O Carreteiro 503

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O CARRETEIRO


EDITORIAL ESTAMOS CONECTADOS

N

a próxima década, o mundo dos veículos comerciais vai mudar mais do que nos últimos 50 anos. A frase, pronunciada por um respeitado executivo da indústria de caminhões da Europa, reforça a expectativa de que as soluções buscadas pelos fabricantes de caminhões, vans e ônibus, para construção de veículos comerciais mais eficientes - em termos de combustíveis e de emissões - surgirão cada vez mais rápido. Tecnologias para a mobilidade das quais há anos ouvimos falar finalmente começarão a ser disponibilizadas para os transportadores. O veículo comercial elétrico, por exemplo, do qual há anos ouvimos falar, finalmente está sendo apresentado como uma tecnologia pronta para o segmento de distribuição urbana. Ainda há questões a serem resolvidas, como o tamanho, peso e autonomia das baterias. Porém, se levar em conta a velocidade atual dos avanços tecnológicos, ninguém duvida de que esses pontos serão em breve solucionados. Quando se fala das mudanças que estão por vir, não se pode deixar de citar a importância que a conectividade terá nas próximas décadas. A troca virtual de dados e mensagens pela Internet entre organizações, pessoas e veículos de todos os tipos. Especialistas preveem que tudo estará conectado e o caminhão cada vez mais passará a enviar e receber informações em tempo real sobre estradas e condições do trânsito, e também sobre sua condição de operação, manutenção e informações gerais inerentes à operação de transporte em andamento e outras. A ideia é que conectado aos principais agentes de sua rotina, o veículo permaneça o menor tempo possível inoperante, seja na hora da carga, da descarga, ou nas paradas para manutenção. Mas não é só isso. Os avanços indicam também direção autônoma e maior segurança no trânsito. O motorista será um tripulante, e suas intervenções na condução do caminhão ocorrerão somente quando for necessário. Quando se fala desse futuro, no qual tudo estará conectado, parece até que ele está ainda longe de acontecer, e que quando chegar será uma coisa complicada e sem graça. Mas cabe lembrar que os carreteiros já estão na era da conectividade. O smartphone, por exemplo, com seus aplicativos que facilitam o dia a dia, faz parte dessa era digital que estará presente por completo em todos os meandros do setor do transporte rodoviário, assim como em muitos outros. Resta agora saber por quais caminhos este novo mundo nos conduzirá, se ainda teremos tempo e disposição para olhar pela janela do caminhão para apreciar a paisagem da beira de estrada. João Geraldo Editor


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SUMÁRIO /OCARRETEIRO /OCARRETEIRO_ /OCARRETEIRO (11)95428-8803 /REVISTAOCARRETEIRO DIRETOR Edson Pereira Coelho

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FINANCIAMENTO

Profissionais de bancos de montadoras e das fábricas alertam que antes de assumir um financiamento para a compra de um caminhão zero quilômetro, ou de um modelo seminovo, o autônomo deve observar detalhes que envolvem a operação, como taxas de juros, prazos para pagamento e valor da prestação

REDAÇÃO redacao@ocarreteiro.com.br Editor João Geraldo (MTB 16.954) Colaboradores desta edição Evilazio de Oliveira e Daniela Giopato Ilustração Michele Iacocca REPRESENTANTES comercial@ocarreteiro.com.br Eurico A. de Assis José Antonio Fernandes Ubiratan Alves Ferreira. PROJETOS ESPECIAIS Jenner Nicodemos ADMINISTRAÇÃO Ed Wilson Furlan Nilcéia Rocha Juliana Vieira TI DC Code Soluções em TI Ltda.-ME DISTRIBUIÇÃO G.G. Ed. de Public. Técnicas Ltda Ricardo Lúcio Martins

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Publicação de: G.G. Editora de Public.Téc. Ltda. Rua Palacete das Águias, 395 Vila Alexandria - CEP 04635-021-SP Tel.: (11) 5035-0000 - Fax: (11) 5031-8647 revista@ocarreteiro.com.br

www.ocarreteiro.com.br A Revista O Carreteiro é dirigida a motoristas de caminhão, empresários donos de transportadoras, frotistas, chefes de oficinas e demais profissionais ligados ao transporte rodoviário de carga. A publicação é distribuída em cooperação com postos de serviços rodoviários “ROD” (Rede Oficial de Distribuidores da Revista O Carreteiro). É proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem prévia autorização. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Revista O Carreteiro. Impressão e Acabamento RR Donnelley Tiragem desta edição verificada pela PwC, cuja carta relatório encontra-se em nosso poder


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MAIOR ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL


NOTÍCIAS PREPARANDO O FUTURO

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esultado de cinco anos de pesquisa, o novo caminhão conceito da Volvo reduz o consumo de combustível em mais de 30% nas operações de transporte de carga de longa distância, em grande parte devido ao avançado trem de força, desenho aerodinâmico e otimização de peso da composição, informou a fabricante. O presidente e CEO da Volvo Trucks, Claes Nilsson, disse que o caminhão conceito apresentado é apenas o começo, pois a próxima versão já trará uma vanguarda ainda maior em relação ao motor e à transmissão I-Shift, acrescentando que os detalhes dos novos produtos serão divulgados em

breve. O foco da empresa no futuro inclui também o trabalho totalmente autônomo na mina de Boliden no norte da Suécia, há alguns anos. "O FMX com a condução automática funciona perfeitamente sob a superfície, totalmente integrado no sistema de produção da empresa de mineração”, conclui Claes Nilsson.

GÁS NA LONGA DISTÂNCIA

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Iveco apresentou uma versão específica do novo Stralis, movida a gás (CNG e GNL), desenvolvida para o transporte de longa distância. A empresa reforça que o veículo foi concebido para reduzir o custo dos transportadores, também os índices de emissões e proporcionar confiabilidade para seus proprietários. Produzido na fábrica de Madrid (Espanha) e denominado como Stralis NP, o modelo, informa a fabricante, é o caminhão para percursos de longa distância mais sustentável e se trata de uma verdadeira inovação na indústria de caminhão a gás.

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O CARRETEIRO

“É o único caminhão a gás a natural que oferece potência, conforto, tecnologia de transmissão e autonomia de combustível para atender ao transporte de longa distância”, disse o presidente da Iveco, Pierre Lahutte. Ainda de acordo com o executivo, a empresa está prestes a abrir novas fronteiras no transporte sustentável em parceria com os clientes da marca.


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NOTÍCIAS GESTÃO DE FROTAS

A

DAF acabou de lançar na Europa um sistema de gestão de frotas chamado DAF Connect, que oferece informações em tempo real ao operador sobre o desempenho de seus caminhões. Segundo a empresa, a localização do veículo, consumo de combustível, quilometragem, nível de utilização da frota e os tempos de parada são apresentados online de forma clara e de acordo com as necessidades do cliente. O sistema fornece também relatórios completos sobre combustível (com dados atuais e antigos) e também compara veículos e motoristas. Através da função Visualização da Frota em Tempo Real, o transportador obtém informações sobre a localização da frota incluindo distâncias percorridas

e tempo de condução do veículo e do condutor e envia alertas automaticamente definidos quando ocorrem desvios. O diretor de marketing e vendas da companhia, Richard Zink, disse que a DAF está se associando a empresas independentes de gestão de frotas para ter uma plataforma aberta disponível, medida importante para clientes que têm frota mista ou que já possuem outros sistemas de gestão.

CONTROLE DE FREIO

A

Wabco apresentou o primeiro controle de freio de estacionamento autônomo eletropneumático para caminhões e ônibus. De acordo com a empresa, é o primeiro controle de freio de estacionamento independente da indústria de veículos comerciais e representa um passo importante para abrir caminho para o desenvolvimento de veículo autônomo. Batizado de OnHand, trata-se de uma solução compacta que pode operar independente da unidade de

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O CARRETEIRO

processamento de ar do veículo. Acionado por meio de um botão no painel, o sistema verifica se o acionamento do freio de estacionamento do caminhão e semirreboque está efetuado mesmo em aclives e assume a função de redundância de frenagem em sistemas para aplicações de condução autônoma, caso haja falha elétrica no freio de serviço. O OnHand pode funcionar também em conjunto com o sistema de freio antitravamento de rodas (ABS).


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NOTÍCIAS PESADOS NA INTERNET

C

riada em 2006, a WebPesados é uma ferramenta tanto para quem compra quanto para quem vende veículos pesados. Célio Neto Ribeiro, diretor da empresa, explica que o negócio é focado exclusivamente no segmento de máquinas e veículos para a construção, mineração, agricultura, indústria, logística e movimentação de materiais, o que o diferencia de outros canais de venda online. “ A WebPesados é atualmente a ferramenta mais completa do mercado.

Temos aproximadamente 250 mil possíveis compradores cadastrados de forma segmentada em todos os Estados brasileiros”, diz Ribeiro. A WebPesados possui quatro canais de venda: Classificados, Venda direta, Leilão diário e Catálogo de novos, cada um com suas características próprias e relevância. Com negócios também na Bolívia, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Peru e na Europa, em 2015 o canal recebeu 3,4 milhões de visitas.

NOVA GERAÇÃO SCANIA

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Scania apresentou na Europa sua nova geração de caminhões, a qual exigiu investimentos de cerca de dois bilhões de euros, conforme afirmou o presidente e CEO da marca, Henrik Henriksson. De acordo com o executivo, trata-se do maior investimento na história da companhia. O executivo disse ainda que não se trata apenas de uma nova geração de caminhões, mas também de portfólio de soluções sustentáveis na forma de produtos e serviços. “A Scania é a pioneira a entregar tudo isso. Eu sinto e posso afirmar com confiança, estamos focados firmemente na nossa principal tarefa: dar aos nossos clientes as ferramentas necessárias para alcançar rentabilidade em

um negócio que realmente significa alguma coisa para eles, isto é, o deles”, acrescentou. Outro ponto destacado é em relação ao consumo de combustível, 5% menor que a geração anterior graças a trabalhos desenvolvidos no trem de força (motor, caixa de câmbio e eixo traseiro) e também nas soluções aerodinâmicas. Os produtos, que atendem à norma de emissões Euro 6, não têm data prevista para chegarem ao mercado brasileiro.


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FINANCIAMENTO

DANÇA DOS NÚMEROS NA TROCA DO CAMINHÃO

Planejamento, organização das finanças, e avaliação das diferentes modalidades de financiamento disponibilizadas no mercado, são providências que devem ser tomadas pelo autônomo que pretende trocar seu caminhão por outro mais novo e melhorar seu desempenho no negócio de transporte

POR Daniela Giopato

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O CARRETEIRO

FOTOS Divulgação e arquivo


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rocar o caminhão por um zero quilômetros; experimentar as tecnologias embarcadas e o conforto dos novos modelos - e como consequência aumentar a eficiência do seu negócio - encabeçam a lista de desejos dos motoristas autônomos. Porém, antes de pensar em dar um passo tão importante é preciso pegar lápis e papel e fazer contas. Se organizar financeiramente e traçar um planejamento. Atualmente, conseguir crédito já deixou de ser um grande problema, pois com o fim da carta frete o autônomo passou a movimentar contas bancárias e a comprovar renda. O cuidado maior a ser tomado é em relação aos juros e a avaliação de todas as opções disponibilizadas no mercado, para se chegar a uma parcela mensal que realmente caiba dentro do orçamento. Enfim, não “enfiar os pés pelas mãos”, como diz o ditado popular. “É importante que o autônomo opte pelo prazo e valor de parcela que caibam no seu orçamento, mantendo seu veículo atualizado, substituindo-o sempre ao final do contrato, optando pelo menor prazo possível, obviamente com menor desvalorização do bem no momento da troca por um novo”, destacou o diretor comercial da Iveco, Osmar Hirashiki. O executivo adverte que é muito comum o motorista contratado de uma empresa optar por adquirir um caminhão próprio e passar a ser um prestador de serviços para esta mesma empresa. A grande vantagem para o motorista autônomo é a possibilidade de passar a atender novos clientes, além

da empresa para a qual já trabalhava. Hirashiki diz que o caminho mais rápido para a aquisição de um caminhão da marca é a rede de concessionários, a qual está apta a oferecer ao autônomo todas as condições de financiamento disponíveis no Banco CNH Industrial para este segmento. “Aproximadamente 90% do portfólio de clientes do Banco CNH Industrial Capital é formado por empresas, e a participação dos autônomos vem se mantendo estável nos últimos anos”, informou. Atualmente, as linhas de crédito via BNDES se destacam como as melhores opções do mercado. Porém, para a linha Iveco Daily, o Banco CNH Industrial, em parceria com a montadora, oferece linhas de CDC com taxas que atualmente variam de 0% a.m. em 12 meses até 1,59% a.m. para 60 meses. Para aquisição de caminhões médios e pesados, o Finame TJLP tem taxa de 1,02% a.m., em até 60 meses. Tanto o Finame TJLP quanto o CDC são opções disponíveis para atender o transportador autônomo. Para o diretor comercial do Scania Banco, Alex Nucci, a decisão de comprar um caminhão deve ser racional e fortemente orientada ao benefício que a troca trará à redução de custos operacionais e eventual aumento de capacidade de carga. “No caso do financiamento, recomendamos sempre que o cliente busque a melhor opção em termos de taxa e condições gerais. Vale a pena ressaltar que a mera observação de que a parcela “cabe no bolso” não pode mais ser o fator decisório atual”. De acordo com Nucci, o autônomo que busca um financiamento gewww.ocarreteiro.com.br

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FINANCIAMENTO ralmente é o profissional que já atua entre 10 e 15 anos no mercado e não se trata, portanto, de pessoas que estão se aventurando. Nucci destaca que no caso de mercados das regiões Sul e Sudeste, geralmente os profissionais do volante atuam como agregados ligados a grandes grupos dos segmentos frigorificados, cargas industrializadas e gerais. Já nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste se percebe o carreteiro mais ligado a cargas “spot” (contratação fora do acordo com as transportadoras que já possuem contrato firmado), a exemplo do agronegócio e cargas de produtos industrializados. “O maior contingente ainda é baseado em pequenas e médias empresas. Temos observado que em função do momento desafiador da economia, a participação do autônomo na maioria das regiões vem se mantendo estável. Eles são os primeiros a serem afetados quando se considera a necessidade de ajustes de custos por parte dos grandes grupos que os contratam. Além de sofrer com a diminuição natural de ofertas de fretes em momentos como o atual”, destacou Nucci.

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O CARRETEIRO

O Scania Banco tem linhas de crédito próprias e ofertadas por meio do BNDES para apoiar o financiamento do autônomo. Em função do processo de análise de crédito - adicionalmente para as linhas Finame - são disponibilizadas o pagamento da entrada pelo parcelamento em até seis vezes, com contrapartida de garantia adicional. As taxas levam em conta o perfil do cliente. O Banco oferece opções como Finame, Pró Caminhoneiro e TJLP, além de produtos como o CDC, Leasing Financeiro e, se for o caso, Leasing Operacional. “Embora atravessemos um momento desafiador da economia, o Finame ainda desponta como a melhor opção em comparação com as outras modalidades de financiamento”, opina. Nucci observa que o Finame vem se aproximando de taxas praticadas em outros produtos, porém ainda mantém vantagem em termos de oferta de taxas competitivas.

É importante que o valor da prestação caiba no bolso do autônomo para que ele possa substituir o caminhão no final do contrato, diz Osmar Hirashiki, da Iveco


Somente a observação de que o valor da prestação cabe no bolso do autônomo não pode ser fator decisivo para a compra, alerta Alex Nucci, do Scania Banco

Por outro lado, acrescenta que quando tratar-se de uma necessidade mais urgente por parte dos clientes, sempre é possível oferecer outros produtos como CDC, Leasing Financeiro e Operacional, com taxas competitivas. "Para o perfil do autônomo, produtos como Finame Pró Caminhoneiro e o TJLP são bem adequados. Eles garantem certa vantagem na taxa, e no caso do Pró Caminhoneiro é possível financiar caminhões usados e novos”, concluiu. Na MAN Latin America, as empresas possuem participação alta nos financiamentos de veículos zero KM, enquanto os autônomos têm a maior representatividade nos seminovos e pequena participação nos novos. O que cresceu foi o número de autônomos que viraram empresas e hoje possuem de dois a cinco caminhões. Geralmente, o autônomo que faz financiamento é aquele que possui um bom contrato de prestação de serviço, independente do segmento.

“Para comprar, o autônomo quer ter um bom contrato de prestação de serviços, o qual ajuda na aprovação do crédito, além de dar tranquilidade. O autônomo deve procurar fazer o negócio à base de troca, pois dessa forma facilita a aprovação do credito da diferença a ser financiada e facilita o acesso a taxas mais baixas”, explicou o diretor de vendas de caminhões da MAN Latin America, Antônio Cammarosano. O executivo diz que hoje esse profissional tem vários caminhos para obter seu caminhão zero km, tais como os financiamentos tradicionais (CDC, Leasing, Consórcio) e, dependendo do segmento de atuação, as associações de classe possuem muitos benefícios para compras de veículos pesados. “O consórcio vem crescendo, principalmente os grupos que possuem entrega programada e parcela reduzida. Ele destaca que o cartão BNDES também é uma excelente ferramenta neste momento”. www.ocarreteiro.com.br

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FINANCIAMENTO Para o autônomo, compra à base de troca facilita aprovação do crédito da diferença a ser financiada, sugere Antônio Cammarosano, da MAN Latina America

Cammarosano acrescenta que hoje, em função da praticidade, o CDC com os Bancos Itaú (taxa de 1,47% a.m) e VW (taxa de 1,65% a.m) são os mais utilizados. Sugere que a rede de concessionários da empresa oferece diferentes grupos de consórcio com as administradoras Apta, BR Qualy, Gaplan, Maggi, Servopa e Tarraf. Diz ainda que todas as opções se enquadram, mas entender o perfil do caminhoneiro para saber a melhor opção é necessário. “O autônomo que necessita trocar imediatamente o caminhão pode fazer isso a base de troca em toda a nossa rede de concessionários Volkswagen e financiar a diferença através de CDC a diferença”, finalizou. O diretor comercial da Volvo Financial Service, Valter Viapiana, explica que geralmente o autônomo que faz financiamento é aquele que sai de um caminhão usado, com oito a 10 anos de uso, para um seminovo com três ou quatro. Explica que cerca de 40% partem para um zero quilômetro depois de passar por esse processo. Viapiana acrescenta que 18

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entre as diversas opções de financiamento oferecidas pelo VFS, o Pró Caminhoneiro é uma alternativa para o autônomo, firmas individuais e micro empresas. “Somos o banco que mais tem usado esta modalidade para financiamento de veículos novos e usados. As taxas são as mesmas do Finame, entre 13% e 15% ao ano para 80% do bem e parcelas 60 meses. O Pró Caminhoneiro permite adquirir até três veículos, e o cliente pode dar o veículo usado como entrada em sua negociação com as concessionárias”, esclarece. Uma alternativa bastante utilizada pelos autônomos, conforme explica, é o CDC, com possibilidade de financiamento de até 100% do veículo em até 60 meses. As taxas são superiores às do Finame, mas tem a vantagem de serem fixas, iguais do início ao final do contrato. “O CDC é uma modalidade com menos burocracia e mais rapidez para liberação do crédito e os clientes também podem usar seus veículos usados como parte de pagamento junto ao concessionário”. Outra modalidade bastante vantajosa para o autônomo é o consórcio, com contratos de até 100 meses e parcelas menores


enquanto o cliente não for contemplado. Por esta modalidade ele paga apenas a taxa de administração, que é muito menor do que os juros de qualquer financiamento. A Volvo Financial Service disponibiliza também as linhas de financiamento do BNDES (como o Finame, que financia 80% do veículo com taxas entre 13% e 15% ao ano e prazos de até 60 meses). Para os clientes que desejam financiar 100% do bem é possível completar o financiamento via CDC, também com prazo de até 60 meses. “As cotações são específicas e de acordo com o perfil e necessidade de cada cliente. Na modalidade consórcio, a parcela para um caminhão VM 270 de R$ 230 mil, por exemplo, fica no valor de R$ 2.593,00 em 100 meses. Se o prazo for menor, a parcela será pro-

Geralmente o autônomo que financia sai de um caminhão com até 10 anos de uso para um modelo seminovo, comenta Valter Viapiana, da Volvo Financial Service

porcionalmente maior. As contemplações podem ser via sorteio ou por lance”, conclui. O diretor comercial do Banco Mercedes-Benz no Brasil, Angel Martinez, explica que o perfil do cliente varia entre aqueles que adquirem o veículo para ele próprio operar, para um funcionário, e o autônomo que se une a outra pessoa (da família ou amigo) para formar uma pequena frota. “O mais importante é o cliente operar no sistema bancário e ter histórico de financiamento para conseguir bom parcelamento, taxas e valor de entrada. A formalidade da profissão e os meios eletrônicos de pagamento do frete possibilitaram à instituição financeira avaliar melhor o autônomo e o crédito”, destacou. Martinez explica ainda que diferente do grande frotista - que recebe a visita dos profissionais do banco no momento da renovação da frota - o autônomo busca as informações diretamente na concessionária para

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FINANCIAMENTO

A formalidade da profissão e os meios eletrônicos de pagamento de frete permitiram uma melhor avaliação do autônomo, lembrou Angel Martinez, do Banco Mercedes-Benz

comprar o caminhão. Por esse motivo a instituição disponibiliza funcionários em toda a rede para atender a esse público. “Como o autônomo não troca de veículo com frequência, a abordagem é em cima da qualidade e benefícios do produto, diferente das empresas que já conhecem o produto e estão focados na gestão da frota”, explicou. Atualmente, a modalidade mais atrativa para o autônomo disponibilizada pelo Banco Mercedes no caso de caminhão zero é o Finame TJLP com taxas de juros entre 14 e 15%, entrada de 20% do valor do bem e parcelamento em cinco anos. Já no caso de usados, o CDC aparece como melhor opção, com entrada de 20% a 30% e prazo de pagamento de até cinco anos. “O valor da entrada pode variar de acordo com perfil do cliente”, concluiu. No caso da Ford, o financiamento pode ser realizado via Bradesco ou 20 O CARRETEIRO

através de um distribuidor e operador financeiro. Porém, as principais opções disponibilizadas pela empresa são o CDC e algumas de FINAME (subsidiadas pelo governo federal). O CDC é um produto intermediado pelo banco e possui taxas menos agressivas que podem variar de acordo com o percentual financiado. Hoje a Ford atua com 1,80% ao mês na média. A companhia também tem linhas via BNDES mais atrativas, como o TJLP, Pró Caminhoneiro e PRONAMP (para agricultores). O TJLP e o Pró Caminhoneiro são muito parecidas, porém o Pró Caminhoneiro incide FGI (o que torna a operação mais cara). O Finame TJLP é composto pelos índices TJ (que é fixa), Spread Bancário (que é variável) e Spread BNDES, que nestes casos também são fixos. Atualmente ,o custo da TJ está em 7,5% a.a mais o spread bancário, que é negociável e pode variar


de 3 a 6%, dependendo do risco do cliente, mais o spread BNDES de 1,60 (valor fixo para autônomos). O prazo é de até 72 meses, com financiamento de no máximo 80% do veículo. A carência é de seis meses e a taxa média mensal varia entre 0,96% e 1,18%; a anual varia entre 12,10 e 15,10%. No caso do Pró Caminhoneiro, as condições são as mesmas da TJLP, porém se tem a incidência do FGI (Fundo Garantidor de Investimento), calculado com base no valor financiado - e no prazo escolhido - o prazo se estende para até 96 meses. Atualmente é limitado a unidade por CPF - e só pode iniciar outro quando acabar o atual De acordo, Oswaldo Ramos, gerente nacional de vendas, marketing & serviços os produtos mais recomendados para os autônomos é PRONAMP (para agricultores) E o BNDES FINAME (PO2016) TJLP

para os demais segmentos. Geralmente, a carteira é proveniente da atividade agropecuária e dos autônomos ligados à área de transportes de cargas. A média é de 50% para cada segmento. “A procura e aprovação vêm caindo nos últimos anos devido à sustentabilidade do negócio. Até 2013, quanto havia o PSI (Pró Caminhoneiro), quando as taxas eram bem mais atrativas, chegando a operar a 4,5% a.a, havia pessoas que nem eram do segmento e compravam caminhões. Menos incentivos do governo, regras e limitações, crédito apertado e queda na indústria como um todo fizeram diminuir muito a procura nesse segmento”, destacou Ramos. Ele conclui dizendo que o melhor caminho para o autônomo obter informações sobre financiamento é a rede de distribuidores, que contam com assessoria especializada que indicam o melhor plano.

Até 2013, quanto havia o PSI (Pró Caminhoneiro), com taxas bem mais atrativas, muita gente que nem era do segmento comprava caminhões, lembrou Oswaldo Ramos, da Ford

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O CARRETEIRO


OPERAÇÃO

NA TERRA DOS TRITRENS Transporte de madeira no Espírito Santo para ser transformada em celulose exige aplicação de caminhões de grande potência, implementos especiais e motoristas treinados e reciclados constantemente

POR Bruno Cordeiro

24 O CARRETEIRO


É

muito comum para quem cruza a BR-101 no Norte do Espírito Santo observar caminhões puxando madeira. O tamanho dos veículos impressiona, pois na região reinam as composições tritrem com quase 30 metros de comprimento e mais de quatro metros de altura. A carga, toras de eucaliptos, tem como destino a unidade da Fibria (antiga Aracruz Celulose), no município de Aracruz, onde é processada e transformada em celulose. Os caminhões pertencem às diversas transportadoras que prestam serviço para a Fibria. Reportagem da Revista O Carreteiro foi procurar conhecer um pouco dessa operação e ouviu motoristas

e gerentes florestais das transportadoras, os quais, Por questões contratuais com a produtora de celulose, preferiram não se identificar. A escolha por composições do tipo tritrem, segundo os profissionais do volante, se deve à maior capacidade de carga. Os veículos contam com três semirreboques formando uma composição de nove eixos interligados por quinta roda de 3,5 polegadas e três articulações. “Este sistema permite à composição girar 360 graus num raio de 25 metros”, explicou um motorista. “O conjunto oferece mais estabilidade e segurança à operação, se compararmos, por exemplo com as composições ligadas pelo cambão”, acrescentou outro. Além do tamanho e peso dos tritrens, o transporte de madeira enfrenta ainda dificuldades das estradas de terra, principalmente quando chove, porque os caminhões adentram na floresta para serem carregados com o eucalipto. “Nos períodos de chuva, as dificuldades nas estradas de terra aumentam, devido à capacidade de sustentação do piso, somada à intensidade de uso”, explicou um colega. Outro motorista que também preferiu não se identificar destacou as dificuldades em transitar no Sul do Estado Bahia, onde as estradas não possuem acostamento em quase toda extensão. “Mais um aspecto importante a ser considerado, lembrou, é que grande parte dos usuários não respeitam a distância mínima de segurança entre os veículos em trânsito, uma prática que aumenta o risco de acidentes”, acrescentou. Porém, procurou explicar que atualmente os caminhões não estão mais trazendo www.ocarreteiro.com.br

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OPERAÇÃO

eucaliptos da Bahia para serem processados na fábrica de Aracruz. Hoje, a madeira carregada no Estado nordestino é embarcada no Terminal de Caravelas e transportada por modal marítimo até o Terminal de Barra do Riacho. O terminal está localizado em área anexa ao Portocel, controlado pela Fibria e localizado a 1,7 km da fábrica. O sistema de transporte marítimo da empresa é inédito no Brasil e retirou cerca de 100 viagens de caminhões tritrem da BR 101 por dia. Em razão disso também reduziu o número de acidentes, já que há um intenso fluxo de veranistas sem conhecimento do tipo de trânsito e das composições que trafegavam em grande quantidade no Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo. Por se tratar de uma composição com grandes dimensões, entre outros fatores, todos os motoristas das empresas envolvidas nesta operação recebem treinamentos de direção defensiva e orientação do mapeamento 26 O CARRETEIRO

de risco das estradas, com instruções sobre a velocidade e marcha adequada no trecho a ser percorrido. “Além disso, os motoristas passam por reciclagem anual de habilidades, readaptação à função quando retornam de férias e avaliação diária de taxa etílica (as empresas não toleram o consumo de álcool durante o trabalho e aplica ações corretivas a quem infringir a norma). Treinamentos práticos também são ministrados”, afirma um dos gerentes. Ele conta também que em determinado ponto do trecho percorrido a empresa mantém uma sala para que os motoristas façam estimulação física, controlem a pressão arterial e recebam orientações de saúde de um enfermeiro do trabalho. Todo profissional é instruído a ser cortês no trânsito e facilitar ultrapassagens. O gerente explica também que existe todo um planejamento diário por tipo e quantidade de madeira a ser transportada de acordo com a origem (floresta), considerando a distância


de cada frente operacional. Os caminhões são programados para cumprir determinado horário de chegada no carregamento e de retorno à fábrica. A operação é distribuída ao longo das 24 horas, a fim de evitar acúmulo de veículos num único horário nestes pontos. Já o carregamento é feito nas estradas dentro das florestas. As distâncias percorridas pelos caminhões variam de 15 a 200 quilômetros. A capacidade de carga de uma composição tritrem normal é de 52 metros cúbicos ou 74 toneladas de Peso Bruto Total Combinado (PBTC e grande parte dos implementos (tritrens) utilizados pela Fibria foi desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de São Carlos, a UFSCar. As carrocerias são patenteadas e tem como diferencial a estrutura de aço mais leve e resistente. Marcelo Luis Claus, consultor de operações florestais da Fibria, explica que o peso padrão de um conjunto completo de tritrem (as três unidades de carga mais o cavalo-mecânico) é ao redor de 29 toneladas. “Com a nova tecnologia, a tara do conjunto cai para

cerca de 23 toneladas”, destacou. Os benefícios da nova carroceria não se resumem apenas à redução de peso, mas também no aumento do volume de carga, o qual chega a 10%. “Isto significa que com 90 caminhões é possível transportar determinado volume que anteriormente demandava de cerca de 100 composições”, revela Claus. Ele explicou que para isso foi necessário mudar o design do equipamento, com rebaixamento da caixa de carga, o que possibilitou o aumento do volume. Para puxar os tritrens são utilizados cavalos mecânicos traçados 6x4 com potências acima de 400 cavalos. Os caminhões trafegam a uma velocidade máxima de 80 km/hora quando vazios e a 70 km/hora carregados. Vale dizer que existe uma norma que proíbe caminhões carregados de qualquer transportadora de ultrapassar outros que também estejam carregados. Também é exigida distância mínima de 150 metros entre os tritrens, evitando que se formem comboios, o que traria maior dificuldade para outros veículos fazerem ultrapassagens.

MATÉRIA DE EXPORTAÇÃO

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maior parte do transporte da madeira até a fábrica da Fibria é feita por rodovias. Usam-se ainda barcaças entre o terminal de Caravelas (BA) e Portocel (ES), e trens das áreas de fomento em Minas Gerais até Aracruz. Ao chegar à fábrica, as toras de madeira são picadas em pequenos cavacos e processadas quimicamente para separar a polpa de celulose da lignina. A polpa é branqueada, seca e enfardada para o transporte.

A celulose produzida é transportada ao terminado de Portocel em caminhões. Anualmente, navios da Fibria entregam 4,6 mil toneladas de celulose para clientes da Ásia, Europa e dos Estados Unidos. O complexo industrial da empresa no Espírito Santo é suprido por uma base florestal própria com 197 mil hectares de plantios de eucalipto, intercalados com 123 mil hectares de florestas nativas preservadas nos Estados do Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais. www.ocarreteiro.com.br

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INTERNACIONAL

FOCO NO FUTURO

Veículos elétricos e recursos da conectividade para aumentar a segurança e a disponibilidade dos veículos de carga ganharam maior foco por parte do Grupo Daimler na maior feira de veículos comerciais do mundo

POR João Geraldo

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FOTOS Divulgação

redução do consumo de combustível e do custo total de propriedade do veículo, através de soluções tecnológicas aplicadas a motores, catalisadores, recursos de aerodinâmica e da conectividade para aumentar a disponibilidade dos veículos de carga, foram temas de grande relevância na 67ª edição do Salão Internacional de Veículos Comerciais, o IAA, evento voltado a 28 O CARRETEIRO

veículos comerciais realizado a cada dois anos em Hannover/Alemanha. O Grupo Daimler, fabricante de caminhões e Vans Mercedes-Benz e também de diferentes marcas em outros países, como Freightliner e Western Star (nos Estados Unidos), Fuso (Japão) e BharatBenz (Índia), entre outras, deu um grande destaque aos veículos elétricos e livres de emissões. Indicados para distribuição urbana, os avanços nesta área e


também da conectividade, eficiência e segurança ganharam grande foco por parte do Grupo. “Agora, o tema é como tornar o transporte público urbano de mercadorias e de pessoas mais eficientes”, disse o Dr. Wolfgang Bernhard, membro do conselho de administração da Daimler AG e responsável pela Daimler Trucks e Daimler Bus. “Apresentamos aos nossos clientes serviços de conectividade que tornam a vida do profissional mais fácil e aumentam a disponibilidade de nossos caminhões”, acrescentou o executivo destacando que a empresa está abrindo as portas de uma nova era, a da e-mobility para áreas urbanas. Os veículos de distribuição com emissões zero apresentados foram

modelos do leve Fuso eCanter da terceira geração, totalmente elétricos testados por mais de 60 mil quilômetros, cujas vendas começam em 2017. Para a próxima década, os veículos destacados foram eTruck - caminhão totalmente elétrico para 26 toneladas de PBT e autonomia de 200 quilômetros, equipado com tecnologias de visualização e controle, telemática – e a Vision Van – van futurística para a qual se projeta o uso de um drone para auxiliar nas entregas urbanas. Outro é o ônibus do futuro. Batizado de City Pilot, o veículo tem tecnologia de condução autônoma baseada no Mercedes-Benz Actros. Além de abrir e fechar as portas nas paradas, trafegar por túneis e frear automaticamente quando detectar obstáculos e pedestres à sua frente, o veículo reconhece placas de trânsito e semáforos. Quando o foco se volta para caminhões pesados, para longas distâncias, a forma de propulsão será ainda o motor ciclo diesel, porém, com eficiência cada vez maior. E itens como segurança e conectividade estarão também cada vez mais presentes nos estradeiros. O presidente da Mercedes-Benz Trucks, Stefan Buchner, destacou que o motor pesado OM 471 do Actros, por exemplo, ganhou redução de 6% no consumo de combustível. Em relação ao modelo produzido em 2011, o ganho é de 15%. No campo da segurança, as novidades apresentadas pelo Grupo Daimler são SideGuard Assist e o ABA 4 (Active Brake Assist 4, Assistência Ativa de Frenagem 4, em Português). Tratam-se de sistemas que visam a proteger usuários das estradas, pedestres e ciclistas. www.ocarreteiro.com.br

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INTERNACIONAL Caminhão leve da marca Canter, totalmente elétrico, começa ser vendido em 2017 após ter sido testado por mais de 60 mil quilômetros

O SideGuard Assist faz com o que o motorista do caminhão esteja ciente da presença de pedestres ou ciclistas quando for mudar de faixa. A Associação do Setor de Seguros da Alemanha, identificada como GDV, estima que no futuro este sistema poderá ajudar a evitar aproximadamente metade do total dos acidentes envolvendo pedestres ou ciclistas. Se houver um objeto parado ou movimento na área de monitoramento, o motorista é avisado por um led no painel do veículo. Se houver risco de colisão um sinal sonoro é acionado do lado que se encontra o objeto. Os sensores ficam instalados na frente do eixo traseiro do lado do carona, mas o sistema é projetado para cobrir toda a área do caminhão dentro de uma faixa de até 3,75m e seu padrão de rastreamento se mantem ativo em velocidade de até 36km/hora. O ABA 4, por sua vez, ajuda a evitar colisões em vias públicas e durante manobras. Ao identificar objetos, ou pedestres cruzando a via, o sistema dá início automaticamente a uma frenagem parcial. Baseada em tecnologia de radar de última geração, 30 O CARRETEIRO

a detecção acontece a uma velocidade de até 50km/hora, em qualquer condição. Esta tecnologia estará presente em toda linha Mercedes-Benz na Europa a partir de dezembro deste ano. Outro destaque da Mercedes-Benz, o Uptime, tem por meta ampliar a confiabilidade e disponibilidade do veículo por meio da conectividade inteligente. Para isso o produto inclui três serviços: evitar panes, gerenciar de forma eficiente os trabalhos de manutenção e dar suporte – em tempo real – para as revisões dos veículos. Para isso, o Uptime monitora continuamente os sistemas do caminhão equipados com sensores e informa, automaticamente, qualquer necessidade usando o sistema de telemática FleetBoard. O serviço está disponível desde setembro para os novos caminhões Actros, Arocs e Antos e está sendo lançado em 12 países da Eu-

Projetado para transportar até 13 mil quilos de carga líquida, o Urban eTruck tem previsão de chegar ao mercado já na próxima década


A futurística Vision Van é cheia de recursos tecnológicos e conta com ajuda de um drone para a distribuição de mercadorias

ropa com previsão de chegar também em mercados de outros continentes. Ao lado dos veículos futurísticos e também de todos que fazem parte da linha 2017, o Grupo Daimler expôs também um Mercedes-Benz Accelo 815 equipado com o sistema de gestão de frota e rastreamento FleetBoard. O modelo é produzido somente no Brasil, onde as vendas dos produtos da marca caíram 30% devido à situação econômica do País, conforme lembrou Stefan Buchner. “A situação é dramática, mesmo assim queremos crescer e voltar a ser fortes no Brasil e em toda a América Latina”, acrescentou.

Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para América Latina, destacou que mesmo com todos os problemas enfrentado no País a marca tem crescido e detém 28,8% de participação de mercado e se encontra em tendência de crescimento. “Fizemos mudanças em nossos produtos, estamos começando a exportar mais fortemente e ampliando os serviços da Alemanha para o Brasil. Isso mostra que estamos no caminho certo”, disse o executivo, acrescentando que em 2017 a empresa vai inaugurar um campo de provas em Iracemápolis/SP. Em relação ao Brasil, presidente da Mercedes-Benz e CEO da para a América Latina, Philip Schiemer destacou que mesmo com os problemas enfrentados a marca tem crescido em participação no País

O SideGuard Assist é um sistema de segurança que alerta o motorista sobre a presença de pedestres ou ciclista ao lado do caminhão

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INTERNACIONAL

UNIÃO DE FORÇAS Com veículos comerciais das marcas MAN, Scania, Volkswagen e International, a divisão Volkswagen Truck e Bus estreia fortalecida no IAA, inclusive com a participação de caminhões e ônibus feitos no Brasil

POR João Geraldo

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participação no IAA deste ano da recém-criada divisão de veículos comerciais da Volkswagen AG, a Volkswagen Truck & Bus, que pela primeira vez participou do evento, foi marcada por eventos que fortaleceram o grupo no mercado mundial de transporte de cargas e de passageiros. Além dos novos produtos apresentados, dos quais uma van de carga com a marca MAN foi um dos destaques, a empresa mostrou

também novidades na área de motores, design, produtos para a mobilidade elétrica e novas tecnologias com o lançamento de uma plataforma aberta para a área de soluções digitais para o transporte rodoviário. Andreas Renschler, CEO da Volkswagen Truck & Bus e membro da Volkswagen AG Conselho de administração responsável pela área de veículos comerciais, destacou que até pouco mais de um ano atrás, a divisão Volkswagen Truck & Bus era apenas um plano. Por conta disso, o executivo enfatizou que se tratava de um momento especial para a ainda jovem empresa e também para ele, pelo fato de poder apresentar no IAA pela primeira vez uma base combinada, com veículos das marcas MAN, Volkswagen, Scania e International. “Nós estabelecemos um objetivo claro, pretendemos nos tornar o campeão mundial da indústria no curso da próxima década, a qual vai mudar o mundo de veículos comerciais mais do que nos últimos 50 anos”, disse o executivo justificando que a principal razão para isso acontecer é a digitalização. Na ocasião, Renschler chegou dirigindo um caminhão International, marca da norte-americana Navistar, da qual a Volkswagen AG passou a ter 16,6%. O executivo destacou o semileve MAN TGE 3180, (veículo com motor na faixa de 102 a 177cv), a nova geração Scania e o seu reduzido consumo de combustível e também a nova linha de furgão Crafter com várias configurações de motor e também elétricos, como sendo estrelas do IAA 2016. Renschler destacou o lanwww.ocarreteiro.com.br

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INTERNACIONAL Nova série de caminhões MAN está mais potente, ganhou em economia de combustível e traz mudanças externas e internas na cabine

çamento do furgão TGE tornou colocou a MAN em todos os segmentos de carga. Andreas Renschler, CEO da Volkswagen Truck & Bus, destacou que a aliança com a Navistar foi um grande negócio, porque o mercado de caminhões terá sempre um caráter cíclico. “No momento, as vendas na Europa cresceram – exceto na Rússia -, mas caíram na América do Norte e América Latina”, disse o executivo, acrescentando que para lidar com essas oscilações é necessário ter produtos globais. “Por isso acabamos de anunciar nossa aliança com a Navistar”. Outro lançamento importante da MAN Trucks no evento foi a plataforma RIO, que passou a ser a marca do Grupo Volkswagen Truck & Bus a partir do início de 2017. Trata-se de um sistema operacional baseado em nuvem aberta para toda a cadeia de transporte. Todos os envolvidos (transportadores, motoristas, embarcadores, destinatários etc) poderão se conectar à plataforma, in34 O CARRETEIRO

dependente da marca de veículo ou telemática. “Pela primeira vez, nossa plataforma unificada permite o registro, gestão e utilização integrada de todos os dados e informações disponíveis no sistema de transporte”, disse Renschler. Disse ainda que graças à plataforma RIO será possível ver menos caminhões vazios nas estradas. Isso porque em uma de su-


Lançamento da van para 1.5 tonelada de carga, ao lado do Volkswagen Crafter, ampliam leque de veículos da marca MAN para distribuição

as inúmeras aplicações o aplicativo envia informações para o smartphone do motorista sobre carga. Para o segmento de pesados estradeiros, os destaques foram o novo Scania, apresentado em setembro na Europa, e os novos MAN. O executivo disse que se tratam de veículos globais que levarão o transporte rodoviário a um novo nível. Mesmo

com motores a diesel convencionais, os novos caminhões reduzem a cada ano o consumo de combustível e os níveis de emissões. Nesta edição do IAA, a Volkswagen & Truck e Bus mostrou seus conceitos de propulsão alternativas oferecidas por suas marcas, as quais também vão disponibilizar veículos elétricos, híbridos, a biodiesel e a gás para operação de distribuição de carga e transporte de passageiros. Um dos destaques elétricos da empresa é o Volkswagen Crafter movido a baterias. Andreas Renschler alertou que todo mundo está falando sobre eletro mobilidade, e que esta tecnologia tem seu lugar na estratégia da Volkswagen & Truck e Bus, mas será sempre o cliente que vai definir qual

Volkswagen Constellation 25.420 foi um dos representantes da unidade brasileira no estande da Volkswagen Truck & Bus, na Alemanha

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a melhor solução para lhe gerar vantagens comerciais. Entre os pesados, modelos 2017 todas as marcas do Grupo têm novidades. Na linha MAN, por exemplo, a nova geração de motores D38 tem mais torque e oferece até 640cv; enquanto os D26 de 420 a 500cv apresentam baixo peso e reduzido consumo de diesel. Ainda de acordo com informações da empresa, os veículos apresentam mais eficiência ainda em combinação com as novas versões da transmissão TipMatic com programas de condução calibrados para cada tipo de aplicação. Um caminhão MAN conceito totalmente elétrico para entregas noturnas também esteve entre os veículos em exposição. Outro destaque do Grupo ficou por conta do novo Scania, que teve seu próprio estande na Feira. Segundo a empresa é resultado de 10 anos de trabalho para se chegar a um caminhão muito avançado em sua categoria. Além de ser 5% mais econômico, o veículo traz soluções aerodinâmicas entre outras inovações. A Volkswagen Caminhões e Ônibus, uma das marcas da hol36 O CARRETEIRO

ding Volkswagen Truck & Bus, esteve bem representado no IAA com a exposição de modelos produzidos em Resende/RJ e o lema da empresa brasileira de oferecer caminhões na medida do cliente. Dentro desse conceito estiveram em exposição um cavalo-mecânico Constellation 25.420 Prime, modelo comemorativo aos 11 anos da linha Constellation. O protótipo de um Constellation 24.280, carro-chefe de vendas da marca Volkswagen, com motor a gás natural, com nível de emissão correspondente ao Euro 6 também esteve na exposição, assim como um ônibus Volksbus 18.280 com motor otimizado para biocombustível de cana de açúcar. O presidente da MAN Latin America, Roberto Cortês, destacou que este ano a empresa está completando 35 anos de operações (dos quais 20 em Resende) produziu 850 mil caminhões e mais de 100 mil ônibus. O executivo disse que a planta tem capacidade instalada para produzir 440 mil unidades, mas que hoje a ociosidade da fábrica chega a 80%.


Cortês disse que as expectativas são otimistas e lembrou que as projeções da Anfavea (associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontam a volta do crescimento em 2017, após cinco anos de queda. “Se pensarmos em volume, acho que a indústria tem tudo para voltar a crescer dois dígitos, mas vai demorar alguns anos para voltarmos aos níveis de 2007 e 2008”, concluiu, opinando que o mercado brasileiro é para 130 de caminhões/ano. Em relação à atuação da International no Brasil, que passou a fazer parte do Grupo Volkswagen Truck e Bus - cuja fábrica está instalada em Canoas/RS-, o vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da MAN Latin America, Ricardo Alouche, disse que ainda não tem nada

O presidente da MAN Latin America, Roberto Cortês, disse que a indústria brasileira tem tudo para voltar a crescer a partir de 2017

definido. Porém, adiantou que a partir de agora com a nova divisão do grupo existe maior possibilidade de dividir tecnologias.

Caminhão International apresentado junto a veículos de outras marcas destacou aliança com a fabricante norte-americana www.ocarreteiro.com.br

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INTERNACIONAL

VER, PENSAR E AGIR

Sistemas inteligentes desenvolvidos pelo Grupo ZF anunciam um futuro do transporte de cargas e de passageiros mais seguro e livre de emissões de poluentes

POR João Geraldo

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istemas inteligentes que possam contribuir para a mobilidade livre de emissões e a redução de acidentes tem sido o foco do Grupo ZF, organização que está fortalecendo cada vez mais sua posição como um dos principais fornecedores da indústria de veículos comerciais do mundo. Sob o tema “Ver, Pensar, Agir”, suas mais recentes

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inovações - destinadas a caminhões, ônibus e vans - apresentadas no IAA 2016, mostraram que o objetivo do Grupo é se tornar líder global no fornecimento de tecnologias do futuro, em matéria de sensores, unidades de controle eletrônico, sistemas mecatrônicos e eletrificação de veículos. Boa parte dessas tecnologias foi mostrada, na prática, no Innovation Truck 2016, um caminhão pe-


sado preparado pelo Grupo que agrega avanços que o tornam um veículo muito mais seguro em termos de operação e de segurança. Aplicados com sucesso em carros de passeio, o protótipo é uma visão do futuro que combina sistema de direção com sistema de frenagem e passará a incorporar também os veículos para o transporte de carga e passageiros nos próximos anos. Numa das funções, designada pela ZF como EMA (Evasive Maneuver Assist), ou Programa de Manobras Evasivas - desenvolvido em parceria com a Wabco -, o caminhão freia e desvia automaticamente do veículo ou objeto que estiver à sua frente para evitar a colisão. Já o HDA (Highway Driving Assist) sistema de Direção Assistida, mantém o veículo na faixa de rodagem e conserva distância adequada e segura do veículo que segue à frente, parando e andando, automaticamente, conforme o fluxo do trânsito. Nas duas funções citadas, as quais têm ação no trânsito, o caminhão pode trafegar no modo autônomo, mas existe uma terceira função que estaciona o veículo automaticamente na doca de carga e descarga ao comando de iniciar na tela de um tablet, sem ninguém na cabine. Chamada de SafeRange, esta função minimiza o tempo de parada do caminhão e evita acidentes na manobra. Se houver uma pessoa ou objeto no caminho, o veículo para imediatamente.

Tecnologias da ZF aplicadas ao Innovation Truck atuam sobre o sistema de freio e de direção do caminhão evitando a colisão nos veículos à sua frente www.ocarreteiro.com.br

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Função SafeRange, que detecta a presença de objetos ou pessoas, estaciona o caminhão na doca automaticamente rapidamente e com mais segurança

Na prática, as ações parecem ser um truque de mágica, mas na realidade é a tecnologia de sensores que atuam de modo integrado e permitem que o veículo (Innovation Truck) tenha uma leitura completa e confiável do ambiente. O “cérebro eletrônico de alto desempenho” do caminhão processa as informações e realiza os comandos através de sofisticados programas mecatrônicos que incluem os sistemas do trem de força eletrificado e de direção. Tudo isso se aplica nas três funções de assistência. No âmbito da eletrificação de veículos comerciais, a empresa apresentou um sistema totalmente elétrico para caminhões de distribuição de carga e ônibus urbano. Neste campo, os desenvolvimentos mais recentes da ZF são um sistema de tração central puramente elétrico que pode ser implementado em diversos conceitos de caminhões e ônibus de distribuição, 40 O CARRETEIRO

e um acionamento elétrico próximo à roda para caminhões maiores de distribuição. Esse equipamento - que está instalado no MercedesBenz Urban eTruck - se baseia em uma tecnologia já aplicada num eixo elétrico tipo pórtico AVE 130 para ônibus urbanos. Outro item da gama de novos produtos apresentados pela empre-

Sistema totalmente elétrico de tração central, para caminhões e ônibus urbanos equipa o Urban eTruck, caminhão conceito da Mercedes-Benz


Alojado entre o motor e a transmissão, o sistema TraXon Hybrid foi projetado para equipar também caminhões que fazem percursos de longas distâncias

sa é o sistema TraXon Hybrid, o qual consiste num motor elétrico alojado entre o propulsor a diesel e a caixa de transmissão e que pode ser implementado em caminhões de até 40 toneladas, para o transporte de longa distância. Este módulo híbrido, instalado no Innovation Truck, pode também auxiliar na alimentação de energia elétrica de outras unidades do veículo, como a câmara frigorífica, por exemplo. Outra solução apresentada – para comerciais leves e caminhões - inclui motor elétrico acoplado à transmissão formando um conjunto compacto capaz de alcançar até 150kw. Friedrik Staedler, responsável pela divisão de tecnologias do grupo ZF, disse que fabricantes de caminhões e transportadores já confirmaram que querem ter essas inovações e isso tudo estará nas nos próximos anos. A expansão dessas tecnologias e outros sistemas inteligentes, inclusive na área da eletromobilidade, têm sido possíveis também em razão da expansão da ZF com a aquisição de empre-

sas como a norte-americana TRW, concluída em 2015, negócio que permitiu o crescimento da linha de sistemas mecatrônicos. Outra organização que deverá fazer parte do Grupo é a Haldex, empresa especializada em freios para veículos comerciais e sistemas de suspensão a ar, cuja negociação encontra-se em andamento. Para o Brasil, ainda não há previsão para a chegada destas novas tecnologias, porém, de acordo com o Winfried Gründler, responsável pela unidade de negócios de transmissões para caminhões e vans - divisão de tecnologia, a nova geração da caixa TraXon será produzida em solo brasileiro. Esta unidade vai substituir a AS Tronic, já utilizada no mercado brasileiro por caminhões pesados. Outra informação do executivo diz respeito à transmissão de nove marchas já existente aqui no País e que será disponibilizada também na versão automatizada. Isso porque a ZF, assim como seus concorrentes, já está de olho na automatização também dos modelos semipesados, médios e leves.

A transmissão TraXon, será a substituta da atual AS Tronic que equipa caminhões produzidos atualmente no Brasil www.ocarreteiro.com.br

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O CARRETEIRO


F-TRUCK

VOLKSWAGEN VENCE PELA 3ª VEZ NO ANO

Sob comando do piloto André Marques, o Volkswagen número 77 da equipe RM Competições foi o primeiro a cruzar a linha de chegada na oitava etapa do campeonato, disputada em Cascavel/PR.

POR João Geraldo FOTO Luciana Flores

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8ª e antepenúltima etapa da temporada 2016 foi vencida pelo paulista André Marques, piloto que participa da Fórmula Truck com caminhão Volkswagen Constellation da equipe RM Competições. O resultado representou a terceira vitória da marca este ano no campeonato e também a primeira de Marques desde a sua estreia na categoria em 2010. Disputada no Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel, extremo Oeste do Paraná, a prova teve tudo que o público espera de uma corrida envolvendo veículos de corrida com peso médio de quatro toneladas. Emocionado com sua sonhada vitória na categoria, Marques disse que suas chances reais de chegar ao primeiro lugar do pódio da Fórmula Truck já existiam há cerca de dois anos, quando ele começou a ter bons resultados. Lembrou que por várias vezes esteve bem próximo da vitória. “Finalmente, consegui chegar ao primeiro lugar do pódio. Graças ao meu esforço, o trabalho realizado pela equipe e à MAN Latin America”, completou o piloto. Marques começou a corrida na primeira posição e nela se manteve até a bandeirada da vitória, ao final de 32 voltas (19 na primeira fase e 13 na segunda). O resultado lhe garantiu a quarta posição na tabela de classificação do campeonato, com 221 pontos. Com a vitória, ele passou a ter condições matemáticas de brigar pelo seu primeiro campeonato. Restando ainda 106 pontos em jogo, os principais favoritos ao título são Felipe Giaffone, com 322 pontos, Paulo Salustiano, com 280 e Diogo Pachenki, com 275.

A etapa de Cascavel reuniu 18 trucks no grid, mas quatro deles pararam antes mesmo de ser dada a largada. Djalma Fogaça, Fábio Fogaça (seu filho), Joel Mendes e Wellington Cirino tiveram problema com seus caminhões na volta que precede a largada e pararam na pista. Cirino foi para os boxes porque o sistema de freio de seu caminhão não funcionava. Após os reparos ele retornou à competição. Tida como uma das mais disputadas corridas da temporada, a prova de Cascavel deste ano teve como seus maiores destaques o capotamento do caminhão de Débora Rodrigues e as acirradas disputas por posições envolvendo pilotos como Paulo Salustiano, Roberval Andrade e Adalberto Jardim, entre outros. O acidente com Débora aconteceu durante uma disputa com Raijan Mascarello pela sétima posição, na penúltima volta da primeira fase. Quando finalmente Mascarello conseguiu a ultrapassagem, numa curva de alta velocidade conhecida como Água, os dois caminhões se tocaram. O Volkswagen pilotado por Débora saiu da pista, bateu no guard-rail e capotou. Ela saiu ilesa da cabine, mas seu caminhão ficou totalmente destruído. Até o final da temporada, em dezembro próximo, restam ainda duas etapas, sendo que a 9ª está marcada para acontecer dia 06 de novembro, em Guaporé/RS. Já a última, em Curvelo/MG, marcada para o dia 04 de dezembro, poderá sofrer alteração de local e data. O mais provável é que seja transferida para Londrina/PR, para 11 de dezembro. www.ocarreteiro.com.br

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MONTADORA

ETAPA SUPERADA Após três anos de produção de caminhões no Brasil, e mais de 1.400 unidades vendidas, a DAF comemora os resultados, prepara o início das exportações e anuncia a chegada de novos produtos dando a entender que a fase inicial para ingressar no mercado brasileiro já foi superada

POR João Geraldo

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DAF Caminhões celebrou em outubro três anos de operação da fábrica brasileira. Neste período a empresa que há 20 anos é parte da norte-americana Paccar - a mesma que fabrica os caminhões das marcas Peterbilt e Kenworth – produziu e vendeu mais de 1.400 unidades do XF105 e CF85 no mercado doméstico, sendo 436 deles no primeiro semestre de 2016. Os números, vistos pela diretoria da companhia como positivos, são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Na ótica do presidente da empresa no País, Michael Kuester, todo o resultado que companhia vem obtendo é devida à estratégia acertada e também ao trabalho realizado pela equipe de profissionais da fábrica. O executivo afirma estar seguro de que a DAF está criando uma base sólida para, em pouco tempo, se posicionar entre os maiores fabricantes de caminhões aqui instalados. A linha pesada CF85, segundo produto da marca no Brasil, está completando um ano de lançamento no mercado

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MONTADORA No período de três anos a fábrica brasileira recebeu mais de 1 bilhão de reais em investimentos. Constam na lista treinamento, parceria com universidades locais, desenvolvimento de programas sociais junto à comunidade e a fabricação de motores entre outras medidas. E a partir de outubro deste ano, a produção saltou de dois para quatro caminhões/dia. Da linha de montagem em Ponta Grossa/PR, saem os modelos XF 105 e CF 85. O primeiro é um extrapesado disponibilizado nas configurações 6X2 e 6X4 com motores nas potências de 410, 460 e 510cv. As opções de cabine são a Super Space Cab, Space Cab e Comfort. Já o DAF CF85 - destinado a operações em rotas de curtas e médias distâncias, entre outras aplicações - é um pesado produzido com opções de 360 e 410cv potência e cabines nas versões Sleeper Cab e Space Cab. Este cavalo-mecânico foi lançado no Brasil no final de 2015, mas uma possível versão rígida ainda não está nos planos para o Brasil. Tanto o XF105 quanto o CF85 são equipados com motores de 12,9 litros produzidos no Brasil desde o ano passado. A transmissão é ZF automatizada de 16 velocidades. Os primeiros modelos extrapesados XF105 saíram da linha de produção em Ponta Grossa no mês de outubro de 2013

50 O CARRETEIRO

O presidente da DAF Caminhões, Michael Kuester, atribui os resultados positivos à estratégia acertada e à equipe de profissionais

Ano passado a empresa lançou o Contrato de Manutenção Multisuporte, mas os planos se estendem também a novos veículos para ampliar a linha de caminhões no País. Luis Gambim, diretor comercial da DAF Caminhões Brasil, reforça que a companhia está se preparando para crescer nas duas linhas de caminhões que produz atualmente.


Várias unidades do XF105 fora de estrada já se encontram em testes, mas o veículo está previsto para o próximo ano

O próximo lançamento da marca, já anunciado, é a versão fora de estrada do XF105 direcionada principalmente os setores de madeira e cana-de açúcar. O veículo será apresentado oficialmente na Fenatran de 2017, conforme adiantou Gambim. Ricardo Coelho, diretor de engenharia, por sua vez, disse que várias unidades do fora de estrada já estão rodando em testes de campo. Segundo ele, o investimento em engenharia para desenvolver o produto é de 14 milhões de reais. Cita ainda que 85% dos testes de todos os caminhões da marca são realizados aqui no Brasil em três etapas principais: teste funcional, de durabilidade e testes de campo. Aqui no Brasil, a fábrica em Ponta Grossa conta com 25 engenheiros, os quais mantêm inter-

câmbio direto com a Holanda, o país de origem da DAF. De acordo com Gambim, em 2017 a rede DAF vai crescer com o ingresso de mais dois grupos de investidores, chegando a 16, e o incremento de sete novas concessionárias. Para esse ano, sua expectativa é que a marca conquiste 4% de participação no segmento de pesados. Mas para concretizar essa meta as vendas devem atingir o mínimo de 750 unidades até o final de dezembro. Para isso ele conta com a rede da marca formada hoje por 22 concessionários e cinco Postos de Serviços Autorizados (dois na Bahia, dois em Tocantins e um em Minas Gerais). Estes postos são tidos como uma extensão da concessionária. Em relação ao futuro no Brasil, o presidente da empresa, Michael Kuester, diz que nos planos constam também a produção de veículos de menor porte, para distribuição. “Mas essa decisão depende de como o mercado brasileiro de caminhões vai reagir nos próximos anos”, enfatizou o executivo.

Luis Gambim, diretor comercial da empresa, destaca que a DAF está preparando para ampliar sua linha de caminhões no Brasil www.ocarreteiro.com.br

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PNEUS

Novo pneu Goodyear na medida 275/80R22.5 chega ao mercado para atender segmento de caminhões e ônibus urbanos POR Daniela Giopato

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Goodeyar acaba de ampliar a oferta de pneus para o uso urbano de caminhões ônibus. Trata-se do Citymax Plus, que chega ao mercado para complementar a MaxSeries, formada pelos modelos CityMax, FuelMax e KiMax. O produto lançado é disponível na medida 275/80R22.5 e tem, entre outros destaques, um novo desenho dos sulcos externos que, segundo a fabricante, proporciona até 8% a mais de quilometragem com a banda original. O novo produto tem garantia de sete anos (dois a mais que a usual), opção de chip RFID integrado (identificação por radiofrequência), o qual deve ser usado em conjunto com a solução Control Max, que permite o monitoramento do uso dos pneus e emite relatórios analíticos para o controle do estoque, montagens, rodízios, reparos e trocas. As raias centrais largas geram menos calor na área dos ombros, tornando possível a rodagem em temperatura mais fria, o que preserva a carcaça e melhora o índice de recapabilidade. Outro destaque do Citymax Plus é a composição da carcaça, que conta com quatro cintas estabili52 O CARRETEIRO

FOTO Divulgação

LINHA URBANA

zadoras de aço que possibilitam um número maior de recapagens. “O novo pneu Citymax Plus tem todas as recentes inovações que desenvolvemos para apoiar os consumidores na obtenção do menor custo por quilômetro em pneus para seus veículos”, afirmou Fábio Garcia, gerente de marketing de pneus comerciais da Goodyear Brasil. De acordo com ele, os pneus comerciais urbanos representam atualmente cerca de 13% do mercado nacional, o que equivale a uma movimentação econômica de R$ 1 bilhão por ano, o que justifica o investimento da empresa. A Goodyear apresentou também uma nova linha de bandas de rodagem para a família de pneus Max, formada pela KMax D (banda de tração para serviço regional) e KMax AP (banda direcional para serviço regional). A empresa passou a disponibilizar também bandas Light, mais leves, para a recapagem. A linha é presentada pelos produtos Mixed AP Light (banda para serviço misto, com desenho para todas as posições) e a City Light (banda desenvolvida para a última vida do pneu Citymax Plus).


DICA FEDERAL

PERIGOS AO DAR CARONA

C

arona na estrada - Uma prática bastante usual no passado, principalmente entre motoristas profissionais, era o hábito de dar carona para viajantes nas rodovias. Fosse para ter uma companhia e bater um papo após horas de solidão dirigindo nas estradas, fosse para ajudar alguém numa situação de necessidade – ou mesmo cobrando alguma coisa para ajudar nas despesas da viagem –, os motoristas embarcavam pessoas desconhecidas em seus veículos e os levavam até qualquer outro ponto do Brasil. Embora nunca tenha sido uma prática que possamos considerar como segura, os riscos (tanto de oferecer, quanto de pegar carona) intensificaram-se muito nas últimas décadas. Vamos tratar de alguns deles. Cumplicidade de crimes - Tudo aquilo que pode ser colocado para dentro da cabine por um “caronista”, pode colocá-lo em perigo: armas, drogas, produtos de roubo ou furto, ou mesmo uma pessoa com menos de 18 anos, podem, conforme a situação, levar um motorista inocente à prisão. Assaltos - O caso mais elementar e que nos vem à mente é o dos assaltos. São inúmeros os relatos de motoristas que são solicitados a dar carona – em muitos casos mulheres são usadas como “isca” – e sofrem o roubo logo após a pessoa que pede carona entrar na cabine Prostituição na estrada - O

mesmo pode ocorrer ao motorista que abriga no seu veículo pessoas em situação de prostituição. É sabido que prostituição nas estradas foi e ainda é muito comum ao longo de todo o País. Basta circular durante a noite nas principais paradas de caminhões para observar pessoas de todas as idades oferecendo sexo não apenas em troca de dinheiro, mas também de drogas e até de alimento. Há ainda pessoas que oferecem relações sexuais em troca de transporte até um determinado ponto. A carona a uma pessoa em situação de prostituição é uma das mais arriscadas, pois não é raro que a pessoa envolvida com a prostituição às margens das rodovias também seja usuária de drogas e envolvida com o tráfico local. Também há muitas pessoas que se prostituem com menos de 18 anos e que, no entanto, se identificam como sendo maiores de idade para não afugentar os possíveis clientes. Em qualquer um destes casos, em que haja indícios de crime no interior do veículo, se o motorista é flagrado pela polícia ele pode ser responsabilizado e até mesmo preso. Recomendação da PRF - Nunca se dê carona a pessoas de quem nada se sabe. Na dúvida, se visualizar alguém que precise de ajuda, acione a PRF pelo telefone 191, a Polícia Rodoviária Estadual pelo telefone 190 (se for o caso) ou ainda a concessionária da rodovia, se for uma estrada sob concessão. www.ocarreteiro.com.br

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HISTÓRIAS DO ZÉ

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O CARRETEIRO


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BOLETIM DE PNEUS CLASSIFICADOS

NOMENCLATURA DO PNEU

A

lateral, flanco ou costado de um pneu contém informações relativas às suas capacidades, tamanhos, velocidade, série e tipo de construção entre outras. Na área onde está a medida existem as seguintes informações: P: Indica que é para carro de passeio (Passenger Car); LT: Indica que é para camioneta (Light Truck); ST: Indica que é para Trailer (Special Trailer); T: Indica uso temporário (pneu de emergência). Vejamos um pneu de carga na medida 295/80R22,5 104 T: 295 significa a largura da carcaça em milímetros (largura total); 80 é a série - ou a proporção entre a altura e largura. Nesse caso, a altura da secção do pneu corresponde a 80% de sua largura. A série é a medida da altura dividida pela largura. O R significa que o pneu tem carcaça de construção Radial; 22,5 é o diâmetro interno (ou o diâmetro da roda) para a qual foi fabricado; 104 é o índice de carga (ou quanto suporta de peso), lembrando que é somente exemplo, porque um índice e a capacidade devem ser consultados em tabelas próprias. O T é o índice de velocidade para o qual o pneu foi projetado. Como se trata de um índice, deve ser consultada uma tabela para se saber qual a velocidade máxima esse pneu suporta.

Outra informação importante é a data de fabricação. Na lateral do pneu existe uma sequência de letras e números que começa sempre com DOT (Departament of Transportation), órgão regulador desse assunto nos EUA. No final dessa sequência, os quatro últimos números significam a semana e o ano de fabricação. Exemplo: 2315 significa que o pneu foi fabricado na vigésima terceira semana de 2015. Essa informação é importante na hora da compra, para verificar se o produto não é de um estoque muito antigo podendo estar comprometido pela idade. Como o pneu possui 5 anos de garantia, é importante também para identificar quando foi fabricado e passa a ser o indicador do prazo de garantia. Quando houver a marcação M+S na lateral significa que é um produto adequado à lama (MUD) e à neve (Snow). O país de fabricação também está sempre gravado na lateral de um pneu. Existem outras informações não normatizadas no Brasil, mas que são exigidas em outros países. São elas treadwear, traction e temperature. Várias outras indicações estão presentes na lateral do pneu, mas por enquanto estamos divulgando as mais frequentes.

Esse boletim é redigido por Guilherme Junqueira Franco que tem a formação TTS – Truck Tire Specialist. Qualquer dúvida entrar em contato diretamente pelos e-mails: guijunqueirafranco@gmail.com ou drpneus1@yahoo.com.br

58 O CARRETEIRO


DIA DA CRIANÇA O ANO INTEIRO

T

odos os anos, em outubro, lembramos das nossas crianças. A data comemorativa costuma ser festejada com presentes, mas deve ser também o momento para pensarmos sobre a importância da infância, um período da vida em que meninos e meninas estão em pleno desenvolvimento, e unir forças para fazermos uma grande mobilização a favor dos direitos básicos das crianças e adolescentes. É preciso mudar conceitos antigos e criar uma cultura de proteção e cuidado das nossas crianças diante das mais diversas violências. As leis que determinam o respeito aos direitos das crianças são importantes, mas insuficientes. O que precisamos mesmo é do esforço de cada um de nós em garantir uma infância com bem estar, saúde, educação, lazer e convivência familiar. As campanhas de conscientização ajudam e orientam a sociedade sobre a necessidade de denunciar suspeitas e confirmações de violências. Mas, assim que a campanha acaba, as denúncias já diminuem. Isto mostra que ainda estamos distantes da ideia de que proteger as crianças e os adolescentes é uma obrigação de todos nós e que isso preci-

sa fazer parte de nosso cotidiano. Precisamos abrir nossos olhos, lembrar sempre que toda criança deve ser protegida, portanto não fazer diferença entre seus filhos e outras crianças. Somente assim, todos juntos, teremos força e capacidade para enfrentar as violências cometidas contra as crianças. Cada um de nós é importante e pode fazer a diferença nesse tema tão importante. Lembremos nesse mês de outubro que, na verdade, todo mês e todo dia é dia de cuidar das crianças. E você, amigo carreteiro, enquanto está na estrada também tem um importante papel de proteção de crianças e adolescentes. Caso suspeite ou presencie qualquer situação de violência, risco ou exploração sexual, denuncie. Se você estiver numa rodovia federal ligue 191 e em qualquer outra estrada ou lugar disque 100. Sua denuncia pode ser anônima mas vai fazer diferença na vida desta criança ou adolescente. E mais: se você tiver uma história de proteção para contar, grave sua história no celular ou envie uma mensagem para a campanha Juntos na Estrada pela Infância, no número (11)96861-2665.

Para saber mais, acesse: Childhood Brasil www.childhood.org.br Programa Na Mão Certa www.namaocerta.org.br www.ocarreteiro.com.br

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CLASSIFICADOS Amigo motorista, você já pode mandar sua mensagem para publicarmos na Revista O Carreteiro também pela nossa página no Facebook: facebook.com/ ocarreteiro e WhatsApp: (11)95428-8803. Não se esqueça de colocar sua cidade e Estado.

Emprego Sou aposentado mas sinto falta da estrada. Estou com a saúde perfeita e se alguma empresa tiver interesse gostaria de voltar para o trecho. Tenho 68 anos de idade, 33 de estrada e já viajei por 24 Estados. Nunca sofri nenhum acidente. A minha preferência é trabalhar no Nordeste. Aproveito para homenagear os motoristas da Cocal Transportes, em Uberlândia/MG, na qual eu me aposentei. Geraldo Eustáquio de Melo Araxá/MG Motorista aposentado, curso MOPP, tenho todas seguradoras e atualmente estou puxando peças para a Jeep (Pernambuco) como freelance. Procuro trabalho como motorista carreteiro, sem registro, se possível pra viagens. Wanderley Carlos Santo André/SP Tel.: (11) 44013570 (11) 995227041 www.ocarreteiro.com.br

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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Emprego

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Respeite a sinalização de trânsito.

Trabalho com transporte rodoviário de passageiros, com veículos de grande porte. Porém, meu desejo profissional sempre foi trabalhar com carretas, mas há muitas dificuldades para motoristas sem experiência. Tenho CNH Categoria E há dois anos, sem pontuação no prontuário e curso MOPP atualizado, mas não consigo ser chamado em processos seletivos, pois se requer experiência anterior. Ricardo Froeder São Paulo/SP tel.: (11) 97024-0511

"Sou grande porque respeito os pequenos." Estou disponível para o mercado e à procura de uma oportunidade como motorista carreteiro. Tenho cursos MOPP, Cargas Indivisíveis, Primeiros Socorros, Direção Defensiva, Noção Básica da Legislação de Trânsito, Condução Econômica e Atendimento ao Cliente. Tenho 43 anos, boa saúde, disponibilidade para viajar, CNH Categoria E, conhecimento prático em mecânica diesel e condução econômica. Liten Carlos da Silva Souza Tel.: (81)98786-1871/ (81)99933-3235


Cartas DESABAFO Sou psicóloga, esposa de motorista de caminhão com muito orgulho. Gostaria de relatar uma situação que vivenciei na última semana e que, infelizmente, muitas famílias irão se identificar. Ao chegar para carregar em uma empresa no Estado de Minas Gerais, passei por uma situação constrangedora e deprimente. Na portaria, o profissional informou que eu não poderia permanecer no espaço destinado aos visitantes; e que seria obrigada a ficar na rua enquanto meu marido carregava. Simplesmente sozinha, desprotegida e sujeita a qualquer forma de agressão à mulher. Faço esse desabafo porque ainda ocorrem situações de discriminação e preconceito direcionadas à família e a categoria de trabalhadores, motoristas de caminhão. Precisamos desabafar estas situações e não se calar. Daniele Oliveira Vacaria/RS

"Mais valem as lágrimas da derrota do que a vergonha de não ter lutado." www.ocarreteiro.com.br

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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Cartas ELOGIO Parabéns à Revista O Carreteiro pelas boas matérias. Marco Filipe Rodrigues Nogueira Por e-mail

"É melhor ser um pai quadrado do que ver a filha solteira redonda."

Recado Mando um abraço para meus amigos Marelim, Mata-Égua, Tob, Silvirno, Mendigo, Paulo Dondoni e a galera dos fora da lei. Que Deus abençoe a todos vocês. Renato Cazotti (QRA Pinto Doido) Colatina/ES

Homenagem Presto esta homenagem aos puxadores de pás eólicas. Um grande abraço. Anderson Rubio Jucá Trairi/CE

"Enquanto é namorada, meu bem; depois de casada, meus bens." 64 O CARRETEIRO


Bate Coração Divorciada, 48 anos de idade, morena clara, 1,56m, peso 68 kg, e gostaria muito de encontrar uma pessoa com idade entre 50 e 65 anos e de preferência que esteja trabalhando na estrada, para relacionamento sério. Sou carinhosa, romântica e quero encontrar um amor para toda vida. Quem se interessar entre em contato pelo telefone. Vânia Tel.: (88) 993370110

Mais preparada, para qualquer desafio.

"Se você dormir ao volante seus parentes serão acordados." Tenho 37 anos de idade, sou divorciado e viajo muito para o Nordeste. Procuro uma mulher de 21 a 35 anos, que seja livre, queira se feliz e viajar muito. Dispenso mulheres mal resolvidas. Davi Curitiba/PR Tel.: (41) 99544592 matrixfilmes @hotmail.com

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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Bate Coração Morena, 35 anos, cabelos negros e lisos. Tenho 1,69m de altura, peso 80kg e quero conhecer um homem carinhoso, atencioso, compreensivo e humilde, com mais de 45 anos para relacionamento sério. Teresa Martins Juquia/SP Tel.: (13) 99790-3830 reginasouza@hotmail.com Tenho 43 anos, divorciada, evangélica e sem filhos. Sou do interior de São Paulo, comunicativa, de bem com a vida e apaixonada pela profissão de motorista de caminhão. Gostaria de me corresponder com homens com idade entre 30 e 55 anos para boa amizade e quem sabe até um compromisso sério. Silvia Cristina Felix São Paulo/SP Tel.: (16) 99620-0520 silviacrisfelix85@ gmail.com Sou solteiro e quero encontrar uma namorada com idade de 25 a 45 anos para compromisso sério. Tenho 49 anos pois estou precisando muito de uma companhia. Carlos Eduardo Ribeiro da Silva Ribeirão Preto/SP Tel.: (16) 98820-3141 eduardo1966.undefined @gmail.com 66 O CARRETEIRO


"Em mulher e caminhão só o dono põe a mão."

Bate Coração Procuro uma mulher evangélica e sem filho para namoro sério, que seja carinhosa, cantora e fiel. Sou pastor da Igreja Pentecostal de Jesus Cristo Ressuscitado. Jose Roberto Cianorte/PR

"Marido de mulher feia não gosta de feriado." Quero encontrar alguém para compromisso sério e que tenha caráter. Dispenso curiosos e aventureiros. Sou carinhosa, romântico, de pele clara, tenho cabelos castanhos, 1,60m e 40 anos. Fabiana Pereira Tel.: (35) 99894-3825 fabianalopes @gmail.com

"Nosso passado foi fogo, mesmo assim nosso amor virou cinzas." www.ocarreteiro.com.br

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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Bate Coração Tenho 55 anos de idade e estou buscando um marido que seja motorista de caminhão. Meu desejo é casar e viajar pelo Brasil. Sou bonita, carinhosa e moro sozinha. Peço que entre em contato apenas homens acima de 55 anos para compromisso sério. Olímpia Pereira de Melo Uberaba/MG Tel.: (34) 99171-2518

"Freio a bafo, mantenha distância."

Emprego Sou carreteiro e tenho experiência em prancha de qualquer tamanho. Já puxei pás eólicas e cargas com 7m de largura e 55 m de comprimento. Procuro empresas ou autônomos. Gostaria apenas que pudesse levar a minha esposa junto nas viagens. Sou carreteiro desde 1995, tenho 45 anos de idade, curso MOPP e carga indivisível em dia. Anderson Rubi Jucá Trairí/CE Tel.: (85) 98412-1412 / 99677-8660

"Não sou sanfoneiro, mas toco a noite toda." 68 O CARRETEIRO


Cartas FALTA DE OPORTUNIDADE Tenho 37 anos, sou nordestino caminhoneiro, com experiência em caminhão trucado e iniciando em carreta. Dirigir é minha paixão mas tenho me deparado com muitas dificuldades de fazer aquilo que mais amo. A maioria das empresas não dão oportunidades para iniciante em carretas. O que preciso fazer para realizar meu sonho e fazer o que mais gosto? Tenho curso MOPP e CNH AE mas não tenho oportunidades por parte dos empresários. Valdemir Sabino Por email

Cartas DENUNCIA A PRF deveria fiscalizar mais o sistema de iluminação dos caminhões. Motoristas estão instalando farol extra que quando ligados chega a deixar quem vem pela frente “cego”. Muitos instalam o faro por conta própria, mudando a característica do caminhão, o que é proibido. Outros instalam no baú. Antônio dos Santos Guarulhos/SP www.ocarreteiro.com.br

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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Emprego Estou a procura de trabalho, sou motorista desde 2014 e não consigo um trabalho registrado, apenas bico quando aparece. Tenho experiência em rodovia. Ernesto Nascimento Lopes Guarujá/SP Tel.: (13) 3017-1591 / 98211-2603 ventoleste@hotmail.com

"Amor é como fumaça, sufoca mas uma hora passa."

Emprego Motorista carreteiro há cinco anos, experiência e disponibilidade para viajar para qualquer lugar do País. Luiz Fernando de Lima Silva Barreiras/BA Tel.: (77) 99177-8885 / (77) 99901-3213 Gostaria de uma oportunidade para viajar de caminhão ou carreta. Gosto de estar na estrada. Douglas Lima de Andrade Tel.: (51) 8276-7519 Por email 70 O CARRETEIRO


Emprego Experiência, cursos MOPP, Direção Defensiva, ensino fundamental completo e disponibilidade para viajar. José Petrucio Soares de Oliveira Duque de Caxias/RJ Tel.: (21) 7805-6150/ 2775-4247

"Seja paciente na estrada para não ser paciente no hospital. "

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Bate coração Tenho 55 anos e estou em busca de mulheres solteiras até 50 anos, de Sorocaba e região para amizade e um futuro relacionamento. Procuro uma pessoa companheira. Sou fiel, carinhoso e honesto. Alberto Sorocaba/SP WhatsApp: (15) 98816-3113 denerosy @hotmail.com Quero uma namorada evangélica, sem filho, de Marília e região. Busco apenas do Estado de São Paulo. Sou pastor, tenho 47 anos, sem filho e romântico. José Roberto Cianorte/PR Tel.: (44) 9762-1742

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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Bate coração Branca, cabelos loiros, 1,69m, acima do peso, tenho personalidade de uma guerreira. Atuo como motorista de ônibus no momento e meu sonho é a rodagem. Se tiver um Tubarão solteiro querendo uma Cristal para entregar a carga junto, entre em contato. Valnice P.S. Silva (QRA Penélope) Tel.: (92) 99159-2100 Tenho 40 anos, sou viúva, morena, olhos verdes, 1,60m, cabelos pretos, tenho uma filha e gostaria de conhecer homens de todo o Brasil, entre 50 e 60 anos, inicialmente para uma amizade ou quem sabe um relacionamento sério. Ligue apenas os que tiverem interessados. Nubia Santos Goiania/GO Tel.: (62) 8159-7183 nubia@hotmail.com

"Quem se arrasta aos pés de mulher é veu de noiva." dn L&G6R` R^ R &L

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O CARRETEIRO

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Morena clara, 37 anos, 1,70m, independente, procura relacionamento sério com homens entre 40 e 50 anos. Interessados ligar ou enviar whatsapp. Márcia Sampaio Campo Grande/MS Tel.: (67) 99337-2291


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TRANSPORTE & ECONOMIA PLANILHA DE CUSTOS OPERACIONAIS CAMINHÕES

SEMILEVES

LEVES

MÉDIOS

CUSTOS FIXOS MENSAIS Depreciação do Veículo

R$ 732,13

R$ 814,95

R$ 1.533,74

Remuneração de Capital

R$ 509,55

R$ 619,21

R$ 1.026,52

Licenciamento + Seg. Obrigatório + IPVA

R$ 203,16

R$ 247,82

R$ 307,19

Seguro do casco

R$ 562,41

R$ 689,53

R$ 800,75

Despesas com Comunicação TOTAL DOS CUSTOS

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 173,36

R$ 2.007,25

R$ 2.371,51

R$ 3.841,55

CUSTOS VARIÁVEIS POR KM Manutenção

R$ 0,202

R$ 0,219

R$ 0,174

Pneus, câmaras e recapagens

R$ 0,077

R$ 0,096

R$ 0,073

Combustível

R$ 0,457

R$ 0,517

R$ 0,598

ARLA 32

R$ 0,000

R$ 0,000

R$ 0,023

Óleo de carter

R$ 0,009

R$ 0,019

R$ 0,012

Lavagens e graxas

R$ 0,101

R$ 0,009

R$ 0,145

TOTAL DOS CUSTOS

R$ 0,845

R$ 0,134

R$ 1,024

CAMINHÕES

SEMIPESADOS

PESADOS

EXTRAPESADOS

CUSTOS FIXOS MENSAIS Depreciação do Veículo

R$ 1.415,16

R$ 2.243,39

R$ 3.082,81

Remuneração de Capital

R$ 1.005,09

R$ 1.499,74

R$ 1.797,93

Licenciamento + Seg. Obrigatório + IPVA

R$ 354,87

R$ 569,61

R$ 719,25

Seguro do casco

R$ 759,68

R$ 1.196,91

R$ 1.566,29

Despesas com Comunicação

R$ 173,36

R$ 245,59

R$ 245,59

R$ 3.708,16

R$ 5.755,24

R$ 7.411,88

TOTAL DOS CUSTOS

CUSTOS VARIÁVEIS POR KM Manutenção

R$ 0,208

R$ 0,342

R$ 0,344

Pneus, câmaras e recapagens

R$ 0,177

R$ 0,268

R$ 0,370

Combustível

R$ 0,760

R$ 1,196

R$ 1,341

ARLA 32

R$ 0,025

R$ 0,035

R$ 0,046

Óleo de carter

R$ 0,012

R$ 0,020

R$ 0,021

Lavagens e graxas

R$ 0,124

R$ 0,311

R$ 0,330

TOTAL DOS CUSTOS

R$ 1,306

R$ 2,172

R$ 2,453

74 O CARRETEIRO


TABELA REFERENCIAL DE TRANSPORTE DE CARGA LOTAÇÃO AUTÔNOMOS - CARGA GERAL DISTÂNCIA EM KM

CAMINHÕES LEVES R$/TON

CAMINHÕES MÉDIOS R$/TON

CAMINHÕES SEMI-PESADOS R$/TON

CAMINHÕES PESADOS R$/TON

BITREM 7 EIXOS R$/TON

1 a 50

82,37

44,08

22,31

22,32

20,56

51 a 100

129,02

66,69

34,10

30,57

28,09

101 a 150

175,68

89,30

45,89

38,82

35,63

151 a 200

222,33

111,91

57,67

47,07

43,17

201 a 250

268,98

134,52

69,46

55,32

50,71

251 a 300

315,63

157,13

81,25

63,57

58,25

301 a 400

408,94

202,35

104,82

80,07

73,32

401 a 500

502,24

247,58

128,40

96,57

88,40

501 a 600

595,55

292,80

151,97

113,07

103,47

601 a 700

688,85

338,02

175,55

129,57

118,55

701 a 800

782,16

383,24

199,12

146,08

133,63

801 a 900

875,47

428,46

222,69

162,58

148,70

901 a 1.000

968,77

473,68

246,27

179,08

163,78

1.001 a 1.250

1.202,03

586,74

305,21

220,33

201,47

1.251 a 1.500

1.435,30

699,79

364,14

261,58

239,16

1.501 a 1.750

1.668,56

812,85

423,08

302,83

276,85

1.751 a 2.000

1.901,82

925,90

482,01

344,08

314,53

2.001 a 2.250

2.135,09

1.038,96

540,95

385,33

352,22

2.251 a 2.500

2.368,35

1.152,01

599,88

426,58

389,91

2.501 a 2.750

2.601,61

1.265,07

658,82

467,83

427,60

2.751 a 3.000

2.834,88

1.378,12

717,76

509,08

465,29

3.001 a 3.250

3.068,14

1.491,17

776,69

550,33

502,98

3.251 a 3.500

3.301,40

1.604,23

835,63

591,58

540,67

3.501 a 4.000

3.767,93

1.830,34

953,50

674,09

616,05

4.001 a 4.500

4.234,46

2.056,45

1.071,37

756,59

691,43

4.501 a 5.000

4.700,98

2.282,55

1.189,24

839,09

766,81

5.001 a 5.500

5.167,51

2.508,66

1.307,12

921,59

842,19

5.501 a 6.000

5.634,04

2.734,77

1.424,99

1.004,09

917,57

NOTA 1: PREÇO DOS INSUMOS - Os cálculos acima tem como base o preço dos insumos pesquisados na região de São Paulo. NOTA 2: FRETE RETORNO VAZIO - Para que seja incluído retorno vazio no preço cobrado, deve-se utilizar os valores das faixas de distância que incluam a ida e volta do caminhão. NOTA 3: TAXAS, GENERALIDADES E SERVIÇOS ADICIONAIS - Os valores na planilha acima não incluem: pedágio e despesas de viagem (alimentação, estadia, chapa, etc), que deverão ser calculados e cobrados à parte. NOTA 4: IMPOSTOS - Os valores na planilha acima incluem PIS E CONFINS. Não incluem, no entanto, ICMS. NOTA 5: LUCRO - Na construção da planilha acima adotou-se, como parâmetro, margem de lucro de 20% Fonte: RLV Soluções Empresariais

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75


MERCADO DE CAMINHÕES LICENCIAMENTO 2016 UNIDADES

SET

AGO

JAN-SET

4.399

4.399

38.867

SEMILEVES Agrale FCA (RAM) Ford Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Outras empresas

370 4 46 116 110 39 53 2

302 1 35 105 30 48 82 1

2.658 13 354 816 366 301 785 23

LEVES Agrale CAOA Hyundai Ford Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Outras empresas

1.088 9 3 270 35 369 397 5

1.236 10 13 259 41 539 366 8

10.132 125 46 2.287 531 4.037 3.059 47

MÉDIOS Agrale Ford Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Outras empresas

310 1 116 1 111 81 0

360 3 127 2 135 92 1

3.227 23 1.086 49 1.221 847 1

SEMIPESADOS Agrale Ford International Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Scania Volvo Outras empresas

1.302 0 217 1 58 380 475 66 105 0

1.202 0 183 1 63 371 384 72 128 0

10.994 4 1.580 24 616 3.701 3.420 512 1.137 0

PESADOS DAF Ford International Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Scania Shacman Volvo Outras empresas

1.125 56 13 5 26 114 254 308 0 330 19

1.299 67 18 1 44 109 337 302 0 387 34

11.856 492 231 18 440 1.412 3.193 2.746 0 3.192 132

TOTAL DE CAMINHÕES

76

O CARRETEIRO


RANKING DE CAMINHÕES POR MARCA SETEMBRO/2016 FABRICANTE 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º

M.BENZ VW FORD VOLVO SCANIA IVECO DAF MAN SINOTRUK AGRALE INTERNATIONAL FOTON HYUNDAI JBC JAC JMC RENAULT

QUANT.

PART.

1.266 961 732 435 374 234 56 52 18 10 6 3 3 2 1 1 1

30,47% 23,13% 17,62% 10,47% 9,00% 5,63% 1,35% 1,25% 0,43% 0,24% 0,14% 0,07% 0,07% 0,05% 0,02% 0,02% 0,02%

ACUMULADO FABRICANTE 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º

M.BENZ VW FORD VOLVO SCANIA IVECO MAN DAF AGRALE SINOTRUK HYUNDAI INTERNATIONAL JMC FOTON JBC RENAULT BYD ENGESA JAC KENWORTH

QUANT.

PART.

11.412 10.033 5.993 4.328 3.257 2.046 646 492 155 129 46 42 32 25 9 2 1 1 1 1

29,53% 25,96% 15,51% 11,20% 8,43% 5,29% 1,67% 1,27% 0,40% 0,33% 0,12% 0,11% 0,08% 0,06% 0,02% 0,01% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

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77


CAMINHÕES NOVOS PREÇO (R$)

AGRALE

MODELO

PREÇO (R$)

142.326,00

DAILY TRUCK 7 TON 70C17 CS 3750

108.796,00

8700 TR (5ª RODA) – CUMMINS ISF 3.8

147.226,00

DAILY TRUCK 7 TON 70C17 CS 4350

110.664,00

10000 – MWM MAXXFORCE 4.8

144.613,00

DAILY 35S14 GRAN FURGONE 3300 H2

98.067,00

14000 - 4X2 – MWM MAXXFORCE 4.8

174.750,00

DAILY 45S17 GRAN FURGONE 3300 H2

110.626,00

14000 - 6X2 – MWM MAXXFORCE 4.8

202.869,00

TECTOR 170E22 ATTACK 4815 4X2 MLC TB

144.484,00

TECTOR 240E22 ATTACK 4815 6X2 MLC TB

163.480,00

390.743,00

TECTOR 240E28 5175 6X2 MLL TA

226.930,00

416.324,00

TECTOR 240E28 5670 6X2 MLL TA REL. 4,10/5,59

241.317,00

CF85 4X2

311.111,00

TECTOR 260E28 4815 6X4 MLC TB

267.797,00

CF85 6X2

336.000,00

STRALIS 600S40T AT 6X2 TA (OD) EUROTRONIC

350.655,00

STRALIS 600S44T AT 6X2 TA (OD) EUROTRONIC

374.825,00

DAF XF105 6X2 XF105 6X4

FORD CARGO 816

128.913,76

MAN

CARGO 1319

163.352,05

VW 5.150 D DELIVERY

131.644,00

168.851,05

VW 8.160 D DELIVERY

156.316,00

CARGO 1719

193.712,61

VW 9.160 D DELIVERY

163.137,00

CARGO 1723

205.040,61

VW 13.190 E DC CONSTELLATION

209.125,00

CARGO 1723 LEITO

218.040,29

VW 15.190 E DC CONSTELLATION

215.235,00

CARGO 1729 RIGIDO

209.987,28

VW 17.190 E DC CONSTELLATION

221.916,00

CARGO 1933 RÍGIDO

273.194,91

VW 17.280 E DC CONSTELLATION

248.847,00

214.581,05

VW 17.330 E DC CONSTELLATION

275.790,00

CARGO 2429

224.475,69

VW 24.280 E DC CONSTELLATION

275.311,00

CARGO 2429 LEITO

236.932,31

VW 24.330 E DC CONSTELLATION

308.281,00

CARGO 2623

261.714,93

VW 26.280 E DC CONSTELLATION

299.913,00

CARGO 2629

268.819,75

VW 31.280 E DC CONSTELLATION

316.154,00

CARGO 3133

318.919,08

VW 31.330 E DC CONSTELLATION

328.938,00

223.265,65

VW 19.390 E DC CONSTELLATION

301.866,00

CARGO 1933 CAVALO MEC.

287.612,46

VW 25.390 E DC CONSTELLATION

324.980,00

CARGO 2042

277.778,42

VW 26.390 E SC CONSTELLATION

394.848,00

CARGO 2842

309.686,54

VW 31.390 E DC CONSTELLATION

353.551,00

MAN TGX 28.440 6X4

468.279,00

320.000,00

MAN TGX 29.440 6X4

504.609,00

9800I 6X2

300.000,00

MERCEDES-BENZ

DURASTAR EURO III 4X2

170.000,00

ACCELO 815/31

153.681,67

DURASTAR EURO III 6X2

180.000,00

ACCELO 815/37

155.229,83

DURASTAR EURO III 6X4

195.000,00

ACCELO 815/44

156.838,20

ACCELO 1016/31

164.144,61

87.833,00

ACCELO 1016/37

166.105,04

89.085,00

ACCELO 1316/37

188.895,71

ATEGO 1419

198.655,34

CARGO 1519

CARGO 2423

CARGO 1729 CAVALO MEC.

INTERNATIONAL 9800I 6X4

IVECO DAILY 35S14 CS 3450 DAILY 35S14 CS 3750 DAILY 45S17 CD 3750

78 O CARRETEIRO

115.307,00

Molicar

IVECO

8700 – CUMMINS ISF 3.8

Fonte:

MODELO


MODELO

PREÇO (R$)

Fonte:

Molicar

MERCEDES-BENZ

MODELO

PREÇO (R$)

SCANIA

ATEGO 1719

213.674,69

R 620 LA6X4 RBP835

572.100,00

ATEGO 1726 4X4

315.987,43

HIGHLINE 440 LA6X2

488.500,00

ATEGO 1730S

239.860,25

HIGHLINE 480 LA6X2 R885

574.806,00

ATEGO 2426 6X2

269.186,36

HIGHLINE 620 LA6X4 RB662

527.100,00

ATEGO 2430 6X2

283.474,75

P 310 CB6X4 RBP735

362.900,00

ATEGO 3026 8X2

305.209,74

G440 CB8X4 RBP835

614.000,00

ATEGO 3030 8X2

318.562,05

G480 CA6X4 RBP835

456.400,00

ATRON 1635S

308.032,54

P 250 DB4X2

287.700,00

AXOR 1933LS

316.594,66

P 250 DB6X2

319.900,00

AXOR 2533 6X2

365.335,33

P 310 DB8X2

356.900,00

AXOR 2036S

341.821,44

HIGHLINE R440 LA6X2 R885

501.400,00

AXOR 2041S

357.269,47

HIGHLINE 480 LA6X2 R885

514.200,00

AXOR 2536S 6X2

355.173,10

HIGHLINE 620 LA6X4 RB662

597.800,00

AXOR 2541S 6X2

404.194,65

P 310 CB6X4 RBP735

360.900,00

AXOR 2544S 6X2

411.031,48

G440 CB8X4 RBP835

639.800,00

AXOR 2644S 6X4

437.012,33

G480 CA6X4 RBP835

475.700,00

ACTROS 2546LS 6X2 CONFORTO T.ALTO

453.218,49

P 250 DB4X2 R780

287.700,00

ACTROS 2546LS 6X2 MEGASPACE (CONFORTO)

473.305,48

P 250 DB6X2 R780

319.900,00

ACTROS 2546LS 6X2 MEGASPACE PLUS (SEG.)

493.392,49

VOLVO

ACTROS 2646LS 6X4 CONFORTO T.ALTO

465.672,45

VM220 4X2R ST L1H1

248.000,00

ACTROS 2646LS 6X4 MEGASPACE (CONFORTO)

493.392,49

VM270 6X2R LX 6M L2H1

314.200,00

ACTROS 2646LS 6X4 MEGASPACE PLUS (SEG.)

513.479,46

VM270 6X2R LX 9M L2H1 VMEB235

325.000,00

ACTROS 2651S 6X4 CONFORTO ALTO

476.463,26

VM330 6X2R LX L2H1 VT VMEB235

361.500,00

ATEGO 2730 6X4

299.179,64

VM270 6X4R ST L1H1

345.400,00

ATEGO 2730B 6X4

300.960,75

VM330 6X2R LX L2H1 VT VMEB235

374.300,00

AXOR 3131 6X4

343.104,81

VM270 8X4R ST L1H1

395.500,00

AXOR 3131 B 6X4

344.130,72

VM330 4X2T LX L2H1 VT VMEB235

332.700,00

AXOR 3131K 6X4

342.106,10

FH 420 42T SC AT SLP RS 1360

435.000,00

AXOR 3344 6X4

475.020,00

FH 420 62T SC AT SLP RS1360

460.000,00

AXOR 3344 K 6X4

475.429,15

FH 420 82T SC AT SLP RS1360

498.000,00

AXOR 3344S 6X4

474.950,26

FH 460 64T SC AT SLP RST2370

499.000,00

AXOR 4144K 6X4

508.576,03

FH 460 64R SC AT SLP RST2610

502.000,00

ACTROS 4844K 8X4

663.941,74

FH 540 84T SC AT HSLP RT3210

545.000,00

FM 380 42T SC AT SLP RS1360

391.000,00

SCANIA P 310 LA4X2

312.900,00

FM 380 62T SC AT SLP RS1360

416.000,00

P 360 LA6X2 – R 885

380.700,00

FM 380 82R SC AT SLP RS1360

454.000,00

G 400 LA6X2 R 780

411.900,00

FMX 420 64T SX VT SLP RT3210

502.000,00

R 440 LA6X2 R 885

461.800,00

FMX 420 64R SX VT DAYCAB RT3210

505.000,00

R 440 LA6X4 RB662

486.400,00

FMX 460 84R SX VT DAYCAB RT3312

621.000,00

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79


CAMINHÕES USADOS VEICULOS NACIONAIS

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

AGRALE 13000TD 4X2 Dies. 2P

0

0

0

102500

90000

85000

73000

71000

66740

13000TD 6X2 3e Dies. 2P

0

0

0

108650

95400

90100

77380

75260

70744

6000 E-MEC 4X2 Dies. 2P

0

0

0

67000

63000

61000

59000

56000

48840

8500 EURO III E-MEC 4X2 Dies. 2P

0

0

0

75000

70200

67000

65000

61000

53892

8500 EURO III E-TRONIC(C.Dup) 4X2 Dies. 2P

0

0

0

81885

76644

73150

70967

66599

58840

9200 EURO III E-TRONIC 4X2 Dies. 2P

0

0

0

98500

87000

85000

80000

70000

64410 0

FORD C-1317 CN 4X2 DIES.

0

0

0

88000

82720

0

0

0

C-1517 CN 4X2 DIES.

0

0

0

103000

96820

0

0

0

0

C-1517-E 4X2 Dies.

0

0

0

0

84000

81000

77000

73000

67320

C-1717 CN 4X2 DIES.

0

0

0

106000

99640

0

0

0

0

C-1717 CN 6X2 3E DIES.

0

0

0

112360

105618

0

0

0

0

C-1722 CN 4X2 DIES.

0

0

0

110000

103400

0

0

0

0

C-1722-E 4X2 Dies.

0

0

0

0

95000

87000

85000

83000

77922

C-1832-E 4X2 Dies.

0

0

0

0

105000

93000

87420

0

0

C-1932 CN 4X2 DIES.

0

0

0

132000

124080

0

0

0

0

Cargo 2428E 6X2 3e Dies. 2P

0

0

0

124000

116000

107000

99000

92000

88704

Cargo 2622E 6X4 3e Dies. 2P

0

0

0

0

133000

120000

114500

110900

94656

Cargo 2628E 6X4 3e Dies. 2P

0

0

0

0

142000

132000

124000

118000

102816

F-350 4X2 Dies.

0

0

0

72000

69000

65000

61000

60300

54450

F-4000 TB 4X4(N.Serie)(Cummins) Dies.

0

0

0

84240

80080

78000

72800

69680

0

F-4000 TURBO 4X2(N.Serie) Dies.

0

0

0

81000

77000

75000

70000

67000

60500

450E32T 4X2 Dies. 2P

0

0

0

132000

122000

113500

95000

91500

70702

450E33T(CurtaT.Baixo)4X2 Dies. 2P

0

0

0

131500

116500

109000

102460

0

0

450E33T(LeitoT.Alto)4X2 Dies. 2P

0

0

0

146000

134000

123000

115620

0

0

230E22 6X2 3e Dies. 2P

0

0

0

0

0

0

75840

72960

65312 68034

0

0

0

115000

90500

83500

79000

76000

0

0

0

122500

108500

102000

93000

87420

0

170E22 4X2 Dies. 2P

0

0

0

128000

118000

93500

87500

83500

78490

230E22 6X2 3e Dies. 2P

0

0

0

0

0

90160

88200

83300

73970

230E24 6X2 3e Dies. 2P

0

0

0

124000

107000

92000

90000

85000

75480

380T38 6X4 3e Dies. 2P

0

0

0

254000

247000

242000

236000

233000

206000

720T42 6X4 3e Dies. 2P

0

0

0

271000

265500

256000

253300

248000

221500

240E28 6X2 3e Dies. 2P

165000

160000

146000

137240

0

0

0

0

0

260E25 6X4 3e Dies. 2P

0

0

176000

163000

154000

146000

140000

131600

0

170E25 4X2 Dies. 2P

0

0

127000

115000

96000

90240

0

0

0

380T38 6X4 3e Dies. 2P

0

0

0

229000

219000

205000

195000

183300

0 74000

MERCEDES-BENZ 1315 ATEGO 4X2 Dies. 2P

0

0

0

118000

107000

101400

93000

79000

134420

0

0

0

0

0

0

0

0

1418 ATEGO 4X2 Dies. 2P

0

0

0

122000

108500

103000

97000

83000

77000

1518 ATEGO 4X2 Dies. 2P

1315/37 ACCELO 6X2 3e Dies. 2P

153000

143000

135000

133500

110000

105000

98500

85000

77770

1718 4X2 Dies. 2P

0

0

0

128250

109250

101650

95950

86450

0

1718 6X2 3e Dies. 2P

0

0

0

134662

114712

106732

100747

90772

0

1719 ATEGO 4X2 Dies. 2P

152000

146000

136000

127840

0

0

0

0

0

1725 ATEGO 4X2 Dies. 2P

0

0

0

143000

120000

115000

105000

91000

85320

1726 ATEGO 4X2 Dies. 2P

178000

169000

160000

150400

0

0

0

0

0

1728ATEGO 4X2 Dies. 2P

0

0

173000

164000

147000

127500

118000

110000

103400

2429 ATEGO 6X2 3e Dies. 2P

181000

173000

155000

147000

138180

0

0

0

0

2831 AXOR 6X4 3e Dies. 2P

215000

206000

198000

178000

161000

155000

143000

130000

122200

3340 AXOR 6X4 3e Dies. 2P

0

0

0

248000

231000

213000

156000

139000

130660

3340KAXOR 6X4 3e Dies. 2P

0

0

0

298000

286000

234000

219000

205860

0

80 O CARRETEIRO

Fonte:

230E24 6X2 3e Dies. 2P 260E25 6X4 3e Dies. 2P

Molicar

IVECO


VEICULOS NACIONAIS

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

MERCEDES-BENZ 0

0

0

255000

233000

218000

180000

150000

3341 AXOR 6X4 3e Dies. 2P

380000

340000

300000

282000

0

0

0

0

0

3344 AXOR 6X4 3e Dies. 2P

348000

320000

280000

253000

238000

221000

178000

149000

140060

4141K AXOR 6X4 3e Dies. 2P

428000

388000

378000

346000

0

0

0

0

0

0

0

0

155000

128000

118000

115000

110000

103400

G420 B 6X4 SZ 3e(Cam.) Dies. 2P

0

0

0

223000

180000

169200

0

0

0

G420 B 8X4 SZ 4e(Cam.) Dies. 2P

0

0

0

250000

220000

206800

0

0

0

G470 B 6X4 SZ 3e(Cam.) Dies. 2P

0

0

0

345000

335000

314900

0

0

0

G470 B 8X4 SZ 4e(Cam.) Dies. 2P

0

0

0

352000

342000

321480

0

0

0

P230 B 4X2 SZ(Cam.) Dies. 2P

175000

155000

140000

137000

130800

122952

0

0

0

P310 6X4 B 3E(CAM.) DIES. 2P

223000

215000

186000

185000

170000

159800

0

0

0

P310 8X4 B SZ 4e(Cam.) Dies. 2P

235000

228000

209000

197000

188000

176720

0

0

0

P420 B 6X4 SZ 3e(Cam.) Dies. 2P

0

0

0

220000

215000

185000

170000

159800

0

3340S AXOR 6X4 3e Dies. 2P

L-1620 6X2 3e Dies. 2P

141000

SCANIA

P420 B 8X4 SZ 4e(Cam.) Dies. 2P R580 A 6X2 NA 3e(KingOfTheRoad) (Reb.) Dies. 2P R580 B 4X2 SZ(HighLine)(Cam.) Dies. 2P

0

0

0

225000

218000

190000

178000

167320

0

435000

425000

405000

380000

372000

349680

0

0

0

385000

367000

360000

332000

320000

300800

0

0

0

R620 A 6X4 3e Dies. 2P

425000

400000

390000

360000

338400

0

0

0

0

R620 HIGHLINE LA 6X2 3e Dies. 2P

413100

402900

382500

357000

335580

0

0

0

0

R620 HIGHLINE LA 6X4 3e Dies. 2P

450000

430000

410000

396000

372240

0

0

0

0

G-470 LA 4X2 SZ Dies.

0

0

0

0

0

267000

236000

212000

199280

R-380 A 6X2 NA 3e Dies.

0

0

0

235000

215000

202100

0

0

0

13.180 TB-IC(E)4X2(Const.) Dies.

0

0

102000

97000

91000

85000

80000

74500

56067

13.180 TB-IC(E)4X2(Worker) Dies.

0

0

101000

89000

86000

82000

79000

70000

55009

13.180 TB-IC(E)6X2(Const.) 3e Dies.

0

0

107100

101850

95550

89250

84000

78225

58871

15.170 TB-IC(E)4X2 Dies.

0

0

0

98500

93000

87000

75000

71500

57884

15.180 TB-IC(E)4X2(Const.) Dies.

0

0

0

110000

106500

104000

88000

86000

61935

15.180 TB-IC(E)4X2(Worker) Dies.

0

0

0

102500

101500

97000

82500

77000

60199

17.180 TB-IC(E)4X2(Worker) Dies.

0

0

0

104000

102000

94000

90000

82000

74468

17.220 TB-IC(E)4X2(Worker) Dies.

0

0

0

125000

112000

104000

93000

87000

77389

17.250 TB-IC(E) 4X2 Dies.

0

0

0

118000

110000

105000

93000

87000

78119

17.320(E) 4X2(Const.) Dies.

0

0

0

120500

116000

108500

101990

0

0

24.220 TB-IC(E) 6X2(Worker) 3e Dies.

0

0

0

121200

118500

114500

106500

94000

78492

24.250 TB-IC(E) 6X2 3E DIES.

0

0

0

123000

120500

118000

114500

112000

79277

24.320(E)(Const.) 6X2 3e Dies.

0

0

0

135000

127000

120500

113270

0

0

26.220 TB-IC 6X4 3e Dies.

0

0

0

144000

132000

119000

102000

92000

78896

26.260 TB-IC 6X4 3e Dies.

0

0

0

0

0

0

0

93840

80474

31.260 TB-IC(E)6X4(CONST.) 3E DIES.

0

0

0

160000

149000

143000

108500

101990

0

9.150 TB-IC(E)4X2 Dies.

0

0

90500

85000

76000

74000

67500

63000

50440

Molicar

VOLKSWAGEN

VOLVO 0

0

0

0

159740

150000

140000

131600

0

FMX 420 6X4R 3e Dies. 2P

329000

0

0

0

0

0

0

0

0

FMX 420 6X4T 3e Dies. 2P

329000

0

0

0

0

0

0

0

0

FMX13 420 6X4R 3e Dies. 2P

350000

320000

310000

280000

263200

0

0

0

0

FH 400(GLOBETROTTER) 4X2 DIES.

0

0

0

0

142800

132600

122400

102000

95880

FH 520 4X2 Dies.

0

0

0

0

185000

170000

160000

139000

130660

FMX-13 400 6X4T 3E(I-SHIFT) DIES.

0

0

0

0

247200

232368

0

0

0

FMX-13 440 6X4T 3E DIES.

0

0

0

0

260000

244400

0

0

0

115000

105000

100000

90000

84600

0

0

0

0

0

0

0

0

75000

65000

60000

55000

51700

Fonte:

FM11 370 4X2 Dies. 2P

VM-220 4X2R Dies. 2P VM-23 210 ST 6X2 3e Dies. 2P VM-260 LX 6X2 3e Dies. 2P VM-270 4X2R Dies. 2P

0

0

0

0

107000

99000

88000

80000

75200

135000

128000

120000

112000

105280

0

0

0

0

www.ocarreteiro.com.br

81


JESUÍNO

82

O CARRETEIRO



Todo To d s ju do unt ntos os faz azem em um trrân nsi s to o mel elho hor. ho r. r.

Um caminhão feito para agradar motoristas, frotistas e economistas.

O Volvo VM é um caminhão econômico, confortável, resistente, com baixo custo operacional e sempre disponível para o trabalho. O semipesado da Volvo vem com a caixa de câmbio I-Shift, que faz trocas de marcha rápidas e precisas, garantindo o baixo consumo de combustível e evitando o desgaste de peças. Disponível também nas versões 8x2 e 8x4 de fábrica. Volvo VM I-Shift. É assim que todo caminhão deveria ser.


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