EDITORIAL COISA DE PROFISSIONAL
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ue a profissão de motorista de caminhão está passando por uma grande transformação todos os profissionais da área têm ciência. O que não é tão comum à maioria é o quanto essas mudanças poderão transformar ainda mais essa atividade que no passado já foi encarada por iniciantes como um símbolo de liberdade. Um dos primeiros sinais de que para sobreviver ao volante de um caminhão seria preciso preparo além de saber dirigir foi dado há anos quando começaram a surgir as escolas para preparar e atualizar motoristas. Muita gente não acreditou, achou que seria algo desnecessário, principalmente os mais veteranos e conhecedores dos segredos da estrada e da atividade. A questão é que por mais tempo que o motorista tivesse de cabine, ele não imaginava que teria de ser minimamente treinado para absorver as tecnologias dos novos caminhões e, assim, tirar maior proveito do equipamento, tornando-o mais eficiente. Não foram poucos os que torceram o nariz ao achar que nada mais, ou muito pouco, tinham a aprender sobre condução do caminhão, mas com o passar dos anos e as margens de lucro cada vez menores, transportadores de todos os portes, inclusive autônomos, tiveram de se adequar às regras da direção econômica, segura e mais eficiente. Somente estes três itens impuseram um pacote de mudanças no comportamento do motorista, inclusive a reciclagem, algo impensado por qualquer motorista 30 anos atrás. Especialistas do setor sugerem que hoje quem pretende entrar na área deve antes se informar, e procurar saber o máximo possível de detalhes sobre a atividade para não ser mais um na lista daqueles que não deram certo na profissão. É comum chegar à redação desta revista solicitações de pessoas que sonham viver da profissão querendo saber qual o tipo de carga que dá mais dinheiro, que são mais lucrativas e sobre qual o melhor caminhão para se trabalhar. Perguntas como essa são difíceis de serem respondidas até mesmo pelos “universitários”, porque se o tal do lucro dependesse somente do tipo de carga, caminhão e rota, não haveria tanto “chororô” por parte de quem transporta. Embora o transporte rodoviário de cargas possa parecer algo simples, por ser o principal modal para movimentar cargas no País, se trata de uma atividade que exige cada vez mais profissionalismo. E quem tem essa paixão deve brigar por ela. João Geraldo Editor
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SUMÁRIO
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TRANSMISSÃO AUTOMATIZADA Conforto, segurança e redução do consumo de combustível, entre outros benefícios, fizeram a transmissão automatizada cair no gosto dos transportadores e motoristas, levando os fabricantes de caminhão a disponibilizá-la em praticamente todos os modelos pesados produzidos para o mercado brasileiro
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SEMINOVOS
Diante do desempenho apresentado nos últimos anos pelo mercado de caminhões semipesados, a Mercedes-Benz ampliou seus investimentos no setor e inaugurou a segunda loja SelecTrucks no Brasil, em Minas Gerais, e anunciou a abertura da terceira unidade no Paraná
/OCARRETEIRO /OCARRETEIRO_ /OCARRETEIRO (11)95428-8803 /REVISTAOCARRETEIRO DIRETOR Edson Pereira Coelho
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Especialistas do setor do transporte rodoviário de cargas alertam aos interessados em investir no segmento que para se obter algum sucesso na atividade, e dela sobreviver, é imprescindível dedicação, aprendizado constante e estar devidamente enquadrado às normas da ANTT
REDAÇÃO redacao@ocarreteiro.com.br Editor João Geraldo (MTB 16.954) Colaboradores desta edição Evilazio de Oliveira e Daniela Giopato Ilustração Michele Iacocca REPRESENTANTES comercial@ocarreteiro.com.br Eurico A. de Assis Itamar F. Lima José Antonio Fernandes Ubiratan Alves Ferreira. Secretárias Nilcéia Rocha Juliana Vieira PROJETOS ESPECIAIS Jenner Nicodemos NOVOS NEGÓCIOS Alexis Victor F. Coelho ADMINISTRAÇÃO Ed Wilson Furlan TI DC Code Soluções em TI Ltda.-ME
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Assinatura: Anual R$ 96,00 Exemplar avulso: R$ 8,00 Edição nº 502 - Circulação: Setembro de 2016
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Publicação de: G.G. Editora de Public.Téc. Ltda. Rua Palacete das Águias, 395 Vila Alexandria - CEP 04635-021-SP Tel.: (11) 5035-0000 - Fax: (11) 5031-8647 revista@ocarreteiro.com.br
www.ocarreteiro.com.br A Revista O Carreteiro é dirigida a motoristas de caminhão, empresários donos de transportadoras, frotistas, chefes de oficinas e demais profissionais ligados ao transporte rodoviário de carga.
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54 História do Zé 60 Classificados 74 Tabelas 82 Jesuino
A publicação é distribuída em cooperação com postos de serviços rodoviários “ROD” (Rede Oficial de Distribuidores da Revista O Carreteiro). É proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem prévia autorização. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Revista O Carreteiro. Impressão e Acabamento RR Donnelley Tiragem desta edição verificada pela PwC, cuja carta relatório encontra-se em nosso poder
NOTÍCIAS MARCA DO ANO
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Librelato foi eleita a Marca do Ano na categoria Implementos Rodoviários, em premiação organizada pela Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave). O título é inédito para a empresa, que em 2015 havia conquistado a segunda colocação. “Investimos constantemente em tecnologia, pesquisa e conhecimento aplicados em prol de produtos robustos, confiáveis e que fazem a diferença no dia a dia do transportador”, disse Pedro Bolzzoni, diretor comercial da empresa catarinense. “Esse prêmio só nos mostra que
estamos no caminho certo e é com muita satisfação que o recebemos. Ser eleita a Marca do Ano na opinião de quem atua diretamente neste mercado tão competitivo é um grande diferencial”, comemorou Bolzzoni. .
UM SÓ CONTROLE ACIONÁRIO
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Tipler e a Borex, empresas focadas no setor de recapagem e reforma de pneus para o transporte de carga e de passageiros, acabam de anunciar que ambas passaram a ser controladas pela família Möller, a qual é dona da Tipler há mais de 40 anos. Até então, a Borex – fundada há sete anos - era controlada por um dos membros da família e agora as duas organizações passam a ter o mesmo controle acionário. Porta vozes das duas empresas informaram que a Tipler seguirá
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O CARRETEIRO
investindo na sua rede de concessionários em todo o território brasileiro e países da América Latina, enquanto a Borex, por sua vez, manterá seu perfil de atuação, o qual tem presença nas redes de reformadores de todas as demais marcas que concorrem no setor de reformas de pneus. “Com a mudança, o objetivo é reforçar ainda mais as particularidades de cada marca, assim como as vantagens que cada uma apresenta ao mercado”, disse Paulo Henrique, membro da família.
NOTÍCIAS SHOW ROOM DE SEMINOVOS
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Volvo instalou um Show Room para exposição de caminhões seminovos Viking na portaria de sua fábrica em Curitiba/PR. A estrutura funciona em horário comercial e todos os modelos à venda nas 95 concessionárias da marca no território brasileiro podem ser vistos também pelo site www.seminovosvolvo.com. br. Os caminhões Viking são vendidos com garantia de fábrica e contam com o Volvo Financial Services, que viabiliza também o seguro do veículo. Rogério Kovalski, gerente de seminovos Viking, destaca o Viking é um sucesso desde seu lançamento há 8 anos. Os veículos seminovos
Viking têm garantia da procedência e seus principais componentes passam por processo de avaliação. Os modelos que recebem o selo “Viking Plus” têm garantia de um ano para o trem de força. “Além disso, o cliente pode contar com os panos de manutenção da própria Volvo”, finalizou.
BOMBA DE ÓLEO
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Grupo KSPG, fabricante global de componentes e soluções na área de alimentação de componentes de motor, está ampliando sua linha de bombas de óleo para motor diesel de veículos pesados. Os produtos da empresa são comercializados em todo o mundo na reposição pela Motorservice, a divisão de pós-vendas do Grupo KSPG AG, que também é responsável pelas operações das marcas Kolbenschmidt (KS) e Pierburg. No mercado brasileiro de reposição, os produtos são comercializados pela MS Motorservice Brazil, divisão do Grupo responsável
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pelas atividades e prestação de serviços pós-vendas. A empresa informa que sua nova linha de bombas de óleo BF atende veículos pesados de 22 montadoras, entre fabricantes de caminhões, tratores e colheitadeiras.
CONSÓRCIO
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Mercedes-Benz está comemorando o desempenho de seu consórcio para aquisição de caminhões, comerciais leves e veículos seminovos da SelecTrucks. Pelos números divulgados pela empresa, até junho deste ano foram comercializadas 900 cotas dos três primeiros grupos. O diretor de vendas e marketing caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, Ari de Carvalho, disse que devido ao sucesso dos três primeiros grupos, lançados em outubro passado, foram lançados outros
dois, dos quais em apenas um mês foram vendidas 400 cotas. O executivo destaca que os novos grupos trouxeram com eles a novidade do lance fixo decrescente. “Com o passar do tempo o valor do lance fixo diminui e o cliente passa a contar com uma possibilidade de contemplação que requer baixo aporte de capital. No início, esse lance é de 30%, chegando a até 10% após 60 meses”, explicou.
NOVO DISTRIBUIDOR
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rede de distribuidores Ford Caminhões passou a contar com mais uma concessionária do Grupo Divepe na região da Grande São Paulo. Localizada no bairro paulista Novo Mundo, a unidade está instalada próxima às rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias. A nova estrutura tem instalações completas numa área de 10 mil metros quadrados que incluem mais de 40 boxes para serviços, amplo estoque de peças e acessórios originais e setor de funilaria e pintura. Dispõe ainda de sete oficinas móveis para atendimento no local do cliente, agendamento de oficina com hora marcada, plantão 24 horas e treinamento para frotistas. O gerente geral de marketing, vendas e serviços da
Ford Caminhões Oswaldo Ramos, disse que a inauguração da nova unidade mostra a importância desse mercado para a companhia no segmento de caminhões e veículos comerciais. Cláudio Terciano, diretor da Divepe, destacou que como parte do lançamento da linha Cargo Torqshift, a concessionária também promove um programa de test-drive, levando os veículos na empresa do cliente para os seus motoristas poderem experimentar o veículo.
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CÂMBIO AUTOMATIZADO
CAMINHO SEM VOLTA
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O CARRETEIRO
Equipamento de série em quase 100% dos caminhões pesados produzidos no Brasil, a caixa de câmbio automatizada deverá ser um item normal também em modelos dos segmentos de semipesados, médios e leves. Especialista avaliam que se trata de um caminho sem volta e não falta quem acredite que se a caixa mecânica não desaparecer totalmente será muito pouco utilizada
POR João Geraldo
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ntre as diversas transformações ocorridas no transporte rodoviário de cargas nos últimos anos, duas delas marcaram mudanças no perfil do setor: a primeira - a partir do início dos anos 90 - foi a transição da cabine convencional para a avançada e a segunda, ainda em curso, é a preferência de motoristas e transportadores por caminhões com caixa de transmissão automatizada. Este item, embora esteja disponível no mercado há cerca de 15 anos, ganhou impulso no mercado brasileiro há bem menos tempo, tornando-se item de série dos caminhões pesados produzidos atualmente no País. A transmissão automatizada tornou-se uma tendência mundial que mostrou claramente a preferência da grande maioria dos motoristas por dirigir sem ter de fazer as trocas de marchas. O fato fica mais evidente ainda quando executivos de um fabricante global de transmissões, a alemã ZF, afirma que segundo suas análises, as caixas de marchas mecânicas desaparecerão até o ano de 2025. Essa mudança tem outros apelos como segurança, economia de combustível e, dentro de alguns anos, os caminhões autônomos. Winfried Gründler, executivo responsável pela unidade de negócios de
transmissões para caminhões e vans da divisão de tecnologia para veículos comerciais da ZF, na Alemanha, disse recentemente que o volume de transmissões manuais deverá diminuir dos atuais 60% para cerca de 10% na União Europeia. Ainda segundo ele, a nível global a redução será de 80% para 50%. No Brasil, as transmissões manuais em veículos pesados já começam a ser utilizadas apenas em nichos específicos, ou a pedido do cliente, como já acontece no Brasil. “Acabou o preconceito do transportador em relação à caixa de câmbio automatizada. Hoje ele reconhece suas vantagens e sabe que ela protege todo o sistema de transmissão do caminhão”, afirmou o engenheiro Celso Mendonça, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Scania. Ele acrescenta que este sistema evoluiu bastante ao lembrar que as caixas automatizadas de primeira geração trocavam as marchas conforme a rotação do motor, mas hoje fazem muito mais coisas. “A caixa de transmissão Opticruise, por exemplo, faz leitura da carga, da pressão do acelerador, do giro do motor e pressão da turbina entre outras coisas”, explicou Mendonça sobre o equipamento da Scania, o qual, também permite que o motoriswww.ocarreteiro.com.br
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CÂMBIO AUTOMATIZADO Acabou o preconceito, hoje o transportador já reconhece vantagens da transmissão automatizada, afirma Celso Mendonça, da Scania
ta escolha entre a direção econômica e normal na forma de conduzir, além de permitir que o caminhão continue engatado mesmo trafegando em condições nas quais o motor tenha de operar com o giro bem próximo à marcha lenta. “Acreditamos que essa tendência do uso de caixas automatizadas vai crescer muito também no segmento de semipesados. Nós, por exemplo, começamos a disponibilizá-la no nosso modelo semipesado 8X2 junto com a cabina-leito, num momento em que mercado não acreditava como hoje na transmissão automatizada”, finalizou Mendonça. Quando uma tecnologia traz benefícios e conquista o cliente, a tendência é de se expandir também para caminhões com menor capacidade de carga. Caso da MAN Latin America, a única montadora no País a oferecer esta solução em motor de 4 cilindros, 14
O CARRETEIRO
Um protótipo da linha Delivery com a caixa V-Tronic também já se encontra em teste, adiantou Ricardo Alouche, da MAN Latin America
Nos próximos anos veremos um incremento da automatização também nos caminhões médios e semipesados, previu Marcos Andrade, da Mercedes
no Constellation 17.190. Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da companhia, adiantou que a empresa vai expandir a oferta para os modelos leves. Por conta disso, um protótipo da linha Delivery também já se encontra em teste com a caixa V-Tronic, fabricada pela ZF. “Temos a maior linha de caminhões automatizados do Brasil, com 17 veículos ofertados ao mercado brasileiro. Seja nas versões V-Tronic para Volkswagen ou TipMatic na série MAN TGX e asseguramos opções sob medida aos clientes que buscam uma alternativa econômica e eficiente, com o melhor custo-benefício ao frotista”, afirmou Alouche. Ainda de acordo com o executivo, essa é uma realidade muito forte em nosso mercado. “Hoje, cerca de 80% de nossos cavalos-mecânicos já saem da linha de montagem com a transmissão automatizada www.ocarreteiro.com.br
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CÂMBIO AUTOMATIZADO V-Tronic, e essa configuração tem se confirmado como uma tendência também nos semipesados e médios. Um caminho sem volta”, finalizou. A automatização é uma onda que caminha de cima para baixo, ou seja, dos segmentos com maior valor agregado para os veículos mais simples, lembrou o gerente de produto caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, Marcos Andrade. Ele destaca que para os segmentos de leves e médios, o câmbio automatizado ainda não se tornou pré-requisito para os clientes, mas isso poderá se tornar uma tendência nos próximos anos. “Sem dúvida, nos próximos anos veremos um incremento da participação da automatização nos segmentos de leves, médios e semipesados”, opinou. O grande desafio, prossegue Andrade, é prever a velocidade com que isso ocorrerá, pois depende da existência de soluções tecnologicamente adequadas para as condições de ope-
ração no Brasil e a um custo aceitável. Também ressalta que a necessidade das caixas automatizadas para o transporte de carga depende da aplicação e perfil de cada cliente. Como exemplo, ele cita que 100% dos modelos Axor e Actros, caminhões cuja maioria atendem aplicações rodoviárias e operações fora de estrada, são produzidos com transmissão automatizada. Ele lembra que os principais destaques do câmbio automatizado são a economia do consumo de combustível e o nível superior de conforto, itens muito importantes em viagens de longa duração, além da dirigibilidade ao motorista, o que contribui para alcançar maior produtividade nas operações de transporte. “Com certeza é um caminho sem volta e necessário. Essa tecnologia atinge nível superior de conforto ao motorista, e é exatamente isso que os clientes esperam do caminhão”, concluiu.
Devido ao conforto que proporciona, a caixa automatizada ajuda o transportador a atrair motoristas, comentou Ricardo Barion, da Iveco
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O CARRETEIRO
Hoje em dia já está muito difícil vender um caminhão com transmissão manual. É um caminho sem volta, enfatiza Bernardo Fedalto, da Volvo
O diretor de marketing da Iveco para a América Latina, Ricardo Barion, também tem opinião de que a transmissão automatizada é o futuro, entretanto lembrou que a caixa manual ainda representa boa parte das compras dos transportadores. “As duas opções estarão disponíveis por alguns anos para atender cada necessidade do cliente”, acrescentou. Barion destacou que estão sendo testadas novas tecnologias em Sete Lagoas/MG e serão implementadas conforme a demanda do mercado e lembrou que os pesados Stralis e Hi-Way também contam com câmbio automatizado de série. O executivo de marketing Iveco destacou também que atualmente a caixa automatizada é também um item que, devido ao conforto que proporciona, ajuda os transportadores a atrair motoristas para suas frotas oferecendo mais conforto. “Acredito que a utilização da caixa automatizada em to-
dos os veículos, de diferentes segmentos do transporte, deva ser um processo a longo prazo, porém, cada vez mais os operadores irão buscar conforto e custo operacional”, finalizou. O diretor de vendas de caminhões da Volvo, Bernardo Fedalto, disse que a caixa de transmissão automatizada mudou o mundo. “Hoje, quem não tem está fora do mercado”, enfatizou. De acordo com ele, atualmente 96% dos modelos das famílias FH e FMX saem da linha de produção com caixa de transmissão automatizada. “Na linha VM, por exemplo, já ultrapassamos os 70%, e temos expectativa de terminar 2017 com 90%”, enfatizou. Fedalto informou ainda que, exceto para os modelos com motor de 220cv de potência, toda a linha VM tem disponibilidade da caixa I-Shift. Além de reforçar que a automatização dos caminhões é um caminho sem volta, Fedalto acentua que hoje em dia já está difícil vender caminhão com www.ocarreteiro.com.br
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CÂMBIO AUTOMATIZADO
A caixa automatizada traz segurança, reduz o consumo de combustível e é um passo para novas tecnologias, comentou Ricardo Coelho, da DAF
transmissão manual, embora existam ainda alguns nichos de mercado que precisam deste tipo de equipamento. “Trio elétrico, por exemplo é um deles, porque o veículo trafega em velocidade muito baixa. Neste caso ainda não é adequado o uso da transmissão automatizada, mas vamos fazer uma versão da caixa I-Shift para essa aplicação também”, adiantou. Hoje, o custo de uma caixa automatizada da Volvo custa R$ 10 mil, valor que se refere à parte eletrônica e certos mecanismos para fazer a troca de marchas. Recém-chegada ao mercado brasileiro, a DAF produz somente caminhões pesados com transmissão automatizada, mas isso não exclui a possibilidade de a empresa entregar modelos com caixa manual. O diretor de desenvolvimento de produto da empresa, Ricardo Coelho, explica que 18
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é possível a instalação da caixa mecânica em qualquer modelo da marca, porém esclarece que esta operação terá sempre avaliação da engenharia e do cliente sobre a aplicação do veículo. “Essa prática segue nossa política de oferecer caminhões totalmente adequados à aplicação, verificando se realmente é a melhor opção em autonomia”, justificou. Ricardo Coelho acrescentou que assim como ocorreu com os caminhões pesados, a caixa de transmissão - seja automatizada ou automática - fará parte da maioria dos modelos leves e semipesados no mercado brasileiro, porque confere mais segurança e melhor consumo de combustível. Ele adverte que se for produzida em maior volume terá custo mais acessível aos clientes e que este movimento do mercado demorará mais. Também e prin-
cipalmente porque este movimento já é um passo para tecnologias futuras, como a dos caminhões autônomos. A transmissão automatizada é item de série também nos novos caminhões da marca Ford e recentemente a empresa ampliou oferta também para modelos médios. O gerente de marketing de caminhões, Flávio Costa, disse que não se tem ainda uma perspectiva clara do volume de vendas de modelos automatizados, no entanto adiantou que a Ford Caminhões está oferecendo aos clientes veículos com vantajoso custo-benefício. “Com a retomada do mercado,
esperamos que os caminhões Cargo TorqShift representem cerca de 35% das nossas vendas”, comentou. Costa acrescentou que atualmente a transmissão automatizada representa cerca de 20% do mercado e a expectativa é de crescimento em 2017. Numa perspectiva de cinco anos pode chegar a 70% em alguns segmentos, como os extrapesados, deve chegar aos 100%”, admitiu. O executivo de marketing da Ford Caminhões reforça ainda que o uso do câmbio automatizado em veículos comerciais, especialmente o TorqShift, é uma tendência que vem crescendo em todo o mundo por oferecer economia, maior produtividade, conforto e também por propiciar um nivelamento em relação à eficiência dos motoristas.
Atualmente a transmissão automatizada representa cerca de 20% do mercado e há perspectiva de crescimento, disse Flavio Costa, da Ford
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INDÚSTRIA
VISÃO OTIMISTA
POR João Geraldo
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FOTO Divulgação
Fornecedora da indústria de caminhões comemora seis décadas de operação no Brasil com a expectativa de que em 2017 o mercado de veículos pesados deverá crescer 25% em relação a este ano
Meritor, fornecedora de eixos e sistemas para drivetrain para as principais fabricantes de caminhões e ônibus do Brasil e da América do Sul, está completando 60 anos de atuação no mercado brasileiro. Apesar da atual crise enfrentada pelo setor, a empresa opera com expectativa de uma retomada do mercado de caminhões e crescimento mínimo de 25% da produção em 2017. Silvio Barros, vice-presidente e diretor geral da empresa na América do Sul, afirmou que um terço dessa retomada virá de investimento e renovação de frota, outro terço pela regularização dos estoques das fabricantes de veículos pesados e mais um terço do aumento de financiamentos através do Finame. “Há dois anos o setor de veículos pesados enfrenta recessão. É o primeiro a sofrer a queda, porém é também o primeiro a se recuperar”. disse o executivo. Barros acrescentou que considerando a estabilização política do Brasil 20 O CARRETEIRO
e a retomada do crescimento econômico, é possível acreditar que o setor deve se recuperar no segundo semestre de 2017 e, consequentemente, a Méritor também voltará a crescer. Nos 60 anos de atuação no Brasil, a Meritor produziu mais de 8 milhões de eixos, sendo que desse total mais de 3,5 milhões foram destinados a veículos comerciais. Atualmente, Ford, MAN Latin America, Volvo, Iveco, International, DAF, Mercedes-Benz e Agrale formam um bloco fabricantes de caminhões, ônibus e veículos especiais que utilizam componentes produzidos pela empresa para transmitir para as rodas a força do motor e da caixa de transmissão. “A empresa inaugurou fábrica, expandiu suas instalações e se manteve bastante presente no mercado, buscando sempre tecnologias de ponta para o setor de transportes nacional”, acrescentou o executivo, destacando ainda que a empresa sempre desenvolveu produtos visando a maximização da relação custo x peso/eficiência.
ESTRADA
CONFORTO AO ALCANCE DA MÃO Carreteiro que já trabalha com caminhão automatizado só tem elogios ao sistema de transmissão cada dia mais presente nos veículos de carga. Quem apenas experimentou admite que gostou e sonha poder também dirigir sem se preocupar com as trocas de marchas
POR Evilazio de Oliveira
22 O CARRETEIRO
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as inovações tecnológicas incorporadas aos caminhões mais modernos, o câmbio automatizado parece ser, de longe, o mais apreciado pelos estradeiros. Embora muitos ainda desconheçam os detalhes técnicos que o diferenciam do automático, o certo é que todos gostam da novidade e garantem que aprenderam com relativa facilidade, com o auxílio de colegas de estrada ou de cursos rápidos nas concessionárias, onde outras novidades que também visam o conforto e segurança são mostradas. A expectativa é que, cada vez mais, daqui para a frente, os caminhões saiam da linha de produção equipados com caixa de transmissão automatizadas. Assim também pensam os carreteiros. O autônomo Leandro Lopes, conhecido no trecho como Maninho, natural de Pelotas/RS, 32 anos de idade e 12 de profissão, é dono de uma carreta caçamba (para o transporte de areia) tracionada por um cavalo-mecânico fabricado em 2001. A caixa de câmbio é manual e ele confessa que nem ao menos teve a experiência de dirigir um caminhão caixa automática. Mesmo assim, ele garante que é o desejo de todo carreteiro, pois só ouve elogios e acredita que no futuro todos os caminhões serão equipados com esse tipo de caixa. Agora, falando no assunto, ficou interessado e vai aprender a utilizar o automatizado com os colegas de estrada, que considera a maneira mais fácil. “Basta ter vontade e a gente aprende logo. Afinal se não aprender a gente vai acabar perdendo oportunidades na vida”, afirmou. O carreteiro Ricardo da Silva Ávila, natural de Uruguaiana/RS, 32 anos
de idade e 10 de volante, também trabalha com um caminhão com caixa mecânica. Ele viaja na rota internacional com uma carreta puxada por um cavalo-mecânico fabricado em 2000, mas afirma que já trabalhou com outros com câmbio automatizado. “É tudo de bom”, disse acrescentando que além de ser mais confortável também ajuda a economizar combustível, porque “faz as marchas” de maneira correta e no tempo adequado. Ávila afirmou ainda que aprendeu a utilizar a caixa automatizada com um colega, embora já tivesse alguma experiência anterior com um automóvel Monza automático que teve tempos atrás. Em sua opinião, daqui para a frente todos os caminhões vão ter esse tipo de câmbio. “Isso será muito bom para os motoristas e os patrões, porque todos vão ganhar. O motorista pelo conforto e facilidade de dirigir, o patrão, por sua vez, economiza com combustível e viagens mais rápidas e seguras”, concluiu.
O autônomo Leandro Lopes admite nunca ter dirigido um caminhão com caixa de câmbio automatizada, mas afirma que só ouve elogios nas estradas www.ocarreteiro.com.br
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ESTRADA Para o motorista Iraci Rodrigues, o Soneca, o câmbio automatizado nos caminhões é uma fermenta maravilhosa, muito boa, e que quem experimenta não quer trocar”. Natural de Barra do Quaraí/RS, ele tem 45 anos de idade e 25 de profissão. Há quatro anos ele trabalha no transporte internacional dirigindo uma câmara frigorífica acoplada a um cavalo-mecânico 2008 com caixa de transmissão automatizada. Soneca diz que gosta muito do equipamento, porém, destaca que para atravessar a Cordilheira dos Andes precisa utilizar a opção “manual” em razão da baixa velocidade necessária na subida. Explica que no automatizado as marchas vão sendo trocadas de maneira inadequada e o caminhão acaba parando. “Fora isso, tudo é uma beleza”, acentua. Ele teve os primeiros contatos com a caixa automatizada com os colegas na empresa e depois partici-
pou de um curso na concessionária Volvo, onde aprendeu muito, conforme admite. Ele recorda que em trechos onde ele trocava quatro marchas, o instrutor trocava apenas uma. E enquanto ele freava uma vez, o instrutor não utilizava o freio. Reafirma que aprendeu muito, embora tenha demorado um pouco mais para evitar os vícios adquiridos ao longo dos anos dirigindo caminhões com caixas manuais. Hoje, disse, até se atrapalha um pouco quando dirige o seu automóvel particular, com câmbio manual. Soneca defende que todos os motoristas deveriam ter aperfeiçoamento técnico permanente, até mesmo quando estão esperando para carregar ou descarregar – muitas vezes por um dia inteiro -, que podia ser utilizado em aprendizados. “Uma coisa que as empresas poderiam pensar”, sugere. Quem não vai gostar de dirigir ca-
É tudo de bom, afirma Ricardo Ávila que já trabalhou com caminhões automatizados e atualmente dirige um modelo com transmissão mecânica
O carreteiro Iraci Rodrigues afirma que é uma ferramenta maravilhosa e quem experimenta não quer mais voltar para a caixa de marchas tradicional
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José Claudenir trabalhou um ano com caminhão automatizado e destaca que os veículos modernos têm sempre alguma coisa a mais
Proprietário de um caminhão fabricado em 1976, o autônomo Edson Rodrigues diz que nunca se interessou pelo câmbio automatizado e pensa em deixar a profissão
minhão com câmbio automatizado, pergunta o carreteiro José Claudenir, 53 anos de idade e 30 de direção. Nascido em Uruguaiana/RS, ele também ganha a vida ao volante de uma carreta na rota do Mercosul. Embora atualmente dirija um veículo com caixa manual, ele comenta que trabalhou durante um ano com um modelo 2014 automatizado e destaca que ficou muito bem impressionado. Fez o cursinho na concessionária e foi aperfeiçoando com os colegas, pois acredita que sempre tem alguma coisa a mais para a aprender a utilizar nos caminhões modernos e com isso tirar melhor proveito em termos de rendimento, economia e conforto. “Dirigir todos dirigem, mas é preciso saber guiar bem e com segurança. Por isso é necessário aperfeiçoamento permanente dos motoristas de caminhão”, enfatiza Edson de Castro Rodrigues, natural de Cachoeira do Sul/ RS, 38 anos de idade e 20 de profissão. Autônomo, ele é proprietário de
um Scania Jacaré ano 76, com o qual faz a rota Uruguaiana-Porto Alegre. Confessa que nunca se interessou pelo tal câmbio automatizado e nem teve curiosidade de saber como funciona. Aliás, Rodrigues diz que se encontra desiludido com a profissão. Por conta disso tem pensado seriamente em abandonar a estrada, vender o caminhão e trabalhar por conta própria, embora ainda não saiba em que ramo. Quando conversou com a reportagem da Revista O Carreteiro, ele estava parado numa oficina aguardando o conserto do alternador do seu jacaré. Lembrou que há algum tempo se inscreveu para a compra de um caminhão através do Procaminhoneiro, mas acabou desistindo na última hora. Disse que estava tudo pronto, cadastro aprovado, porém, ficou assustado com o alto valor das mensalidades de R$ 4.700,00. Diante das condições oferecidas preferiu continuar trabalhando com seu velho caminhão. www.ocarreteiro.com.br
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APLICATIVO
FRETE PELO VALOR JUSTO
Sistema inteligente para cálculo de frete considera todos os custos envolvidos no serviço de transporte de carga e revela o valor correto antes da sua execução
POR Daniela Giopato
A
caba de ser disponibilizada aos motoristas de caminhão uma nova ferramenta digital para ajudá-los na tarefa de negociar o valor do frete de maneira mais equilibrada. Trata-se do Cálculo de Frete Autônomo, aplicativo que 26 O CARRETEIRO
possibilita os profissionais que trabalham por conta própria a analisar se é um bom negócio ou não a contratação da carga oferecida. Para ter acesso à ferramenta, basta acessar o site www.calculodofrete.com.br ou instalar o App em equipamentos móveis, disponíveis para a platafor-
ma Android ou via Mobile para os demais smartphones. Para realizar o cálculo, o motorista deve informar as condições da viagem, tipo de veículo e tempo de viagem, quilômetros rodados e quanto pretende ganhar com o trabalho. O sistema mostra o valor por viagem, por tonelada e por quilômetro. Existe também a opção de informar o valor do frete, e o sistema calcula o custo e verifica se o que está sendo ofertado compensa. De acordo com o diretor executivo do Cálculo de Frete Autônomo, o engenheiro João Roberto Valdivia, qualquer frete que esteja disponível no Brasil é passível de consulta e avaliação. “O serviço deve refletir diretamente no bolso do caminhoneiro e na qualidade dos serviços do setor de transporte rodoviário”, diz. Ele acrescenta que esse é o objetivo desta ferramenta, um sistema inteligente via internet que leva em consideração todos os custos envolvidos no serviço de transporte de carga que revela o valor correto a ser cobrado ou a ser recebido
antes da sua execução, para que a atividade seja realmente um bom negócio, destaca. Para João Valdivia, a ferramenta é útil não somente em situações difíceis, como a qual o País atravessa, mas para o carreteiro ter sempre a certeza de estar sendo remunerado de forma justa e lucrativa. “Isso é importante para qualquer empreendedor, como é o caso do motorista autônomo. Ele destaca ainda que a administração do negócio se torna mais tranquila, pois evita-se o desgaste do caminhão, da saúde do proprietário e acidentes, em função de manutenção malfeita ou excesso de trabalho. “A partir do momento que os autônomos começarem a calcular o frete e tiverem consciência do quanto eles têm que receber para sobreviver, a exigência de fretes melhores será consequência”, acrescentou. O APP Cálculo de Frete Autônomo é uma ferramenta totalmente gratuita resultado de parceria entre a RLV Soluções Empresariais e a C2 Comunicação.
VALOR MAIS JUSTO
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ara um melhor resultado, o sistema oferece ao carreteiro duas modalidades de cálculo: o primeiro é o Cálculo de Frete Autônomo, para o motorista que deseja saber quanto cobrar do seu cliente. O outro é a Avaliação de Frete Autônomo, quando o transportador tem o frete e deseja saber se o valor oferecido é bom mesmo. Nos dois casos, o carreteiro escolhe o modelo do seu caminhão, o tempo de viagem, a distância a ser percorrida e mais algumas variáveis relacionadas ao custo.
O carreteiro pode ainda acessar um cálculo mais detalhado, disponível nas duas modalidades acima. Esta opção permite que os dois principais custos de transporte - combustível e o custo com mão de obra (motorista e ajudante) - sejam lançados, aproximando o resultado o mais perto possível da realidade do usuário. O sistema apresenta também o frete por tonelada, por viagem e por quilômetro, além de um demonstrativo com os custos envolvidos na operação de transporte calculada. www.ocarreteiro.com.br
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MERCADO
USADOS COM GRIFE Mercedes-Benz abre em Minas Gerais a segunda loja de caminhões seminovos no Brasil numa clara aposta no negócio de usados que hoje alavanca a venda de modelos zero quilômetro
POR João Geraldo
28 O CARRETEIRO
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m ano após ter aberto sua primeira loja de caminhões seminovos em Mauá - região metropolitana da cidade de São Paulo - a Mercedes-Benz fez um novo movimento para ampliar seus negócios com caminhões usados no País, ao inaugurar a segunda unidade SelecTrucks, em Betim/MG, no início de agosto. Com área útil de nove mil metros quadrados, e localizada às margens da rodovia Fernão Dias (BR-381), km 481, ao lado da capital Belo Horizonte, a opção por Minas Gerais se justificou pelo fato do Estado ter o segundo maior volume de emplacamentos de caminhões seminovos do País. A expectativa de negócios para a nova loja montada em Betim é de vender cerca de 600 unidades/ano para justificar a instalação.
Negociação para aquisição de 14 modelos Axor zero quilômetro envolveu 11 caminhões usados da frota da Transamigos, transportadora mineira que utiliza seus veículos em operação de mineração www.ocarreteiro.com.br
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PROFISSÃO
Jerônimo Figueiredo, presidente da transportadora, afirmou ao executivo da Mercedes-Benz, Roberto Leoncini, que a compra dos veículos usados pela SelecTruck ajudou na renovação de sua frota
O vice-presidente de vendas, marketing e peças e serviços da Mercedes-Benz, Roberto Leoncini, explica que há anos caminhões seminovos e usados já fazem parte dos negócios da Mercedes-Benz fora do País. Com o nome TruckStore, são mais de 30 unidades espalhadas por diversos países como Bélgica, França, Países Baixos, Polônia, Suécia, República Tcheca, Hungria, Alemanha, Itália, Áustria, Portugal, Espanha, Turquia, África do Sul e Argentina, entre outros. “O SelecTrucks completa o pacote de serviços da Mercedes-Benz. É também estratégia, principalmente nesse mercado que estamos vivendo hoje”, acrescentou Leoncini. Por conta disso, os planos da empresa incluem novos pontos SelecTrucks, e já está prospectando se vale a pena abrir uma loja no eixo 30 O CARRETEIRO
Campinas-Ribeirão Preto/SP, região vista como um grande centro de vendas de caminhões. A ideia é montar projetos pilotos nas concessionárias Sambaiba (Campinas) e Pirasa (Limeira). Outra investida da Mercedes-Benz é a abertura de uma terceira loja SelecTrucks no Estado do Paraná. “É o terceiro maior Estado em emplacamentos de seminovos e usados, mas ainda vamos ter de encontrar o local adequado na região de Curitiba para instalar a loja”, acrescentou. Levantamento apresentado pela Mercedes-Benz mostra que o mercado de caminhões usados tem crescido no Brasil. Entre 2008 e 2014, a relação de emplacamentos era de um modelo novo para 2,5 usados. Em 2015, para cada um modelo novo eram cinco usados e em julho deste ano a relação era de um caminhão novo para 6,4 emplacados. “Hoje, a proporção de venda entre novos e seminovos demonstra que o cliente está buscando cada vez mais essa alternativa de mercado”, disse Leoncini. Outros dados que indicam crescimento do mercado de seminovos vem da própria loja SelecTrucks de Mauá. Segundo informações da Mercedes-Benz, em junho passado a unidade vendeu 70 seminovos. De acordo com Leoncini, esse número é mais que o dobro da média mensal registrada nos últimos três anos. “Também em junho, foram registradas mais de 70 mil consultas no site da SelecTrucks, o qual avalia atualmente mais de 100 caminhões por dia em todo o País” acrescentou.
Desde a inauguração da primeira loja SelecTrucks, há três anos, mais de 1.100 caminhões zero quilômetro foram vendidos pela Mercedes-Benz com envolvimento da SelecTrucks. Neste mesmo período, mais 1.000 seminovos – de diferentes marcas – foram adquiridos pelos clientes da loja. Um dos grandes negócios realizados este ano envolveu a compra de 11 caminhões usados de outras marcas, da frota da Transamigos Serviços de Engenharia e Mineração, de Nova Lima/MG, os quais entraram no negócio para a aquisição de 14 cavalos-mecâni-
cos Axor fora de estrada novos, sendo 10 unidades 4144 6X4 e quatro 3131 6X4. O presidente da empresa mineira, José Jerônimo Figueiredo, disse que antes de fechar negócio ele procurou outras marcas e acabou optando pelo que ele considerou o melhor negócio. “O envolvimento da SelecTrucks na negociação foi decisivo. A compra dos nossos veículos ajudou a investir na renovação da frota”, disse o empresário acrescentando que a transação reforçou a parceria de 38 anos entre a Transamigos e a Mercedes-Benz.
USADOS COM GARANTIA
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SelecTrucks comercializa caminhões seminovos de diferentes marcas e ano de fabricação, todos com garantia de até 12 meses, sendo que para os modelos fora de estradas são seis meses. Ari Carvalho, diretor de vendas e marketing caminhões Mercedes-Benz, destaca que nenhum outro negócio oferece garantia de até 12 meses para todas as marcas de seminovos, o que confirma a qualidade dos produtos disponibilizados aos clientes. “Esse é um grande diferencial de nossas lojas”, afirmou. Carvalho diz ainda que um terço dos clientes que já compraram caminhão na loja de Mauá o fizeram por recomendação de outros que já conheciam a unidade de negócios da Mercedes-Benz. “Em pesquisa recente com um grupo de clientes, 90% demonstraram satisfação alta com o atendimento e com a qualidade dos
caminhões da SelecTrucks”, adicionou. O portifólio de produtos é divulgado pelo site da loja.
Pesquisa recente apontou que 90% dos clientes estão muito satisfeitos com o atendimento e os caminhões do SelecTrucks, disse Ari de Carvalho, executivo de vendas e marketing Mercedes
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VEÍCULOS ESPECIAIS
UM 8X2 PARA DESAFIAR A INSEGURANÇA Além da cabina e baú blindados, o Scania P 250 8X2 recebeu uma série de mudanças para atender às expectativas de empresa de segurança de Minas Gerais que acaba de adquirir três unidades para o transporte de cargas de alto valor agregado
POR João Geraldo
32 O CARRETEIRO
Modificações para transformar o P 250 8X2 num carro forte não atingiram o banco do motorista e o painel de instrumentos
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Scania acaba de entregar ao Grupo Esquadra – empresa especializada em segurança, três caminhões P 250 8X2 blindados com capacidade para transportar até 13 toneladas de carga líquida. O projeto contou também com parceria MIB Blindados e demorou seis meses para ser totalmente concluído. Celso Mendonça, gerente de desenvolvimento de novos negócios da companhia, explicou que o desenvolvimento deste tipo de veículo tem sido um novo nicho de negócio para a companhia. Os primeiros caminhões da marca Scania blindados foram dois cavalos-mecânicos P 310 4X2 e seis semipesados P 310 6X2 entregues em dezembro de 2015 para a empresa de segurança privada Prosegur.
De acordo com ele, quando a empresa de segurança procurou a Scania, ela queria um caminhão blindado que além de seguro fosse fácil de ser manobrado, oferecesse agilidade nas operações de carga em docas e tivesse dirigibilidade próxima à de um automóvel. Os três caminhões P 250 8X2 blindados exigiram 60 dias para serem concluídos dentro das especificações técnicas solicitadas pelo Grupo Esquadra. Segundo Mendonça, este prazo era indispensável para deixar os três modelos preparados dentro das necessidades do Grupo Esquadra. Entre elas, adequar os veículos à capacidade de carga. “Diante da solicitação do Grupo Esquadra, optamos pelo modelo P 250 8X2, um caminhão com excelente raio de giro devido ao segundo eixo direcional, capacidade de carga dentro das expectativas do cliente, possibilidade de uma carroçaria de 8,10m de comprimento e espaço para acomodar até 14 palets, entre outros diferenciais. Tudo dentro do que a empresa precisava”, explicou Para chegar ao veículo planejado, a Scania retirou a cabine original do P 250 e instalou outra totalmente blindada e com abertura no assoalho para facilitar a manutenção do trem de força. A parte do cockpit foi mantida original, mas houve alteração na distância entre eixos, que passou a ser de 5,5 metros para melhor distribuição do peso. O sistema de suspensão mecânica foi substituído por bolsas de ar possibilitando ao veículo quatro níveis de altura e possibilitando o nivelamento Guilherme Rodrigues da Silva em docas com diferentes alturas. Towww.ocarreteiro.com.br
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VEÍCULOS ESPECIAIS das as fechaduras da cabine blindada são eletrônicas e os pneus com blindagem. A segurança oferecida pelo caminhão é completada pela tecnologia de videomonitoramento. “Esse caminhão tem o nível máximo de blindagem”, destacou Alexandre Ferreira, gerente corporativo comercial do Grupo Esquadra. Na configuração normal, o P 250 8X2 tem tara de 9 toneladas, com a blindagem passou para 16 toneladas. O motor de 9 litros e a caixa de câmbio automatizada permaneceram originais. Ferreira disse ainda que que já tem os clientes com os quais os três novos caminhões blindados de sua frota vão atender. Uma das vantagens de operar com veículos desse porte, acrescentou é não haver necessidade da escolta armada. O custo de cada caminhão já transformado girou em torno de R$ 800 mil. Segundo Ferreira, o valor compensa, porque o veículo proporciona custo
Nova cabine blindada, além de espaçosa e com banco para quatro ocupantes, tem fechamento eletrônico e videomonitoramento
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operacional reduzido de até 25% em certos casos. Sua expectativa é que a frota, que já contava com nove caminhões desse porte, cresça.
Apesar das transformações, a parte frontal do modelo blindado manteve a identidade dos caminhões da marca Scania
MEIO AMBIENTE
FORA DO PADRÃO INMETRO suspende licença de três fabricantes do reagente Arla 32, cujos produtos apresentaram inconformidade ao serem submetidos a testes
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nsaios realizados recentemente pelo Instituto Nacional de Metodologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) em amostras de Arla 32, de diferentes fornecedores de todo o País, apontaram inconformidades nas marcas Catálise, Extron e Air Clean, disponíveis no mercado em embalagens de 20 litros. Segundo o Instituto, as devidas licenças dos fabricantes foram suspensas cautelarmente em razão do alto grau de risco ao meio ambiente. O órgão determinou também a suspensão imediata do uso desses produtos e que as empresas acionadas os retirassem dos pontos de vendas no mercado nacional (atacado e varejo). Outra ação do INMETRO foi a abertura de um processo administrativo contra as três empresas. Para o diretor adjunto da Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul (AFEEVAS), Elcio Farah, o tra-
balho realizado em conjunto pelo INMETRO, a Polícia Rodoviária Federal e o Ibama – que tem como objetivo conscientizar e se necessário punir motoristas e empresas que infringem a lei em relação à correta produção e uso do Arla 32 – tem sido muito importante. Farah destacou ainda que a Associação tem feito alertas a motoristas e transportadoras para que verifiquem a procedência do produto utilizado para evitar que o Arla 32 adulterado possa prejudicar tanto os veículos quanto os transportadores. O Arla 32 é um reagente químico à base de ureia, utilizado em veículos pesados cujos motores operam com o sistema SCR (Catalisadores de Redução Seletiva) para atender a fase 7 do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, o PROCONVE em vigor desde janeiro de 2012. O uso do produto fora das especificações pode danificar o catalisador, cujo custo para ser substituido por outro novo gira em torno de 20 mil reais. www.ocarreteiro.com.br
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PROFISSÃO
NEGÓCIO PARA PROFISSIONAL
O setor do transporte rodoviário de cargas evoluiu, se profissionalizou e acabou com o espaço para os chamados “aventureiros”. Para sobreviver da profissão de carreteiro, e se manter competitivo no mercado, é necessário conhecer o segmento, se manter atualizado e se organizar, como em muitas outras atividades
POR Daniela Giopato
36 O CARRETEIRO
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comum encontrar no trecho motoristas com pouco tempo de profissão que, mesmo sem conhecer o setor de transporte de carga e seus percalços investiram suas economias em um caminhão. A ideia, como a de muitos, era ser o dono do próprio negócio, ter a liberdade de ir e vir e ainda viajar por todo o Brasil. Há algumas décadas essa prática era mais comum e dava resultado, mas com as mudanças ocorridas no segmento nos últimos anos, praticamente não há mais espaço para profissionais com esse perfil. Isso porque sobrevive na atividade quem se atualiza, sabe negociar o valor do frete e fazer contas, além de conhecer das dificuldades de ser carreteiro. Uma das maneiras de se tentar regulamentar o setor e torná-lo mais profissional veio através do Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Carga. Atualmente, informa a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) o número de registros de transportadores emitidos é de 816.130, sendo 657.391 autônomos, 158.395 empresas e 344 cooperativas. A Assessoria de Comunicação da ANTT explica que a formalidade da atividade vem atender a um anseio de uma categoria imprescindível na logística brasileira. Destaca que os benefícios aos transportadores são diversos, como a regularização do exercício da atividade por meio da habilitação formal; disciplinamento do mercado; identificação de parâmetros de participação no mercado; conhecimento do grau de competitividade e inibição da atuação de atravessadores não qualificados.
A Resolução 2.550/08, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que regulamentou a Lei 11.442/07, disciplinou a atividade de transporte rodoviário de cargas. Passou a valer a obrigatoriedade de a empresa ter um responsável técnico; a comprovação da capacidade técnica da empresa e de idoneidade dos sócios, da empresa, do responsável técnico e do autônomo, entre outras exigências. Agora o transportador autônomo ainda será obrigado a ter o curso de capacitação profissional. Em relação aos usuários, a assessoria da agência reforça que o cadastro no RNTRC assegura maior informação sobre a oferta de transporte; maior segurança ao contratar o transportador; redução de perdas e roubos de cargas e redução de custos dos seguros. Já para o País, os benefícios são o conhecimento da oferta do transporte rodoviário de cargas; a identificação da distribuição espacial, composição e idade média da frota; delimitação das áreas de atuação (urbana, estadual e regional) dos transportadores; conhecimento da especialização da atividade econômica (empresas, cooperativas e autônomos) e fiscalização da atividade. “Não cabe mais aventureiros no transporte rodoviário de cargas, o qual é um serviço de alto risco e exige que seja prestado com muita seriedade, qualidade e responsabilidade. Empresas que hoje não se enquadrarem devidamente nas normas da ANTT certamente terão vida curta, pois a fiscalização existe, temos acompanhado”, destaca Ana Carolina Jarrouge, coordenadora naciowww.ocarreteiro.com.br
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PROFISSÃO Hoje temos legislação específica que regulamentou a atividade do transporte rodoviário de cargas, destaca Ana Carolina Jarrouge, coordenadora do ComJovem
nal da ComJovem (Comissão de Jovens Empresários e Executivos), da NTC&Logística. Para ela, a decisão de se tornar um motorista profissional de transporte de cargas nos dias de hoje exige uma série de conhecimentos e muita cautela. “Há pouco tempo era muito mais fácil, pois não tínhamos uma legislação específica no setor, havia pouca ou quase nenhuma exigência e zero de fiscalização. Hoje, porém, temos legislação específica que regulamentou a atividade e inúmeras legislações esparsas, que tornaram a atividade altamente regulada, além do fato de haver uma fiscalização mais intensa, longe do ideal, mas existente”, ressalta. Para entrar no setor, explica Ana Carolina, o profissional precisa se informar muito, seja por meio de um contador de confiança, dos sindicatos ou mesmo da rede SEST SENAT, para auxiliá-lo e deixá-lo a par de todas as exigências para que possa fazer o transporte adequado, seguro e de forma regular. 38 O CARRETEIRO
“O alto risco da profissão e a falta de conhecimento adequado podem fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. Especialmente para os autônomos, que precisam entender os custos envolvidos. Caso contrário, pagarão para trabalhar e o sonho de ter caminhão e se tornar economicamente independente pode ir por água abaixo e, em muitos, casos acabar perdendo tudo”, destaca a coordenadora. Por conta de todas essas mudanças, ela aconselha aos que desejam entrar na área buscar informações, conhecer, entender e avaliar os riscos, além de todos os custos que envolvem o transporte. Ela adverte que hoje o setor requer “doses enormes de conhecimento, dedicação e aprendizado constante”. No caso do motorista empregado, não foge muito à regra, conforme explica, pois cada dia mais as empresas necessitam de motoristas altamente capacitados para operar caminhões com alto valor agregado. Ana Carolina explica que a tecnologia que foi absorvida pelo se-
tor exige preparação dos motoristas, tanto para operar caminhões cada dia mais modernos e automatizados, quanto para entender da legislação que envolve toda documentação para o transporte de mercadorias. O motorista precisa saber o que é nota fiscal eletrônica, manifesto eletrônico, entre outros. Para os que já estão na atividade, ela diz que em momentos de crise é importante rever as atitudes e posicionamento no mercado; aproveitar para fazer análise de como estão inseridos no mercado. Sejam autônomos ou empresários é importante rever os custos e, partir para um posicionamento firme no mercado, para cobrar um frete que seja adequado e que dê sustentabilidade ao negócio. “Um setor altamente regulado e cheio de exigências merece ser remunerado à altura e devemos buscar essa remuneração adequada e justa de forma
incansável, para valorizar o nosso trabalho”, finaliza. A diretora executiva nacional do Sest Senat, Nicole Goulart, concorda que neste período de crise instalada no País os carreteiros devem aproveitar para pesquisar cursos e se atualizarem para estarem mais preparados para o momento que o mercado voltar a aquecer. “A média de idade dos motoristas de caminhão é de 44 anos, e neste período a tecnologia embarcada no caminhão mudou muito, assim como as estradas. O conhecimento que tinham no início de carreira não comporta mais no mercado atual”, explicou. O Sest Senat tem 147 unidades espalhadas no Brasil, oferece 15 cursos e 60 das unidades receberão simuladores de direção. Quanto aos profissionais que pretendem ingressar na atividade, Goulart alerta que muitas pessoas ainda acreditam no romantis-
Muitas pessoas ainda acreditam no romantismo de ser motorista de caminhão e na ideia atrativa de conhecer lugares e pessoas diferentes, diz Nicole Goulart
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PROFISSÃO mo de ser motorista de caminhão e na ideia atrativa de conhecer lugares e pessoas diferentes. “Antes, com o mercado aquecido era possível se aventurar em setores desconhecidos. Porém com a crise instalada no País fica inviável entrar em qualquer área sem capacitação. Hoje as contratações exigem mais do profissional. Quem pretende entrar no setor ou já faz parte dele deve aproveitar esse momento de instabilidade e pouca movimentação para se atualizar e se preparar para uma possível retomada do mercado”, aconselha. O jornalista, radialista e apresentador do programa Pé na Estrada, Pedro Trucão, conta que profissionais que perderam o emprego ou estão de licença remunerada - com a possibilidade de serem dispensados – perguntam sempre se é uma boa alternativa investir em um caminhão. “A minha resposta vem com três perguntas: você entende do ramo? Tem contrato com alguma empresa que te garanta pelo menos um ano de carga? Tem dinheiro para o caminhão a vista? O frete caiu muito e por conta disso está sobrando caminhão e muita gente está querendo vender o veículo pois não tem trabalho. Nesse momento, eu diria para investir em um outro negócio”, diz. Trucão alerta que a situação é mais complicada para aqueles que pensam em comprar o caminhão parcelado, pois não há garantia de trabalho para honrar as parcelas. Assim como para aqueles que desconhecem o setor, mas investem todo o dinheiro na compra vista do veícu40 O CARRETEIRO
Para investir na compra de um caminhão tem de entender do ramo, ter contrato com alguma empresa e a aquisição deve ser feita a vista, sugere Pedro Trucão
lo a vista. “Neste caso, pode ser também uma furada, pois há o risco de não ter estabilidade e perder o valor que poderia estar sendo investido em outro negócio. Não é o momento. Poderia valer a pena apenas no caso de existir a garantia de um ano de trabalho”, destaca. Para os motoristas que estão na atividade, com o caminhão pago e em boas condições, o conselho é “ter paciência”. “Existe a expectativa de melhora da economia em 2017, porém estamos falando de 1.5% de crescimento que tecnicamente não vai absorver o volume de caminhão que existe no mercado. A medida que a economia melhorar começa a sobrar carga”, finalizou.
LANÇAMENTO
NOVA LINHA DE CARGA Baixa resistência ao rolamento e redução do consumo de combustível e das emissões de CO2 são vantagens destacadas pela Bridgestone para sua nova linha de pneus de carga
POR Daniela Giopato
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Bridgestone acaba de apresentar ao mercado os primeiros modelos da linha Ecopia para caminhões e ônibus. De acordo com a empresa, os produtos são projetados com materiais que minimizam a resistência ao rolamento, aumentam a eficiência energética e contribuem para a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2). “A Bridgestone investe constantemente em novas tecnologias, colocando todo o seu know-how para desenvolver novos conceitos de pneus que ofereçam sempre cuidados com o meio ambiente, desempenho superior, segurança e economia”, disse Concheta Feliciano, diretora de marketing da empresa. Os novos produtos M792 e R268 são disponíveis na medida 295/80R22,5 e, segundo a empresa, foram projetados para ter grande índice de recapabilidade. De acordo com o Programa Brasileiro de Eti-
quetagem, o pneu R268 recebeu letra C em resistência ao rolamento e B em frenagem no piso molhado. Já o M792 foi classificado com a letra D em ambos os critérios. O gerente de planejamento de produto marketing (divisão carga), Marcelo José Nunes da Cruz, explicou que os novos produtos geram economia de 2% de combustível em relação a linha standard da marca. Ele disse que em uma simulação de economia realizada pela fábrica entre a linha Ecopia e a convencional a economia gerada dentro do período de um ano foi de 90 pneus e 44,2 mil litros de diesel. Isso considerando uma frota de 100 veículos na configuração 4x2 (seis pneus). O R268 Ecopia foi projetado para ser usado em eixos direcionais, eixos livres e de tração moderada, enquanto o M792 é ideal para eixos de tração. “Nossa expectativa é de comercializarmos cerca de 46 mil unidades durante 2017”, conclui. www.ocarreteiro.com.br
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DICA FEDERAL
USO DE PELÍCULA NOS VIDROS
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ma questão que deixa muitas dúvidas nos motoristas é o uso das películas usadas para escurecer os vidros do veículo. Conhecidas popularmente como “insulfilme” ou “fumê”, as películas trazem benefícios, mas também há limites que a lei impõe e que os motoristas precisam conhecer. A Resolução 254/07 do CONTRAN determina as regras e a transparência mínima que o conjunto do vidro com a película aplicada deve possuir. Os índices de transparência são de: 75% no para-brisas (70% se o vidro for verde), 70% para os vidros laterais dianteiros e 28% para os demais vidros. E é neste ponto que os motoristas acabam descumprindo a lei. Isso acontece porque é comum que nas lojas de acessórios os vendedores, quando querem dizer o nível de escurecimento de uma película, se refiram a ela por nomes como “G5” ou “G25”. Estes nomes seriam referência à taxa de es44 O CARRETEIRO
curecimento da película, mas, na verdade, só é possível saber a real transparência do vidro após aplicação da película com uso de um aparelho chamado luxímetro. Por isso, a maioria das películas acaba sendo instalada de maneira irregular, já que não há como o motorista conferir a transparência no local de instalação. Já o uso de película refletiva é proibido, independentemente do nível de transparência. Vale lembrar que, como os vidros dianteiros já possuem de fábrica uma transparência próxima da mínima permitida, não é possível colocar neles qualquer película escurecedora, já que assim a transparência mínima deixa de ser atingida. Também são proibidos adesivos com frases escritas nos para-brisas e demais vidros dianteiros, assim como painéis luminosos com mensagens, semelhantes aos usados por ônibus para informar o itinerário. O descumprimento é infração grave, com multa de R$ 191,54.
BOLETIM DE PNEUS CLASSIFICADOS
ESTRUTURA DO PNEU
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estrutura de um pneu radial de carga é composta por diversas partes, materiais, componentes, compostos e perfis. Veja abaixo os principais itens. Banda de Rodagem - Por ser o único componente que entra em contato com o solo, a banda de rodagem é fabricada com compostos resistentes à abrasão e temperatura. O tipo de desenho é um dos determinantes para o tipo de serviço que o pneu foi construído. Os principais desenhos são Direcional, Tração e Misto, passando por serviço urbano, longa distância e serviços regionais, entre outros. Hoje em dia, os compostos mais nobres têm sílica, material que permite que o pneu rode mais livre reduzindo o consumo de combustível. Costado, Flanco ou Lateral - É a parte com grande flexibilidade por ser uma área de grande trabalho. Seu composto tem de ter resistência sem sofrer rachaduras, além de capacidade de sofrer abrasão por contato com meio-fio. É nessa área que estão gravadas todas as inscrições do pneu como medida, tipo de construção, símbolo de velocidade, símbolo de carga e certificações entre várias outras. O número de série do pneu que vai estampado em seu costado determina a semana e o ano de sua fabricação.
Cintas - O pacote de cintas tem basicamente duas funções: fazer a amarração da carcaça e protegê-la. É esse pacote que mantém a integridade da carcaça nas diversas ocasiões. Para serviços mais severos existe normalmente uma cinta adicional, a qual pode ser retirada para a reforma do pneu, caso esteja com muitos sinais de perfuração. Carcaça - A carcaça pode ser considerada o esqueleto do pneu. Sua construção define o tipo radial ou diagonal, capacidade de carga, velocidade etc.Pode ser de aço, nylon ou outros materiais. Área do Talão - Essa área deve ter como principal característica a rigidez, pois ancora o pneu na roda. Portanto, não pode ser elástica nem flexível. Outra característica é a existência de um "cabo de aço" circular de um fio só. Sua resistência é definida pelo número de voltas e seu diâmetro. Liner - Esse componente é uma camada de composto sintético que reveste o pneu internamente. Sua função é estancar o ar no interior do pneu. Existem muitos outros detalhes que envolvem a estrutura da carcaça do pneu, porém neste espaço procuramos tratar dos principais.
Esse boletim é de redigido por Guilherme Junqueira Franco que tem a formação TTS (Truck Tire Specialist). Qualquer dúvida entrar em contato diretamente pelos e-mails: guijunqueirafranco@gmail.com ou drpneus1@yahoo.com.br www.ocarreteiro.com.br
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F-TRUCK
MERCEDES-BENZ COMEMORA QUINTA VITÓRIA NO ANO
Sob comando do piloto paranaense Diogo Pachenki, o caminhão da equipe Copacol Truck Racing foi o primeiro a cruzar a linha de chegada nas duas fases da sétima etapa do campeonato, disputada no autódromo gaúcho de Tarumã, e deu a quinta vitória para a marca MercedesBenz em sete corridas disputadas na temporada
POR João Geraldo FOTOS Luciana Flores
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sétima etapa do Campeonato Brasileiro, que marcou o retorno da Fórmula Truck ao autódromo de Tarumã/ RS, de onde estava ausente desde a temporada de 2013, teve novamente um caminhão Mercedes-Benz na primeira posição no resultado final. Foi a quinta vitória da marca em sete corridas este ano e também a primeira vitória conquistada na categoria pelo piloto paranaense Diogo Pachenki. “Este resultado me deixou muito feliz”, disse o piloto, que largou na segunda posição, atrás de Felipe Giaffone, a quem ultrapassou ainda na primeira parte da corrida. Apesar de ter vencido a etapa, Pachenki lamentou ter deixado escapar a pole position no dia anterior (sábado) por ter queimado o radar durante o treino de classificação para a formação do grid de largada. “Meu caminhão melhorou muito desde a corrida anterior em Interlagos", declarou. Disputada embaixo de chuva, e com a pista escorregadia, a corrida em Tarumã se destacou como uma das mais emocionantes desta tem-
porada, tanto pelas condições da pista quanto pelo próprio traçado um dos mais rápidos do Brasil. Felipe Giaffone fez uma boa largada, porém não conseguiu se distanciar de Pachenki, que fez a ultrapassagem exatamente no finalzinho da última volta, da primeira fase. Tanto é que os dois caminhões cruzaram a linha de chegada juntos, com a diferença de 0.010, praticamente impossível de ser notada sem equipamento de medição. O próprio Giaffone, meio que em tom de brincadeira, chegou a dizer que gostaria de rever as imagens da chegada, porque ele ainda tinha dúvidas se o Mercedes-Benz do paranaense havia cruzado a linha de chegada na frente do seu Volkswagen. A segunda parte da etapa foi a mais emocionante, com muitas ultrapassagens, disputas e trocas de posições na pista molhada e escorregadia. Pachenki também fez uma boa largada e começou a abrir vantagem sobre Giaffone. Oito voltas depois ele já tinha mais de seis segundos de vantagem sobre o adversário. Nas arquibancadas o público
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F-TRUCK vibrava com grandes confrontos como, por exemplo, entre pilotos como Djalma Fogaça, Roberval Andrade, Paulo Salustiano, Wellington Cirino, David Muffato e outros. Na última volta, Paulo Salustiano retomou a terceira posição que havia perdido para Fogaça deixando na mira de Wellington Cirino e ambos acabaram se tocando bem próximos à Curva de acesso à reta dos boxes e da bandeirada final. O Ford de Fogaça acabou saindo da pista, Cirino pas-
CAMPEONATO DE PILOTOS NOME QTD. 1º Felipe Giaffone.....................................281 2º Paulo Salustiano..................................249 3º Diogo Pachenki....................................230 4º David Muffato......................................185 5º André Marques....................................170 6º Débora Rodrigues................................157 7ºWellington Cirino..................................141 8º Raijan Mascarello................................138 9º Alex Fabiano........................................135 10º Roberval Andrade..............................116 Régis Boessio...................................116 11º Adalberto Jardim...............................105 12º Djalma Fogaça.....................................87 13º Luiz Lopes...........................................80 14º Valmir Benavides.................................76 16º Pedro Muffato......................................70 17º Beto Monteiro......................................66 18º Gustavo Magnabosco...........................61 19º Joel Mendes........................................53 20º Leandro Totti.......................................39 21º Ricardo Sargo......................................28 22º Jaidson Zini.........................................26 23º Rogério Castro.....................................21 24º Felipe Tozzo.........................................17 Ronaldo Kastropil................................17 26º Geraldo Piquet.......................................6 27º Jansen Bueno........................................5 50 O CARRETEIRO
sou a ser o quarto e Regis Boessio o quinto, resultado confirmado para a formação do pódio em Tarumã. Diante das condições da pista, os pilotos entraram na corrida com uma certa preocupação da ocorrência de acidentes. Isso porque na tarde do dia anterior (no sábado), cinco caminhões bateram forte durante os treinos de classificação na pista molhada e escorregadia. O primeiro a bater foi Rogério Castro, logo em seguida o Ford de Raijan Mascarello saiu para a grama e deslizou até bater na barreira de pneus e capotar. Os caminhões de Wellington Cirino, André Marques e Joel Mendes Junior virem na sequência, mas nenhum dos pilotos sofreram qualquer ferimento. Durante a corrida, o primeiro acidente aconteceu ainda na primeira volta. O Scania de Pedro Muffato rodou na frente de Djalma Fogaça, que conseguiu desviar, mas Luiz Lopes, que vinha atrás não conseguiu evitar a colisão. A direção de prova deu bandeira amarela. Nas voltas seguintes aconteceram muitos escorregões, toques fortes entre os caminhões e trocas de posições, porém sem qualquer acidente grave. Apesar da vitória de Pachenki, o segundo lugar de Felipe Giaffone ainda o manteve na liderança do campeonato.
CAMPEONATO DE MARCAS NOME QTD. 1º Mercedes-Benz...................................588 2º MAN/Volkswagen................................560 3ºVolvo...................................................297 4º Iveco…………......................................277 5º Ford....................................................215 6º Scania............…………..........................91
É FÁCIL SER AGENTE DE PROTEÇÃO COM O “PROTEJA BRASIL”
A
proteção de crianças e adolescentes, infelizmente, não é prioridade no Brasil e nossa sociedade ainda não tem a cultura da prevenção. Estudos demonstram que em períodos de realização de campanhas, o número de denúncias cresce, como foi o caso da Copa do Mundo de 2014, quando diversas foram realizadas. Mas quando a campanha termina, o número de denúncias volta a cair. Para facilitar sua atuação como agente de proteção, foi criado o aplicativo Proteja Brasil. A partir do local onde o caminhoneiro está, o Proteja Brasil indica telefones, endereços e o melhor caminho para chegar a delegacias especializadas de infância e juventude, conselhos tutelares, varas da infância e organizações que ajudam a enfrentar a violência contra crianças e adolescentes nas principais cidades brasileiras. São muitas as formas de violência contra a infância que estão diariamente diante de nossos olhos e que podemos denunciar, como, por exemplo: a
violência sexual; o abuso financeiro e econômico; negligência e maus tratos; pornografia infantil; o trabalho infantil; tráfico de crianças e adolescentes; além da violência física e psicológica, entre outras. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, em 2015, segundo dados do Disque 100, houve cerca de 80 mil denúncias relacionadas a crianças e adolescentes. Deste total, pouco mais de 17 mil são de violência sexual. O aplicativo Proteja Brasil é gratuito e fácil de usar. Com ele, todo motorista de caminhão que já é um agente de proteção e pode ajudar ainda mais essa causa tão importante. As denúncias feitas são encaminhadas para o Disque 100, serviço de atendimento do governo federal. O aplicativo funciona em celulares e tablets, com tecnologia IOS ou Android. Está disponível em português, inglês e espanhol. Para baixar, basta ir às lojas de aplicativos: Apple Store e Google Play.
Para saber mais, acesse: Childhood Brasil www.childhood.org.br Programa Na Mão Certa www.namaocerta.org.br www.ocarreteiro.com.br
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INDÚSTRIA
TRIPLA TECNOLOGIA Pilotos da Fórmula Truck visitam fábrica da Pirelli e conhecem o moderno processo de produção dos pneus que equipam os caminhões de corrida
POR João Geraldo FOTOS Rodrigo Ruiz
O
pneu FR:01, usado pelos caminhões da Fórmula Truck na medida 295/80R22,5 desde a primeira etapa da temporada 2016, é um produto Pirelli desenvolvido no Brasil que tem como destaque a tecnologia empregada em construção e composição, a qual, segundo a fa52 O CARRETEIRO
bricante, representa o que há de mais moderno para produtos destinados a caminhões e ônibus. De acordo com o CEO da companhia, Murilo Fonseca, se trata de um produto que reúne três tecnologias exclusivas patenteadas pela empresa. Essas tecnologias, representadas pelas siglas SATT (Spiral Advanced Technology), HETT (High Enlonga-
tion Technology for Truck) e HWTT (Hexagonal Wire Technology for Truck), indicam, respectivamente, processo de produção que utiliza uma revolucionária cintura metálica em forma aspiral e sem emendas; emborrachamento das cinturas metálicas e friso do talão composto por fios em formato hexagonal. Fonseca acrescenta que essas tecnologias influenciam diretamente no aumento da resistência a impactos, reduzem a suscetibilidade a deformações e garantem maior rapidez na montagem e desmontagem do pneu da roda. “Tudo isso aliado a materiais de alta tecnologia resulta num pneu com construção da banda de rodagem que reduz a distância de frenagem e aprimora a dirigibilidade do veículo, além do alto rendimento quilométrico e de nível de reconstrução, adicionou o executivo. Antes da corrida que marcou a sétima etapa do campeonato, disputada no autódromo de Tarumã/ RS, Murilo Fonseca convidou os pilotos da Fórmula Truck para conhecerem detalhes da produção do pneu que utilizam em seus caminhões de corrida e também mostrar a eles e as ações da empresa com o meio ambiente. “Queremos mostrar os detalhes do nosso compromisso tecnológico e produtivo para oferecer um produto que garanta performance, durabilidade e segurança para estes campeões e também para os nossos clientes”, disse Fonseca, acrescentando que a Pirelli se sentiu honrada em receber os pilotos em sua fábrica no Rio Grande do Sul.
Inaugurada em 1976 no município de Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre, a unidade da Pirelli produz também - além da Série 01 para caminhões e ônibus nas versões radial e convencional - pneus da linha agrícola, para motos e bicicletas. O ingresso da fabricante de pneus na Fórmula Truck fecha o leque de categorias do automobilismo para as quais a empresa é fornecedora de pneus. A empresa conta com 682 pontos de vendas no Brasil e mais 151 reformadores Novatek.
Pilotos da Fórmula Truck foram recebidos pelo CEO da Pirelli, Murilo Fonseca
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HISTÓRIAS DO ZÉ
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O CARRETEIRO
O CARRETEIRO
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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS
GELADEIRA para Caminhão
GC65 TRUCK 65 Litros
Bate Coração Procuro uma mulher evangélica e sem filho para namoro sério, que seja carinhosa, cantora e fiel. Sou pastor da Igreja Pentecostal de Jesus Cristo Ressuscitado. Jose Roberto Cianorte/PR
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SISTEMA DA QUALIDADE
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Se beber não dirija
CERTIFICADO
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Amigo motorista, você já pode mandar sua mensagem para publicarmos na Revista O Carreteiro também pela nossa página no Facebook: facebook.com/ ocarreteiro e WhatsApp: (11)95428-8803. Não se esqueça de colocar sua cidade e Estado.
Tenho 55 anos de idade e estou buscando um marido que seja motorista de caminhão. Meu desejo é casar e viajar pelo Brasil. Sou bonita, carinhosa e moro sozinha. Peço que entre em contato apenas homens acima de 55 anos para compromisso sério. Olímpia Pereira de Melo Uberaba/MG Tel.: (34) 99171-2518
"A mulher mandou escolher entre ela e o caminhão. Sinto falta dela!"
Bate Coração Quero encontrar alguém para compromisso sério e que tenha caráter. Dispenso curiosos e aventureiros. Sou carinhosa, romântico, de pele clara, tenho cabelos castanhos, 1,60m e 40 anos. Fabiana Pereira Tel.: (35) 99894-3825 fabianalopes@gmail.com
"Cuidado com suas curvas, estou sem freio."
Recado Mando um abraço para meus amigos Amarelim, Pitbul, Mendigo, Sivirino, Tob, Mata Égua e toda a turma do Foras da Lei. Que Deus proteja a todos vocês. Um alô também para meus amigos Rene, Guerreiro, Chumbo Grosso, Piqueno, Pé de lã, Bandoleiro, Sobrevivente, Garnize, e a turma do grupo GCR, Grupo Cidade do Rei, que Deus proteja todos vocês. Fizemos reclamações para o órgão controlador e também para a Concessionária, e eles nos retornaram dizendo que está no contrato de concessão com o Estado de São Paulo. É um absurdo! Renato Cazotti Colatina/ES www.ocarreteiro.com.br
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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Recado O meu recado vai para a galera do Barriga de Aço, Danielle Transportes, enfim a todos que transportam combustível por esse País afora. Gladson Gomes Barbosa Recife/PE
"Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, exceto à galinha."
Homenagem Quero homenagear todos os pais, em especial o meu querido pai Sebastião Cantares da Silva, motorista que trabalha na Húngaro Transportes. Homenageio também meu irmão Faison Cantares da Silva, também motorista e trabalha na Tombini. Abraço também ao meu padastro, Nicolau Queiroz Coelho, que trabalha no canavieiro; e também para meu príncipe encantado Kiko, meu marido que já foi estradeiro e hoje trabalha mais perto de casa. Fainny Por e-mail ventoleste @hotmail.com 62 O CARRETEIRO
Emprego Sou carreteiro e tenho experiência em prancha de qualquer tamanho. Já puxei pás eólicas e cargas com 7m de largura e 55 m de comprimento. Procuro empresas ou autônomos. Gostaria apenas que pudesse levar a minha esposa junto nas viagens. Sou carreteiro desde 1995, tenho 45 anos de idade, curso MOPP e carga indivisível em dia. Anderson Rubi Jucá Trairí/CE Tel.: (85) 98412-1412 / 99677-8660
Cartas FALTA DE OPORTUNIDADE Tenho 37 anos, sou nordestino caminhoneiro, com experiência em caminhão trucado e iniciando em carreta. Dirigir é minha paixão mas tenho me deparado com muitas dificuldades de fazer aquilo que mais amo. A maioria das empresas não dão oportunidades para iniciante em carretas. O que preciso fazer para realizar meu sonho e fazer o que mais gosto? Tenho curso MOPP e CNH AE mas não tenho oportunidades por parte dos empresários. Valdemir Sabino Por email www.ocarreteiro.com.br
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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Cartas DENUNCIA A PRF deveria fiscalizar mais o sistema de iluminação dos caminhões. Motoristas estão instalando farol extra que quando ligados chega a deixar quem vem pela frente “cego”. Muitos instalam o faro por conta própria, mudando a característica do caminhão, o que é proibido. Outros instalam no baú. Antônio dos Santos Guarulhos/SP
"Até burro pula a cerca se grama do vizinho é mais verde."
Emprego Estou a procura de trabalho, sou motorista desde 2014 e não consigo um trabalho registrado, apenas bico quando aparece. Tenho experiência em rodovia. Ernesto Nascimento Lopes Guarujá/SP Tel.: (13) 3017-1591 / 98211-2603 ventoleste@hotmail.com
"Casei-me com Maria, mas viajo com Mercedes." 64 O CARRETEIRO
"Coceira na mão de pobre é sarna, na mão de rico é alergia. "
Emprego
Gostaria de uma oportunidade para viajar de caminhão ou carreta. Gosto de estar na estrada. Douglas Lima de Andrade Tel.: (51) 8276-7519 Por email
Respeite a sinalização de trânsito.
Motorista carreteiro há cinco anos, experiência e disponibilidade para viajar para qualquer lugar do País. Luiz Fernando de Lima Silva Barreiras/BA Tel.: (77) 99177-8885 / (77) 99901-3213
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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Bate coração Tenho 55 anos e estou em busca de mulheres solteiras até 50 anos, de Sorocaba e região para amizade e um futuro relacionamento. Procuro uma pessoa companheira. Sou fiel, carinhoso e honesto. Alberto Sorocaba/SP WhatsApp: (15) 98816-3113 denerosy@hotmail.com
"Melhor chorar de saudade do que de fome." Quero uma namorada evangélica, sem filho, de Marília e região. Busco apenas do Estado de São Paulo. Sou pastor, tenho 47 anos, sem filho e romântico. José Roberto Cianorte/PR Tel.: (44) 9762-1742 Branca, cabelos loiros, 1,69m, acima do peso, tenho personalidade de uma guerreira. Atuo como motorista de ônibus no momento e meu sonho é a rodagem. Se tiver um Tubarão solteiro querendo uma Cristal para entregar a carga junto, entre em contato. Valnice P.S. Silva (QRA Penélope) Tel.: (92) 99159-2100 66 O CARRETEIRO
Bate coração Tenho 40 anos, sou viúva, morena, olhos verdes, 1,60m, cabelos pretos, tenho uma filha e gostaria de conhecer homens de todo o Brasil, entre 50 e 60 anos, inicialmente para uma amizade ou quem sabe um relacionamento sério. Ligue apenas os que tiverem interessados. Nubia Santos Goiania/GO Tel.: (62) 8159-7183 nubia@hotmail.com
Desempenho com economia. Nós sabemos como.
"Malandra é a pulga, que espera a comida na cama." Morena clara, 37 anos, 1,70m, independente, procura relacionamento sério com homens entre 40 e 50 anos. Interessados ligar ou enviar whatsapp. Márcia Sampaio Campo Grande/MS Tel.: (67) 99337-2291 Branca, 1,60m, 55kg, cabelos negros, viúva, aposentada, sem filhos e sem vícios. Procuro homem entre 60 e 70 anos, para uma vida a dois. Não aceito carta de detentos. Elizabete Felix Rua Maria Belino Barduco, 501 Pariquera-Açu/SP Cep: 11930-000
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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Bate coração Gostaria de me corresponder com carreteiros para amizade ou relacionamento sério. Procuro homens sem compromisso e solteiros e que estejam em busca de felicidade. Sou romântica, fiel, viúva, clara, tenho 1,60m, 65kg, olhos verdes. Procuro homens entre 50 e 65 anos, livres e solitários. Tenho muito amor para dar. Ivone Tanaka Mafia/SC Tel.: (47) 9655-7079
"Destruidor de distâncias, devorador da saudade. "
Homenagem Presto esta homenagem ao meu marido Flávio Barleto, guerreiro da estrada. Você é a melhor coisa que aconteceu em minha vida, um ótimo pai e minha fortaleza. Cristiane São José dos Pinhais/PR
"Dizem que feliz foi São Conrado, que não teve sogra nem cunhado." 68 O CARRETEIRO
Homenagem Esta homenagem é para o meu sogro Marcelo, que também é motorista, e minha sogra Ana Glaucia, que completaram 29 anos de casados. Homenageio também a mim e minha esposa Ana Carolina pelos nossos 4 anos de casamento. Amo muito você e nossas filhas Nicolly e Monique. Presto homenagem também ao nosso padroeiro São Cristóvão. Victor Hugo Guidoni São José do Rio Preto/SP
"Sou tão macho, que o meu lado feminino é sapatão."
Recado Em nome de toda família GCR Grupo Cidade do Rei, Visitantes Protocolos e todas as unidades, preço solidariedade a família do nosso amigo Patrik, que infelizmente, nos deixou. Peço a Deus que conforte a todos, e de muita força para poder superar essa perda. Que Deus também reserve a ele um bom lugar para descansar em paz. Renato Cazotti (QRA Pinto Doido) Colatina/ES www.ocarreteiro.com.br
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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Recado Venho agradecer a família Revista O Carreteiro pela publicação do meu apelo de trabalho na edição 498, de maio. Muito obrigada. Luiz Antonio Ancelmo São Paulo/SP
"Amor de verdade vai além da cama. " O meu recado vai para a galera do Barriga de Aço, a galera do GDA, Danielle Transportes, enfim a todos que transportam combustível por esse País. Gladson Gomes Barbosa Recife/PE
Emprego Tenho 59 anos, experiência nível Brasil e Mercosul e busco colocação. Minha esposa viaja comigo. Luiz Antonio Ancelmo São Paulo/SP Tel.: (11) 94015-7099
Bate coração Loira, olhos verdes, 1,52m, 53kg, moro sozinha em Chapecó/SC e tenho filhos porém todos casados. Quero conhecer um homem entre 45 e 50 anos, sem filhos pequenos, que esteja de bem com a vida, sem vícios, que goste de dançar. Amo viajar. Maria Aparecida Neckel Chapecó/SC Tel.: (49) 8839-0863 70 O CARRETEIRO
Bate coração Estou à procura de amizades e quem sabe um amor. Sou solteira, tenho 26 anos, e estou em busca da felicidade. Keila Santos Registro/SP Tel.: (13)99196-5530 Mulheres de todas as idades, cor, roça e religião, que sejam do signo de escorpião e dispostas a viajar pelo mundo em um trailer, pois estou aposentado. Tenho 66 anos de idade e sou carreteiro há 45, 1,65m, 70kg, branco, cabelos grisalhos e sem vícios. Mohammad Abdallah Rio de Janeiro/RJ Tel.: (41) 96590-3547
"Antes tarde do que mais tarde."
Emprego Carreteiro há 9 anos, CNH Categoria E, cursos MOPP) transporte de passageiros, todos pelo Sest Senat. Marcio da Costa Ferreira Goiânia/PE Tel.: (81) 99611-6606
"Em baile de cobra, sapo não dança." www.ocarreteiro.com.br
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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Emprego Tenho 59 anos, experiência nível Brasil e Mercosul e busco colocação. Minha esposa viaja comigo. Luiz Antonio Ancelmo São Paulo/SP Tel.: (11) 94015-7099 Estou a procura de trabalho. Sou motorista carreteiro, com experiência em rodovia. Porém, desde 2014 não consigo um serviço registrado, apenas “bico”. Ernesto Nascimento Lopes Guarujá/SP Tel.: (13) 98211-2603
"Justo é o sutiã, que oprime os grandes, levanta os caídos e protege os pequenos."
Carta Esse alerta á para os motoristas que param na Marginal da Dutra pista central para esperar a entrada na cidade de São Paulo após as 22h. No local há risco de assalto. Luiz Antônio Ancelmo São Paulo/SP
"De bigode na cabine, nem gato." 72
O CARRETEIRO
Emprego Experiência de 14 anos em caminhão trucado em configuração 8x2, carreta LS e bitrem, manual e automático, liberado pelas seguradoras, com curso de Movimentação de Produtos Perigosas, Direção Defensiva, Condução Econômica e conhecimento por rodovias estaduais, federais brasileiras e Mercosul. Estou em busca de uma nova oportunidade de trabalho. As qualificações são comprovadas em carteira de trabalho e certificados. Severino Cicero de Paulo Mello Paulista/PE Tel: (81) 98791-6554 99750-5978
MANDE SEU RECADO POR CARTA: REVISTA O CARRETEIRO RUA PALACETE DAS ÁGUIAS, 395 VILA ALEXANDRIA SÃO PAULO/SP CEP 04635-021 POR EMAIL: REDACAO@OCARRETEIRO.COM.BR
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TRANSPORTE & ECONOMIA PLANILHA DE CUSTOS OPERACIONAIS CAMINHÕES
SEMILEVES
LEVES
MÉDIOS
CUSTOS FIXOS MENSAIS Depreciação do Veículo
R$ 726,75
R$ 811,85
R$ 1.524,61
Remuneração de Capital
R$ 505,94
R$ 617,05
R$ 1.019,81
Licenciamento + Seg. Obrigatório + IPVA
R$ 201,72
R$ 246,95
R$ 304,51
Seguro do casco
R$ 558,45
R$ 687,20
R$ 795,49
Despesas com Comunicação TOTAL DOS CUSTOS
R$ 0,00
R$ 0,00
R$ 173,36
R$ 1.992,86
R$ 2.363,05
R$ 3.817,78
CUSTOS VARIÁVEIS POR KM Manutenção
R$ 0,201
R$ 0,219
R$ 0,173
Pneus, câmaras e recapagens
R$ 0,077
R$ 0,096
R$ 0,073
Combustível
R$ 0,458
R$ 0,517
R$ 0,598
ARLA 32
R$ 0,000
R$ 0,000
R$ 0,023
Óleo de carter
R$ 0,009
R$ 0,019
R$ 0,012
Lavagens e graxas
R$ 0,101
R$ 0,009
R$ 0,145
TOTAL DOS CUSTOS
R$ 0,844
R$ 0,134
R$ 1,023
CAMINHÕES
SEMIPESADOS
PESADOS
EXTRAPESADOS
CUSTOS FIXOS MENSAIS Depreciação do Veículo
R$ 1.410,25
R$ 2.249,08
R$ 3.080,56
Remuneração de Capital
R$ 1.001,46
R$ 1.503,87
R$ 1.798,93
Licenciamento + Seg. Obrigatório + IPVA
R$ 353,42
R$ 571,26
R$ 719,70
Seguro do casco
R$ 756,96
R$ 1.200,01
R$ 1.566,62
Despesas com Comunicação
R$ 173,36
R$ 245,59
R$ 245,59
R$ 3.695,45
R$ 5.769,81
R$ 7.411,40
TOTAL DOS CUSTOS
CUSTOS VARIÁVEIS POR KM Manutenção
R$ 0,207
R$ 0,342
R$ 0,344
Pneus, câmaras e recapagens
R$ 0,177
R$ 0,268
R$ 0,370
Combustível
R$ 0,761
R$ 1,199
R$ 1,345
ARLA 32
R$ 0,025
R$ 0,035
R$ 0,046
Óleo de carter
R$ 0,012
R$ 0,020
R$ 0,021
Lavagens e graxas
R$ 0,124
R$ 0,311
R$ 0,330
TOTAL DOS CUSTOS
R$ 1,306
R$ 2,176
R$ 2,457
74 O CARRETEIRO
TABELA REFERENCIAL DE TRANSPORTE DE CARGA LOTAÇÃO AUTÔNOMOS - CARGA GERAL DISTÂNCIA EM KM
CAMINHÕES LEVES R$/TON
CAMINHÕES MÉDIOS R$/TON
CAMINHÕES SEMI-PESADOS R$/TON
CAMINHÕES PESADOS R$/TON
BITREM 7 EIXOS R$/TON
1 a 50
82,17
44,13
22,32
22,35
20,56
51 a 100
128,71
66,77
34,11
30,61
28,11
101 a 150
175,26
89,41
45,90
38,88
35,65
151 a 200
221,80
112,04
57,69
47,14
43,20
201 a 250
268,35
134,68
69,48
55,40
50,75
251 a 300
314,89
157,32
81,27
63,67
58,29
301 a 400
407,98
202,59
104,85
80,20
73,38
401 a 500
501,07
247,86
128,43
96,72
88,48
501 a 600
594,16
293,14
152,01
113,25
103,57
601 a 700
687,25
338,41
175,59
129,78
118,66
701 a 800
780,34
383,68
199,17
146,31
133,75
801 a 900
873,43
428,96
222,75
162,83
148,85
901 a 1.000
966,52
474,23
246,33
179,36
163,94
1.001 a 1.250
1.199,25
587,41
305,28
220,68
201,67
1.251 a 1.500
1.431,97
700,59
364,23
262,00
239,40
1.501 a 1.750
1.664,70
813,78
423,18
303,32
277,13
1.751 a 2.000
1.897,42
926,96
482,13
344,63
314,86
2.001 a 2.250
2.130,15
1.040,14
541,08
385,95
352,60
2.251 a 2.500
2.362,88
1.153,32
600,03
427,27
390,33
2.501 a 2.750
2.595,60
1.266,51
658,98
468,59
428,06
2.751 a 3.000
2.828,33
1.379,69
717,93
509,91
465,79
3.001 a 3.250
3.061,05
1.492,87
776,88
551,23
503,52
3.251 a 3.500
3.293,78
1.606,06
835,83
592,54
541,25
3.501 a 4.000
3.759,23
1.832,42
953,73
675,18
616,72
4.001 a 4.500
4.224,68
2.058,79
1.071,63
757,82
692,18
4.501 a 5.000
4.690,13
2.285,15
1.189,53
840,45
767,64
5.001 a 5.500
5.155,58
2.511,52
1.307,43
923,09
843,10
5.501 a 6.000
5.621,03
2.737,88
1.425,33
1.005,73
918,57
NOTA 1: PREÇO DOS INSUMOS - Os cálculos acima tem como base o preço dos insumos pesquisados na região de São Paulo. NOTA 2: FRETE RETORNO VAZIO - Para que seja incluído retorno vazio no preço cobrado, deve-se utilizar os valores das faixas de distância que incluam a ida e volta do caminhão. NOTA 3: TAXAS, GENERALIDADES E SERVIÇOS ADICIONAIS - Os valores na planilha acima não incluem: pedágio e despesas de viagem (alimentação, estadia, chapa, etc), que deverão ser calculados e cobrados à parte. NOTA 4: IMPOSTOS - Os valores na planilha acima incluem PIS E CONFINS. Não incluem, no entanto, ICMS. NOTA 5: LUCRO - Na construção da planilha acima adotou-se, como parâmetro, margem de lucro de 20% Fonte: RLV Soluções Empresariais
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MERCADO DE CAMINHÕES LICENCIAMENTO 2016 UNIDADES
AGO
JUL
JAN-AGO
4.399
4.684
34.672
SEMILEVES Agrale FCA (RAM) Ford Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Outras empresas
302 1 35 105 30 48 82 1
269 0 15 90 14 39 106 5
1.986 8 273 595 226 214 650 20
LEVES Agrale CAOA Hyundai Ford Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Outras empresas
1.236 10 13 259 41 539 366 8
1.234 10 4 230 63 606 307 14
7.808 106 30 1.758 455 3.129 2.296 34
MÉDIOS Agrale Ford Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Outras empresas
360 3 127 2 135 92 1
376 0 119 9 120 128 0
2.583 19 843 46 975 700 0
SEMIPESADOS Agrale Ford International Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Scania Volvo Outras empresas
1.202 0 183 1 63 371 384 72 128 0
1.268 0 174 2 63 471 359 62 136 1
8.465 4 1.180 22 495 2.950 2.535 2.535 904 1
PESADOS DAF Ford International Iveco MAN/Volkswagen Mercedes-Benz Scania Shacman Volvo Outras empresas
1.299 67 18 1 44 109 337 302 0 387 34
1.537 92 29 4 52 267 329 372 0 340 52
9.431 369 200 12 370 1.189 2.602 2.136 0 2.475 78
TOTAL DE CAMINHÕES
76
O CARRETEIRO
RANKING DE CAMINHÕES POR MARCA AGOSTO/2016 FABRICANTE
QUANT.
PART.
1º
M.BENZ
1.271
28,99%
2º
VW
1.154
26,32%
3º
FORD
691
15,76%
4º
VOLVO
515
11,74%
5º
SCANIA
374
8,53%
6º
IVECO
193
4,40%
7º
DAF
67
1,53%
8º
MAN
48
1,09%
9º
0,78%
SINOTRUK
34
10º
AGRALE
13
0,30%
11º
HYUNDAI
13
0,30%
12º
JMC
6
0,14%
13º
FOTON
2
0,05%
14º
INTERNATIONAL
2
0,05%
15º
BYD
1
0,02%
16º
RENAULT
1
0,02%
ACUMULADO FABRICANTE
QUANT.
PART.
10.146
29,41%
VW
9.072
26,30%
FORD
5.261
15,25%
4º
VOLVO
3.893
11,29%
5º
SCANIA
2.883
8,36%
6º
IVECO
1.812
5,25%
7º
MAN
594
1,72%
8º
DAF
436
1,26%
9º
AGRALE
145
0,42%
10º
SINOTRUK
111
0,32%
11º
HYUNDAI
43
0,12%
12º
INTERNATIONAL
36
0,10%
13º
JMC
31
0,09%
14º
FOTON
22
0,06%
15º
JBC
7
0,02%
16º
BYD
1
0,00%
17º
ENGESA
1
0,00%
18º
KENWORTH
1
0,00%
19º
RENAULT
1
0,00
1º
M.BENZ
2º 3º
www.ocarreteiro.com.br
77
CAMINHÕES NOVOS PREÇO (R$)
AGRALE
MODELO
PREÇO (R$)
142.326,00
DAILY TRUCK 7 TON 70C17 CS 3750
108.796,00
8700 TR (5ª RODA) – CUMMINS ISF 3.8
147.226,00
DAILY TRUCK 7 TON 70C17 CS 4350
110.664,00
10000 – MWM MAXXFORCE 4.8
144.613,00
DAILY 35S14 GRAN FURGONE 3300 H2
98.067,00
14000 - 4X2 – MWM MAXXFORCE 4.8
174.750,00
DAILY 45S17 GRAN FURGONE 3300 H2
110.626,00
14000 - 6X2 – MWM MAXXFORCE 4.8
202.869,00
TECTOR 170E22 ATTACK 4815 4X2 MLC TB
144.484,00
TECTOR 240E22 ATTACK 4815 6X2 MLC TB
163.480,00
DAF XF105 6X2
390.743,00
TECTOR 240E28 5175 6X2 MLL TA
226.930,00
XF105 6X4
416.324,00
TECTOR 240E28 5670 6X2 MLL TA REL. 4,10/5,59
241.317,00
CF85 4X2
311.111,00
TECTOR 260E28 4815 6X4 MLC TB
267.797,00
CF85 6X2
336.000,00
STRALIS 600S40T AT 6X2 TA (OD) EUROTRONIC
350.655,00
STRALIS 600S44T AT 6X2 TA (OD) EUROTRONIC
374.825,00
FORD CARGO 816
128.913,76
MAN
CARGO 1319
163.352,05
VW 5.150 D DELIVERY
132.723,00
CARGO 1519
168.851,05
VW 8.160 D DELIVERY
153.070,00
CARGO 1719
193.712,61
VW 9.160 D DELIVERY
163.137,00
CARGO 1723
205.040,61
VW 13.190 E DC CONSTELLATION
209.125,00
CARGO 1723 LEITO
218.040,29
VW 15.190 E DC CONSTELLATION
215.235,00
CARGO 1729 RIGIDO
209.987,28
VW 17.190 E DC CONSTELLATION
221.916,00
CARGO 1933 RÍGIDO
273.194,91
VW 17.280 E DC CONSTELLATION
248.847,00
CARGO 2423
214.581,05
VW 17.330 E DC CONSTELLATION
275.790,00
CARGO 2429
224.475,69
VW 24.280 E DC CONSTELLATION
275.311,00
CARGO 2429 LEITO
236.932,31
VW 24.330 E DC CONSTELLATION
308.281,00
CARGO 2623
261.714,93
VW 26.280 E DC CONSTELLATION
299.913,00
CARGO 2629
268.819,75
VW 31.280 E DC CONSTELLATION
316.154,00
CARGO 3133
318.919,08
VW 31.330 E DC CONSTELLATION
328.938,00
CARGO 1729 CAVALO MEC.
223.265,65
VW 19.390 E DC CONSTELLATION
301.866,00
CARGO 1933 CAVALO MEC.
287.612,46
VW 25.390 E DC CONSTELLATION
324.980,00
CARGO 2042
277.778,42
VW 26.390 E SC CONSTELLATION
394.848,00
CARGO 2842
309.686,54
VW 31.390 E DC CONSTELLATION
353.551,00
MAN TGX 28.440 6X4
468.279,00 504.609,00
INTERNATIONAL 9800I 6X4
320.000,00
MAN TGX 29.440 6X4
9800I 6X2
300.000,00
MERCEDES-BENZ
DURASTAR EURO III 4X2
170.000,00
ACCELO 815/31
145.005,77
DURASTAR EURO III 6X2
180.000,00
ACCELO 815/37
146.623,06
DURASTAR EURO III 6X4
195.000,00
ACCELO 815/44
148.142,24
ACCELO 1016/31
154.963,67
IVECO DAILY 35S14 CS 3450
87.833,00
ACCELO 1016/37
156.702,78
DAILY 35S14 CS 3750
89.085,00
ACCELO 1316/37
178.229,82
DAILY 45S17 CD 3750
115.307,00
ATRON 1319
179.007,03
78 O CARRETEIRO
Molicar
IVECO
8700 – CUMMINS ISF 3.8
Fonte:
MODELO
MODELO
PREÇO (R$)
Fonte:
Molicar
MERCEDES-BENZ
MODELO
PREÇO (R$)
SCANIA
ATEGO 1419
183.045,69
R 620 LA6X4 RBP835
572.100,00
ATRON 2324 6X2
227.109,56
HIGHLINE 440 LA6X2
488.500,00
ATEGO 1719
206.262,29
HIGHLINE 480 LA6X2 R885
574.806,00
ATEGO 1726
220.158,96
HIGHLINE 620 LA6X4 RB662
527.100,00
ATEGO 1729
238.637,40
P 310 CB6X4 RBP735
362.900,00
ATEGO 2426 6X2
244.538,79
G440 CB8X4 RBP835
614.000,00
ATEGO 2430 6X2
267.757,36
G480 CA6X4 RBP835
456.400,00
ATRON 1635S
290.144,22
P 250 DB4X2
287.700,00
AXOR 1933LS
296.809,53
P 250 DB6X2
319.900,00
AXOR 2533 6X2
345.079,14
P 310 DB8X2
356.900,00
AXOR 2036S
322.550,33
HIGHLINE R440 LA6X2 R885
501.400,00
AXOR 2041S
337.127,42
HIGHLINE 480 LA6X2 R885
514.200,00
AXOR 2536S 6X2
340.509,39
HIGHLINE 620 LA6X4 RB662
597.800,00
AXOR 2541S 6X2
371.631,39
P 310 CB6X4 RBP735
360.900,00
AXOR 2544S 6X2
387.858,44
G440 CB8X4 RBP835
639.800,00
AXOR 2644S 6X4
412.374,56
G480 CA6X4 RBP835
475.700,00
ACTROS 2546LS 6X2 CONFORTO T.ALTO
416.999,72
P 250 DB4X2 R780
287.700,00
ACTROS 2546LS 6X2 MEGASPACE (CONFORTO)
435.954,28
P 250 DB6X2 R780
319.900,00
ACTROS 2546LS 6X2 MEGASPACE PLUS (SEG.)
454.908,82
VOLVO
ACTROS 2646LS 6X4 CONFORTO T.ALTO
435.954,28
VM220 4X2R ST L1H1
248.000,00
ACTROS 2646LS 6X4 MEGASPACE (CONFORTO)
454.908,82
VM270 6X2R LX 6M L2H1
314.200,00
ACTROS 2646LS 6X4 MEGASPACE PLUS (SEG.)
473.863,34
VM270 6X2R LX 9M L2H1 VMEB235
325.000,00
ACTROS 2651S 6X4 CONFORTO ALTO
438.934,02
VM330 6X2R LX L2H1 VT VMEB235
361.500,00
ATRON 2729B 6X4
280.387,98
VM270 6X4R ST L1H1
345.400,00
ATRON 2729K 6X4
280.106,45
VM330 6X2R LX L2H1 VT VMEB235
374.300,00
AXOR 3131 6X4
324.081,19
VM270 8X4R ST L1H1
395.500,00
AXOR 3131 B 6X4
325.050,24
VM330 4X2T LX L2H1 VT VMEB235
332.700,00
AXOR 3131K 6X4
323.137,88
FH 420 42T SC AT SLP RS 1360
435.000,00
AXOR 3344 6X4
450.055,23
FH 420 62T SC AT SLP RS1360
460.000,00
AXOR 3344 K 6X4
448.892,06
FH 420 82T SC AT SLP RS1360
498.000,00
AXOR 3344S 6X4
449.560,70
FH 460 64T SC AT SLP RST2370
499.000,00
AXOR 4141K 6X4
481.453,30
FH 460 64R SC AT SLP RST2610
502.000,00
ACTROS 4844K 8X4
601.133,06
FH 540 84T SC AT HSLP RT3210
545.000,00
FM 380 42T SC AT SLP RS1360
391.000,00
SCANIA P 310 LA4X2
312.900,00
FM 380 62T SC AT SLP RS1360
416.000,00
P 360 LA6X2 – R 885
380.700,00
FM 380 82R SC AT SLP RS1360
454.000,00
G 400 LA6X2 R 780
411.900,00
FMX 420 64T SX VT SLP RT3210
502.000,00
R 440 LA6X2 R 885
461.800,00
FMX 420 64R SX VT DAYCAB RT3210
505.000,00
R 440 LA6X4 RB662
486.400,00
FMX 460 84R SX VT DAYCAB RT3312
621.000,00
www.ocarreteiro.com.br
79
CAMINHÕES USADOS VEICULOS NACIONAIS
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
AGRALE 13000TD 4X2 Dies. 2P
0
0
0
102500
90000
85000
73000
71000
66740
13000TD 6X2 3e Dies. 2P
0
0
0
108650
95400
90100
77380
75260
70744
6000 E-MEC 4X2 Dies. 2P
0
0
0
67000
63000
61000
59000
56000
48840
8500 EURO III E-MEC 4X2 Dies. 2P
0
0
0
75000
70200
67000
65000
61000
53892
8500 EURO III E-TRONIC(C.Dup) 4X2 Dies. 2P
0
0
0
81885
76644
73150
70967
66599
58840
9200 EURO III E-TRONIC 4X2 Dies. 2P
0
0
0
98500
87000
85000
80000
70000
64410 0
FORD C-1317 CN 4X2 DIES.
0
0
0
88000
82720
0
0
0
C-1517 CN 4X2 DIES.
0
0
0
103000
96820
0
0
0
0
C-1517-E 4X2 Dies.
0
0
0
0
84000
81000
77000
73000
67320
C-1717 CN 4X2 DIES.
0
0
0
106000
99640
0
0
0
0
C-1717 CN 6X2 3E DIES.
0
0
0
112360
105618
0
0
0
0
C-1722 CN 4X2 DIES.
0
0
0
110000
103400
0
0
0
0
C-1722-E 4X2 Dies.
0
0
0
0
95000
87000
85000
83000
77922
C-1832-E 4X2 Dies.
0
0
0
0
105000
93000
87420
0
0
C-1932 CN 4X2 DIES.
0
0
0
132000
124080
0
0
0
0
Cargo 2428E 6X2 3e Dies. 2P
0
0
0
124000
116000
107000
99000
92000
88704
Cargo 2622E 6X4 3e Dies. 2P
0
0
0
0
133000
120000
114500
110900
94656
Cargo 2628E 6X4 3e Dies. 2P
0
0
0
0
142000
132000
124000
118000
102816
F-350 4X2 Dies.
0
0
0
72000
69000
65000
61000
60300
54450
F-4000 TB 4X4(N.Serie)(Cummins) Dies.
0
0
0
84240
80080
78000
72800
69680
0
F-4000 TURBO 4X2(N.Serie) Dies.
0
0
0
81000
77000
75000
70000
67000
60500
450E32T 4X2 Dies. 2P
0
0
0
132000
122000
113500
95000
91500
70702
450E33T(CurtaT.Baixo)4X2 Dies. 2P
0
0
0
131500
116500
109000
102460
0
0
450E33T(LeitoT.Alto)4X2 Dies. 2P
0
0
0
146000
134000
123000
115620
0
0
230E22 6X2 3e Dies. 2P
0
0
0
0
0
0
75840
72960
65312 68034
0
0
0
115000
90500
83500
79000
76000
0
0
0
122500
108500
102000
93000
87420
0
170E22 4X2 Dies. 2P
0
0
0
128000
118000
93500
87500
83500
78490
230E22 6X2 3e Dies. 2P
0
0
0
0
0
90160
88200
83300
73970
230E24 6X2 3e Dies. 2P
0
0
0
124000
107000
92000
90000
85000
75480
380T38 6X4 3e Dies. 2P
0
0
0
254000
247000
242000
236000
233000
206000
720T42 6X4 3e Dies. 2P
0
0
0
271000
265500
256000
253300
248000
221500
240E28 6X2 3e Dies. 2P
165000
160000
146000
137240
0
0
0
0
0
260E25 6X4 3e Dies. 2P
0
0
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170E25 4X2 Dies. 2P
0
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0
0
380T38 6X4 3e Dies. 2P
0
0
0
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219000
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0 74000
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0
0
0
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0
0
0
0
0
0
0
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0
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1518 ATEGO 4X2 Dies. 2P
1315/37 ACCELO 6X2 3e Dies. 2P
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0
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0
1719 ATEGO 4X2 Dies. 2P
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0
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0
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0
0
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1726 ATEGO 4X2 Dies. 2P
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0
0
0
0
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0
0
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110000
103400
2429 ATEGO 6X2 3e Dies. 2P
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173000
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0
0
0
0
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161000
155000
143000
130000
122200
3340 AXOR 6X4 3e Dies. 2P
0
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0
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213000
156000
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130660
3340KAXOR 6X4 3e Dies. 2P
0
0
0
298000
286000
234000
219000
205860
0
80 O CARRETEIRO
Fonte:
230E24 6X2 3e Dies. 2P 260E25 6X4 3e Dies. 2P
Molicar
IVECO
VEICULOS NACIONAIS
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
MERCEDES-BENZ 0
0
0
255000
233000
218000
180000
150000
3341 AXOR 6X4 3e Dies. 2P
380000
340000
300000
282000
0
0
0
0
0
3344 AXOR 6X4 3e Dies. 2P
348000
320000
280000
253000
238000
221000
178000
149000
140060
4141K AXOR 6X4 3e Dies. 2P
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378000
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0
0
0
0
0
0
0
0
155000
128000
118000
115000
110000
103400
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0
0
0
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0
0
0
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0
0
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0
0
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0
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0
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0
0
G470 B 8X4 SZ 4e(Cam.) Dies. 2P
0
0
0
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0
0
0
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0
0
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0
0
0
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209000
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188000
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0
0
0
P420 B 6X4 SZ 3e(Cam.) Dies. 2P
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0
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215000
185000
170000
159800
0
3340S AXOR 6X4 3e Dies. 2P
L-1620 6X2 3e Dies. 2P
141000
SCANIA
P420 B 8X4 SZ 4e(Cam.) Dies. 2P R580 A 6X2 NA 3e(KingOfTheRoad) (Reb.) Dies. 2P R580 B 4X2 SZ(HighLine)(Cam.) Dies. 2P
0
0
0
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0
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0
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0
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0
0
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0
0
0
0
R620 HIGHLINE LA 6X4 3e Dies. 2P
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0
0
0
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0
0
0
0
0
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0
0
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202100
0
0
0
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80000
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0
0
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86000
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79000
70000
55009
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0
0
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101850
95550
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84000
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58871
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0
0
0
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93000
87000
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71500
57884
15.180 TB-IC(E)4X2(Const.) Dies.
0
0
0
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104000
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86000
61935
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0
0
0
102500
101500
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60199
17.180 TB-IC(E)4X2(Worker) Dies.
0
0
0
104000
102000
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90000
82000
74468
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0
0
0
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112000
104000
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0
0
0
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93000
87000
78119
17.320(E) 4X2(Const.) Dies.
0
0
0
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101990
0
0
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0
0
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114500
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78492
24.250 TB-IC(E) 6X2 3E DIES.
0
0
0
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120500
118000
114500
112000
79277
24.320(E)(Const.) 6X2 3e Dies.
0
0
0
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120500
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0
0
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0
0
0
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119000
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26.260 TB-IC 6X4 3e Dies.
0
0
0
0
0
0
0
93840
80474
31.260 TB-IC(E)6X4(CONST.) 3E DIES.
0
0
0
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149000
143000
108500
101990
0
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0
0
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85000
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74000
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63000
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Molicar
VOLKSWAGEN
VOLVO 0
0
0
0
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140000
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0
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0
0
0
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0
0
0
FMX 420 6X4T 3e Dies. 2P
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0
0
0
0
0
0
0
0
FMX13 420 6X4R 3e Dies. 2P
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320000
310000
280000
263200
0
0
0
0
FH 400(GLOBETROTTER) 4X2 DIES.
0
0
0
0
142800
132600
122400
102000
95880
FH 520 4X2 Dies.
0
0
0
0
185000
170000
160000
139000
130660
FMX-13 400 6X4T 3E(I-SHIFT) DIES.
0
0
0
0
247200
232368
0
0
0
FMX-13 440 6X4T 3E DIES.
0
0
0
0
260000
244400
0
0
0
115000
105000
100000
90000
84600
0
0
0
0
0
0
0
0
75000
65000
60000
55000
51700
Fonte:
FM11 370 4X2 Dies. 2P
VM-220 4X2R Dies. 2P VM-23 210 ST 6X2 3e Dies. 2P VM-260 LX 6X2 3e Dies. 2P VM-270 4X2R Dies. 2P
0
0
0
0
107000
99000
88000
80000
75200
135000
128000
120000
112000
105280
0
0
0
0
www.ocarreteiro.com.br
81
JESUÍNO
82
O CARRETEIRO
“É BRUTO, TEM PEGADA, ENFRENTA QUALQUER TERRENO.” Santo Siqueira, motorista
“ROBUSTO NA SUBIDA E SEGURO NA DESCIDA.”
C ntto de Ci de seg egur urança ça sal alva va vid das as.
Giovani Pasini, frotista Translíquidos
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Os Caminhões DAF possuem garantia total no primeiro ano sem limite de quilometragem. Para o segundo ano, a garantia não tem limite de quilometragem e é limitada ao trem de força (motor, caixa de transmissão e eixo traseiro). Os Caminhões DAF também contam com o DAF ASSISTANCE, serviço de assistência técnica emergencial 24 horas. O serviço é gratuito para caminhões no primeiro ano de garantia e pode ser acionado pelo telefone 0800 703 3360.