome a todo um segmento de veículos comerciais leves. Um quarto de século depois, a ge ração atual é uma das referências para o segmento de transporte de carga e pas sageiros até 5 toneladas de PBT. Além de
seus valores atemporais, como qualidade, confiabilidade, economia e conforto, a atu al Sprinter também representa rede e co nectividade e – pronta para futuras varian tes, como eSprinter, com motor elétrico e já pronta na Europa e poderá ser lançada em breve no Brasil.
A Sprinter conta com 87 possibilidades de configuração a partir das versões bási cas — van de passageiro, furgão e chas si cabine. A gama vai desde as alternati vas para transporte escolar, turismo, tras lados, transporte urbano e fretamento aos furgões para serviços de entrega e chassis com cabine voltados para o transporte de mercadorias. Entre outras utilizações des
tacadas estão as ambulâncias, veículos de segurança e motorhomes.
Lançada no Brasil em 1997, a Sprinter ganhou sua segunda geração em 2012, já equipada com sistemas de assistência avançados, como o pioneiro programa ele trônico de estabilidade, freios ABS e air bag para o motorista. Em sua terceira ge ração, a atual, a Sprinter oferece importan tes recursos de segurança e conforto para o motorista e passageiros. Além do design interno ergonômico, conta com importan tes funções e equipamentos de segurança ativa, como o ESP adaptativo mais com pleto da categoria, assistente de partida em rampa, assistente ativo de frenagem, assistente de vento lateral, alerta de fadiga do condutor e câmera de ré.
O furgão MercedesBenz L 319, produzido entre 1955 e 1967, mostra a experiência da marca para soluções no segmento, e o eSprinter pronto para o futuro
Na foto ao alto, a fábrica de Düsseldorf, na Alemanha. No meio, a fábrica de González Catán, na Argentina. À direita, testes de frenagem na neve
A Sprinter também traz ar-condiciona do potente com controle digital, partida do motor sem chave, direção elétrica, volante multifuncional e sistema multimídia. O con ceito do cockpit é ser o mais aproximado possível de um automóvel, para maior con forto do motorista. A interatividade é asse gurada pelo sistema MBUX, com tela tou chscreen de 7 polegadas, espelhamento de smartphones compatível com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto, entradas USB e transmissão de áudio via Bluetooth.
Em março deste ano, a versão de entrada Street 315 ganhou novo motor com tec nologia para atender a legislação equiva lente à Euro 6 e o motor a diesel OM 654 de quatro cilindros mais potente, com 163 cv. O novo motor tem bloco de alumínio, com peso reduzido, e se caracteriza pelo funcionamento mais silencioso e com me nos vibrações. Para melhor desempenho e durabilidade, os cilindros contam com re vestimento “Nanoslide”, que diminui o atri to. Do ponto de vista ambiental, o motor OM654 também reduziu o índice de emis sões com a adoção de sistemas de recir
Acima, a primeira geração no Brasil, o futuro e, na foto à esquerda, as três gerações lado a lado.
Abaixo, o painel da primeira e da atual geração
culação e pós-tratamento dos gases de escape. Segundo os critérios de medição do Inmetro, o consumo é 6% menor na ci dade e 11% melhor na estrada. Este mo delo se destaca por poder ser conduzido por motoristas com CNH categoria B.
A linha Sprinter já nasceu com uma pro posta flexível, oferecendo três versões bá sicas prevendo usos variados: furgão, van e chassi com cabine. A terceira geração in clui também o furgão vidrado, que possibi lita uma ampla variedade de configurações para transporte de pessoas. As opções di mensionais para os furgões são nada me nos que 16. Os furgões Sprinter 314 CDI Street, 315 CDI Street e 416 CDI são ofe recidos com três opções de comprimen to: curto, longo e extralongo, e quatro de capacidade volumétrica, com 7,5 m³, 9m³, 10,5m³ e 14 m³. Já o 516 CDI, com maior capacidade, tem versões com 14 m³ e 15,5 m³ e duas opções de distância entre eixos. Um dos grandes destaques das versões Street é poderem ser dirigidas por motoris tas com habilitação categoria B. Vários pa cotes de acabamento são oferecidos para cada modelo, multiplicando a diversidade à disposição dos compradores.
GLOBAL
Acima, a Sprinter Motorhome. À direita, Carlos Garcia, CEO e presidente da MercedesBenz Cars & Vans Brasil. Abaixo, o raio-X da próxima geração da eSprinter
Maior ainda é o número de opções da Sprinter Van, que começam por cinco dife rentes capacidades (passageiros + moto rista): 9+1, 15+1, 17+1, 19+1 e 20+1. So
mam-se a elas vários pacotes de equipa mento, que incluem itens de conforto como ar-condicionado frontal e traseiro e assen tos de luxo e recursos tecnológicos, como o piloto automático.
A linha inclui ainda a Sprinter Truck, chassi com cabine, que possibilita adapta ções praticamente sem limites para as mais diversas finalidades. Há três opções bási cas, com capacidade de carga de 3.500 kg, 4.100 kg e 5.000 kg, a primeira e a úl tima com duas variantes de distância en tre eixos. Todas as versões podem ter pa cote Comfort ou Hi-Tech e a Sprinter Tru ck 516 CDI com maior distância entre eixos conta também com o pacote Motorhome, voltado para essa aplicação, que tem co mo diferencial o assento do passageiro sim ples (nas outras versões ele comporta du as pessoas).
O potencial de toda a gama da família Sprinter é gigantesco e poderá ser explo
Segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículo Automotores), 57,7% das vendas totais de veículos comerciais este ano foram vendas direta (da fábrica para frotistas). Essas vendas em lotes é muito comum no caso da Mercedes-Benz. Recentemente, temos dois exemplos mostrados nessas fotos.
Em julho deste ano, a Mercedes-Benz Vans e sua concessionária Ceará Diesel fizeram a entrega de 20 Sprinter Van 15+1 teto alto para o aplicativo de transporte compartilhado TopBus+, de Fortaleza. O TopBus+ teve o início das atividades em dezembro de 2019 e dados de junho deste ano mostram que o crescimento de pessoas que fazem o uso do aplicativo foi de 164% desde então. A empresa atende mensalmente mais de 35 mil passageiros por mês, transportando mais de 1.300 passageiros nos dias
úteis. Além de toda segurança e conforto da linha Sprinter, o serviço de aplicativo mostra facilidade em pagar a viagem pelo aplicativo, sendo possível até mesmo o pagamento via bilhete único ou vale transporte.
A maior entrega do ano foi realizada para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Foram 400 ambulâncias Sprinter 416. “Essa venda, realizada por meio do nosso concessionário parceiro, Grupo De Nigris, reafirma a posição da Mercedes-Benz entre as principais fornecedoras de ambulâncias e ressalta a confiabilidade dos clientes em nossos produtos. Oferecemos as melhores soluções do segmento de Large Vans para essa área de atuação e continuaremos focados em atender as principais demandas do mercado”, afirma Fabio F. Silva, gerente de Vendas de Vans da Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil.
Como apoio na formação de futuras condutoras de furgões, a Mercedes-Benz Vans cedeu um furgão Sprinter para o treinamento realizado pela Fabet, fundação de educação no transporte sem fins lucrativos. Para atender uma grande necessidade de inclusão de mulheres no transporte, principalmente, no de entregas urbanas, a Fabet criou turmas específicas para a formação de condutoras. Além de oferecer desenvolvimento técnico e aumentar a empregabilidade das participantes, o curso também aborda temas como empoderamento, inteligência emocional, atendimento ao cliente, responsabilidade e compromisso profissional. “É fundamental ter uma Sprinter Furgão nas aulas práticas. Para o desenvolvimento da competência técnica é necessário aliar teoria e prática, aplicando os conceitos da direção segura, eficiência e economia na operação. Graças a essa importante parceria podemos oferecer essa formação”, afirma Salete Argenton, gerente geral da Fabet-SP.
rado pela filial brasileira no futuro. São mo delos disponíveis em outros países e a dis ponibilização no Brasil é sempre analisada conforme o potencial de vendas.
Apesar de mais de 87% das estradas brasileiras serem sem pavimento, a oferta de veículos comerciais 4x4 no Brasil é bai xa. Para o mercado europeu, a Mercedes -Benz já conta no portfólio dela com as ver sões 4x4, tanto para furgões, vans de pas sageiros e chassis-cabine. Os transporta dores de passageiros, cargas e prestado res de serviços só contam com veículos 4x4 das marcas Agrale, Volare e Volkswa gen, considerando as categorias até 11 to neladas de PBT.
A compra de veículos comerciais movi dos por energias mais limpas cresce com a agenda ESG (sigla em inglês para meio ambiente, responsabilidade social e gover nança corporativa). Mesmo ainda não ten do a Sprinter com motor elétrico à ven da no Brasil, a Mercedes-Benz Vans já es tá adiantada no mercado europeu e, com certeza, a preparação para futuro lança mento no País está nos planos da área de
desenvolvimento da filial brasileira, inclusi ve, porque concorrentes como a BYD, Peu geot, Citroën e Fiat já estão conquistando este mercado ESG. Sem dizer quando, a Ford também já confirmou que vai lançar o furgão eTransit no Brasil.
A eSprinter já terá uma segunda gera ção no Hemisfério Norte, com produção programada em três fábricas da empresa: Düsseldorf e Ludwigsfelde, na Alemanha, e em North Charleston, nos Estados Unidos.
A primeira geração da eSprinter foi apre sentada em dezembro de 2019 na Alema nha. Inicialmente, ela foi oferecida na versão furgão com PBT de 3.500 kg e capacidade de carga volumétrica de 11 m3. A unidade elétrica no eSprinter aciona as rodas dian teiras com um motor de 85 kW (saída de pico) e torque de até 295 Nm. Além disso, um conceito flexível de carga e bateria per mite a adaptação às necessidades individu ais para uso, variando a autonomia até 168 km e com carga máxima de 891 kg.
Para a próxima geração, a partir do se gundo semestre de 2023, a Mercedes-Benz Vans vai anunciar novas versões, maior au tonomia, e para novos mercados, por en quanto, EUA e Canadá.
A Sprinter 4x4 é oferecida no mercado europeu para serviços públicos e transporte durante os períodos de neve. Ao lado, a primeira eSprinter produzida em série
Após quatro anos de desenvolvimento com tecnolo gia nacional e mais de 150 mil quilômetros rodados com clientes, a Marcopolo iniciou em agosto des se ano a produção em série do Attivi, ônibus 100% elétrico. Com produção prevista de 30 unidades até o final desse ano, o veículo é movido a bateria com 394KW, cuja autonomia atinge até 250 quilômetros. Com mais de 53% de participação, a empresa se posiciona como líder de mercado no seu segmento.
O início de produção do Attivi sinaliza a aposta da com panhia na tecnologia nacional na área da eletromobilidade. O CEO da Marcopolo, Jaime Bellini, lembrou que há anos a empresa está envolvida em diferentes projetos de veículos movidos a combustíveis renováveis. Destacou também que a tecnologia limpa é uma tendência mundial e que fazer par te da criação de um ônibus elétrico nacional valoriza a enge nharia da empresa.
Ainda de acordo com o executivo, a iniciativa reforça a expertise e a tradição da Marcopolo na estruturação de ope rações de eletromobilidade. “Esse trabalho contribui com o desenvolvimento de projetos que irão ajudar a ditar os novos
rumos da mobilidade”, acrescentou Bellini.
O projeto de eletromobilidade da Marcopolo se estende ao desenvolvimento de uma solução completa de mobilida de urbana sustentável, assegurada pela oferta de serviços, atendimento pós-vendas e peças de reposição o sistema de recarga e manutenção das baterias. A empresa irá disponibi lizar ao mercado ferramentas de telemetria, diagnose remo ta e gestão da energia de recarregamento, bem como outros recursos capazes de entregar ao mercado o melhor custo total de propriedade.
Em outubro do ano passado o Attivi começou a rodar em regime de operação assistida para a obtenção de aná lises de desempenho. O veículo circulou sem passageiros em trajeto curto na área central da cidade de Santo André, no ABC Paulista. Antes de ser apresentado na Lat.Bus, em São Paulo, no início de agosto, o Attivi tinha sido uma das novidades da Expo Foro, a principal feira de transporte de cargas e de passageiros do México.
O projeto do Attivi atende às diferentes alternativas do setor de transportes, tanto no Brasil quanto em outros pa íses. Sua plataforma aceita outras soluções de mobilidade, como piso alto para certas aplicações. Atualmente mais de 300 ônibus elétricos e híbridos da Marcopolo, produzidos com chassis de parceiros, operam na Argentina, Colômbia, Índia e Brasil. Outros destaques da empresa são uma uni dade movida a hidrogênio em operação na Austrália, além de parceria com a Universidade de São Paulo (USP).
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