Transporte Mundial 219

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CONCORRENTES COM TRADIÇÃO

2 BYD ET5 exibe agilidade no trânsito

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Faltam motoristas e um pouco mais

Afalta de motoristas de caminhão não é um detalhe técnico ou um contratempo passageiro. A realidade é outra, trata-se de uma ameaça à espinha dorsal da logística nacional. A escassez de condutores é velha conhecida dos transportadores e poderá se agravar nos próximos anos devido ao desinteresse pela profissão, também familiar, centralizado em itens como as longas jornadas, baixos salários, falta de reconhecimento, insegurança nas estradas e infraestrutura precária entre outros motivos. Pesquisas recentes da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) confirmam o que o setor sente na pele: os motoristas envelheceram e não houve renovação à altura, pois a maioria tem idade acima dos 40 anos. Um estudo divulgado em 2024 pelo Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC) mostrou que mais de 75% dos novos contratados têm entre 31 e 50 anos. Já a CNT revelou que apenas 2% dos caminhoneiros têm menos de 25 anos. A maior parte está entre 36 e 55 anos. Em outras palavras, a profissão que passava de pai para filho mudou. Atualmente, a grande maioria dos jovens está virando as costas para o caminhão. Esse desinteresse, que também se observa em outros países, tem consequências mais acentuadas no Brasil. Aqui, mais de 60% do transporte é feito por rodovias e o contínuo crescimento do volume de cargas é indicativo de uma demanda cada vez maior por caminhões. Sem motoristas, a conta simplesmente poderá não fechar dentro de alguns anos. Há esforços sendo feitos com programas de instituições públicas e privadas e transportadoras para tornar a profissão mais atrativa. Ao que parece, boa parte do esvaziamento da profissão poderia ser resolvida com melhores condições de trabalho e salários mais atrativos. Mas isso exige profissionais mais qualificados ao posto, o que significa outro lado do problema.

João Geraldo

Editor

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EDIÇÃO Nº 219 - ABRIL-MAIO/2025

Publicação de:

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É proibida a reprodução total ou parcial de textos e fotos desta edição sem prévia autorização. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da revista Transporte Mundial.

Impressão e Acabamento: Lar Anália Franco (Grafilar Centro Pofissionalizante Gráfica e Editora)

Distribuição em todo o Brasil: RAC Mídia (11) 98145-7822 – contato@racmidia.com.br

06 Planeta Truck

O mundo dos caminhões

11 Planeta Bus

Foco no transporte de passageiros

16 Úl tima Milha

Veículos peças-chave na distribuição

22 Sprinter

Modelos Street ganham novo motor

26 Comparativo: MB e VW

Caminhões leves com tradição

34 Impressões: BYD

Leve elétrico é agil no trânsito

38 R ecapagem de pneus

Fabricante investe em qualidade

42 Cubos de rodas

Dispositivo ajuda a reduzir consumo 46 Ford Maverick

Picape urbana e robusta

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MB AROCS ELÉTRICO

ROBUSTEZ E VENDAS

A Mercedes

destaca que o Arocs elétrico é tão robusto quanto a versão com motor diesel. O início das está previsto para 2026

AMercedes-Benz Trucks apresentou Feira de Bauma o Arocs elétrico 8x4 nas versões para 32 e 41 toneladas destinado a operar como betoneira ou basculante. O maior evento mundial de máquinas para construção e mineração, realizado a cada três anos cidade de Munique, na Alemanha. A mais recente edição da Feira Bauma aconteceu de 7 a 13 de abril de 2025.

Segundo a fabricante, o Arocs tem sido um dos veículos mais importantes do transporte na construção civil há anos. O modelo, informa, se destaca potência e eficiência, mesmo sob condições operacionais severas, tanto fora de estrada quanto na estrada. Inicialmente, o eArocs será disponível nas duas versões e quatro opções de entre-eixos.

Por ser livre de emissões de CO2 quando em movimento, o eArocs 400 pode circular em zonas de zero emissões, como as áreas centrais das cidades. O veículo é indicado também para áreas com limitações quanto a emissões sonoras, como zonas residenciais e próximas a hospitais e escolas, bem como canteiros de obras que operam à noite.

O eArocs 400 é movimentado com motor elétrico potente de 380 kW (equivalente a 516 cv) e 450 kW em performance máxima e transmissão de 3 marchas. O veículo traz dois grupos de baterias com capacidade total de 414 kWh e alta durabilidade graças à tecnologia de célula de lítio e fosfato de ferro. Quando usado como betoneira, a sua autonomia é de até 200 quilômetros sem recarga intermediária. A versão para basculante roda até 240 km com uma carga da bateria. Stina Fagerman, chefe da área de Marketing, Vendas e Serviços da Mercedes-Benz Trucks destaca que o eArocs 400 é tão potente e robusto quanto o Arocs com motor a diesel. Achim Puchert, CEO da Mercedes-Benz Trucks, lembrou que o eArocs demonstra que a companhia continua a expandir seu portifólio de caminhões a bateria dando sequência aos modelos para o transporte de distribuição e de longa distância. Segundo a Mercedes-Benz Trucks, o início das vendas está previsto para o 1º trimestre de 2026, com a primeira entrega devendo ocorrer no 3º trimestre.

PE SADÃO XDE260 DE MINERAÇÃO

O caminhão de mineração XDE260 da empresa chinesa A XCMG Brasil está previsto para chegar ao mercado brasileiro no segundo deste ano. Destinado a operar em minas a céu aberto de grande escala, o veículo já passou por testes em uma mineradora brasileira. Esse caminhão de mineração utiliza um sistema de propulsão diesel-elétrico. Isso significa que ele é equipado com um motor a diesel para gerar a energia que alimenta um sistema de acionamento elétrico de corrente alternada. Com uma potência de 1.865 kW (2.500 BHP a 1.800 rpm) e uma carga nominal de 240 toneladas, o XDE260 foi projetado para transportar carga nominal de 230 toneladas. Vale lembrar que BHP (Brake Horsepower) é a potência medida diretamente no virabrequim do motor, sem considerar perdas mecânicas causadas por componentes como câmbio, alternador, bomba d’água etc.

Segundo a XCMG, o seu caminhão minerador já demonstrou produtividade e baixo custo operacional em diferentes lugares do mundo. Essas regiões incluem minas de carvão em Shaanxi (China) e Mongólia, assim como uma mina de cobre no Equador. Ainda segundo a fabricante, um de seus caminhões já acumulou 18 mil horas de trabalho na mina de cobre Jiangxi, no Sudeste da China. Outro já soma 14 mil horas em operação na mina de cobre Tibet Julong, situada a 5.400 metros de altitude na Região Autônoma do Tibete.

A XCMG informa que a carroceria é leve e foi projetada para minimizar o peso morto do veículo, item que contribui para a economia de combustível. Estima-se que para cada 10% de redução no peso médio, ocorra uma economia de combustível de aproximadamente 4%. Outrossim, o sistema de frenagem dinâmica utiliza os motores elétricos para aumentar a segurança e a eficiência energética.

Por fim, o caminhão também integra um ventilador de embreagem com controle de temperatura, que reduz ruídos e melhora o consumo de combustível.A cabine segue os padrões ISO ROPS/FOPS para segurança e ergonomia do operador. Conforme declara a fabricante, o XDE260 apresenta uma taxa de disponibilidade acima de 90% nas operações globais.

NOVO SCANIA 460 6X4 A GÁS

A Mercedes-Benz Trucks recebeu um pedido da AmO Caminhão a gás RH 460 6x4 X-gas é o mais recente lançamento da Scania como opção de combustível ao diesel.

Com capacidade para ser abastecido com 311 metros cúbicos de gás nos cilindros, o modelo tem autonomia para até 450km com GNV ou Biometano. “Teremos duas opções de capacidade máxima de tração (CMT), de 90 toneladas, sem redução nos cubos, e de 150t com redução nos cubos”, diz Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil.

O novo Scania a gás utiliza de linha a cabine G, porém, graças à Resolução CONTRAN nº 1.015/2024 autoriza o aumento de uma tonelada no peso permitido por eixo

dianteiro de caminhões que utilizam tecnologias de propulsão alternativas ao diesel, o modelo é opcionalmente oferecido com cabine R. A cabine G, por sua vez, apesar de sua altura interna ser mais baixa que a R, oferece bom espaço interno sendo mais indicada para operações mistas, transporte regional e construção civil, além de ter custo menor.

Já cabine e mais alta disponibiliza mais espaço para o motorista e seus pertences sendo ideal para operações de longas distâncias.

Gallao lembra que a R com teto alto é a mais vendida e destaca a vantagem do 6x4 poder tracionar composições de até 74 toneladas de PBTC, além de poder ser financiado via CDC Verde pelo Banco Scania.

FOTON SEMIPESADO

A Foton anunciou o ingresso da marca no segmento de caminhões semipesados no mercado brasileiro. O modelo de estreia é o Auman D 1722 montado na linha de produção da empresa chinesa dentro das instalações da Agrale, em Caxias do Sul/RS, inaugurada em abril desse ano.

O veículo é equipado com trem de força formado pelo motor Cummins F4.5 de 4 Cilindros, com 220 cavalos de potência, 820 Nm de torque e sistema de injeção common rail. A caixa de transmissão manual é fornecida pela ZF e conta com seis marchas à frente e uma à ré. O modelo atende à configuração de eixos 4x2 para 16 toneladas de PBT e 6x2 para 26 toneladas.

O semipesado da Foton conta com conjunto da suspensão dianteira e traseira formado por molas parabólicas, amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora. O Foton 1722 traz também o pacote de segurança com ABS (Sistema de Freios Antibloqueio), ESC (Controle Eletrônico de Estabilidade), HSA (Assistente de Subida de Ladeira) e ASR (Controle de Tração)

Outros itens destacados pela marca são os comandos multifuncionais no volante, ar-

-condicionado automático, painel de instrumentos com tela colorida multifuncional de 7 polegadas, sistema de controle de cruzeiro e conectividade via Bluetooth que permite chamadas em viva-voz e streaming de áudio.

Segundo a Foton, a cabine tem basculamento elétrico e seu interior é ergonômico com ampla visibilidade e fácil acesso aos comandos. O assento do motorista conta com amortecimento pneumático, os faróis são acesos automaticamente por sensor crepuscular, além de para-choque reforçado.

MODELO DE ESTREIA Caminhão médio da Foton tem motor de 220cv e transmissão manual de 6 velocidades fornecida pela ZF

HYUNDAI FUEL CELL

PRODUÇÃO EM SÉRIE

Fabricante afirma que o seu novo caminhão é o primeiro modelo pesado a hidrogênio produzido em série

O novo caminhão pesado Hyundai XCIENT FC foi apresentado pela empresa nos Estados Unidos durante Advanced Clean Transportation (ACT) Expo 2025 em Anaheim, Califórnia (EUA. A empresa afirma que se trata do primeiro caminhão pesado movido a hidrogênio produzido em série no mundo. Lançado em 2020, e PBTC de 37 toneladas, o XCIENT Fuel Cell já foi comercializado em 13 países, registrando mais de 13 milhões de quilômetros rodados na Suíça, seu primeiro mercado.

O XCIENT conta com um sistema de célula de combustível de hidrogênio atualizado e, desde 2021, passou por testes em diversos climas e casos de uso na América do Norte. Segundo a Hyundai, combinados com a

colaboração contínua com os operadores de frotas esses testes garantiram que o veículo atenda com sucesso diversas necessidades de condução dos clientes, incluindo transporte portuário e logística de média distância no mercado norte-americano, para o qual foi projetado.

Alimentado por um sistema de célula de combustível de hidrogênio de 180 kW, o XCIENT é equipado com duas baterias de 90 kW, garantindo uma geração de energia constante, uma bateria de 72 kWh e motor elétrico de 350 kW que fornece torque máximo de 2.237 Nm.

As atualizações internas da cabine incluem um painel de instrumentos totalmente digital de 12,3 polegadas, oferecendo informações rápidas e claras. Conta também com um sistema de infoentretenimento com tela sensível ao toque de 12,3 polegadas e botões físicos integrados ao console central para conveniência e ergonomia.

O veículo conta também com Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista (ADAS) projetados para melhorar a segurança e minimizar a fadiga do motorista. O pacote inclui Sistema de alerta e frenagem autônomo (FCA), Alerta de Saída de Faixa (LDW), Controle de Cruzeiro Adaptativo (SCC), Alerta de Colisão em Ponto Cego (BCW), Alerta de Colisão em Ponto Cego Próximo (BCW-NEAR) e Alerta de Colisão Frontal Próxima (FCW-NEAR).

ACOPLAMENTO AUTOMÁTICO

A Jost apresentou um sistema de acoplamento do semirreboque ao cavalo mecânico que dispensa a saída do motorista da cabine do caminhão. Segundo a empresa, a operação é realizada de forma rápida, automática e segura. Com tecnologia de sensores, todas as etapas do processo de engate são monitoradas, e o motorista recebe orientações por meio de um controle remoto. O sensor da placa de suporte, por exemplo, indica quando a placa do reboque está em contato, enquanto a posição do pino mestre também é acompanhada por sensores.

Denominado Jost KKS, o sistema executa diversas funções remotamente, sem que o motorista precise deixar seu posto ao volante. Entre elas estão a abertura da quinta roda, o rebaixamento do trem de pouso e a conexão dos cabos em espiral, bem como das conexões de ar e freio.

A empresa apresentou também O Jost King Pin Finder, uma câmera integrada ao sistema de acoplamento da quinta roda, que auxilia o processo e transmite imagens diretamente para o painel de instrumentos na cabine.

Outro componente do sistema automático de acoplamento KKS é o trem de pouso elétrico Mo -

dul E-Drive. De acordo com a Jost, essa solução é especialmente útil quando o acesso ao trem de pouso é restrito ou quando o reboque precisa ser acoplado e desacoplado com frequência. O sistema se desliga automaticamente ao detectar contato com o solo e permite operação manual.

A empresa também apresentou o KKS-U, um conector adaptável a semirreboques que já estão em operação. O dispositivo controla todas as conexões mecânicas, elétricas e pneumáticas entre o caminhão e o reboque, eliminando a necessidade das tradicionais linhas espirais de ar, energia elétrica e sistemas ABS/EBS, mais suscetíveis a danos.

5 MIL CAMINHÕES ELÉTRICOS

A Volvo Trucks celebrou no mês de abril a entrega de 5 mil caminhões elétricos a clientes em 50 países. A empresa iniciou a venda de caminhões movidos a bateria em 2019 e calcula que esses veículos já percorreram 170 milhões de quilômetros. Os primeiros Volvo elétricos chegaram ao Brasil em 2023 para testes e demonstrações. Até o mês passado, havia registro de 15 unidades licenciadas do FM Electric.

A primeira empresa no Brasil a firmar contrato para o uso comercial de caminhões Volvo elétricos é a Reiter Log, com cinco caminhões em operação no transporte de cargas industrializadas. Outras 10 unidades do FM Eletric operam na logística de transporte de componentes entre fornecedores e a fábrica da Volvo em Curitiba. Ano passado, a empresa Cavo, iniciou testes na coleta de resíduos em Curitiba com um caminhão Volvo elétrico operando como compactador de resíduos domésticos. Além do Brasil, caminhões elétricos da marca operam

OPÇÃO PARA CABINE R Scania 460 6x4 a gás autonomia para até 400km abastecido com GNV ou Biometano

em outros países da América Latina como Uruguai e Chile. No mercado global, a linha de caminhões elétricos Volvo atende a diversas aplicações. Os veículos operam na distribuição urbana e regional e nos segmentos de coleta de resíduos. Segundo a Volvo Trucks, principais mercados para caminhões elétricos a bateria são a Alemanha, Países Baixos, Estados Unidos, Noruega e Suécia.

ANOS DE MERCADO

A Volvo iniciou as vendas de caminhões elétricos há mais de cinco anos

MICRO-ÔNIBUS MOVIDO A GÁS

AUTONOMIA

DE 400 KM

Volare Fly 10 movido a GNV e Biometano tem autonomia de até 400 km dependendo da aplicação

Já estão em operação nas cidades de Guarulhos/SP e Belo Horizonte/MG as primeiras unidades do micro-ônibus Volare Fly 10 GV movidos a gás veicular (GNV e Biometano). A fabricante informa que o modelo é disponível para os segmentos urbano, executivo e escolar, podendo ser expandido para outros modelos que integram o portfólio da marca.

A Volare está promovendo apresentações do Fly 10 GV para operadores e órgãos gestores em diversas regiões do Brasil. O modelo movido a gás é uma opção a mais no portifólio da empresa de veículos movidos por combustíveis alternativos ao diesel. Ano passado, a fabricante já havia apresentado micro-ônibus Attack 10 Híbrido (etanol/elétrico)

A versão do Volare Fly 10 movida a GNV e Biometano é equipada com três cilindros com capacidade de armazenamento de 360 litros e autonomia de até 450 quilômetros, dependendo da aplicação. Outras características do veículo são os sistemas eletrônicos de controle de tração e estabilidade e bloqueio com porta aberta.

De acordo com a Volare, o motor a gás foi desenvolvido para operar com gás garantindo excelente relação de potência e desempenho, em qualquer proporção. A empresa reforça que além da economia operacional, as emissões de Materiais Particulados são reduzidas em até 96% e de 84% dos gases que provocam o efeito estufa.

FLEET BUS E SERVIÇOS 24h

NOVO

SERVIÇO

Serviço 24 h está voltado para ônibus urbanos dentro do período de garantia

A Mercedes-Benz passou a oferecer desde o início de maio, juntamente com o o serviço de telemetria FleetBus, agora item de série, o Service 24h, com atendimento para ônibus urbanos de sua fabricação. A novidade está disponível nas 180 concessionarias da rede em todos Estados do País. Também pode ser acessada pelo 0800 970 9090, ou pelo ZapBenz (11) 94111-1234.

De acordo com Walter Barbosa, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, o o Service 24h está voltada especificamente para ônibus urbanos, dentro do período de garantia, que apresentem falhas mecânicas ou elétricas que o impeçam o veículo de rodar, que estejam localizados na garagem do cliente ou em estradas/rodovias e a mais de 50 km do concessionário. “Nesses casos, o deslocamento de mecânicos ou eletricistas do Mercedes-Benz Service 24h até o local da pane será custeado conforme as diretrizes do programa”, diz Barbosa.

O executivo acrescenta que o novo serviço reforça o compromisso da Mercedes-Benz de sempre entregar novas soluções dedicadas a clientes de ônibus. Ele destaca como exemplo o recente lançamento do sistema de telemetria FleetBus para gestão de frota. “O FleetBus, que é um case de sucesso no mercado, passou a ser item de série. Temos cerca de 470 ônibus vendidos juntamente com a contratação deste serviço, entre modelos BlueTec 6 a diesel e também elétricos”, afirma.

O portfólio Mercedes-Benz inclui outros serviços dedicados a clientes do setor de transporte de passageiros, como os Planos de Manutenção Best Basic, Complete e Complete Plus específicos para ônibus. Outro item destacado por Walter Barbosa é o Estoque Consignado, que dá ao cliente a opção de armazenar peças Mercedes-Benz em suas próprias instalações ou oficinas. “Isso garante a disponibilidade em tempo real, com atendimento eficiente e rapidez no fornecimento de peças, conclui.

VolksBus no transporte público de Aracaju

A Volkswagen Caminhões e Ônibus irá entregar 24 novos chassis Volksbus 17.230 para a Viação Atalaia, uma das empresas operadoras do transporte público de Aracaju/SE. A aquisição renova a frota da capital sergipana com veículos zero km equipados com ar-condicionado e sistema sistema Wi-Fi.

Os novos veículos têm motor de 225cv @ 2.300 rpm e torque má-

ximo de 850 Nm @ 1.300 - 1.800 rpm e sistema Common Rail. O cambio é o ZF Automático 8AP 900B com 8 marchas à frente e 1 à ré e carroceria Caio Apache VIP. A atualização da frota faz parte da estratégia da Viação Atalaia de oferecer um serviço mais eficiente e alinhado às necessidades da população.

“Ficamos muito orgulhosos em fazer parte desse movimento de renovação do transporte público em Aracaju. O VW 17.230 se destaca pela sua confiabilidade, conforto e eficiência operacional. Esses atributos fazem a diferença no dia a dia da operação”, afirma Jorge Carrer, diretor de Vendas Ônibus da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Em abril do ano passado, a Viação Atalaia já havia feito uma aquisição de 30 chassis do modelo VW 17.230. Para a Volkswagen Caminhões & ônibus, a continuidade desse investimento reforça a escolha da operadora pela qualidade e pelo desempenho dos produtos da marca no segmento de transporte urbano.

TEVX HIGER NO NORDESTE

AZURE A 12 NO NORDESTE Ônibus elétrico da TEVX Higer vai rodar em regime experimental em duas linhas circulares na cidade de Aracaju/SE

COMBUSTÍVEL ECOADITIVADO

Desde 20 de janeiro deste ano, um ônibus elétrico TEVX Higer Azure A12 BR, com 12 metros de comprimento, está em operação experimental nas linhas circulares 001 e 002 de Aracaju/SE, que conectam a Zona Norte à Zona Sul da cidade. O modelo transporta até 76 passageiros e possui autonomia de 300 quilômetros por recarga, que pode ser aumentado em 30% graças ao sistema de freios regenerativos. O conjunto de baterias de 385 kWh pode ser recarregado em até 2,5 horas.

O Azure A12 BR possui piso baixo total, sistema de ajoelhamento da suspensão, área para cadeira de rodas com assento dobrável e rampa de acesso. Oferece Wi-Fi integrado, tomadas USB em todos os assentos, sistema de ar-condicionado com saídas individuais e vidros com tratamento UV. Equipado com painel digital e câmeras externas, o modelo tem construção em monobloco.

Atualmente, o Azure A12 BR também opera em Cascavel/PR e Belém/PA e tem unidades em demonstração em Florianópolis/SC, Campinas/SP, Curitiba/PR, Salvador/ BA e São José dos Campos/SP.

A distribuidora de combustíveis RodOil e a Visate, concessionária de transporte coletivo urbano em Caxias do Sul/RS, iniciaram uma parceria para testar o primeiro ônibus da região Sul do Brasil com diesel DuraMais+. O combustível ecoaditivado promete reduzir em até 50% as emissões de poluentes e aumentar em até 10% a eficiência.

“A adoção de combustíveis mais limpos no transporte público é essencial para reduzir emissões e promover um futuro mais sustentável”, destaca Roberto Tonietto, presidente da RodOil. Segundo ele, projetos como este demonstram que inovação e responsabilidade ambiental podem caminhar juntas, beneficiando frotas e a população.

A iniciativa também inclui a comercialização de espaços publicitários no veículo em teste, com os valores arrecadados destinados à Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM) via Funtran. Quando o valor da tarifa for recalculado, os custos serão descontados da arrecadação da publicidade, funcionando como um subsídio para reduzir o preço da passagem.

“Essa iniciativa representa um avanço importante para a sustentabilidade do transporte público e é um benefício direto para os passageiros”, afirma Gustavo Marques dos Santos, diretor executivo da Visate. “A parceria com a RodOil é um excelente exemplo de como a publicidade pode ser uma solução eficaz para reduzir os custos do transporte público”, complementa. O veículo circulará pela cidade ao longo de 2025.

EMPRESA ADQUIRE 212 ÔNIBUS MARCOPOLO

A Parvi Transportes/RCR, uma das principais operadoras de transporte das regiões Norte e Nordeste do Brasil, e pertencente ao Grupo Parvi, está renovando a sua frota com 212 novos ônibus Marcopolo rodoviários Paradiso 1800 Double Decker e Ideale 800, além de micro-ônibus Senior na versão fretamento.

Segundo a fabricante, os veículos foram entregues pela representante comercial da Marcopolo, a Polobus Comércio LTDA. Do total de ônibus negociado, 148 unidades do modelo Ideale 800, 56 Senior, os oito Paradiso 1800 DD. Os ônibus estão sendo utilizados em operações da Vale nas cidades de São Luís, no Maranhão, e Parauapebas, no Pará.

Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais mercado interno e marketing da Marcopolo, diz que o programa de renovação de frota da Parvi Transportes é referência para o mercado brasileiro, garantindo tanto aos passageiros quanto os motoristas acesso aos ônibus mais avançados do mercador, com benefícios que se traduzem em segurança, conforto e eficiência. O executivo acrescentou que os modelos rodoviários Paradiso 1800 Double Decker destinados às operações de turismo na região Nordeste são os primeiros adquiridos pela empresa.

DIFERENTES MODELOS

O lote total de ônibus conta com modelos Ideale 800, Senior e Paradiso DD. Os veículos foram destinados à região Norte

MERCADO DE ÔNIBUS DEVE SUPERAR 2024

O mercado de ônibus encerrou o primeiro trimestre de 2025 com 5.509 veículos licenciados, resultado 34,5% superior aos 4.095 registrados no mesmo período do ano passado. Para Walter Barbosa, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, o setor atravessa uma fase de recuperação e esse ano deve registrar um desempenho melhor que em 2024.

Ele acredita que o total de 22.300 ônibus licenciados em certamente 2024 será superado. Também explica que o resultado de vendas do ano passado já representou um crescimento de 10% em relação a 2023, que já sido considerado um dos melhores desempenhos da última década.

Caso sua projeção de crescimento se confirme, o mercado em esse ano poderá alcançar 25 mil unidades, ou até um

1º TRIMESTRE DE 2025

pouco mais. No entanto, ele ressalva que o resultado final dependerá de outros fatores bem como do volume de veículos escolares que será emplacado este ano. A estimativa é que cerca de 6 mil ônibus sejam licenciados.

O executivo atribui o bom momento do setor - especialmente no segmento urbanoa uma combinação de fatores, como os programas federais Novo PAC, Refrota e Fundo Clima, além de condições econômicas e políticas favoráveis ao transporte coletivo.

CRESCIMENTO

Setor atravessa um bom momento, diz Barbosa

PEÇAS-CHAVE NA

LOGÍSTICA URBANA

Impulsionados pelo crescimento do e-commerce, os veículos leves de carga se consolidam como protagonistas da logística urbana, atividade que exige eficiência e agilidade nas operações de entregas de compras feitas pela Internet.

Impulsionados principalmente pelo crescimento das compras online, os Veículos Urbanos de Carga (VUCs) de variados portes e capacidades de carga seguem ganhando espaço na paisagem urbana. Sejam movidos por motores a combustão (alimentados por diesel, gasolina, etanol ou gás natural) ou baterias elétricas, a oferta e vendas desses modelos voltados às entregas urbanas não para de crescer, integrando cada vez mais a frota urbana de empresas de transporte de todos os portes.

A demanda por entregas rápidas tem aumentado o uso de furgões grandes (da categoria Large Van), furgões médios e compactos (furgonetas) como peças-chave na logística de última milha. Parte desse mercado também é atendida por caminhões leves, com PBT entre 6 e 10 toneladas preparados para operar em áras urbanas com restrições de tráfego.

Vale destacar que modelos elétricos livres de emissões e ruídos, vistos como

Texto João Geraldo

CONFORTO E EFICIÊNCIA

Os veículos de distribuição urbana contam com recursos de conforto e tecnologias embarcadas com foco na redução de custos e maior produtividade

ideiais para circulação nas áreas urbanas já são uma realidade nas operações de distribuição urbana, porém, o elevado custo de aquisição, infraestrutura de recarga das baterias limitada, além de preocupações relacionadas à autonomia etc, são ainda obstáculos para uma expansão mais rápida da frota movida a bateria. Mesmo assim, aos poucos os veículos comerciais elétricos ganham espaço nas operações urbanas.

Entre os modelos elétricos disponíveis atualmente - com variações de comprimento, altura, capacidade de carga e autonomia - constam Renault Kangoo E-Tech, Fiat e-Scudo, Peugeot e-Expert, Citroën e-Jumpy, Mercedes-Benz eSprinter, Ford E-Transit, Iveco Daily e modelos da BYD e Foton entre outros.Também cabe lembrar que até agora somente o Volkswagen e-Delivery, nas versões Leve e Médio, é produzido no Brasil

A frota urbana de veículos comerciais, es-

pecialmente os modelos mais novos, disponibilizam tecnologia digital embarcada e sistemas de segurança ativa. A proposta é oferecer uma experiência de direção similar à dos automóveis. Por isso contam com recursos como centrais multimídia compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto são itens comuns a bordo.

Também contam com sistemas de rastreamento, telemetria e controle de frota. Os fabricantes também oferecem serviços como planos de manutenção e assistência técnica para garantir maior disponibilidade dos veículos com foco na produtividade e rentabilidade. No campo da segurança, os modelos mais recentes incorporam controle de estabilidade, sensores de estacionamento e câmeras de ré. Itens como ar-condicionado, direção assistida, vidros e travas elétricas também são itens definitivamente incorporados nos veículos do segmento.

GRANDES E MÉDIOS

O Renault Master se destaca como um dos furgões grandes mais vendidos do mercado. Já os médios Fiat Scudo e Peugeot Expert são oferecidos nas versões a diesel e a bateria

DIFERENÇAS

SÓ DE MARCA

Os furgões

Peugeot Boxer e Fiat Ducato

têm diferenças

só de marca e PBTs variados conforme a versão, assim como os modelos de outros fabricantes

Impacto da pandemia e expansão

O isolamento durante a pandemia da covid-19 acelerou a digitalização do consumo e o aumento das compras online elevou a demanda por veículos de pequeno porte para entregas urbanas. Houve crescimento das vendas tanto para grandes empresas de logística que expandiram suas operações quanto para microempreendedores que iniciaram atividades próprias.

A expansão do e-commerce resultou no surgimento de novas empresas especializadas em entregas de última milha, bem como alavancou a diversificação da oferta de produtos de modelos e capacidades de carga de diferentes fabricantes. No caso dos furgões compactos, a carga útil varia entre 600 e 800 kg, com volumes de até 3,3 m³ e PBT em torno de 1.700 a 1.800 kg. Os furgões médios - categoria mais recente no mercado nacional - os veículos

apresentam carga útil média de 1.450 kg e PBT em torno de 3.215 kg, dependendo da configuração, e os furgões grandes carregam até 2.500 Kg.

Expectativa de crescimento

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em 2024 o e-commerce brasileiro movimentou cerca de R$ 205 bilhões, um crescimento de 10% em relação a 2023. A expectativa é de que o setor avance entre 9% e 12% ao ano até 2027, impulsionado por maior adesão às compras online, investimentos em automação e melhoria da logística de última milha.

Esse cenário aponta que o mercado de veículos urbanos de carga - fundamental para o cumprimento de prazos de entrega cada vez mais curtos exigidos pelo comércio eletrônico - se manterá aquecido e cada dia mais concorrido entre os fabricantes.

FURGÕES E CHASSICABINES Os furgões e chassiscabines MB Sprinter e Ford Transit têm tração traseira, assim como o Kia Bongo e o Volkswagen Delivery Express

POTÊNCIA NO SEG

As versões chassicabine e furgão

Street passam a contar com motor de maior potência e torque. No cenário global, a MercedesBenz Vans celebra a entrega de 5 milhões de veículos da família Sprinter, sendo mais de 200 mil unidades no mercado brasileiro

Desde abril, a Sprinter Street CDI 317 nas versões furgão e chassi-cabine com PBT de 3,5 toneladas, passou a ser equipada com o motor Mercedes-Benz OM654. O novo propulsor 2.0 turbodiesel, de quatro cilindros, entrega 170 cv de potência e 400 Nm de torque. Além do ganho em potência e desempenho, o motor proporciona maior eficiência no consumo de combustível e menor emissão de poluentes. O OM654 começou a equipar a linha Sprinter em 2022 para atender à fase L6 do Proconve, substituindo o antigo OM651. Na ocasião, entregava 150 cv e 330,4 Nm

de torque. Após recalibragem realizada em 2023, passou a atingir os números atuais, reafirmando seu foco em performance e sustentabilidade.

Entre os destaques técnicos do OM654 está o bloco 100% em alumínio, pistões de aço com perfil escalonado e revestimento interno dos cilindros, fruto da tecnologia Nanoslide® - um processo desenvolvido pela própria Mercedes-Benz, que inclui uma camada ultrafina e extremamente resistente de ferro-carboneto. Essa inovação substitui as camisas de ferro fundido normalmente utilizadas em blocos de alumínio.

Texto
João Geraldo

MENTO SEMILEVE

Segundo a fabricante, essa combinação tecnológica reduz o atrito interno, prolonga a vida útil do motor, diminui o consumo de combustível, reduz as emissões e contribui para o menor peso do conjunto. A tecnologia Nanoslide® é exclusiva da Mercedes-Benz e já foi aplicada em motores de alto desempenho da Mercedes-AMG e da equipe Mercedes de Fórmula 1.

Marca de 5 milhões de unidades

Em abril, a Mercedes-Benz celebrou o marco global da produção de 5 milhões de Sprinter. O veículo que simboliza essa marca foi mon-

tado na fábrica da Mercedes-Benz Vans em Charleston, na Carolina do Sul/EUA e entregue à FedEx, uma das principais empresas clientes da marca.

A planta de Charleston, inaugurada em 2006, é a única fábrica da Mercedes-Benz na América do Norte dedicada à produção de vans. Em 2018, a planta passou por uma ampla atualização para viabilizar a montagem da terceira geração da Sprinter.

O projeto de modernização incluiu a construção de uma nova área de carroceria, oficina e ampliação da linha de montagem. Em 2024, a fábrica recebeu um investimento

AVANÇO E EFICIÊNCIA

O novo motor tem 170cv de potência e 400 Nm de torque. Técnicamente avançado, o propulsor é também mais eficiente e proporciona maior redução de consumo

fotos
Divulgação

FROTA URBANA MERCEDES-BENZ

3 DÉCADAS NO BRASIL

Desde a chegada ao Brasil, em 1996, a Mercedes vendeu mais de 200 mil Sprinter furgão, chassi-cabine

e van para o transporte de passageiros

de US$ 50 milhões para iniciar a produção da nova eSprinter elétrica.

Sprinter no Brasil

A Sprinter chegou ao Brasil em 1997, importada da fábrica da Mercedes-Benz em González Catán, na Argentina, onde continua sendo produzida até hoje para abastecer o mercado nacional e outros países da América Latina. Desde então, já se passaram quase 30 anos e mais de 200 mil unidades comercializada a clientes do Brasil.

Em dezembro de 2024, o portfólio foi ampliado com o lançamento das versões elé-

tricas Truck, Furgão e Furgão Vidrado, com opções de 3,5 e 4,25 toneladas de PBT. Um dos principais destaques da Sprinter elétrica é a sua alta autonomia.

De acordo com a Mercedes-Benz Cars & Vans, a versão destinada a passageiros e o furgão podem rodar até 478 quilômetros com uma carga completa, enquanto o chassi-cabine elétrico oferece autonomia de até 329 quilômetros. As unidades elétricas disponíveis no mercado brasileiro são importadas da fábrica da Mercedes-Benz em Düsseldorf, na Alemanha, centro global de produção da eSprinter.

ACCELO DE CARA NOVA O Accelo 917 foi lançado no final do ano passado e tem como um de seus destaques a cabine reestilizada que atende toda a família leve e média da Mercedes

CONCORRENTES

Tecnicamente desenvolvidos para atender às mesmas aplicações, nas mesmas faixas de carga, os modelos Mercedes-Benz Accelo 917 e o Volkswagen Delivery 9.180 têm tradição de décadas de concorrência no segmento de caminhões leves

Texto João Geraldo

COM TRADIÇÃO

Reconhecidos também pela versatilidade e agilidade, os caminhões da categoria leve geralmente são desenvolvidos a partir de projetos que equilibram eficiência no tráfego, capacidade de carga, baixo consumo de combustível e conforto para o motorista. Também se destacam pela facilidade de manobras em áreas urbanas e a excelente relação peso/potência, especialmente se comparados a modelos produzidos no passado, além atenderem operações de curtas e médias distâncias.

Em 2024, o segmento atingiu a marca de 10.237 unidades licenciadas, considerando os modelos de diversos fabricantes. No entanto, mais de 85% desse total são modelos de duas tradicionais fabricantes: Mercedes-Benz (6.237 unidades) e Volkswagen (2.534). Para essa matéria de comparativo, destacamos o Mercedes-Benz Accelo 917 4x2 e o Volkswagen Delivery 9.180 4x2. Como indica o número “9” na denominação de cada modelo, ambos atendem à faixa de 9 toneladas de PBT e também apresentam semelhanças técnicas.

O Volkswagen

Delivery 9.180 faz parte de uma família de modelos campeões de vendas, com longo tempo de atuação no segmento de distribuição urbana

TRADIÇÃO DA MARCA

COMPARATIVO LEVES MB Accelo

Accelo 917

O Accelo 917 é um lançamento recente. Foi apresentado durante a Fenatran 2024 como parte da renovação da linha Accelo 2025. O veículo atende a PBTs de 8,9 e 9,1 toneladas, substituindo ao Accelo 915. A atual linha inclui seis versões, inclusive de modelos médios. Vale lembrar que a família Accelo está presente no mercado brasileiro há 22 anos e já contabiliza cerca de 100 mil unidades licenciadas.

de de carga para operações urbanas sem o cliente migrar para um caminhão médio.

Na mudança da linha Euro 5 para Euro 6, a linha Accelo ganhou novas denominações devido principalmente motorização de maior potência. As versões 715 e 815, por exemplo, foram substituídas pela 817 e a 915, e a 1016 pelo Accelo 1017, além do 1316 6x2 pelo 1317 6x2.

LANÇAMENTO RECENTE

Accelo 917 foi apresentado ao mercado pela primeira vez durante a Fenatran 2024. As primeiras entregas do começaram a serem feitas em janeiro desse ano

MOTORES

Modelo

Cilindros / cilindrada

Potência

Torque

Alimentação

Tanque de diesel (l)

Tanque de Arla (l)

Quando foi lançada, em 2003, o desafio da linha Accelo, com os estreantes Accelo 715 C e 915 C era substituir à altura um ícone no segmento de caminhões leves: o “Mercedinho”. As duas novidades eram equipadam com o mesmo trem de força: motor Mercedes-Benz OM 904 LA, 4 cilindros em linha, 4.250 cm³, potência de 150 cv a 2.200 rpm e torque: 580 Nm entre 1.200 e 1.600. O Accelo 715 C atendia ao PBT de 7.500 kg e o Accelo 915 C 9.500 kg.

O 715C tinha como proposta a facilidade de circulação em áreas urbanas restritas, com custo mais baixo e melhor relação peso-potência para cargas leves. Já o 915 C era a versão reforçada, com maior capacida-

MERCEDES-BENZ ACCELO 917

MB OM 924 LA Blue Tec 6

4 em linha/4,8 l

163cv (120 kW) @ 2.200 rpm

610 Nm (62kgfm) @ 1.200

-1.600rpm

Não informado

75 (opção para 150)

12 (opção para 25)

VOLKSWAGEN DELIVERY 9.180

ISF 3.8 - PROCONVE P-8

4 em linha/3.800 cm³

175cv (129 kW) @ 2.500 rpm

600 Nm @ 1.100 – 1.800 rpm

@Common Rail

150 litros/ 80* (Plástico)

23 litros / 16* (Plástico)

O Accelo 917 é novo. Só foi apresentado ao mercado em outubro de 2024 como parte do lançamento da nova geração. O modelo substituiu principalmente o antigo 915 Euro 5 e o 817 Euro 6 em termos de faixa de PBT. Em resumo, a motorização Euro 6 e a renovação da família Accelo 2025, apresentada na Fenatran 2024, trouxe novas denominações, capacidade de carga e posicionamento no mercado.

Nova cabine e nova potência

Entre as novidades da linha 2025 consta a nova cabine, completamente redesenhada, mais moderna, ergonômica e funcional, disponível nas versões curta e estendida. Segundo a Mercedes-Benz, a modernização teve como proposta a oferta de mais conforto, segurança e eficiência operacional, além de ostentar um toque moderno e futurístico. O Accelo 917 destacado nessa matéria é parte da linha 2025 composta por seis versões: 817 4x2 (PBT de 8,3 t), 917 4x2 (PBT de 8,9 t), 1017 (PBT de 9,6 t), além dos médios 1117 4x2 (10,8 t), 1317 6x2 (13 t) e 1417 6x2 (13,8 t). Todas são equipadas com motor de 170 cv torque de 610 Nm e freio-motor Top Brake. Os pneus variam conforme a versão: 215 na versão de 8,9 t e 235 na de 9,1 t. Os eixos dianteiros e as suspen-

TRANSMISSÃO

Modelo

Relação 1ª/última

MERCEDES-BENZ ACCELO 917

EATON LSO 6205 Manual, 5 marchas

5,76/0,77

VOLKSWAGEN DELIVERY 9.180

EATON ESO 6106A (manual a cabo) 6 marchas /EAO 6106A (automatizada) 6 marchas

6,19:1/0,78:1(manual)/

6,19:1/0,78:1 (automatizada)

OBSERVAÇÕES

O Volkswagen oferece opção de transmissão manual e automatizada

A relação do Accelo é mais longa e permite que o motor opere em rotação mais baixa para atingir a mesma

COMPARATIVO LEVES MB Accelo 917 X VWDelivery 9.180

sões foram redimensionadas para suportar maior capacidade de carga.

O Accelo 917 com PBT técnico de 8,9 toneladas sai de fábrica com pneus 215. Na versão de 9,1 toneladas, os pneus são 235. Como todo caminhão da nova geração, o modelo oferece recursos tecnológicos e foco na redução dos custos operacionais. É um caminhão leve dimensionado para o transporte de diversos tipos de mercadorias, com implemenos frigoríficos, para o transporte de materiais, equipamentos da construção civil, guinchos, entre outras.

O chassi disponibiliza três opções de entre-eixos: 3.100 mm, 3.900 mm e 4.600 mm, permitindo flexibilidade para diferentes tipos de implementos com até 6,90 de comprimento. O para-choque tripartido é um detalhe que ajuda a reduzir custos de reparo provocado por colisões leves.

O Accelo 917 conta com itens de segurança como ABS (sistema antibloqueio de frenagem), ASR (controle de tração), ESP (controle eletrônico de estabilidade) e EBD (distribuição eletrônica da frenagem). Também inclui luzes de frenagem de emergência e assistente de partida em rampa. Bloqueio

transversal do diferencial traseiro é opcional. As primeiras unidades do Accelo 917 começaram a ser entregues aos clientes em janeiro deste ano. Portanto, o número de emplacamentos do modelo e demais e versões da família devem começar a ganhar destaque a partir do segundo trimestre. Isso se deve ao tempo necessário para distribuição à rede de concessionárias, venda e a instalação de implementos.

Volkswagen Delivery 9.180

O Volkswagen Delivery faz parte de uma família de modelos leves campeões de vendas. Também conta com longa trajetória no mercado. O ingresso da marca nessa categoria teve início em setembro de 1982, com o lançamento dos modelos VW 6.80 e o VW 6.90, ambos com PBT de 6 toneladas. Nos dois modelos, a cabine basculante era uma das novidades à época.

O trem de força do 6.80 era formado pelo motor Diesel Perkins de 3.860 cm³, potência de 85 cv e transmissão manual de 5 marchas. Já o VW 6.90 equipado com motor MWM de 3.920 cm³ e potência de 91 cv. A proposta da Volkswagen com o 6.80 era

SUSPENSÃO

Dianteira

Traseira

MERCEDES-BENZ ACCELO 917

Molas parabólicas, amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora

Molas parabólicas, amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora

ATRIBUTOS DA NOVA CABINE

A cabine do VW 9.180, lançada em 2017, é um dos atributos da linha

Delivery. Na versão Euro 6, o Delivery 9.180 foi mantido com a mesma denominação

VOLKSWAGEN DELIVERY 9.180

Molas parabólica, amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora

Molas parabólicas com duplo estágio, amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora

OBSERVAÇÕES

As molas parabólicas oferecem maior flexibilidade e capacidade de absorver as irregularidades da pista. Amortecedores hidráulicos controlam o movimento das molas e dissipam a energia gerada pelas oscilações, evitando que a suspensão trabalhe de modo saltitante

oferecer um veículo de baixo custo e simplicidade técnica, enquanto o 6.90 era focado no cliente quem precisava de um caminhão leve com mais desempenho.

Os modelos Volkswagen leves foram lançados um ano depois de a Volkswagen ter estreado no mercado de caminhões com os modelos médios VW 11.130 e VW 13.130. Desde então, ao longo dos anos a linha Delivery recebeu evoluções técnicas e constantes atualizações, como VW 8.150, um caminhão, para 8 toneladas de PBT, lançado em 2005.

COMPARATIVO LEVES MB Accelo

PBT TÉCNICO E PNEUS

Accelo 917 com PBT técnico de 8.9 toneladas sai de fábrica com pneus da série 215. Na versão de 9.1 toneladas, os pneus do veículo são mais largos, da série 235

Em 2017, o lançamento da nova cabine, com a renovação da linha de produtos, representou um marco para a Volkswagen e o mercado de caminhões leves. Resultado de um projeto que consumiu cerca de cinco anos de desenvolvimento - e investimento superior a R$ bilhão -, a nova cabine, moderna, mais confortável e segura, foi um grande avanço em relação à anterior em uso desde o início da década de 1980.

O design interno da nova cabine procurava lembrar o ambiente de um automóvel. Oferecia mais espaço, melhor visibilidade e ergonomia aprimorada. Também trazia um painel de instrumentos mais moderno e funcional, com comandos bem localizados e maior facilidade de leitura, além de suporte

para celular e entradas USB e USB-C, novos bancos coluna de direção ajustável.

A nova linha leve chegou com motores Cummins de 2,8 e 3,0 litros na potência de 156cv e 3,8 litros com 165 e 175cv, além da transmissão de 6 velocidades. As versões Delivery 9.170 e 11.180 passaram a ser disponibilizadas com opção para caixa automatizada de 6 velocidades. De modo geral, os caminhões ofereciam melhor equilíbrio entre potência, torque e economia de combustível.

Em relação à segurança, a nova geração chegou com freios ABS e EBD, controle de tração e estabilidade em diferentes condições de rodagem (dependendo da versão), além de oferecer opcionais como ar-condi-

FREIOS

De serviço

Freio Motor

MERCEDES-BENZ ACCELO 917

Antibloqueio de Freios), ASR (Sistema de Controle de Tração) e válvula sensível à carga (LSV), ABS+EBD

Convencional + Freio auxiliar Top Brake (freio de cabeçote)

VOLKSWAGEN DELIVERY 9.180

Tambor nas rodas dianteiras e traseiras com ABS+ EBD+ATC+HSA+ESC (Controle de estabilidade eletrônica)

Não informado

OBSERVAÇÕES

O Accelo 917 conta com um sistema de acionamento automático dos freios em caso de perda de pressão no circuito pneumático, garantindo a segurança do veículo.

O freio auxiliar Top Brake melhora a eficiência do freio motor convencional, aumenta a segurança e o desgaste dos freios de serviço.

cionado, vidros e travas elétricas.

Atualmente, a família Delivery é disponibilizada com seis opções: Express, 6.170, 9.180, 11.180, 11.180 4x4 (respectivamente urbano e fora de estrada, ambos para 10.8 toneladas de PBT) e o 13.180 6x2 (para 13.2 toneladas de PBT). A Volkswagen também produz e vende o Delivery 100% elétrico nas versões e-Delivery 11 (homologados para 11.4 toneladas de PBT e o e-Delivery 14 (homologado para 14.3 toneladas de PBT).

O VW 9.180, por sua vez, é equipado com motor Cummins ISF 3.8 litros e 175 cv de potência a 2.500rpm e torque de 600 Nm na faixa de 1.100 a 1.800 rpm. A caixa de câmbio de 6 velocidades é oferecida nas versões manual e automatizada. O modelo é homologado para PBT de 9.200 kg e disponibilizado em quatro opções de entre-eixos: 3.400 mm, 4.000 mm, 4.400 mm e 4.600 mm. Segundo a Volkswagen, o 9.180 oferece a maior plataforma de carga do segmento.

O VW 9.180 também é oferecido com opção do pacote Prime, que inclui vários itens: ar-condicionado, trio-elétrico, rádio com bluetooth, banco do motorista com suspensão pneumática, bancos com reves-

timentos premium, DRL integrado aos faróis, luzes de posição e lanternas traseiras em LED. Outros itens complementares ao pacote são o Assistente de partida em rampa (HSA - Hill Start Assist, Controle de estabilidade (ESC - Electronic Stability Control), Controle de tração, Freios ABS com EBD e Suporte para celular e novas entradas USB e USB-C.

Assim como o caminhão leve da Mercedes-Benz, o VW 9.180 é ideal para operações urbanas e percursos de curta distância, podendo ser implementado com diversos tipos de carrocerias, como baú, carga seca, sider, plataforma e tanque, entre outras. Isso torna modelo um caminhão versátil para uma ampla gama de atividades de entregas urbanas, do transporte de materiais de construção e cargas gerais.

PESOS E CAPACIDADES

Entre-eixos (mm)

Peso em ordem de marcha (Kg)

PBT (kg) MERCEDES-BENZ ACCELO 917

3.100/3.900/4.600

ED: 6000/3.400

ET:10.000/5.500

8.900 com pneus 215/75R17,5 / 9.100 com pneus 235/75R17,5

TRANSMISSÃO O motor do caminhão da Volkswagen tem potência de 175cv e torque de 600 Nm entre 1.100 a 1.800 rpm. A transmissão ofecere opção de manual ou automatizada

3.400/ 4.000 /4.400/ 4.600 ED: 1.995 2.110 2.145 2.145

ET: 980/ 1.015/ 930/ 980

9.200 (3.200 no eixo dianteiro e 6000 no eixo traseiro)

BYD ET5 7200: AGI

O caminhão BYD elétrico destinado a operações de última milha tem como atributos a agilidade e a facilidade de manobras

OBYD eT5 7.200 está presente no mercado há poucos meses, destinado às operações urbanas. A vantagem do modelo está nas suas dimensões e na motorização elétrica. Todavia, logo no seu lançamento, a BYD havia anunciado o preço de R$ 589 mil. Porém, nossa reportagem consultou a assessoria de imprensa para atualizar a informação e obteve a informação que o valor está desatualizado. Mas não divulgou o preço atual.

Seja como for, o caminhão tem peso bruto total (PBT) de 6,7 t. Além disso, conta com capacidade de carga líquida (incluindo o peso da carroceria) de 3,9 t.

Com 5.930 mm de comprimento, e distância entre os eixos de 3.360 mm, o modelo pode receber alguns tipos de implementações, como baú, convencional ou frigorificado e até mesmo implemento do tipo carga seca. Assim, pode atender aos mais diversos tipos de operação.

Uma outra aposta da BYD é a atividade de manutenção municipal. Nesse sentido, o caminhão tem despertado o interesse de empresas que operam com cesto aéreo de até 10 m para a manutenção de rede de energia. Outro foco da BYD são as locadoras. Nesse sentido, a empresa já negocia com os importantes players do mercado dedicado à terceirização de frota.

Texto Andréa Ramos

LIDADE NA CIDADE

ELÉTRICO O BYD eT5 7.200 tem Peso Bruto Total de 6,7 toneladas e capacidade para transportar 3,9 toneladas de carga liquida

CAMINHÃO

INPRESSÕES BYD eT5 7200 ELÉTRICO

MEDIDAS E POTÊNCIA

O motor elétrico do eT5 tem potência equivalente a a 197 cv e autonomia para 185 km.

A carga da bateria é feita em até duas horas

Já que o caminhão elétrico custa em torno de três vezes mais em relação ao equivalente com motor diesel, por ora, o representante da empresa está atraindo os grandes embarcadores. Sobretudo, empresas focadas no comércio eletrônico.

Motor elétrico para reduzir as emissões

O BYD eT5 7.200 tem motor elétrico TZ220XST fabricado pela BYD que conta com potência de 145 kW, equivalente 197 cv. E o torque imediato, comuns a modelos eletrificados, é de 33,7 mkgf. Sendo um motor combinado a uma caixa automática.

O propulsor é alimentado por um conjunto de baterias que soma 99 kWh. O que garante autonomia de 185 km. Todavia, se a bateria for carregada por sistema CCS tipo 2 de alta potência, a carga é feita em até 2 horas.

E para suportar o peso do conjunto de baterias, o chassi é estruturado com longa-

rinas de aço reforçadas em perfil “U”. Nesse sentido, vale destacar que o modelo tem peso em ordem de marcha de 2,8 t.

Supervisor de engenharia da BYD Brasil, Natan Barbizan diz que outra novidade do modelo é o design. As linhas modernas e arrojadas têm a função de reduzir o arraste e garantir mais autonomia ao modelo, que eventualmente pode rodar na intermunicipalidade, em distâncias curtas.

A bordo, o caminhão é bem equipado. Traz os sistemas de segurança como freios ABS e EBS por força de lei. Assim como assistente de partida em rampa e controle eletrônico de tração.

BYD eT5 7200 dedicado para as cidades O caminhão leve da marca chinesa entrega bom acabamento. Considerando sua capacidade para levar três pessoas (motorista e mais dois passageiros), o que é comum aos caminhões dedicados às atividades urba-

nas, a cabine do BYD eT5 7200 oferece um bom espaço interno.

O volante é multifuncional. E tanto o cluster como a tela multimídia de 7” são digitais. O caminhão é equipado sensor sonoro de marcha à ré, o que traz segurança na hora das manobras. Mas se o cliente quiser pode colocar como opcional a câmera de ré. Porém, o item não é oferecido pelo fabricante.

Na direção, chama a atenção a desenvoltura do caminhão. A começar pela rápida resposta às solicitações do acelerador. Por causa do torque imediato o motorista tem que conter mais o pé, pois a resposta é também bem dinâmica.

Colabora para o seu dinamismo o volante elétrico. Aliás, o que ajuda muito na hora de fazer manobras, mesmo em ruas mais estreitas.

Graças ao motor elétrico, o caminhão não emite ruído a bordo, o que traz conforto ao motorista e também aos ajudantes.

DESIGN MODERNO

A cabine oferece bom espaço interno para o motorista e ajudante. O design moderno, com linhas arrojadas, tem a função de reduzir o arrasto aerodinâmico e garantir mais autonomia ao veículo

FORTALECIMENTO

Após modernização e padronização das operações, fábrica de bandas de rodagem da Goodyear aprimora processos, aumenta capacidade de produção e amplia o portifólio de produtos

Dados da Associação Brasileira da Reforma de Pneus (ABR) dão conta que atualmente são reformados no Brasil aproximadamente 9 milhões de pneus para veículos comerciais. Ainda de acordo com a entidade, nos últimos 10 anos o setor recapou cerca 80 milhões de pneus, proporcionando a economia de 5 bilhões de litros de petróleo. Os números posicionam o País como um dos maiores recapadores mundiais em um mercado liderado pelos Estados Unidos, tanto em volume quanto em tecnologia de recapagem.

Tratando-se do Brasil, o alto volume de pneus recapados sinaliza a importância do setor etorna a concorrência à altura do mercado. Há décadas, as empresas do setor investem constantemente em novas tecnologias, máquinas, qualidade do produto, padronização de rede e treinamento como solução para se manterem competitivas. Isso se aplica tanto às fabricantes de bandas quanto à indústria de pneus novos, por também terem presença no segmento de reformas de pneus de carga.

Um exemplo é a Goodyear, que recentemente modernizou sua fábrica de bandas de rodagem localizada no município de Santa Bárbara d’Oeste/SP. A unidade passou por

DO CICLO DE VIDA

MAIOR QUILOMETRAGEM DO PNEU

Movimento da empresa focou o fortalecimento de sua solução do ciclo de vida útil do pneu

um processo de padronização das operações e ampliou seu portfólio de produtos. A movimentação da empresa teve como objetivo o fortalecimento da sua solução para o ciclo completo de vida útil do pneu e, consequentemente, oferecer o melhor atendimento aos transportadores.

Estratégia apoiada em cinco pilares

Para assegurar sua posição no mercado de recapagem, a estratégia da empresa se apoia em cinco pilares principais: produtos premium, ações comerciais aliadas à capacitação da equipe, capilaridade da rede de recapadores, atuação por meio de truck centers e padronização dos serviços pela Rede Autorizada Goodyear. Esses pilares refletem um portfólio alinhado às exigências do setor, o fortalecimento do ciclo de vida dos pneus, a presença estratégica de unidades de produção, a oferta de serviços especiali-

zados em recapagem e o compromisso com padrões de qualidade, garantia e confiança.

De acordo com Fábio Garcia, Gerente Sênior do Negócio de Recapagem da Goodyear no Brasil, dentro desse cenário os recapadores autorizados assumem um papel essencial. Eles seguem processos rigorosos, com especificações técnicas padronizadas, que asseguram alta performance ao pneu recapeado. “Nosso processo de recapagem é meticulosamente controlado, o que garante a qualidade e performance exigidas pelo mercado”, complementa o executivo.

Como parte do processo de expansão da empresa, foi inclusa a revisão da linha de produtos para recapagem, visando atender os diversos segmentos de transporte. O atual portifólio contempla aplicações em transporte regional e de longa distância (carga e passageiro), regional severo, urbano, misto e fora de estrada. Além disso, a recapagem é feita de acordo com as condições da carcaça. Na prática, empresa oferece bandas premium e de alta performance para carcaças de primeiro recape; bandas leves para carcaças com sinais de fadiga e bandas ultraleves destinadas às carcaças em final de vida útil.

Segundo Fábio Garcia, toda tecnologia aplicada ao desenvolvimento de pneus novos também se reflete nas bandas de rodagem. “Como resultado, a empresa oferece produtos inovadores e eficientes”, assegura. Recentemente, a Goodyear ampliou seu portfólio com as Bandas KMax D Light e Banda GDL, ambas voltadas para pneus de tração de caminhões. Além delas, também lançou a Banda G314, destinada a eixos livres de carretas, e o Camelback, desenvolvido para pneus agrícolas e fora de estrada.

“Estamos entregando uma solução completa que maximiza a eficiência operacional, reduz o custo por quilômetro rodado e prolonga o ciclo de vida dos pneus, sempre priorizando a qualidade. As inovações garantem produtos superiores com o melhor custo-benefício.”, afirma Garcia.

Para alcançar esses resultados, os últimos anos a Goodyear investiu na modernização e ampliação da capacidade produtiva da fábrica de Santa Bárbara d’Oeste. Durante a expansão, promovida em 2023, a empresa substituiu maquinários e promoveu melhorias em geral na unidade. Como resultado, as ações culminaram na duplicação da capacidade de produção. Vale destacar que essa unidade é a única da Goodyear na América Latina e também a única no continente a realizar também recapagem de pneus de avião.

Recapagem Express

Como mais um destaque da empresa, a Goodyear lançou a Recapagem Express. Na prática são estruturas compactas e completas para realizar todo o processo de recapagem. Projetadas especialmente para operar em áreas reduzidas, com apenas 125 m², cada unidade é capaz de produzir até 400 pneus/mês com três funcionários. A capacidade pode chegar a 600 unidades operando em mais turnos de trabalho.

As unidades de recapagem expressa são patenteadas e fornecidas pela própria Goodyear e podem ser montadas em truck centers, nas instalações dos recapadores da rede ou ainda em pontos estratégicos com grande concentração de caminhoneiros.

Rede autorizada em expansão

Por fim, atualmente, a rede autorizada de recapadores da Goodyear conta com 70 unidades. Destas, 40% já conquistaram o Selo Ouro do Programa de Excelência da marca. As demais ostentam os selos Prata ou Bronze. Em relação à Recapagem Express, a empresa já implantou duas unidades.

PORTIFÓLIO COMPLETO Processo de expansão da empresa incluiu a revisão completa do portifólio de produtos para atender todos os segmentos de transporte

REDUÇÃO DE CONS

Cubo de rodas desenvolvido com tecnologia capaz de diminuir a resistência do veículo ao rolamento promete contribuir com eficiência na crescente busca por economia na operação de transporte, especialmente na redução do consumo de combustível

Abusca crescente pela redução do consumo de combustível vai além de motores eficientes, soluções aerodinâmicas, calibragem correta dos pneus, condução econômica etc. Entre os diversos recursos disponíveis, um componente com potencial para contribuir nesse sentido pode ser o cubo de rodas. Essa é a proposta da Fersa Bearings, empresa global especializada em rolamentos de rodas e inovações voltadas à eficiência energética no transporte rodoviário. Recentemente, a companhia apresentou ao mercado um cubo de rodas desenvolvido e produzido com avancos capazes de proporcionar economia de combustíve de até 3% em

Texto João Geraldo
BAIXA RESISTÊNCIA AO ROLAMENTO
Cubo de roda agrega tecnologia e avanços que proporcionam economia de combustível de caminhões e ônibus

UMO PELAS RODAS

conjuntos formados por cavalo mecânico e semirreboque, comprovado em testes.

Segundo a fabricante, o cubo de rodas FE (Fuel Efficient) agrega tecnologia que reúne geometria usinada com precisão e materiais avançados, além de lubrificação e vedação aprimoradas. Esses elementos contribuem para diminuir a resistência ao rolamento e, consequentemente, a perda de energia. O desempenho superior também resulta de uma reformulação completa da engenharia convencional da ponta de eixo.

A Fersa realizou testes com o cubo FE (Fuel Efficient) ao longo de mais de 1 milhão de quilômetros, em diferentes continentes, climas e condições de rodagem. Caminhões

de diversas categorias, além de ônibus, percorreram longas distâncias, enfrentaram trânsito urbano intenso e circularam por vias não pavimentadas em cinco países: México, Alemanha, Estados Unidos, Espanha e Índia. De acordo com a empresa, os programas-piloto demonstraram reduções significativas no consumo de combustível.

Foram utilizados caminhões rodoviários e rígidos para simular situações reais do setor de transporte. Operadores de frota que participaram dos testes confirmaram a eficiência do sistema e validaram os resultados. Os relatos indicam que os veículos rodoviários apresentaram maior economia nas viagens de longa distância.

TESTES VARIADOS

Os testes com o novo cubo de roda foram realizados com veículos em diferentes continentes e condições. Empresas que participaram do projeto confirmaram a redução de consumo

TECNOLOGIA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

REDUÇÃO DE CONSUMO

Cubo de roda FE (Fuel Efficient) foi projetado para minimizar perda de energia e promover redução de consumo, entre outras vantagens, diz fabricante

A Sesé, uma das parceiras da Fersa nos testes, validou os benefícios do cubo de roda FE. A empresa europeia de gerenciamento de cadeia de suprimentos possui uma frota com mais de 3.000 caminhões. Fundada em 1965 - e com sede em Saragoça/Espanha - o Grupo Sesé é especializado em soluções integradas de logística e transporte. Frotas urbanas, por sua vez, registraram menor desgaste em operações com paradas e partidas frequentes.

Outras empresas que também comprovaram os resultados incluem a Maswerprovedora de serviços para a indústria automotiva com presença no México, Alemanha,

EUA, Espanha e Índia - e a TechnoPark MotorLand, parque tecnológico voltado a empresas de base tecnológica.

Sergio Santo Domingo, Diretor Global de Pesquisa e Desenvolvimento da Fersa, explicou os diferenciais da nova solução em relação aos sistemas convencionais. Ele reforça que o cubo de roda desenvolvido pela empresa foi projetado para minimizar a perda de energia e, consequentemente, promover a redução de consumo de combustível entre outras vantagens. Diz ainda que ao combinar engenharia de precisão com materiais avançados, a Fersa está estabelecendo um novo padrão de eficiência para frotas.

FORD MAVERICK HYBRID

URBANA, ROBUSTA

Com o desafio de combinar robustez e consciência ambiental, a Ford Maverick Hybrid se mostra uma opção promissora no segmento de picapes para uso urbano.

Desde o seu lançamento no início de 2022, a picape Maverick vem ocupando um espaço estratégico na linha da Ford, posicionada abaixo da veterana Ranger. Apesar do apelo visual moderno, e pegada urbana, ainda não conseguiu abalar a hegemonia da Fiat Toro. Mas com a opção da versão híbrida pelo preço R$ 239.500,00, a Ford muda o jogo.

Coração híbrido e mente racional

Ao invés do 2.0 turbo EcoBoost de 253 cv, a Maverick Hybrid adota um motor 2.5 litros a gasolina, de quatro cilindros, acoplado a um motor elétrico. Juntos, eles entregam 194 cv e 21,4 mkgf de torque. A tração é dianteira, diferente da versão FX4 com tração integral, mas isso não compromete seu desempenho.

O maior trunfo da picape híbrida está na autonomia: até 800 km com um tanque. Segundo a Ford, os números de consumo são animadores – 15,7 km/l na cidade, 13,6 km/l na estrada. Nossa reportagem rodou no uso misto. Ou seja, entre cidade (70% do tempo) e estrada, resultando na média de 16,1 km/l.

Aproveitar a regeneração de energia nas frenagens e paradas urbanas ajudam na busca pela maior autonomia. Mesmo com foco na economia, a performance não foi esquecida: a Maverick híbrida acelera de 0 a

100 km/h em 8,7 segundos conforme a ficha técnica. O que impressiona para um veículo desse porte e proposta. A capacidade de carga é de 659 kg, mas nossa proposta foi avaliá-la parcialmente carregada para observar seu comportamento dinâmico. Dos 600 km percorridos durante a experiência,150 km foram com 200 kg de carga.

E EFICIENTE

Condução silenciosa e confortável

A bordo, o silêncio chama atenção. O isolamento acústico bem resolvido torna a experiência urbana agradável, aproveitando ao máximo o motor elétrico em baixas velocidades. A suspensão - McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira com amortecedores hidráulicos -, filtra bem as irregularidades

do solo. Enquanto a direção elétrica garante respostas rápidas e precisas.

O câmbio contribui para a performance de condução. Do mesmo modo, se adapta ao estilo do condutor. Há cinco modos de condução: Normal, Rebocar, Escorregadio, Eco e Esportivo - cada um deles ajustando o comportamento da picape ao volante. Du-

AUTONOMIA COMO TRUNFO

Autonomia de 800 km é um dos maiores trunfos da picape Ford Maverick

PICAPE FORD MAVERICK HYBRID

ANALÓGICO

E DIGITAL

Painel de instrumentos mescla mostradores analógicos com tela digital. O veículo traz bom nível de equipamentos e recursos de condução

rante todo o tempo, nossa reportagem rodou entre o modo Eco e o Normal.

Tecnologia, mas com algumas lacunas

Apesar do bom nível de equipamentos, a Maverick Hybrid não traz recursos de condução de segurança ao condutor. Os chamados sistemas semiautônomos, como controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa ou sensores de ponto cego. Fazem falta ao veículo, ainda mais considerando o seu preço.

Um recurso favorável são os espelhos com área convexa, mas quem não está acostumado com esse tipo de espelho pode estranhar no primeiro momento. Por outro lado, itens como ar-condicionado digital dual zone, chave presencial, bancos com regulagem elétrica (apenas para o motorista), volante multifuncional e central multimídia com tela de 8” (com espelhamento via cabo para Android Auto e Apple CarPlay) são de série.

O painel mescla instrumentos analógicos com uma tela digital de 6,5” ao centro, e o acabamento é coerente com a proposta da picape. Destaque também para o sistema FordPass Connect, que permite contro-

lar funções do carro remotamente via smartphone, desde travar portas até agendar partida ou consultar a vida útil do óleo.

Estilo robusto e medidas generosas

Esteticamente, a Maverick Hybrid segue o mesmo visual da versão FX4, cujo preço é R$ 229.500,00. Linhas marcadas, grade destacada e faróis em forma de “C” com iluminação full LED. Tudo para entregar um aspecto robusto e moderno. As rodas diamantadas completam o visual urbano. Conta ainda com 5,07m de comprimento e 3,08 m de distância entre os eixos. A altura do solo de 211 mm garante estabilidade.

A caçamba tem espaço para carregar até 938 litros, oito pontos de fixação e dois compartimentos laterais. Mas fica devendo itens como a capota marítima de fábricaoferecida apenas como acessório - e amortecedor na tampa.

Interior prático, porém com espaço traseiro justo

Na cabine, a Maverick é prática. O banco traseiro tem encosto mais vertical, típico de picapes. No entanto, há um espaço de 58 litros sob o assento, ideal para pequenos objetos.

No quesito segurança, a picape conta com sete airbags, câmera de ré, faróis com acendimento automático, frenagem autônoma com detecção de pedestres e ciclistas, além de controles de estabilidade e tração.

Conclusão

A Maverick Hybrid é um acerto da Ford. Atende quem gosta de um veículo moderno com foco em eficiência, sem renunciar ao desempenho e conforto. Embora tenha algumas ausências tecnológicas que a Toro Ultra já oferece, o conjunto híbrido é seu maior trunfo.

PICAPE

URBANA

Com 5,07 metros de comprimento, a Maverick tem aspecto robusto, moderno e a proposta de uma picape para o uso urbano

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