Esforçado: sem justificativas

Page 1

Quem é o culpado das situações pelas quais que você tem passado? O prefeito, o governador ou o presidente? Ah, não, a culpa é de seus pais então? Ou melhor, é falta de incentivo da sua comunidade? Será que é do país onde vive? Reparou hoje na grama do vizinho? Já tentou inúmeras religiões e ainda sente que suas preces não foram atendidas? Responda, você culpou a todos que o criaram por você ter uma vida medíocre? E também sobrou para seus professores e para a escola, pois não eram bons o suficiente para você evoluir? Você acredita que Deus escolhe a estrela que deverá brilhar? Provavelmente também não vê perspectiva de futuro porque não teve pai ou mãe para lhe dar um alicerce, né? Ainda arrisco dizer que você pula ondas na praia ao final do ano e nada acontece. A empresa onde trabalha não lhe dá oportunidades, né? Certamente você se questiona que, se morasse em outro lugar, sua vida seria melhor. Você só crê quando vê? Já reclamou de algo que não lhe agrada, mas não fez nada para mudar? Está desmotivado e seu chefe não o motiva? Acredita que só filho de “rico” tem chances de ter uma vida boa, certo? Que ninguém apoia as suas ideias e que nunca recebeu palavras de incentivo? Bom, se a sua resposta a todos esses questionamentos for “sim”, este livro foi feito para você! Boa leitura!

João A. Ribeiro Netto, brasileiro, natural de Goiás, 33 anos, casado. Já morou em cinco estados brasileiros. Tem bacharelado em passar dificuldades financeiras, fez pós‑graduação em como crescer sem a presença de um pai, concluiu o mestrado em acreditar em si mesmo, independente do que aconteça. Atua no comércio desde os 19 anos e acredita que o inconformismo e o esforço próprio são as maiores armas para combater os pesadelos que atrapalham a realização de seus sonhos.


Quem é o culpado das situações pelas quais que você tem passado? O prefeito, o governador ou o presidente? Ah, não, a culpa é de seus pais então? Ou melhor, é falta de incentivo da sua comunidade? Será que é do país onde vive? Reparou hoje na grama do vizinho? Já tentou inúmeras religiões e ainda sente que suas preces não foram atendidas? Responda, você culpou a todos que o criaram por você ter uma vida medíocre? E também sobrou para seus professores e para a escola, pois não eram bons o suficiente para você evoluir? Você acredita que Deus escolhe a estrela que deverá brilhar? Provavelmente também não vê perspectiva de futuro porque não teve pai ou mãe para lhe dar um alicerce, né? Ainda arrisco dizer que você pula ondas na praia ao final do ano e nada acontece. A empresa onde trabalha não lhe dá oportunidades, né? Certamente você se questiona que, se morasse em outro lugar, sua vida seria melhor. Você só crê quando vê? Já reclamou de algo que não lhe agrada, mas não fez nada para mudar? Está desmotivado e seu chefe não o motiva? Acredita que só filho de “rico” tem chances de ter uma vida boa, certo? Que ninguém apoia as suas ideias e que nunca recebeu palavras de incentivo? Bom, se a sua resposta a todos esses questionamentos for “sim”, este livro foi feito para você! Boa leitura!

João A. Ribeiro Netto, brasileiro, natural de Goiás, 33 anos, casado. Já morou em cinco estados brasileiros. Tem bacharelado em passar dificuldades financeiras, fez pós‑graduação em como crescer sem a presença de um pai, concluiu o mestrado em acreditar em si mesmo, independente do que aconteça. Atua no comércio desde os 19 anos e acredita que o inconformismo e o esforço próprio são as maiores armas para combater os pesadelos que atrapalham a realização de seus sonhos.



© 2021 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total desta obra, por qualquer meio, sem autorização expressa, por escrito, do autor. Capa Editora Cubo Projeto gráfico Editora Cubo Diagramação Editora Cubo Revisão Ednéia Minante Fotos Yuganov Konstantin/Shutterstock.com (Página 10) Master1305/Shutterstock.com (Página 16) Wayhomestudio/Freepik.com (Página 23) Freepik.com (Página 29) Michelle Francisca Lee/Unsplash (Página 33) Kim Howell/Shutterstock.com (Página 38) SIDAL/Shutterstock.com (Página 42) Inspire Finder/Shutterstock.com (Página 45) Sunny Studio/Shutterstock.com (Página 48) Cole Freeman/Unsplash (Página 52) Alfira/Shutterstock.com (Página 56)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ribeiro Netto, João Augusto Esforçado [livro eletrônico] : sem justificativas / João Augusto Ribeiro Netto. -São Carlos, SP : Cubo Multimídia, 2021. PDF ISBN 978-65-86819-16-8 1. Autoajuda 2. Liderança 3. Motivação 4. Protagonismo 5. Sonhos I. Título.

21-78775

CDD-158 Índices para catálogo sistemático:

1. Autoajuda : Felicidade : Psicologia aplicada

158

Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

www.editoracubo.com.br 16 3307-2068


Dedicatória

D

edico este livro a todos aqueles que se esforçaram e, com humildade, ânimo e determinação, evoluíram a cada dia, sem ficar cobiçando a grama do vizinho. A todos os que não tiveram herança e àquelas que conquistaram seus objetivos sem humilhar ninguém. A todos os que entenderam que seus sonhos não dependem da ajuda de políticos, pais, mães, amigos ou quaisquer pessoas. Àqueles que compreenderam que toda meta exige automotivação, autocobrança e foco para ser alcançada. Este livro é para você que não espera nada cair do céu, que não coloca a culpa na religião, muito menos em “Deus”, aguardando que apenas a fé resolva seus problemas. Reforço que este livro direciona-se àqueles que têm garra, coragem, vontade, objetivos e principalmente odeiam a zona de conforto. Àqueles que conseguiram observar os seus erros e aprender com eles. Àqueles que enxergaram que a vida é feita de tentativas, de erros e de acertos, mas que não fizeram da palavra “fracasso” uma constante em seu dicionário. Àqueles que acreditam que o seu


poder vem de seu próprio esforço, influenciando e transformando de maneira positiva a tudo e todos. Reafirmo ainda que este livro é para todos aqueles que cresceram em ambiente hostis, sem a presença de figuras familiares importantes ou que foram habituados a influências e comportamentos negativos, negligentes ou perigosos. Àqueles que, apesar de não terem grandes perspectivas, acreditaram em si e criaram forças para desafiar seus maiores sonhos. Afinal, pessoas ESFORÇADAS são invencíveis! Dedico ainda este livro a todas as pessoas que participaram da minha vida, seja me apoiando ou me prejudicando, pois de ambas as atitudes tirei proveito, seja por ter aprendido a me defender, seja por ter adquirido ensinamentos úteis para a vida.


Agradecimentos

A

gradeço à Larissa, minha esposa, por me incentivar em todos os meus desafios, somando forças comigo, e por enfrentar junto a mim as derrotas de cabeça erguida e as vitórias com muita energia! Agradeço à minha mãe, à minha madrinha e a meu falecido avô, João, que foram fundamentais para a construção do meu caráter. Agradeço à vida, por ter me dado a oportunidade de viver meus maiores sonhos, como este que escrevo agora!



Sumário

9 Introdução 11 Capítulo 1 Você é o resultado de quem O criou 17 Capítulo 2 Escolha quem você quer ser 24 Capítulo 3 De quais matérias escolares você gosta? 30 Capítulo 4 Área de atuação e foco 34 Capítulo 5 Plantio 39 Capítulo 6 Experiência vale mais que dinheiro 43 Capítulo 7 Recarregue suas baterias 46 Capítulo 8 Colheita 49 Capítulo 9 O que é felicidade? 53 Capítulo 10 Na largada cada um sai de um pelotão



Introdução 9

E

u nasci em São Luiz de Montes Belos, interior de Goiás. De origem simples, não recebi herança, não tive indicação de empregos ou grandes oportunidades pessoais ou profissionais. Meus pais não eram donos de negócios. Na verdade, nem tive pai presente. Porém, mesmo diante dessas situações, nunca me senti inferior a ninguém. Pelo contrário, sinto-me igual a milhões e milhões de brasileiros, afinal, meu lema é “As minhas conquistas virão com o meu esforço”. Estou escrevendo este livro para encorajá-lo a fazer o que você sonha, independente de sua condição financeira ou classe social. Como diria meu avô, “O homem, quando deixa de sonhar, morre”. E, pensando bem, sonhar e não realizar não mata por dentro também? Este livro pretende, portanto, mostrar que todos nós temos oportunidades e que, mesmo saindo do último pelotão em uma corrida, conseguiremos chegar aonde quisermos. Para isso, basta ser estratégico, corajoso e aprender a correr mais. Introdução


Foto: Yuganov Konstantin/Shutterstock.com

“O homem quando deixa    de SONHAR,      morre.”


CAPÍTULO 1

Você é o resultado de quem O criou 11

E

u nasci em 1988, no interior de Goiás, e lá fiquei até meus sete anos. Meu pai, fugindo da responsabilidade da paternidade, abandonou minha mãe. Para me sustentar, ela precisou trabalhar e quem acabou me criando foram a minha madrinha e o meu avô – pessoas a quem tenho muita gratidão! Meu avô era um homem muito sério, responsável e trabalhador. Para ele, “Falou, tem que cumprir”. Sempre estava muito alinhado e com roupas bem engomadas. Muito sereno, educado e respeitoso, ele sabia entrar e sair de qualquer lugar e resolvia tudo na base do diálogo... sempre negociando. Minha madrinha veio para a família logo que minha avó materna morreu. Quando isso aconteceu eu tinha apenas doze anos e minha madrinha já estava na família há quase uma década. Enérgica, de muita fé, forte, determinada e confiante em tudo que se dispunha a fazer, persuasiva e de valores muito bem definidos, ela fazia e brigava por aquilo que acreditava. Tratava a todos como se fossem conhecidos de longa data e amava as pessoas tanto com palavras quanto com gestos. Capítulo 1: Você é o resultado de quem O criou


12

Eu sou muito daquilo que acabei de descrever dos meus dois avós e também das muitas pessoas com quem convivi. Você conseguiria definir, como eu fiz agora, as pessoas que lhe criaram? Observe, puxe pela memória, converse com quem lhe criou e também com as pessoas com as quais convive ou conviveu. Talvez você repita os mesmos erros de quem o criou e não perceba. Talvez você crie seus filhos da mesma forma que foi criado, pois essa é a sua única referência de criação. Talvez você não perceba, mas isso irá ajudá-lo ou atrapalhá-lo ao longo da sua vida. Refletindo a esse respeito, percebi as muitas pessoas que eu era em determinadas situações e que não queria ser mais. Por isso, sempre me observo e analiso as minhas atitudes após realizá-las, tentando identificar se correspondem a alguns comportamentos aprendidos/herdados de familiares. Não precisei questionar meus avós, brigar ou culpá-los por algo. Simplesmente determinei não agir daquela forma. No entanto, quando observo que há muitos comportamentos bons que são reflexos das pessoas com quem convivi, demonstro a elas que sou muito grato e elas se sentem orgulhosas. Aprenda com quem o criou também a não cometer os mesmos erros que eles. Isso também é uma forma de aprender! Mas não fique falando ou jogando na cara de ninguém seus erros passados. Esse processo de análise é interno e está ligado à evolução como pessoa. Ser uma pessoa melhor a cada dia é bom demais! Você sente que está vivendo a vida quando extrai dela o seu melhor. Meu pai nunca foi presente. Eu só o conheci porque, aos 13 anos, fui atrás de meus avós paternos. Minha madrinha dizia que meu pai tinha diversas qualidades: era comerciante, bom negociador e bem relacionado, bem apresentável, cuidava muito de sua estética, nunca fumou, bebeu ou jogou. Porém, como ela mesma dizia: “Meu filho só tem três coisas que você não pode errar como ele errou. A primeira é não ter palavra – isso o fará, ao longo da vida, cair em descrédito, como ele caiu, o que só lhe fechará portas – honre seus compromissos e cumpra as suas promessas. Segundo é não se aventurar em vários relaciomentos – seu pai teve mais de seis mulheres e, no mínimo, um filho com cada uma delas (eu nunca recebi pensão); isso é um atraso de vida, pois você não irá conseguir regar nenhum lar de amor e somente criará tristezas na vida daquelas moças e também na de seus filhos. Isso não é ser pai ou ser homem. Terceiro é “pular de galho em galho” – se você começou algo, termine! Não fique pulando pra cá ou pra lá, pois não irá concluir nada e concluir tem a ver com aprender de fato o que aquela situação queria lhe trazer”. Esforçado - Sem justificativas


Esses três pontos sempre andaram comigo e eu refletia muito se estava errando em algumas deles. Sou muito grato à minha madrinha, pois ela me direcionou como deveria. O fato de ela nunca denegrir a imagem do meu pai e de também pontuar que ele tinha habilidades e competências muito boas foi importante para que eu pudesse endender que, se meu pai tinha qualidades, eu também tinha. E mais, compreender que eu poderia ser melhor que ele. Evoluir do legado que ele deixou, pois ainda que não estivesse presente, ele conseguiu mostrar a mim o que não fazer. Dessa forma, eu procurei enxergar nas pessoas da minha família e nas que tiveram maior contato comigo suas principais características e os pontos dos quais não concordava. E, assim, pude observar e analisar a minha própria vida e a que eu queria ter. Observe atentamente também as pessoas com as quais você se relaciona no trabalho, na faculdade, no bairro. Analise se elas têm competências ou valores que você admire. As pessoas nos influenciam! Por isso, aproxime-se e relacionese especialmente das que possam fazê-lo evoluir. Saber em qual cenário social você se encontra também é importante. Eu tive amizades que pertenciam ao mesmo nível social que o meu e também de nível acima. O cuidado é entender que “galinha que acompanha ganço, morre agofada”, mas nem por isso não se poderá aprender com eles. Com meus amigos de rua, classe D, aprendi como não errar. Desses dez amigos que pertenciam a essa classe social, somente dois se saíram bem. Porém, sou muito grato, pois pude aprender com o erro deles. Com meus amigos de classe média e classe média alta aprendi a maneira como eles pensavam, agiam. Atualmente tenho 32 anos e sou casado com a Larissa, aliás, muito bem casado. Tenho dois cachorrinhos que se chamam Floquinho e Bela. Já morei em favela, peguei metrô, andei de “busão”. Já pensei em desistir e tive vontade de fugir dos problemas pelos quais passava. Já fui gordinho e me sentia mal por isso. Já fui a festas de pessoas ricas e me senti mal. Já saí de ambientes nos quais havia pessoas mais cultas do que eu. Já pensei que dinheiro faz dinheiro. Já achei que escola privada é melhor que pública e que faculdade pública é melhor que privada. Já quis culpar o governo pelas situações que estava vivendo. Já deixei pessoas opinarem nos meus sonhos e, como resultado, tudo deu errado. Já tentei ser jogador de futebol e já achei que minha estrutura familiar era responsável pelas dificuldades pelas quais estava passando. Já refleti, critiquei e opinei sobre todas essas coisas e hoje posso dizer apenas uma coisa: ressignifique! Capítulo 1: Você é o resultado de quem O criou

13


14

Entenda, nessa estrada da vida, quem o criou era o motorista e você o passageiro. Enquanto criança, os seus tinham controle sobre você e controlavam a direção de seus passos. Porém, quando adulto, você teve que assumir o volante e decidir quais caminhos percorrer, o momento de parar e o destino a seguir. Tomar as rédeas não é facil, pois isso envolve riscos, medos, dúvidas, mas você precisa assumir o controle. Aceitar a posição de passageiro não tem a mesma emoção que a ser o motorista nesta viagem da vida. Pense em cinco aspectos bons e cinco comportamentos ruins que as pessoas que o criaram têm. Depois, faça a simples pergunta: eu quero ser assim? Se a resposta for negativa, mude! Mas mude hoje! Essa história de postergar as mudanças para a segunda-feira, para a próxima semana, após uma data importante ou para o próximo ano apenas atrapalha a sua vida. Não seja como a medíocre maioria, você está acima e, por isso, quando toma uma decisão, já a inicia, afinal, “para quem diz “agora” e não “depois”, um dia vale por dois”. Também compreendi que cumprir com a sua palavra é algo fundamental. As portas começam a se abrir a partir do momento que se diz a verdade, quando se reconhece seus erros e quando se admite que precisa de ajuda. Começar e terminar algo pode doer demais. Muitas vezes eu pensei em desistir de algumas funções por não me adaptar às pessoas, ao ritmo de trabalho ou até mesmo ao desafio que a empresa me impunha, mas nunca renunciei àquilo que era meu: sempre fui até o final! Sempre! Se você optar em mudar de rota, não há problemas, desde que conclua o desafio primeiro. Quando você se propõe a começar um trabalho em determinada função que nunca exerceu, nos primeiros meses terá motivação. Porém, após um tempo, começará a enxergar como aquele setor ou aquela função realmente funciona, o que pode trazer desconforto e desânimo. Isso pode ocorrer por dois motivos: porque você não fazer o que a função exige ou porque não gostou de fazer. E nesse ponto eu lhe pergunto: tem circunstância melhor para aprender do que com essas duas situações? Começar algo novo é como iniciar um novo relacionamento: inicialmente é só paixão; somente depois se começa a enxergar os defeitos. É neste momento que a maioria dos casais briga e chega a terminar o relacionamento, ou pior: briga e não termina. Em meu relacionamento com a Larissa, por exemplo, após o primeiro período da paixão, vieram as discussões e, mesmo assim, dialogávamos para melhorar. Ora eu errava, ora ela errava. Porém, tanto eu quanto ela somos Esforçado - Sem justificativas


determinados e fizemos dar certo. Hoje somos um. Vivemos muito bem, sabemos os defeitos um do outro, estamos nos ajudando, dialogando e evoluindo juntos. Com isso aprendi que somente após os 50% iniciais é que realmente se começa a evoluir. É o que ocorre, por exemplo, com o milho na panela: ele não estoura logo de cara, mas precisa passar pelos 50% de aquecimento inicial para começar a estourar e se transformar em pipoca. Eu namorei muito e poderia ter me casado com 19 anos, mas, felizmente, preferi seguir carreira profissional e me casar após os 30 anos, pois minha meta era “tirar” a minha mulher da casa dela apenas quando eu pudesse lhe oferecer algo melhor do que ela já tinha. E isso se referia a todos os sentidos, tanto no que diz respeito aos aspectos financeiros quanto aos emocionais. Refletindo sobre esse ponto, creio que minha madrinha fez o dever de casa, mas eu também escolhi isso, visto que poderia fazer diferente, mas optei pelo caminho que ela me mostrou. Você poderá ter na sua vida direcionamentos diferentes. No entanto, sempre ouça os mais velhos, pois eles erraram muito e sabem como encurtar os seus caminhos. Aprenda sempre com o erro dos outros, é muito mais fácil e dói menos! Perceba, a vida lhe dá sinais, basta você estar atento a eles! O grande segredo é ser camaleão!

Capítulo 1: Você é o resultado de quem O criou

15


Foto: Master1305/Shutterstock.com

“Já deixei pessoas    opinarem nos meus SONHOS e,   como resultado, tudo deu errado.”


CAPÍTULO 2

Escolha quem você quer ser 17

D

eixe de ser quem as pessoas querem que você seja! Certamente você se sente mal quando não está sendo quem realmente é, não é mesmo? E vai ficar asssim até quando? A vida é uma só! Então, faça uma reflexão sobre tudo o que você viveu, sobre as pessoas que o criaram, as que lhe influenciaram e tome uma atitude. No fundo, você tem uma chama aí dentro falando o que fazer. Você não tem, necessariamente, que seguir os mesmos caminhos que os outros. Sua mãe teve filhos, mas você precisa ter? Quem disse? Seu pai trabalhava para os outros. Você, porém, não pode trabalhar para si mesmo? Seu irmão mais velho nunca estudou. Você, no entanto, precisa ser desinformado? Sua família sempre morou e ainda mora em comunidades. Mas você não precisa comprar ou alugar uma casa nesses locais. Seus tios gastam parte do orçamento com festas desnecessárias ou fazendo compras supérfluas. Você precisa fazer o mesmo? Seus amigos sempre usaram drogas. Você também precisa usar para ser aceito? Seus colegas de sala ficam no celular e falam que as matérias e os professores são Capítulo 2: Escolha quem você quer ser


18

chatos. Você precisa ter a mesma postura que eles? Eu continuamente fiz esses questionamentos e muitos outros. E minha resposta sempre foi um enfático NÃO. Sua família, seus amigos e até mesmo seus colegas de trabalho seguem alguns comportamentos e estilos de vida falidos. E você, inconscientemente, está incorporando em sua vida esse mesmo padrão. Mas você, como águia, a partir de agora deverá observar tais comportamentos e, sem dizer nada a eles, alterar em si mesmo o que não quer mais para a sua vida. As pessoas irão estranhar, mas não se preocupe com as críticas, pois somente você vai entender o motivo que o levou a mudar para chegar aonde sonhou estar. A Larissa diz que é muito difícil conviver com essa minha nova versão que se levanta todos os dias que amanhece. Esse novo João desponta constantemente, já que um livro que eu leia, um vídeo a que assista ou uma série que veja já me possibilitam ressignificar muitas coisas. Não é a toa que, se compro uma roupa ou um tênis novo, eu os uso no mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte. Pois esse sou eu! Ter uma reação rápida às mudanças e experimentar rapidamente o novo me fazem bem. Afinal, pensar nunca me tirou do lugar. Agir sim! Meus amigos da faculdade, um pequeno grupo de quatro pessoas, eram daqueles que seguem até o fim. Tiravam notas boas e me ensinaram a ser melhor. Certamente eu escolhi o grupo certo para conviver. No intervalo, por exempo, apenas íamos comprar algo para comer enquanto muitos outros iam para os barzinhos e não voltavam para as aulas restantes. Eu sentia vontade de ir também, no entanto percebia que os meus sonhos estariam muito mais distantes se eu reproduzisse aqueles comportamentos. Segui firme neste propósito e consegui concluir a facudade sem nenhuma DP. O rapaz mais “nerd” da minha sala se chamava André. Ele estudava muito e suas notas variavam sempre entre 9,5 e 10,0. Raras vezes tirava 9,0. Logo que percebi isso, eu me aproximei dele e me desafiei a ser melhor do que ele. Competíamos entre nós quem, em menor tempo, tiraria as melhores notas nas provas. Sem apostar nada, apenas para elevar os nossos níveis. Ele sempre tirou notas boas, mas demorava muito para terminar as provas. Já eu tirava notas medianas e terminava rápido. Comecei, então, a fazer todas as provas à caneta, mesmo as que envolviam cálculo; assim, eu me forçava a ser mais acertivo de primeira e a terminar primeiro que o André. E, como resultado, minhas notas passaram para 9,0 e 10,0. Meu outro amigo, Alan, era melhor em apresentar trabalhos para a sala. Muitas vezes, ele mal sabia sobre o assunto; nós apenas lhe passávamos um resumo e ele, confiante, ia à frente dos 120 alunos da classe e, simplesmente, detonava. Esforçado - Sem justificativas


Eu ficava indignado com a habilidade dele, afinal, quem quer apresentar algo para 120 pessoas estranhas? O Alan. Com ele, aprendi a falar em público e a me arriscar. Alan me deu diversas dicas e uma delas era ser sempre eu mesmo. Ele me dizia: “Não estou preocupado com o que vão achar de mim. Apenas apresento o que tenho a dizer, tiro a nota e já era!”. Isso me surpreendeu, pois, de fato, ele era o mesmo Alan da nossa rodinha e era assim que se apresentava lá na frente: com os mesmos trejeitos, vícios de linguagem, tiradas rápidas e algumas curtas piadas que utilizava para exemplificar de forma exagerada determinado conteúdo. Ele me deu outras dicas, como: inicialmente olhar para as paredes ao fundo e não olhar para as pessoas; estar sempre com uma caneta na mão para sentir segurança; assimilar o contéudo e não decorar; fazer associações do conteúdo proposto com outros temas; utilizar exemplos práticos; e, por fim, “não se importar” com o que os outros vão achar. O Anderson era outro colega da turma. Calmo, pacífico, observador e muito esperto, ele não gastava energia, tempo ou dinheiro em algo que julgasse que não daria em nada. Aprendi bastante com todos eles e sei que escolhi bem as pessoas com as quais eu iria conviver por quatro anos. Com eles, aprendi a ser melhor e mais sábio. Durante a faculdade, em nenhum momento eu não fui quem gostaria de ser, pois já sabia o João que eu me sentia bem sendo. Desde menino, seja no esporte ou em outras áreas de minha vida, eu não queria perder e nem queria estar na média. Não queria ser lembrado como mais um! E foi isso que me impulsionou a fazer melhor e mais rápido tudo o que me propus a fazer. Porém, o preço a ser pago é alto. Só sente o gostinho diferente da vida os que estão dispostos a pagá-lo. Se eu quiser ter uma renda acima da média aqui no Brasil e viver confortavelmente, não faz sentido ter os mesmos hábitos da maioria, pois teria o mesmo resultado que eles. Não posso, por exemplo, dormir até tarde todos os dias e achar que conseguirei chegar à empresa no horário. Certamente estarei indisposto e sem ânimo. Eu não posso beber durante a semana e ficar passando mal. Não posso financiar um carro, pois só de juros estaria pagando o preço de dois ao final do financiamento. Se quero trocar de carro, preciso aprender a poupar dinheiro para comprá-lo. E não posso gastar mais do que ganho. Apesar de serem premissas simples, eu errei em quase todos esses pontos. Somente após ter cometido esses erros é que tomei a decisão de não mais cometêlos. Isso é um processo de evolução: você sai de um ponto e chega a outro. Mas, Capítulo 2: Escolha quem você quer ser

19


para isso, você precisa estar atento, pois se não estiver, irá ter repetidamente os mesmos comportamentos até o fim da vida. Eu precisei tomar muitas decisões na minha vida. E, talvez, a mais importante de todas foi: ser sempre eu mesmo. Analisar os pontos fortes e fracos de quem me criou foi fundamental para isso, pois precisava saber o que eu aprovava e o que não aprovava como resultado na minha família. O ambiente e as pessoas não podem ter influência sobre você, a não ser que queira ou consinta. Não se permita ser menos do que sonhou, tenha autodisciplina para cobrar isso de si mesmo. O ponto principal é nunca ser vítima e sempre ser o protagonista da sua vida! Como sempre digo: “Pegue um chicote e bata em suas próprias costas. Tenho certeza de que quando não aguentar mais, você irá parar. Entregue o mesmo chicote para a vida, o chefe, o concorrente ou para qualquer um que você vir em sua frente e veja que eles não terão piedade”. Isso significa que é sempre melhor a autocobrança. Sempre! Você certamente vai parar quando não estiver mais aguentando.

20

A vida é injusta para os fracos! Se, por ventura, você parte do último pelotão na maratona da vida, pode ter certeza de que terá que dormir menos e trabalhar mais se comparado a alguém que partiu dos primeiros pelotões. Não adianta reclamar ou bater o pé. Ou você corre mais e se sacrifica mais que os outros, ou morrerá na mediocridade. Inúmeras ferramentas foram necessárias para eu acordar para a vida e entender que sozinho não chegaria a lugar algum. Muitas dessas ferramentas são simples, estão em nosso cotidiano e não custam quase nada, como se distanciar de pessoas negativas e se aproximar de pessoas positivas; ler livros e assistir a vídeos na internet que contribuam para o seu crescimento pessoal e profissional; seguir pessoas que estão melhores que você e escolher alguém para estar a seu lado que tenha os mesmos sonhos que você. Acorda! Compreenda que mais do que se espelhar em alguém que admire, você precisa entender o preço que aquela pessoa pagou. Não adianta se inspirar no Ayrton Senna, no Michael Jordan, no Hamilton e não fazer o que os eles fizeram ou fazem para chegar a seus objetivos. Se você se espelha neles, precisará aprender com eles e entender que precisa correr mais que os outros. E não será fácil melhorar seus pensamentos, seus comportamentos e, principalmente, suas atitudes perante o mundo. Afinal, como diz Caio Carneiro: “Seja foda! Porque senão o mundo não vai te enxergar como foda”. Esforçado - Sem justificativas


Infelizmente, assim como eu, boa parte da população brasileira cresceu com inúmeras crenças limitantes, acreditando em coisas que não deveria acreditar. Ser medíocre apenas traz resultados medíocres. O fato de perceber que as pessoas que lhe cercam não são seus maiores exemplos não é ruim, é apenas esclarecedor. E, tendo essa clareza, você certamente saberá o que não fazer. Veja-se como águia e não como galinha, mesmo quando estiver cercado de galinhas. Você muda quando a sua visão sobre as coisas mudam! Atualmente eu ocupo o cargo de gerente comercial em uma multinacional no ramo atacadista de alimentos e fiz uma promessa pra mim mesmo: se, em quatro anos, conseguisse chegar ao cargo mais alto na empresa, eu trasmitiria para o máximo de pessoas os passos que percorri para entrar e me destacar na empresa. Quer ser alguém acima da média? Alguém que cresça rapidamente profissionalmente? Alguém que não fique estagnado em sua função e que atinja seus objetivos, sem culpar a família, amigos ou a empresa por um possível insucesso? Então, seja cego, surdo e mudo. Seja cego para não enxergar que há pessoas que são pagas para fazer as mesmas tarefas que a sua e não as fazem. Por exemplo, se você é um repositor em um supermercado e percebe que somente você chega no horário, faz um bom atendimento, consegue abastecer todo o corredor, e todos os outros repositores ficam procrastinando, dando uma “enrolada básica” e ainda ganham o mesmo salário que o seu, seja cego! Cada pessoa tem um propósito e não querer prosperar e se contentar com uma vida medíocre pode ser o objetivo de muitos. Isso não significa que você precise seguir o mesmo caminho. Seja surdo quando alguém reclamar da vida, do chefe, da empresa, das injustiças sofridas e das cobranças, pois isso são experiências subjetivas da pessoa e não suas! E, muitas vezes, há detalhes e posturas da própria pessoa que não são ditas, pois a visão dela, baseada em sua própria perspectiva, pode estar distorcida – o que não contribui para a sua trajetória e não o ajuda a atingir os seus objetivos. Por isso, seja surdo. Criar uma imagem negativa de seu chefe pautada pela opinião alheia só irá piorar a situação. Se você não acredita onde se encontra, você não vai crescer. Seja mudo quando quiser falar sobre os outros ou reclamar da vida, do ambiente e dos colegas de trabalho, da família, pois se reclamar é “clamar duas vezes” e se as palavras têm poder, isso apenas atrairá coisas ruins para a sua vida. Quando sentir vontade de desabafar, falar sobre suas desmotivações, suas iras e seus desconfortos, faça isso com pessoas que realmente o amam e o ajudarão, Capítulo 2: Escolha quem você quer ser

21


como sua esposa, sua mãe, seu melhor amigo. Para que você entenda como a reclamação é ruim, faça o teste de ficar dez minutos ao lado de quem só reclama e perceba como isso suga suas energias e é cansativo. Na estrada para o crescimento, você não pode ter este hábito. Não reclame. Produza! Isso sim fara você sair do ponto A e chegar ao ponto B. Eu sempre digo para as pessoas que trabalham comigo: em nenhuma empresa é necessário fazer além do que você é pago. Não é necessário morrer de trabalhar. A grande maioria das empresas é terra de cego. A pessoa que enxergar com meio olho, será rei. Então, se você entender a cultura da empresa, o foco do negócio e a função que precisa desempenhar para que isso aconteça, já enxergará diferente das pessoas que estão na média. Frequentemente, pessoas que estão na média ou abaixo da média colocam sentimento durante a execução de suas tarefas, mas isso apenas irá prejudicálas. Seja diferente, seja prático e adaptável. Se o foco da empresa mudou da direita para a esquerda, mude também de rota e não se lamente. As empresas são mutantes, portanto, você também deve ser. A palavra é adaptação! Seja você! Seja quem você é! Seja seus sonhos na prática! 22

Esforçado - Sem justificativas


Foto: Wayhomestudio/Freepik.com

“Eu precisei   tomar muitas  DECISÕES na minha vida. E,    talvez, a mais  importante de  todas foi: ser     sempre eu      mesmo.”


CAPÍTULO 3

De quais matérias escolares você gosta? 24

Q

uando estava na escola, gostava de poucas matérias. História e Educação Física eram as que mais me agradavam. E sempre pensava comigo: “Estou ferrado! Qual trabalho eu conseguiria desenvolver a partir dessas duas matérias? Qual profissão bem remunerada exigiria conhecimentos de História ou Educação Física?”.

Eu nunca consegui decorar os conteúdos escolares para fazer provas. Isso me cansava muito, pois tinha que estudar mais que a maioria. Por algum tempo, até acreditei que meu Q.I. era menor, visto que os outros colegas da sala decoravam a matéria com facilidade. No meu caso, era necessário estudar, estudar e estudar para que eu pudesse entender o que havia lido e, só depois, responder com as minhas palavras, mesmo que isso me fizesse tirar notas mais baixas. Nunca fui um aluno nota 9 ou 10, aliás, sempre tirava notas medianas ou um pouco acima da média. Esforçado - Sem justificativas


Eu, até meus 17 anos, praticava muitos esportes, precisamente o futebol. Jogava bola na escola e também em uma escolinha especializada cuja mensalidade era arcada por minha avó. Cheguei até a jogar no Ituano (categoria de base) e realmente sonhava em ser um jogador de futebol profissional! Porém, nem sempre os sonhos tornam-se realidade, pois, para isso, é necessário, além de tempo e dedicação, aptidão. Sem a aptidão, ainda que haja muito esforço, dificilmente os sonhos irão se concretizar. No futebol de salão eu jogava muito bem nas posições de zagueiro, fixo ou goleiro, pois saía jogando muito com os pés e ajudava demais o meu time. Eu me sentia muito bem nessas posições, até porque fazia bons jogos, e, consequentemente, ganhava vários campeonatos. Já no gramado, eu jogava como meio-campo, pois tinha visão de jogo e colocava meus colegas atacantes em situações de gol. Porém, tanto no futebol de salão como no de campo eu era um atleta mediano, assim como na escola. Ou seja, nunca me sobressaía a ponto de fazer jogos espetaculares que pudessem atrair o olhar de algum empresário. E novamente vinha a pergunta que me deixava sem chão: “O que eu vou ser na vida? Das matérias de que gosto na escola pouco conseguirei usá-las na vida real. No futebol, não sei em que posição jogar, pois sou ‘’mais ou menos’’ em tudo que faço. O que fazer da minha vida?”.

Não me tornei jogador de futebol, historiador, professor de Educação Física ou personal trainer. Quando conclui o Ensino Médio na escola pública, sabia que não era bom em Matemática, Português, Geografia, Física e Química. Diante disso, qual curso superior poderia fazer? Para qual área de atuação poderia enviar currículo ou tentar um trabalho? Não sou excelente em nada, aliás, sou bem limitado. O que fazer? Foi bem aí que tudo começou a fazer sentindo. Consegui um trabalho em uma usina de cana e açúcar chamada WD, em Minas Gerais. Lá, fui ferramenteiro, ou seja, cuidava do estoque de ferramentas. As pessoas que trabalhavam nessa usina retiravam pela manhã suas ferramentas e as devolviam ao final do dia. Era esse o meu trabalho: emprestar ferramentas e fiscalizar se todos as tinham devolvido ao término do dia. Nesse cargo, percebi por que a História era uma importante disciplina escolar. Por muitas vezes, em determinados momentos do dia, eu ficava ocioso. Então, nesses momentos, eu fechava a ferramentaria e ajudava outros funcionários, como torneiros, soldadores, caldeireiros, entre outros. Quando abordava um Capítulo 3: De quais matérias escolares você gosta?

25


26

desses colegas, eu fazia inúmeras perguntas e os questionava se poderia auxiliálos, como eles começaram em seus respectivos cargos, quais eram as tarefas mais difíceis ou mais fáceis em suas atividades, como faria para alcançar o mesmo que eles etc. Diante dessas perguntas, eles acabavam contando suas histórias. Aliás, quem não gosta de falar um pouco de si? E, dessa forma, além de fazer colegas na empresa, eu ainda aprendia coisas novas e reconhecia como a matéria de História, que se fundamenta em questionamentos, e a Filosofia, que traz reflexões sobre muitas interrogações, são importantes para a vida. Porém, até então não tinha ficado clara a serventia das matérias de Educação Física e História para mim. Clareou, mas não ao ponto de decolar a minha trajetória profissional. Após um curto período nessa usina, percebi que, se eu quisesse chegar ao cargo de gerente geral ou diretor na usina, precisaria cursar Química, que eu odiava, bem como dominar tecnicamente muitas funções estratégicas lá dentro. Ou seja, seriam necessários de 15 a 20 anos de trabalho para chegar a esse posto e, ainda, com possibilidades de não alcançá-lo. Também, como não havia um processo de trainee na usina, seria necessário que alguém do topo saísse para que a vaga fosse aberta. E eu sempre quis crescer rápido, ganhar acima da média do brasileiro e ter tudo que minha família não teve condições: carro zero, salário acima dos R$10.000,00, casa rebocada, com portão automático e em um bairro que não fosse periférico ou em algum condomínio fechado. Eu estava morando em Patos de Minas, estudando Gestão Ambiental e fazendo estágio na prefeitura. Optei por Gestão Ambiental porque sou Goiano e sempre vivi desde menino na roça. Minas Gerais é puro verde, e precisava focar em um curso que tivesse campo de atuação no estado em que morava, bem como coubesse no orçamento. Engenharia Ambiental saía do orçamento e fazer ENEM também era bem difícil. Sempre fui um aluno mediano e alunos medianos não passam no ENEM. A alternativa era estudar, mas aluno que estuda em escola pública e que até os 18 anos leu apenas um ou dois livros gosta de estudar? Meus colegas do curso de Gestão Ambiental eram muito legais e o clima da sala era harmonioso. Havia matérias de que gostava muito, como Marketing, mas outras, aproximadamente 80%, não. Como estava em Minas Gerais, precisava achar um curso que contivesse “verde” para estudar. Porém, não estava me encontrando novamente. Em um belo dia de dezembro, fui passar as festas de final de ano em Salto, interior de São Paulo, onde minha mãe morava. Ela, então, aconselhou-me: Esforçado - Sem justificativas


“João, volta! Já pensou na diferença entre um estudante de Administração de Empresas que trabalha em uma renomada concessionária e um estudante de Gestão Ambiental que faz estágio na prefeitura? Pense, meu filho!”.

Eu não acho nenhuma profissão inferior e todas são úteis para a população. No entanto, esse foi um “start”, momento em que pude refletir que não estava sendo eu mesmo. Minha mãe, muito sábia, realmente sabia o que eu queria, pois seu conselho foi como música para os meus ouvidos. Então, voltei para Salto, concorri para uma vaga em uma renomada concessionária e me inscrevi na faculdade para cursar Administração. Nesse período, minha avó me ajudava a pagar a faculdade e dizia que só faria isso caso eu cursasse Direito ou Administração, pois a mensalidade não ultrapassava R$500,00. No momento de escolher o curso, novamente veio uma interrogação e a mesma pergunta que me corroía a alma voltava a ser feita: “João, você sabe o que quer da vida?”. Pensei por um momento em fazer Engenharia Mecânica, pois todas as minhas atribuições no trabalho giravam em torno de pós-venda, oficina, peças, serviços mecânicos – este era o ar que eu respirava. Mas dessa vez eu ouvi minha mãe e minha avó e fiz Administração de Empresas. Graças a Deus elas estavam certas! Entrei na concessionária como garantista, que é um cargo no qual tinha a tarefa de pegar as informações com os técnicos mecânicos e intermediá-las com os engenheiros da fábrica, tendo como foco fornecer garantia do problema para o cliente. Saí de lá como coordenador geral, aos 23 anos. Durante esse tempo, entendi que a matéria de História assemelhava-se à área comercial e que Educação Física me trazia um espírito de trabalho em equipe e desenvolvia minha habilidade de ser competitivo, ou seja, de fazer o meu melhor a cada dia. As perguntas corretas feitas às pessoas certas trazem resultados. Para a área comercial, você precisa perguntar ao cliente o que ele busca e, após saber isso, atender às suas necessidades. É simples! E isso foi o que a matéria de História me ensinou. Já a Educação Física me fez compreender que é preciso realizar um trabalho coletivo, cada um fazer sua função e lutar para chegar ao topo. Em um ambiente empresarial, pessoas que têm bom relacionamento interpessoal trazem resultados e são elas que, muitas vezes, tornam-se líderes. Perceba o trabalho de um técnico de futebol. Ele deve observar bem os jogadores, saber o que cada um tem de melhor e, em um trabalho conjunto, buscar a vitória. Para isso, precisa gostar de estar no meio de pessoas, gostar de se comunicar e de direcionar todos Capítulo 3: De quais matérias escolares você gosta?

27


a um único objetivo. Todas essas competências são, aos poucos, desenvolvidas quando se pratica esportes coletivos nas aulas de Educação Física. Após esse entendimento, fiquei seguro e consciente de que eu tinha que atingir o meu objetivo profissional/financeiro focando em profissões que necessitassem ter essas habilidades: comunicação, liderança, área comercial e trabalho em equipe. Com 25 anos entrei como trainee no Atacadão (Atacadista do Grupo Carrefour), e foi onde realmente encontrei minha área de atuação.

28

Esforçado - Sem justificativas


Foto: Freepik.com

“Nunca fui um aluno nota 9 ou 10, aliás, sempre tirava    notas medianas      ou um pouco  acima da MÉDIA.”


CAPÍTULO 4

Área de atuação e foco 30

A

grande maioria das pessoas acha difícil saber qual área de atuação seguir. Alguns seguem o caminho dos pais, outros se espelham em amigos ou até mesmo se reinventam, buscando áreas sem nenhum tipo de conhecimento prévio ou referência. Acredito que, ao se dedicar de corpo e alma, colherá também os frutos. Porém, a caminhada em direção a seus objetivos não precisa ser sombria e cheia de pedras. Perceba que nos três primeiros capítulos você já aprendeu muito sobre suas competências e também as de quem o criou. Pode-se dizer que você já tem um “DNA” direcionado para certas áreas. No entanto, você não é obrigado a seguir a carreira que lhe foi “rascunhada”. Pelo contrário, você precisa ESCOLHER a sua área de atuação. Você precisa sempre se lembrar de que é livre para ser o que quer ser! Se as matérias de que mais gosta são matemática e informática, onde você se vê atuando? Na área de T.I. ou abrindo uma empresa no segmento? Esforçado - Sem justificativas


No meu caso, a escolha por minha área de atuação foi uma junção do que gosto e das competências de quem me criou. O fato de meus avôs terem sido comerciantes, bons negociadores e, como típicos goianos e mineiros, bons de prosa, de meu pai ter aberto inúmeros negócios e ter atuado na área comercial, e de minha mãe ser “cópia viva” de meu falecido avô contribuiu para que eu tivesse em minha árvore genealógica essas características e isso me facilitou adentrar no mundo das vendas e de gestão de pessoas. Ademais, eu sempre gostei de relações humanas, de competição, de me comunicar e de evoluir. No futebol e na escola sempre fui um bom generalista. Em vista disso tudo, qual curso superior fiz? Administração. Em qual área de atuação estou? Comércio. Qual cargo? Gerente comercial. Faça uma análise cuidadosa para não se arrepender no futuro. Experimente falar com pessoas das áreas que lhe desperta interesse, não deixe de perguntar o que a pessoa mais gosta e o que mais odeia em sua área de atuação. Entenda que, se você é uma pessoa que precisa de novos estímulos para se sentir motivado, deverá optar por uma área que requeira sempre novos desafios, como a de projetos, de vendas ou funções que sejam cíclicas. Porém, se não gosta de grandes desafios e o conforto e o domínio de uma função lhe trazem segurança e o fazem sentir bem, busque áreas que lhe traga esse bem estar. Mas não para por aí, normalmente as atividades das quais você gosta serão áreas nas quais você tende a se destacar! Perceba que nós temos o costume de nos fecharmos para coisas que não sabemos se somos bons! Isto é natural. Por isso a área de atuação é uma soma de fatores que você precisa visualizar para que tenha foco e perseverança. O foco é saber o que não fazer! Se souber o que gosta de fazer e o que não gosta, você descobrirá a área de atuação e o foco. Um exercício importante nesse processo é perguntar para amigos, pais, mães, professores, colegas de trabalho, enfim, pessoas que são próximas a você as áreas nas quais lhe envergam atuando. Esse tipo de diálogo sempre deve ser finalizado com um questionamento. As pessoas, por exemplo, podem lhe dizer que o vê atuando como professor. E você deve questionar: Por que visualiza isso? Qual característica você acredita que eu tenho para exercer essa atividade? Como sabemos, tudo deve ser analisado pelo contexto geral e nunca por um ponto de vista, pois o ponto de vista limita a enxergarmos de forma abrangente. No fundo, no fundo, sabemos o que queremos! Basta analisar profunda e atentamente que teremos a resposta. Capítulo 4: Área de atuação e foco

31


Mas, como tudo na vida, dar esse passo exigirá não apenas começá-lo, mas dar continuidade a ele. Então, quando descobrir a sua área de atuação, busque-a com força e perseverança. Não desista quando aparecerem situações inesperadas, pois o foco o levará até o plantio e esta é a parte gratificante da história.

32

Esforçado - Sem justificativas


Foto: Michelle Francisca Lee/Unsplash

“Lembre-se:    ‘Quem não  AGRADECE o      pouco, não merece o muito’’.


CAPÍTULO 5

Plantio 34

É

impossível qualquer fruto nascer sem passar pelo período de plantio, cultivo e colheita. Nada nasce de imediato sem antes passar por essas fases e, para mim, o principal plantio ocorre por meio dos livros. Até agora eu relatei a minha vivência na escola pública, minhas notas medianas e a falta de interesse pela leitura. E essa foi apenas uma fase. Depois de compreender muitas questões, consegui colocar em prática mais uma vez o aprendizado obtido nas aulas de Educação Física. Eu estava com sobrepeso, pesando 110 Kg ainda quando era supervisor. Foi um período muito estressante e de muitos desafios no trabalho, o que me fazia descontar na comida o meu desequilíbrio emocional. Porém, em um determinado domingo, tomei a decisão de mudar esse cenário e comecei a correr para emagrecer, bem como fiz a promessa de não tomar cerveja por um ano. Em exatos seis meses eu havia atingido os tão sonhados 79 Kg. Também desafiei o meu cunhado e ele aceitou ficar um ano sem consumir nenhuma bebida alcóolica. Esforçado - Sem justificativas


Fazer e atingir essa meta foram fundamentais para mim, pois isso me incentivou a fazer outra voltada para o meu desenvolvimento intelectual. Usando o instinto competitivo, o instinto de garra e a determinação de um atleta aprendidos nas aulas de Educação Física, porém nos livros, desafiei-me a ler ao menos 1 livro por mês. Essa meta foi definida depois de, ao fazer algumas pesquisas, descobrir que o brasileiro lê, em média, 3 livros por ano, quando muito 4, livros esses que lhe são impostos, seja pelo trabalho ou para a realização de trabalhos acadêmicos. Essa informação me deixou muito surpreso. Em nova pesquisa, porém, descobri que os americanos leem entre 10 a 14 livros anualmente. Diante desses dados, eu e meu cunhado definimos como meta que leríamos 1 livro por mês, ou seja, 12 ao ano. Compramos os livros de que nós gostávamos e começamos o desafio. Neste período, eu concluí o desafio e coloquei a meta para o próximo ano de ler 16 livros. A quantidade baseava-se na média de leitura dos habilitantes dos países que mais leem, mas vi que, com a rotina de, no mínimo, 12 horas diárias de trabalho, eu não estava tendo uma leitura de qualidade. Foi quando recuei a meta para 10 livros anuais e, atualmente, 6. Aprenda uma coisa, só existem duas formas de você ser alguém de referência na sua função. A primeira é lendo livros sobre seu ofício. A segunda é aprendendo com alguém que lê muito sobre isso. Os livros são uma fonte muito barata comparada ao conhecimento que se adquire com eles. A sua preguiça de ler faz você pagar cursos caros de quem leu e soube falar o que aprendeu. Ou seja, uma pessoa leu um livro, tirou as informações contidas nele e lhe vendeu um curso exatamente pelo fato de você não ter o hábito de leitura. O ato do plantio corresponde aos primeiros passos dados em determinada direção, são as atitudes que devem ser tomadas para que determinado objetivo seja alcançado. Por vezes o plantio é feito de forma solitária, mas você não deve ficar mal por isso. Se for construído de forma solitária, mostre que você teve coragem o suficiente para dar conta. E, na verdade, o plantio solitário é algo positivo. Saiba que, todas as vezes que você iniciar algo e já for contar para as pessoas, não receberá um bom conselho. Sabe por quê? Porque a maioria das pessoas não é exemplo de sucesso. Por exemplo, você pensa em criar um aplicativo para ajudar os outros a terem uma melhor educação financeira e pergunta para seu melhor amigo o que ele acha. Seu amigo não entende nada da área de desenvolvimento. Então, ele lhe dirá que não dará certo e que não pagaria por isso. Diante disso, o que você faz? Desiste. Ou então você resolve abrir um carrinho de lanche na rua da sua casa, mas antes, pergunta novamente para Capítulo 5: Plantio

35


36

uma pessoa do seu ciclo familiar, que nunca empreendeu na vida, se a ideia é boa. Essa pessoa, que sempre trabalhou na mesma empresa, há 15 anos, como porteiro, relatará a história de um amigo que abriu um carrinho de lanche e quebrou. E, então, novamente você desistirá de plantar. Há também aqueles pessimistas que nunca irão te incentivar a fazer algo novo. Por isso, todas as vezes que pensar em realizar algo, como montar uma empresa, criar algo do zero ou até mesmo fazer uma viagem para um lugar que sempre desejou, você terá três opções: a primeira e mais sábia de todas é não comentar nada com ninguém sobre seus projetos; a segunda é aconselhar-se com quem já chegou aonde você quer estar ou com alguém que passou pelo plantio e já está na fase da colheita; e, por fim, a terceira opção é fazer o contrário do que as pessoas estão fazendo, já que, se a maioria das pessoas não chega ao lugar que você deseja, significa que as suas atitudes não devem ser as mesmas que as delas. O plantio é o momento no qual mais se adquire conhecimento, por isso, não plante de qualquer jeito e não pule etapas, faça esse trabalho com afinco e ânimo. Durante o processo, algumas tentativas podem não dar certo. Lembre-se de que há terrenos inférteis, ou seja, nem sempre você é o problema. Por isso, é necessário, antes de tudo, procurar um terreno fértil para que os frutos possam nascer. O cuidado com a terra também é importante, pois a falta ou o excesso de água ou de alguns nutrientes podem afetar o desenvolvimento da planta. Aprendi também que não há uma idade ideal para que o plantio seja feito, por isso, esperar por fatores favoráveis só o farão perder tempo e se lamentar pela demora no plantio. Em uma das inaugurações de loja das quais participei o presidente da empresa, em seu discurso, dizia que esteve fora por muito tempo, trabalhando em países de primeiro mundo, e lá pôde aprender algo muito importante sobre nós, brasileiros: que o brasileiro está sempre planejando, pensando, dizendo a si ou aos outros o que fará, prometendo, sonhando em realizar algo, desde as coisas mais simples, como ir à academia, até as mais complexas como fazer um curso superior, comprar uma casa, economizar – ou seja, estão sempre imaginando um futuro, sem colocá-lo em prática no presente; enquanto isso, os habitantes desses países mais desenvolvidos estão realizando o que planejaram, pois estão efetivamente fazendo. E este foi um de meus maiores aprendizados: o presente é o tempo do plantio e o futuro é o da colheita. É ilógico e ilusório plantar no futuro, pois em que tempo se daria a colheita? Viver apenas projetando o futuro é promessa infundada. É não plantar e não colher! É ser covarde de novo. Esforçado - Sem justificativas


E isso pode ser verificado em pequenas ações cotidianas: quando se espera a segunda-feira para começar uma dieta, o início do mês para começar a economizar, o início de um novo ano para colocar os planos e metas em prática. Aprenda uma coisa: nós não fazemos nada na zona de conforto. Nenhum ser humano muda estando na zona de conforto. Todas as vezes que você evoluiu certamente ocorreu algo que o fez tomar uma decisão. Por exemplo, você só pensa em fazer dieta quanto está obeso. Só pensa em estudar quando tirou notas ruins nas primeiras provas. Só compra algo melhor, quando se arrisca. Só sai de casa quando houve alguma briga, se for tirado de lá ou quando almeja ter mais privacidade. Você só corta o cabelo quando ele está muito grande ou sem corte. Só reza com todo o coração quando está passando por alguma situação difícil. E isso acontece com todos nós que nascemos e fomos criados em um nível social abaixo da média cuja cultura é essa. Nossa forma de agir não é semelhante a dos grandes competidores, que, disciplinados, saem da zona de conforto. Essa constatação não tem o intuito de fazer com que você se sinta mal. Porém, agora você tem o conhecimento necessário para agir como um vencedor. Errar por falta de conhecimento é desculpável, mas, após adquiri-lo, manter-se no erro é pura ignorância. É melhor tomar as decisões necessárias por amor do que pela dor, porém, ninguém toma decisões difíceis no amor, então se joga! Está com medo? Vá em frente! Está com receio de que vai dar errado? Vá em frente! Essa é a linha de pensamento dos 5% das pessoas que fazem. Em todo ambiente que você estiver, sempre haverá aqueles 5% que se diferenciam naquilo que fazem justamente por colocarem em prática o que pensaram. Você só poderá lapidar e corrigir seus erros a partir do momento que iniciar algo. Ficar preso no pensar e não sair do lugar é pertencer aos 95% que estão na média ou abaixo dela. Por isso, em tudo que fizer se esforce para fazer parte dos 5%. Não existe nada impossível para uma pessoa esforçada. Nem sempre o mais inteligente chegará ao topo, mas sim o mais esforçado! Portanto, seja o mais persistente no que faz. Não espere a hora ideal, muito menos o lugar ou as pessoas certas. Isso nunca virá para que você realize o plantio. Faça agora! Plante agora!

Capítulo 5: Plantio

37


Foto: Kim Howell/Shutterstock.com

“Aprenda uma coisa: nós não  fazemos nada    na zona de  CONFORTO.”


CAPÍTULO 6

Experiência vale mais que dinheiro 39

R

ecém-promovido a coordenador geral na concessionária, meu gerente regional me chamou para uma conversa. Já na minha sala, ele me disse: “João, você deve saber que o salário do coordenador anterior estava acima do que podíamos pagar e que a sua promoção vem com uma mudança. Você receberá um salário de R$2.000,00 mais a comissão do que vender”.

Naquele momento, fiquei indignado e o questionei, pois a remuneração não era justa. Eu sabia dos desafios daquela função e tinha a expectativa de receber um salário maior do que isso, até porque tinham técnicos mecânicos que recebiam próximo ou até mais que este valor. Mas, com sabedoria, disse que ia pensar e responderia no outro dia se aceitaria ou não a proposta. Então, liguei para minha madrinha, afinal, são com os mais velhos que melhor podem nos aconselhar; eles, que já passaram por muitas decisões difíceis na vida e não têm mais a ansiedade dos jovens, conseguem nos direcionar para Capítulo 6: Experiência vale mais que dinheiro


um caminho que não nos prejudicará e, assim, nossas decisões tornam-se mais assertivas. A sabedoria da minha avó também foi conquistada pela presença de meu avô, que, por ser comerciante, sabia como negociar e persuadir, como entrar e sair de qualquer situação, e dividia muitos ensinamentos com ela. Minha expectativa era ouvir de minha madrinha que eu deveria questionar e rejeitar a proposta de modo que meu chefe oferecesse uma contraproposta. Porém, para minha raiva momentânea, não foi isso o que ela disse. Minha madrinha, sabiamente, orientou-me: “Meu filho, você deve aceitar a proposta de seu chefe por três motivos. Primeiro porque você terá experiência com gestor, o que lhe permitirá crescer, bem como abrirá muitas portas lá na frente. Segundo porque você não tem proposta de nenhum outro lugar na qual possa receber esse salário; por menor que seja a remuneração, ninguém lhe ofereceu uma proposta melhor que essa. Por fim, você está sendo formado pela empresa, que está lhe pagando menos que o funcionário anterior porque você não tem experiência nessa função.”.

40

Na verdade, minha madrinha, além de me aconselhar, proporcionou-me um ensinamento muito maior: de que eu, naquele momento, enxergava apenas o agora e não tinha a visão de que aquele não era o tempo da colheita, mas do plantio. A partir dessa sábia decisão, inúmeras outras oportunidades surgiram. Atuando como gestor na concessionária, aprendi muito sobre gestão de pessoas, e consegui desenvolver um bom trabalho, apesar de ter cometido muitos erros de iniciante. São os erros, os desafios, os acertos e tudo o que você vivencia em determinada função que o levará a ser reconhecido como tal. A experiência traz conhecimento e a única forma de ser bem remunerado é tendo conhecimento sobre o que se faz. Lembre-se: a experiência é o plantio e a remuneração é a colheita. Não cometa o erro de querer colher sem plantar. Respeite a ordem do processo para que o final seja justo e sem surpresas. O maior erro de um profissional é “achar” que deveria ganhar mais porque está há um determinado tempo na empresa. Isso não funciona. Tempo de função é diferente do comportamento. Se você tem uma postura omissa e se esquiva de todos os problemas que lhe proporcionariam aprendizado e valor, nunca será bem remunerado. Nenhum funcionário é bem remunerado pelo fato de ele estar há mais tempo na empresa, mas por sua aptidão, competência e resultados. Peque, portanto, pelo excesso e não pela omissão! Tenha coragem para tomar frente e a mesma coragem para assumir se errar. Esforçado - Sem justificativas


Sempre que precisar escolher entre um caminho de desafios grandiosos, cheio de novidades e experiências não vivenciadas e outro com melhor remuneração, mas com poucas experiências novas, opte pelo primeiro. Sempre!

41

Capítulo 6: Experiência vale mais que dinheiro


Foto: SIDAL/Shutterstock.com

“O maior ERRO de    um profissional   é “achar” que   deveria ganhar  mais porque     está há um determinado    tempo na       empresa.”


CAPÍTULO 7

Recarregue suas baterias 43

T

udo que eu disse até agora tem a ver com: saber quais são suas qualidades, ter consciência de suas aptidões, vivenciar experiências, agradecer, não clamar duas vezes (reclamar), ser perseverante, pensar positivo, ser protagonista, não ouvir conselhos de quem não é exemplo, ter foco, não agir com emoção. Porém, outro ponto importante é ter momentos de lazer e relaxamento. Reflita sobre quais atividades e hobbies o deixam feliz e quais você sente prazer em realizar, pois são eles que lhe darão energia e ânimo para não parar. Esses momentos de lazer podem ser corriqueiros, como: jogar videogame, fazer churrasco, cantar, ouvir música, visitar os filhos, reunir-se com a família, jogar jogos de cartas, dormir, praticar esportes etc. O importante é inseri-los em seu cotidiano, em seus momentos de pausa, nem que seja apenas uma vez por semana. Se pra você é fundamental sair para um barzinho ou balada quando está de folga, faça! Sempre com consciência e equilíbrio. Perceba, quando você coloca o seu celular para recarregar, o correto é deixá-lo chegar aos 100% para depois usá-lo novamente. Essa é a ordem das coisas e você Capítulo 7: Recarregue suas baterias


precisa respeitar. Algumas religiões, como o judaísmo, por exemplo, valoriza tanto o descanso semanal que dedica o sábado unicamente ao relaxamento, ao lazer e à reunião com a família, sendo proibido trabalhar neste dia. Muitas pessoas pensam que descansar é para os fracos, mas não percebem que as maiores falhas ocorrem quando se está desgastado mentalmente ou fisicamente. São nos momentos em que estamos mais cansados ou estressados que falamos ou fazemos algo da qual nos arrependeremos depois. Se, nessa longa estrada rumo ao sucesso, o automóvel não anda sem combustível, encontre o seu e o complete até travar a bomba!

44

Esforçado - Sem justificativas


Foto: Inspire Finder/Shutterstock.com

“Muitas pessoas      pensam que  DESCANSAR é  para os fracos, mas não percebem    que as maiores   falhas ocorrem    quando se está       desgastado   mentalmente ou       fisicamente.”


CAPÍTULO 8

Colheita 46

V

ocê já viu nascer laranja em pé de bananeira? Obviamente não, pois só se colhe o que se planta! Então, se não se sente satisfeito com seus frutos e resultados atuais, observe o que está plantando para a próxima colheita. Nesse processo de plantio, o único responsável pela semeadura é você mesmo. Não culpe seus pais pela vida que você tem. Não culpe o prefeito ou o presidente. Não culpe a sua escola por você não ser um aluno diferenciado. Esse é o principal ponto a respeito da colheita. Se os frutos futuros são consequência do plantio que se faz no hoje, comece a repensar agora sobre sua postura e sobre sua responsabilidade nesse processo. Quando você assume a responsabilidade que tem diante dos resultados conquistados, seu cérebro automaticamente buscará por soluções. Isso pode ser observado em pequenas situações. Por exemplo, se sua mãe lhe diz que não irá lhe dar um tênis novo, seu primeiro pensamento será o de reclamar, questionar, falar que ela nunca lhe dá nada, pois você a responsabiliza por isso. Porém, se você se responsabiliza por isso, seu cérebro fará um giro de 360º e, provavelmente, irá Esforçado - Sem justificativas


lhe direcionar para encontrar possíveis soluções, como procurar um trabalho, assumir uma tarefa em casa e ser recompensado financeiramente por cumpri-la. Portanto, assuma-se como protagonista do seu “destino” e deixe de vitimismo! Para que eu pudesse obter boas colheitas diante da minha realidade, fiz um planejamento simples e prático e que deu muito certo: imaginei 10 metas que pretendia atingir nos próximos 12 meses. As minhas primeiras 10 metas foram: tirar habilitação de carro e moto; inscrever-me na faculdade; conseguir um trabalho; pagar todas as minhas contas em dia; ajudar em casa com uma cesta básica; não reclamar; ter um relacionamento que me trouxesse felicidade; ser mais grato; fazer 5 novas amizades; fazer atividade física 2 vezes na semana. Observe que essas são metas que a maioria de nós, brasileiros de classe D e E, temos, pois estamos diante da mesma realidade. Caso você consiga realizar apenas 5 das 10 metas pretendidas, deixe para concluir as outras 5 no próximo ano e tente concretizá-las nos primeiros 6 meses. Faça o que todos dizem ser impossível para você realizá-las. Um ser humano determinado e focado pode fazer o que parecia impossível e transformar a vida de sua família inteira. Veja o exemplo dos jogadores de futebol: muitos deles, com apenas 16 anos já ganham o suficiente para comprar uma casa e dar uma vida nunca sonhada para seus familiares. Por quê? Porque foram focados para atingir suas metas. Plantaram futebol e colheram o que o futebol tem de melhor pra oferecer. As metas devem ser pensadas dentro da sua situação atual e por etapas. Essas são as sementes que você irá plantar. A cada colheita que tiver, você eleva em um degrau o seu nível de exigência. Não tente subir a escada pulando mais degraus do que ela tem. Suba degrau por degrau. Isso fará com que você se sustente ao longo do tempo. Agradeça a menor colheita que você conseguir obter, pois somente assim você será merecedor da grande colheita que virá pela frente.

Capítulo 8: Colheita

47


Foto: Sunny Studio/Shutterstock.com

“Portanto, assuma-se como  PROTAGONISTA   do seu “destino”  e deixe de      vitimismo!”


CAPÍTULO 9

O que é felicidade? 49

S

e alguma pessoa lhe perguntasse o que é felicidade, o que você responderia? Nós desejamos felicidade no dia do aniversário de alguém, no dia do casamento e em todos os momentos que são divisores de água na vida das pessoas. Porém, a definição de felicidade pode ser diferente de uma pessoa para a outra. Para uns a felicidade é ter um carro zero na garagem, para outros a felicidade está relacionada à paz, para outros tantos é ter arroz, feijão e uma mistura na mesa; para alguns é ter o próprio negócio, mas para um presidiário, por exemplo, é apenas conquistar a liberdade. Vemos, pois, que a felicidade está ligada ao estado de espírito e à realidade de cada um, por isso cada um a define de uma forma. O que o deixa feliz é diferente do que me faz feliz. No entanto, a felicidade também é uma escolha e, assim como escolhemos ser protagonista e não vítima, precisamos escolher estar felizes. Note que tudo depende de você e nada do outro. Estar triste dá o mesmo “trabalho” que estar feliz. Aprenda isso e evolua para o estágio que a maioria ao seu redor não atingiu e talvez não atinja. Capítulo 9: O que é felicidade?


50

Partindo do princípio de que você é tudo que atrai, se você for felicidade, atrairá, consequentemente, pessoas que são felizes. Ser felicidade significa tomar a decisão de fazer coisas que você quer fazer e não o que os outros querem. Você só chegará ao maior estado de felicidade quando for quem verdadeiramente você é! Quando se está ao lado de pessoas que realmente gostam de como você é, você se sente bem, alegre, leve. Isso é a felicidade! Mas a busca pela evolução contínua em suas metas pessoais e profissionais irão lhe mostrar que a felicidade de hoje será diferente da de amanhã e isso é normal. Hoje você alcançou um estágio de felicidade com o conhecimento e sabedoria que adquiriu até agora, porém, daqui a alguns anos, é natural que seja uma melhor versão de você e isso acontece com todos nós. Você certamente já se deparou com alguém que não vê há anos, porém não a reconheceu, pois a pessoa estava mudada. Ela fez a diferença. Porém, há muitos que você reencontra após décadas, mas que continuam estagnados e sem mudanças, pois pararam no tempo. Por isso, saiba encontrar o estágio de felicidade nos diferentes estágios e versões de você. Não se culpe! Culpar-se gera um sentimento de não ser você. Se sentir leve é ser você! A felicidade está atrelada ao autoconhecimento. Quanto mais você se conhecer, mais verá que o sentimento de felicidade irá aflorar. Quanto mais olhar para si e quanto mais fizer coisas que dependa unicamente de você, mais evoluirá para sua próxima versão. Durante o seu caminho de evolução, não olhe o jardim do vizinho. Isso o distrairá e o atrapalhará nesse processo, afinal, o que dá certo para um, não dá certo para o outro. Na maioria das vezes, durante esse processo de autoconhecimento, não precisaremos fazer terapia ou ter uma ajuda profissional. O ato de olhar para dentro de nós mesmos, observar nossos comportamentos, reações e pensamentos, entender nossa realidade e buscar melhorar nossos sentimentos são ferramentas que possibilitam um autoconhecimento. E, dessa forma, a felicidade fica mais próxima. A leveza também traz felicidade, por isso, elimine tudo o que for pesado em sua vida. Repense e veja se realmente a balança lhe mostra os mesmos quilos que sente. Seja você em todas as ocasiões, mas não deixe de evoluir. Perceba, o retrovisor é pequeno e o para-brisa é bem maior justamente para você olhar para frente. A rota da felicidade segue sempre uma via de mão simples: do presente em direção ao futuro. Perceba que, durante esse trajeto, o retrovisor é apenas um Esforçado - Sem justificativas


pequeno acessório e o para-brisa é uma grande vitrine justamente para você não inverter a direção: o caminho está sempre à frente e não atrás. Por isso, não se queixe pelo o que aconteceu ou lamente o que você não fez, isso não ajuda! A partir de hoje, o seu exercício é se vigiar. Todas as vezes que pensar em coisas do passado que lhe deixe triste, você irá se lembrar de suas metas e direcionará a sua atenção para a estrada à sua frente. Aprenda que apenas 5% olham para frente, justamente a direção de destino do plantio e da consequente colheita. Já os 95%, a maioria, estão constantemente olhando para trás e se lamentando, por isso não conseguem prestar atenção na atual plantação e, quando a observam, já estão colhendo novamente uma safra com poucos frutos. E o ciclo se repete. Então, caso esteja inserido nesses 95%, mude a direção de seu olhar. Seja leve, seja você, seja feliz! Você é o dono do seu estado de felicidade! Ninguém a alcançará por você!

51

Capítulo 9: O que é felicidade?


Foto: Cole Freeman/Unsplash

“Perceba, o   retrovisor é    pequeno e o para-brisa é bem maior justamente   para você olhar     pra FRENTE.”


CAPÍTULO 10

Na largada cada um sai de um pelotão 53

T

odas as decisões que você tomar terão consequências. Sabendo disso, você poderá observar se durante o seu trajeto deverá ou não mudar o rumo do percurso. Fazendo uma analogia, você é a água que caminha por uma grande rede de canos. Durante esse percurso, sempre haverá novos canos conectados ao seu que poderão desaguar em alguma represa, rio ou esgoto. Goste ou não, você vai parar em algum lugar. Por exemplo, quando você escolhe um “bico” para pagar suas contas, o seu fluxo dentro do cano já foi iniciado. Em determinado momento desse trajeto, aparecerão outros canos e você terá que escolher por qual deles deseja seguir. Porém, essa escolha será feita durante o fluxo, estando você em movimento e em alta velocidade. Ou seja, muitas vezes, depois de um tempo de ter escolhido o “bico”, aparecerá uma oportunidade de fazer outra coisa nessa mesma área, porém com melhor remuneração, e você terá que avaliar se esse outro caminho apenas lhe possibilitará pagar as contas ou se é o caminho que você realmente deseja seguir. Perceba, nesse curto espaço de tempo, você Capítulo 10: Na largada cada um sai de um pelotão


54

deverá saber quais são as consequências e optar por seguir o fluxo e continuar fazendo o “bico” ou interromper esse caminho e talvez pagar o preço de não ter dinheiro para pagar as contas naquele exato momento. A escolha é sua, mas este período deverá servir para que você repense e saiba em qual próximo cano pretende entrar. Caso esteja certo de que pretenda conseguir um trabalho como auxiliar administrativo em uma empresa, por exemplo, você novamente será a água em um cano e futuramente essa função lhe abrirá outras opções, como analista administrativo, ou até mesmo supervisor administrativo. E essa decisão deverá ser tomada rapidamente. Então, se seguir pelo mesmo cano não o deixa feliz, pague o preço, saia pela fissura do cano e arque com as consequências. Conheço muitas pessoas que, no decorrer de sua vida aceitaram o fluxo do cano e, somente após muitos anos, perceberam que estavam em um local que não gostariam e culpavam a tudo e a todos por isso. Você não é obrigado a nada, mas precisa estar ciente de que todas as decisões vêm com um pacote completo, inclusive trazendo consequências não agradáveis. Por isso, sempre que tomar a decisão de entrar em um cano, observe bem onde ele irá desaguar, para não culpar ninguém por isso. Lembre-se: você é o responsável por tudo que lhe acontece! Por fim, mas não menos importante, nessa corrida rumo à realização de seus sonhos, saiba qual foi o seu ponto de partida. Se você é como eu e saiu da classe D ou E, saiba que partimos do último pelotão da maratona e, por isso, precisaremos correr mais. É isso mesmo! Você vai trabalhar e estudar muito mais que os que saíram do pelotão da frente. E não fique com lamentações ou achando que são injustiças. Chega de vitimismo! Assuma a responsabilidade e crie soluções para seus problemas. Somente assim você irá executar um plantio diferente do que foi feito até aqui e sua colheita será muito melhor do que a atual. O tempo que você perde questionando as regras da corrida não irá mudar o jogo. E talvez até piore. Isso não significa que você deverá aceitar, de forma passiva, tudo o que lhe aconteça, mas as regras do jogo estão aí para serem respeitadas. Não respeitá-las é ser plateia e, estando nessa posição, a chance de você fazer história como jogador acabou de se encerrar. Ou você acha que são os torcedores que levantam a taça, recebem medalha, salário ou patrocínio? Estamos em uma eterna corrida e, por isso, precisamos compreender o que é necessário para chegarmos até o fim dela. E isso só depende de nós! Durante a maratona, nossos passos devem ser pautados pela razão e não pela emoção. Seja racional e lute! Esforçado - Sem justificativas


Aprimore a sua respiração, encontre estratégias para que se desgaste menos, pesquise quais são os alimentos mais indicados para uma prova como esta, quais treinos são realizados por quem sempre chega às primeiras colocações, como conseguiram um patrocinador, onde e em qual terreno são realizados esses treinos, enfim, são perguntas que envolvem o presente e corroboram o futuro. Sabendo quais são as perguntas certas, você encontrará as respostas que lhe permitirão plantar e colher melhor. Todos nós gostaríamos de estar em situação privilegiada, mas ficar pensando nisso não nos fará maiores. Agora é olhar para frente! Tenho certeza de que assim como eu já alcancei muitos dos meus sonhos, você também alcançará os seus. A vida está aí para ser usufruída da melhor maneira, basta que aprendamos com ela. O futuro a nós pertence! Só se torna campeão quem, olhando para frente, chega em primeiro lugar. Lembre-se: o retrovisor é pequeno, mas o para-brisa...

55

Capítulo 10: Na largada cada um sai de um pelotão


Foto: Alfira/Shutterstock.com

“Lembre-se:     você é o RESPONSÁVEL  por tudo que lhe        acontece!”



Quem é o culpado das situações pelas quais que você tem passado? O prefeito, o governador ou o presidente? Ah, não, a culpa é de seus pais então? Ou melhor, é falta de incentivo da sua comunidade? Será que é do país onde vive? Reparou hoje na grama do vizinho? Já tentou inúmeras religiões e ainda sente que suas preces não foram atendidas? Responda, você culpou a todos que o criaram por você ter uma vida medíocre? E também sobrou para seus professores e para a escola, pois não eram bons o suficiente para você evoluir? Você acredita que Deus escolhe a estrela que deverá brilhar? Provavelmente também não vê perspectiva de futuro porque não teve pai ou mãe para lhe dar um alicerce, né? Ainda arrisco dizer que você pula ondas na praia ao final do ano e nada acontece. A empresa onde trabalha não lhe dá oportunidades, né? Certamente você se questiona que, se morasse em outro lugar, sua vida seria melhor. Você só crê quando vê? Já reclamou de algo que não lhe agrada, mas não fez nada para mudar? Está desmotivado e seu chefe não o motiva? Acredita que só filho de “rico” tem chances de ter uma vida boa, certo? Que ninguém apoia as suas ideias e que nunca recebeu palavras de incentivo? Bom, se a sua resposta a todos esses questionamentos for “sim”, este livro foi feito para você! Boa leitura!

João A. Ribeiro Netto, brasileiro, natural de Goiás, 33 anos, casado. Já morou em cinco estados brasileiros. Tem bacharelado em passar dificuldades financeiras, fez pós‑graduação em como crescer sem a presença de um pai, concluiu o mestrado em acreditar em si mesmo, independente do que aconteça. Atua no comércio desde os 19 anos e acredita que o inconformismo e o esforço próprio são as maiores armas para combater os pesadelos que atrapalham a realização de seus sonhos.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.