O Carreteiro 559

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GICO MULTA EXAME TOXICOLÓGICO AUTOMÁTICA MULTAVOLTA AUTOMÁTICA A SER VOLTAAPLICADA A SER APLICADA

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PORTANDO INFORMAÇÃO DESDE 1970 TRANSPORTANDO | www.ocarreteiro.com.br INFORMAÇÃO | www.ocarreteiro.com.br | ano 53 | Nº | ano 53 | Nº

ENCIAMENTO GERENCIAMENTO

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Distribuição gratuita para motoristas de caminhão

caz garante Gestão eficaz ao garante autônomo ao autônomo maior maior dade eprodutividade ganho dee ganho faturamento de faturamento

COMUNICAÇÃO MANUTENÇÃO

COMUNICAÇÃO DAF: 1O ANOS DAF: 1OEM ANOS ALTA EM ALTA

Aplicativos Inspeção preventiva de conversa evita são Aplicativos de conversa Montadora são colhe Montadora resultados colhe resultados ferramentas multas, imprevistos importantes e aumenta ferramentas para importantes positivos para desde positivos a inauguração desde a inauguração agilizar a segurança a rotina na estradados motoristas agilizar a rotina dos damotoristas fábrica nodaBrasil, fábrica no em Brasil, 2013 em 2013 ocarreteiro.com.br ocarreteiro.com.br 1

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EDITORIAL

DANIELA GIOPATO Editora

MOTORISTA GESTOR

H

á tempos o caminhoneiro deixou de ser apenas o motorista responsável por levar a carga de um ponto para outro. Com todas as mudanças incorporadas ao segmento de transporte rodoviário de cargas, esse profissional passou a ter um papel fundamental em todas as fases da operação. O novo perfil exigiu capacitação com investimentos em treinamento para saber operar as novas tecnologias e aumentar a sua eficiência durante toda a condução. Outro ponto importante diz respeito, principalmente, aos autônomos. Além de toda essa demanda de profissionalização, profissionais da categoria passaram a entender que o caminhão exigia cuidados além da manutenção. Afinal, para conseguir tirar algum lucro, se tornou cada vez mais necessário aprender a gerenciar o veículo como um negócio. E, assim, o caminhoneiro passou a assumir também a função de gestor. Aqueles que ainda acreditam não ser importante anotar as despesas ou avaliar se o valor oferecido pelo frete será suficiente para pagar todos os custos da viagem, e deixar algum lucro para sustentar o negócio, corre um grande risco de perder competitividade, bem como o poder de negociação. A falta de gestão do negócio traz ineficiência e geralmente o resultado é o motorista autônomo não conseguir se manter na profissão, como já vem ocorrendo nos últimos anos. Para aqueles que entenderam o recado, é hora de colocar a mão na massa e dar o primeiro passo, pegar um caderno, iniciar um plano de gestão e valorizar o serviço prestado.

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SUMÁRIO

16 CONVERSA ONLINE

Comunicação online agiliza rotina na estrada e aproxima motorista da família

54 DAF COMEMORA 10 ANOS NO BRASIL

Trajetória da montadora revela que a marca cresceu 10 anos seguidos no País 4


ISTA

12 ENTREVISTA

REVISTA

REVISTA

gital ganha Transportadora espaço e digital ganha espaço e DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO entre outras promete vantagens agilidade entre para outras vantagensDESDE para 1970 TRANSPORTANDO /OCARRETEIRO/OCARRETEIRO mos motoristas autônomos /OCARRETEIRO_ /OCARRETEIRO_

CIAMENTO 24 GERENCIAMENTO

/OCARRETEIRO/OCARRETEIRO

atividadeGerenciamento de transporte da atividade de transporte es chances proporciona de melhor maiores chances de melhor o caminhão faturamento com o caminhão

(11) 97362-0875(11) 97362-0875 /REVISTAOCARRETEIRO /REVISTAOCARRETEIRO

DIRETOR DIRETOR Edson Pereira Coelho Edson Pereira Coelho

TOXICOLÓGICO 30 EXAME TOXICOLÓGICO REDAÇÃO | redacao@ggmidia.com.br REDAÇÃO | redacao@ggmidia.com.br

Publisher: JoãoPublisher: GeraldoJoão (MTB Geraldo 16.954) (MTB 16.954) onal com exame Motoristatoxicológico profissional com exame toxicológico Editora: Daniela Editora: Giopato Daniela (MTB Giopato 39.656 (MTB 39.656 ) ) ber multa vencido a partir pode dereceber R$ multa a partir de R$ARTE | arte@ggmidia.com.br ARTE | arte@ggmidia.com.br Editor de Arte:Editor Pedro de Arte: Hiraoka Pedro Hiraoka 1.460,00 reais

ENÇÃO 36 MANUTENÇÃO

DIGITAL DIGITAL Alexis Coelho Alexis Coelho Eduardo Arpassy Eduardo Arpassy

42 SCANIA

ADMINISTRAÇÂO ADMINISTRAÇÂO Ed Wilson Furlan Ed Wilson Furlan Juliana Vieira Juliana Vieira

COMERCIAL | comercial@ggmidia.com.br COMERCIAL | comercial@ggmidia.com.br caminhão Prevenção ajuda acom reduzir o caminhão o ajuda a reduzir o Erika Nardozza Erika Coleta Nardozza Coleta e a maximiza desgaste o desempenho de peças e a maximiza o desempenho Eurico Alves deEurico Assis Alves de Assis Nilcéia Rocha Nilcéia Rocha do veículo

DISTRIBUIÇÃO ção de peças Centro da deScania distribuição terá de peças da Scania DISTRIBUIÇÃO terá G.G. Ed. de Publicações G.G. Ed. de Publicações Técnicas Técnicas Ltda.Ltda. mpliada para suareduzir capacidade oampliada tempopara reduzir o tempo Ricardo Lúcio Martins Ricardo Lúcio Martins Rute Rollo Rute Rollo os clientesde atendimento aos clientes

DES-BENZ 46 MERCEDES-BENZ

ASSINATURA ASSINATURA | assinatura@ggmidia. | assinatura@ggmidia. com.br com.br Exemplar avulso: Exemplar RS 11,00 avulso: RS 11,00

mora os 20Montadora anos decomemora mercado os 20 anos de mercado que substituiu do Accelo, Mercedinho modelo que substituiu Mercedinho ED. Nº 559 • OUT-NOV / 2023 ED. Nº 559 • OUT-NOV / 2023 sucesso 710 com o mesmo sucesso

FINANCIAL 50 VOLVO FINANCIAL

a Volvo completa Braço financeiro 30 anos da Volvo decompleta 30 anos de Publicação de: G.G. Editora de Public. Téc. Ltda. e se destaca atuação como no Brasil a segunda e se destaca como a segunda Publicação de: G.G.Rua Editora de Águias, Public. Ltda. CEP Palacete das 395 Téc. - Vila Alexandria Rua Palacete das Águias, 04635-021-SP 395 - -Vila Tel.: Alexandria (11) 91442-4482CEP o grupo Volvo maiorno operação Mundo do grupo Volvo no Mundo04635-021-SP - Tel.: revista@ocarreteiro.com.br (11) 91442-4482

VM

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revista@ocarreteiro.com.br www.ocarreteiro.com.br www.ocarreteiro.com.br A Revista O Carreteiro é dirigida a motoristas de A Revista O Carreteiro é dirigida a motoristas de caminhão, empresários donos de transportadoras, caminhão, empresários frotistas, donos chefesde de transportadoras, oficinas e demais profissionais frotistas, chefes de ligados oficinas e demais profissionais ao transporte rodoviário de carga. ligados ao transporte A publicação rodoviário é distribuída de carga. em cooperação com posA publicação é distribuída tos de serviços em cooperação rodoviários “ROD” com (Rede posOficial de tos de serviços rodoviários Distribuidores “ROD” da Revista (Rede O Carreteiro). OficialÉde proibida a Distribuidores da Revista reprodução O Carreteiro). total ou parcial de É proibida matérias sem a prévia reprodução total ouautorização. parcial de matérias sem préviasão de Matérias e artigos assinados autorização. Matérias responsabilidade e artigos dos assinados autores e não são representam de responsabilidade dos a opinião autores da Revista e não O Carreteiro. representam a opinião da Revista O Carreteiro. Impressão e Acabamento: Lar Anália Franco Impressão e Acabamento: (Grafilar Centro Grafilar. Pofissionalizante Gráfica e Editora). Distribuição gratuita nos postos denos rodovia Distribuição gratuita postos decadasrodovia cadastrados no ROD. trados no ROD.

o modeloLançado aumentou em 2003, a o modelo aumentou a es semipesados oferta deecaminhões pesados semipesados e pesados ado brasileiro da marca no mercado brasileiro

SEÇÕES

Na Mão Certa 06 Notícias | 53 Na Mão Certa 64 Tabelas62 Classificados | 64 Tabelas

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FOTOS DIVULGAÇÃO

30 ANOS REDE ARCO ÍRIS

A Rede Arco Íris está completando 30 anos de atividades em 2023. E para comemorar a data, foi inaugurado no último dia 25 de outubro o evento Natal Luz, na unidade de Roseira/SP, na presença de autoridades, colaboradores, fornecedores, parceiros,

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população civil e clientes. O espaço recebeu decoração especial com árvore de Natal, papai Noel, túnel e até uma carreta decorada. O ambiente está todo iluminado e as luzes sincronizam com músicas natalinas. Para Persio Vieria, da equipe do Posto Arco Iris, o grupo está sempre preocupado e dedicado em atender bem, oferecer produtos e serviços de qualidade, além de proporcionar boas experiências. “Vamos comemorar essa data juntamente com nascimento do menino Jesus compondo assim o Natal Luz 2023. Uma festa para motoristas de caminhão, de ônibus, aos passageiros, clientes e a todos que por aqui passarem, principalmente aqueles que estiverem longe de casa e da família. Queremos agradecer a revista O Carreteiro e a todos os parceiros que nos ajudaram nesses 30 anos. Convidamos a todos para prestigiar e conhecer o evento. Junte-se a nós para celebrar o Natal e o 30º aniversário do Posto Arco-Íris”, convidou.


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VW E-DELIVERY NA CHINA A Volkswagen Caminhões e Ônibus comemora um dos marcos mais importantes de sua história no Chile com a chegada do e-Delivery, o primeiro caminhão 100% elétrico e com zero emissões. Com investimento de mais de US$ 30 milhões, o equivalente a 400 mil quilômetros de testes e dedicação integral de uma equipe de 150 engenheiros e técnicos brasileiros, o e-Delivery reforça a importância da fabricação regional, os mais de 40 anos de história da VWCO e seu objetivo de combinar transporte e carga com o uso de energia mais limpa. O e-Delivery chega ao Chile em suas versões de 11 e 14 toneladas, que são 8

equipadas com motor que entrega 300 kW com torque máximo de 2.150 Nm a partir de rotação zero, além de suspensão pneumática de série. Ele é direcionado para as mais variadas aplicações urbanas e possui três ou seis módulos de bateria para autonomia de até 250 km. Projetado por uma equipe dedicada à e-Mobilidade em conjunto com a expertise da Engenharia de Desenvolvimento da VWCO, o e-Delivery é produzido na fábrica da empresa em Resende, no Rio de Janeiro, primeira linha de produção da América do Sul apta para montagem de modelos elétricos em grande escala.

O C P E


CONSÓRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS O Consórcio Mercedes-Benz, que completa 10 anos, está disponibilizando ao mercado o consórcio de peças e serviços para caminhões e ônibus. A solução financeira envolve a aquisição das três linhas de peças do portfólio da marca (Genuínas, Renov e Alliance), o que inclui motores, câmbios, embreagens, unidades injetoras, motores de partida e muitas outras, além dos serviços de manutenção. Os grupos do Consórcio de Peças e Serviços são de 72 participantes e são exclusivos para peças e serviços, com planos ajustáveis de R$ 40 mil a R$ 130 mil. A modalidade é oferecida sem taxa de inscrição e fundo de reserva e taxa de

administração total a partir de 6%, o que significa 0,25% ao mês. Trata-se de uma das taxas mais baixas do mercado, fazendo desse consórcio uma escolha financeiramente inteligente. Os planos do Consórcio de Peças e Serviços têm duração de 12 a 36 meses, com correção pelo IPCA. “Pensamos na necessidade dos clientes de ter mais opções para realizar a manutenção de seus veículos, oferecendo então cotas de crédito para a aquisição de peças e serviços”, explicou Silvio Renan Souza, diretor de Peças e Serviços ao Cliente da Mercedes-Benz do Brasil. A ação segue o compromisso “As estradas falam, a Mercedes-Benz ouve e traz a solução”.

O SEU CAMINHÃO PRONTO PRA ESTRADA. Ajuda a reduzir custos de manutenção e gastos de combustível.

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FOTO: MARCELO MACHADO DE MELO

RENAULT KANGOO E-TECH A Renault acaba de trazer ao mercado a nova geração 100% elétrica do modelo Kangoo. Trata-se do novo Kangoo E-Tech, veículo urbano de carga indicado para operações em grandes empresas especializadas em entregas urbanas, médias e micros empresas do setor de serviços e pessoas físicas. O espaço interior para cargas mede 4,3m³ e transporta até 800kg líquidos. O modelo está presente em diversas frotas do setor logístico e last-mile. Uma delas é a do Mercado Livre, com 400 unidades da versão anterior do Kangoo elétrico. O diretor de frotas da Renault no Brasil, Alex Dias, disse que o Mercado Livre reduz 90% das emissões de carbono com 10

o uso de carro elétrico. Também destacou que o modelo proporciona economia três vezes maior se comparado com a concorrência. Segundo ele, o custo da energia por km/ rodado do novo Renault Kangoo elétrico é de R$ 0,15, 70% em relação ao um veículo com motor a explosão. O Mercado Livre já reservou mais 200 unidades da nova versão, que é produzida na França. Em sua nova versão, o Kangoo E-Tech é movido por um motor elétrico de 90 Kw (120cv) e 25 kgmf de torque (245Nm). A nova bateria é composta por oito módulos independentes reparáveis que garantem autonomia de 300 a 329 km na operação urbana.


PREMIAÇÃO IVECO A Iveco foi premiada pela pela campanha criada em homenagem aos caminhoneiros, ano passado. A ação foi veiculada nas redes sociais da montadora redes. O prêmio foi concedido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). A série de vídeos intitulada “Quem vê cara, não vê caminhão! Ser caminhoneiro tá no sangue, tá no coração”, teve como objetivo desmistificar a imagem predefinida de caminhoneiros e caminhoneiras e mostrar a diversidade de perfis. Marcus Souza, diretor de Marketing da IVECO para a América Latina, explica que os vídeos são um misto de emoção,

alegria e orgulho para homenagear o dia dos caminhoneiros e caminhoneiras. “Estamos muito felizes por mais este reconhecimento e agradecemos todos os parceiros que participaram da elaboração e execução desta campanha vencedora. Que venha o prêmio nacional!”, comemora Marcus. A campanha “Quem vê cara não vê Caminhão” foi premiada na categoria Consumidor/Cliente, regional Minas Gerais, e agora irá concorrer com cases de todo o Brasil inseridos em diferentes segmentos de atuação. A campanha foi executada pela IVECO em parceria com a Terra Verde Produtora e com a agência de publicidade DPBR. ocarreteiro.com.br

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ENTREVISTA

TRANSPORTADORA DIGITAL X TRADI C Com objetivo de reduzir custos e conectar cargas de embarcadores com os motoristas autônomos, a transportadora digital vem ganhando espaço no mercado de transporte rodoviário de cargas DANIELA GIOPATO

A

pesar de estar ganhando espaço no mercado, muitos caminhoneiros têm dúvidas de como funciona uma transportadora digital? A Revista O Carreteiro conversou com André Pimenta, CEO da Motz, sobre as diferenças da transportadora digital para a tradicional e as vantagens desse tipo de operação para o autônomo. 12

Criada em 2020 pela Votorantim Cimentos, a Motz realiza o transporte de variados tipos de cargas, como materiais de construção, matérias primas, minérios, milho, soja, fertilizantes, calcário, entre outros, para diversos setores, e está presente em mais de 100 pontos de expedição. A empresa cresceu 41% no volume


A DI CIONAL

Fotos SHUTTERSTOCK e DIVULGAÇÃO

“Agiliza processo de visualização e quitação de frete”

transportado em 2022, quando comparado a 2021, totalizando mais de 15,1 milhões de toneladas. A startup também apresentou um aumento de 63% na base de motoristas cadastrados, totalizando mais de 27,5 mil motoristas, e acumulou mais de 660 mil viagens no ano, 32% a mais do que o realizado em 2021.

Atualmente tem cerca de 28 mil motoristas cadastrados em sua base e está presente em mais de 100 pontos de expedições em todo o Brasil, com atuação nas principais cidades e corredores de transporte rodoviário no país. Foram mais de 665 mil viagens no último ano, registrando a média de 76 viagens a cada hora. ocarreteiro.com.br

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ENTREVISTA

O CARRETEIRO: Quais os principais fatores que impulsionaram a criação de uma transportadora digital? ANDRÉ PIMENTA: O nascimento da transportadora digital, dentre diversos fatores que levaram a criação dela, destaco o objetivo de realizar uma gestão mais direta e de maior relacionamento com os motoristas autônomos através da tecnologia. Essa ideia do digital exigia uma empresa com espírito de startup, mais flexível e com ferramental inovador. O CARRETEIRO: Qual a diferença entre a transportadora digital para a tradicional? ANDRÉ PIMENTA: Temos algumas diferenças que existem entre as transportadoras digitais e tradicionais, e podemos pontuar as duas principais, a atuação física e ofertas de serviços. Enquanto as transportadoras tradicionais possuem frotas, escritórios e atuações físicas de atendimento com equipes maiores, as digitais estão voltadas a utilizar a digitalização em todas as frentes, focadas no modelo “asset light” de negócios. Sobre ofertas de serviços, as transportadoras digitais buscam oferecer um fluxo constante de novos serviços e diferenciais, se adaptando constantemente a diferentes cenários. Já as transportadoras tradicionais seguem as mesmas ofertas de serviço sem grandes mudanças ao passar dos anos. O CARRETEIRO: A transportadora digital atua entre o embarcador e o caminhoneiro. O que de fato difere uma transportadora digital e agência de carga e aplicativo de frete? ANDRÉ PIMENTA: Podemos imaginar uma transportadora digital como uma 14

plataforma fechada, com seus processos centralizados todos após um cadastro e avaliação de ambas as partes (embarcadores e motoristas). Enquanto os aplicativos de frete podemos identificar como plataformas abertas, que não possuem processos próprios mais complexos, apenas conectam os motoristas às outras transportadoras. Já as agências de cargas, são as unidades locais dessas transportadoras, que ficam focadas em negociação de cargas com os embarcadores da região, e notificar aos canais as possibilidades de fretes para o momento.

“É mais uma oportunidade de oferta de carga para o autônomo”


O CARRETEIRO: Para os motoristas autônomos quais as principais vantagens da transportadora digital? ANDRÉ PIMENTA: Para os motoristas autônomos, as tecnologias ágeis e as inovações que as transportadoras digitais trazem consigo são as principais vantagens. Podemos citar, por exemplo, a centralização de todos os processos em um aplicativo, ou em um totem digital, otimizam processos antes mais complexos, como a visualização de cargas disponíveis perto da sua localização, ou até mesmo o processo de quitação de seu frete realizado de forma mais rápida e prática. O CARRETEIRO: A empresa oferece serviços específicos para os autônomos? ANDRÉ PIMENTA: A Motz vem construindo um ecossistema voltado para a valorização do motorista autônomo, com programas e parcerias pensados para melhorar a rotina destes profissionais. O foco nos primeiros anos foi encontrar parcerias com estabelecimentos locais que facilitasse a jornada de fretes do motorista, como descontos em restaurantes e postos de combustível, por exemplo, e hoje começa a olhar para parcerias maiores e nacionais, como proteção veicular e planos de saúde. O CARRETEIRO: É possível afirmar que a transportadora digital é uma ótima oportunidade de trabalho para os autônomos? ANDRÉ PIMENTA: Sem dúvidas que a transportadora digital é mais uma oportunidade de oferta de cargas para o motorista. O modelo busca trazer mais facilidade para a rotina do autônomo, e em nome da Motz, podemos

dizer que além de toda a tecnologia envolvida para trazer mais praticidade e agilidade, também buscamos pontos que realmente façam a diferença para os nossos motoristas parceiros, como é o caso do nosso clube de benefícios. O CARRETEIRO: Como ele faz para se cadastrar? É gratuito? ANDRÉ PIMENTA: Sim, o cadastro é gratuito e pode ser feito tanto através do aplicativo Motz Transportes ou diretamente em uma das filiais da Motz com o apoio do time presencial. O cadastro exige apenas informações necessárias para a execução do trabalho, como CNH do motorista, documentos da ANTT, documentação do veículo, etc. O CARRETEIRO: Quais as expectativas para os próximos anos? Você acredita que a transportadora digital é uma tendência para os próximos anos? ANDRÉ PIMENTA: O mercado de transporte rodoviário é muito pulverizado e há muita oportunidade de crescimento, por isso vamos continuar investindo em tecnologia, com o objetivo de melhorar nossos processos e aumentar sempre o valor gerado para nossos clientes. Além disso, continuaremos com foco na consolidação do nosso time comercial para expandir nossas operações. Em relação a digitalização acreditamos que terá ainda mais tendência no futuro, por dois motivos: o primeiro é que esse modelo ainda tem uma baixa adesão dos motoristas autônomos para a busca de carga, apesar de haver evolução, e a outra é o investimento de grandes players em tecnologia, que deverá trazer mais facilidade e aderência às necessidades dos motoristas. ocarreteiro.com.br

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ESTRADA

RODA DE CON V

Aplicativos de conversa modificaram o modo dos caminhoneiros se conectarem e se tornaram ferramentas essenciais para agilizar as tarefas do dia a dia na estrada, diminuir a distância da família e facilitar a busca de frete DANIELA GIOPATO 16


Fotos SHUTTERSTOCK, FREEPIK, PIXABAY e ARQUIVO PESSOAL

N VERSA ONLINE

A

tecnologia provocou mudanças significativas dentro do setor de transporte rodoviário de cargas. Os caminhões estão cada vez mais eficientes e os recursos para gerenciamento das frotas promovem mais segurança, rapidez e economia durante todo o ciclo da circulação de mercadorias. Al-

gumas ferramentas também chegaram para facilitar o dia a dia dos caminhoneiros. Os aplicativos, por exemplo, ajudam os profissionais a agilizarem os processos de entregas, definir rotas, encontrar o melhor frete e até se atualizar. Além disso, hoje, os profissionais se conectam através de aplicativos de conocarreteiro.com.br

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ESTRADA

versas e mídias sociais, compartilhando informações, apoiando uns aos outros e enfrentando os desafios da profissão em grupos on line. Essas ferramentas agilizam a comunicação dos caminhoneiros com os colegas e, também, com transportadores facilitando a busca de fretes. Os inúmeros grupos formados por eles trazem informações sobre a estrada, fretes, alertas de acidentes e entretenimento. A tecnologia não substituiu o antigo radio PX, mas hoje é uma das ferramentas mais utilizadas entre os profissionais. Dados da pesquisa sobre o retrato do motorista, realizada pela SK Cia da Informação, em parceria com a Revista O Carreteiro, revelou que 98% dos entrevistados conversam pelo WhatsApp. O uso desse aplicativo é tão eficiente e frequente que foi uma das ferramentas 18

Os grupos on line ajudam os caminhoneiros no dia a dia com informações sobre a estrada, fretes e alertas de acidentes

mais importantes na articulação de uma greve no País. Nivaldo de Farias Almeida, Maceio/ AL, 49 anos de idade e 31 de profissão, acredita que hoje os aplicativos de mensagens se tornaram essenciais para o caminhoneiro conseguir trabalhar com tranquilidade e agilidade. “Praticamente tudo que fazemos na estrada podemos resolver por essa ferramenta. Mandamos documentos em pdf, nota fiscal, comprovantes. E isso agiliza a nossa vida e deixa as coisas menos burocráticas”, explicou. Para Nivaldo, os grupos de Whatsapp ajudam na rotina profissional e também na vida pessoal. “É bom para


conseguir carga e, principalmente para encurtar a distância e a saudade em relação a família, através das chamadas de vídeo”, destacou. Entretanto, apesar das vantagens, Nivaldo diz que esse tipo de plataforma vicia e as vezes gostaria de se libertar. “Tenho saudade dos tempos de rodas de conversas”, afirmou. Amarildo Alves Correa, QRA Bambo, 40 anos de profissão, é de Jaragua do Sul/SC e mora atualmente em Joinville/SC. Na sua opinião, os grupos do Whatsapp são as novas comunidades de caminhoneiros. Antes essas conversas aconteciam apenas pelo rádio PX e nas rodas de conversa nos postos. E, agora, é possível se conectar com vários profissionais. “Os grupos têm grande utilidade. Á vezes um colega está desempregado, com problema de saúde e através dessas comunidades conseguimos dar um auxilio. Ás vezes um colega está com um caminhão quebrado e através dos grupos sempre consegue uma ajuda. É bom para não nos sentirmos sozinhos”, destacou. Apesar do Whatsapp ter dominado boa parte da comunicação dos caminhoneiros, Amarildo afirma que o rádio PX ainda tem bastante utilidade, principalmente por funcionar em quase todos os locais do Brasil. “Ás vezes estamos cansados e nada melhor do que conversar para dar uma despertada. Mas, claro que se o sono apertar encontramos um lugar seguro para parar e descansar”, disse. Para Ronaldo da Silva, de Barra Mansa/RJ, mais de 28 anos de profissão, o Whatsapp chegou e revolucionou a vida dos caminhoneiros. “Através dos grupos conseguimos ter informações de frete e de oportunidades de emprego.

Para Nivaldo de Farias, o Whatsapp agiliza a rotina de trabalho do caminhoneiro e ajuda a encurtar a saudade da família com as trocas de mensagem e chamadas de vídeo

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ESTRADA

Na opinião de Amarildo Alves, QRA Bambo, os grupos de Whatsapp são as novas comunidades de caminhoneiro. A vantagem é poder se comunicar com colegas de todo o Brasil

Mandamos até currículo dentro da plataforma. Além disso, conseguimos agilizar os processos de documentações de carga e descarga. Porém, apesar de todas as vantagens o aplicativo reduziu as rodas de conversa entre os caminhoneiros nos postos. “Muitas vezes estamos no posto estacionados e cada um está no seu celular conversando com algum outro colega ou falando com a família. Aliás, isso é uma das coisas maravilhosas que esses aplicativos trouxeram, encurtaram a distância e a saudade. Costumo dizer que o whatsapp uniu pessoas que estavam longe e separou pessoas próximas. E isso não acontece somente na estrada até dentro das nossas casas”. APLICATIVO X SEGURANÇA– As facilidades dos aplicativos são indiscutíveis. Porém, é importante o caminhoneiro saber utilizar para não comprometer a segurança. Afinal, é um desafio saber que chegou uma mensagem e não responder de maneira instantânea. Especialistas afirmam que alguns segundos de distração ao digitar um número de telefone ou mensagem, por exemplo, a uma velocidade de pouco mais de 100km/h, pode levar um motorista a percorrer a distância equivalente a quatro campos de futebol totalmente às cegas. O que parece algo inofensivo, um deslize simples, pode custar vidas. Reduzir ou ultrapassar a velocidade compatível com o tráfego, não utilizar o retrovisor, fazer rotas erradas, avançar o sinal e até ter dificuldades em trocar de marchas, também são alguns dos problemas que o motorista enfrenta ao dirigir e falar ao celular ao mesmo tempo. Com o aumento da interatividade o usuário está sempre conectado e co-

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Ronaldo da Silva também concorda com todas as vantagens do Whatsapp, mas afirma que a ferramenta reduziu as rodas de conversa entre os caminhoneiros

Apesar das facilidades é preciso usar as ferramentas para não correr o risco de comprometer a segurança e ser multado

mo consequência utiliza cada vez mais o aparelho. É importante ressaltar que digitar ou ler uma mensagem ao celular é tão arriscado quanto atender. A multa para quem insiste nessa prática é de R$ 293,47 mais sete pontos na carteira, conforme cita o Código de Trânsito Brasileiro. Nessa situação o veículo se torna uma arma que pode resultar em acidentes com vítimas. Prova desse descaso é o número de motoristas que receberam multas por utilizarem o celular enquanto dirigiam. Somente no Estado de São Paulo, no primeiro semestre de 2022, as multas por uso do celular cresceram 160%, de acordo com dados ocarreteiro.com.br

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ESTRADA

do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP). MAS E O RÁDIO PX ACABOU?– Liberado para utilização no Brasil na década de 70, a Faixa do Cidadão é sujeito a uma série de exigência da Anatel - Agência Nacional das Telecomunicações, que controla a origem, o modelo e a potência do equipamento, além da habilitação do operador, que tem um prefixo próprio e pago taxas pelo uso da frequência de rádio. No começo era assim: os adeptos do radioamadorismo foram os primeiros usuários, passando logo depois para os taxistas e os carreteiros. E com a proliferação de equipamentos contrabandeados, a necessidade de licença foi tornando-se cada vez mais ignorada. Apesar de muitos caminhoneiros não utilizarem mais o Radio PX existem profissionais que ain22

Caminhoneiros apostam no Rádio PX para se informar e receber alertas dos colegas durante as viagens

da apostam nesse meio de comunicação para se sentirem informados. Tanto o rádio PX como celular têm desvantagens, com as chamadas “zonas mortas”, onde não há sinal. Outro grande desafio do Radio PX é o fato de ter um alcance de 2 mil km e funcionar em uma frequência específica. Além de exigir uma autorização da Anatel para o uso e o pagamento de uma taxa anual. Durante muitos anos essa foi uma das principais reinvindicações da classe, já que o caminhoneiro que não tiver a autorização e nem pagar a taxa fica sujeito a multa em uma fiscalização da PRF ou da própria Anatel.


DIVULGAÇÃO

CAPACITAÇÃO

MULHER MOTORISTA

Programa idealizado pela Ipiranga, com apoio pedagógico da Fabet, tem como objetivo capacitar mulheres motoristas para o transporte de combustível

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Ipiranga, com apoio pedagógico da Fabet – Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte – iniciou a Operação Mulher Motorista. Trata-se de um programa que tem como objetivo capacitar mulheres que desejam ingressar no transporte de carga de combustível. Foram disponibilizadas 16 vagas e 156 aulas na Fabet, em Mairique/SP, com hospedagem, alimentação e bolsa-auxílio. Há possibilidade de parte das formandas serem contratadas pelas transportadoras que prestam serviço para a Ipiranga, mediante disponibilidade. “Essa iniciativa amplia a oferta de mulheres qualificadas, proporcionando um impacto positivo nas comunidades próximas das nossas operações, além de fortalecer nossa política de diversidade e inclusão”, afirma Luciana Domagala, vice-presidente de Pessoas e Sustentabilidade da Ipiranga. “Para a Fabet é uma hora apoiar a Ipiranga no desenvolvimento pedagógico

do projeto. Um grande desafio, mas com seriedade, robustez no conteúdo programático, estrutura laboratorial de ponta, metodologia inovadora e uma equipe de professores especialistas e experientes no transporte de combustível e na arte de formar mulheres para o setor do transporte, geram segurança na entrega de grandes resultados junto a essas mulheres e a própria Ipiranga”, afirma Salete Argenton, gerente da Fabet. Salete completa ainda dizendo que esse tipo de projeto vai muito além da responsabilidade social das organizações. São projetos que cumprem uma agenda, mas acima de tudo garantem a geração de mulheres empoderadas e capacitadas para exercerem a condução de caminhões modernos e tecnológicos com competência, entregando resultados em segurança, eficiência e produtividade. “E para as mulheres é a certeza da independência financeira e a construção de carreiras solidas e longevas”, finaliza. ocarreteiro.com.br

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PROFISSÃO

CAMINHONEIRO OU GERENCIADOR DE NEGÓCIOS? Estabelecer um planejamento de custos eficiente, controle de gastos, negociar de maneira assertiva o frete, programar as manutenções do caminhão, plano de viagem, investir em cursos e treinamento para uma direção mais econômica, são algumas dicas para o autônomo que quer aumentar o faturamento e se destacar na profissão 24

DANIELA GIOPATO

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primeiro passo para o caminhoneiro autônomo se manter competitivo no mercado e conseguir ganhar dinheiro com a profissão é considerar o caminhão como uma empresa. Ao entender esse conceito, o profissional deixa de ser apenas um motorista e


Fotos FREEPIK e PIXABAY

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passa assumir a função de gerenciador de negócios. E dentro dessa nova realidade ele entende a importância de manter essa “empresa móvel” saudável financeiramente, com condições mecânicas para estar sempre rodando e com todos os compromissos fiscais em dia. Além disso, o dirigente da companhia passa a se preocupar também com a sua saúde, afinal, precisa garantir que tudo

continue funcionando adequadamente. Para um bom gerecniamento, o autônomo deve considerar estabelecer um planejamento financeiro, gestão de custos e de tempo, manutenção preventiva, contabilidade e impostos, seguro, negociações de contratos de trabalho, aprimoramento profissional e reserva de emergência. Essa nova visão da atividade ajuda o ocarreteiro.com.br

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PROFISSÃO

O primeiro passo é entender que o caminhão é uma empresa que deve ser bem gerenciada profissional a se organizar e implementar boas práticas de negócios e, assim, se tornar um profissional diferenciado, mais competitivo, além de aumentar as suas chances de ter sucesso na profis-

são de e enfrentar os desafios da atividade com mais tranquilidade. Para Manoel Carvalho, coordenador da parte técnica da Fabet, no caso dos autônomos, promover o gerenciamento do seu negócio é fundamental para fazer a diferença e permanecer na área. “Não entender de gestão financeira seria o equivalente a dirigir a noite sem os faróis ligados, a pessoa vai na sorte. Ter esse tipo de conhecimento é essencial, pois gerindo corretamente, fazendo as análises e tomando as decisões de forma acertiva, ele consegue manter seu veículo em melhores condições e trocá-

Para Manoel Carvalho, da Fabet, promover a gestão do seu negócio é essencial para o caminhoneiro permanecer na atividade 26


A gestão financeira permite ao caminhoneiro tranquilidade e poder de negociação de frete, diz Lauro Valdivia

-lo por um modelo mais novo. Poderá buscar fretes melhores (muitos embarcadores exigem caminhões mais novos) e assim fazer com que o seu negócio seja mais rentável, melhorando a sua qualidade de vida como um todo”, destacou. A Fabet oferece cursos nos quais o caminhoneiro aprenderá a gestão do seu negócio e a melhor forma de administrar os recursos numa área bastante competitiva que é o transporte de mercadorias no Brasil. O coordenador destaca ainda que dentro da política de frete do Brasil é essencial ter conhecimento das melhores formas de negociar os contratos de trabalho. “O frete geralmente obedece a lei de mercado (lei da oferta e procura), apesar de que, no Brasil, infelizmente, acontece uma negociação predatória, onde alguns fretes, chamados de “retorno” não pagam os custos daquele transporte e o motorista tira dinheiro do bolso pra carregar a mercadoria. Assim, entender as técnicas de negociação é muito importante, mas, melhor ainda, é saber escolher o frete, entender por exemplo como o tempo entra nessa equação e ter a consciência de que, as vezes deixar de carregar um frete baixo pode melhorar pra ele no futuro”, explicou. Para Antonio Lauro Valdivia Neto, engenheiro de transporte, a primeira providência é estudar o mercado, analisar as possibilidades, fazer uma peneirae identificar as rotas, as cargas e os clientes que se destacam e pagam melhor. O passo seguinte, inclui fazer os cálculos corretamente de quanto vai gastar

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É importande desenvolver um plano financeiro com todos os custos operacionais ligados ao caminhão

em cada situação, para ver quais são as melhores opções. E, sempre ficar atento as mudanças, ou seja, não é porque hoje determinada condição é boa que amanhã não possa se tornar ruim. “O autônomo não pode se acomodar jamais. A gestão financeira é um instrumento fundamental para qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica, no caso do caminhoneiro vai deixá-lo mais tranquilo e com mais poder de negociação, pois o conhecimento financeiro permitirá que ocarreteiro.com.br

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PROFISSÃO

O caminhoneiro deve anotar as despesas e receitas para uma visão da sua situação financeira e saber aonde pode economizar

ele sempre esteja com as contas em dia sem nenhum vencimento o pressionando a aceitar qualquer frete”, explicou. No momento de negociar o frete é de extrema importância que o motorista analise se o valor oferecido será suficiente para pagar todos os custos da viagem e deixará algum lucro. O frete analisado deve ser a soma do valor recebido na ida e na volta. A planilha de custos bem elaborada dá condições para que o prestador de serviço análise de forma consciente o frete que lhe é oferecido. Além de ser base para a avaliação do negócio. Na planilha de custo devem constar todos os recursos consumidos e os custos com manutenção, pneus, despesas

DICAS PARA INICIAR O GERENCIAMENTO DO SEU NEGÓCIO PLANEJAMENTO FINANCEIRO Desenvolva um plano financeiro incluindo custos operacionais como combustível, manutenção, seguros e outros gastos relacionados ao caminhão. É importante incluir os objetivos financeiros a longo prazo ORÇAMENTO: Anote todas as despesas e receitas para ter uma visão da sua situação financeira e identificar aonde pode economizar e investir mais GESTÃO DE CUSTOS Buscar alternativas para reduzir custos como roteirização de rotas para evitar 28

imprevistos, pesquisar diesel, alimentação, peças com preços mais acessíveis. Se organizar para atualizar o caminhão e conseguir melhores resultados por conta das novas tecnologias MANUTENÇÃO PREVENTIVA Manter o caminhão em boa condição de uso evita imprevistos, gastos não programados e contribui com segurança. Além disso, a manutenção preventiva é mais barata do que reparos emergenciais e aumenta a disponibilidade do veículo IMPOSTOS O motorista autônomo tem uma série de


de viagem, combustível, taxas e impostos (licenciamento, IPVA, seguro obrigatório, RNTRC, taxa de vistoria de tacógrafo, etc) pagos para rodar com o caminhão, além de seguro do caminhão e os custos de depreciação do veículo. Desta forma será possível saber com mais certeza se a viagem será lucrativa. Essa é uma das maneiras mais simples de o motorista cuidar bem do seu negócio. Para começar, basta ter um caderninho e anotar todos os custos acima citados e os fretes recebidos. Assim o autônomo terá condições de fazer uma avaliação ao final de cada viagem, de cada mês, trimestre, semestre e ano, e saber se foi positivo ou negativo. “O autônomo deve tomar muito cuidado com os maiores custos, por exemplo o combustível, sem descuidar dos demais. No transporte de carga as margens e o lucro são baixos, então qualquer economia comparado ao lucro é

uma enormidade. Tem que se ter controle de tudo, média de consumo e valores pagos em cada viagem”. A negociação, ainda de acordo com Lauro, também faz parte de qualquer negócio. É preciso saber o que se quer obter, o quanto se quer do serviço, em que condições lhe interessa e principalmente ter o máximo de informações. Entre elas valor do frete, os custos envolvidos, as dificuldades, a condição do retorno, o tempo de carga e descarga, as condições de pagamento, se há adiantamento). “Quanto mais preparado você for para uma negociação maior as chances de fechar um bom negócio. O importante é valorizar o serviço que você presta e sempre colocar o seu negócio em primeiro lugar, resguardando o lucro dele, afinal de contas é dele que você vai tirar o seu sustento e da sua família. O cliente é importante, mas tem de ficar em segundo lugar”, finalizou.

impostos e contribuições que devem ser pagos regularmente. É importante estar atento ou buscar ajuda de um profissional da área

negócio é possível o autônomo reservar um valor para os imprevistos, épocas de baixa de frete ou atualizar o caminhão

CIO

TREINAMENTO E CURSOS Estar atualizado é um diferencial no mercado. Buscar cursos que ajude a gerenciar de maneira mais eficiente o negócio pode contribuir para melhores resultados financeiros. Saber negociar os contratos de frete aumenta as chances de sucesso. RESERVA DE EMERGÊNCIA Com um gerenciamento eficiente do

APLICATIVOS Os diversos aplicativos disponibilizados podem contribuir para agilizar a busca por frete, entrega de documentações e rotas mais rápidas otimizando as viagens. SAÚDE Ficar em casa não é uma boa opção para o autônomo. Portanto é extremamente necessário o cuidado com a saúde, exames periódicos, alimentação saudável e descanso adequado. ocarreteiro.com.br

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EXAME TOXICOLÓGICO

MENOS DROGAS N

Caminhoneiros com exame toxicológico vencido correm o risco de receber multa automática no valor de R$ 1.467,35 mais sete pontos na carteira, e, em caso de reincidência no período de até 12 meses, multa R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por três meses 30

DANIELA GIOPATO

A

obrigatoriedade do exame toxicológico para os motoristas com CNH C, D e E continua entre os assuntos mais polêmicos entre os caminhoneiros. A grande questão, levantada pelos profissionais, diz respeito a exclusão de condutores de outras categorias a se submeterem ao exame. Além disso, muitos consideram ser apenas mais uma forma de arrecadar dinheiro de uma classe que já enfrenta grandes desafios diários. “Se analisarmos todos os insumos da cadeia de transporte, todos os pre-


Fotos SHUTTERSTOCK, FREEPIK e DIVULGAÇÃO

S NAS ESTRADAS

ços subiram. Na contramão está o exame toxicológico que em 2016 custava uma média de R$ 300 reais e hoje está em torno de R$ 130. Então, podemos dizer, com toda assertividade, que esse valor foi reduzindo e não pesa no bolso do caminhoneiro, quando comparado a outros itens”, explicou Renato Borges Dias, presidente da ABTOx - Associação Brasileira de Toxicologia. Recentemente três vetos presidenciais referentes a Lei 14.599/23 foram derrubados pelo Congresso Nacional, incluindo o restabelecimento da multa automática do exame toxicológico periódico exigido para os motoristas profis-

sionais, que devem ser realizados a cada 30 meses. Assim, os condutores profissionais das categorias C, D e E com exames atrasados serão punidos sem a necessidade da fiscalização nas vias. A data do vencimento será identificada automaticamente e os motoristas recebem aviso eletrônico 30 dias antes da validade para a renovação. Se a regularização não for identificada até o prazo, o motorista será automaticamente penalizado. Mais de 4 milhões de motoristas profissionais estão com o exame toxicológico periódico vencido, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito e devem ocarreteiro.com.br

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EXAME TOXICOLÓGICO

Mais de quatro milhões de motoristas profissionais precisam regularizar sua situação regularizar a situação até 28 de dezembro de 2023. A multa é considerada gravíssima, adicionando sete pontos na carteira, com penalidade de multa (cinco vezes, no valor de R$ 1.467,35) e, em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses, multa (dez vezes, R$ 2.934,70) e suspensão do direito de dirigir por três meses. Além disso, a lei estipula que a não realização do exame toxicológico para fins de obtenção e renovação da CNH impedirá o condutor de obter ou renovar a sua habilitação até a apresentação de resultado negativo em novo exame. Desde que o exame toxicológico se tornou obrigatório, em 2016, observou-se uma queda nos números de acidentes . No primeiro ano de aplicação, con32

forme dados da ABTOx, houve uma redução em 34% para os caminhões, 45% para os ônibus e 54% para todos nas rodovias interestaduais. A acidentalidade que custava, em subtração do PIB, 214 bilhões de reais ao ano, caiu para 140, bilhões de reais, reinseridos 70 bilhões de reais pela população economicamente ativa, anteriormente impedida de produzir por conta do acidente. Outros dados mostram que entre os que fizeram o exame, foram positivados mais de 1,2 milhões de motoristas e desse total, mais de trezentos mil não puderam renovar suas CNHs, por terem alcançado índice de picogramas de presença de metabólitos de drogas em seus organismos acima das margens de corte definidas em tabela internacional de toxicologia. A principal função da associação é


Multa automática do exame periódico toxicológico volta a valer e multa é de R$ 1467,35 garantir e aumentar a segurança em todo o processo do exame, seja a fase pré-analítica (coleta do material) ou pósanalítica (laudo), para evitar qualquer tipo de fraude. A ideia é que todo o processo seja respeitado de acordo com a norma que está registrada na resolução 923/2018. “Na última reunião do WP.1 (Fórum Global para a Segurança no Trânsito) na ONU, em Genebra, ocorrida em setembro deste ano, o Brasil foi citado como referência mundial no combate ao uso de substâncias psicoativas no trânsito. Temos de manter isso e continuar o trabalho de conscientização para que todos os motoristas saibam da importância de manter o exame em dia”, afirma Dias. O presidente da ABTOx ressalta ainda, que a grande maioria dos profissio-

nais do transporte seja de carga ou de passageiro, cerca de 92%, defendem essa política pública e cumprem legalmente com as suas obrigações. Apenas uma minoria cerca de 8% ainda insiste em contestar a obrigatoriedade do exame. “Ao longo desses seis anos, essa política já mostrou a sua eficácia e contribuição para redução de acidentes, de mortes e de feridos no trânsito e nas estradas brasileiras”, explicou. Mas, apesar dos progressos ainda é preciso um trabalho intenso para reduzir o consumo de drogas nas estradas. Recentemente, a ABTOx solicitou aos laboratórios associados a informação sobre as drogas mais consumidas entre os mais de 300 mil laudos positivos. Entre a minoria dos motoristas que ainda insistem em fazer uso dessas substânocarreteiro.com.br

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EXAME TOXICOLÓGICO

O uso de drogas na estrada reduz a segurança e promove concorrência desleal do frete cias, a mais utilizada é a cocaína (69,7%). “Esse dado é muito preocupante porque esses motoristas, usuários recorrentes, promovem uma concorrência desleal em relação ao valor do frete. Muitos não se preocupam com o valor oferecido, pois já foram atraídos pelo crime organizado. Então, apesar de receber entre sete e nove mil reais para transportar 40 toneladas de grãos, aumenta o faturamento em mais R$ 50 mil para levar junto 567 toneladas de maconha. Ao combater o uso de drogas contribuímos para aumentar a segurança nas estradas e também combater a concorrência desleal do frete”, destacou. Para Renato Dias, é essencial a conscientização dos motoristas em relação a importância do exame toxicológico para a redução do uso de drogas nas es34

tradas. Ele ressalta que a grande maioria são exemplos de profissionais preocupados com sua saúde e em voltar em segurança para os braços de sua família. Porém, ainda existe uma minoria usuária dessas substâncias que compromete a vida de todos. “É importante entender que essa política pública de combate as drogas contribue para aumentar a segurança e garantir uma jornada de trabalho digna. Infelizmente alguns condutores fazem uso da droga para se manter acordados até 48 horas comprometendo a segurança e colocando o preço do frete para baixo. Logo mais essa exigência deve ser estendida as demais categorias de CNH e também a outros setores que também lutam diariamente para construir um Brasil melhor”, finalizou.


COMO É FEITO O EXAME TOXICOLÓGICO Atualmente 15 laboratórios são credenciados pelo Setran - Secretaria Nacional de Trânsito. O teste é indolor e feito a partir de uma pequena amostra do cabelo, que é capaz de detectar o consumo de drogas. Entre elas maconha e derivados, cocaína e derivados, anfetaminas (destinguindo o consumo como droga do uso terapêutico), metanfetaminas, ecstasy (MDMA, MDA, EVE e MDE), opiáceose codeína. O cabelo determina presença de vestígios de drogas localizadas no interior de seus fios. É a única tecnologia capaz de detectar o uso constante de substâncias psicoativas com uma visão retroativa mínima de 90 dias. O teste identifica hábitos e costumes em relação ao eventual consumo de drogas. A análise de drogas em cabelo oferece

um histórico confiável do consumo de drogas ao possibilitar o conhecimento do perfil do uso por um longo período de tempo. A análise bioquímica é feita através de uma pequena amostra de cabelos ou pelos do corpo. Esse material é suficiente para a realização do teste. O procedimento da coleta não afeta a estética do motorista e é indolor. É necessário que o motorista tenha o mínimo de 4 centímetros de cabelo da raiz até a ponta. Caso contrario, será necessário que a coleta seja de pelos do corpo ou até pelas unhas. Para realizar o exame não é necessário agendar. Basta o motorista comparecer a um dos mais de 11 mil pontos de coletas espalhados pelo Brasil , com um documento de identificação com foto e o CPF. O custo médio do exame varia entre R$ 140 e 130.

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MANUTENÇÃO

INVESTIMENTO N

A manutenção preventiva e adequada ajuda a evitar falhas mecânicas, reduzir o desgaste excessivo de peças, imprevistos e a maximizar o desempenho do caminhão DANIELA GIOPATO 36

C

om o orçamento cada vez mais apertado muitos caminhoneiros adiam a manutenção do caminhão e levam o veículo até o limite. Mas será que esse tipo de prática não compromete ainda mais o orçamento do profissional? Dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostram que a manutenção preventiva custa, em média, 30% menos do que o valor total gasto nas manutenções corretivas. Outro estudo mostra que cerca de 30% dos acidentes registrados nas rodovias com caminhões poderiam ser evitados por


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O NECESSÁRIO

meio da realização das manutenções periódicas. Além disso, a multa para os caminhoneiros que trafegam com o veículo em mau estado de conservação é grave (5 pontos na CNH) e R$ 195,23 de valor a ser pago. Com base nesses números, é possível afirmar que fazer a revisão preventiva ao final de cada viagem é essencial para garantir a eficiência e o bom funcionamento do caminhão. Além disso, contribui para evitar imprevistos, gastos desnecessários e contribui para a redução de acidentes.

O caminhoneiro deve seguir o manual do proprietário do veículo e as recomendações do fabricante para realizar a manutenção adequada, além de contar com um mecânico qualificado para realizar inspeções e reparos necessários. Todos esses cuidados ajudam a evitar imprevistos indesejáveis durante as viagens e o comprometimento da renda. Outra dica é manter um registro detalhado de todas as manutenções e reparos realizados no caminhão. Essa prática contribui no acompanhamento das tarefas realizadas, na identificaocarreteiro.com.br

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MANUTENÇÃO

Caminhão em mau estado de conservação compromete a segurança e pode gerar multa ção de padrões de falhas e facilita correções futuras. A manutenção adequada do caminhão ajuda a evitar falhas mecânicas, reduzir o desgaste excessivo de peças e maximiza o desempenho do veículo. Existem diferentes tipos de manutenção que devem ser realizadas regularmente nos diversos componentes do caminhão. É importante que o caminhoneiro siga um cronograma regular de manutenção, que pode ser recomendado pelo fabricante do caminhão ou baseado em padrões da indústria. Dentro desse cronograma estão inclusas as verificações diárias, inspeções semanais, manutenção mensal e revisões anuais. A manutenção planejada do caminhão inclui intervenções com o objetivo 38

de detectar e prevenir possíveis falhas nos caminhões. Assim, evita-se paradas não programadas e imprevistos indesejáveis na estrada. A falta de manutenção pode provocar a parada do veículo e como consequência interrupção da atividade e atrasos na entrega. E isso, para o autônomo principalmente, resulta em prejuízos. Entre as principais vantagens de planejar a manutenção do caminhão está a redução de custos. Afinal, é muito mais barato fazer a troca dos componentes do veículo dentro do prazo da quilometragem do que ser pego de surpresa. Reparos preventivos podem ser, em média, três vezes mais baratos que reparos corretivos. Essa economia diz respeito apenas ao conserto dos veículos. Se forem acrescidas as perdas com pa-


ITENS VERIFICADOS NA MANUTENÇÃO PREVENTIVA DO CAMINHÃO

ÓLEO E FILTRO: Trocar o óleo regularmente e substituir o filtro de óleo são tarefas fundamentais para garantir o bom funcionamento do motor. O óleo lubrifica as peças móveis do motor e o filtro retém impurezas. FILTROS DE AR: Os filtros de ar devem ser verificados e substituídos conforme necessário. Eles ajudam a manter o ar limpo que entra no motor, evitando a entrada de sujeira e partículas que podem causar danos. SISTEMA DE FREIOS: Os freios são fundamentais para a segurança do caminhão e devem ser inspecionados regularmente para garantir que estejam em boas condições de funcionamento. Isso inclui a verificação do desgaste das pastilhas, a pressão do fluido de freio e a inspeção dos discos e tambores de freio. Caso haja algum desgaste ou problema, é necessário substituir as peças danificadas. PNEUS: Verifique a pressão dos pneus regularmente e mantenha-os calibrados de acordo com as especificações do fabricante. Também é importante examinar o desgaste dos pneus e substituí-los quando estiverem desgastados.

SISTEMA ELÉTRICO: Verifique os sistemas elétricos do caminhão, incluindo a bateria, as luzes e a fiação, para garantir que tudo esteja funcionando corretamente. Todos esses componentes devem estar funcionando corretamente para garantir a segurança durante a condução. SISTEMA DE SUSPENSÃO: A suspensão do caminhão desempenha um papel crucial na estabilidade e no conforto durante a condução. Verifique regularmente os componentes da suspensão, como molas, amortecedores e barras estabilizadoras, e faça os ajustes ou substituições necessárias. SISTEMA DE ESCAPAMENTO: O sistema de escapamento deve ser inspecionado para detectar vazamentos, corrosão ou danos. Problemas no sistema de escapamento podem afetar o desempenho do motor e a eficiência do combustível. SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO: Mantenha o sistema de refrigeração limpo e verifique regularmente o nível e a qualidade do líquido de arrefecimento. Um superaquecimento do motor pode levar a danos graves.

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MANUTENÇÃO

Manutenção preventiva do caminhão contribui para evitar perda de tempo e prejuízos radas não programadas, cargas e garantia, entre outros, a economia com realização de revisões periódicas é ainda maior. O aumento da vida útil das peças também é uma vantagem. A manutenção evita que os componentes fiquem sem qualquer tipo de controle e monitoramento e, como consequência, quebrem inesperadamente comprometendo a segurança do motorista. Além disso, quando uma peça quebra o caminhão fica indisponível por determinado tempo. Esse período de ociosidade gera prejuízos incalculáveis para o autônomo que depende, exclusivamente, do caminhão funcionando. Quando o autônomo opta por um plano de manutenção, por exemplo, é possível estabelecer uma previsibilida40

de de custos e não ser apanhado de surpresa. Com o planejamento antecipado da troca de peças evita-se imprevistos e custos não provisionados. As parcelas dos planos de manutenção geralmente têm valores fixos. Desta forma, o caminhoneiro consegue se programar de maneira mais organizada para cuidar corretamente do caminhão. Os planos são escolhidos de acordo com as necessidades de cada motorista. Além disso, ainda há a vantagem da garantia do serviço. Dependendo do plano escolhido, em caso de qualquer problema na estrada a assistência técnica dá cobertura ao veículo em todo território nacional. O serviço é garantido pela empresa contratada que, por sua vez, disponibiliza técnicos especializados e peças genuínas.


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PÓS-VENDA

PEÇAS NO PRAZO D Parte de estrutura global da marca, o centro de distribuição de peças da Scania vai receber investimento para ampliar sua capacidade de atendimento e reduzir o tempo parado de caminhões em manutenção JOÃO GERALDO

A

redução de tempo do veículo parado na concessionária, ou em qualquer ponto de rodovia, está entre as principais estratégias dos fabricantes de caminhões para preservar a imagem da marca em alta. Por isso, as montadoras procuram manter um serviço de atendimento pós-venda cada vez mais ágil e capaz de atender, de forma imediata, as demandas da rede de concessionários. A rapidez requerida tem uma relação bastante próxima com o centro de distribuição de peças da marca bem como à sua capacidade de estoque e dos processos logísticos de movimentação interna, tanto de saída quanto de entrada de componentes para manutenção de veículos da marca. Dentro dessa lógica de manter o nível de atendimento em alta, e caminhão 42

não ficar parado por falta decomponentes, a Scania vai investir R$ 65,7 milhões no seu centro logístico de distribuição de peças de reposição de caminhões e ônibus, o LPC (Latin America Parts Center). Localizada em Vinhedo/SP, além do Brasil e América Latina a unidade atende mercados de outros continentes.


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O DO CLIENTE

Entre os principais objetivos do investimento consta a ampliação da área dos atuais 15.000m2 para 22.500m2, conforme explicou o Vice-presidente de Vendas e Marketing da Scania para a América Latina, Paulo Moraes. “O objetivo é preparar o Centro Logístico para o futuro”, afirma o executivo acrescen-

tando que além do espaço físico o aporte permitirá o aumento do número de peças e preparar a unidade para o futuro, como a eletrificação de veículos. A previsão da Scania é que mais da metade de suas vendas de veículos novos serão elétricos em 2030. O investimento de 65,7 milhões é paocarreteiro.com.br

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PÓS-VENDA

ra o período 2023/2024 e dará excelência ao LPC para os próximos oito anos. Também deixará a unidade apta a buscar novos mercados, incluindo o Mexicano. Moraes disse que há um cenário positivo para 2024 e 2025 e adiantou que serão solicitados novos aportes para os próximos anos. O LPC é um dos quatro centros de logística e de reposição de peças da Scania existentes no mundo. A unidade abastece 180 pontos no território brasileiro e graças à configuração global dos veículos da Scania atende também mercados internacionais como Bélgica, África do Sul, América Central, além de unidades da Scania na América do Sul. De acordo com o Gerente Executivo de Logística de Peças, Ademir Egídio, antes de ser inaugurado, em 2014, 44

o centro logístico de peças de reposição da Scania funcionava dentro da fábrica, em São Bernardo do Campo/SP. Atualmente, o LPC se destaca por ser a único dos quatro com estrutura semelhante ao da matriz, na Bélgica. O centro logístico de distribuição de peças no Brasil é parte de uma estrutura global que reúne mais de 1.200 fornecedores em todo o mundo. “Daqui de Vinhedo enviamos peças para várias partes do mundo e temos condições de atender a vários mercados”, reforça Egídio. O movimento de entrada inclui de 7 a 8 contêineres de peças por semana. São itens vindos mais de 200 fornecedores locais, da fábrica e de outras unidades do exterior. Egídio explica que o tempo médio


Investimento vai permitir o aumento de 50% na área de estocagem do centro de distribuição de peças e proporcionar maior capacidade de atendimento de entrega de peça no território brasileiro é de dois dias e meio, e todo pedido que entra até às 16 horas é despachado no mesmo dia. “Em caso de emergência, 60% dos pedidos são entregues até o dia seguinte”, afirma. Ainda de acordo com o gerente do centro logístico, o estoque da rede opera com inteligência artificial que “aprende” a identificar o perfil de consumo de peças das concessionárias localizadas nas diferentes regiões do País. A unidade trabalha equilibrando o menor prazo de entrega com disponibilidade de peças e a redução de emissões. Neste último casoestão inclusas a separação de embalagens e de outros materiais para serem reciclados e também a disponibilidade de peças remanufaturadas. Atualmente são 37 itens ativos remanufaturados pelos próprios fabrican-

Xxxxel inctio excerro quo dole molcullandi bernate lind mporepe

tes e empresas homologadas pela Scania. Este ano foram comercializadas cerca de 20 mil unidades até setembro. A localização estratégica e de fácil acesso às rodovias Anhanguera, Bandeirantes e o Rodoanel Mário Covas, além da proximidade com o Aeroporto de Viracopos, em Campinas/SP, contribui para redução de tempo e de custos do centro de distribuição de peças. Diariamente são despachadas 42 mil peças, equivalentes a mais de 1.000 toneladas, volume que impacta em mais de 97,4% no nível de serviço da rede de concessionários. ocarreteiro.com.br

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PRODUTO

Produzido até 2012, o Mercedinho 710 era uma evolução do primeiro caminhão leve da marca

20 ANOS DO NOV O O Mercedes-Benz Accelo chega aos 20 anos na posição de um dos modelos para os segmentos leves e médios mais vendidos do País, com mais de 90 unidades licenciadas JOÃO GERALDO

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ançado em 2003, o Mercedes -Benz Accelo completou 20 de mercado na condição de um dos principais representantes dos segmentos de caminhões leves e médios no mercado brasileiro. Na ocasião de seu lançamento, o modelo trazia o compromisso de manter o sucesso alcançado pelo Mercedinho 710, que foi produzido

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produzido até 2012. O modelo era uma evolução do 608, o primeiro caminhão leve da Mercedes no País. O Accelo chegou bem-preparado para conquistar o público do seu segmento e atingir os objetivos traçados pela montadora. As primeiras versões a chegar ao mercado foram a 715 e a 915, para atender a um nicho de mercado representado hoje pelos atuais 817 (8.300 kg de PBT) e 1017 6x2 (13.000 kg de PBT).


V O MERCEDINHO Desde o lançamento, em 2003, até outubro desse ano foram vendidas e licenciadas mais de 90 mil unidades. Do volume total entregue aos clientes da marca, 33.387 unidades são da versão 815, que começou a ser comercializada em 2012, e mantém até hoje a posição de versão mais vendida da família Accelo. Segundo a Mercedes-Benz, o segundo modelo mais vendido é o 1016, também lançado em 2012, com 32.932 unidades emplacadas. A versão média, 1316 6x2, vendida desde 2015, já atingiu o licenciamento de 4031 unidades. Segundo a Mercedes-Benz, o Accelo trouxe ao segmento de caminhões

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Lançado em 2003, o Accelo completa duas décadas nos segmentos de leves e médios

leves o conceito de cabine home office, com interior próximo ao de automóvel de passeio. A montadora cita uma lista itens qpara comprovar essa semelhança, tais como porta-objetos, encosto reclinável do banco tipo mesa, volante, coluna de direção regulável, cintos de segurança de três pontos, painel com computador de bordo e sistema de diagnose, além de vidros e espelhos com regulagem elétrica e ar-condicionado. Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, acrescenta que a linha Accelo foi a primeira a ser comercializada com câmbio autoocarreteiro.com.br

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PRODUTO

matizado. O executivo reforça que os segmento de caminhões leves e médios pertencem a categorias muito competitivas, pois atendem a uma diversidade de clientes, desde aqueles com maior foco no o preço do veículo aos que fazem gestão de frota e olham para o preço e custos operacionais, porém investem em tecnologias que trazem mais economia, conforto e segurança. “O Accelo tem o produto para cada perfil de cliente, seja com modelos básicos ou mais completos", diz. O executivo destaca a versão top de linha com câmbio automatizado, cabina estendida, banco do motorista pneumático, tanque auxiliar de 150 litros, ar condicionado, vidro e espelhos com acionamentos elétricos entre outros itens. O trem de força da linha atual conta com o motor OM 924 LA Euro 6 de 163cv e torque de 610Nm e caixa de câmbio Mercedes-Benz G70, de 6 marchas, nas 48

Accelo nas versões leve e média atende a vários perfis de clientes. O motor OM 924 LA Euro 6 de 163cv entrega 5% a mais de potência e torque do que a versão anterior


Em 20 anos, a engenharia da MercedesBenz aplicou várias atualizações técnicas à família Accelo, mas cabine continua a mesma desde o lançamento, em 2003

versões automatizada ou manual com trambulação a cabo. O Accelo Euro 6 entrega 5% a mais de potência e torque em relaçao à geração anterior com motor Euro 5. Jefferson Ferrarez, diretor de Vendas e Marketing Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, acrescenta que o trem de força do Accelo é um diferencial, pois preserva a robustez conhecida e aprovada pelos clientes. O Accelo tem a seu favor um alto valor de revenda. Segundo o levantamento de preços de veículos comerciais seminovos realizado anualmente pelo Selo Maior Valor de Revenda (SMVR), a versão 1016 obteve valorização de 50,8%. Trata-se da maior entre caminhões seminovos com até três anos de uso de todos os segmentos. O índice de valorização da pesquisa considerou os preços médios dos veículos Okm praticados em julho de 2020 e seus modelos correspondentes em junho de 2023. ocarreteiro.com.br

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MERCADO

VFS COMPLETA 30 A A Volvo Financial Services acaba de completar três décadas de Brasil e comemora o marco na posição de segunda maior operação do Grupo Volvo, com 15% de participação no volume global, entre 48 DANIELA GIOPATO

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Volvo Financial Services, divisão financeira do Grupo Volvo, completou 30 anos de Brasil com uma carteira de R$ 22 bilhões, aporte de capital de R$ 850 milhões (R$ 600 milhões recebidos em 2022 e R$ 250 milhões em 2023) e participação de mais de 40% das vendas da Volvo, colocando as operações brasileiras da VFS como a segunda maior do grupo, perdendo apenas para os Estados Unidos. As operações no Brasil atendem aos segmentos de financiamento via Banco Volvo, Consórcio Volvo, Volvo Corretora e, mais recentemente, Locadora Volvo de veículos comerciais. Nos últimos

três anos, o banco tem apresentado um crescimento sustentável de mais de 35% ao ano, bem acima da média do mercado. “Estamos crescendo rapidamente no Brasil e nossas expectativas para os próximos anos são bem otimistas. Foram 30 anos para atingir 22 bilhões em ativos. Acreditamos que a partir de agora vamos conseguir chegar a um número maior de ativos em menos tempo”, destacou o presidente da VFS, Carlos Ribeiro. Outro fator de satisfação destacado por Ribeiro diz respeito ao índice de inadimplência. “Desde a pandemia que a nossa taxa de inadimplência é baixa. Até o mês de setembro desse ano, es-

Carlos Ribeiro, presidente da VFS América do Sul, Valter Viapiana, diretor comercial do Banco Volvo e José Olimpio Francisco, diretor de desenvolvimento de mercado da Volvo 50


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30 ANOS NO BRASIL

tava em 1,45%. Em relação a outras instituições financeira é um número baixo e isso reforça a relação de confiança entre a VFS e seus clientes”, destacou. Para Ribeiro a principal vantagem do cliente optar pelo Banco de Montadora para conseguir um financiamento é o fato de ter um atendimento personalizado e que entende as necessidades do mercado. “Damos apoio quando o crédito está restrito e damos também apoio aos nossos concessionários”, afirmou. Ao longo dessas três décadas, a VSF diversificou as suas operações e atualmente atua no segmento de segmentos de financiamentos (Banco Volvo), consórcio (Consórcio Volvo), seguros (Volvo Corretora) e locação de veículos comerciais (Locadora Volvo). “Estamos atuando fortemente na transformação das nossas operações, aprimorando as soluções atu-

ais para melhorar a experiência dos clientes e preparando a organização para as demandas que o futuro já está trazendo, como a eletromobilidade”, afirma Ribeiro. O Banco Volvo disponibiliza linhas de financiamento, com prazos estendidos de até 60 meses para caminhões e equipamentos de construção, podendo chegar a até 72 meses para ônibus, no caso de operações para transporte urbano de passageiros. Hoje, a instituição oferece diversas alternativas de financiamento, incluindo linhas do Finame e CDC (Crédito Direto ao Consumidor), Leasing Financeiro e Leasing Operacional. Além de prazos longos, o Banco Volvo tem disponibilizado opções com carência de até seis meses, tanto para as linhas de financiamento via Finame quanto para CDC. “Há 30 anos nosso foco é entender profundamente o negócio de nossos clientes e traocarreteiro.com.br

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MERCADO

VOLVO FINANCIAL SERVICE APOIA OS AUTÔNOMOS Além de se destacar entre grandes transportadores, a VFS também oferece condições para o pequeno transportador ou autônomo. De acordo com Ribeiro, apesar de não existir nenhuma linha específica para o autônomo, a VSF disponibiliza condições para o profissional trocar o seu caminhão usado por um mais novo. “Geralmente esse cliente opta pela compra a vista dando o seu veículo como entrada. Podemos oferecer o CDC com

Volvo Corretora oferece seguro para caminhões e equipamentos de construção balhar para o sucesso deles, financiando seu crescimento”, destaca Valter Viapiana, diretor comercial do Banco Volvo. O financiamento de peças é uma novidade e tem como objetivo facilitar a manutenção dos veículos da marca e garantir ao cliente maior disponibilidade. O parcelamento de peças e serviços, pode ser feito em até 24 meses. Durante essas três décadas, o Consórcio Volvo já comercializou mais de 60 mil cotas e realizou mais de 40 mil contemplações. A modalidade pode ser uma boa opção para aqueles que querem comprar seu primeiro caminhão, ônibus, máquina ou que buscam renovar continuamente sua frota. “É uma modalidade de aquisição importante para quem planeja a renovação de forma mais simplificada. 52

parcelamento de 60 meses”. Para o autônomo que consegue se planejar o consórcio também tem condições interessantes e viáveis. Outro produto que pode ser interessante para o autônomo é o financiamento de peças. “Essa modalidade pode ajudar o motorista a fazer o serviço de manutenção dentro da concessionária e fazer o parcelamento do serviço e peça em até 24 vezes com juros de 2,09% ao mês”.

É uma opção também muito procurada em períodos de juros altos ou oscilantes, justamente por conta do seu custo mais atrativo, com uma das menores taxas de administração do mercado”, observa José Olimpio Francisco, diretor de desenvolvimento de mercado da VFS. A Volvo Corretora foi criada em 2001 e oferece seguros de fábrica para caminhões e equipamentos de construção, segue sendo uma das maiores em seu segmento, além da possibilidade de financiar o seguro junto como caminhão. “Somos muito competitivos nesta área, pois temos produtos qualificados e uma oferta integrada com os veículos da marca”, declara José Olimpio. Em 2022, a VFS iniciou sua mais nova operação, com a Locadora Volvo. A modalidade já está com 500 caminhões alugados. Setores como o agronegócio, mineração, construção e florestal são os mais adeptos a esse tipo de operação. “A locação é uma alternativa para transportadores que têm contratos firmes de transporte de longo prazo, mas não desejam investir na aquisição do bem., agronegócio, mineração, construção e florestal”, destaca José Olímpio.


CARRETEIROS: DEFENSORES DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

N

o mês de setembro comemoramos o Dia Nacional do Caminhoneiro. Desde sua instituição em 2009, a data destaca a importância do trabalho dos profissionais do transporte rodoviário de cargas para a economia do Brasil e busca melhorias nas condições de trabalho. Hoje, celebramos e agradecemos a vocês, carreteiros, pela dedicação incansável que mantém o Brasil em movimento. Como profissionais das estradas, merecem nosso respeito, apoio e reconhecimento contínuo. Mesmo em tempos desafiadores, ficou ainda mais evidente as atividades desempenhadas por vocês em prol da população e da economia brasileira. Além de heróis das estradas, vocês também são peças fundamentais na batalha em defesa de crianças e adolescentes contra a

exploração sexual. Este é um problema que requer atenção e se estende por todas as regiões do nosso país. De acordo com o Projeto Mapear, um levantamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em parceria com a Childhood Brasil entre 2021 e 2022, existem 9.745 pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes ao longo das rodovias federais do Brasil. Este é um desafio que afeta cerca de 58% nas áreas urbanas e 42% nas zonas rurais. É por isso que contamos com a sua atenção e ação para ajudar a proteger meninas e meninos em situação de vulnerabilidade nas estradas do país. Denuncie qualquer suspeita pelo Disque 100. A ligação é anônima e gratuita. Juntos, podemos fazer a diferença e contribuir para um Brasil mais seguro e justo para todos.

Para saber mais, acesse: Childhood Brasil – www.childhood.org.br Programa Na Mão Certa – www.namaocerta.org.br

ocarreteiro.com.br

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MONTADORAS

IMUNE ÀS TORMENTAS DO M A DAF Brasil comemora uma década de presença no mercado de caminhões sem registros de queda de vendas, nem mesmo pela desaceleração da economia ou pelos impactos trazidos pela pandemia da covid-19 JOÃO GERALDO

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D

iferentes fabricantes e marcas de caminhões tentaram se estabelecer no mercado brasileiro nos últimos 15 anos, mas por diferentes motivos, que vão desde o perfil dos produtos e estratégias de mercado, entre outras questões, a maioria acabou por deixar o País ou ainda patinam por um lugar ao sol. Esse não foi o caso da DAF, montadora fundada Holanda em 1928 e desde 1996 subsidiária do Grupo Paccar, empresa fabricante dos caminhões Peterbilt e Kenworth, na América do Norte. Ao contrário das que vieram e se foram, a DAF se estabeleceu e completa de 10 anos de atividades e seguido crescimento nos segmentos de caminhões semipesados e pesados. O investimento anunciado em 2011


para a instalação da DAF Brasil, em Ponta Grossa/PR, foi de R$ 200 milhões de dólares. A inauguração ocorreu em outubro de 2013 junto com o início de produção do extrapesado XF 105, na fábrica com área construída de 270 mil m2 em terreno de 2,3 milhões de m2. Naquele ano, o licenciamento total de caminhões pesados atingiu 55.886 unidades. Entre outubro e dezembro de 2013, a DAF licenciou somente 29 caminhões. No ano seguinte, o mercado caiu para 47.428 e para 15.663 em 2015 com a crise econômica praticamente já instalada no País. Nos anos seguintes, mesmo diante das seguidas quedas no número de emplacamento da indústria de caminhões, os números da DAF continuaram a subir. Grandes empresas de transpor-

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MERCADO

DAF CF 8x2 da nova geração tem motor de 6,7 litros com potência de 308cv e cabine atualizada em duas versões

te já rodavam com o caminhão da marca em regiões como o Centro-Oeste do Brasil transportando produtos agrícolas. Em 2014, a empresa já havia apresentado a linha CF 85, nas versões com motor de 360 (4x2) e 410 cv (6x2) seguido extrapesado XF 510 em 2015. A barreira das primeiras 1.000 unidades foi rompida ao final de 2017, com 1.048 licenciamentos, ano em que o mercado total feocarreteiro.com.br

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MONTADORAS

Linha de produção em Ponta Grossa/PR dos primeiros caminhões da marca

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE LICENCIAMENTOS DA DAF 2013 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257 2015 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 443 2016 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 673 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 .048 2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 .343 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 .226 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 .831 2021 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 .600 2022 (até setembro) . . . . . . . . . 5 .895

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chou com 18.747 caminhões pesados. Com a recuperação o setor automotivoveio em 2019, a DAF atingiu o licenciamento de 6.000 unidades do XF e CF e ainda naquele ano inaugurou o Centro de Distribuição de Peças da Paccar Parts e multimarcas TRP, para apoiar a distribuição de peças, e o Paccar Financial para suportar o avanço da marca no País e a frota DAF circulante. Mesmo com a queda do mercado provocada pela pandemia da covid-19 em 2020, a marca registrou crescimento de 18.8% no número de licenciamentos (3.831 unidades contra 3.226 no ano anterior). Em 2021 foram 5.584 caminhões seguidos por 6.793, sendo 6.500 extrapesados. no ano passado. Em 2023 a marca continua em ritmo de crescimento, pois entre janeiro e setembro foi


Nos últimos cinco anos, o licenciamento anual de caminhões da DAF dobrou, com destaque para os modelos da linha XF registrado o licenciamento de 5.330 unidades, volume 11,5% superior às 4.781 alcançadas em igual período do ano passado. Luis Gambim, diretor comercial da DAF Brasil, destaca que o desempenho da DAF segue um patamar acima do mercado e a projeção é crescer entre 15% e 20% em produção em relação a 2022. O executivo diz que em 2024 a companhia seguirá com crescimento das vendas em volume e em participação de mercado para fortalecimento da marca como referência em soluções de qualidade para o transporte de carga. “Neste ano em que comemora uma década de operação brasileira, a DAF se consolida como uma das principais marcas de caminhões do mercado e uma das fabricantes que mais crescem no Pa-

ís”, acrescenta. Gambim diz ainda que a companhia expandirá seus investimentos em tecnologias de segurança e qualidade para evoluir ainda mais no Brasil. “Desde o início, nossa meta é replicar na DAF Brasil o modelo de negócio em-sucedido da DAF na Europa e também do know-how mundial que temos como grupo PACCAR. E agora, uma década depois, escrevemos somente o primeiro capítulo de nossa longa jornada com o País”, conclui Lance Walters, Presidente da DAF Brasil. ocarreteiro.com.br

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SEMIPESADOS

O DIVISOR DE ÁGU O Volvo VM completou 20 anos de mercado com mais de 90 mil unidades comercializadas. O lançamento, em 2003, ampliou a linha de produtos da marca com maior oferta de caminhões rígidos e cavalos mecânicos a partir 16 a 40 toneladas de PBT para diversas aplicações JOÃO GERALDO

A

Volvo comemorou em outubro 20 anos de mercado da linha VM, período que foram licenciadas mais de 90 mil unidades. O lançamento do modelo, em 2003, trouxe diversas novidades para o segmento de caminhões semipesados e representou um divisor de águas para a montadora. Naquele ano, o mercado total de caminhões fechou com o licenciamento de 65.880 unidades, entre as quais 17.209 eram do segmento de pesados e 16.883 semipesados. Foi a primeira vez que a Volvo participou do mercado de veículos a partir 16 a 30 toneladas de PBT no País. Antes de lançar o VM, a Volvo produzia modelos das famílias FH, FM e NH (o último caminhão da marca com capô 58

no País). Idealizado na versão para 4x2 para atender ao transporte de carga na faixa de 17 toneladas, e 6x2 para 23 toneladas, o VM era equipado com motor MWM nas potências de 210 e 240cv. O projeto do chassi possibilitava melhor distribuição de carga, bem como o transporte de um maior volume. O lançamento atendia a uma antiga queixa principalmente dos caminho-


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GUAS DA VOLVO

Série Especial 20 Anos do VM traz vários diferenciais em relação à linha normal

neiros autônomos sobre a inexistência de caminhões semipesados com cabines leitos. Entre as novidades do VM à época estavam a coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, banco do motorista com suspensão a ar, suspensão e basculamento hidráulico da cabine, e suspensão traseira com molas parabólicas. Dois anos depois, em 2005, a Volvo

apresentou novidades para o VM. Além de mudanças estéticas da cabine, a linha recebeu novos motores Euro 3 de seis cilindros e foi ampliada com um cavalo mecânico 4x2. Equipado com motor eletrônico de 310cv e a mesma caixa de marchas VT2214B do FH, o veículo era indicado para puxar semirreboque de até três eixos. E os modelos com chassi rígido passaram a ser disponibilizados ocarreteiro.com.br

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SEMIPESADOS

Primeiro cavalo mecânico VM 4x2, lançado em 2005 tinha motor de 310cv de potência. Abaixo, o primeiro VM 4x2

nas potências de 210 e 260, além da versão 6x4 nas potências de 260cv e 310cv. Outras mudanças da linha VM vieram com o lançamento da terceira geração, no final de 2011. A principal delas estava na maior potência dos motores Euro 5, com 220cv, 270 e 330cv para os caminhões rígidos e 330cv para o cavalo mecânico. O lançamento envolveu 60

também a introdução de modelos vocacionais com chassi rígido e motores de 270 e 330cv. As novidades se estendiam ainda a novas opções de caixa de câmbio e de eixos traseiros, tecnologia SCR de emissões e o freio-motor VM EB de 235 cv. Também na mesma ocasião foi anunciado que a família VM ganharia as versões 8×2 e 8×4. O lançamento da linha 2023 preparada para atender a legislação de emissões P8 (Euro 6) do Proconve trouxe o novo motor Volvo de seis cilindros e oito litros nas potências de 290cv e 360cv além da caixa de câmbio I-Shift de 7ª geração. Segundo a Volvo, o consumo de combustível do novo VM chega a ser até 10% menor do que a geração anterior Euro 5, dependendo da topografia, carga e do tipo de operação. A nova linha trouxe com ela o VM MX


MAX, para aplicações vocacionais na configuração 6x4R e 8x4 e PBT de 34 toneladas. O VMX conta com um sistema inteligente criado para economizar combustível que funciona ajustando a injeção conforme a carga e a topografia ao longo da rota que o veículo se encontra. SÉRIE ESPECIAL - A volvo preparou 200 unidades disponíveis nas configurações 6x2 e 8x2. Entre os diferenciais da série especial comemorativa em relação aos modelos normais, consta os faróis de neblina, luz de posição extra, espelhos elétricos com aquecimento, para sol frontal, lanternas traseiras em led e buzina a ar. A pintura na cor Iced Mercury metálica, selos e faixas com inscrição comemorativa “VM 20 Anos” e outros detalhes exclusivos. Internamente, o VM 20 anos tem

Versão vocacional MX Max chegou esse ano. Abaixo, cabine da família VM com visual mais próximo da linha FH

pacote de acabamento completo, com ar-condicionado, cabine leito, climatizador de teto, levantamento elétrico dos vidros, para-sol interno lateral, rádio com leitor USB+MP3+Bluetooth. Os veículos dessa série estão equipados ainda com o hardware Volvo Connect, para conexão com o sistema de conectividade remota da marca. ocarreteiro.com.br

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CLASSIFICADOS

Amigo motorista, mande sua mensagem para Revista O Carreteiro por email: redacao@ggmidia.com. br pelo site: www.ocarreteiro.com.br pelo whatsapp: (11) 97362-0875 pelo facebook: facebook. com ocarreteiro. cartas: Rua Palacete das Águias, 395 - Vila Alexandria - São Paulo SP - CEP 04635-021

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E-DELIVERY NO CHILE A Volkswagen Caminhões e Ônibus comemora um dos marcos de sua história no Chile com a chegada do e-Delivery em suas versões de 11 e 14 toneladas. Com esta novidade, a marca continua a reforçar a sua estratégia sustentável no país, que complementa com a Ruta Azul, uma iniciativa que começou há pouco mais de cinco anos e que procura gerar maior consciência e educar para o cuidado do ambiente com atividades de limpeza de colinas e praças, reciclagem e gestão de resíduos, além de cursos online gratuitos.

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DAILY AUTOMÁTICA Depois da Ford lançar no mercado brasileiro a Transit com caixa de câmbio automática, chegou a vez da Iveco. A montadora anunciou o lançamento do Daily Hi-Matic para novembro. Será mais um veículo de distribuição a oferecer esta opção que que facilita a rotina do motorista que trabalha no trânsito urbano principalmente.

Um caminhão gemendo, uma prestação vencendo. IMPLEMENTOS A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) acredita que este ano poderão ser emplacados 145 mil unidades contra 135 do ano passado. Segundo a entidade, o crescimento deverá ser por conta do segmento de Reboques e Semirreboques, cuja expectativa é de encerrar 2023 com 85 mil unidades, 10 mil acima das previsões iniciais. Na opinião de José Carlos Spricigo, presidente da Anfir, a redução da taxa de juros e os Pesados com 4º eixo poderão influenciar positivamente o mercado. ocarreteiro.com.br ocarreteiro.com.br 63 63


MERCADO MERCADO DE CAMINHÕES DE CAMINHÕES

MODELOS MAIS MODELOS LICENCIAMENTO LICENCIAMENTO LICENCIADOS LICENCIA EMEM RETRAÇÃO RETRAÇÃO POR MARCA POR MAR

Foto: DIVULGAÇÃO

Foto: DIVULGAÇÃO

Fonte: FENABRAVE

O emplacamento O emplacamento de caminhõesde noscaminhões nos ATÉsofreu AGOSTO/2023 ATÉ AGOSTO primeiros primeiros nove meses nove de 2023 meses sofreu de 2023 quedaqueda de 15,2%de em15,2% relação ao em mesmo relação ao mesmo POS. FABRICANTE POS. JAN/SET FABRICANTE período período de 2022. de No acumulado 2022. No foram acumulado foram 1º VOLVO FH 540 708 1º 4.959 VOLVO FH 540 registradas registradas 79.003 contra 79.003 93.162 ano contra 93.162 ano 2º DAF XF 530 397 2º 2.810 DAF XF 530 passado. passado. A maior retração, A maior de 17,6%, retração, de 17,6%, 3º SCANIA R 460 383 3º 1.849 SCANIA R 460 ficou ficou na contana dosconta pesadosdos caindo pesados de caindo de 4º VW 11.180 361 4º 3.275 VW 11.180 46.71246.712 para 38.491 para unidades, 38.491 porém unidades,5º porém VOLVO FH 460 305 5º VOLVO 2.610 FH 460 menos menos que o segmento que o de segmento médios, de médios, 6º DAF XF 480 289 6º 2.398 DAF XF 480 que apresentou que apresentou queda de 21,9%. queda E de 21,9%. E 7º VOLVO VM 290 245 7º 1.085 VOLVO VM 290 por falar porem falar pesados, emo pesados, Volvo FH o Volvo FH 8º M-BENZ ACCELO 1017 184 8º M-BENZ 633 ACCELO 1 540 continua 540 continua a ser o caminhão a sermais o caminhão mais 9º VW 24.280 173 9º VW 1.542 24.280 vendido vendido entre todas entre as categorias, todas com as categorias, com 10º SCANIA R 540 201 10º SCANIA 1.043 R 540 4.9594.959 unidades unidades licenciadas no licenciadas ano. O no ano. O modelo modelo foi também foiotambém mais emplado o mais emplado em setembro, em setembro, com 708 unidades. com 708 Em unidades. Em ACUMULADO 2023 ACUMULAD segundo segundo lugar aparece lugar o Volkswagen aparece o Volkswagen POS. FABRICANTE QUANT. POS. PARTIC. FABRICANTE Delivery Delivery 11.180, com 11.180, 3.275 registros com 3.275 registros 1º VOLKSWAGEN 19.967 1º 26,32% VOLKSWAGEN e em e terceiro em terceiro o DAF XF 530 o DAF com XF 530 com 2º MERCEDES-BENZ 19.514 2º 25,72% MERCEDES-BENZ 2.810.2.810. QuandoQuando se trata da marca se trata com da marca com 3º VOLVO 14.074 3º 18,55% VOLVO maiormaior volume de volume vendas em de2023, vendas a em 2023, a 4º SCANIA 8.238 4º 10,86% SCANIA campeã campeã é a Volkswagen, é a Volkswagen, com 19.969 com 19.969 5º IVECO 7.394 5º 9,75% IVECO veículos veículos emplacados. emplacados. A Mercedes- A Mercedes6º DAF 5.895 6º 7,77% DAF Benz Benz segue encostada segue encostada com 19.415 e a com 19.415 e a 7º HYUNDAI 262 7º 0,35% HYUNDAI VolvoVolvo que produz que somente produz caminhões somente caminhões 8º FOTON 178 8º 0,23% FOTON semipesados semipesados e pesados, com e pesados, 14.074. com 14.074.

64 64

O Volvo FH 540 segue na liderança em número de emplacamento de caminhões, com um acumulado de 4.959 registros entre janeiro e setembro deste ano. O modelo pesado é seguido pelo Volkswagen leve Delivery 11.180, com 3.275 unidades

O s e e c u 4 j d p p l c


MENTOS LICENCIAMENTOS JAN-SETEMBRO/2023 JAN-SETEMBRO/2023 SETEMBRO/2023 AGOSTO/2023

SETEMBRO/2023 JAN-SETEM/2023 JAN-SETEM/2023

TOTAL9.314 DE CAMINHÕES

9.314 8.772

8.772

79.003 79.003

SEMILEVES 778

778 636

636

6.638 6.638

FCA (DODGE) 458

458 344

344

3.919

3.919

IVECO

40

4044

44

454

454

VOLKSWAGEN 61

6156

56

391

391

MERCEDES-BENZ 193

193 166

166

1.730

1.730

LEVES 718

646 718

646

21 9

9

53

53

28 31

31

262

262

AGRALE

21

CAOA HYUNDAI 28 IVECO

6.663 6.663

103

10355

55

835

835

VOLKSWAGEN 190

190 138

138

1.862

1.862

MERCEDES-BENZ 364

364 401

401

3.425

3.425

12 11

11

205

205

OUTROS FABRICANTES 12 MÉDIOS 672

672 625

625

AGRALE

2

2 0

0

6.246 6.246 9

9

IVECO

114

11483

83

948

948

VOLKSWAGEN 470

470 448

448

4.257

4.257

MERCEDES-BENZ 61

61 74

74

883

883

OUTROS FABRICANTES 25

25 17

17

145

145

SEMIPESADOS 2.516

2.516 2.127

2.127

1

1 0

0

8

8

66

66 81

81

565

565

IVECO 400

400 304

304

3.350

3.350

VOLKSWAGEN 1.153

1.153 914

914

9.227

9.227

MERCEDE-BENZ 567

567539

539

4.805

4.805

AGRALE DAF

SCANIA

20.96520.965

0

0 0

0

0

0

VOLVO 328

328 288

288

2.998

2.998

1 0

0

6

6

OUTROS FABRICANTES 1

4.738 4.630

4.738

DAF

PESADOS 4.630 749

749 691

691

38.491 38.491 5.330

IVECO

225

225 209

209

1.774

1.774

VOLKSWAGEN 391

391 573

573

4.226

4.226

5.330

768 687

687

7.830

7.830

SCANIA 958

958 1.273

1.273

8.240

8.240

VOLVO1.538

1.538 1.305

1.305

11.080

11.080

1 0

0

11

11

OUTROS FABRICANTES 1

Fonte: ANFAVEA

MERCEDES-BENZ 768

Fonte: ANFAVEA

AGOSTO/2023 UNIDADES

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