A pesquisa, rumada por um olhar analítico e topológico,
busca, a partir de narrativas errantes, construir uma noção de meiolugar.
A vontade que subjaz a seu estudo, é despertada a partir de
indagações desencadeadas pelo tensionamento entre os conceitos
dicotômicos de lugar antropológico e não lugar e sua carência em
relação à percepção da alteridade na paisagem urbana. Enquanto
o primeiro se permite seduzir pela lógica do espetáculo e o
segundo tem como signo reinante a velocidade - e sua consequente
alienação individualizadora -, o meio-lugar resiste e se manifesta pelas
entrelinhas como sobrevivente, emitindo simples lampejos, como
vagalumes na escuridão.