


No final de 2024, a indústria de caminhões projetava crescimento em 2025, especialmente no segmento de pesados. O foco do otimismo estava na previsão de mais uma safra de grãos recorde. A expectativa fazia sentido, afinal, em 2024 o total de caminhões pesados licenciados havia sido de 62.870 unidades, um avanço de 18% sobre as 53.294 de 2023. Mas a realidade deste ano tem seguido um caminho diferente. A safra cresceu, mas o emplacamento de pesados caiu. Até o fechamento de agosto foram 33.000 unidades, contra 40.956 no mesmo período do ano passado. Os números indicam que este ano haverá um retrocesso nas vendas, contrariando o entusiasmo inicial. Por outro lado, o desempenho abaixo do esperado não é uniforme. Segmentos menores deram sinais de vitalidade. As vendas de caminhões médios, por exemplo, cresceram 30,8%, e as de semipesados avançaram 9% nos primeiros oito meses do ano. São percentuais expressivos, mas sobre bases e valores muito menores do que a dos modelos pesados. O movimento de sobe e desce é coisa séria, mas essas oscilações fazem parte do retrato do mercado brasileiro, e nem por isso chegam a provocar desespero nos mais ambientados, pois, como dizem por aí, “o Brasil é para profissionais”. Mais do que números, o que conta é a confiança na capacidade do País de sustentar a demanda do transporte rodoviário. Diante desse cenário, vale o exercício das montadoras de explicar às suas matrizes que essa instabilidade é “a regra, não a exceção”. O desafio é mostrar que, apesar dos solavancos, o mercado continua sendo estratégico para caminhões. Cortar ou reduzir investimentos em razão de um ciclo negativo pode ser um desperdício de oportunidade, porque, no fim das contas, é assim que a banda toca por aqui, com constantes movimentos de altos e baixos.
João Geraldo Editor joaogeraldo@ggmidia.com.br
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EDIÇÃO Nº 221 - AGO-SET/2025
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07 Planeta Truck Caminhões pelo mundo
12 Planeta Bus
Foco no transporte de passageiros
16 Compra de caminhão novo
O TCO como fator decisivo
24 Implementos rodoviários
Librelato inaugura unidade em SP
26 Comparativo entre 4x2 pesados
MB A xor x VW Constellation
34 Lançamento: Toyota Hiace
Um novo concorrente no mercado brasileiro de vans
38 Furgões elétricos
MB Sprin ter x Ford Transit
46 Picape para o trabalho
Ford Ranger 4x4 XL
48 Peugeot Boxer
Marca amplia o foco no cliente profissional
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Lançado em 2020, o extrapesado VW Meteor comemora cinco anos no mercado brasileiro. Com mais de 16 mil unidades rodando pelo País, e presença em outros mercados da América Latina, como Argentina, Costa Rica e Paraguai, o modelo da Volkswagen Caminhões e Ônibus vem se consolidando como um veículo eficiente no transporte de cargas de longa distância. O desenvolvimento do Meteor marcou um momento importante para a montadora, que investiu mais de R$ 1 bilhão no projeto. Esse montante garantiu não apenas a pesquisa e o design dos novos veículos, mas também a construção de uma nova linha de montagem, que conta com tecnologia de ponta e automação industrial 4.0.
A família Meteor é composta pelos modelos 28.480 6x2 e 29.530 6x4, ambos projetados para oferecer alto desempenho e uma experiência de condução superior. Os cavalos mecânicos são equipados com o motor D26 13l e uma transmissão automatizada de 12 velocidades.
A cabine do Meteor está entre as espaçosas do segmento, com destaque para o banco premium com cinto de segurança integrado e a suspensão da cabine com quatro bolsões de ar, que absorvem melhor as irregularidades da estrada.
O painel é 100% digital e garante que as principais funções do caminhão estejam sempre ao alcance das mãos. A linha Meteor conta com o sistema de telemetria RIO, que oferece relatórios e soluções personalizadas para cada tipo de operação, ajudando a reduzir o custo total de propriedade.
Desde o ano passado, a linha Meteor passou a oferecer opcionamente o freio retarder. Esse sistema auxiliar de frenagem hidráulica, independente dos freios de serviço, aumenta a segurança em descidas longas e reduz o desgaste dos componentes, prolongando sua vida útil. O sistema possui seis estágios de acionamento, que podem ser gerenciados de forma automática ou manual, e oferece uma potência de frenagem combinada de até 1.225 cv.
MODELO VERSÁTIL
O DAF XD
Eletric tem um chassi com múltiplas posições de montagem para as baterias, e os 40 caminhões são equipados com três baterias
A cidade de Amsterdã, na Holanda, anunciou a aquisição de uma frota de 40 caminhões elétricos DAF XD para a coleta de resíduos. A entrega dos veículos está prevista para 2026. A iniciativa faz parte do objetivo da capital holandesa de reduzir as emissões de CO2 e melhorar a qualidade do ar.
Os caminhões DAF são do modelo XD 6x2 FAN e equipados com quatro tipos diferentes de carroceria, adaptadas para diversas aplicações de coleta de lixo. Em 13 delas, o carregamento é feito pela traseira, 10 contam com guindaste e elevador de gancho e 17 com carregamento frontal para contêineres.
A DAF informou que a escolha do modelo XD Electric pela prefeitura de Amsterdã considerou a versatilidade de adaptação para diferentes carrocerias. O chassi permite múltiplas posições de montagem das baterias, facilitando o trabalho dos fabricantes de carrocerias e proporcionando espaço para a instalação de equipamentos adicionais. Cada um dos 40 veículos será equipado com três baterias LFP de 105 kWh, que alimentam o motor elétrico de 170 kW ou 220 kW. Para a operação de equipamentos como guindastes, os veículos contam com uma ePTO (Power Take-Off Elétrico) de 90 kW.
CONSUMO MÉDIO foi entre 5,6 e 8 kg a cada 100 quilômetros
A Daimler Truck celebra um marco no desenvolvimento de caminhões de transporte pesado movidos a células de combustível de hidrogênio. Após um ano de testes em operações reais com clientes, cinco protótipos do caminhão Mercedes-Benz GenH2 acumularam mais de 225.000 quilômetros, uma distância que equivale a cinco voltas e meia ao redor da Terra.
Essa jornada de testes envolveu grandes empresas de logística como Air Products, Amazon, Holcim, INEOS Inovyn e Wiedmann & Winz e forneceu dados cruciais sobre a viabilidade, eficiência e praticidade da tecnologia em diversas aplicações.
Os caminhões GenH2 percorreram variadas rotas
A Volvo Trucks anunciou o lançamento de um caminhão FL 4x4 320 projetado para suportar as condições off-road mais severas. A novidade é uma versão aprimorada do modelo FL de porte médio e, segundo a Volvo, foi desenvolvido para atender à crescente demanda por veículos com capacidade de tráfego em terrenos difíceis.
De acordo com Jan Hjelmgren, chefe de gerenciamento de produtos da Volvo Trucks, a empresa observou uma tendência de alta na procura por caminhões desse tipo. “Este caminhão 4x4 compacto, ágil e fácil de manobrar, permitirá o acesso a áreas remotas em condições adversas”, afirmou. O veículo sai de fábrica com eixos e relações de transmissão
em diferentes operações na Alemanha, do transporte de cimento e gases industriais até a movimentação de contêineres e logística de e-commerce. Segundo a Daimler Truck, os veículos se adaptaram de forma fluida às rotinas diárias, destacando-se pela autonomia superior a 1.000 km e pelo rápido tempo de reabastecimento, que varia entre 10 e 15 minutos. Essas características são essenciais para o transporte de longa distância, oferecendo uma alternativa prática aos caminhões a diesel.
O consumo médio de hidrogênio líquido (sLH2) a cada 100 quilômetros ficou entre 5,6 kg e 8 kg, dependendo da carga e da aplicação, com um peso bruto total combinado de 16 a 34 toneladas. A célula de combustível utilizada foi desenvolvida em parceria com o Grupo Volvo (por meio da joint venture Cellcentric).
De acordo com as informações divulgadas pela Daimler Truck, um caminhão a diesel de 25,6 toneladas, rodando a mesma distância consumiria cerca de 58.000
modificadas para acomodar a tração nas quatro rodas, além de um design externo reforçado, pneus mais robustos e maior distância do solo. Essas características o tornam adequado para diversas aplicações, desde o segmento de construção até operações de resgate, combate a incêndios e defesa. O Volvo FL 4x4 é equipado com motor de 8 litros e começa a ser produzido em novembro desse ano. Será disponibilizado com duas opções de cabine: uma diurna para duas pessoas e uma cabine dupla, que pode acomodar até seis passageiros. O caminhão também pode ser equipado com acessórios como guincho, barra de proteção e proteções adicionais para faróis e caixa de câmbio.
litros de diesel e emitiria aproximadamente 154 toneladas de CO2. Os números reforçam o potencial ambiental da tecnologia de hidrogênio.
O sucesso dos testes foi atribuído em grande parte ao uso do hidrogênio líquido. Essa tecnologia permite uma densidade energética significativamente maior, o que se traduz em tanques menores e mais leves para uma mesma autonomia. Os dois tanques de 40 kg do GenH2 possibilitam uma autonomia similar à de um caminhão a diesel convencional.
Outro ponto destacado é a maior facilidade de transportar e armazenar o hidrogênio líquido. Durante os testes, os caminhões foram reabastecidos em postos de hidrogênio líquido em Wöerth am Rhein e Duisburg, com um total de 285 reabastecimentos realizados e consumo de cerca de 15 toneladas de hidrogênio. Segundo a Daimler Truck, o principal desafio para a produção em série e adoção em larga escala é ausência de uma rede robusta de postos de hidrogênio líquido na Europa.
Configuração
10x4 visa o aumento da capacidade de carga e produtividade
A Mercedes-Benz do Brasil, em colaboração com as empresas Hiero e Liebherr, desenvolveu um protótipo do caminhão Atego 3330 10x4, projetado para operar como betoneira com capacidade de 10 metros cúbicos. Segundo a fabricante, trata-se da primeira betoneira 10x4 disponível no mercado nacional, destacando-se pelo dife -
rencial de um quinto eixo com rodado duplo e esterçáve desenvolvido pela Hiero, utilizando cerca de 90% de peças da Mercedes-Benz. A Liebherr, por sua vez, forneceu o balão da betoneira.
O projeto foi concebido a partir do modelo de série Atego 3330 8x4 e se encontra em testes operacionais na Engemix. A empresa destaca que a configuração 10x4 visa o aumento da capacidade de carga e a produtividade do veículo. Além disso, a manobrabilidade e dirigibilidade foram priorizadas, buscando atender às necessidades de operações em canteiros de obra.
Marcos Andrade, gerente sênior de Marketing de Produto Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, reforça que o Atego 3330 betoneira 10x4 oferece muitos benefícios para os clientes. Conforme ele disse, a capacidade de 10 metros cúbicos de concreto, por exemplo, resulta em mais produtividade, e consequentemente maior rentabilidade.
“A parceria com a Hiero também possibilitou o sesenvolvimento e construção de um caminhão com alta capacidade de carga, mas também com ótima manobrabilidade e dirigibilidade”, diz.
DIFERENTES POTÊNCIAS
Motores a gás produzidos pela FPT atendem potências de 170cv a 460cv
A FPT Industrial, fabricante de powertrain do Iveco Group, iniciou a produção dos motores a gás N60 NG, N67 NG e CURSOR 13 NG na fábrica de Córdoba, na Argentina. Os propulsores atendem ao padrão PROCONVE P8/Euro VI, adotado no Brasil desde janeiro de 2023, e são aplicáveis também a uma gama de veículos dos segmentos on-road, off-road e geração de energia.
A linha de motores a gás da FPT atende a diferentes potências: N60 NG é produzido nas po -
tências de 170 cv com torque de 540 Nm e de 210 cv com torque de 750 Nm. A versão N67 tem uma opção de 220 cv e 800 Nm e outra de 286 cv com torque de 750 Nm. O Cursor 13 NG, por sua vez, é oferecido nas versões de 414 cv e 1900 Nm e 460 cv com 2000 Nm de torque.
Os motores a gás ciclo Otto produzidos em Córdoba complementam a linha a diesel já produzida pela FPT. Segundo a empresa, a comercialização teve início neste mês de setembro por meio da rede de distribuidores FPT na América Latina. Carlos Tavares, presidente da FPT Industrial para a América Latina, diz que na região a solução do gás começa por tecnologias adequadas ao potencial de biocombustíveis da região. “Por isso, a FPT Industrial lidera diversos produtos dentro de sua estratégia multienergética, com investimentos em gás natural e biometano”, destacou. De acordo com o executivo, é um orgulho apresentar o início da produção local de motores a gás natural, uma das ações mais relevantes da companhia nos últimos anos. “Esta inovação tem o potencial de transformar o panorama energético da América Latina e a forma como nos deslocamos”, conclui.
MAIS DE 300 ÔNIBUS
Em duas entregas a empresa forneceu 95 ônibus elétricos e 242 com motor diesel
AMarcopolo realizou a maior entrega de carrocerias de ônibus elétricos de sua história: 95 unidades do modelo Attivi Low Entry foram fornecidas à Sambaíba Transportes Urbanos, que atua na zona norte de São Paulo. Os veículos utilizam chassis Mercedes-Benz eO500 U, têm 13,25 metros de comprimento e capacidade para até 80 passageiros, sendo 28 sentados.
Os ônibus são equipados com ar-condicionado, câmeras internas, acessibilidade, quatro portas de embarque e desembarque e carregadores USB. Para a Marcopolo, o lote representa mais que números. Segundo Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais e marketing, a entrega reforça a capacidade da indústria nacional em atender à crescente demanda por soluções sustentáveis e evidencia o papel da empresa na descarbonização do transporte público.
O Attivi Integral conta com componentes nacionalizados, autonomia de até 250 km e recarga em até quatro horas. Para sustentar essa estratégia, a fabricante vem ampliando sua capacidade de produção, como no in-
vestimento de R$ 50 milhões na planta de São Mateus/ES, consolidando-se como referência em tecnologias limpas para o transporte coletivo. Neste mês de setembro, 8 Attivi Integral completaram um ano de operação em Porto Alegre.
Além do avanço dos ônibus elétricos, a Marcopolo também mantém forte presença em ônibus a combustão. A empresa concluiu recentemente a entrega de 242 unidades do modelo urbano Torino para a operadora Rápido Araguaia, responsável pelo transporte coletivo de Goiânia (GO) e Região Metropolitana.
Os novos ônibus, com 12,5 metros de comprimento, trazem suspensão pneumática, ar-condicionado, 33 poltronas City, portas USB e itinerários eletrônicos, além de preparação para sistema de monitoramento com câmeras de reconhecimento facial. A renovação da frota faz parte do programa Nova Mobilidade, que prevê não apenas modernização de veículos, mas também melhorias em terminais, pontos de parada e operações do sistema.
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A Iveco Bus iniciou a entrega de 134 unidades do ônibus Crossway Low Entry Elec para operadores privados que prestam serviços em nome da De Lijn, empresa pública responsável pelo transporte coletivo em Flanders, no norte da Bélgica. A medida marca mais um passo no processo de eletrificação da frota local, que já inclui a aquisição de 100 articulados elétricos E-Way, com entregas previstas para 2026.
O Crossway Low Entry Elec foi desenvolvido para linhas regionais e intermunicipais. O modelo está equipado com bateria de 485 kWh, que garante até 400 quilômetros de alcance por recarga, dependendo das condições operacionais. O sistema permite recarga rápida via tomada, o que reduz o tempo de indisponibilidade do veículo.
Em termos de capacidade, o ônibus comporta 45 passageiros sentados e até 70 em pé. O embarque conta com piso rebaixado e portas largas, com área reservada para cadeirantes. O pacote de conforto inclui ar-condicionado, portas USB e operação silenciosa, que contribui para a redução da poluição sonora em áreas urbanas.
Do ponto de vista operacional, a entrada em circulação dos novos veículos deve ge-
rar impacto na redução de emissões de CO2 e no custo total de operação (TCO), já que ônibus elétricos tendem a apresentar menor gasto com manutenção preventiva, apesar do investimento inicial mais elevado. A De Lijn prevê ganhos de eficiência à medida que amplia a participação de elétricos em sua frota e investe em infraestrutura de recarga. Em 2024, a empresa transportou 373 milhões de passageiros. Metade da frota que opera sob a marca pertence a empresas privadas, o que reforça a necessidade de integração entre o setor público e operadores terceirizados no processo de eletrificação.
Goiânia é a primeira cidade do mundo a ter em circulação ônibus biarticulados elétricos. Os primeiros cinco modelos Volvo BZRT vão operar no BRT Leste-Oeste da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo da capital goiana.
O negócio é resultado de uma parceria com a GreenMob Capital, o veículo de investimentos do Grupo HP, especializado na estruturação de projetos de capital intensivo associados ao setor de mobilidade urbana - e
ÔNIBUS CROSSWAY
Iveco Bus vai entregar 100 ônibus articulados elétricos na cidade de Flanders, Bégica, em 2026
envolve também a aquisição de 16 ônibus articulados também elétricos.
Os ônibus biarticulados fazem parte do primeiro lote de chassis articulados e biarticulados elétricos produzidos no complexo industrial da Volvo, em Curitiba/PR.
A fábrica é a base de produção e exportação desses ônibus para todos os mercados da marca no mundo. O biarticulado tem capacidade para 250 passageiros e o articulado para 180 pessoas, ambos livres de emissões.
AUTÔNOMA
Veículo autônomo transporta 22 passageiros. É o primeiro aprovado pela autoridade de trânsito da Alemanha
Desde o dia 01 de setembro, o ônibus Karsan Autonomous e-ATAK, 100% elétrico, está operando no transporte de passageiros na cidade de Burgdorf, Alemanha. Essa é a primeira vez que um veículo autônomo recebe aprovação para o transporte público no país. Com capacidade para 22 passageiros, autonomia de até 300 km e uma velocidade máxima de 40 km/h, o veículo está preparado para enfrentar os desafios do tráfego urbano
A iniciativa faz parte do projeto “albus”, que visa testar e integrar a tecnologia autônoma no transporte público. O Karsan Autonomous e-ATAK é o primeiro veículo desse tipo a ser aprovado pela KBA (Kraftfahrt Bundesamt), a autoridade federal de trânsito da Alemanha.
O veículo opera em duas rotas, cobrindo um percurso de aproximadamente 6 quilômetros com 11 paradas. Durante os testes, o ônibus autônomo navega por 10 semáforos, diminui a velocidade em cruzamentos e dá prioridade a pedestres.
O projeto, financiado pelo Ministério Federal dos Transportes com um orçamento de cerca de € 3,7 milhões, será monitorado cientificamente até o final desse ano para coletar dados sobre o desempenho e a experiência dos passageiros.
A tecnologia de condução autônoma de nível 4, desenvolvida pela empresa Adastec, parceira da Karsan, permite que o veículo opere sem a intervenção de um motorista. No entanto, para garantir a segurança durante o período de testes, haverá pessoal de segurança treinado a bordo de todas as viagens.
Mercedes-Benz reforça sua presença no transporte coletivo brasileiro com duas grandes renovações de frota em 2025. O Grupo Comporte adquiriu cerca de 1.200 chassis de micro-ônibus, urbanos e rodoviários para operações em São Paulo, Sul do País e Brasília. Do total, 620 unidades já foram faturadas, entre elas 120 micros LO, 188 urbanos OF, 130 de fretamento e 182 rodoviários.
Paralelamente, a Viação Pioneira, operadora do transporte coletivo de Brasília, está recebendo 444 novos urbanos OF 1721 encarroçados com Torino, da Marcopolo. São 207 veículos previstos para este ano e outros 237 para 2026.
Tanto o Grupo Comporte quanto a Viação Pioneira mantêm parceria de longa data com a Mercedes-Benz. Os investimentos se concentram na modernização da frota, no atendimento às normas de emissões e na inclusão de recursos de acessibilidade, como plataformas elevatórias e espaços reservados, visando mais conforto e segurança aos passageiros.
No caso do Comporte, a aquisição de grande volume faz parte de um planejamento anual de renovação, programado com meses de antecedência. A estratégia garante previsibilidade na operação e fortalece a rela-
VENDAS EM ALTA Mercedes entregou mais de 1.600 ônibus em duas negociações
ção com a montadora, que já ultrapassa cinco décadas. Para o grupo, a padronização com chassis Mercedes-Benz contribui para ganhos em manutenção e eficiência operacional. Já em Brasília, a Pioneira reforça sua posição como uma das principais operadoras do Distrito Federal. A empresa, que conta com 740 ônibus na frota, aposta na renovação constante como forma de projetar imagem de modernidade e confiabilidade junto à população. Segundo a direção da companhia, veículos novos também ajudam a atrair e reter passageiros, um desafio recorrente para o transporte público urbano.
A Scania anunciou o lançamento de sua nova geração de trens de força para ônibus, com destaque para a opção híbrida plug-in (PHEV), que combina motor a combustão com propulsão elétrica. O objetivo é oferecer aos operadores de transporte de longa distância uma solução flexível, eficiente e alinhada às exigências de sustentabilidade em diferentes mercados.
O sistema híbrido plug-in conta com uma e-machine integrada (componente elétrico principal do sistema híbrido, que atua como motor elétrico e/ou gerador) e caixa de câmbio powershift de seis velocidades, operando em quatro modos distintos: elétrico, híbrido, sustentação de
carga e carregamento forçado.
Segundo a Scania, a autonomia elétrica pode chegar a 80 quilômetros, com potência de 290 kW, permitindo que os veículos circulem em zonas de emissão zero sem comprometer a autonomia total.
Entre os destaques do trem de foça híbrido plug-in (PHEV), está a economia de até 40% no consumo de combustível e nas emissões de CO₂ em tráfego típico de ônibus misto. A tecnologia Scania Zone também possibilita programar a mudança automática para o modo elétrico em áreas restritas, garantindo conformidade com legislações locais.
Segundo Carl-Johan Lööf, Diretor de Gestão de Pro dutos para Soluções de Transporte de Pessoas da Scania, os novos híbridos plug-in oferecem “uma alternativa competitiva que une sustentabilidade e rentabilidade, ajudando os clientes a se prepararem para o futuro do transporte de passageiros”.
Indicador que reúne todos os gastos com um veículo, desde a compra, manutenção, combustível, depreciação e seguros, permitindo avaliar seu custo real ao longo do tempo, o TCO tornou-se elemento essencial nas estratégias dos fabricantes de caminhões. Torná-lo cada vez mais competitivo é o principal desafio para manter a marca fortalecida.
Texto João Geraldo
Se antes o foco do transportador estava mais restrito ao desempenho do caminhão, hoje a decisão de compra envolve um conjunto mais amplo de fatores, como consumo, disponibilidade, manutenção, conectividade e valor de revenda. Diante dessa realidade, o Custo Total de Propriedade, mais conhecido como TCO, se consolidou como o principal critério na escolha de um caminhão, pois reúne todas as variáveis que influenciam direta ou indiretamente a rentabilidade da operação ao longo do ciclo de uso do veículo.
O conceito vai além dos custos visíveis, pois inclui também despesas indi-
retas, como tempo de parada para reparos, treinamento de motoristas, telemetria, seguros e até impacto da depreciação. Assim, o TCO se tornou não apenas uma métrica de aquisição, mas uma ferramenta estratégica para planejar frotas, contratos de frete e rotas mais rentáveis.
Nesse cenário, os fabricantes de caminhões, especialmente de modelos pesados, alinharam suas estratégias à oferta de um completo ecossistema de soluções para o cliente. Como resultado, todos entregam produtos e serviços integrados, conectados, inteligentes e personalizados. Seja com motores mais eficientes, planos de manutenção
FOCO NAS SOLUÇÕES
A decisão do transportador ao optar por uma marca leva em conta principalmente o custo total de propriedade/ operação do caminhão
MOTORES EFICIENTES E TECNOLOGIAS
A Scania aposta em motores eficientes, conectividade e caminhões sob medida e ajustados às demandas de cada cliente e alto valor de revenda
flexíveis, conectividade em tempo real ou redes de atendimento cada vez mais ágeis, o objetivo comum é manter o caminhão rodando, com o menor custo possível e o máximo de retorno para o transportador.
Pilar de atuação
A Scania, por exemplo, tem o Custo Total de Propriedade como um dos pilares centrais de sua atuação. “O melhor TCO é sempre um objetivo da marca, da mesma forma que o alto valor de revenda que nossos produtos oferecem ao cliente de forma comprovada”, afirma Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil.
A marca tem investido em motores mais eficientes, como propulsores ciclo Otto a gás e a linha a diesel, sendo esta segunda destacada pela empresa devido à economia de combustível em relação às gerações anteriores. A redução no consumo, segundo Nucci, é resultado de um conjunto de tecnologias que ampliam a eficiência energética, aumentam a disponibilidade dos veículos e diminuem os custos operacionais.
Outra aliada importante é a conectividade. “Com a ferramenta Scania FIT, o gestor de
frota acompanha em detalhes o desempenho de cada caminhão, promovendo uma operação mais inteligente e econômica. Não se trata de uma promessa, e sim de entregas reais de resultado para o cliente”, reforça.
A marca também foca na personalização dos produtos, com a proposta de oferecer caminhões sob medida. “Não vendemos o mesmo produto para todos. Cada caminhão é configurado de acordo com a real necessidade da operação do cliente e isso impacta diretamente na eficiência e no retorno do investimento”, destaca o executivo. Planos de manutenção com foco em disponibilidade e a atuação da rede de concessionárias completam o pacote de suporte voltado à redução do TCO dos veículos da marca
A DAF Caminhões Brasil aposta em uma estratégia combinada de customização, conforto e gestão inteligente da manutenção. “A DAF disponibiliza um conjunto de soluções estratégicas que visam proporcionar ao cliente o melhor Custo Total de Propriedade, com foco na operação eficiente e personalizada”, explica Adcley Souza, diretor de Ser-
viços ao Cliente da marca.
Entre os diferenciais oferecidos pela fabricante, ele destaca a possibilidade de personalização de fábrica baseada nas preferências dos clientes. “Itens que antes eram adaptados pelos próprios frotistas, como rodas pretas, geladeiras e acabamentos diferenciados, hoje já saem de fábrica com alto padrão de qualidade”, explica. Souza acrescenta que a geladeira, por exemplo, é item de série em 100% dos modelos da marca com cabine leito, o que contribui diretamen-
te para o bem-estar do motorista.
A montadora também oferece pacotes opcionais como os kits Xtra (voltado ao conforto), Safety e ADAS (tecnologias de assistência à condução). A gama se complementa com uma linha completa de acessórios nas concessionárias, como saias laterais e ar-condicionado de teto, que melhoram a aerodinâmica, reduzem o consumo e aumentam o conforto da operação.
No pós-venda, o programa DAF Multisuporte oferece planos de manutenção escaláveis e personalizáveis. “Com o Multisuporte Ultra, voltado para grandes frotas, o cliente paga um valor fixo mensal com base na quilometragem rodada. Isso proporciona previsibilidade de custos e atendimento prioritário na rede”, afirma Souza. A solução também conta com suporte digital, que alerta sobre manutenções preventivas, minimizando paradas não programadas e ampliando a disponibilidade do veículo.
A Iveco também aposta em um pacote robusto de soluções integradas para garantir o melhor TCO no transporte de cargas.
E GESTÃO INTELIGENTE
Estratégia da DAF
Caminhões combina customização, conforto e gestão inteligente com foco na operação eficiente e personalizada
Sistema da Iveco converte dados de uso individual do caminhão em calibração sob medida de performance, ajustada às características da operação do cliente
“Em um mercado cada vez mais competitivo e com custos operacionais elevados para o cliente, oferecer apenas um bom produto e um pós-venda eficiente já não é suficiente”, afirma Bernardo Brandão, diretor-geral de Customer Service da Iveco para a América Latina.
A marca se apoia fortemente em conectividade e inteligência artificial, com sistemas como o Iveco On e o Nexpro Connect, que oferecem monitoramento em tempo real, manutenção preditiva e suporte técnico remoto. O objetivo é a maior disponibilidade dos veículos e redução de paradas não planejadas. Em complemento à estratégia digital, a montadora tem o Iveco Seu, um sistema que transforma dados de uso individual do veículo em uma calibração personalizada de performance, ajustada às características específicas de cada operação. “Trata-se da personalização total aplicada à gestão de frota, com ganhos reais em eficiência e rentabilidade”, destaca Brandão.
Segundo ele, o relacionamento com o cliente também é parte essencial dessa jornada, por isso a Iveco investe em um atendimento cada vez mais proativo e personali-
zado, unindo inteligência artificial ao fator humano para antecipar soluções e agregar valor ao negócio do transportador. “Com todas essas ferramentas, oferecemos um ecossistema completo de soluções inteligentes, que apoia o transportador na redução de custos operacionais, na melhoria da performance da frota e na tomada de decisões mais estratégicas”, conclui.
A Volkswagen Caminhões e Ônibus também elabora sua estratégia com foco total na redução do TCO. A marca conta com uma rede de mais de 150 concessionárias no Brasil e importadores em toda a América do Sul. “Essa capilaridade garante agilidade no atendimento e mais disponibilidade para o cliente”, explica Antônio Cammarosano, Diretor de Serviços da montadora.
No quesito manutenção, a montadora oferece três modalidades de planos com valores competitivos e cobertura em toda a rede nacional da marca. Quando associados à conectividade RIO, esses planos se tornam ainda mais eficientes, pois o cliente passa a contar com o suporte do UpTime Center, a
torre de controle da Volkswagen Caminhões e Ônibus. “Esse sistema funciona 24 horas por dia, com monitoramento ativo. Em caso de falha, entramos em contato com o motorista, enviamos suporte ou agendamos o reparo na unidade mais próxima. Tudo sem a necessidade de o cliente intervir no processo”, afirma Cammarosano.
A conectividade também permite consultorias de performance com foco na condução econômica e na preservação do veículo. Na prática, isso reduz o desgaste e am-
biliza o pagamento automático de pedágios e facilita o cumprimento da Lei do Vale-Pedágio.Cammarosano acrescenta que o ecossistema da montadora inclui a central ChameVolks, que funciona 24 horas e sete dias por semana, oferecendo suporte técnico e treinamentos de condução econômica e manutenção preventiva para motoristas e operadores.
A Mercedes-Benz segue a mesma lógica de oferecer suporte integral ao cliente. A marca conta com uma rede de mais de 170 concessionárias e um portfólio completo de peças, serviços e soluções digitais. “Oferecer o melhor TCO exige mais do que desempenho. É preciso acompanhar o cliente ao longo de toda a jornada com soluções que aumentem a rentabilidade da operação”, explica Marcelo Zanineli, Gerente Sênior de Inteligência, Experiência do Cliente e Operações da marca.
A fabricante oferece planos de manutenção escaláveis, como o BestBasic, que cobre manutenções preventivas, e o Complete,
A Volkswagen oferece três modalidades de planos de manutenção, com valores competitivos, fortalecidos com suporte da torre de controle Up Time Center
SUPORTE E FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES
Além de serviços digitais diagnósticos remotos e notificações de alertas, entre outros, a Mercedes aposta em clube de fidelização
que inclui também serviços corretivos e peças de desgaste. Outro destaque é a Garantia Estendida, que pode ampliar a cobertura original da fábrica por até dois anos.
No portfólio de peças, a Mercedes-Benz disponibiliza quatro linhas distintas. São elas Peças Genuínas, Renov (remanufaturadas com garantia de dois anos), Alliance (multimarcas com procedência garantida) e Select Parts, itens originais de fornecedores globais. “Esse leque garante soluções sob medida, equilibrando qualidade, custo e dispo-
nibilidade”, reforça Zanineli.
No campo digital, a marca disponibiliza o Portal Fleetboard, uma plataforma moderna e intuitiva que integra o serviço Mercedes-Benz Trucks Uptime, oferecendo diagnósticos remotos, notificações e alertas para garantir maior tempo de operação. Já o Fleetgreen monitora as emissões de CO2 em tempo real e permite compensações via créditos de carbono - uma alternativa sustentável cada vez mais valorizada. A marca também investe na fidelização com o Mercedes Club, programa de recompensas que permite acumular pontos a cada R$ 1 gasto em serviços e peças, convertendo-os em prêmios e benefícios exclusivos.
A Volvo Caminhões também integra a tendência ao aliar robustez, tecnologia e inteligência operacional como caminhos para um TCO competitivo. “De fato, a busca pelo melhor Custo Total de Propriedade vai muito além do investimento inicial, consumo de combustível e preço de peças do caminhão”, afirma Alcides Cavalcanti, diretor-executivo da Volvo Caminhões. O executivo lembra que
a alta disponibilidade dos veículos é essencial e que caminhões robustos, operando de forma ininterrupta e com alta produtividade, são uma demanda constante dos transportadores. “Essa é uma fortaleza da marca Volvo, reconhecida pela alta qualidade e robustez de seus caminhões”, reforça.
Outro diferencial citado por Cavalcanti é a previsibilidade de custos. “Na Volvo, temos visto grande crescimento por Planos de Serviço, com mais de 50 mil contratos ativos atualmente. Esse número é equivalente a 9 em cada 10 caminhões que entregues pela marca. Ele explica que os transportadores estão cada vez mais interessados em transformar custos variáveis em valores fixos e previsíveis, tanto com peças quanto com mão de obra. “Além disso, os serviços são realizados por profissionais altamente qualificados e atualizados na rede Volvo”, diz.
A conectividade também está no centro da estratégia da marca, com o uso crescente do Volvo Connect, plataforma de gestão que reúne dados detalhados sobre os veículos da frota. Cavalcanti explica que isso permite ao cliente melhorar o desempenho dos motoristas em consumo e segurança, além
de realizar manutenção preditiva com base em telemetria, antecipando falhas e condições adversas de uso.
O executivo lembra que o valor de revenda dos caminhões Volvo também influencia positivamente o TCO. “Nossos veículos têm o maior valor de revenda em suas categorias, o que é atestado por pesquisas independentes e reconhecido pelos próprios clientes. Caminhões Volvo têm maior liquidez, sendo os mais comercializados no mercado de usados atualmente”, conclui Cavalcanti.
CUSTOS VARIÁVEIS EM FIXOS
Nove em cada 10 caminhões Volvo são entregues com contratos de manutenção, porque os transportadores querem transformar custos variáveis em valores fixos
Impulsionar vendas, maior aproximação com os clientes do Estado e redução do tempo de entrega de produtos é a estratégia da Librelato com a inauguração da nova fábrica em São Paulo
Desde 25 de agosto, a nova fábrica da Librelato está em operação em Guarulhos, São Paulo. Localizada às margens da Rodovia Presidente Dutra, a unidade concentra em um único complexo a linha de produção, concessionária, estoque de peças, hub de serviços e pátio logístico. A empresa investiu R$ 10 milhões no empreendimento para aumentar a produtividade, reduzir os prazos de entrega, refor-
çar o atendimento pós-venda e, como meta, crescer 15% no mercado paulista.
A nova planta ocupa área total de 27 mil m² com capacidade de produzir até oito implementos por dia no regime CKD na fase inicial das operações. Os principais modelos fabricados na unidade paulista são os furgões de alumínio e lonados, implementos carga seca, porta-contêineres e graneleiros.
A nova planta ocupa uma área total de 27 mil m² e, na fase inicial das operações, tem capacidade para montar até oito implementos por dia pelo regime CKD. Os principais modelos fabricados na unidade paulista são furgões de alumínio e lonados, implementos carga seca, porta-contêineres e graneleiros.
Segundo João Librelato, diretor comercial e de marketing da empresa, a planta opera sob um sistema de excelência próprio, voltado à melhoria contínua da produção. “A fábrica de São Paulo foi projetada para oferecer uma experiência completa. O atendimento acompanha o cliente desde a escolha do implemento até o suporte pós-venda, com processos integrados e consultivos. Buscamos otimizar os pontos de manutenção para ga-
EXPANSÃO EM SÃO PAULO
A meta da nova unidade é conquistar 15% do mercado paulista, diz João Librelato
rantir que o implemento rodoviário permaneça sempre em operação”, afirma.
A escolha ao lado da Via Dutra tem como objetivo aproximar a marca dos clientes paulistas, agilizar a entrega de produtos e fortalecer o atendimento pós-venda. Para complementar, a empresa implantou diversos pontos de assistência técnica em cidades como Guararema, Embu das Artes, Jundiaí e São Bernardo do Campo, além de contar com sua rede credenciada no Estado.
João afirma que a meta é conquistar 15% do mercado paulista de semirreboques nos próximos anos. Sua expectativa considera que 52% dos emplacamentos de implementos rodoviários no País estão concentrados no Estado de São Paulo. Já no mercado brasileiro, a meta da empresa é atingir 20% de participação nos próximos cinco anos.
A empresa tem atualmente 42 pontos de venda no Brasil, 43 oficinas homologadas, 31 lojas (incluindo a nova unidade e oito boxes exclusivos para peças. A Librelato ocupa a terceira posição entre os fabricantes de implementos pesados no País, com participação entre 12% e 14% do mercado total.
A fabricante se destaca tembém pelas vendas no varejo. De acordo com o executivo, em média o mercado registra 1,43 semirreboque para cada cavalo mecânico licenciado. Ele acrescenta ainda que 30% dos semirreboques entregues pela empresa pertencem à linha graneleira, sendo cerca de 15% deles na configuração de quatro eixos.
Pesados em queda
De acordo com a Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodo-viários), entre janeiro e agosto o setor registrou retração de 5,5%, com 98.198 unidades entregues contra 103.920 no mesmo período de 2024. A linha leve (carrocerias sobre chassi) apresentou crescimento, passando de 43.721 para 50.461 unidades, alta de 15,4%. Já os pesados (reboques e semirreboques) caíram de 60.199 para 47.737 unidades, redução de 20,7%. Estima-se que as vendas fiquem entre 70 mil e 74 mil unida-des, o que representa uma queda de cerca de 18% em relação ao ano passado. Segundo a Anfir, as causas da queda são as taxas de juros altas e a restrição ao crédito.
A combinação de potência, cabines amplas, tecnologia avançada e a força de suas redes de concessionárias e do serviço de pós-venda posicionam os modelos pesados 4x2 MercedesBenz Axor 2038 e Volkswagen Constellation 20.480 como fortes competidores nas operações rodoviárias de médias e longas distâncias
Aconcorrência no segmento de veículos comerciais é um dos principais motores de inovação das montadoras. Cada detalhe dos caminhões é filtrado e aperfeiçoado para oferecer uma vantagem decisiva ao transportador. No segmento de pesados, essa busca é bastante intensificada, já que a escolha do cliente vai muito além do preço. E, embora o valor do veículo também pese na negociação, o que realmente pode influenciar é a soma
Texto João Geraldo de fatores como desempenho, eficiência no custo por quilômetro rodado, força do pós-venda e reputação da marca. Um exemplo claro dessa disputa está no confronto entre os cavalos mecânicos pesados 4x2 Mercedes-Benz Axor 2038 e o Volkswagen Constellation 20.480. Ambos foram projetados para oferecer robustez e confiabilidade em operações de médias e longas distâncias, tracionando conjuntos com Peso Bruto Total Combinado (PBTC) em uma faixa de peso entre 50.000 e 60.000 kg.
A ficha técnica do Constellation informa
DISPUTA
PESADA
Os cavalos mecânicos pesados Axor e Constellation representam a acirrada disputa entre as duas tradicionais fabricantes de caminhões
ESTILO DOS PESADOS a cabine do novo Axor traz um design moderno que segue o estilo dos rodoviários da marca e realça uma imagem de robustez
o PBTC homologado de 56.000 kg e Capacidade Máxima de Tração (CMT) de 60.000 kg. Já a do Axor cita apenas o CMT legal de 62.000 e o técnico de 68.000 kg, no caso do modelo com redução nos cubos. Ambos entregam desempenho em subidas íngremes e ultrapassagens. Também alcança velocidades mais elevadas em aclives, além de retomadas mais rápidas e redução no tempo de viagem.
O Volkswagen Constellation 20.480 4x2 chegou ao mercado em outubro de 2024, enquanto o Axor voltou em julho desse ano após ter saido do mercado brasileiro no final de 2022. Reformulado, o cavalo mecânico Mercedes-Benz versão atualizada tem a missão de ampliar a presença da marca no segmento de cavalos mecânicos rodoviários.
Vale destacar que tanto a Mercedes-Benz quanto a Volkswagen possuem tradição de fornecerem caminhões para diferentes aplicações, o que torna a comparação entre esses dois modelos 4x2 ainda mais pertinente.
Motorização
O Mercedes-Benz Axor 2038 4x2 vem equipado com o motor MB OM 460 LA, de 12,8 litros e 6 cilindros em linha. O modelo entrega 381 cv a 1.600 rpm e torque de 1.900 Nm a 1.100 rpm. A transmissão é a PowerShift 3, automatizada de 12 marchas e projetada para trocas rápidas e eficientes que ajudam a reduzir o consumo de combustível.
Essa transmissão conta com EcoRoll (coloca em ponto morto quando não há demanda de torque, para aproveitar a inércia e re-
MOTORES
Modelo
Cilindradas
Potência máxima
Torque
Sistema de injeção
Freio-motor
Tanque de Arla 32
TRANSMISSÃO
Tipo
Nº marchas
Embreagem
Relação de eixo
MERCEDES- BENZ AXOR 2038
Mercedes-Benz OM 460 LA
12,8 litros, 6 cilindros, turbo intercooler
381 cv (280 kW) a 1.600 rpm
1.900 N·m (≈ 193,75 kgf·m) a 1.100 rpm
Common Rail - Tecnologia de emissões BlueTec 6 Proconve P-8
Convencional e Top Brake (freio de cabeçote)
MERCEDES- BENZ AXOR 2038
MB G 291-12 PowerShift 3 Advanced Automatizada
12 Marchas sem anel sincronizador -16,46/1,00
Monodisco, diâmetro 430 mm
2,84:1 (rodoviária) / 3,07:1 (aplicações severas)
VW CONSTELLATION 20.480
MAN D2676 LFAG
12.419 cm³, 6 cilindros, turbo intercooler
475 (350 kW) @ 1.800 rpm
2.400 N·m (≈ 244,73 kgf·m) a 930–1.350 rpm
A BORDO Cabine do Constellation com pacote Prime inclui amortecimento pneumático e sistema de direção que reduz esforço do motorista
Common Rail - Tecnologia de emissões EGR + SCR, Proconve P-8
EVB (Exhaust valve brake) - Freio de cabeçote + válvula borboleta no escape 100 litros
VW CONSTELLATION 20.480
ZF / 12TX 2624 TD, automatizada
12 à frente e 2 à ré. Relação de transmissão 1ª/última 16,69:1/1,00:1
Diâmetro do disco 430 mm
2,85:1 (rodoviária) 3,08:1 (aplicações severas)
ROBUSTO
A nova grade frontal, a proteção dos faróis e o para-choque mais largo reforçam a sensação de robustez do novo Axor 2038
duzir consumo), modos Economy (faz as trocas de marchas em menor rotação do motor) e modo Power (favorece o desempenho do veículo) e sensor que detecta a inclinação do terreno para ajustar automaticamente as trocas de marchas. O conjunto de suspensão metálica adota molas parabólicas, priorizando robustez, manutenção simplificada e menor tempo de parada.
O Volkswagen Constellation 20.480, por sua vez, é impulsionado pelo motor MAN D26, de 12.4 litros litros e 6 cilindros em linha. Gera 480 cv a 1.800 rpm e torque de 2.400 Nm entre 930 e 1.350 rpm, com sistema de emissões que combina EGR e SCR. A transmissão automatizada V-Tronic, de 12 marchas fornecida pela ZF, inclui recursos como Predictive Shifting, que uitiliza GPS
para antecipar trocas em aclives e declives; Eco-Roll, que desacopla o trem de força em descidas suaves, colocando o caminhão em “banguela controlada” e gerando até 5% de economia de combustível, segundo a marca; além de três modos de condução (Eco, Normal e Power).
O Constellation também sai de fábrica com suspensão de molas parabólicas, amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora. É um padrão comum no segmento, pois alia capacidade de absorção de impactos e resistência às condições severas das rodovias.
Os dois modelos oferecem cabines espaçosas, com opções de teto alto e baixo. Ambos
DIMENSÕES (mm)
Distância entre eixos
Comprimento total com lanterna
Largura
Bitola do eixo dianteiro/traseiro
Balanço dianteiro/traseiro
Tanque de combustível/opcional
Tanque de Arla (litros)
PESOS (kg)
Eixo Dianteiro: legal/técnico
Eixo Traseiro
Peso bruto total (PBT) homologado
MERCEDES- BENZ AXOR 2038
3552
5992 2550 2077/1803
1440/1000
400 / 410+320
90
Peso bruto total Combinado (PBTC) homologado
Capacidade Máxima de Tração (CMT)
VW CONSTELLATION 20.480
3600 6038 2550 2090/1827 1515/924
Tanque de 470 litros/alumínio 100
MERCEDES- BENZ AXOR 2038
6.000/7.100
10.000/13.000
16.000/20.100
Não informado
62.000 (68.000 com redução nos cubos)
VW CONSTELLATION 20.480
DIFERENTES APLICAÇÕES
As duas fabricantes também competem com cavalos mecânicos 6x2 equipados com as mesmas cabines da versão 4x2
ESPAÇO INTERNO
A cabine teto alto do MercedesBenz Axor apresenta altura interna de 1.778 mm, do piso ao teto, e amplo espaço sob o colchão
PNEUS/RODAS/FREIOS
Tipo/rodas
Relações de eixo
foram projetados para garantir a melhor ergonomia, boa movimentação interna e compartimentos adequados para bagagem e cama. O Axor 2038 traz uma nova grade frontal, para-choque mais largo e faróis com luzes halógenas ou LED. A altura interna da cabine teto alto é de 1.780 mm do piso ao teto e túnel central tem com 20 cm de altura. O volante multifuncional - com regulagem de altura e profundidade - tem a alavanca
SUSPENSÃO
Dianteira
Traseira
Freios de serviço/acionamento
Freio auxiliar
Freio adicional
Eletrônica auxiliar
MERCEDES- BENZ AXOR 2038
Molas parabólicas com amortecedores
telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora
Molas parabólicas com amortecedores
telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora
MERCEDES- BENZ AXOR 2038
295/80R22.5/8.25x22.5
2,85 (opcionais: 2,73/3,08)
Tambor /Pneumático
Convencional + Top/Brake
Retarder Voith R 115 V (opcional sob consulta)
VW CONSTELLATION 20.480
Eixo rígido, molas parabólicas com amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora
Eixo rígido motrix, molas pneumáticas com 4 bolsões de ar com amortecedores hidráulicos de dupla ação e barra estabilizadora
VW CONSTELLATION 20.480
295/80R22.5/ 8.25 x 22.5
2,85/3,08
Tambor nas rodas dianteiras e traseiras
Freio de cabeçote + válv. borboleta no escape
Não informado
ABS – ASR- ESC/ESP® -EBD - ESS - Hill Holder - Interface CAN - SAE J1939
ABS + EBS +ATC + HAS + ESC
do câmbio integrada à coluna de direção e combinada com a do freio auxiliar. O banco do motorista tem assento pneumático com 11 regulagens e a geladeira é item opcional. O painel reúne display de 12,7 cm com EcoSupport, que avalia o estilo de condução. No quesito segurança, o Axor incorpora sistemas como EBS (freio eletrônico), ABS, ASR (controle de tração), Hill Holder, ESC, EBD e ESS (luz de freio de emergência). A suspensão pneumática é item de série de série.
A cabine teto alto do Constellation mede 1.913 mm do piso ao teto e 1.778 mm do túnel central até o teto. A suspensão conta com 4 pontos de amortecimento e o banco do motorista tem várias funções e ajuste lombar. O volante multifuncional oferece regulagens de altura e profundidade e alavanca seletora de marchas da transmissão automatizada na coluna direção. Os controles do freio auxiliar (freio-motor EVB) de três estágios
também ocupam espaço na mesma alavan ca do câmbio. O pacote Highline acrescenta painel de instrumentos 100% digital, tela de 10 polegadas com mais de 80 funcionalidades, central multimídia de 7 polegadas sensível ao toque, conectividade com smartphone e assistentes de voz. O sistema ainda integra o painel de instrumentos e permite ao gestor da frota monitorar em tempo real dados da operação por meio da plataforma RIO.
Pós-venda
PACOTE
DIGITAL
O pacote
Highline do Constellation inclui painel de instrumentos 100% digital e tela multimídia com mais de 80 funcionalidades
Com tradição no mercado de caminhões, as duas fabricantes contam com ampla rede de concessionárias, pacotes de manutenção e fornecimento de peças, para manter os caminhões da marca em operação pelo maior tempo possível. Os preços sugeridos para o Mercedes-Benz Axor 2038 e o Volkswagen Constellation 20.480 são, respectivamente, R$ 690.000 e R$ 695.000.
Versão Minibus abre caminho para ambulância, furgão e refrigerado, ampliando a presença da marca no transporte comercial. Toyota aposta em robustez, pós-venda e custos previsíveis para enfrentar Transit, Sprinter e demais rivais
ITENS DE CONFORTO
A Hiace Minibus tem transmissão automática e assentos reclináveis para 15 passageiros
AToyota iniciou em 1º de setembro as vendas da Hiace Minibus no Brasil, com capacidade para 15 passageiros mais o motorista. O modelo marca a entrada oficial da montadora japonesa no segmento de vans no País, um mercado em crescimento e cada vez mais disputado. Produzida em Zárate, na Argentina, sobre a mesma base da picape Hilux, a Hiace chega primeiro na versão de passageiros, com preço sugerido de R$ 364.990. Outras versões como Furgão e Ambulância começam a desembarcar no mercado brasileiro a partir de novembro, ampliando as opções para diferentes tipos de aplicação.
A Hiace tem tração traseira e utiliza motor 2.8 turbodiesel, de 174 cv a 3.400 rpm e torque de 45,8 kgfm a 1.600 rpm, combinado à transmissão automática de seis marchas com opção de trocas manuais. O veículo mede 5.915 mm de comprimento, 1.955 mm de largura, 2.280 mm de altu-
ra e tem entre-eixos de 3.860 mm. Essas proporções, conforme reforça a Toyota, permitem operação em áreas urbanas, incluindo estacionamentos de prédios comerciais e residenciais.
A van da Toyota está posicionada na categoria intermediária (L2H2), disputando espaço tanto com modelos médios, como Fiat Scudo e Peugeot Expert, quanto com grandes, como Ford Transit e Mercedes-Benz Sprinter. Na configuração Minibus, a Hiace tem lugares para 15 passageiros mais o motorista. Os bancos são reclináveis, há saídas de ar individuais no teto e a última fileira é rebatível, ampliando o espaço de bagagens.
A Hiace traz cintos de três pontos em todos os assentos, três airbags (frontais e de joelho para o motorista), além de controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e câmera de ré. Segundo a fabricante, a carroceria foi projetada com zonas de absorção de impacto e reforços estruturais. A Toyota estima vender cerca de 2 mil unidades por ano no Brasil, sendo 1.200 vans para passageiros e 800 furgões. O modelo de carga terá PBT de 3.500 kg, podendo ser conduzido por motoristas com CNH categoria B. Já a versão para ambulância deve chegar em janeiro de 2026.
APOSTA NO PRESTÍGIO DA MARCA
Furgão de carga está previsto para chegar até o final desse ano. A Toyota conta com o prestígio da marca no mercado brasileiro para consolidar o novo produto no segmento de vans
Para viabilizar a nova operação com veículos comerciais, a rede de mais de 300 concessionárias foi adaptada para atender ao novo produto, com oficinas equipadas e equipes treinadas.
O recém-inaugurado Centro Logístico de Peças da Toyota promete disponibilidade imediata de 97% dos componentes, com entrega em até um dia em São Paulo.
O programa Revisão Facilitada oferece as três primeiras manutenções gratuitas. Da quarta à sexta, o valor é fixado em R$ 1.199 cada uma, totalizando R$ 3.597 até os 60 mil rodados km ou seis anos de uso. Já o programa Toyota 10 permite extensão da garantia de fábrica de cinco para até dez anos, mediante a realização das revisões programadas. A cobertura pode chegar a 200 mil km para uso particular ou 150 mil km para uso comercial.
Além das vendas diretas, o modelo será oferecido com financiamento pelo Banco Toyota com prazos de até 60 me-
ses. Outra forma de aquisição é o Consórcio Toyota, com planos de até 120 meses. A Hiace poderá locada com exclusividade pela Kinto, empresa do grupo Toyota. Segundo Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil, a rede de concessionárias registrou pedidos antes mesmo do lançamento oficial. A expectativa é que a marca aproveite sua reputação no mercado de picapes e SUVs para consolidar a presença também no segmento de vans.
Embora tenha chegado ao Brasil apenas agora, a Hiace já está em sua sexta geração e consolidada em mais de 150 países. A aposta da Toyota é que a combinação de robustez mecânica, rede de concessionárias, custos de manutenção previsíveis e força da marca ajudem a van conquistar espaço frente aos produtos de concorrentes já estabelecidos no mercado brasileiro.
Os furgões elétricos Mercedes-Benz eSprinter e Ford E-Transit combinam tecnologia avançada com conforto, segurança, desempenho e autonomia, características essenciais para as operações de entregas urbanas de última milha
Osegmento de veículos de carga para operações de última milha segue, mais competitivo a cada ano. A disputa entre marcas vai além de serem ou não produtos recentes no mercado brasileiro, pois envolve também o alto nível de segurança, conforto e tecnologia disponibilizados pelas marcas. Entre as diversas versões de diferentes fabricantes disponíveis no mercado brasileiro - atendido por modelos com motor a combustão e elétricos - para nesta edição da Transporte Mundial destacamos um comparativo entre os fur-
gões extralongos Mercedes-Benz eSprinter e Ford E-Transit.
A eSprinter tem capacidade para um volume de carga de até 14m³, enquanto na ficha técnica da E-Transit volume máximo informado é de 15,1 m³. O modelo da Ford pode ser dirigido por motoristas com CNH categoria B, enquanto a eSprinter longa exige categoria C, pois seu PBT é de 4.250 kg, acima do limite de 3.500 kg.
Os dois modelos pertencem a marcas com tradição no mercado brasileiro com modelos a combustão, e atualmente concorrem
PRÓXIMO DO AUTOMÓVEL
O painel e a dirigibilidade das vans são parecidos com os de um carro de passeio, o que facilita o dia a dia do motorista no trânsito urbano
DIMENSÕES (mm)
Modelo 420 Extra-longo (capacidade volumétrica)
Distância entre-eixos
Comprimento total
Altura carga-carregado / descarregado
Balanço dianteiro/ traseiro
Dimensões da zona de carga - altura / largura
Comprimento interior da zona de carga
Diâmetro de giro
Vão da porta lateral - altura / largura
Altura do veículo - carregado / descarregado
Largura sem espelhos / com espelhos
Vão da porta traseira - altura / largura
/ 729 1.021 / 1.621 2.009 / 1.787
15.300 1.818 / 1.260 2.623 / 2.720 2020 / 2345 1.846 / 1.555
também com versões elétricas. Ambas contam com produtos que entregam inovação, desempenho, conforto e segurança se destacando como rivais na disputa pela preferência dos transportadores que apostam na eficiência de veículos movidos a bateria em suas operações diárias, preferencialmente em centros urbanos.
Considerados veículos sustentáveis, silenciosos e com baixo custo operacional, os
6.704
/ 727 1.023 / 1.931 2.025
/ 2.059 1.565
modelos de ambas as marcas oferecem benefícios que vão além das emissões zero. A começar pelo trem de força com menos peças de desgaste em relação à versão a diesel e, combinado com o uso da energia elétrica, o custo total de operação também é menor: a Ford fala em redução de até 40% e no caso da eSprinter, a proposta é semelhante.
Entre os mecanismos citados responsáveis pela redução de custos, geralmente as
marcas apontam o menor número de peças móveis e o gasto com energia, em comparação ao veículo movido a diesel. A literatura de frotas e estudos independentes costumam apontar reduções de manutenção e desgastes em uma faixa aproximada entre 30% e 40%. O índice pode variar dependendo de fatores como perfil da operação, da rota e do custo de energia.
Autonomia e desempenho
A versão elétrica da Sprinter foi lançada no mercado brasileiro no final de 2024. Ela traz como um dos seus maiores diferenciais a autonomia de até 478 km (ciclo europeu WLTP). É a maior do segmento e essa performance se deve à bateria com tecnologia LFP (Lítio-Ferro-Fosfato) de 113 kWh utilizada pela Mercedes-Benz em seu veículo elétrico. Há também versão mais leve de bateria, com 81 kWh. Com essa opção, o cliente tem possibilidade de transportar alguns quilos a mais de carga no veículo. A propulsão traseira é alimentada pelo motor elétrico de 150 kW (204 cv) e torque de 400 Nm.
PESOS (kg)
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
PBT
PBTC
Peso em ordem de marcha
Carga útil
Rodas
Pneus
Aço 16x6.5
R16C
Aço 16x6.5 235/65 R16C
As baterias com tecnologia LFP podem ser recarregadas em corrente alternada (AC) com carregador de bordo de até 11 kW ou em corrente contínua (DC) com potência de até 50 kW, permitindo recarga aproximada de 10% a 80% da capacidade em cerca de 90 minutos, segundo a fabricante.
A E-Transit também tem tração traseira e seu motor elétrico oferece 198 kW (269 cv) e torque de 430 Nm. Segundo a Ford, a autonomia aintige 317 km, conforme o padrão global WLTP (Procedimento Mundial Harmonizado de Teste para Veículos Leves). Com tecnologia NCM (Níquel-Cobalto-
BATERIAS DIFERENTES
A E-Transit utiliza bateria de composição química NCM, que é mais leve que a LFP da eSprinter. Apesar de ser mais pesada, a LFP oferece maior autonomia
DE CARGA
Os furgões de ambos os fabricantes seguem o padrão global com portas laterais e traseiras que facilitam as operações de carga e descarga
-Manganês) a bateria tem capacidade útil de 68 kWh, composta por 10 células reparáveis e refrigeradas individualmente.
A recarga leva aproximadamente 35 minutos para ir de 15% a 80% usando um carregador rápido de corrente contínua (115 kW). Já com um carregador de corrente alternada (até 11,5 kW), o tempo de recarga total é de cerca de 8 horas através do conector Tipo 2.
Como em todo veículo elétrico, é normal os furgões possuirem o sistema de regeneração de energia. Na eSprinter é possível ajustar a intensidade desse sistema através de quatro níveis de recuperação (D-, D, D+, D++), o que permite controlar a energia recuperada pelo eixo propulsor.
As características entre a bateria com tecnologia LFP (lítio-ferro-fosfato), adotada na eSprinter, e a NCM (Níquel-Cobalto-Manganês), da E-Transit, são escolhas de cada fabricante, pois ambas as opções são consideradas de alta segurança. Enquanto a LFP tem química mais estável e suporta mais ciclos, a NCM utiliza, por segurança, avançados sistemas de gerenciamento. Sua vi-
da útil é mais curta, porém tem maior densidade de energia, podendo também ser mais compacta e leve.
Tratando-se da eSprinter, por meio do certificado de bateria gratuito, a Mercedes-Benz AG garante, por um período total de 8 anos. Isso, a partir da entrega ou do registro inicial, ou então até 160 mil km e garante também que a capacidade restante máxima das baterias de alta voltagem não será inferior a 70% da capacidade inicial. Para a E-Transit, a Ford oferece garantia de 8 anos ou 160 mil km, ou o que ocorrer primeiro. Vale lembrar que a eSprinter é produzida em Düsseldorf, na Alemanha, e E-Transit é montada desde 2021 no Uruguai.
A eSprinter extralonga tem entre-eixos de 4.325 mm, capacidade volumétrica total de 14 m³ e seu PBT atende até 4,25 toneladas. Segundo a fabricante, o projeto modular de sua van é uma característica que facilita adaptações e mantém o centro de gravidade do veículo baixo para melhorar a estabilidade. Na Ford E-Transit extralonga, o espaço volumétrico é de 15,1 m³ e a capacidade de carga varia de 800 a 1.000 kg.
MERCEDES-BENZ eSPRINTER
ABA (Assistente Ativo de frenagem) monitora constantemente a distância e a velocidade em relação aos veículos, pedestres e ciclistas à frente, Alerta de Frenagem, Assistência de Frenagem, Frenagem Autônoma de Emergência)
Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP Adaptativo 9i®) inclui Sistema
Antibloqueio de Freios), Sistema de Controle de Tração, Distribuição Eletrônica da Força de Frenagem, Servofreio de Emergência, Controle de Carga
Adaptativo, Controle de Rolagem, Interação de Movimento de Rolagem, Pré-carga Eletrônica de Freio e Limpeza dos Discos de Freio
Assistente de Vento Lateral / Assistente de Partida em Rampa / Alerta de Fadiga / Alerta de Ponto Cego / Assistente de Manutenção de Faixa
FORD E-TRANSIT
AdvanceTrac® (integra Assistência em frenagens de emergência, Controle eletrônico anti-capotamento, Controle eletrônico de estabilidade, Estabilização de vento lateral, Controle adaptativo de carga, Assistente de partidas em rampa) Alerta de colisão, Sistema Antibloqueio de Freios (ABS), Sistema de Controle de Tração (TCS), Distribuição Eletrônica da Força de Frenagem (EBD), Servofreio de Emergência, Controle Eletrônico de Estabilidade, Pré-carga Eletrônica de Freio, Limpeza dos Discos de Freio
Assistente de Estabilização de Vento Lateral, Assistente de Partida em Subida, Sistema de Alerta de Fadiga, Sistema de Informação de Ponto Cego, Sistema de Manutenção de Faixa
TECNOLOGIA E CONECTIVIDADE
MERCEDES-BENZ eSPRINTER
Mercedes PRO connect: serviço de conectividade e gerenciamento de frota da Mercedes-Benz para vans. Funciona como uma ferramenta digital para conectar motoristas, veículos e gestores de frota. As funções do Mercedes PRO connect são divididas em pacotes de serviços, que podem ser contratados de acordo com a necessidade do cliente.
Multimídia MBUX com câmera de ré: é o sistema de infoentretenimento da Mercedes-Benz que atua como o cérebro do veículo, integrando diversas funções de entretenimento, navegação, segurança e conforto.
O MBUX é um sistema inteligente e adaptável, com funcionalidades que variam de acordo com o modelo e a versão do veículo. São eles: comando de voz inteligente, Interface intuitiva, Integração com smartphone, Recursos de navegação, Perfis de usuário, Alertas e status do veículo
FordPass Connect: o aplicativo funciona como uma plataforma que centraliza diversas funcionalidades, que permite interagir com o veículo de forma remota.
O FordPass Connect não tem um número fixo de funções, pois elas são integradas a um sistema completo de conectividade.
Multimídia Sinc 4 com tela de 12” concentra uma série de funções avançadas que facilitam a operação diária e aumentam a conectividade, a segurança e a produtividade. As principais funções disponíveis no sistema são Comandos de voz avançados, Conectividade sem fio, Atualizações OTA (Over-the-air).
O SYNC 4 pode receber atualizações de software remotamente, através de uma conexão sem fio, Personalização e multitarefa, Integração com o FordPass Connect, Navegação conectada e Manual do proprietário digital
Estudos sobre a manutenção e o desgaste de veículos elétricos indicam uma redução de custos na faixa de 30% a 40% comparados a modelos com motor a diesel
MOTORES
Motor
Potência (cv / Kw)
Torque (kgf.m)
Bateria
Autonomia (km)
Carregamento
Carregamento CC – pot. máxima
Carregamento CA – pot. máxima
Transmissão Tração
Tecnologia LFP (Lítio-Ferro-Fosfato) de 112 células
Capacidade útil 113 kWh
478 (ciclo WLT`P)
Plugue de tipo 02 (padrão europeu)
50kW - 80% em 93 minutos
11kW - 100% em 11hrs
Automática; Relação única de 13,2:1 Traseira
198kW BorgWarner
269 / 198
43,8
Tecnologia NCM ((Níquel-Cobalto-Manganês) de 10 células reparáveis e refrigeradas individualmente - capacidade útil 68 kWh
317 (WLTP) / 193 (Inmetro)
Plugue tipo 2 (padrão europeu)
115kW - 80% em 35min
11kW - 100% em 8hrs
Automática de 1 velocidade Traseira
Tecnologias embarcadas
No quesito tecnologias, vale reforçar que os furgões das duas fabricantes apresentam equipamentos que priorizam a segurança e o conforto do motorista, como central multimídia, conexão Bluetooth, tela multifuncional etc. Aliás, essas características são marcas registradas dos atuais veículos comerciais voltados para operações urbanas.
Os furgões de ambas as fabricantes incorporam uma série de tecnologias avançadas de série. Dentre os recursos de conectividade, destaca-se a capacidade de gerenciamento remoto via aplicativo de smart-
phone, que oferece funções de rastreamento, monitoramento do status da pressão dos pneus e alertas de funcionamento. O motorista também pode verificar remotamente a autonomia restante, quilometragem total e travar ou destravar o veículo à distância.
O ambiente interno da cabine e o conforto proporcionado pela a facilidade de condução, mais o comportamento do veículo e ergonomia, são carateriscas compatilhadas pelos dois modelos. Nesse setembro, a Transit completa 60 anos de mercado. A Sprinter atingiu os 30 em janeiro.
TECNOLOGIAS
A BORDO
Os furgões elétricos das duas marcas contam com recursos avançados de conectividade e também equipamentos que priorizam a segurança e o conforto
Versão de entrada é voltada ao trabalho e reúne robustez e itens de conforto herdados das irmãs mais caras
Para reforçar a sua linha de picapes no Brasil, a Ford conta com a versão da Ranger XL 4x4 manual, exclusiva da divisão Ford Pro. Ou seja, voltada principalmente para frotistas e operações de trabalho. Por isso, ela é uma opção mais acessível da gama. Mas sem abrir mão de equipamentos também presentes nas versões mais caras. O preço inicial é de R$ 267.900.
Durante nossa avaliação, ficou claro que a Ranger XL manual entrega bem mais do que apenas robustez. O câmbio manual de seis marchas, único disponível entre to-
dos os modelos, mostra-se leve, com engates curtos e precisos. E combinando de forma harmônica com a direção elétrica. O resultado é uma condução mais prazerosa e menos cansativa no uso urbano, mesmo em trechos congestionados.
Impressões
No teste realizado em uso misto, cerca de 80% de cidade e 20% de estrada, a picape registrou 9,7 km/l, um consumo competitivo para uma 4x4 com motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 41 mkgf de torque
O conjunto se mostrou ágil no trânsito urbano e firme nas rodovias, garantindo confiança em ultrapassagens e retomadas. Apesar de ser a versão de entrada, a Ranger XL oferece painel digital de 8” e central multimídia com tela de 10,1”, compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Esses itens tornam a experiência de bordo bem mais moderna e interativa. Algo pouco comum em picapes voltadas ao trabalho.
Outro destaque é o conforto. A suspensão absorve bem as irregularidades, e a cabine silenciosa reforça a sensação de dirigir uma versão mais sofisticada.
Foco no trabalho, mas sem abrir mão da tecnologia
Na parte de robustez, a picape traz tração 4x4 com reduzida, diferencial traseiro blocante e capacidade de imersão de até 800 mm. O tanque de 80 litros e a capacidade de carga de 1.071 kg reforçam o perfil voltado para o trabalho pesado.
Enquanto outras versões 4x4 da linha custam bem mais e trazem câmbio automático, a XL manual é a alternativa mais racional para quem precisa de tração integral, sendo uma opção viável para operações severas. Ou seja, em fazendas, obras ou transporte de equipamentos em terrenos variados. Por essa razão conta com conjunto de pneus 255/70 R16, rodas de aço estampado e suspensão robusta que evidenciam o
caráter utilitário do modelo.
Além disso, a versão oferece quatro modos de condução selecionáveis: Normal, Eco, Rebocar/Transporte e Escorregadio, que ajudam o motorista a adaptar a picape ao tipo de terreno e carga transportada.
A Ranger XL se posiciona como a picape de entrada da gama, mas traz recursos importantes para quem depende dela no dia a dia. No quesito segurança conta com sete airbags, controle de estabilidade, piloto automático e assistente de partida em rampa.
Por ser exclusiva da divisão Ford Pro, a Ranger XL manual é direcionada a empresas e frotistas. Por isso, para esse público a Ford Pro dispõe de condições comerciais específicas, como oferta de serviços de pós-venda e eventualmente negociações personalizadas. Ainda assim, o cliente pessoa física pode adquiri-la normalmente no site da marca ou em concessionárias.
CÂMBIO MANUAL
Tração 4x4 e câmbio manual caracterizam a Ranger XL como uma picape com vocação para o trabalho
O novo Peugeot Boxer traz uma série de inovações que o tornam mais eficiente. Disponível nas versões
Cargo, Furgão e Minibus, o modelo é equipado com um novo motor 2.2 turbodiesel com 140 cv de potência
Texto João Geraldo
APeugeot iniciou as vendas do novo Boxer 2026 no Brasil, reforçando sua presença no segmento de utilitários e mirando principalmente o público profissional. O modelo chega às concessionárias com quatro configurações (duas voltadas ao transporte de carga e duas ao transporte de passageiros) e motor mais potente. Outras novidades são atualizações de design, novos recursos de conectividade e uma ampla gama de acessórios.
O Boxer 2026 é equipado com motor 2.2 turbodiesel, com potência de 140 cv e 350 Nm de torque, acoplado ao câmbio manual de seis marchas. O consumo urbano divulgado pela marca é de até 10,8 km/l. A capacidade de carga varia entre 1.240 kg e 1.590 kg, dependendo da versão, e o volume útil chega a 13 m³. Para facilitar as operações, o modelo mantém porta lateral deslizante e abertura traseira de 270°.
Na linha de carga, a versão Boxer Cargo L3H2 pode ser conduzida com CNH categoria B, transportando até 13 m³ e 1.240 kg. Já o Boxer Furgão L3H2 oferece a mesma capacidade volumétrica, mas com carga útil de 1.590 kg. No transporte de passageiros, o Minibus Comfort (17+1) é voltado ao uso urbano, enquanto o Minibus Luxo (15+1) aposta no padrão executivo, com bancos reclináveis e bagageiro de 1.000 litros.
O utilitário da Peugeot recebeu grade
frontal redesenhada, novo logotipo e rodas atualizadas. No interior, painel e volante foram renovados; o sistema de ventilação aprimorado e a adoção de um maior número de porta-objetos. O modelo também conta com iluminação interna em LED, entradas USB e bancos com novo revestimento. A versão Minibus vem equipada com central multimídia de 7” compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio.
Entre os recursos disponíveis estão controle de estabilidade para reboque, assistente de partida em rampa, frenagem pós-colisão, assistência contra vento lateral, piloto automático, sensores de estacionamento e monitoramento de pressão dos pneus. As versões de passageiros acrescentam câmera de ré, alerta de tráfego cruzado, detector de ponto cego e retrovisores com rebatimento elétrico. O lançamento também incorpora a plataforma MyPeugeot Pro, voltada à gestão de frotas. O sistema oferece 12 meses gratuitos de serviços como telemetria, geolocalização, definição de cercas eletrônicas e análise de condução, acessíveis via aplicativo ou navegador.
O Boxer 2026 conta com extensa linha de acessório para utilitários, todos desenvolvidos pela Stellantis em parceria com a Mopar. São mais de dez itens, como tapetes de cabine e de vão de carga, iluminação LED no compartimento, calhas de chuva, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro e módulo Tilt Down para retrovisores. Segundo a Peugeot, o cliente pode incluir até 10% do valor do financiamento em acessórios, que adquiridos em pacotes que variam conforme a aplicação. São eles o Base Pack (com alarme keyless, tapete de cabine e bolsa porta-objetos) e o Tech Pack (com câmera de ré, rebatimento de retrovisores e sirene de alerta de marcha a ré). Preços sugeridos do novo Boxer: Furgão R$ 266.941, Cargo R$ 260.471, Minibus Comfort R$ 319.592 e Minibus Luxo R$ 327.242.
A nova linha de furgão Boxer tem espaço de 13 m³ e capacidade de carga entre 1.240 kg e 1.590 kg. A versão Minibus Comfort transporta 17+1 passageiros e a Luxo 15+1. Os veículos contam com tecnologias de segurança e plataforma voltada à gestão de frotas, com serviços de telemetria, geolocalização, cerca eletrônica e análise de condução
Tudo para a operação não parar e sua rentabilidade aumentar.