Transporte Mundial 210

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SPR MA T ANO 21 Nº 210

FROTA SUCATEADA!

VW CONSTELLATION Versão Euro 6 traz avanços para garantir liderança no segmento de semipesados

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Nº 210

• TESTE: VW CONSTELLATION 26-320 • COMPARATIVO 6X2: MB ACCELO 1317 X VW DELIVERY 13180 • LANÇAMENTO: FORD TRANSIT CHASSI-CABINE • ÔNIBUS: VOLVO BZL ELÉTRICO

TESTE

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COMPARATIVO

Médios 6x2: MB Accelo 1317 vs. VW 13.180

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LANÇAMENTO Chegou o Ford Transit chassi-cabine

ESPECIAL Caminhões e furgões elétricos e a gás

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SUMÁRIO

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TESTE

ÔNIBUS

Volkswagen Constellation 26.320

Volvo BZL elétrico

LANÇAMENTO

E MAIS

Ford Transit chassi-cabine

Hidrogênio

Modelo foi preparado se manter na liderança..12

Nova versão amplia oferta de comerciais....... 20

COMPARATIVO

MB Accelo 1317 x VW Delivery 13.180 Dois médios de peso na distribuição urbana..24

Montadora estreia modelo em Curitiba..........46

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@revista_tm As principais notícias atualizadas pelos jornalistas da TM, direto da redação.

Caminhão Mercedes roda mais 1000 km......23

Seminovos

Valorização após três anos de supera 50%....32

Renovação de frota

Modelos com mais de 20 viram sucata.........36

Elétricos no mercado

SEÇÕES PLANETA TRUCK....................... 6 RANKING.................................. 50

Conheça os modelos disponíveis no Brasil.... 40

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EDITORIAL

Redução de emissões é processo demorado

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aminhão moderno, eficiente, livre de emissões de CO2 e de ruídos, é um bom negócio, porém pagar por tudo isso é que são elas. Haja vista os reajustes aplicados aos modelos Euro 6. A tecnologia para atender a legislação ambiental elevou os preços entre 20% e 30% e trouxe de carona a retração das vendas dos novos modelos nos primeiros meses do ano. As montadoras já previam esse movimento, e assim seguiu até acabar a oferta de Euro 5. Essa lógica já havia acontecido na virada do Euro 3 para Euro 5, no início de 2012, mas eram tempos menos difíceis, de licenciamento de quase 140 mil caminhões, antes da recessão da economia e da pandemia da covid-19. Entre janeiro e agosto deste ano, o acumulado de emplacamentos atingiu 70,2 mil caminhões, menos 14%% em relação aos 81,6 alcançados no mesmo período de 2022. No entanto, ciclos de altos e baixos já deixaram de ser novidade para o transportador brasileiro e a indústria. De certo modo, o salto de preço dos Euro 5 para os Euro 6 sinaliza que essa conta está paga, ao menos para próximos anos. No entanto, apesar de todas as vantagens ambientais e econômicas, fica a expectativa em relação ao gás e aos elétricos, pois nesses casos a falta de infraestrutura de abastecimento adequada leva muita gente a esperar um pouco mais. O lado bom é que, aos poucos e ao seu tempo, a situação vai se ajeitando, pois é certo que soluções para uma frota de veículos rodoviários de carga e de passageiros mais limpa sempre virão, principalmente no Brasil diante da disponibilidade de outros recursos. Aliás, vale citar que na Europa, onde o Euro 6 vigora desde setembro de 2014, os caminhões em circulação anteriores à essa norma representam ¾ do total da frota da União Europeia. Outro ponto a ser observado é que o Euro 7,ainda em discussão, na forma proposta para o continente teria redução de 2% em relação ao Euro 6, um impacto pouco perceptível, porém com aumento custo que pode desacelerar a renovação da frota.

/transportemundialbrasil @revista_tm @transportemundial /transportemundial DIRETOR Edson Pereira Coelho REDAÇÃO redacao@transportemundial.com.br Editor João Geraldo (MTB 16.954) Colaboração Andrea Ramos, Daniela Giopato e Marcos Villela ARTE arte@ggmidia.com.br Editor Pedro Hiraoka DIGITAL Alexis Coelho Eduardo Arpassy COMERCIAL comercial@ggmidia.com.bistr Erika Nardozza Coleta Eurico Alves de Assis Nilcéia Rocha ADMINISTRAÇÃO Ed Wilson Furlan Juliana Vieira DISTRIBUIÇÃO GG Editora de Publicações Técnicas Ltda. Ricardo Lúcio Martins Rute Rollo ASSINATURA www.ggmidia.com.br assinatura@transportemundial.com.br (11) 97362-0875

EDIÇÃO Nº 210

Publicação de: GG Editora de Publicações Técnicas Ltda. Rua Palacete das Águias, 395 - Vila Alexandria CEP 04635-021 - São Paulo - SP Tel. 55 (11) 91442-4482 É proibida a reprodução total ou parcial de textos e fotos desta edição sem prévia autorização. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da revista Transporte Mundial. Impressão e Acabamento: Grafilar Distribuição em todo o Brasil: RAC Mídia (11) 98145-7822 – contato@racmidia.com.br

João Geraldo Editor

joaogeraldo@ggmidia.com.br

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OS 50 ANOS DA VIPAL

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1 Posto de gasolina que Vicencio Paludo atuou como sócio, em 1960 2 Lote de pneus adquiridos para reforma em 1964 (Vicencio Paludo em pé) 3 Aquisição de máquinas para reforma de pneus, em 1964 4 Primeira fábrica da Vipal em Nova Prata, no ano de 1974 5 Unidade dos Estados Unidos, no estado do Tennessee 6 Fábrica na Argentina 7 Unidade de Lagoa Santa (MG) 8 Fábrica 1 da Vipal, em Nova Prata (RS) 9 Fábrica 2, em Nova Prata (RS) 10 Fábrica em Feira de Santana (BA). As seis unidades juntas tem capacidade instalada de processar 20 mil toneladas/mês

jornada da Borrachas Vipal começou em 1973 na cidade de Nova Prata, na Serra Gaúcha, pelas mãos de seu fundador Vicencio Paludo. Hoje, após cinco décadas de atividades, o conglomerado de empresas formado pela Vipal é constituído por três fábricas no Brasil (Nova Prata/ RS, Feira de Santana/BA e Lagoa Santa/ MG), uma na Argentina e outra nos Estados Unidos, o maior mercado mundial do setor de reforma de pneus. A Vipal tem 15 centros de distribuição e de atendimento em mais de 90 países. As unidades do grupo têm capacidade instalada juntas para processar mensalmente mais de 20 mil toneladas de borracha. Trata-se de um dos maiores fabricantes mundiais de borracha do segmento e líder em reformas de pneus na América do Sul, com uma rede formada por mais de 250 reformadores autorizados. Arlindo Paludo, filho mais velho do fundador e hoje com 76 anos de idade, se emociona ao lembrar de uma pequena empresa que começou a operar oficialmente em 1973 e que se tornou uma das mais importantes fabricantes mundiais de borracha, além de ser referência no segmento. “Nascemos com o objetivo de estar junto dos nossos clientes e parceiros, oferecendo as melhores soluções para gerar economia e alto desempenho para as empresas através da reforma de pneus”, diz. Segundo a Associação Brasileira Reforma de Pneus (ABR), o Brasil é o segundo maior mercado mundial de reformas de pneus, atrás apenas dos EUA. São 7 milhões de pneus reformados por ano no País. Arlindo Paludo acrescenta que o crescimento da Vipal tem como base a busca contínua pela inovação, um trabalho de equipe e de muita determinação. “Esse reconhecimento atesta o diferencial dos nossos pneus, nos coloca em outro patamar junto a líderes globais”, complementa Renan Patricio Lima, CEO companhia. A Borrachas Vipal iniciou em 2023 uma parceria a Honda e passou a ser fornecedora oficial de pneus para alguns modelos de motocicletas da empresa. Desde junho, a Honda CG 160 Fan é o primeiro modelo produzido com pneus Vipal como item original de fábrica. A motocicleta receberá os pneus Street ST600 80/100-18 (dianteiro) e Street ST600 90/90-18 (traseiro), ambos sem câmara.

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PRODUÇÃO ACELERADA DE ELÉTRICOS FÁBRICA NA BÉLGICA Unidade da Volvo em Ghent é quarta do Grupo a atuar na produção de caminhões elétricos para até 44 ton toneladas de Peso Bruto

Com capacidade de produção de 45 mil caminhões por ano, aproximadamente, a fábrica da Volvo localizada em Ghent (Bélgica) começou a montar em série os modelos FH, FM e FMX Electric. Assim, os veículos pesados da marca 100% elétricos, com capacidade para 44 tonelada de Peso Bruto total, passaram a ser fabricados em quatro plantas da Volvo Trucks, sendo três na Europa e uma na América do Norte, nos Estados Unidos. Em Ghent, os caminhões elétricos são montados na mesma plataforma e linha dos modelos movidos a diesel. As baterias elétricas são fornecidas pela recém-inaugurada fábrica de montagem de baterias localizada ao lado da linha de produção da Volvo. O Grupo Volvo Trucks começou a produzir caminhões elétricos a bateria em 2019, na fábrica de Blainville (França). Os primeiros modelos foram projetados para atender a coleta de resíduos e distribuição urbana. No ano seguinte, iníciou a produção em série do

VNR Eletric, na unidade de New River Valley (Estados Unidos). O modelo é projetado para o transporte regional. Em 2022, a fábrica de Tuve (Suécia), também começou a montagem em série de caminhões pesados elétricos. O presidente da Volvo Trucks, Roger Alm, disse que poucos anos atrás muitos achavam que era impossível eletrificar o transporte pesado de caminhões. Porém agora a Volvo oferece uma gama de caminhões a bateria construídos em operação comercial em várias partes do mundo. “Desde cedo decidimos que a eletrificação é o nosso principal caminho para emissões zero. Agora podemos oferecer uma gama de caminhões elétricos construídos especificamente para esse fim, em operação comercial em todo o mundo”, complementa Roger Alm. Até meados deste ano, a Volvo Trucks recebeu encomendas de cerca de 6 000 camiões elétricos em 42 países em seis continentes. Esse volume inclui cartas de intenção de compra.

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ATTIVI NA CAPITAL DE SÃO PA

CHASSI INTEGRAL Ônibus da Marcopolo pode ter até 13 metros e motor elétrico de potência de 350 Kw, torque de 3.300 Nm e autonomia entre 250 e 280 Km

N

o final de setembro, a Marcopolo ainda aguardava a finalização do processo de homologação dos ônibus 100% elétricos Attivi Integral pela SPTrans, pela empresa responsável pela gestão do sistema de transporte por ônibus da cidade São Paulo. “O modelo já havia sido homologado em âmbito nacional, mas cada município tem uma legislação diferente, o que exige a adequação à norma de cada cidade”, explica Luciano Resner, diretor de Operações Industriais e Engenharia da Marcopolo. O processo de homologação da SPTrans inclui os modelos elétricos Marcopolo das versões eBásico e ePadron. A previsão da Marcopolo é ter a conclusão na primeira quinzena de outubro, após a finalização da reforma dos postos de recarga das baterias na garagem base na zona Sul da cidade de São Paulo, onde o operador de ônibus elétrico atua. É também a rota padrão para as homologações de todos os ônibus elétricos que pleiteiam serem aprovados para atender ao transporte público da capital paulista. O procedimento de homologação envolve basicamente quatro testes: desempenho operacional, desempenho energético, segu-

rança de frenagem e direção, e o consumo e regeneração da bateria. A fabricante de ônibus gaúcha destaca que se trata de um longo e rigoroso processo que consiste em basicamente quatro grandes etapas. Requisitos da carroceria: altura de degrau de acesso, largura de corredor, altura do teto interno, abertura de portas, identificações visuais diversas, iluminação, itens de segurança, dentre vários outros requisitos do caderno de encargos do administrador de São Paulo.

Avaliações dinâmicas de veículo completo: raio de giro, dirigibilidade, manobrabilidades e esterçamento dentre outros;

Desempenho de subida de rampas de 5%,

12% e 17% com a lotação máxima, testes de frenagens, testes de aceleração e de freio motor; Avaliação de autonomia da bateria: nas condições de 100%, 75% e 50% de lotação de passageiros na rota padrão.

Antes de serem enviados à SPTrans, os ônibus passaram por rígida inspeção técnica estática na fábrica, em Caxias do Sul, com as adequações já implementadas. “Nossa ex-

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ÃO PAULO CUIDADOS Ônibus passaram por rígida inspeção técnica na fábrica

pectativa é que os operadores possam adquirir e colocar em operação o Attivi Integral ainda no último trimestre desse ano”, diz Luciano Resner. Ainda de acordo com o executivo da Marcopolo, é muito importante a homologação pela SPTrans, pois ela é uma referência nacional para diversas outras cidades. O modelo Attivi Integral, que pode ter até 13 metros de comprimento total, possui chassi Low Entry, equipado com motor elétrico de potência máxima de 350 kW e torque de 3.300 Nm, eixos dianteiro e traseiro ZF, suspensão a ar, e baterias com capacidade de 396 kWh e autonomia entre 250 e 280 km, dependendo das condições de utilização. Os veículos dispõem de carregadores USB, sistemas de ar-condicionado incorporado ao sistema de refrigeração das baterias, áudio interno, com preparação para a instalação do microfone, e sistema de câmera de ré com sirene e monitor no painel do motorista, além de câmera interna de segurança com gravação. Contam também com espaço reservado para PCD e assentos preferenciais, iluminação interna toda em LED, faróis e sinaleiras traseiras em LED e cabine de separação para o motorista.

POSTO DE COMANDO Painel envolvente facilita trabalho do motorista

TODOS OS PÚBLICOS Modelo conta com espaço reservado para PCD transporte mundial 11

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TESTE SEMIPESADO Volkswagen Constellation 26-320

EVOLUÇÃO DE UM L O caminhão VW Constellation 26-320 é a evolução mais bem equipada e 8% mais econômica do antecessor 24-280, um dos semipesados mais vendidos do País Texto

Andrea Ramos

A

vendas dos caminhões com tecnologias Euro 6 finalmente começaram avançar. Especialmente os modelos semipesados. Até o mês de agosto, 40% dos emplacamentos de caminhões eram de modelos Euro 5. Isso ocorreu porque, para garantir a saúde do negócio, as concessionárias mantiveram altos os estoques de veículos Euro 5. Afinal, a chegada da nova tecnologia encareceu os caminhões entre 20% e 30%. Seja como for, com o fim dos estoques de Euro 5, o Constellation 26-320 6x2, sucessor do Constellation 24-280, começa a aparecer como a aposta da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) no segmento. Assim como ocorreu em todo o mercado, o representante da VWCO chega mais rebuscado, com motor mais potente, mais econômico e com menor índice de emissões.

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TESTE SEMIPESADO Volkswagen Constellation 26-320

MELHORIAS A BORDO Alavanca de trocas de marchas foi posicionada na coluna de direção. A mudança garantiu mais espaço de circulação no interior da cabine

Mas além do trem de força renovado, trazendo mais potência e torque, a nomenclatura também foi renovada. Dessa forma, o 26 significa que o caminhão ganhou 1,5 t a mais de capacidade técnica frente ao antecessor 24-280. Ou seja, seu PBT técnico passa a ser de 25,6 t. Por legislação o PBT homologado permanece 23 t. O aumento da capacidade técnica ocorreu graças à nova suspensão parabólica. Ou seja, além de ajudar com um rodar mais suave, ajuda no conforto a bordo ao motorista. Além disso, a suspensão de cabine conta com amortecimento a mola nos quatro pontos. O chassi de dupla longarina foi mantido. Dessa forma, o veículo tem mais robustez, sobretudo, para receber um segundo eixo direcional. A prática é comum entre os compradores do modelo.

O motor é mais valente

Nesse sentido, embaixo do túnel do motor, quem manda é o MAN D08. O seis-cilindros em linha de 7 litros recebeu o sistema SCR para atender ao Euro 6. Dessa forma, agora passa a exigir o reagente químico Arla 32.

Além disso, para garantir redução do nível de fumaça, o sistema ainda conta com o catalisador de oxidação de diesel (DOC). Bem como o filtro de material particulado (DPF). Em termos de performance, o motor desenvolve potência de 320 cv. Ou seja, frente ao antecessor, o caminhão rígido ganhou 40 cv a mais. Do mesmo modo, o torque aumentou em 13%. Saindo de 107 mkgf para 122,4 mkgf desenvolvidos entre 1.200 e 1.700 rpm.

Constellation ganha ZF Traxon

Outra novidade no semipesado é a transmissão ZF Traxon. Uma das mais modernas do mercado, a caixa automatizada de 12 velocidades tem algumas inteligências embarcadas. O que torna a operação mais dinâmica para o motorista. A começar pelos modos de direção. Entre eles o Eco Roll, sistema que auxilia o veículo a aproveitar melhor a inércia de forma segura. Por exemplo, quando o caminhão está em boa velocidade e o GPS enxerga que ele pode rodar no modo neutro, automaticamente a marcha é desabilitada. O ganho é o consumo zero de diesel.

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ta que ajuda a melhorar a performance. Ou seja, quando o motorista pisa fundo no acelerador, a caixa entende que precisa reduzir a marcha. Então, o giro do motor aumenta para obter melhor performance. A solução ajuda o caminhão a vencer uma subida com mais agilidade ou mesmo fazer uma ultrapassagem. O sistema de saída em rampa também está presente na Traxon. Ele segura o veículo por até 3 segundos, sem que ele desça durante o tempo entre tirar o pé do pedal do freio para o acelerador.

Além disso, a caixa ainda conta com o modo manobra. Como o nome propõe, ele limita o torque quando o motorista está fazendo manobras. Isso porque geralmente nesse momento de manobras dentro do pátio há muitas trocas de marchas e pisadas desnecessárias no pedal do acelerador. Mas nesse modo, a rotação é regulada, assim como a modulação da embreagem. Evitando o alto consumo de diesel. Por fim, há ainda o kick-down, ferramen-

PAINEL E TELEMETRIA Painel de instrumentos reúne mais de 70 funções; caminhão é vendido com plataforma RIO de telemetria

Mais recursos presentes no novo semipesado VW

A VWCO também promoveu melhorias a bordo do Constellation 26-320. Agora, a alavanca de troca de marchas foi posicionada na coluna de direção. Do mesmo modo, no local, o condutor aciona o freio-motor.

Dessa forma, o condutor tem mais espaço para circular a bordo do habitáculo. Vale lembrar que na geração anterior, a caixa seletora do câmbio ocupava o espaço central. Ou seja, entre o banco do motorista e o túnel do motor. Contudo, vale ressaltar transporte mundial 15

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TESTE SEMIPESADO Volkswagen Constellation 26-320

TRUCADO ROBUSTO Combinação do motor com a caixa de câmbio ZF Traxon deixou o semipesado 6x2 da Volkswagen mais robusto

que se o cliente optar pela transmissão manual, também ZF, mas de 9 marchas, o câmbio fica posicionado no assoalho. No entanto, de acordo com a engenharia da Volks Caminhões, 90% das vendas do Constellation são com a caixa automatizada. Nossa avaliação ocorreu a bordo do pacote Prime, o mais topo de linha. Dessa forma, traz de série volante multifuncional, rádio com bluetooth, trio-elétrico, ar condicionado e novo banco produzido de couro sintético com cinto de segurança integrado. O caminhão ainda está mais moderno e seguro. Nesse sentido, o Constellation ganhou um cluster com desenho e grafia renovados. Ele conta com mais de 70 funções que podem ser personalizadas de acordo com o interesse do cliente. Como segurança, de série o veículo conta com controle eletrônico de estabilidade, por força de lei. Há ainda o controle de tração, que impede o caminhão de patinar em caso de perda de aderência dos pneus no solo. Além dos freios ABS e EBD. Vale lembrar que o Volkswagen Constellation é vendido com a plataforma RIO de telemetria. Por meio desse sistema o cliente acessa to-

das informações de performance do caminhão e do condutor. E se aliar aos programas de manutenção, obtém informações sobre a hora que deve parar, ou mesmo dados sobre falhas ou ocorrências. Com esse sistema ativado, o frotista tem garantia de acessos remotos da equipe de técnicos da rede, entre outras vantagens de forma rápida. Seja como for, se juntar esses serviços, mais o trem de força renovado para atender a Euro 6, a engenharia da VWCO garante redução de consumo de diesel em cerca de 10%. Vale lembrar que 8% da economia são garantidos pelo motor e caixa renovados.

No teste

O Fato é que a atual versão do caminhão trucado é mais robusta. Isso graças à combinação do motor com a caixa. A transmissão ZF Traxon, além de responder rapidamente às solicitações do pedal, trabalha de modo progressivo quando necessário. Por exemplo, quando saímos do pedágio na rodovia Carvalho Pinto, em São Paulo, o caminhão não pulou marcha, até alcançar a velocidade de cruzeiro.

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O sistema trabalha dessa forma quando o caminhão está carregado. Na nossa avaliação, o caminhão estava com 16.300 kg de carga. Assim preserva o componente, evitando força desnecessária. Além disso, o recurso evita o consumo de diesel desnecessário. Contudo, quando o caminhão roda vazio, a caixa pula marcha conforme velocidade e inclinação da pista. Percorremos boa parte do trajeto utilizando o piloto automático. Até para entender o comportamento dinâmico do veículo. Outra parte, o instrutor técnico da VWCO, Alexandre Luciano tocou a máquina. Assim conseguimos analisar a ferramenta que avalia o motorista. Esse sistema contabiliza acelerações e frenagens feitas. Ou seja, quanto mais o motorista freia ou acelera de forma desnecessária, mais ele perde pontos. A nota é dada em porcentagem. Ou seja, na primeira parte do trajeto, pelo Rodoanel e Carvalho Pinto, até a região de Guararema, Luciano rodou apenas com o piloto automático. Assim, calculou a velocidade máxima da rodovia de 80 km/h. Deixando para o caminhão “fazer” o resto.

De fato, o piloto automático faz seus ajustes conforme velocidade e distância que deve ser mantida. Assim como faz a frenagem do veículo conforme a necessidade por meio do freio-motor. Por isso, suas ações são mais assertivas. Dessa forma, a 60 km/h em 11ª marcha, a rotação não passa de 1.200 rpm. Chegando a 1.300 rpm quando o veículo alcançava os 80 km/h em 12ª marcha. Quando Luciano assumiu a condução, tinha como vantagem o uso do Eco Roll. Algo que não é habilitado quando o piloto automático entra em ação. Dessa forma, o instrutor da VW teve a vantagem de aproveitar mais a inércia. Dessa forma, o sistema que avalia a condução relatou que Luciano apresentou 98% de aproveitamento tanto em frenagens como em acelerações. E usou em 100% os recursos da transmissão automatizada. Em contrapartida, enquanto o piloto automático fez uso 100% das frenagens e acelerações, na transmissão o uso foi inferior, de 95%. Por causa desse equilíbrio de saber usar todos os recursos do veículo, nossa viagem de 176 km consumiu 42 litros de diesel. Portanto, resultando na média de 4,2 km/l.

TOPO DE LINHA Modelo com Pacote Prime reúne uma série de itens de conforto e de segurança que tornam o caminhão mais moderno

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TESTE SEMIPESADO Volkswagen Constellation 26-320 FICHA TÉCNICA VW CONSTELLATION 26.320 6X2

Medidas (mm) A Solo ao climatizador

........

2.847

E Alt. interna (-túnel)

...............

1.820

B Alt. interna cabine

.................

2.000

F Dist. banco vidro

.........................

-

C Alt. piso cabine solo

........

847

G Alt. túnel motor

................................

-

D Solo ao 1º degrau

....................

147

H Dist. cama teto

-

.................................

I Dist. cama beliche

................

Q

NA

O

4.800-5.207

J Entre-eixos

....................................................

H E B

F

A G

I

M

-

K Dist. banco ao pedal L Larg. externa cabine

.....

2.507

M Larg. interna cabine

........

2.000

N Larg. piso (túnel)

........................

-

O Compr. da cama

.........................

1.990

P Largura da cama

.......................

660

Q Largura assento

............................

-

C

L

N

P

K

J D

Dados de fábrica MODELO Motor Tipo Cilindrada Potência máxima Torque máximo Tecnologia de emissão Compressão Potência específica

Medições D0836LF17 6 cilindros 6.870cm³ 315cv@2.200rpm 1.200@1.200-1.700 SCR Não informado Não informado

TRANSMISSÃO Caixa de mudanças Manual 9S 1310 TD - 9 marchas Automatizada 12TX2420 TD – 12 marchas Embreagem Monodisco a seco - 395mm Eixo traseiro motriz MS 23.155 (simples) Eixo dianteiro/marca Não informado SUSPENSÃO Dianteira Traseira

Molas parabólica Molas semi-elípticas assimétricas trapezoidais

FREIOS Serviço DIREÇÃO Tipo Raio de giro entre paredes (mm) RODAS Aro Pneus

Tambor, pneumático Não informado Não informado 22,5” 275/80

VOLUMES DE ABASTECIMENTO Tanques de combustível (litros) Óleo no cárter (c/ filtro) Tanque de Arla (litros) Sistema de arrefecimento

EE 3.170mm -

PESOS Peso em ordem de marcha cabine estendida (kg) PBTC homologado (kg) CMT (kg)

7.262 7.335 23.000 35.00060.000

Fabricante Volkswagen caminhões e ônibus Rua Volkswagen, 100 Polo Industrial, Resende-RJ CEP 27537-803

Consumo

RUÍDO INTERNO

dBa

Ponto morto 60 km/h 11ª marcha 80 km/h 12ª marcha

60 64 67

Medição no computador

Distância percorrida (em km)

Diesel consumido (em litros)

(em km/l)

176

42

4,2

Preço

Manutenção (R$) Disco de embreagem R$ 1.666,06 Platô de embreagem R$ 1.621,95 Tambor freio diant. (1 peça) R$ 1.134,48 Tambor freio traseiro (1 peça) R$ 1.134,48 Lona de freio dianteiro (jogo) R$ 234,68 Lona de freio traseiro (jogo) R$ 237,26 Filtro de ar R$ 131,68 Filtro de óleo R$182,35 Preços de tabela

Média

R$ 810.000

Equipamentos Ar-Condicionado Trio-elétrico Banco do motorista com suspensão a ar Climatizador Espelho retrovisor elétrico (lado direito) Espelhos retrovisores para o meio-fio Travas elétricas Vidro elétrico (motorista e passageiro)

Série Série Série Série Série Série Série Série

CONCLUSÃO por ANDREA RAMOS, Jornalista colaboradora da TRANSPORTE MUNDIAL

D

esde o seu lançamento lá em meados de 2005, ainda Euro 3 como Constellation 24.250, o caminhão rapidamente conquistou o mercado. Por anos foi líder de mercado. Afinal, mecânica conhecida, construção simples e robusta são itens que atrai o cliente. Geralmente pequenos frotistas. Ademais, por causa desses atributos, o modelo tem bom valor de revenda. É muito procurado por motoristas autônomos que comumente colocam um segundo eixo, transformando o caminhão em um 8x2. Por essa razão, o VW Constellation 26-320 tem todos os predicados para conquistar o mercado. Ainda mais porque chega mais moderno, com mais recursos, deixando clara a sua evolução.

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O CONCORRENTE: VOLVO VM 290

VM 290, O RIVAL MAIS VENDIDO

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SEMIPESADO DA VOLVO O VM 290, sucessor do VM 270, deverá seguir na condição de rival do Volkswagen entre os caminhões ofertados no segmento de semipesados

Cabine Curta / Leito / City: Curta Entre-eixos (mm) 3650 / 5150 / 5900 / City: 3650 / 5150 Motor 290 6x2 / City 6x2 7.700 cm³, 6 cilindros em linha, 290 cv a 1.900 rpm, 1.050 Nm de 1.000 a 1.700 rpm Caixa de mudança Manual 9 marchas/ Automatizada I-Shift 12 marchas / City: manual 9 marchas Suspensão dianteira Molas parabólicas Suspensão traseira Semielípticas Freios principais Ar comprimido de duplo circuito (Z-CAM), a tambor em todas as rodas com ABS e EBS Freio-motor Borboleta de 210 cv ou VEB de 300 cv / City: 210 cv Peso em ordem de marcha (kg) 290 cv-6x2: 7.036-7.343 / City: 7.123-7.343 PBT técnico (kg) 24.700 (6x2) CMT (kg) 35.000 (6x2)

uando as vendas de caminhões Euro 6 começarem a aparecer no ranking de vendas, as primeiras e segundas colocações no ranking dos semipesados devem ser as mesmas. Ou seja, Volvo VM e Constellation 26320. A afirmação é com base no desempenho de vendas dos antecessores Euro 5, Volkswagen 24-280 e Volvo VM 270. Desde o início do ano até agosto, ambos ocupam primeira e segunda colocações nos emplacamentos até o mês de agosto. Isso ocorre porque, com a chegada dos caminhões Euro 6, junto com o aumento de preço, as fabricantes produziram mais caminhões Euro 5. Assim, garantindo o estoque nos concessionários. Seja como for, com base no desempenho dos últimos meses, o novo Volvo VM City Euro 6 sai com certa vantagem neste ano. Sendo o mais vendido do segmento na versão 270 cv Euro 5. Agora, renovado, assim como o representante da Volkswagen, a briga pela liderança nas vendas deve continuar. Para isso, o VM 290 Euro 6 conta com 20 cv a mais de potência e torque de 107 mkgf. Além disso, pode ser oferecido nas versões 4x2 e 6x2. De qualquer forma, uma opção para aplicações urbanas e rodoviárias de curtas distâncias. Com sua menor tara, partindo de 7.036 kg, também consegue fornecer um significativo aumento de produtividade. Já que é possível colocar mais carga. O que se traduz em rentabilidade. Aliás, nesse quesito, dá quase empate técnico. Porque essa tara do VM é na versão com cabine curta. No Constellation 26-320 a tara parte de 7.100 kg, mas na cabine estendida, que é um pouco maior. Seja como for, o VM é equipado com câmbio manual de nove marchas e eixo traseiro com simples velocidade. Além disso, conta com duas opções de entre‑eixos, 3.650 mm e 5.150 mm, para atender às mais diversas configurações de implementos. Por outro lado, o VM 290 pode receber a caixa automatizada I-Shift de 12 velocidades.

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LANÇAMENTO CHASSI-CABINE Ford Transit

Fotos Divulgação

O CHASSI QUE FAL T

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L TAVA NA FAMÍLIA Modelo da Ford chega ao Brasil nas opções para 3,5 e 5,0 toneladas de PBT. A empresa aposta nos diferenciais de seu produto para se sobressair diante de concorrentes com produtos já consolidados no mercado Texto

João Geraldo

A

Ford comemorou em setembro dois anos do retorno da Transit ao Brasil para competir no segmento de veículos comerciais leves na faixa de 3,5 a 5,0 toneladas de PBT. Desde 2021, a empresa tem trabalhado com o foco na conquista de uma expressiva fatia de vendas neste nicho de mercado estimado atualmente em 40 mil unidades/ano. A estratégia em curso da Ford é a diversificação da oferta da Transit a partir de um único produto. Em março deste ano, a empresa lançou a opção com transmissão automática de 10 velocidades; e agora em setembro a família Transit foi ampliada com o lançamento da versão chassi-cabine. Resta à empresa o lançamento oficial da E-Transit 100% elétrica, em testes há meses com frotistas e também em demonstração para clientes no Campo de Provas da Ford em Tatui, no interior Paulista. A Transit Chassi conta com o mesmo motor dos demais modelos da família: diesel 2.0 de quatro válvulas por cilindro e potência de 165cv a 3.500rpm e torque de 39,7 Kgfm na faixa de 1.750 a 2.750rpm, além da tração no eixo traseiro. No entanto, a nova opção da família Transit é dispo-

nibilizada somente com transmissão mecânica de 6 velocidades. O modelo conta com duas versões homologadas, ambas com PBT técnico de 4,7 toneladas. A opção para 3,5 toneladas de PBT tem capacidade de carga útil de 1.401Kg e pode ser conduzida por motoristas com CNH B. A 4,7 toneladas de PBT, por sua vez, carrega até 2.601Kg e neste caso o condutor precisa ser habilitado na categoria C. As duas são disponibilizadas nas versões longa (6.165mm) e curta (6.665mm) e com rodado duplo no eixo traseiro e freio a disco nas quatro rodas. Outras diferenciais do produto, segundo a Fod, estão na estrutura do chassi com conceito monobloco e longarinas de aço de alta resistência reforçadas, além de capacidade torcional e balanço traseiro ajustável para a instalação de diferentes implementos.

TREM DE FORÇA A versão chassi-cabine tem o mesmo motor família Transit, mas é disponível só com caixa manual

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LANÇAMENTO CHASSI-CABINE Ford Transit

DUAS OPÇÕES DE PESO A Transit chassi-cabine é homologada para 3,5 e 4,7 toneladas de PBT, ambas nas versões curta e longa

A Ford destaca que a cabine modular com liga aço de alta resistência oferece o mesmo nível de segurança encontrado na versão para pssageirosTransit Minibus. A nova opção da família Transit sai de fábrica pronta para atender demandas do mercado a partir de implementos como baú, carroceria carga seca e plataforma, entre outros tipos de aplicações. Para os casos de haver necessidade de modificações do veículo, o serviço pode ser realizado por empresas aprovadas pela Ford e com acompanhamento da engenharia. O modelo chassi-cabine da Ford chegou para disputar espaço em um nicho de mercado onde os concorrentes para até 3,5 toneladas de PBT são o Volkswagen Express, o Iveco Daily 35-160 e o Mercedes-Benz

Sprinter 315 Street. Na faixa de até 5 toneladas de PBT os adversários são o Iveco Daily 45-160 e a Sprinter 517 CDI. Entre outros quesitos, a Ford destaca a maior potência do motor e a conectividade de fábrica como os maiores diferenciais da linha Transit em relação aos principais concorrentes. A Transit chassi-cabine conta com a estrutura Ford Pro, o serviço global para atendimento de veículos comerciais da marca. Essa modalidade chegou ao Brasil em março deste ano. A linha Transit disponibilizada no mercado brasileiro e em outros paísesda América do Sul é produzida no Uruguai desde 2021. A Ford investiu U$ 50 milhões na parceria com a Nordex, empresa em operação desde 1962 que produz também veículos da Citroën, Peugeot e Kia.

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COMBUSTÍVEIS HIDROGÊNIO LÍQUIDO

Fotos Divulgação

OPERAÇÃO SEM EMISSÕES

Caminhão Mercedes-Benz abastecido com hidrogênio líquido rodou mais de 1000km. Solução é considerada para rotas de longas distâncias Texto

João Geraldo

O

protótipo de um caminhão Mercedes-Benz rodou 1.047 quilômetros abastecido com um tanque apenas de hidrogênio líquido. A rota percorrida em território alemão teve início dia 25 de setembro à tarde na cidade Wörth am Rhein e terminou na manhã seguinte em Berlim. Um primeiro teste público do Mercedes-Benz GenH2, ocorrido em janeiro desse, foi cruzar o Passo do Brenner, uma das principais vias de escoamento de mercadorias da Europa, por onde trafegam cerca de 2,5 milhões de caminhão por ano, em pistas a 1.370 metros de altitude. Totalmente abastecido e com 40 toneladas de PBT, nesta segunda jornada o veículo cumpriu o percurso sem qualquer emissão de CO2. Em condições normais de operação do caminhão, a distância percorrida foi inspecionada pela TÜV Rheinland, órgão alemão de certificação de veículos e

tecnologias. O hidrogênio é a solução vista atualmente pelos fabricantes de caminhões a mais viável para o transporte rodoviário de longa distância. O Mercedes-Benz GenH2 foi apresentado ao público em setembro de 2022 durante o Salão Internacional do Transporte (IAA) realizado em Hannover (Alemanha) com autonomia de 1.000quilÔmetros com dois tanques de 40 litros de hidrogênio líquido. Os primeiros protótipos de caminhão Mercedes-Benz movidos a hidrogênio estão sendo submetidos a testes desde 2021. A aposta do Grupo Daimler Truck nesta solução para o transporte de longa distância culminou em uma joint venture com o Grupo Volvo na construção de uma fábrica para a produção de células de combustível, a maior da Europa. O objetivo é iniciar em 2025 as vendas de veículos pesados com movidos a hidrogênio líquido. transporte mundial 23

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COMPARATIVO MÉDIOS 6X2 MB Accelo 1317 vs. VW Express 13.180

LEVES SOMENTE N

O Volkswagen Delivery 13.180 e o Mercedes-Benz Accelo 1317, concorrentes de peso com terceiro eixo auxiliar e capacidade de 13 toneladas PBT, se destacam nas operações de distribuição de diferentes tipos de cargas em centros urbanos

itros m kgf) de m

4

2 litros pm mkgf) de m

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E NA APARÊNCIA Texto

Marcos Villela

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ara atividades urbanas que exigem caminhões com características de VUC (Veículo Urbano de Carga) e capazes de transportar cargas pesadas, a indústria brasileira oferece duas opções de destaque: o Mercedes-Benz Accelo 1317 6x2 e o VW Dlivery 13.180 6x2. Esses modelos são ideais para o transporte de bebidas, combustíveis, líquidos em geral e outros materiais que demandam maior capacidade de carga por m². Com esses caminhões, você pode realizar entregas rápidas e eficientes na cidade, sem renunciar ao conforto e segurança. Apesar do PBT legal de 13.000 toneladas, a Lei da Balança, conforme as últimas resoluções, permitem que transportem cargas até o limite do PBT técnico. No entanto, vale lembrar que uti-

lizar o veículo constantemente no limite de sua capacidade acelera o seu desgaste e os custos de manutenção. Na busca incessante por qualidade, desempenho e conforto, os empresários do setor de transporte enfrentam a difícil decisão de escolher o veículo certo para suas operações. Por isso colocamos frente a frente neste comparativo técnico da categoria de 13.000 kg de PBT legal esses dois concorrentes de peso.

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COMPARATIVO MÉDIOS 6X2 MB Accelo 1317 vs. VW Express 13.180

As cabines e os equipamentos

Mesmo sendo mais antiga, a cabine do Mercedes-Benz recebeu aperfeiçoamentos ao longo das duas últimas décadas, incluindo a opção da versão estendida, com mais espaço atrás dos bancos para mochilas e outros objetos. O VW Delivery, com uma cabine mais moderna em design, conta com a cabine curta.

Os motores

Os motores apresentam características bastante diferentes. O MB OM 924 LA Euro 6 foi PAINEL ANALÓGICO Tanto o Accelo quanto Delivery contam com paineís de instrumentos analógicos e com todas as informações necessárias ao motorista

ITENS DE SÉRIE E OPCIONAIS

MERCEDES-BENZ ACCELO 1317 6X2

De série

Banco basculável e com mesa para trabalho, sensor do cinto de segurança, computador de bordo, EcoSupport – feedback de condução do motorista console no teto, preparação para rádio e cobertura de degraus Opções de cabine Curta e Estendida Opcionais Vidros com acionamento elétrico, espelhos com regulagem e elétrica, ar-condicionado, câmbio automatizado, piloto automático e rádio

VW DELIVERY 13.180 6X2

O pacote Prime já é de série na linha Delivery. Inclui ar-condicionado, trio-elétrico, rádio com bluetooth, banco do motorista com suspensão pneumática e revestimentos em couro sintético tudo de série Curta O modelo com Pacote Prime é o mais completo

(itens de segurança estão no quadro sistemas de segurança)

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projetado para caminhões e ônibus de médio porte. Ele é maior e mais pesado. Já o Cummins ISL 3.8 do Delivery 13.180 foi projetado para caminhões e ônibus leves, com algumas características de motores mais modernos, como o downsizing do seu tamanho, portanto mais leve, maior potência e uma faixa de torque maior. Ambos os motores atendem bem o tipo de operação desses modelos e a preferência pode ser pela familiaridade e facilidade para a manutenção e por outras características diferentes dessas técnicas. PRINCIPAIS DADOS DO MOTOR

MERCEDES-BENZ ACCELO 1317 6X2

Fabricante / modelo MB / OM 924 LA Euro 6 Nº cilindros / Cilindrada (cm³) 4 / 4.800 Pot. líq. máx. cv (kw) @ rpm 163 (120) @ 2.200 Torque líq. máx. - Nm @ rpm 610 @ 1.200 – 1.600 Sistema de injeção Unidades injetoras individuais para cada cilindro Controle de emissões SCR com filtro de partículas do diesel (DPF) Tanque de combustível (l) 75 de série, 150 opcional ou 2 x 150 opcional para o chassi de 4.600 mm Tanque de arla (l) 12 de série, ou 25 opcional

VW DELIVERY 13.180 6X2

Cummins / ISF 3.8L 4 / 3.800 175 (139) @ 2.500 600 @ 1.100 - 1.800 Common rail SCR 150 23

ESPAÇO INTERNO A cabine do Accelo é mais antiga que a do Delivery, mas conta a versão estendida. Assim, ambas atendem aos requisitos da categoria transporte mundial 27

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COMPARATIVO MÉDIOS 6X2 MB Accelo 1317 vs. VW Express 13.180

2 OPÇÕES DE TRANSMISSÃO O caminhão da MercedesBenz oferece transmissão manual ou automatizada com preço estimado em três 3% maior. Ambas têm 6 velocidades

As transmissões

O Mercedes-Benz Accelo conta com duas opções de transmissão: a MB G 70-6 manual, como custo inicial menor, ou a MB G 706 AMT automatizada, que proporciona mais conforto, maior durabilidade e redução nos custos de manutenção e combustível. A transmissão automatizada tem vantagens sobre a manual em termos de preço e durabilidade, além do aumento da segurança durante a condução do veículo. O preço do caminhão com caixa automatizada é estimado em torno de 3% maior do que um mo-

delo com caixa manual. Além disso, a embreagem da transmissão automatizada pode durar o dobro da tempo da manual, o que representa uma economia significativa em peças, mão-de-obra e tempo de parada do veículo para a troca de embreagem. O VW Delivery 13.180 conta com a opção apenas da caixa manual. Ela oferece a automatizada Eaton EAO 6106A para o modelo Delivery 11.180. Desenvolvida e produzida para o mercado da América do Sul pela Eaton, esta transmissão atende o segmento

DADOS DA CAIXA DE MARCHAS

MERCEDES-BENZ ACCELO 1317 6X2

VW DELIVERY 13.180 6X2

Fabricante Modelo

Mercedes-Benz MB G 70-6 manual ou MB G 70-6 AMT automatizada, ambas de seis velocidades 6,94/0,74 para ambas MB HL2-NR2 (R 325) estampado com duas opções de relação final 4,30:1 ou 3,91:1

Eaton Manual ESO 6106 manual de 6 velocidades 6,19:1 / 0,78:1 4,30:1

Relação: 1ª / última Eixo de tração

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de veículos comerciais leves com até 13 toneladas de PBT.

Chassi, suspensão e pneus

O tipo de suspensão é similar em ambos os modelos, sendo praticamente um padrão no segmento. As possíveis diferenças ficam por conta de acertos mais finos de cada fabricante. O sistema balancim é utilizado paDO CHASSI AO PISO

ra distribuir o peso entre os dois eixos traseiros (motriz e auxiliar). O eixo auxiliar conta com suspensor eletropneumático com acionamento por meio de uma tecla no painel do caminhão. A barra estabilizadora, por sua vez, tem a função de de reduzir a rolagem do corpo do veículo nas situações de curvas rápidas ou em estradas de terrenos irregulares.

MERCEDES-BENZ ACCELO 1317 6X2

Suspensão dianteira

Molas parabólicas com amortecedores telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora Suspensão traseira Tipo balancim com molas trapezoidais e suspensor pneumático do eixo auxiliar com acionamento pelo painel Chassi Escada, rebitado, material: LNE 50 (NBR 6656) Pneus

215/75R17.5 de série ou 235/75R17.5 opcional

VW DELIVERY 13.180 6X2

Molas parabólicas, amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação, barra estabilizadora Eixo Motriz e Auxiliar (tag-balancim) pneumático com suspensor eletropneumático para eixo auxiliar. Molas semielípticas assimétricas trapezoidais Chassi modular com longarinas simples, com drop e de perfil “U” constante na plataforma de carga: LN500 215/75R17.5 ou 235/75R17.5

CAIXA SÓ MANUAL O Volkswagen Delivery 13.180 6x2 é disponível com a opção de transmissão manual de 6 velicidades e eixo de tração também só com uma relação final

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COMPARATIVO MÉDIOS 6X2 MB Accelo 1317 vs. VW Express 13.180

FREIO A TAMBOR O sistema de freio a tambor está presente em ambos os caminhões. O modelo da MercedesBenz conta com freio auxiliar Top Brake

Sistemas de freio e segurança

As gerações atuais desses modelos apresentam uma boa evolução em relação às anteriores. Elas anteciparam equipamentos que serão obrigatórios por lei e ampliam as funções de equipamentos que já existiam, como ABS e EBD. Por outro lado, mantêm os tambores, que são menos eficientes do que o sistema de freios a disco. Além disso, o tempo de parada do caminhão para trocas de sapatas são quatro vezes maiores do que pastilhas de freio. O Mercedes-Benz Accelo 1317 6x2 se destaca pelo freio motor Top Brake, sistema auxiliar freio convencional. Trata-se de um sistema que atua na compressão e descompressão do motor. Durante a compressão, uma válvula dedicada do Top Brake libera o ar aos poucos e, nesse momento, a injeção de combustível é cortada. Já a descompressão fecha a válvula de forma esporádica, segurando os gases. SEGURANÇA

MERCEDES-BENZ ACCELO 1317 6X2

Este sistema aproveita uma parte da força do tempo de compressão e toda a força do tempo de expulsão ao utilizar o freio motor convencional. Ele amplia a eficácia do freio motor aumentando a pressão acumulada no coletor de escape. Além de proporcionar mais segurança, este auxílio reduz o desgaste dos freios de serviço.

Pesos e capacidades

O Mercedes-Benz Accelo 1317 6x2 e o VW Delivery 13.180 6x2 são dois caminhões que oferecem diferentes opções de entre-eixos, comprimento total, peso em ordem de marcha, PBT, CMT e capacidade de carga útil. Em comparação com o Mercedes-Benz Accelo 4x2, o Accelo 6x2 carrega quase 2.500 kg de carga a mais. Já o VW Delivery 13.180 6x2 apresenta vantagem de transportar cerca de 3.000 kg a mais do que o irmão menor Delivery 9.180 4x2. VW DELIVERY 13.180 6X2

Freio de serviço Freio de circuito independente pneumático a tambor Freio de circuito independente pneumático a tambor Freio motor Convencional + Top Brake Válvula tipo borboleta no tubo do escapamento Sistemas auxiliares de ABS (Sistema Anti Travamento das Rodas), ABS, EDB, ESC (controle de estabilidade), segurança de série EBD (Distribuição Eletrônica de Frenagem ), ATC (tração) e ASR (Controle de Aderência em Aceleração), HSA (auxiliar de partida em rampa) Hill Holder (Assistência de Partida em Rampa), ESS (Luzes Traseiras de Frenagem de Emergência) e ESC (Controle Eletrônico de Estabilidade)

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Ambos os modelos têm o mesmo PBT legal e técnico de 13.200 kg e o mesmo CMT de 13.200 kg, Entretanto, o VW Delivery 13.180 tem PBT técnico de 500 kg a mais e maior capacidade de carga útil, tanto legal quanto técnica, em todas as versões PESOS, CAPAC. E DIMENSÕES

de entre-eixos, apesar do CMT informado pela VWCO na ficha técnica ser inferior ao PBT técnico. O Mercedes-Benz Accelo, por sua vez, tem entre-eixos maior, que permite um comprimento total maior e melhor distribuição de carga.

MERCEDES-BENZ ACCELO 1317 6X2

VW DELIVERY 13.180 6X2

Entre-eixos (mm) 3.900 / 4.600 Comprimento total (mm) 8.130 / 8.800 Peso em ordem de marcha 4.448 / 4.548 + 25 para a cabine estendida (kg) PBT técnico / legal (kg) 13.200 / 13.200 Eixo dianteiro: 3.200 / 3.200 Eixo traseiro: 10.000 / 10.000 CMT (kg) 13.200 Capacidade de carga útil Legal: 8.552 / 8.452 Técnica: 8.552 / 8.452

2.955 / 3.305 / 4.400 6.143 / 6.653 / 9.185 3.900 / 3.950 / 4.200

CAPACIDADE DE CARGA ÚTIL O Volkswagen Delivery 13.180 leva vantagem sobre seu concorrente neste quesito, tanto no âmbito legal quanto técnico

13.700 / 13.200 Eixo dianteiro: 3.200 / 3.200 Eixo traseiro: 10.500 / 10.000 13.200 Legal: 9.300 / 9.250 / 9.000 Técnica: 9.800 / 9.750 / 9.500

Preços segundo a Fipe (Euro 5 x Euro 6) PREÇO TABELA FIPE

MERCEDES-BENZ ACCELO 1317 6X2

VW DELIVERY 13.180 6X2

Zero km (R$) Euro 6

526.700

514.250

O preço da tabela sugerido pelo fabricante é um valor de referência que indica o preço médio de venda dos veículos no mercado nacional. Esse valor pode variar de acordo com o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias) e custo do frete para cada Estado. No caso dos caminhões Merce-

des-Benz Accelo e VW Delivery 13.180 6x2, ambos com tecnologia Euro 6, os preços sugeridos são de R$ 526.700 e R$ 514.250, respectivamente. Esses valores são baseados nas informações disponíveis em setembro de 2023 e podem sofrer alterações sem aviso prévio. transporte mundial 31

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MERCADO SEMINOVOS LEVE EM ALTA O Mercedes-Benz Accelo 1016 obteve a maior valorização entre os seminovos pesquisados

OS SEMINOVOS M Índices de valorização superiores a 40% evidenciam a baixa depreciação de certos modelos de veículos comerciais seminovos, mesmo após três anos de uso, e favorecem a imagem da fabricante no mercado Texto

João Geraldo

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Fotos Divulgação

SEMIPESADO Volkswagen 24.280 6x2 é o semipesados mais valorizado após três anos de uso

S MAIS COBIÇADOS P

ela regra do mercado, produto em escassez tem o preço elevado, mesmo sendo de segunda ou terceira mão, como é o caso de caminhões e de outros veículos comerciais, principalmente quando ocorre a redução da produção de modelos OKm. Um bom exemplo aconteceu entre 2020 e 2022, período em que a indústria automotiva, e os demais setores da cadeia produtiva foram impactados por problemas causados pela pandemia da covid-19. No primeiro semestre deste ano, vários modelos usados voltaram a apresentar alta valorização de preço, em alguns casos

bem próximos dos de 50%. Houve caso até de índice acima desse percentual, conforme apontou o estudo da Agência Autoinforme, por meio de pesquisa no mercado. O objetivo foi indentificar os veículos comerciais com até três anos de uso mais valorizados do mercado para serem reconhecidos com o Selo Maior Valor de Revenda (SMVR). A alta de preços de modelos usados é creditada principalmente à retração das vendas de modelos Okm devido ao impacto causado pela alta de preço provocada pela tecnologia de emissões Euro 6 dos modelos produzidos a partir de 01 de janeiro deste ano. O aumento de preço aplicados pelas

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MERCADO SEMINOVOS

KIA BONGO é o modelo seminovo mais valorizado em sua categoria

SCANIA R 450 6X2 obteve valorização de 17,0% após três anos de uso

VOLVO FH 540 é o seminovo pesado acima de 540 cv mais valorizado

montadoras foi justificado pelos custos de adequação dos novos veículos à legislação de emissões do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O Mercedes-Benz Accelo 1016, por exemplo, apresentou 50,8% de valorização após três anos de uso, O benefício do Governo Federal concedido às montadoras, para alavancar as vendas de caminhões novos, não causou o impacto esperado como ocorreu no segmento de automóveis. Outro motivo da alta valorização dos veículos comerciais seminovos é creditado ao trabalho realizado pelas montadoras para valorizar seus seminovos, inclusive como estratégia para impulsionar as vendas de zero quilometro. O estudo da Autoinforme, coordenadora da pesquisa de preços de seminovos para a edição 2023 do SMVR, envolveu 99 modelos de veículos comerciais: 82 caminhões e 17 de utilitários. Desse total, 11 foram reconhecidos com o Selo. Segundo Joel Leite, diretor da agência, somente quatro veículos entre os modelos pesquisados não alcançaram índices de valorização estabelecidos pelo estudo, além daqueles que tiveram mudanças técnicas, portanto descaracterizados. Conforme sua explicação, a formação dos índices de valorização considerou os preços médios dos veículos zero quilômetro praticados em julho de 2020 e de seus modelos correspondentes em junho de 2023. A pesquisa também subdividiu os veículos em dois grupos distintos: Utilitários de Carga e Passageiros em quatro categorias; e de Caminhões, em outras cinco (semileves, Leves, Médios, Semipesados e os Pesados subdivididos em modelos de até 440, 500cv e acima de 500cv). Leite reforçou que o objetivo do estudo é reconhecer os caminhões e veículos comerciais mais valorizados produzidos entre junho de 2020 e julho de 2023. Além do Mercedes-Benz Accelo 1016, outros modelos de usados com índice de valorização acima de 40% após três anos de uso são os Mercedes-Benz Accelo 815 (49,9%) 1316 (49,4%) e Atego 3030 8x2 (40,3%); além dos Volkswagen Delivery 9-170 (48,9%), Delivery 11.180 (41,8%) e Constellation 24.280 6X2 (41,4%), es com valorização acima de 40% após três anos de uso são o Mercedes-Benz Accelo 815 (49,9%), Volkkswagen Delivery 9-170 (48,9%) Volkswagen Constellation 24-280 6x2 (41,4%)> Entre os comerciais leves, ficaram com índices acima de 40% o Kia Bongo K2500 ( 48,3%), o Mercedes-Benz Sprinter chassi ( 44,3%) e o Iveco Daily Chassi (44,1%) (Tabela completa ao lado).

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VALORIZAÇÃO CAMINHÕES SEMILEVES 1 MERCEDES-BENZ SPRINTER 416 2 VOLKSWAGEN DELIVERY EXPRESS 3 MERCEDES-BENZ SPRINTER 516

39,6% 35,4% 33,9%

CAMINHÕES LEVES 1 MERCEDES-BENZ ACCELO 1016 2 MERCEDES-BENZ ACCELO 815 3 VOLKSWAGEN 9-170 DELIVERY

50,8% 49,9% 48,9%

CAMINHÕES MÉDIOS 1 MERCEDES-BENZ ACCELO 1316 2 VOLKSWAGEN 11-180 DELIVERY 3 VOLKSWAGEN 13-180 DELIVERY

49,4% 41,8% 35,3%

CAMINHÕES SEMIPESADOS 1 VOLKSWAGEN 24-280 CONSTELLATION 6x2 2 MERCEDES-BENZ ATEGO 3030 8x2 3 VOLKSWAGEN 17-260 CONSTELLATION 4x2

41,4% 40,3% 34,3%

CAMINHÕES PESADOS 1 VOLKSWAGEN 30-330 CONSTELLATION 8x2 2 MERCEDES-BENZ ATEGO 2730 6x4 3 SCANIA P-320 8x2

38,8% 25,7% 24,8%

PESADOS ENTRE 401 E 500 CV 1 SCANIA G-450 A 6x2 2 MERCEDES-BENZ AXOR 2644 S/LS 6x4 3 SCANIA R-450 A 6x2

21,7% 17,9% 17,0%

DAILY CHASSI atingiu valorização de 44,1% após de três anos de uso

MASTER furgão de carga da Renault atingiu 37,7% de valorização

PESADOS ACIMA DE 501 CV

1 VOLVO FH-540 6x4 2 VOLVO FH-500 6x2 3 SCANIA R-540 A 6x4

24,1% 22,8% 20,6%

CAMIONETAS DE CARGA 1 KIA BONGO K 2500 2 MERCEDES-BENZ SPRINTER CHASSI 3 IVECO DAILY CHASSI

48,3% 44,3% 44,1%

FURGÃO DE CARGA 1 RENAULT MASTER FURGÃO 2 FIAT DUCATO FURGÃO 3 MERCEDES-BENZ SPRINTER FURGÃO

37,7 % 36,6% 25,1%

FURGONETA DE CARGA 1 FIAT FIORINO 2 PEUGEOT EXPERT FURGÃO 3 CITROËN JUMPY FURGÃO

19,9% 18,6% 14,9%

MINIBUS 1 MERCEDES-BENZ SPRINTER 516 VAN 2 FIAT DUCATO MINIBUS 3 RENAULT MASTER MINIBUS

28,7% 26,2% 25,1%

DUCATO o modelo de carga da Fiat acompanhou a alta do segmento

SPRINTER van com alta de 28,7% após três anos de uso transporte mundial 35

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FROTA PROGRAMA DE RENOVAÇÃO

DEPOIS DA ÚLTIMA VIAGEM

Fotos Divulgação

kalski

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Programa de renovação de frota do governo Federal já iniciou o desmonte de caminhões e ônibus fabricados há mais de 20 anos. Os veículos destruídos são transformados em matériaprima e substituidos por outros menos velhos em condições mais adequadas de operação Texto

João Geraldo

P

ela primeira vez no Brasil, um programa de renovação da frota começou a retirar de circulação, na prática, caminhões, ônibus e outros veículos comerciais com mais de 20 anos de idade. Há pelo menos três décadas em questão, a renovação da frota foi se tornando mais necessária e urgente a cada ano afim de reduzir os custos de logística, das emissões de poluentes e aumentar a segurança viária, bem como promover a melhoria de vida dos profissionais de transporte, em especial os caminhoneiros autônomos. Estima-se que no Brasil tenha atualmente mais de 500 mil veículos pesados em operação com mais de 25 anos de idade. Estabelecido pela Medida Provisória 1.175/2023 e sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o programa do Governo Federal prevê a captação do veículo antigo e o envio para ser transformado em sucata. Válido para pessoas físicas e jurídicas, o plano determina a entrega do caminhão usado por um valor de R$ 36,6 mil a R$ 99,4 mil e estão incluídos caminhões leves, semileves, médios, semipesados e pesados, além de ônibus (urbanos e rodoviários) e implementos rodoviários. Cada caminhão enviado para a sucata gera direito à aquisição de um modelo OKm com desconto “patrocinado” pelo Governo por meio de concessão de crédito tributário às montadoras. Até agora foi anunciado recursos de R$ 1 bilhão e desse total R$ 700 milhões são destinados para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus. Previsto inicialmente para ser encerrado em outubro desse transporte transporte mundial mundial37

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FROTA PROGRAMA DE RENOVAÇÃO

SUCATEAMENTO Programa visa o prosseguimento do processo

NOVO PELO VELHO A Vamos adquiriu 140 caminhões Volkswagen Okm pelo processo de renovação de frota

ano, Geraldo Alckmin disse que o prazo de encerramento do programa poderá ser extendido. Uma das primeiras grandes operações de compra usados para serem transformados em sucata foi anunciada pela Mercedes-Benz dia 14 de julho desse ano. Pela regra, o desconto de cada veículo novo é vinculado ao sucateamento do antigo mediante certificação. A operação anunciada pela Mercedes-Benz envolveu 110 ônibus (90 urbanos para a Suzantur e 20 rodoviários para a Viação Itapemirim) e seis caminhões pesados (5 Axor e um Actros) para a empresa Carga Pesada Engenharia e Transportes, do Espírito Santo. Outra ação do programa, em 16 de agosto, envolveu um lote de 20 caminhões para a renovação de frota do Grupo Sada e mais 10 ônibus para a Autoviação Nossa Senhora da Piedade. Uma nova operação do programa em 22 de agosto reuniu a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Vamos, empresa do Grupo Simpar com atuação na locação e venda de caminhões, máquinas, e equipamentos e rede de concessionárias de veículos novos e seminovos. A negociação englobou 140 caminhões com idades entre 28 e 53 anos, quem investiu R$5, 6 milhões na captação e aquisição dos veículos antigos. Como parte do processo, a Vamos adquiriu 140 caminhões da Volkswagen OKm. Os veículos foram entregues à Gerdau para a sucata ser transformada em matéria-prima. A empresa recicla anualmente 11 milhões de toneladas de sucata metálica, o equivalente ao volume de carros produzidos em um período de cinco anos. As três maiores operações do programa de renovação de frota realizadas até final de setembro contaram com a presença do vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, autoridades e representantes das montadoras e empresas envolvidas no processo de negociação dos veículos antigos e dos novos.

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Domingo no SBT às 7h

“ BOA INFORMAÇÃO É O QUE MANTÉM O PROFISSIONAL DO VOLANTE COM O PÉ NA ESTRADA.” Pedro Trucão

Olá, parceiro! Pé na Estrada Trucão e Toco traz a cada programa, novidades, dicas, lançamentos, informações, o dia a dia no trecho e o bom bate-papo de sempre. No SBT todos os domingos às 7h e no site www.penaestrada.com.br a toda hora.

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ESPECIAL VEÍCULOS ELÉTRICOS E A GÁS

TRANSPORTE NA DIREÇÃO DAS EMISSÕES ZERO Confira os furgões e caminhões elétricos e a gás à venda no Brasil

Texto

Andrea Ramos

A

venda de veículos comerciais com motores alternativos ao diesel até o ano passado vinha crescendo exponencialmente no Brasil. Para se ter ideia, em 2022 fechou com vendas de 1.105 unidades entre caminhões e ônibus com tecnologias alternativas ao diesel. Contudo, em 2023 a realidade parece outra. Logo, nos primeiros meses do ano, os resultados de vendas começaram a cair. Algo que surpreendeu até a própria Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos. Afinal, a expectativa era de crescimento justamente porque existe uma corrida pela redução das emissões de poluentes no transporte. Nesse sentido, as transportadoras tinham o anseio de atender os embarcadores, sobretudo aqueles que atuam fortemente com políticas de ESG. Entre janeiro e agosto, a indústria vendeu apenas 316 unidades entre veículos comerciais a gás e elétrico, números ainda bem baixos frente ao fechamento de 2022. Esse resultado reflete os impactos causados pela dificuldade de crédito e alta taxa de juros vista no primeiro semestre deste ano, assim como a chegada dos veículos Euro 6. Com veículos mais caros entre 20% e 30%, as transportadoras tiveram de fazer altos in-

vestimentos para renovar a sua frota. Afinal, a demanda ainda é maior por veículos diesel.

Preços dos alternativos ao diesel ainda é alto

Adiciona-se a isso os preços de modelos elétricos, que podem custar até três vezes mais frente ao veículo diesel. No caso do gás, com a virada da Euro 6 houve vantagens. Antes, esses caminhões custavam até 30% a mais em relação ao caminhão Euro 5. Porém, frente ao Euro 6, os modelos a gás estão mais competitivos em preço. E de olho nisso, a Scania, por ora, é a única fabricante de veículos a gás no Brasil. A Iveco anunciou a entrada no mercado de gás, mas os caminhões ainda estão em testes. Pegando carona nessa oportunidade de mercado para o caminhão a gás, a Scania chegará com novidades a partir do próximo ano. Vai introduzir novos motores, mais potentes de 420 cv e 460 cv. Neste último, a intenção é ter um propulsor mais forte para atender o agronegócio. Os novos motores a gás devem chegar até fevereiro de 2024. Seja como for, a revista Transporte Mundial preparou uma lista dos caminhões elétricos e a gás vendidos no Brasil. Confira os modelos por ordem alfabética das marcas!

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Fotos Shutterstock e Divulgação

CAMINHÕES ELÉTRICOS BYD eT3

O furgão elétrico da BYD é um dos mais buscados no segmento e foi um dos primeiros a ser introduzido no mercado, ainda quando pouco se falava sobre eletrificação. E conforme suas vendas foram crescendo, o veículo também foi recebendo atualizações. Ganhou 90 kg de capacidade de carga, passando para 808 kg. Além disso, está com mais autonomia entre as recargas de até 300 km. Segundo a empresa, o modelo não é vendido para pessoas físicas. • Motor: elétrico • Potência: 134 cv • Torque: 18,4 mkgf • PBT: 1.700 kg • Tempo de recarga: menos de uma hora em carregadores DC • Preço sugerido: sob consulta

BYD ET3 Furgão elétrico tem capacidade para 808 kg de carga e autonomia para rodar até 300 km

BYD eT7 12.220

O caminhão eT7 12.220 100% elétrico é multivocacional e tem até 230 quilômetros de autonomia. Atua em uma gama de aplicações, principalmente entre as empresas comprometidas com a redução da emissão de carbono. O modelo tem peso bruto total de 12 toneladas e é equipado com bateria de fosfato ferro-lítio, que garante a autonomia e total segurança e adaptação às necessidades da frota. A bateria tem tempo de recarga de até 3 horas em carregadores de alta potência. Conforme a BYD, o eT7 12.220 tem motor elétrico e transmissão automatizada de duas velocidades. De série, há itens como ar-condicionado e suspensão com feixe de molas. • Motor: elétrico • Potência: 230 cv • Torque: 117 mkgf PBT: 11.800 kg • Tempo de recarga: carga rápida, até 3h • Preço sugerido: sob consulta

BYD eT7 12.220 Esse caminhão homologado para PBT de 12 toneladas tem transmissão automatizada transporte transporte mundial mundial41

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ESPECIAL VEÍCULOS ELÉTRICOS E A GÁS BYD eT18 21.250

O caminhão eT18 21.250 oferece 165 quilômetros de autonomia. Além de ter capacidade de carregar até 13.300 kg, o modelo tem peso bruto total de aproximadamente 21 toneladas. O veículo é equipado com a bateria de fosfato ferro-lítio. E pode ser utilizado em uma gama de aplicações. Portanto, o foco são operações vocacionais, como a coleta de resíduos. Bem como o transporte de bebidas e de empresas que atendem áreas industriais. Para isso, conta com motor elétrico com potência equivalente a 250 cv. Por sua vez, o torque é de 45,9 mkgf e a capacidade de carga útil, de 12.950 kg. BYD eT18 21.250 Esse caminhão tem PBT de 21T

• Motor: elétrico • Potência: 245 cv • Torque: 45,9 mkgf • PBT: 21.000 kg • Tempo de recarga: carga rápida, até 3h • Preço sugerido: sob consulta

CITROËN e-JUMPY

O e-Jumpy da Citroën foi lançado no Brasil em 2021. Segundo a marca, autonomia é de até 330 km e o motor elétrico gera 100 KW, equivalentes a 136 cv de potência, e 26,5 mkgf de torque. Além disso, como a capacidade de carga é de 1 tonelada, o furgão é direcionado às operações urbanas de coleta e distribuição. • Motor: elétrico • Potência: 136 cv • Torque: 26,5 mkgf • PBT: 3.055 kg • Tempo de recarga: carga lenta, 11 h; carga rápida, 7 horas; ultrarrápida, 45 minutos • Preço sugerido: a partir de R$ 334.990 CITROËN e-JUMPY Tem autonomia de 330 km

FIAT eSCUDO Modelo tem capacidade para 1 ton

FIAT eSCUDO

O eScudo também conta com capacidade de carga de 1 t. O furgão utiliza a mesma plataforma modular do e-Expert, da Peugeot, e do e-Jumpy das Citroën, chamada de multienergia EMP2. Assim, compartilham os mesmos recursos de tecnologia e peças de acabamento. De acordo com a Fiat, o eScudo tem baterias de íons de lítio de 75 kWh. Assim, a autonomia pode chegar a 330 km no uso urbano. Nas rodovias, a distância entre as recargas cai para 237 km. O motor elétrico entrega potência de 100 KW, equivalentes a 136 cv. O torque é de 26,5 mkgf. • Motor: elétrico • Potência: 136 cv • Torque: 26,5 mkgf • PBT: 3.055 kg • Tempo de recarga: carga lenta, 11 h; carga rápida, 7 horas; ultrarrápida, 45 minutos • Preço sugerido: a partir de R$ 334.990

JAC iEV 750

JAC iEV 750 Furgão tem 12,3m³ de volume

O JAC iEV 750V é um veículo que carrega 12,3 m³ de volume. Ou 1,54 t de carga. De acordo com a JAC, o modelo chega a uma autonomia de 235 km. Mas por contar com o modo Eco de condução, sua autonomia melhora. Chegando a 280 km. Além disso, o sistema atua na regeneração de energia elétrica gerada nas desacelerações e frenagens. • Motor: elétrico • Potência: 163 cv • Torque: 76,5 mkgf • PBT: 4.600 kg • Tempo de recarga: Carga lenta, 13h; carga rápida, 8h • Preço sugerido: a partir de R$ 439.900

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JAC E-JV 5.5

A JAC também oferece no Brasil o E-JV 5.5. O segmento crescente no País, que pode ser traduzido como “last mile”, ou “última milha”. Ou seja, destinado a entregas urbanas, especialmente no transporte de compras feitas online em que o operador retira a encomenda do centro de distribuição e leva diretamente à residência do comprador. Conta com torque 30,1 kgfm e 204 cv de potência e bateria de 50,2 kWh, o que lhe garante autonomia de 300 km, ou 350 km no modo Eco. O volume de carga é 5,5 m3 ou 805 kg de carga útil • Motor: elétrico • Potência: 204 cv • Torque: 30,1 mkgf • PBT: 805 kg • Tempo de recarga: carga mais lenta até 6,5 h • Preço sugerido: a partir de R$ 299.900

JAC E-JV 5.5 Modelo amplia opções para last mile

JAC iEV1200T

O iEV1200T foi o primeiro caminhão 100% elétrico à venda do Brasil, e também o mais popular em vendas. Atende operações como coleta e distribuição de mercadorias e tem peso bruto total (PBT) de 7,5 toneladas. Conforme a marca, a autonomia chega a 250 km se o caminhão transportar até 2 t de carga líquida, ou 180 km com 4 t. O motor elétrico tem 177 cv. Embora tenha alavanca que remete a transmissões convencionais, há apenas duas posições: drive e marcha a ré. O caminhão ainda pode ser equipado com sistema VPS, um alerta sonoro que emite “beeps” intermitentes do lado de fora do carro até 25 km/h. • Motor: elétrico • Potência: 177 cv • Torque: 122,4 mkgf • PBT: 7.500 kg • Tempo de recarga: carga lenta, 11h; carga ultrarrápida, 2h • Preço sugerido: a partir de R$ 489.900

JAC iEV 1200T Veículo carrega até 2 ton carga

JAC E-JT 9,5

Com PBT de 9,5 toneladas, o JAC E-JT 9,5 possui motorização 100% elétrica e oferece excepcional carga útil de 6,1 t. Tem 89 kWh de carga total de bateria, motor com 235 cv e 107 mkgf de torque máximo, o que permite autonomia de 150 a 250 km, dependendo da carga e do perfil de uso. A boa dirigibilidade está garantida, afinal dispensa câmbio e embreagem. Além disso, por caisa do motor elétrico, é silencioso, sem ruídos ou vibrações e oferece banco do motorista com suspensão pneumática. • Motor: elétrico • Potência: 235 cv • Torque: 107 mkgf • PBT: 9.500 • Tempo de recarga: Carga lenta, 7,5h; carga ultrarrápida, 1h40 • Preço sugerido: a partir de R$ 539.900

JAC E-JT 9,5 Dispensa câmbio e embreagem

JAC E-JT 12,5

Com PBT de 12,5 toneladas, o esse caminhão elétrico oferece carga útil de 8,6 t. Possui 107 kWh de carga total de bateria, motor com 235 cv e 107 mkgf de torque máximo e autonomia de 150 a 250 km, dependendo da carga e do perfil de uso. O caminhão é equipado com terceiro eixo e suspensão a ar. Carga lenta, 7,5h, ultrarápida, 1h40. • Motor: elétrico • Potência: 235 cv • Torque: 107 mkgf • PBT: 18.000 kg 26.000 kg com 3º eixo • Tempo de recarga: Carga lenta, 7,5h; carga ultrarrápida, 1h40

JAC E-JT 12,5 Tem preço a partir de R$ 699.900 transporte mundial 43

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ESPECIAL EÍCULOS ELÉTRICOS E A GÁS JAC E-JT 18,0

JAC E-JT Primeiro semipesado elétrico da marca

O E-JT 18,0 é o primeiro caminhão semipesado 100% elétrico da JAC. Conta com versões urbana e rodoviária, podendo variar o tamanho da cabine e o comprimento total (7,20 m ou 8,12 m). Na versão mais longa é possível instalar o terceiro eixo e o modelo traz packs modulares de baterias, que darão maior ou menor autonomia. Para versão urbana, onde não há necessidade de percorrer grandes distâncias diárias, a recomendação é o uso de uma bateria de 141 kWh de capacidade máxima de fosfato de ferro-lítio, podendo rodar até 400 km, ou 250 km com meia carga, ou ainda 175 km com PBT. Há ainda a versão com 282 kWh que estende sua autonomia a 650 km. Com meia carga, ele alcança 500 km. Se estiver com carga útil máxima, a autonomia será de 350 km. Em ambos os modelos, urbano ou rodoviário, o cliente pode requisitar a versão com 3º eixo, o que amplia o PBT para 26 t e pode ter diversas aplicações, como coleta de lixo urbana ou betoneira. • Motor: elétrico • Potência: 225 cv • Torque: 102 mkgf • PBT: 18.000 kg 26.000 kg com 3º eixo • Tempo de recarga: carga lenta, 7,5h; carga ultrarrápida, 1h40 • Preço sugerido: sob consulta

PEUGEOT e-EXPERT PEUGEOT EXPERT irmão gêmeo do Citroën Jumpy

O Peugeot e-Expert foi lançado no Brasil juntamente com o Citroën e-Jumpy. E do mesmo modo, ambos são fabricados sobre a plataforma modular multienergia EMP2, assim como o modelo da Fiat e compartilham vários recursos de tecnologia e peças de acabamento. Além disso, o Peugeot tem a mesma capacidade de carga, de 1 t, e autonomia, de 330 km do Citroën. • Motor: elétrico • Potência: 136 cv • Torque: 26,5 mkgf • PBT: 3.055 kg • Tempo de recarga: Carga lenta, 11 h; carga rápida, 7 horas; ultrarrápida, 45 minutos • Preço sugerido: a partir de R$ 334.990

RENAULT KANGOO ZE MAXI CANGOO Pode ser carregado em qualquer tomada

O Kangoo Z.E. MAXI é 100% elétrico e zero emissão de poluentes e ruídos. Ele tem autonomia de até 270 km e proporciona a liberdade de ser recarregado em qualquer tomada, até 7kW. O modelo transporta objetos de até 2,89 m de comprimento, 1,22 m de largura e um volume total de 4,6 m3 e tem capacidade para 650 kg de carga útil. • Motor: elétrico 44 kw • Potência: 60 cv • Torque: 23 mkgf • PBT: 650 kg • Tempo de recarga: carga rápida, 5h40 • Preço sugerido: a partir de R$ 209.966

VWCO e-DELIVERY

VW e-DELIVERY tem opções para 11 e 13 toneladas

O e-Delivery é o primeiro caminhão 100% elétrico nacional desenvolvido e produzido pela Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO). Foi lançado em julho de 2021, nas versões com PBT de 11 t e 13 t e tração 4x2 e 6x2. A carga útil é de 6.320 kg e 9.055 kg, respectivamente. Os caminhões têm motores elétricos de 300 kW, ou cerca de 408 cv de potência, e 219,2 kgfm de torque. De acordo com a VWCO, há

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pacotes com três e seis baterias e a autonomia pode variar de 150 km a 300 km. • Motor: elétrico • Potência: 300 cv • Torque: 219 mkgf • PBT: 10.700 kg e 14.300 kg • Tempo de recarga: 3h • Preço sugerido: não div.

CAMINHÕES A GÁS SCANIA P 280 6X2 A GÁS

O Scania P 280 6x2 a gás chegou para atuar nas operações vocacionais, como coleta seletiva. Mas também pode ser direcionado às atividades urbanas e regionais até médias distâncias. O caminhão é o único dessa categoria com tecnologia GNV, GNL e biogás. Dessa forma, conta com motor Scania a gás. O propulsor do P 280 de 7 litros desenvolve 280 cv de potência e 122 mkgf de torque. O PBT homologado é de 26 t. E seu PBTC é de até 44t. • Motor: a gás • Potência: 280 cv a 1.900 rpm • Torque: 138 mkgf a partir de 1.000 rpm • PBT: 26.100 kg • Tempo de recarga: 30 min com bico de menor vazão; 15 min com bico para caminhões • Preço sugerido: sob consulta

SCANIA P280 6X2 Tem tecnologia para GNV e GNL

SCANIA G 340

O G 340 a gás é um caminhão mais direcionado para as operações vocacionais. Porém, esse motor pode ser equipado em cabines rodoviárias como a R ou mesmo na P. Ou seja, conforme o perfil de operação. • Motor: a gás • Potência: 340 cv a 1.900 rpm • Torque: não divulgado • PBT: não divulgado • Tempo de recarga: 30 min com bico de menor vazão; 15 min com bico para caminhões • Preço sugerido: R$ 957 mil

SCANIA G 340 Modelo pode usar cabines R ou P

SCANIA R 410 / SCANIA G 410

Segundo a Scania, essas opções têm motor de 410 cv de potência movido a GNV, GNL e biogás. Ou seja, o também pode utilizar combustível gerado a partir de resíduos orgânicos. Seja como for, com GNV a autonomia chega a 500 km e com GNL, a 800 km. A cabine G é direcionada às atividades intermediárias de transporte e vocacionais que requerem tração 6x4. É o caso, por exemplo, da construção civil. Além disso, a Scania tem a linha R, para longas distâncias.

SCANIA 410 Potência permite váriadas aplicações

SCANIA R 410

• Motor: a gás • Potência: 410 cv a 1.900 rpm • Torque: 219 mkgf a partir de 1.000 rpm • PBT: 26.100 kg • Tempo de recarga: 30 min com bico de menor vazão; 15 min com bico para caminhões • Preço sugerido: a partir de R$ 1,08 milhão

SCANIA G 410

• Motor: a gás • Potência: 410 cv a 1.900 rpm • Torque: 219 mkgf a partir de 1.000 rpm • PBT: 35.000 kg • Tempo de recarga: 30 min com bico de menor vazão; 15 min com bico para caminhões • Preço sugerido: a partir de R$ 1,08 milhão

CABINE G Para rodoviários e vocacionais transporte mundial 45

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VAN Mercedes-Benz Sprinter 417 x 517 ÔNIBUS ELÉTRICO Volvo BZL

VOLVO BZL EST R Montadora dá o pontapé inicial para o fornecimento de ônibus 100% elétricos no Brasil. O modelo de estreia é o chassi BZL que já rodou em teste nas ruas da capital do Paraná atendendo ao programa de eletrificação da frota de ônibus da cidade Texto

João Geraldo

D

urante o mês de setembro, o ônibus urbano Volvo BZL 100% elétrico circulou em circunstâncias reais de operação no transporte de passageiros nas ruas de Curitiba/PR. A operação atendeu a uma fase do plano de eletrificação da frota de ônibus da cidade coordenada pela Urbs, empresa que gerencia o transporte coletivo da capital paranaense. A prefeitura irá investir R$ 200 milhões na compra das primeiras 70 unidades elétricas para o transporte público no município, com previsão para os veículos entrarem em operação definitiva em junho de 2024. O chassi da Volvo foi preparado de acordo com as exigências da Urbs. Além do Volvo BZL, ônibus elétricos de outras cinco empresas (BYD, Eletra, Higer, Marcopolo e Mercedes-Benz) também participaram do programa de mobilidade sustentável estabelecido pelo município. A meta é que até 2030 ao menos 33% da frota opere com emissões zero e atinja 100% até 2050. O chassi elétrico BZL está dentro de um ciclo de um investimentos da com-

panhia no Brasil de R$ 1,5 bilhão no período de 2022 a 2025. Globalmente, o Grupo Volvo projeta zerar as emissões de seus veículos até 2040. O BZL é o primeiro ônibus totalmente elétrico da marca em solo brasileiro e traz com ele a experiência de anos de atuação com veículos para o transporte público movidos a bateria. Esse veículo foi lançado globalmente em setembro de 2021, e primeiras unidades estrearam no Reino Unido e Austrália. Esse chassi 4X2 urbano teve todos seus componentes desenvolvidos pela Volvo na Europa e está preparado para operar com três ou cinco baterias de íon lítio de 94kWh. O veículo rodou em Curitiba equipado com quatro baterias para autonomia de até 300 km. A tração pode ser realizada por um ou dois motores elétricos de 200kW cada, instalados na parte traseira e com torque total de 800Nm para os dois propulsores. A transmissão, por sua vez, possui duas velocidades devido ao torque linear entregue pelos motores elétricos. No âmbito da segurança, o BZL conta com controle automático

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Fotos Divulgação

T REIA NO BRASIL

OPERAÇÃO REAL EM CURITIBA Ônibus Volvo BZL 100% elétrico estreou na capital do Paraná com carroceria Marcopolo Attivi

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ÔNIBUS ELÉTRICO Volvo BZL

NOVAS VERSÕES Alexandre Selski disse que a fábrica da Volvo, em Curitiba, terá versões do chassi BZL, articuladas, biarticuladas e de 9,6m de comprimento

de velocidade, sistema que reduz automaticamente e com exatidão áreas com grande movimentação de pessoas. A Volvo reforça que se trata do modelo ideal para operações urbanas, pois as baterias poderem ser recarregadas à noite na garagem do operador, no período de duas a quatro horas. O chassi BZL é projetado para várias opções de carrocerias de 9 a 12,6 metros de comprimento e capacidade para até 80 passageiros. A suspensão é pneumática com controle eletrônico e função de ajoelhamento lateral, freio ABS regenerativo e

ar-condicionado totalmente elétrico. O veículo em demonstração tem duas portas e piso baixo e foi encarroçado pela Marcopolo. Durante o período de demonstração, o veículo rodou nas linhas Inter 2 e Interbairros II, na frota da Viação Sorriso, uma das operadoras do sistema de transporte público de Curitiba. Essas rotas interligam de forma circular dezenas de bairros da cidade e recebem diariamente 135 mil passageiros que fazem integração com o BRT da cidade em diversos terminais. Durante o período de testes, a Urbs avaliou itens como consumo de energia, autonomia, níveis de ruídos e desempenho em diferentes topografias. Depois de Curitiba o BZL vai rodar em São Paulo, Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia). De acordo com o Diretor de Eletromobilidade da Volvo Buses, Alexandre Selski, o BZL é resultado de longa jornada da Volvo, que já tinha o chassi híbrido. O executivo adiantou que a fábrica está sendo preparada para outras versões desse chassi, como a de 9,6 metros para a cidade de Bogotá, além de articulados e biarticulados. “Os ônibus elétricos da Volvo irão repetir na América do Sul a mesma performance positiva obtida na Europa e outros continentes”, concluiu.

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A FABET SP ESTÁ FAZENDO MUITA GENTE DIRIGIR MELHOR O CAMINHÃO, OS NEGÓCIOS E A PRÓPRIA VIDA

A Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte) é uma instituição especializada em Programas de Treinamento & Desenvolvimento para o setor do transporte e áreas afins. Mais de 27 anos dedicados à educação para o setor, com uma equipe de apoio que acolhe, acompanha e cuida. Disponibiliza uma estrutura física com alojamentos, refeitório, quadro docente especializado e multidisciplinar, metodologia humanizada, baseada nos pressupostos andragógicos, com aulas práticas de laboratórios e em veículos modernos e um setor de egressos que indica para o mercado de trabalho. Oferece programas In Company, desenvolvidos de acordo com a necessidade de cada empresa e operação, para todos os níveis da organização e em qualquer região do Brasil.

NA FABET:

Trilha de carreira: Formação de condutores e condutoras para os diversos perfis de veículos: furgão, toco, truck, articulado e biarticulado. Gestão de Transportes / Segurança / RH / Liderança Cursos EaD numa plataforma moderna e interativa. Outros.

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MERCADO Ranking

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Desempenho das marcas no Brasil %

3.575 1.564 410 335 57 20 23 6.012

1.513 1.697 735 416 29 18 48 4.471

136,6 -7,8 -44,2 -19,5 96,6 11,1 -52,2 34,2

Mercedes-Benz Caminhões Volkswagen Caminhões Iveco Hyundai Agrale Outras empresas

3.024 1.724 780 231 44 205

3.794 2.259 862 170 40 330

-20,3 -23,7 -9,5 35,9 10,0 -37,9

14º TOTAL 15º MÉDIOS 1º Volkswagen Caminhões 2º Iveco 3º Mercedes-Benz Caminhões 4º Agrale

6.017

7.471

-19,7

3.809 865 809 9 128

5.307 784 1.069 10 42

-28,2 10,3 -24,3 -10,0 204,8

5.621

7.219

-22,1

8.313 4.266

9.931 5.238

-16,3 -18,6

3.046 2.710

3.209 3.400

-5,1 -20,3

484 7 0 6 18.838

133 0 17 5 21.940

263,9 0 20,0 -14,1

9.775

12.386

-21,1

7.143 6.967 4.639 3.653 1.565 11

9.457 7.147 4.177 5.706 1.677 7

-24,5 -2,5 11,1 -36,0 -6,7 57,1

33.753 40.559

-16,8

1º 1º 2º 3º 4º 5º 6º 6º 7º 1º 2º 3º 4º 5º

SEMILEVES Ram Mercedes-Benz Vans Iveco Volkswagen Caminhões Peugeot Citroën Outros TOTAL

LEVES

Outras empresas

21º TOTAL 22º SEMIPESADOS 1º Volkswagen Caminhões 2º Mercedes-Benz Caminhões 3º Iveco 4º Volvo 5º DAF 6º Agrale 7º Scania Outras empresas

31º TOTAL 32º PESADOS 1º Volvo 2º Mercedes-Benz Caminhões 3º Scania 4º DAF 5º Volkswagen Caminhões 6º Iveco Outras empresas

40º TOTAL

CAMINHÕES SEMILEVES

2022

17.834 15.242 12.485 6.967 6.666 5.123 3.575 1.564 231 373 70.231

-24,5 -22,1 -20,9 -2,7 -8,3 18,9 136,3 -7,8 35,9 -13,7 -14,0

1.006 29,42 643 18,81 499 14,59 272 7,96 143 4,18 -

-

TOTAL

3.419 100%

Modelo

Acumulado 2023 Part. %

TOTAL

1.496 28,16 1.189 22,38 817 15,38 506 9,52 415 7,18 248 4,67 231 4,35 154 2,90 89 1,68 0,92 0,97 5.313 100%

Modelo

Acumulado 2023 Part. %

1º VW Delivery 11.180 2º Iveco Tector 11-190 3º MB Accelo 1017 4º VW Delivery 13.180 5º MB Atego 1419 6º MB Accelo 1316 7º VW Constellation 14.190 8º VW Constellation 14.210 9º Foton Aumark S 11T 10º MB Accelo 1317 TOTAL

2.914 47,90 864 14,20 449 7,38 437 7,18 404 6,64 292 4,80 252 4,14 186 3,06 109 1,79 59 0,97 6.084 100%

Modelo

Acumulado 2023 Part. %

1º Volvo VM 270 2º VW Constellation 24.280 3º MB Atego 1719 4º VW Constellation 17.190 5º VW Constellation 24.260 6º Iveco Tector 240 7º MB Atego 2426 8º Volvo VM 290 9º Iveco Tector 170 10º Volvo VM 330

23.619 19.558 15.786 7.164 7.267 4.310 1.513 1.697 170 432 81.660

CAMINHÕES PESADOS

FONTE: FENABRAVE

Volkswagen Caminhões Mercedes-Benz Caminhões Volvo Scania Iveco DAF Ram Mercedes-Benz Vans Hyundai Outras empresas 31º TOTAL

Acumulado 2023 Part. %

1º MB Accelo 1016 2º VW Delivery 9.170 3º MB Accelo 815 4º VW Delivery 9.180 5º Iveco Tector 9-170 6º MB Accelo 817 7º Hyundai HD80 8º JAC IEV1200 9º VW Delivery 6.170 10º Iveco Daily 6-170

SOMA DE TODOS OS SEGMENTOS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º

Modelo

1º MB Sprinter 416 2º MB Sprinter 417 3º MB Sprinter 516 4º Iveco Daily 45-170 5º MB Sprinter 517 6º 7º 8º 9º 10º

CAMINHÕES LEVES

2023

CAMINHÕES MÉDIOS

Pos. Fabricante

Caminhões

Acumulado até AGO vs. AGO Variação

CAMINHÕES SEMIPESADOS

Fonte: Anfavea

TOTAL

1.655 8,33 1.542 7,76 1.280 6,44 1.227 6,17 1.087 5,47 1.048 5,27 963 4,85 840 4,23 774 3,89 682 3,43 19.872 100%

Modelo

Acumulado 2023 Part. %

1º Volvo FH 540 2º DAF XF 530 3º Volvo FH 460 4º DAF XF 480 5º Scania R 460 6º Scania R 450 7º MB Atego 2730 8º MB Actros 2651 9º MB Actros 2548 10º MB Axor 3131 TOTAL

4.251 13,04 2.413 7,40 2.306 7,08 2.109 6,47 1.466 4,50 1.285 3,94 1.193 3,66 1.183 3,63 897 2,75 858 2,63 32.588 100%

O Mercedes-Benz Sprinter Truck venceu pelo 6º ano consecutivo o prêmio Selo Maior Valor de Revenda

O Mercedes-Benz Accelo também levou o Selo Maior Valor de Revenda na categoria de Caminhões Leves

Dois modelos VW Delivery estão entre os cinco mais vendidos no segmento de caminhões médios

O novo Volvo VM 290 Euro 6 já aparece na lista dos 10 caminhões semipesados mais vendidos

Os modelos Volvo FH 540 e 460 somados representam 20% do total de caminhões pesados no Brasil

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