Este trabalho partiu de um interesse pessoal em explorar a interseção entre arte e paisagem na relação do uso do espaço público. Investigando a forma como as pessoas utilizam a rua, me chamou atenção o distanciamento com o meio e a potencial prática de pensar a cidade para além da profssão do arquiteto e urbanista. Ao se locomover pela cidade, a atenção do sujeito muitas vezes se limita aos pontos de partida e chegada enquanto o caminho é realizado de forma alienada, confgurando o comportamento automatizado. Neste sentido, a forma como operamos no trajeto entre a origem e o destino me intriga, pois apresenta uma visão da cidade como não-lugar. Por natureza, o dispositivo do metrô preenche o entre do percurso, ocupando o espaço e tempo até o próximo destino. Assim, o vagão apresenta como uma oportunidade para estudo do comportamento automatizado.