Equoterapia: Transformando vidas e promovendo inclusão
Equoterapia: Transformando vidas e promovendo inclusão
Sueme Mori: “Nenhum país tem algo parecido com o Senar”
Sueme Mori: “Nenhum país tem algo parecido com o Senar”
CAROS LEITORES
MARCELO BERTONI
Presidente do Sistema Famasul
INVISTA UM POUCO DE SEU TEMPO
PARA APROVEITAR
TODOS OS DETALHES E INFORMAÇÕES
QUE CONSTAM NAS NOSSAS PÁGINAS.
BOA LEITURA!
Sejam bem-vindos à 8ª edição da Revista Famasul. Desta vez, vamos tratar, principalmente, de investimentos para melhoria do agronegócio. Você vai conhecer vários tipos de aplicações que são feitas e chegam de diversas maneiras para o bem comum do setor.
A sessão AgroNews, que abre o conteúdo da revista, destaca o investimento na educação. Vamos apresentar o prêmio Agrociência, iniciativa da Famasul que busca apoiar e promover projetos de pesquisa voltados ao agronegócio no estado. Com isso, geramos a possibilidade de, cada vez mais, ligar produtores rurais aos conteúdos trabalhados nas universidades.
Viramos a página e chegamos à editoria Inova Agro, onde o destaque é o investimento em implementos agrícolas cada vez mais tecnológicos. No aspecto econômico, o mercado de maquinários projeta aquecimento impulsionado pela diversificação da produção agropecuária do estado. Além disso, vamos falar de previsão do tempo, que sempre deve ser uma amiga do produtor rural, e com ajuda da tecnologia preza progressivamente pela precisão.
Na área dedicada ao Meio Ambiente destacamos, primeiramente, o investimento na prevenção e combate aos incêndios. O produtor rural, que sempre foi pioneiro nesse quesito, pode contar com apoio do Sistema Famasul, por meio do Senar/MS, que oferece treinamentos para atuação contra as chamas. O investimento em sustentabilidade também ganha espaço, você vai conhecer o viveiro de mudas do Senar/MS.
Depois é hora de pegar a cuia com água gelada para nossa Roda de Tereré e saber mais sobre o CNA Fiagro, uma oportunidade de investimento, apresentada pelo Instituto CNA, para que o produtor atendido pela Assistência Técnica e Gerencial, implemente melhorias na propriedade e produção sem burocracia.
Nosso Dedo de Prosa da edição é com a diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori. Além do trabalho em uma área tão importante da instituição, ela destaca o pioneirismo e excelência das ações executadas no Brasil.
Você também vai ver o destaque em investimento humanitário. Neste ano, o Senar/MS ultrapassou os limites do estado para ajudar produtores rurais do Rio Grande do Sul atingidos pelas enchentes. As histórias de apoio e superação são emocionantes.
E na tradicional AgroDoc, nossos colaboradores apresentam lindas imagens capturadas durante o cotidiano de trabalho no agro.
Aqui apresentei a vocês parte do que há de melhor em nossa revista. Invista um pouco de seu tempo para aproveitar todos os detalhes e informações que constam nas nossas páginas. Boa leitura!
Sumário/
Projetos Especiais
Equoterapia promove inclusão e impacta vidas em MS
Agronews
5 - Ciência para o futuro: investimento em educação
Inova Agro
Dedo de Prosa
21 Entrevista com Sueme Mori, diretora da CNA
Mercado
15 - Apicultores atendidos pelo Senar/ MS produziram mais de 40 toneladas de mel no 1º semestre de 2024
Presidente: Marcelo Bertoni
Vice-Presidente: Mauricio Koji Saito
Diretor-Secretário: Fábio Caminha
Diretor Tesoureiro: Frederico Borges Stella
2º Secretário: Fábio Olegário Caminha
3º Secretário: Massao Ohata
2º Tesoureiro: André Cardinal Quintino
3ª Tesoureira: Stéphanie Ferreira Vicente
CONSELHO DE VICE-PRESIDENTES
Antônio de Moraes Ribeiro Neto - Antonio Silvério de Souza - Dario Antonio Gomes Silva - Manoel Agripino Cecílio de Lima - Luciano Aguilar Rodrigues Leite - Leandro Mello Acioly - Rodrigo Ângelo Lorenzetti - Alexandre de Paula Junqueira Netto - Roberto Gonçalves de Andrade Filho
MEMBROS SUPLENTES DA DIRETORIA
Paulo Renato Stefanello - Janes Bernardino Honório Lyrio - Alessandro Oliva CoelhoYoshihiro Hakamada - Bedson Bezerra de Oliveira - Lucicleiton Cirino da Rocha - Hilies de Oliveira - Durval Ferreira Filho - Vilson Mateus Brusamarello - Valter Dala Valle - Florindo Cavalli Neto - Herminio Pitão - Severino José da Fonseca - Antonio Gisuatto - Edson Bastos - Romeu Barbosa de Souza - Hudson Amorim de Oliveira
MEMBROS DO CONSELHO FISCAL
Efetivos: Jefferson Doretto de SouzaHenrique Mitsuo Vargas Ezoe - Telma Menezes de Araújo - Suplentes: Jesus Cleto TavaresDeny Meirelles Nociti - Fábio Carvalho Macedo
MEMBROS DO CONSELHO DE REPRESENTANTES (CNA)
Efetivo: Marcelo Bertoni - Mauricio Koji Saito - Suplentes: José Vanil de Oliveira GuerraAntonio Ferreira dos Reis
6 - Diversificação do agro em MS impulsiona o setor de máquinas e implementos agrícolas
8 - Agrometeorologia: tecnologia aliada à precisão!
Meio Ambiente
9 - Produtores de Mato Grosso do Sul se mobilizam para prevenir e combater incêndios
10 - Viveiro do Senar/MS: Matériaprima para recompor e preservar o meio ambiente
Roda de Tereré
12 - Fiagro: Menos burocracia e mais oportunidades para o produtor rural
18 - Cursos gratuitos: De preparação para o mercado de trabalho à modalidade esportiva com cavalos
Tendências
20 - Tendências dos principais produtos agropecuários
Porteira
do Conhecimento
26 - Técnicos do Senar/MS ajudam na reconstrução do agro gaúcho
30 Agro Agenda
36 Famasul em Ação
38 Agro Doc
SENAR/MS - Administração Regional do Estado de Mato Grosso do Sul - Conselho Administrativo - Dirigente: Marcelo Bertoni | Membros titulares: José Pereira da Silva | Marcio Margatto Nunes | Valdinir Nobre de Oliveira | Daniel Kluppel Carrara | Suplentes: Mauricio Koji Saito | Janes Bernardino | Honório Lyrio | Thaís Carbonaro Faleiros Zenatti | Maria Helena dos Santos Dourado Neves | Luciano Muzzi Mendes | Conselho Fiscal: Paulo César Bózoli | João Batista da Silva | José Martins da Silva | Suplentes: Rafael Nunes Gratão | Moacir Reis | Orélio Maciel Gonçalves | Superintendência: Lucas Duriguetto Galvan REVISTA FAMASUL
Coordenação de Comunicação: Camilla Jovê | Coordenação de Marketing: Flávio Gutierrez | Coordenação de Eventos: Larissa Siufi | Equipe de Comunicação: Ana Palma | Michael Franco | Michelle Machado | Pâmela Machado | João Carlos Castro Estagiários: Júlia Padilha | João Lucas Ribeiro Artes: Eduardo
Medeiros | Loren Cruz | Rodrigo Scalabrini
Redação, revisão, projeto gráfico, edição e diagramação: A2L Comunicação | Fotos da edição: Assessoria de Comunicação do Sistema
Famasul | Foto da capa: João Carlos Castro
Casa Rural: Sede da Famasul e do Senar/MS
Rua Marcino dos Santos, 401 - Cachoeira IICampo Grande/MS
Famasul - Tel.: (67) 3320-9700
Site: portal.sistemafamasul.com.br
Senar/MS - Tel.: (67) 3320-6900
Site: senarms.org.br
Ciência para o futuro: Investimento em educação
Ciência para o futuro: Investimento em educação
Investir em uma poupança, aplicar em renda fixa ou adquirir um imóvel são opções seguras que garantem retornos individuais. No entanto, existe um investimento que beneficia toda a sociedade: a educação. Nesse contexto, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) se destaca como parceira ao apoiar e promover projetos de pesquisa voltados para o agronegócio no estado, através do Prêmio Agrociência.
“Fortalecendo a ciência para o futuro do agro” é o tema da edição deste ano, que manteve inscrições abertas até 30 de agosto para pesquisadores dos níveis técnico e tecnólogo, graduação e pós-graduação, de todas as instituições de ensino do estado. Mais do que reconhecer pesquisas acadêmicas, a premiação cria uma oportunidade de conectar a academia aos produtores rurais, com a Famasul atuando como uma ponte sólida, como destaca a coordenadora do prêmio, Regiane Furtado de Miranda.
“O principal objetivo é dar visibilidade ao que está acontecendo dentro da academia e levar isso para o produtor rural, para que eles entendam como a pesquisa acontece. Os produtores acham que o que acontece na academia está distante da sua realidade, mas não é bem assim. Tudo isso pode estar muito mais próximo, pois hoje, os produtores já utilizam essas pesquisas nas práticas do dia a dia”, salienta Regiane.
Um dos vencedores da última edição foi Roniedison da Silva Menezes, doutorando na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Com um estudo voltado para a influência da mecanização do solo e do desenvolvimento de culturas agrícolas na erosão hídrica, o pesquisador conseguiu verificar a eficiência de gramíneas no controle após o preparo da terra utilizada em determinada plantação.
“A premiação foi importante para a aquisição de insumos, para aprimorar os experimentos, assim
poderemos quantificar as perdas de nutrientes e, com isso, verificar as perdas econômicas causadas pela erosão hídrica. O reconhecimento é muito importante para toda a comunidade acadêmica, não só pelo prêmio, que é utilizado para financiar e melhorar as pesquisas, mas também pela motivação gerada”, expressou Roniedison. Neste ano, o Prêmio Agrociência tem como parceira a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect-MS). Com o apoio, cada orientador da categoria de graduação do projeto premiado receberá uma bolsa de iniciação cientifica para contemplar um aluno no valor de R$ 700,00 durante 12 meses e cada orientador da categoria de pós-graduação do projeto premiado receberá um auxílio à pesquisa de R$ 20 mil para dar continuidade ao trabalho. O montante é um estímulo para avançar e ampliar as ações de cooperação entre o setor produtivo, a academia e a Fundect.
O professor doutor e diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, explica que o apoio aos graduandos, mestrandos e doutorandos é importante, visto que a premiação trabalha em todos os degraus da formação acadêmica. “Temos jovens que começam já na graduação a entender o método científico e a compreender o olhar da produção e do produtor. O ganho pedagógico em unir, desde o início da formação, o trabalho técnico-científico a quem produz é enorme. E depois, no mestrado, quando você começa a aprender a pesquisar também, esse olhar é muito importante. Finalmente, no doutorado, o profissional se torna um pesquisador que vai atender às demandas da sociedade, as demandas produtivas, de mercado. Então, todas as cadeias do agro só têm a ganhar com esse investimento.”
Para mais informações, acesse: www.portal.sistemafamasul.com.br/premioagrociencia
Regiane Furtado de Miranda, coordenadora do Prêmio Agrociência
Inova Agro
DIVERSIFICAÇÃO DO AGRO EM MS IMPULSIONA O SETOR DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS
DIVERSIFICAÇÃO DO AGRO EM MS IMPULSIONA O SETOR DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS
Adiversificação da produção agropecuária em Mato Grosso do Sul tem desempenhado um papel crucial para o setor de máquinas e implementos agrícolas do estado. Segundo Álvaro Fialho, diretor de Operações e Vendas da Comak, a diversidade no portfólio agropecuário sul-mato-grossense possibilita uma resiliência econômica maior frente às oscilações de mercado, além de fomentar a inovação e a sustentabilidade no uso dos recursos naturais, contribuindo para uma agricultura mais adaptada às mudanças climáticas e às demandas sociais contemporâneas.
“A produção agrícola em Mato Grosso do Sul tem se diversificado muito nos últimos tempos. Ainda dependemos majoritariamente da pecuária, da soja e da cana-de-açúcar, mas, há alguns anos, observamos uma crescente participação da silvicultura (eucalipto). Mais recentemente, notamos o crescimento da fruticultura, especialmente de laranja, limão e mamão, além do amendoim. Todos esses segmentos são grandes consumidores
de equipamentos agrícolas. Essa diversificação nos traz uma perspectiva muito positiva e esperamos, no futuro próximo, uma maior estabilidade no mercado de máquinas agrícolas.”
“No mês passado, começaram as operações da nova fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, e uma nova fábrica de celulose da Arauco já está sendo construída em Inocência.
Em Bataguassu, está sendo lançada a primeira indústria de beneficiamento de amendoim. Em Sidrolândia e na região do Bolsão, há muito investimento na citricultura.
Em suma, estamos vivenciando uma onda de investimentos e diversificação na produção agrícola do nosso estado, o que nos projeta um crescimento de 20% em relação a 2024”, projeta.
Ele comenta que a incorporação de novas tecnologias embarcadas nas máquinas agrícolas tem sido muito ágil, especialmente na agricultura de larga escala, como no plantio de soja, milho e algodão. Em outras culturas e propriedades menores, a tecnificação também tem avançado, porém de forma mais gradual.
“A inteligência artificial também tem ganhado espaço no agro. Um exemplo já em uso é a tecnologia embarcada em drones de pulverização agrícola, que, por meio de sensores, radares e câmeras, conseguem operar de forma autônoma e segura, desviando automaticamente de obstáculos e proporcionando uma pulverização de qualidade com maior rapidez e eficiência. Outro exemplo é a pulverização seletiva, onde o sistema
Álvaro Fialho, diretor de operações e vendas da Comak
identifica, em tempo real, as plantas invasoras e aplica defensivos somente onde necessário, garantindo economia e eficiência no controle das pragas”, analisa.
Em relação ao mercado sul-mato-grossense, o empresário destaca que, no segmento de tratores, os veículos com potência entre 25 e 145 cavalos têm se sobressaído pela versatilidade de atender às mais diversas culturas.
“Trabalhamos com os tratores LS Tractor, que têm se destacado no mercado regional pela qualidade, versatilidade, robustez e excelente custo-benefício. São construídos com componentes nacionais de primeira linha, têm baixo consumo de combustível e custos de manutenção reduzidos.”
ABIMAQ PROJETA REAQUECIMENTO DO MERCADO A MÉDIO PRAZO
O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão Bastos, projeta um reaquecimento do mercado a médio prazo.
“A médio e longo prazo, estamos muito bem estruturados para aumentar nossas exportações agrícolas.
A FAO estima que o Brasil precisará elevar em 30% suas exportações nos próximos oito anos para atender ao crescimento da demanda mundial.
Para alcançar esse aumento, precisamos expandir a área plantada na mes -
ma proporção. Isso significa que teremos um mercado em expansão assim que o atual excesso de oferta de grãos se dissipar.”
Ele destaca que um conjunto de fatores tornou 2024 um ano desafiador para o setor. “Primeiro, tivemos a seca severa em todo o Brasil, durante a safra de verão, o que reduziu a produtividade e a rentabilidade dos agricultores. O segundo fator foram os juros altos, que inibem os investimentos, e o terceiro foram os preços das commodities internacionais, principalmente grãos, que tiveram uma queda de cerca de 20%.”
Bastos acredita que o mercado começará a reagir em 2025. “O cenário das commodities agrícolas é bastante volátil, mas, com base no que observamos neste momento, 2025 ainda será um ano desafiador em termos de rentabilidade dos grãos. No entanto, entendemos que o mercado não deve registrar uma nova queda substancial no próximo ano.”
nando ganhos financeiros, agronômicos e ambientais. Contudo, o processo de incorporação dessas inovações tem ocorrido de forma mais gradual nas propriedades de médio porte e de maneira quase incipiente nas pequenas.
“As máquinas autônomas e com inteligência artificial já são realidades comerciais. Esse processo deve se intensificar, pois as possibilidades de novos algoritmos e ferramentas tecnológicas são imensas.”
Em relação ao avanço tecnológico, o presidente da Câmara Setorial ressalta que as novas tecnologias já são uma realidade nos equipamentos utilizados em grandes propriedades, proporcio -
Ele também destaca o grande interesse da indústria em tornar as novas tecnologias acessíveis aos pequenos e médios produtores. “Por parte das indústrias, isso pode ocorrer por meio da adaptação das tecnologias disponíveis para grandes propriedades às menores. Temos grande interesse nesse aspecto, pois o faturamento cresce com o maior valor agregado, e aumentamos a competitividade do agro nacional. Por parte dos agricultores, é necessário primeiro investir em conhecimento para lidar com essas novas tecnologias no campo. E, por parte do governo, é essencial investir em políticas públicas para capacitação e incentivo à adoção desses novos equipamentos.”
Pedro Estevão Bastos, pres. da Câmara Setorial da Abimaq
Inova Agro
Agrometeorologia Tecnologia aliada à precisão! Agrometeorologia
As mudanças climáticas já não são mais um tema distante dos noticiários; são uma realidade palpável para os brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, três ondas de calor intenso atingiram o estado neste ano, com temperaturas ultrapassando os 35°C. De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec/MS), no ano passado, os termômetros registraram uma variação extrema, com mínimas de 1,6 °C e máximas que chegaram a 43,4 °C.
Para uma safra estável, com produção tranquila e certeira, a agrometeorologia é uma grande aliada dos produtores rurais no estado. A analista técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS), Lenise Castilho Monteiro, explica que ter acesso a informações confiáveis e em maior quantidade pode garantir segurança e precisão aos empreendimentos rurais.
Nas plataformas indicadas, além de informações sobre precipitação, temperaturas e umidade relativa do ar, estão disponíveis dados sobre zoneamento agrícola. “Com isso, é possível identificar as melhores épocas e locais para o plantio de diferentes culturas. Com os alertas climáticos, os produtores se atualizam sobre condições extremas para que possam tomar medidas preventivas. Há também informações voltadas para o manejo de irrigação e de mecanização do solo”, apresenta Lenise.
“Ter acesso a previsões confiáveis ajuda os produtores a reduzirem riscos com o planejamento de ações preventivas, minimizando as perdas. Além disso, otimiza a utilização de recursos, utilizando água e insumos de forma mais eficiente”, explica a analista técnica.
Embora o acesso à informação climática possa parecer complicado, Lenise indica caminhos claros para obter dados sobre o clima em Mato Grosso do Sul. O estado possui 45 estações meteorológicas, distribuídas entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Cemtec. A especialista do Senar/MS recomenda o uso de sistemas como o Sisdagro e o Agritempo para acessar informações detalhadas sobre o clima.
Pompilio Rocha Silva é produtor rural e tem duas propriedades, uma em Chapadão do Sul e outra em Camapuã. Com uma gestão pautada pela sabedoria, Pompilio decidiu investir em estações meteorológicas privadas para ampliar o banco de dados climatológicos das suas fazendas. “Quem coloca em prática a agrometeorologia tem maior precisão e segurança no campo.” Desde que adotou essa tecnologia, ele relata ter ganho maior conhecimento e confiança nas decisões relacionadas aos plantios.
“As decisões são mais seguras. Outra coisa é que conseguimos ter um histórico muito maior. Temos dados de pressão, temperatura, ponto de orvalho e radiação solar. Diversos fatores nos auxiliam, permitindo justificar e antecipar possíveis problemas. Sem a estação, eu não teria acesso a relatórios precisos sobre minhas produções. O mais importante é manter um histórico dessas informações. Com esses dados, posso tomar decisões mais assertivas. Hoje, o equipamento é essencial para o produtor rural”, frisa Pompilio.
Lenise Castilho Monteiro, analista técnica do Senar/MS
Meio Ambiente
PRODUTORES DE MATO GROSSO DO SUL SE MOBILIZAM PARA PREVENIR E COMBATER INCÊNDIOS
As altas temperaturas, junto com a estiagem prolongada e a baixa umidade do ar, aumentam os riscos de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. No campo, os produtores rurais são os maiores interessados em evitá-los e combatê-los, visto que os danos causados à fauna, à flora e às propriedades são severos. Por isso, cresce o investimento em estrutura para a prevenção e o combate, por meio do treinamento de equipes e formação de brigadas.
O presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, destaca o papel pioneiro dos produtores rurais na luta contra o fogo. No campo, são os proprietários que vão à linha de frente, sendo os primeiros a chegarem com seus próprios maquinários para a mitigação das chamas.
“No campo, atuamos de maneira preventiva, com aceiros dentro do que prevê a legislação, queimas preventivas e controladas. Recentemente, estive no Senado acompanhando e auxiliando nas articulações para a votação do Manejo Integrado do Fogo, que corrobora com essas práticas que já realizamos em Mato Grosso do Sul, e que agora será também aplicado em todo o país, após ser sancionado. Além disso, realizamos dentro da pecuária o consumo da matéria seca excessiva, com o que chamamos de ‘boi bombeiro’. E claro, além de todo esse trabalho, sempre recorremos aos bombeiros, para que conduzam essa prática de maneira mais técnica”, explica Bertoni sobre a atuação.
O fogo não traz consequências negativas apenas para os produtores rurais. As chamas desencadeiam ações que também são sentidas por muitas pessoas, desde o funcionário da propriedade até o consumidor final das culturas produzidas no campo. Bertoni usa o Pantanal para exemplificar os momentos frágeis dos incêndios.
“Por causa do fogo, não há pasto para
os animais, consequentemente a vaca não atinge peso para entrar no cio e o produtor fica sem bezerro. Todas as benfeitorias no campo são perdidas com o fogo. Então, não há interesse algum em atear fogo no momento errado, como ago ra, porque ele causa danos ao produtor rural. A maneira de mudar esse pensamento equivocado é levando essas informações para toda a sociedade, aproximando o campo da cidade e transmitindo essas re flexões sobre as realidades vividas no agronegócio”.
2.566 pessoas, sendo 550 em 2023. Neste ano, a meta é capacitar mais 700 pessoas. A luta contra o fogo é de todos. Entretanto, é o produtor rural que sente e age primeiro neste combate.
A fim de ajudar no combate e na disseminação da informação contra os incêndios, a Famasul, por meio do Senar/MS, oferece treinamentos aos produtores rurais e colaboradores para que atuem de maneira preventiva contra as chamas. O presidente comenta que, nos últimos 6 anos, foram capacitadas
A Famasul tem sido parceira ao oferecer Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) a produtores rurais do estado. “No Pantanal, são 114 mil hectares que recebem orientações dos nossos técnicos quanto às melhores práticas produtivas e de sustentabilidade. Fazemos parte do Comitê Estadual do Fogo, contribuindo com informações na formação de estratégias para a prevenção de incêndios. Anualmente, participamos da campanha em parceria com a Reflore/MS, Governo do Estado e Ibama”, compartilha Bertoni sobre a rede de combate ao fogo na qual a Famasul está inserida.
Marcelo Bertoni, presidente do Sistema Famasul
Meio Ambiente
viveiro do senar/ms
Matéria-prima para recompor e preservar o meio ambiente
No coração do agronegócio contemporâneo pulsa o compromisso inegociável com a preservação ambiental. Não se trata apenas de um discurso de boas intenções, mas de uma realidade sólida, respaldada por dados concretos. De acordo com o Sicar (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural), o Brasil destina 66% de seu território à preservação e proteção da vegetação nativa. Dessas áreas, 33% são representadas por vegetação nativa nos imóveis rurais.
Com foco na preservação ambiental, o Senar Mato Grosso do Sul inaugurou, em 2022, um viveiro de mudas nativas do Cerrado no Centro de Excelência de Bovinocultura de Corte, em Campo Grande. As mudas são distribuídas, de forma gratuita, para o reflorestamento de nascentes e cursos d’água com o objetivo de recompor e enriquecer áreas de preservação ambiental, em propriedades rurais do estado.
queira, o viveiro foi criado para fortalecer ações de preservação e recuperação ambiental. O espaço possui capacidade de produção de 10 mil mudas por ano, em até quatro ciclos produtivos, de aproximadamente três meses cada e 4 mil tubetes semeados.
As plantas cultivadas no viveiro são espécies nativas do bioma Cerrado, como ipês – de todas as cores – baru, aroeira pimenteira, jatobá, jacarandá, tingui e outras.
“O viveiro começou a ser construído no final do segundo semestre de 2022 e iniciou a produção de mudas em 19 de janeiro de 2023. A ideia é produzir mudas das diversas fitofisionomias do Cerrado para recomposição e enriquecimento de áreas de preservação ambiental em propriedades rurais do Mato Grosso do Sul”.
Segundo o coordenador técnico do Centro, Fábio Cer-
No primeiro ano de operação do viveiro, os técnicos de campo da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) plantaram mais de 3 mil mudas em áreas de preservação ambiental, como
Fábio Cerqueira , coordenador técnico do Centro
reservas legais e Áreas de Preservação Permanente (APPs) de propriedades atendidas pelo Senar/MS, com foco especial na proteção de nascentes e cursos d’água. “Essa ação contribui para a conservação de ambientes naturais através da recomposição e enriquecimento ambiental contribuindo para o equilíbrio de utilização dos recursos naturais pelos produtores rurais”, detalha Fábio.
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Fábio Cerqueira destaca que o viveiro do Senar/MS foi criado com a proposta de levar consciência ambiental e de fomentar ainda mais a preservação de biomas naturais, como a Mata Atlântica, Cerrado e o Pantanal. “Nós aliamos a produção agropecuária à preservação ambiental”.
A analista de assistência técnica e gerencial, Leticia Te ruya, é responsável pela distribuição das mudas aos produtores rurais, com foco em incentivar o reflorestamento no entorno de nascentes. A profissional explica que as mudas são distribuídas via departamento de ATeG a produtores rurais atendidos pelo Senar/MS, quando estão prontas para o plantio.
Cerqueira defende a re levância do viveiro para o meio ambiente. “Nós temos o conceito de preservação ambiental aliada à produção, o conceito que hoje é previsto pelo Sistema Famasul, do ESG. Nele, nós precisamos olhar para o ambiente e pensar na perpetuação através da sustentabilidade das nossas atividades econômicas”.
CUIDADO DIÁRIO
viveiro mudas nativas não têm seleção genética das sementes. Os cuidados são todos manuais e feitos diariamente”. Atualmente, o viveiro conta com mais de 2 mil mudas, seguindo o ciclo das plantas. O espaço conta com uma espécie de tenda telada, que possibilita que as mudas tenham acesso a diferentes iluminações, o que favorece o preparo para o momento do plantio.
“Os técnicos solicitam as mudas, realizam recomendações de plantio e entregam aos produtores rurais para promover o reflorestamento de espécies nativas no entorno das nascentes”, explica.
Wellington Oliveira é analista de campo do Senar/MS e responsável pela manutenção do viveiro, junto com outras duas estagiárias. Ele explica que, as mudas plantadas chegam até o Centro por meio de sementes doadas por catadores locais e Organizações Não Governamentais (ONGs).
Após a chegada, a equipe organiza parte do estoque no laboratório, sendo refrigeradas para não reduzir a germinação. O especialista pontua que o processo de germinação da muda está diretamente ligada à qualidade da semente.
“Fazemos a triagem para identificar qual semente está apta para o plantio e fazemos a seleção de qualidade. Existe uma atenção muito grande, porque no
“O viveiro é dividido em duas partes: a meia sombra e o pleno sol. A primeira é uma cobertura de sombra para proteger a muda, enquanto na segunda a gente simula a realidade da natureza, porque essas plantas não são domesticadas. Todas as etapas são importantes para o que ela vai enfrentar quando chegar no campo”.
Oliveira já havia trabalhado com viveiro de frutas, mas nunca com mudas, o que, segundo ele, tem sido um desafio diário positivo. O profissional destaca o orgulho em fazer parte desse processo de preservação ambiental. “É um trabalho grande, mas muito gratificante. Um viveiro de espécies nativas é o homem tentando imitar a natureza em grande escala e procuramos fazer isso da melhor forma”.
Wellington Oliveira, analista de campo do Senar/MS
Leticia Teruya, analista de ATeG do Senar/MS
fiagro
Roda de Tereré fiagro
OMenos burocracia e mais oportunidades para o produtor rural
Menos burocracia e mais oportunidades para o produtor rural
CNA Fiagro, uma iniciativa inovadora da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), tem se destacado como uma poderosa ferramenta para o financiamento do agronegócio brasileiro.
Com uma proposta de menos burocracia e mais agilidade na liberação de recursos, o Fundo de Investimentos no Agronegócio busca atender as necessidades dos produtores rurais de maneira eficiente e competitiva. Essa linha de crédito se destina a várias cadeias produtivas, oferecendo uma alternativa prática e acessível em comparação com os tradicionais financiamentos subvencionados.
Paula Pereira Martins, analista de Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS, explica que, em Mato Grosso do Sul, as cadeias produtivas beneficiadas pelo Fiagro incluem a Bovinocultura de Corte e Leite, a Agricultura anual com culturas como soja, milho, trigo, feijão e mandioca, além da Fruticultura, abrangendo banana, cacau, laranja, limão, maçã, manga, maracujá, melancia, morango e uva.
Grosso do Sul e o Distrito Federal”, afirma Paula.
Ela destaca que, atualmente, 37 profissionais estão capacitados para operacionalizar o Fiagro nas cadeias contempladas no estado, e a expectativa é que todos os técnicos da ATeG estejam preparados para auxiliar os produtores interessados.
“Os produtores que desejam acessar o Fiagro devem procurar seus técnicos de campo. Para isso, estamos realizando treinamentos com o objetivo de habilitar mais profissionais”, comenta Paula, enfatizando a importância da capacitação contínua para ampliar o alcance da iniciativa.
“O Fiagro foi lançado oficialmente em abril de 2024 durante o Dia de Campo da ATeG Bovinocultura de Leite em Ponta Porã, mas já era testado desde setembro de 2023 em um projeto piloto que contemplou cinco estados, incluindo Mato
A divulgação do Fiagro, segundo Paula, tem sido intensificada através de várias ações de transferência de tecnologia promovidas pelo Senar/MS, como vitrines tecnológicas, dias de campo e circuitos pecuários. Além disso, as redes sociais têm sido utilizadas como um canal estratégico para garantir que a informação chegue ao maior número possível de produtores.
Sobre os benefícios do Fiagro, Paula destaca: “Agilidade, fácil acesso e uma taxa de juros competitiva. O fundo, ao contrário do crédito subvencionado tradicional, possui menos burocracia, um processo digital que permite ao produtor fazer uso do recurso no momento assertivo e propício. Além disso, a assistência técnica da ATeG garante que o recurso será aplicado na atividade produtiva, gerando melhorias no pro-
Paula Pereira Martins, analista de ATeG do Senar/MS CRÉDITO:
cesso produtivo, aumento da produtividade e impacto positivo no mercado local”.
Doriani de Castro David Martins, uma produtora rural de Inocência, que trabalha com pecuária de corte há mais de 40 anos, pecuária de leite há mais de 20 anos, e silvicultura há 14 anos, é um exemplo prático dos benefícios do Fiagro. Ela conheceu o fundo através do supervisor de ATeG, Kennides Martins Batista Filho, e decidiu buscar o recurso para a aquisição de bezerras para corte.
“As vantagens do Fiagro são a mínima burocracia, sem necessidade de projetista e sem penhor. O prazo para a liberação do crédito foi rápido, em torno de 15 dias”, relata Doriani, que já utilizou o recurso e está satisfeita com os resultados.
Kennides Batista Filho observa que a primeira impressão do produtor ao ouvir sobre o Fiagro é de surpresa com a taxa de juros, que inicialmente pode parecer elevada em comparação a outros recursos.
“Mas, quando começamos a falar sobre as diferenças em termos de custos da operação e da burocracia do programa, a aceitação melhora significativamente”, explica Kennides. Ele destaca que muitos produtores enfrentam dificuldades em acessar outras linhas de crédito, seja pela escassez de recursos ou pela necessidade de rapidez na obtenção do financiamento, o que torna o Fiagro uma opção atraente devido à sua agilidade.O supervisor enfatiza a importância do papel do técnico de campo na metodologia do Fiagro. “O técnico de campo é fundamental nesse processo de apresentar o programa para o produtor, entender quais são os perfis que irão acessar essa linha de crédito e, principalmente, acompanhar esse investimento e custeio, para que ele seja aplicado da melhor forma possível”, afirma. Ele destaca que o técnico é essencial para garantir que o processo ocorra de forma segura, tanto para o produtor quanto para o programa. Além de orientar sobre a aplicação dos recursos de maneira eficiente.
tar o acesso ao crédito pelos produtores rurais. Ele menciona que, até o momento, o fundo está disponível na Bahia, Goiás, Distrito Federal, Mi nas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, e que há planos de expansão para Rondônia e Tocantins.
O valor do financiamento pode variar entre R$ 30 mil e R$ 300 mil, com um prazo de pagamento de até 12 meses e uma taxa de juros de 15% ao ano, ajustável conforme o prazo da operação. “O ticket médio até julho de 2024 foi de R$ 63 mil, o que demonstra a aderência do programa às necessidades dos produtores”, explica Christiano.
comenta. O coordenador acrescenta que essa modalidade de crédito não vincula outros produtos no momento da contratação, ao contrário de muitas instituições financeiras que oferecem produtos adicionais buscando reciprocidade.
Christiano também antecipa que o fundo deve ser ampliado futuramente para atender todo o território nacional e incluir novas cadeias produtivas. “Estamos trabalhando para que o Fiagro se torne uma ferramenta ainda mais abrangente e acessível, beneficiando um número crescente de produtores em diferentes regiões do país”, conclui.
Christiano Nascif, coordenador de empreendedorismo e negócios do Instituto CNA, reforça que o Fiagro é uma iniciativa estratégica da CNA para facili-
Ele destaca que o fundo se diferencia das modalidades tradicionais de crédito, por não exigir garantias reais vinculadas à operação, projeto técnico ou registro em cartório da cédula, tornando o processo menos burocrático e mais acessível. “O CNA Fiagro oferece crédito assistido pela ATeG do Senar, com taxas competitivas e flexibilidade no pagamento. O produtor pode optar por quitar o financiamento de uma só vez ou parcelar mensalmente, o que proporciona maior liberdade para gerenciar seu fluxo de caixa”,
Com uma proposta clara de menos burocracia e mais agilidade, o Fiagro tem se mostrado uma alternativa eficaz para o financiamento rural, permitindo que os produtores tenham acesso rápido a recursos essenciais para o desenvolvimento de suas atividades. A iniciativa da CNA não só facilita o acesso ao crédito, mas também promove um uso mais eficiente dos recursos, com acompanhamento técnico, foco na melhoria da produtividade e no impacto positivo para as economias locais. À medida que o Fiagro se expande e evolui, ele promete transformar ainda mais o cenário do agronegócio brasileiro, impulsionando o crescimento sustentável das diversas cadeias produtivas em todo o país.
Christiano Nascif, coordenador de negócios do Instituto CNA
Supervisor de ATeG, Kennides Martins Batista Filho
Veja como obter financiamento pelo CNA Fiagro
VERIFIQUE SE VOCÊ É ELEGÍVEL
CONHEÇA AS CONDIÇÕES
Taxa de juros: 15% ao ano. Prazo: até 12 meses para pagamento
SIMULAÇÃO E ADESÃO
Utilize o simulador de financiamento disponível no site da CNA para estimar o valor do crédito. Envie sua documentação para análise e aguarde a aprovação.
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Ser produtor rural de pequeno ou médio porte; Participar do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar há pelo menos três meses e ter cadastro ativo.
Unidades da federação que já oferecem a modalidade:
Cadeias produtivas atendidas:
• Bahia
• Goiás
• Distrito Federal
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
Prepare a documentação exigida, conforme orientações disponíveis no site da CNA.
ACOMPANHAMENTO E USO DO CRÉDITO
Uma vez aprovado, acompanhe o uso do crédito junto à CNA e utilize os recursos para impulsionar sua produção.
Agricultura anual: soja, milho, mandioca, feijão e trigo
Bovinocultura de corte Bovinocultura de leite
Acesse a página da CNA Fiagro: https://www.cnabrasil.org.br/projetos-e-programas/cna-fiagro
APICULTURA SUSTENTÁVEL
APICULTURA SUSTENTÁVEL
Apicultores atendidos pelo Senar/MS produziram mais de 40 toneladas de mel no primeiro semestre de 2024
Apicultores atendidos pelo Senar/MS produziram mais de 40 toneladas de mel no primeiro semestre de 2024
No primeiro semestre deste ano, os 390 apicultores atendidos pelo Senar/MS, produziram 42,8 toneladas de mel. Os números comprovam que a cadeia produtiva ajuda o agricultor a diversificar a produção agrícola e contribui para a sustentabilidade da propriedade.
Consideradas as principais polinizadoras do meio ambiente e agrícola, as abelhas são responsáveis pela produção de mel, pólen, própolis e geleia real, produtos naturais utilizados para várias finalidades e também como fonte de renda familiar, quando produzidos dentro das normas técnicas corretas.
A prática da apicultura evoluiu ao longo do tempo e por isso o Senar/MS, por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), orienta os apicultores com métodos de criação e manejo das colmeias.
De acordo com a coordenadora da ATeG Apicultura, Janaina Gheller, os apicultores recebem visitas mensais de técnicos do Senar/MS, onde são realizadas ações como: diagnóstico produtivo individualizado da propriedade, elaboração de um planejamento estratégico, adequações tecnológicas, capacitação profissional complementar e avaliação sistêmica e constante dos resultados.
A ATeG Apicultura teve início em 2019 e desde então atendeu 545 produtores em Mato Grosso do Sul, sendo que 390 estão em atendimento atualmente. “O Senar/MS presta atendimento aos
Roda de Tereré
apicultores por meio de técnicos credenciados, coletando dados técnicos e gerenciais da produção apícola, buscando sempre capacitar o produtor e a propriedade para gerar renda”, explica.
A especialista pontua que atualmente os principais entraves da apicultura no estado são a formalização do produto final para venda no varejo, além da dificuldade para aquisição de créditos rural aos apicultores.
Janaina Gheller afirma que a apicultura pode não somente ser uma alternativa de renda para o produtor, como pode se tornar a atividade principal dentro de uma propriedade, devido à diversidade de produtos e subprodutos que podem ser comercializados, desde que o estabelecimento seja certificado pelos órgãos fiscalizadores.
tor, que deve ter sempre o comprometimento de garantir a qualidade e segurança do produto que será entregue ao consumidor.
“O manejo das abelhas e do seu produto, o mel, deve sempre seguir as normas e boas práticas de acordo com as legislações vigentes, seja na esfera municipal, estadual ou federal. Para isso, os técnicos são capacitados e capazes de orientar os produtores a seguirem essas recomendações, uma vez que produzir alimento de qualidade para consumo humano é uma grande responsabilidade”.
“A grande maioria dos produtores são de pequeno a médio porte, não tendo condições de manter um entreposto. Uma saída seria organizar cada região em cooperativas ou associações para envasar os produtos com serviço de inspeção”.
PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NA APICULTURA
A coordenadora da ATeG ressalta que promover o desenvolvimento sustentável da apicultura envolve várias práticas e estratégias que visam proteger as abelhas, garantir a produção de mel e outros produtos apícolas de forma responsável para que se tenha harmonia com outras culturas. Gheller defende o compromisso do apicul-
Para auxiliar o fortalecimento e expansão da atividade em Mato Grosso do Sul, Janaina destaca ser necessário implementar estratégias que possam ajudar a fortalecer a apicultura, aumentar a produção de mel e outros produtos apícolas.
“É necessário adotar uma abordagem integrada que considere as condições locais, as necessidades dos apicultores e as oportunidades de mercado, promovendo capacitações e treinamentos, suporte técnico e científico, infraestrutura e equipamentos, desenvolvimento de mercado, incentivos e subsídios, programas de desenvolvimento rural, preservação ambiental, integração com outras atividades e divulgação dos produtos”.
AMOR PELAS ABELHAS
Cláudio Jope mora no distrito Capão Seco em Sidrolândia, e se tornou uma referência na apicultura em Mato Grosso do Sul. O produtor, que recebe assistência do Senar/MS, trabalha há 12 anos com abelhas e atualmente vê nelas a fonte de renda da família.
“Comecei com uma caixa, depois de um tempo passei pra cinco e hoje tenho 123. Cada caixa tem em média 40 mil abelhas. A apicultura mudou a minha vida. Vendi o meu gado e estou me aperfeiçoando cada vez mais no trabalho com as abelhas”.
Depois de conhecer a ATeG, o apicultor melhorou o manejo com as abelhas, aumentou a produção e desenvolveu estratégias para a comercialização do mel. “Eu procuro fazer tudo o que o técnico pede e assim vou vendo a diferença no meu trabalho. A parceria deu certo e encaixou. Hoje não dou conta de vender o mel em feiras porque as pessoas me procuram e compram. Graças a Deus e a ajuda do Senar o trabalho tem dado ótimos resultados”.
Cláudio é reconhecido pelo trabalho com apicultura na região e ressalta que, ao longo de mais de uma década, em que atua com abelhas, o que prevalece é o sentimento de gratidão. “As abelhas tiram o meu estresse e viraram uma paixão pra mim. Fico muito feliz com o meu trabalho. Durante toda a vida gostei de trabalhar com abelhas e hoje não me vejo fazendo outra coisa”.
Para participar dos cursos oferecidos pelo Senar/MS, procure pelo Sindicato Rural do seu município e fale do interesse em participar.
Janaina Gheller, coordenadora da ATeG Apicultura
Veja os cursos e capacitações oferecidos pelo Senar/MS para a cadeia produtiva da apicultura
Gestão
• Programa Negócio Certo Rural - 46 horas
• Programa Empreendedor Rural - 160 horas
• Programa Mulheres em Campo - 40 horas
• Informática Básica - 32 horas
• Programa Inclusão Digital Rural - 16 horas
• Gestão Financeira da Propriedade Rural - 16 horas
• Informática Intermediária - 32 horas
• Relações Interpessoais - 16 horas
• Associativismo - 16 horas
• Cooperativismo - 16 horas
• Família, Qualidade de Vida e Controle de Orçamento Familiar - 16 horas
• Oratória - Comunicação Assertiva - 16 horas
• Formação de Líderes de Equipe - 16 horas
• Chefia e Liderança: Aprendendo a Lidar com Adversidades e Liderando Através da Motivação - 16 horas
• Administração da Empresa Rural - 24 horas
• Atendimento ao Cliente e Comercialização de Produtos Agropecuários - 24 horas
• Gestão de Resíduos em Propriedades Rurais - 24 horas
• Orientações de Licenciamento Ambiental para Proprietários Rurais - 16 horas
• Excel Básico - 24 horas
• Excel Avançado - 24 horas
• Comunicação Não-Violenta Através da Inteligência Emocional - 16 horas
• Liderança e Trabalho em Equipes de Alto Desempenho (Métodos Ágeis) - 24 horas
• Gestão de Marketing nas Redes Sociais - 16 horas
• Gestão de Pessoas no Meio Rural - 24 horas
• Formação de Líderes de Equipe - 16 horas
• Informática Básica - 32 horas
• Informática Intermediária - 32 horas
Manejo
• Produção de Lâminas de Cera Alveolada - 8 horas
• Produção de Rainhas - 24 horas
• Produção de Enxames - 16 horas
• Produção de Pólen - 24 horas
• Produção de Própolis - 16 horas
• Apicultura Básica - 24 horas
• Apicultura Avançada - 24 horas
• Criação e Manejo de Abelhas Nativas Sem FerrãoAvançado - 16 horas
• Criação e Manejo de Abelhas Nativas Sem FerrãoBásico - 16 horas
• Saúde das Abelhas e a Atuação da Defesa
Agropecuária - 24 horas
Processos
• Controle de Formigas Cortadeiras e Cupins - 16 horas
• Recomposição de Vegetação Ciliar - 16 horas
Máquinas
• Operação de Aeronave Remotamente Pilotada (Drone) - Módulo I - 16 horas
• Fundamentos da Utilização de Drones como Tecnologia de Precisão no Agronegócio - Módulo II - 16 horas
• Operação e Manutenção de Motosserra - 24 horas
• Regulagem e Utilização de Pulverizador (Costal/ manual) - 16 horas
• Drones como Tecnologia de Precisão no Agronegócio - Processamento de Imagem e Dados - 16 horas
Educação, Saúde e Segurança no Trabalho
• Noções de Primeiros Socorros - 8 horas
• Programa Qualidade Agro - 5S na Propriedade Rural - 52 horas
• NR 31.5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - 20 horas
• Programa Viva Pantanal - Atividade 1: Prevenção e Combate a Incêndios nas Áreas Rurais - 16 horas
• Programa Viva Pantanal - Atividade 2: Formação de Brigadas de Incêndios em Áreas Rurais - 20 horas
• NR 10 - Básica - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade - 40 horas
• Agro - 5S na Propriedade Rural - 24 horas
• NR 31.7 - Prevenção de Acidentes com Defensivos Agricolas, Aditivos, Adjuvantes e Similares - 20 horas
• NR 31.7 - Prevenção de Acidentes com Defensivos Agricolas, Aditivos, Adjuvantes e SimilaresAtualização - 8 horas
• Prevenção e Combate a Incêndios nas Áreas Rurais - 16 horas
• Educação Ambiental no Campo - 16 horas
• Educação Postural no Campo - 8 horas
• NR 31.6 - Utilização Correta de Equipamentos de Proteção Individual - 8 horas
• Primeiros Socorros - 16 horas
• Noções de Primeiros Socorros - 8 horas
Assistência Técnica e Gerencial
• ATeG - Apicultura - 4 horas
Cursos Técnicos
• Técnico em Agropecuária - 1400 horas
• Técnico em Florestas - 1300 horas
• Técnico em Fruticultura - 1350 horas
• Técnico em Agronegócio - Grade 2021 - 1200 horas
• Técnico em Zootecnia - 1350 horas
• Técnico em Florestas - Semipresencial - 1200 horas
Outras Ações
• Programa CNA Jovem
• Jovem Aprendiz
• Programa Seja - Aprendizagem em Administração Rural - 888 horas
Porteira do Conhecimento SENAR/MS
COM CURSOS GRATUITOS
De
preparação para o mercado de trabalho à modalidade esportiva com cavalos
Os avanços tecnológicos estão promovendo uma verdadeira revolução no campo, transformando os sistemas produtivos e o cotidiano dos trabalhadores rurais dentro das propriedades. À medida que a tecnologia ganha espaço e se torna indispensável para as operações do agronegócio, cresce a demanda por profissionais capacitados para atuar na operação, gestão e manutenção de maquinários em Mato Grosso do Sul.
Inovação é palavra de ordem no oferecimento de cursos do Senar Mato Grosso do Sul. É nessa linha, que são apresentados dois novos cursos gratuitos, voltados tanto para a capacitação de jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, quanto para a modalidade esportiva com cavalos mais comentadas no momento, o ranch sorting
explica o gerente educacional, Lucas Garcia da Silva.
“O mercado está em constante mudança e cada vez mais exigente. Desse modo, o Senar/MS busca capacitar pessoas para serem profissionais diferenciados e que tenham qualidade de vida, sendo uma instituição de referência em educação, inovação e conhecimento das pessoas do meio rural”,
O curso de “Ranch Sorting ” do Senar é novidade em Mato Grosso do Sul. Traduzido para o português, significa rancho + organizar, algo essencial para o trabalho dentro das porteiras. Garcia esclarece que, no esporte, os atletas vão cavalgando em círculos para preparar o cavalo para a “partida”, que é feita em um curral em forma de “8” e o objetivo é tocar o gado de um círculo para o outro.
“O ranch sorting é uma modalidade esportiva que teve sua origem nos Estados Unidos, originada do trabalho de separação do gado nos ranchos. A pista é em forma de 8, sendo que os animais precisam ser levados de um círculo a outro em uma ordem específica, dentro de um tempo limite. É um esporte para a família, pois todos podem praticar dentro de determinadas categorias”, destaca Lucas.
Até o momento, o curso já foi ministrado para três turmas nas cidades de Campo Grande, Selvíria e Cassilândia, e contemplou 25 alunos. Um deles é José Paulino de Freitas Júnior, de 34 anos, que trabalha com doma de cavalos e viu
Lucas Garcia da Silva, gerente educacional do Senar/MS
no treinamento uma oportunidade de aprimorar a lida com o animal.
“Foi uma oportunidade muito bacana, aprendi coisas novas, mesmo fazendo isso desde que nasci. A modalidade de ranch sorting tomou uma proporção muito grande. O instrutor apresentou novidades e manobras para executar com o cavalo.”
O curso apresenta considerações gerais sobre ranch sorting, equipamentos, avaliação e conduta do animal. Ele também traz técnica do passo, trote, galope, técnica de flexão de garupa e costelas, técnica de arco reverso e execução de técnicas da modalidade.
José Paulino conta que participou da primeira turma de ranch sorting, com três dias de duração em Selvíria. “A turma tinha aproximadamente 10 pessoas, então todo mundo pôde tirar as dúvidas. Teve uma parte teórica e depois fomos para a prática, que foi o que eu mais gostei. Toda a experiência me ajuda muito no dia a dia.”
PREPARAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHO
Outra novidade oferecida pelo Senar/MS é o curso “Passos para o Primeiro Emprego”. Lucas Garcia detalha que a capacitação faz parte de um programa que tem como proposta transformar vidas e preparar os jovens na busca pela primeira oportunidade de emprego.
Segundo o gerente educacional, podem participar da formação jovens com idade entre 14 e 24 anos, que tenham, no mínimo, o ensino fundamental incompleto. O curso é dividido em três eixos principais que abordam os seguintes temas: desafios que impedem de prosperar, linguagem corporal e passos para o sucesso profissional.
“O curso tem como objetivo compreender obstáculos e dificuldades que prejudicam na hora de conquistar o primeiro emprego, além de buscar auxiliar o aluno a conhecer técnicas de comunicação, ter uma melhor perspectiva profissional e estruturar metas e ações para alcançar o primeiro emprego”, explica Lucas.
Kauane Floriano Paniago, de 16
anos, aproveitou o período de férias para se capacitar. A jovem ainda não terminou o ensino médio, mas já sabe qual carreira pretende seguir: vai cursar psicologia e se especializar em neuropsicopedagogia.
Durante as aulas, a jovem aprendeu a elaborar um currículo, como se portar em uma entrevista de emprego e teve orientação para a escolha da profissão. Kauane conta que o fato de morar em São Gabriel do Oeste, cidade que não tem o curso que sonha em estudar disponível, não pode atrapalhar seu objetivo.
“Vi que sou capaz de fazer várias coisas e não posso deixar que nada atrapalhe o meu sonho. A minha mãe sempre quis cursar psicologia e não conseguiu. Eu preciso focar em terminar o ensino médio e esperar o momento certo para ir para a faculdade.”
Kauane relembra que o momento que mais gostou da capacitação foi uma atividade prática em que teve que fazer uma entrevista de emprego. “Tive várias experiências novas; nunca tinha feito um currículo e não sabia como era uma entrevista de emprego. Fiquei
nervosa, mas o professor disse que fui bem e, se fosse valendo, conseguiria o trabalho!”
Desde o início do ano, aproximadamente 270 alunos realizaram o curso em diversos municípios do estado. Uma das alunas foi Maria Eduarda Ledesma Matos, de 17 anos, que mora em Iguatemi.
A jovem, que cursa o segundo ano do ensino médio, já fez curso de informática básica e intermediário, por meio do Senar/MS e viu que essa poderia ser mais uma oportunidade de se capacitar para o mercado de trabalho.
“Minha mãe ficou sabendo do curso e me inscreveu. Eu aprendi muito, por exemplo, não sabia fazer currículo e durante as aulas pude aprender. Trabalhei em equipe com pessoas da minha idade que não conhecia. Tive um professor muito atencioso que falou sobre como é o mercado de trabalho. Estou na escola, mas já estou me preparando”, relembra Maria.
Para participar dos cursos oferecidos pelo Senar/MS, procure o Sindicato Rural do seu município e manifeste seu interesse.
Tendências de Mercado
Os analistas técnicos do Sistema Famasul retratam o panorama atual de produtos do agro e as tendências baseadas nos principais indicadores e propensões de mercado.
BOVINOCULTURA DE CORTE -
No primeiro trimestre de 2024, houve uma queda de 15% no preço da arroba em comparação ao mesmo período de 2023, mas, ao mesmo tempo, ocorreu um crescimento de 23% nos abates e de 10% nas exportações. No ano, o cenário está mais promissor, em razão da habilitação para a exportação à China (principal comprador) de mais seis frigoríficos do estado e do reconhecimento nacional de MS como área livre de febre aftosa sem vacinação. Novas vendas para os chineses podem alavancar os preços.
SUINOCULTURA - A atividade deve crescer com o aumento da produção para atender aos frigoríficos que ampliaram a capacidade de processamento. No primeiro trimestre deste ano, o estado abateu 800,8 mil animais, maior volume para o período desde 2019, e as exportações tiveram um incremento de 2% no volume. Em contrapartida, o preço de referência caiu 8% e a receita com as vendas internacionais recuou 13% no acumulado de janeiro a março de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.
SOJA - Mato Grosso do Sul encerrou a safra 2023/2024 de soja com uma produção de 12,347 milhões de toneladas, com produtividade média de 48,84 sacas por hectare, nos 4,213 milhões de hectares cultivados. Neste ciclo, de acordo com o SIGA/MS, desafios climáticos, como baixo volume de chuvas e irregularidade na distribuição dessas precipitações, impactaram as lavouras. No norte do estado, a média foi de 61,79 sc/ha, na área central de 47,62 sc/ha e no sul de 46,04 sc/ha.
SUCROENERGÉTICO - O setor segue em franca expansão. São 18 usinas ativas (17 de cana-de-açúcar e uma de milho) e cinco projetos em andamento. O cultivo de cana atingiu 903 mil hectares em 45 municípios. As maiores áreas estão em Nova Alvorada do Sul (13%), Rio Brilhante (11%) e Costa Rica (9%). Em 2023, o segmento exportou US$ 768 milhões, respondendo por 8,32% da receita total do estado. O açúcar bruto (97,01%) e o etanol etílico (2,71%) foram os principais produtos exportados.
AVICULTURA - A produção de frango deverá seguir com aumento gradual em 2024, sem crescimento expressivo no volume, porque a estimativa é que a produção brasileira cresça 1% em comparação com 2023. O mesmo índice de crescimento é esperado para as exportações. No estado, houve um aumento de 3% no volume de abates e queda de 5% na quantidade exportada no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo intervalo de tempo do ano passado.
BOVINOCULTURA DE LEITE -
Em Mato Grosso do Sul, o preço médio do litro de leite teve alta de 10% no primeiro trimestre de 2024 em relação aos três meses anteriores. A captação aumentou 6% de um ano para o outro, chegando a 49 milhões de litros nos três primeiros meses deste ano. Para a atividade, entretanto, o cenário ainda é muito desafiador, porque a importação de lácteos, em especial de leite em pó e queijos, afeta a competitividade do produto nacional.
MILHO - Dados preliminares indicam que deve ocorrer uma redução de 5,82% da área cultivada com o cereal na segunda safra de Mato Grosso do Sul em relação à temporada passada, totalizando 2,218 milhões de hectares cultivados. Com uma produtividade média estimada de 69,77 sacas por hectare (30,7% menor que no ciclo anterior), a produção prevista é de 9,285 milhões de toneladas (34,7% abaixo do ciclo 2022/2023).
FLORESTAS PLANTADAS - A área com eucalipto chegou a 1,450 milhão de hectares em MS. O maciço se concentra no leste, mas o cultivo ocorre em 72 dos 79 municípios do estado. Três cidades reúnem 58% das florestas plantadas com a espécie: Ribas do Rio Pardo (26,2%), Três Lagoas (20,8%) e Água Clara (11%). Já a seringueira ocupa 23,2 mil hectares em 29 municípios. O cultivo se concentra em Cassilândia (27,9% do total), Aparecida do Taboado (14,6%) e Inocência (9,5%).
Dedo de Prosa
SUEME MORI, DIRETORA DA CNA
“NENHUM PAÍS QUE VISITEI TEM ALGO
PARECIDO COM O SENAR OU A ATEG”
Sueme Mori é diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ela é engenheira mecânica de formação e possui especializações em Comércio Exterior e Gestão Estratégica. Já atuou como coordenadora geral de Investimentos e Cooperação Internacional no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e foi gerente de Estratégia de Mercado da Apex-Brasil, além de ter trabalhado no SESI Nacional, na Embraco e na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).
Nesta entrevista à Revista Famasul, ela fala sobre o trabalho da Diretoria de Relações Internacionais da CNA, protecionismo, acordo do Mercosul com a União Europeia, COP-30, exportação não somente de produtos, mas também do know-how de produção brasileiro, e atendimento das demandas das federações dos estados.
Dedo de Prosa
Quais são as principais linhas de atuação da Diretoria de Relações Internacionais da CNA e há quanto tempo a entidade desenvolve esse trabalho?
Sueme - Minha diretoria tem uma missão única, que é ampliar a participação do agro brasileiro, da agropecuária brasileira, em mercados internacionais. Então, tudo o que fazemos por aqui tem esse foco.Eu tenho três áreas de atuação. A primeira é a promoção comercial. Nela, o carro-chefe é o Agro BR, por meio do qual fazemos ações de apoio à internacionalização de pequenos e médios empreendedores rurais. A segunda é a inteligência comercial, com produção de análises e estudos sobre o comércio internacional e o mercado externo, além de qualquer outro aspecto político que influencie o mercado internacional. A terceira linha é a defesa do nosso setor, tanto aqui, do ponto de vista de temas internacionais, quanto lá fora.
Desenvolvemos esse trabalho desde 2013, quando foi criada a primeira área formal. Era uma superintendência, na época, de relações internacionais. Já trabalhávamos o tema internacional, mas não com uma equipe dedicada como essa, nem com a estrutura semelhante à que dispomos atualmente, mas já tratávamos disso dentro da área técnica.
Dentro desse escopo, como tem sido a atuação da confederação diante
CRÉDITO: DIVULGAÇÃO/CNA
regras que estavam prejudicando a atividade produtiva. Eles também protestaram contra a importação de alimentos do resto do mundo, especificamente do Mercosul.
Nisso, acabaram vocalizando que eram contra o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que está em discussão há 25 anos e que, segundo eles, prejudicaria ainda mais o setor agropecuário. E, claro, ao falar de Mercosul, falamos muito do Brasil, que é o grande país, tanto na produção agropecuária quanto na economia, do bloco do Mercosul.
dos protestos protecionistas que têm ocorrido em vários países da Europa, especialmente na França, contra a importação de alimentos provenientes de países como o Brasil?
Sueme - Sobre essa questão dos protestos na Europa, precisamos fazer uma retomada. No final do ano passado, os “farmers”, os agricultores europeus, foram para as ruas. Um protesto amplo, que ocorreu na Alemanha e na França, e que teve seu auge na Bélgica, frente à Comissão Europeia das Organizações Políticas da União Europeia. O foco principal de insatisfação era em relação às condições de produção, ao retorno ao produtor, às margens muito baixas; ou seja, eles estavam criticando o fato de que o produtor estava trabalhando, mas não estava sendo remunerado minimamente para manter a atividade e ter dignidade.
Essa foi uma fala muito usada e como causas dessa situação, os “farmers” colocaram algumas questões. A centralidade estava nas políticas ambientais da Europa. A União Europeia tem uma política de descarbonização do bloco, chamada Green Deal (Pacto Verde), que engloba uma série de medidas e diretivas que impactam o setor agropecuário, entre outros, como energia, mobilidade e biodiversidade, além de uma parte voltada para a questão da produção agropecuária. O que os “farmers” europeus estavam dizendo é que havia um excesso de
Isso foi só para fazer um histórico do que aconteceu. Em relação ao acordo, temos um posicionamento historicamente favorável ao acordo, ao texto que foi fechado em 2019 pela senadora Teresa Cristina. Nós somos favoráveis, pois é um texto que é bom para o agro brasileiro, mas, a partir dali, a Europa acabou colocando muitas exigências adjacentes relacionadas a questões ambientais, que, de fato, têm o potencial inclusive de prejudicar o acesso àquele mercado que foi negociado. Então, nos posicionamos sobre isso, tanto frente a representantes europeus quanto a representantes do governo brasileiro, levando o posicionamento da CNA sobre o tema.
A implementação na UE da Deforestation-Free Regulation, que exige a ausência de desmatamento e violações de direitos humanos em toda a cadeia de produção, é um entrave que pode impor um ônus adicional aos produtos brasileiros?
Sueme - Sobre o EUDR (European Union Deforestation Regulation), nos preocupamos muito com essa legislação. Ela é unilateral e punitiva. Coloca, por exemplo, como requisito de entrada e de circulação de produtos agropecuários no bloco, a exigência da proibição de produtos que tenham vindo de áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2020. Isso contraria a nossa legislação local. Temos um Código Florestal altamente restritivo, mas que permite, dentro de determinados limites, a abertura de terra para produção. Então, temos uma preocupação tanto com o custo adicional que essa medida vai impor, especialmente para pequenos produtores,
levando até, talvez, à exclusão deles do mercado, quanto com a expansão agropecuária, pois nós não estamos contra a nossa legislação.Essa é uma medida da União Europeia, mas que gera uma preocupação maior porque seus efeitos vão além das fronteiras europeias, pelo fato de ter um mecanismo de classificação dos países, que eles chamam de classificação por grau de risco. Grau de risco de quê? De que aquele produto não cumpra os requisitos exigidos pela EUDR, então vai classificar em médio, alto e baixo risco. O Brasil, como um país que ainda está em processo de desenvolvimento, que tem fronteira agrícola e floresta, muito provavelmente será classificado como de alto risco.
Isso é muito ruim para a imagem da produção agropecuária brasileira, não somente na Europa, mas no resto do mundo também. Além disso, ainda há todos os custos de comprovação. O que eu digo é que temos menos preocupação em cumprir as exigências do que com o custo de compliance, com todo o processo que a União Europeia está exigindo. Então, sim, com certeza será um entrave adicional.
Esse tipo de situação pode dificultar ainda mais a conclusão e implementação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia?
Sueme - Com certeza, sim. No setor agropecuário, na CNA, dizemos que somos favoráveis ao acordo, desde que ele garanta acesso real aos produtos agropecuários ao bloco europeu, porque essa legislação, a EUDR, tem o potencial de fechar o mercado. Então, como é que você fecha um acordo comercial dizendo que está abrindo o mercado brasileiro, e teoricamente a Europa está abrindo o dela e por meio de outra legislação, que não faz parte do escopo do acordo de livre comércio, uma legislação satélite, uma legislação paralela, você fecha o mercado?
Em muitos casos, as restrições sanitárias ou técnicas ainda são utilizadas como instrumentos protecionistas contra a maior competitividade dos produtos brasileiros?
Sueme - São, muitas vezes, sem tecnicidade, sem ciência por trás, sem uma
justificativa científica. Tem duas coisas: acho que tem isso, que é colocar restrição técnica e sanitária sem ter a ciência embasando. Alguns países fazem isso e outros não, considerando as diferenças entre a realidade de produção agropecuária. Nós sofremos isso em vários sentidos. Para a nossa imagem, essa questão de restrições é que temos uma agricultura tropical, que é muito diferente da agricultura de clima temperado. Então, quando essas restrições ou barreiras são colocadas ou exigências, muitas vezes não consideram essa diferença. E isso, sim, se torna um problema. Elas acabam sendo usadas como instrumentos protecionistas.
Nos casos em que as restrições são técnicas, definidas por critérios pouco objetivos, como o caso do suco brasileiro na China, que se chegar ao país com temperatura abaixo dos -18°C é taxado em 7,5%, mas se for acima desse patamar paga um tributo de 30%, é possível mudar essa exigência?
Sueme - Como fazer para mudar essas questões que, assim como colocou, têm critérios pouco objetivos? Levamos a ciência e tentamos influenciar. Não tem jeito. Tem de sentar à mesa tanto em fóruns quanto em diálogos bilaterais. No caso da China, por exemplo, com o país diretamente e também com organismos internacionais que influenciam esse debate e que geram indicadores, métricas e diretrizes que influenciam isso. Fala-
mos da OIE, da OMS, da Organização Mundial de Saúde Animal, da FAO, da OCDE, da OMC e do CODEX. Então, além de influenciar e tentar negociar de forma bilateral, o Brasil também precisa tentar influenciar essas organizações que são usadas como referência para esses debates.
Pastas como o MAPA e o MDIC contribuem de alguma forma com esse trabalho da CNA?
Sueme - Sem dúvida. Na área internacional, atuamos fortemente com três ministérios: o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o das Relações Exteriores e o de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, via SESEC, Secretaria de Comércio Exterior e a CAMECS. Na parte de defesa de interesses lá fora, trabalhamos muito próximos das embaixadas e do corpo diplomático que está no exterior, não só do Itamaraty, mas do MAPA, com agentes agrícolas em vários países que fazem um trabalho excelente de defesa, de abertura de mercado, de promoção comercial e de inteligência lá fora.
A CNA tem desenvolvido um trabalho robusto na apresentação da sustentabilidade da produção agropecuária do Brasil. Um exemplo foi a participação da entidade na COP-28, em Dubai. Em 2025, a COP-30 será em Belém. O que já está sendo preparado para esse
CRÉDITO: DIVULGAÇÃO/CNA
Dedo de Prosa ”
evento, que por ser no país, ganha uma dimensão ainda maior?
Sueme - Sobre COP, as pessoas falam somente da COP-30, mas tem que lembrar que tem a 29 ainda, que ocorre este ano no Azerbaijão. A produção agropecuária e o produtor estão na centralidade da discussão climática. Mesmo que não se fale o nome do produtor, ele está na centralidade. Não é possível que nenhuma proposta de projeto ou de solução com escala e resultados globais não passe pelo produtor, porque, de fato, ele é o agente central na produção agropecuária. Então, o que esperamos, assim como em todas as COPs, é um holofote maior, até pelo fato de ser dentro de casa. Vamos levar o que temos de melhor. Temos um grande desafio, uma questão de guerra de narrativas contra o setor agropecuário brasileiro, por parte de alguns países. E o que temos de fazer é mostrar o que temos. Não precisamos criar nada, já temos. O que discutimos agora na CNA é qual a forma mais efetiva de fazer isso.
A carne bovina é um dos principais produtos de exportação “Made in MS”. Segundo previsão do governo sul-mato-grossense, o estado deve obter no primeiro semestre do próximo ano o status de área livre de aftosa sem vacinação da OMSA. Como essa certificação pode im-
tudo. Eu acho que ainda não exploramos a exportação desse know-how como poderíamos, mas já há um reconhecimento externo do protagonismo do Brasil nessa área e do quanto avançados nós estamos.
“ESTAMOS AQUI PARA ATENDER
“ESTAMOS AQUI PARA ATENDER
Nesse sentido, produtos desenvolvidos pelo Senar, da capacitação do produtor até a assistência técnica, por meio dos programas de ATeG, também têm sido comercializados com clientes internacionais?
O QUE VEM DA NOSSA BASE, QUE SÃO OS
O QUE VEM DA NOSSA BASE, QUE SÃO OS
PRODUTORES E AS FEDERAÇÕES
PRODUTORES E AS FEDERAÇÕES
pactar na abertura de novos mercados para a produção estadual?
Sueme - As exportações de Mato Grosso do Sul entre 2013 e 2023 cresceram 112%, superando no ano passado os US$ 10 bilhões, um crescimento impressionante. Falamos de outras barreiras, e a entrada do estado nesse rol, sem dúvida nenhuma, impacta a abertura de novos mercados para a produção estadual, especialmente para a Ásia. Eu tenho a oportunidade de visitar vários desses países, e a preocupação principal deles é com relação à sanidade.
O Brasil é uma referência internacional no desenvolvimento de novas tecnologias agropecuárias. A produção agrícola no Cerrado em áreas antes consideradas de baixa produção é um exemplo disso. Esse know-how brasileiro, que vai da genética ao manejo, também está sendo exportado?
Sueme - A Embrapa é uma mega referência mundial. Onde eu vou e falo a palavra “Embrapa”, todo mundo do setor agropecuário conhece. Eu recebo aqui na CNA várias delegações do mundo inteiro, perguntando como o Brasil conseguiu chegar onde chegou. Então, acho que é uma composição de fatores, e a questão de tecnologia, de investimento, de pesquisa, é muito importante, está no centro disso
Sueme - Sabe o que é interessante nessa questão do Senar e da ATeG? Eu voltei recentemente de uma missão à China e à Europa, e eu sempre apresento o Senar, a ATeG, e todos ficam impressionados, porque em nenhum dos países que visitei existe algo parecido com o que fazemos aqui. O atendimento direto, a assessoria dentro da propriedade, na escala que o Senar faz, desde transferência de tecnologia até apoio gerencial para aumento de produtividade. Recebemos na CNA pedidos de cooperação com o Senar, com foco na ATeG, para que levemos esse modelo para determinados países, assim como as capacitações que já estão estruturadas. Outros têm interesse em conhecer para montar algo parecido. Fizemos isso no passado, já houve cooperação técnica com países africanos, atualmente não estamos fazendo isso, mas demanda existe.
Como é a intervenção da CNA em relação às demandas internacionais que vêm das federações dos estados?
Sueme - Sobre o contato com as federações, temos um contato direto e formas de comunicação mais estruturadas. A principal é o núcleo de relações internacionais, formado por representantes das federações e que se reúne periodicamente. Esse grupo foi criado para fomentar o diálogo com as federações, nas duas vias. Nós levamos informações, conhecimento e fazemos a troca com as entidades, enquanto elas nos trazem suas demandas e realidades. Temos também o projeto Agro BR. Os consultores estaduais estão muito próximos dos produtores e das federações, eles fazem a demanda chegar até a gente. Estamos aqui para atender o que vem da nossa base, que são os produtores e as federações.
CRÉDITO: DIVULGAÇÃO/CNA
Assistência Técnica e Gerencial
unidos pelo RS
“PTécnicos do Senar/MS ajudam na reconstrução do agro gaúcho
Técnicos do Senar/MS ajudam na reconstrução do agro gaúcho
erdi dois aviários com mais de 60 mil aves e maquinários. A casa, a silagem e o galpão das vacas estão destruídos; a sala de ordenha foi comprometida. Só ficou de pé o depósito. Agora, moro de aluguel porque tudo acabou com a chuva.” Esse é o relato do produtor Jorge Dienstmann, de 52 anos, que mora no município de Estrela, no Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas pelas chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul.
Jorge, que possui uma propriedade de 13 hectares, foi um dos produtores gaúchos atendidos por técnicos do Senar/MS, que viajaram para o sul do país para ajudar produtores rurais na retomada de suas atividades no campo.
Até o momento, 19 profissionais do campo e instrutores de Mato Grosso do Sul fizeram parte da chamada “SuperAção”, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com federações, que tem o objetivo de direcionar profissionais de diversas áreas para contribuir na reconstrução do agro no Rio Grande do Sul.
retorno das atividades produtivas. O objetivo é ajudar aproximadamente 1.200 produtores rurais na melhoria do solo, na área de mecanização agrícola e nas construções rurais.
“Os técnicos foram muito gentis e dispostos a ajudar. Me atenderam com toda a atenção, vieram várias vezes e fizeram o levantamento do solo em diversos pontos. Eles identificaram que, na minha propriedade, há situação de solo lavado, solo com areia e também com lodo.”
Essa não é a primeira vez que Jorge teve sua propriedade acometida por fatores climáticos. Em setembro de 2023, a cidade de Estrela foi atingida por temporais causados pela passagem de um ciclone no Rio Grande do Sul.
“Duas enchentes seguidas em oito meses é algo que te trava e assusta. Eu nasci e sempre morei na mesma casa. Sou a quarta geração da minha família que morava na propriedade, mas, depois de tudo isso, eu tive que abandonar. Não tenho condição de morar lá agora; tenho que fazer toda a instalação elétrica, trocar forro, portas e eletrodomésticos.”
A ação conta com 300 técnicos de vários estados do país, com expertise no atendimento a campo nas mais diversas cadeias produtivas, atuando diretamente no diagnóstico da situação, no restabelecimento das propriedades e no apoio ao
“TUDO DEVASTADO”
O produtor Fernando Mallmann, de 40 anos, também foi uma das vítimas da enchente que atingiu o estado gaúcho. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), os
Nivaldo Passos, coordenador do departamento de ATeG
prejuízos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul no campo já ultrapassam R$ 2,5 bilhões. Os dados são parciais, uma vez que nem todos os municípios conseguem contabilizar as perdas.
“A minha propriedade foi devastada. Os galpões, equipamentos e as vacas foram embora com a chuva. O solo foi lavado e perdeu a camada fértil. As primeiras análises mostraram que a composição do solo está boa e tem nutrientes, mas não tem matéria orgânica, o que dificulta o trabalho.”
Fernando trabalhava com a produção de leite e soja. Após ser acometido pelas enchentes, o produtor estuda novas possibilidades junto com os técnicos do Senar/MS. “A equipe esteve aqui, fez a limpeza das máquinas, limpou a casa e me deu boas orientações para construir a minha estufa. Como tudo se acabou, meu plano agora é começar a plantar hortifruti.”
O coordenador do departamento de ATeG, Nivaldo Passos, detalha que os profissionais do estado trabalharam em três linhas de frente: auxílio na limpeza de propriedades, análise de solo, além da realização de diagnósticos de acordo com a situação de cada produtor. Os técnicos se apresentaram ao Senar/RS, que ficou responsável por direcionar as equipes.
“Para a escolha dos profissionais, foram levados em consideração o conhecimento em topografia de solo e o conhecimento em máquinas para conseguir ajudar os produtores. De Mato Grosso do Sul, enviamos médicos veterinários, técnicos agrícolas, engenheiros agrôno-
mos e profissionais de outras áreas para contribuir na reconstrução.”
“CENÁRIO DE GUERRA”
Um dos profissionais que esteve no Rio Grande do Sul foi o técnico de campo da ATeG em Horticultura, André Makio Kusano. Durante o período de 30 dias, ele passou por dez municípios gaúchos: Estrela, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Travesseiro, Encantado, Doutor Ricardo, Charqueadas, Eldorado do Sul, Viamão e Porto Alegre.
O técnico descreve que a situação encontrada era como um “cenário de guerra”. “Encontramos produtores que perderam literalmente tudo. Perderam casa, área de cultivo, maquinário e até os animais. Durante a missão, pudemos ver de perto a intensidade em que tudo aconteceu. Teve áreas em que a água passou de 5 metros de altura. Vimos um cenário de guerra, onde bairros, galpões, casas e propriedades foram destruídos.”
A equipe do Senar/MS esteve em propriedades de produtores de grãos, arroz,
pecuária de leite e de corte, ovinocultura, suinocultura, avicultura, e famílias que plantavam hortifruti, entre outras cadeias produtivas. Kusano descreve que, em cada município, os produtores enfrentam problemas e situações muito diferentes, de acordo com a localização da propriedade e com o modelo produtivo.
“No período de 30 dias, pudemos atender 66 produtores e realizar 177 coletas de materiais. Teve uma série de dificuldades para deslocamento; pegamos um período de chuva extrema, áreas de risco com deslizamentos e estradas danificadas.”
Mesmo em um momento tão triste e de muitas perdas, Nivaldo Passos diz que o sentimento maior é o de gratidão por poder contribuir. “O sentimento é além de fazer um trabalho técnico, mas ter a oportunidade de ajudar os nossos irmãos gaúchos. Foi uma experiência muito especial, que vai ficar marcada na história do Senar/MS essa oportunidade de ajudar em um momento tão difícil.”
Projetos Especiais
equo
terapia
Promovendo inclusão e impactando vidas em Mato Grosso do Sul
Em 2022 e 2023, mais de dez mil atendimentos foram realizados e milhares de vidas foram impactadas. Esse é o balanço do programa de equoterapia desenvolvido pelo Senar/MS, em parceria com sindicatos rurais em Mato Grosso do Sul.
A equoterapia utiliza cavalos para promover o desenvolvimento físico, psicológico e social de pessoas com necessidades especiais. É indicada para tratar uma ampla gama de condições, incluindo síndromes, doenças neurológicas, ortopédicas, genéticas, musculares, distúrbios psicológicos, comportamentais, e dificuldades de aprendizagem e linguagem.
“O cavalo é um recurso terapêutico poderoso que facilita a socialização e a autoestima dos praticantes. O movimento rítmico e tridimensional do cavalo, que simula o movimento da pelve humana ao caminhar, é fundamental para estimular diversas habilidades físicas e cognitivas”, explica Lucas Gottardi, coordenador do programa.
No estado, a iniciativa é oferecida no estado pelo Senar/MS e sindicatos rurais de Maracaju, Rio Brilhante, Aparecida do Taboado e Jardim. Um deles, é o Centro de Equoterapia Passo a
Passo ‘Iná Cintra Cardoso’, em Aparecida do Taboado. Ele funciona no Recinto de Leilões do Sindicato Rural e foi inaugurado em junho de 2016, atualmente tem como presidente, Eduardo Sanchez.
“Nossa infraestrutura inclui um espaço coberto, pista de areia, redondel de areia e pastagem. Contamos com uma equipe dedicada composta por uma fisioterapeuta, uma psicóloga e um auxiliar guia, além de três cavalos treinados”, detalha Selia Souza, gestora do Sindicato Rural. O centro atende cerca de 60 pacientes por mês, oferecendo suporte a pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), paralisia cerebral, síndrome de Down, hidrocefalia, TDAH e outras.
“A parceria com a prefeitura, empresas privadas e produtores rurais é essencial para nossa operação. Recebemos repasses financeiros mensais e realizamos eventos anuais, como leilões de gado e uma peixada, para arrecadar fundos”, afirma Selia. Além disso, o centro está expandindo suas atividades com um novo projeto de pista para equitação, visando atender alunos que completaram a equoterapia.
Viviane Amorim Ramos, mãe de Roger Pereira Ramos, de 5 anos, é uma das pessoas que acompanharam a transformação proporcionada pela equoterapia. Seu filho foi diagnosticado com TDAH, apraxia na fala e seletividade alimentar. “Desde que começou a terapia há um ano, ele apresentou grandes avanços em equilíbrio, foco e controle emocional. Ele desenvolveu um forte vínculo com os cavalos, especialmente com um chamado Gaúcho, que foi crucial para sua evolução”, relata.
A história de Roger é um exemplo do impacto positivo da equoterapia. “A equipe do centro, composta pela fisioterapeuta Bruna e pela psicóloga Núbia, foi extremamente acolhedora e profissional. Hoje, ele é uma criança mais equilibrada e menos agitada, graças à equoterapia. A terapia ajudou não apenas no desenvolvimento físico dele, mas também em sua autoconfiança e habilidades sociais”, conta emocionada a mãe.
Para Viviane, a equoterapia oferecida pelo Senar/MS e sindicatos rurais vai além dos benefícios físicos e
psicológicos. Segundo ela, promove a inclusão social e melhora a qualidade de vida dos pacientes. “Se mais pessoas conhecessem os benefícios da equoterapia, veriam o quão importante é esse tratamento para diversos tipos de deficiências e condições”, conclui.
Lucas Gottardi avalia que histórias de transformação, como a de Roger, são um testemunho vivo
do impacto positivo que a equoterapia pode ter, não só na vida dos praticantes, mas também de suas famílias, trazendo esperança e melhoria na qualidade de vida. Ele aponta que, a inclusão da terapia no portfólio de serviços oferecidos pelo Senar/MS reflete o compromisso da entidade em assegurar a melhoria do bem-estar da população do campo e da cidade.
Lucas Gottardi, coordenador do programa de equoterapia do Senar/MS
Agro Agenda
Nova sede do Sindicato Rural de Naviraí celebra o passado e o futuro do agro
O Sindicato Rural de Naviraí celebrou um marco histórico neste ano com a inauguração de sua nova sede, simbolizando o crescimento e a importância da entidade para o agronegócio regional. O evento reuniu líderes do setor, como o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, além de autoridades locais e empresariais.
Em seu discurso, Bertoni destacou a importância do sindicato para os produtores rurais de Naviraí e região. “Este sindicato tem feito a diferença na vida dos produtores rurais de Naviraí e adjacências. A inauguração dessa sede é um sonho realizado que representa um grande avanço para todos”.
Alexander Lira, presidente do Sindicato Rural de Naviraí, também enalteceu o significado da nova sede e as parcerias essenciais para a atuação do sindicato, como a colaboração com o Senar/MS na oferta de cursos e capacitações. “Ser presidente desta entidade é um orgulho. Alimentar o mundo nos motiva a superar os desafios”, declarou.
A cerimônia também homenageou todos os ex-
-presidentes do sindicato, com placas de reconhecimento pelos serviços prestados à instituição.
A nova sede do Sindicato Rural de Naviraí não é apenas uma modernização física, mas representa o compromisso contínuo da entidade com a defesa e o desenvolvimento do agronegócio, reafirmando seu papel vital em apoiar os produtores rurais da região.
FÁTIMA DO SUL E VICENTINA
Empreendedorismo feminino impulsiona o agro em MS
O programa Mulheres em Campo, promovido pelo Senar/MS em parceria com os sindicatos rurais, tem sido um agente de transformação na vida de centenas de mulheres no Mato Grosso do Sul. Com encontros semanais, elas estão aprendendo novas habilidades e encontrando novas fontes de renda, que beneficiam suas famílias e comunidades, fortalecendo o agronegócio local.
Mais do que uma capacitação técnica, o programa foca no protagonismo feminino na administração das propriedades rurais. As participantes são incentivadas a transformar suas atividades em negócios prósperos, enquanto também desenvolvem o lado pessoal, aprendendo a planejar e explorar seus potenciais. Os ciclos do programa incluem cinco encontros com dinâmicas, debates e atividades em grupo, que ampliam a visão das participantes para oportunidades de negócios muitas vezes não percebidas em suas rotinas, transformando essas descobertas em empreendimentos rentáveis.
A II Edição da Feira Mulheres em Campo, realizada no Sindicato Rural de Fátima do Sul, foi um exemplo claro desse impacto. Quatorze alunas de Fátima do Sul e cinco de Vicentina participaram, comercializando produtos como bolos, salgados, doces, pães e artesanatos. O evento demonstrou o sucesso do programa: seis alunas de Fátima do Sul já fazem parte da Feira do Produtor Rural local, enquanto outras expandiram suas bases de clientes e investiram na melhoria de seus produtos.
João Francisco Antunes, presidente do Sindicato Rural de Fátima do Sul, expressou satisfação com os resultados, afirmando que o programa oferece ferramentas para que as mulheres sejam protagonistas em suas propriedades e comunidades. Em Vicentina, o presidente Valter Dalla Valle também destacou o sucesso da feira, enfatizando as ótimas vendas e o entusiasmo das alunas.
O Mulheres em Campo é uma força transformadora para o empreendedorismo feminino no agronegócio do Mato Grosso do Sul, promovendo mudanças significativas na vida das mulheres e contribuindo para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.
Agro Agenda
Qualificação profissional transforma vidas e
fortalece o agronegócio
A qualificação profissional é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável no campo, e os cursos de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS) oferecidos pelo Senar/MS, em parceria com os sindicato rurais, são provas concretas desse impacto positivo.
Recentemente, 115 colaboradores da Fazenda Bodoquena, em Miranda, concluíram com sucesso essas capacitações, recebendo certificados em uma cerimônia que marcou o fim de um ciclo de aprendizado e o começo de novas oportunidades no setor.
Entre os cursos oferecidos, destacaram-se os de Noções de Primeiros Socorros e Prevenção e Combate a Incêndios nas Áreas Rurais, que atraíram o maior número de participantes. Essas formações são fundamentais em um ambiente onde a segurança é prioridade, garantindo que os trabalhadores tenham o conhecimento necessário para proteger suas vidas e as propriedades onde atuam.
Massao Ohata, presidente do Sindicato Rural de Miranda, destacou a importância dessas iniciativas para a comunidade local. “Os cursos do Senar/MS
em Miranda
desempenham um papel fundamental na nossa atuação, oferecendo à classe trabalhadora rural e às comunidades indígenas uma vasta gama de oportunidades. A grande procura pelos cursos, ATeGs e programas reflete a seriedade com que são entregues e a sua relevância para o desenvolvimento das habilidades dos nossos colaboradores”, afirmou.
A programação do Sindicato Rural de Miranda para 2024 conta com 296 eventos, entre cursos e programas, planejados até o final do ano.
MIRANDA
Cursos do Senar/MS transformam o campo em Cassilândia
Em Cassilândia, 65 alunos comemoraram a conclusão dos cursos de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS), oferecidos pelo Senar/MS em parceria com o Sindicato Rural. Realizadas entre janeiro e junho de 2024, essas capacitações representam uma importante iniciativa que visa preparar os trabalhadores do campo para os novos desafios na agricultura e pecuária.
Com mais de 357 alunos capacitados neste ano, os cursos são fundamentais para o desenvolvimento das habilidades necessárias, elevando tanto a produtividade quanto a qualidade de vida no campo. As áreas de maior interesse incluem manejo de gado, agricultura sustentável e produção artesanal, destacando a diversidade de oportunidades que esses programas oferecem.
O presidente do Sindicato Rural de Cassilândia, Adenilson Pereira de Camargo, ressalta que a parceria é essencial para atender às demandas dos produtores rurais do município. “Essa colaboração não só atende às expectativas, mas também é crucial para o fortalecimento da economia local, ao qualificar profissionais para desempenhar com
excelência suas funções”, afirma.
Com a previsão de 68 cursos para 2024, dos quais 39 já foram concluídos, a colaboração entre as entidades tem mostrado resultados concretos. Esses cursos capacitam os trabalhadores rurais e contribuem diretamente para o desenvolvimento sustentável e a competitividade no setor agropecuário, oferecendo aos participantes as ferramentas necessárias para explorar novas fontes de renda e melhorar suas condições de vida.
Agro Agenda
SR de Terenos e Senar/MS concluem capacitação de nova turma no Despertando
O Sindicato Rural de Terenos, em parceria com o Senar/MS, formou mais uma turma do programa Despertando, voltado à alfabetização e ao letramento de adultos da população rural. A iniciativa não apenas oferece a oportunidade de aprender a ler e escrever, mas também abre portas para um futuro mais promissor, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.
As aulas desta turma começaram em novembro do ano passado e foram concluídas em julho deste ano, com seis formandos. As aulas foram realizadas no Sindicato Rural de Terenos, sob a liderança do presidente Lucicleiton Cirino da Rocha. “Vejo de forma bastante positiva, porque dá oportunidade para que essas pessoas sejam alfabetizadas”, afirmou.
Os participantes eram moradores tanto da área rural quanto urbana, todos com um ponto em comum: não tiveram a oportunidade de frequentar a escola durante a juventude. Com o apoio do programa Despertando, eles ganharam acesso a informações e tecnologias que podem ser aplicadas diretamente nas propriedades rurais, resultando em
maior produtividade.
Agora, alfabetizados, esses alunos podem participar de outros cursos oferecidos pelo Senar/MS e pelo Sindicato Rural.
Esse desenvolvimento não só assegura um futuro financeiro mais estável para suas famílias, como também proporciona realização pessoal. Com o sucesso dessa turma, um novo grupo de adultos está sendo alfabetizado, evidenciando o compromisso contínuo das entidades com a educação e o desenvolvimento no campo.
SEJA transforma a vida de jovens com formação em Administração Rural
Em Nova Andradina, 25 jovens deram um passo decisivo rumo ao futuro ao concluírem o curso de Aprendizagem em Administração Rural, oferecido pelo programa SEJA. Essa capacitação, promovida pelo Senar/MS em parceria com o Sindicato Rural, a Energética Santa Helena e a prefeitura municipal, proporcionou aos participantes uma formação qualificada e a primeira experiência de inserção no mercado de trabalho, preparando-os para enfrentar os desafios do agronegócio.
Os participantes, todos aprendizes na modalidade de cota social, tiveram a oportunidade de adquirir conhecimentos fundamentais para a gestão eficiente de propriedades rurais. Durante os dois anos de formação, o programa os preparou com uma sólida base teórica e prática, habilidades que serão essenciais para suas futuras carreiras.
Destinado a jovens entre 18 e 24 anos, o programa Seja/MS foca em capacitar aqueles provenientes de famílias de baixa renda e áreas rurais. Com o objetivo de prepará-los para o mercado de
trabalho, a iniciativa conta com parcerias com empresas agropecuárias.
Para Marcus Vinícius Godoy Garcia Junior, presidente do Sindicato Rural de Nova Andradina, a capacitação representa uma excelente oportunidade. “A capacitação é muito bem conduzida e ministrada, oferecendo uma base sólida para que esses jovens possam ingressar no mercado de trabalho com confiança e competência”, afirmou.
Famasul em Ação
Presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, presente em mesaredonda do 4º Interagro
Palestra sobre CNA Fiagro na Carreta Agro pelo Brasil presente na 53ª Expomara
Assinatura do termo de cooperação para início do projeto “Inclusão Produtiva”
Agenda na Casa Rural com Deputado Pedro Lupion e a senadora Tereza Cristina
Posse do novo delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupérsio Degerone Lúcio
1º Fórum da Liderança Sindical Feminina, com Bertoni e o diretorgeral do Senar Central, Daniel Carrara
Presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, integra delegação da CNA na Suíça
Seminário de Implementação do Código Florestal através da análise do Cadastro Ambiental Rural
Marcelo Bertoni em reunião sobre implementação da Regulamentação Europeia de Antidesmatamento
Bertoni em reunião com produtores rurais invadidos em Douradina, com dep.fed. Rodolfo Nogueira, Cláudio Pradela, Lucas Galvan e Amanda Bertoni
Presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, participa de anúncio de emendas da bancada federal
Marcelo Bertoni acompanha votação na CCJ do Senado, com pedido de vista da PEC do Marco Temporal
Marcelo Bertoni tomou posse como conselheiro titular do Conselho Deliberativo da ApexBrasil
Lucas Galvan, superintendente do Senar/MS, no lançamento do Programa de Aprendizagem Profissional (PAP/MS)
Marcelo Bertoni participa de reunião sobre invasões de terras em Dourados
Audiência Pública em Guaíra para tratar sobre invasões de terra
Presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni em reunião de conciliação no STF
Programa Estadual de Irrigação - MS Irriga, lançado na Casa Rural
Reunião da Comissão Especial de Conciliação no Supremo Tribunal Federal para debater marco temporal
Marcelo Bertoni recebe homenagem da Bayer, durante celebração da tecnologia Intacta de soja
Agro Doc
1-Morro do Chapéu no distrito de Camisão, por Cristiane Amorim; 2-Jacaré no Pantanal em Corumbá, por Flavio Silva; 3-Produtor Rural em Brasilândia, por Michael David Ruiz Franco; 4-Tucanos em Aquidauana, por Wellington Ramos em viagem pelo Senar ON; 5-Chácara em Rochedo, por José Sedeval; 6-Eucalipto em Campo Grande, por Clóvis Tolentino