A investigação que aqui se coloca vem do corpo que experiencia.
Do que meu corpo vive na cidade e do que estar inserida na lógica de um curso de Arquitetura e Urbanismo me traz. É sobre encontros, ações mútuas. Parte da constatação empírica de que sou corpo afetado pelos espaços – ou corpos – com os quais me relaciono e da noção de que, do lugar de cidadã, arquiteta e urbanista, sou corpo afetante – capaz de alterar, projetar, conceber, construir enfim espaços.
É de corpos que nasce o trabalho e é através deles que ele se faz. Neste sentido, é também sobre afetos. Sobre o que atravessa corpos – nos marca, faz e desfaz.
É um trabalho inquieto.
Começa de um sentimento de silenciamento nosso, de nossos corpos e do que nos afeta, querendo falar. Digo que é uma “investigação sobre a secundarização de corpos e afetos na construção e vivência de espaços urbanos”. Foi o mais perto que consegui chegar de traduzir uma angústia.