Comunicare 341

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Cidades

Recicláveis são arrecadados por ongs para a doações de fraudas.

Página 5

Cultura filmes paranaenses e curitibanos são exibidos no festival Olhar de Cinema.

Página 11

Esportes

Busca de legitimação esportiva do parkur por praticantes em curitiba

Página 10

Importunação sexual

O estado do Paraná teve aumento de 24% de casos de importunação sexual no ano de 2022 ao comparar com o de 2021. A maioria dos atentados ocorreram dentro da residência da vítima ou em espaços públicos. O assédio sexual que é previsto em lei como crime, pode levar a até 5 anos de prisão

Cidades| pag.6 e 7

Aumento de casos de importunação sexual em curitiba preucupam mulheres e familiares.

Chegada do inverno interfere na

venda nas feiras

C om a chegada das estações mais frias, percebe-se uma mudança na tendência de compra de alimentos por parte dos consumidores.

Nas diversas feiras-livres da cidade, que acontecem em ruas, parques e praças, há um aumento na procura por legumes e grãos,bem como por comidas quentes e típicas da época, como o pinhão, a pamonha e oquentão.

Os feirantes se moldam às buscas e preparam os alimentos que possuem umamaior demanda, impulsionados pelas vendas crescentes após uma desace-

leração dainflação. Enquanto que para os feirantes a compra de alimentos da época fortalece a economia doméstica, para os consumidores a venda destes em feiras torna-os fáceis de serem encontrados e mais baratos

O consumo destes alimentos de inverno são bons para a imunidade como por exemplo as cenoura e vegetais verde escuros que são ricos em vitamina C

cidades | pag.8

Em 2022 foi criado um projeto de lei pela vereadora

Noemia Rocha que visa o recebimento de ativos de criptomoedas.

O projeto não foi concluído no prazo previsto pela falta

de tecnologia e comunicação entre as secretarias e deve ser sancionada em 2024.

Curitiba, 16 de junho de 2023 - Ano 26 - Número 341 - Curso de Jornalismo da PUCPR O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
IPTU em criptomoedas
pag.9
economia |
Marriana Aquino Com a chegada do inverno alguns alimentos se tornam mais baratos e outros mais caros

Racistas estão sem vergonha de existir

De Vini Jr. a professora no Paraná, casos de racismo ao redor do mundo que chocaram toda a população

Há um enorme aumento nos casos de racismo claro, escancarado e sem medo de punições expostos na imprensa desde o último ano. Os episódios ficam longe de serem isolados, mas muitas vezes são depois de um tempo. Há uma necessidade clara de tratarmos com mais seriedade essas ocorrências racistas, que se tornam cada dia mais comuns no mundo.

Vinícius Jr., atacante do Real Madrid (ESP), vem sofrendo inúmeros ataques racistas de torcedores rivais. Desde a sua chegada no time europeu, Vini Jr. já sofria racismo e nenhuma providência era tomada pelas instituições dos campeonatos.

Depois do último ocorrido, que aconteceu no dia 21 de maio, o presidente da LaLiga criticou o jogador brasileiro: “Vini Jr. deveria se informar melhor e que nem a Espanha, nem a LaLiga são racistas, os casos de racismo são extremamente pontuais”. Vinicius, em suas redes sociais, pontuou que “o racismo é algo normal na LaLiga”.

Recentemente houve mais um caso de racismo em um dos mercados da Rede Carrefour, em Curitiba, envolvendo a professora Isabel Oliveira, após ter sido perseguida por um segurança dentro da loja, enquanto fazia suas compras. Em forma de protesto, a professora tirou a roupa e escreveu em seu corpo “sou uma ameaça”.

racismo em suas lojas e provavelmente não será a última. É preciso que providências sejam tomadas, para que casos como estes não voltem a acontecer. É fundamental pressionar por mudanças políticas e institucionais que promovam a igualdade racial. Isso pode incluir o apoio a leis antidiscriminação, a defesa de políticas inclusivas em instituições e a promoção da diversidade em locais de trabalho e em posições de liderança. Essas políticas devem ser implementadas em conjunto e adaptadas às necessidades e contextos específicos de cada país e comunidade, com base em uma abordagem abrangente e consultiva que envolva a participação das pessoas afetadas pelo racismo.

Infelizmente, precisamos relembrar a todo momento a frase “Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”, dita por Angela Davies. Estamos regressando a tempos sombrios de discriniminação extrema.

O combate ao racismo é uma responsabilidade coletiva. É importante promover a conscientização, a educação e ações concretas para enfrentar o preconceito racial em todas as esferas da sociedade. Todos devemos trabalhar juntos para criar um ambiente inclusivo, no qual todas as pessoas sejam valorizadas independentemente de sua origem étnica ou racial.

Voz da Comunidade Charge

E u não consigo dizer que a nossa cultura kaigang está sendo preservada enquanto o governo e as pessoas destroem o meio ambiente, que é muito importante para a herança da nossa cultura. É imprescindível que a natureza seja protegida para o bem de nossas tradições e costumes, mas não é só isso que estamos precisando para a preservação de nossa cultura. A cultura indígena é muito importante para a história do nosso país, porém ela está se perdendo um pouco pelo tempo, para que isso não aconteça nós precisamos das crianças para darem continuidade aos nossos ritos e crenças onde podem ser aprendidas principalmente nas escolas mas ainda falta muito investimento e divulgação.

Eu dou aula de língua kaigang duas vezes por semana apenas para as crianças na aldeia kakane porã onde apenas as crianças sabem falar nossa língua não tendo nenhum adulto que saiba o idioma para ajudá-las em praticar em casa ou fora do ambiente escolar ainda assim vejo um interesse por parte das

Não é a primeira vez que a rede de mercados tem denúncias de pessoas em aprender nossa língua e cultura, porém não existe nenhuma escola ou curso na cidade grande que possa atrair esse público, apenas algumas pequenas escolas no interior da região metropolitana de Curitiba o que dificulta a preservação de nossa rica cultura.

O que vem sendo feito que ajuda em nossa divulgação são as idas que alunos do EM fazem para seus trabalhos acadêmicos e as visitas promovidas pelas próprias escolas (tanto particulares quanto públicas) que fazem ao longo do ano em nossa aldeia. Quanto a imprensa? Aparece aqui poucas vezes ao longo do ano, em alguns anos foi só no dia do índio mas ainda ajuda em nossa divulgação.

Para que possamos transmitir mais nossa cultura estamos precisamos de fundo, sem investimento por parte do governo não tem como dar mais aulas, não tem como expandir nossa cultura e conhecimento para a cidade grande sem interesse por parte do governo que apenas vem aqui em busca de voto.

Edição 341 - 2023 | O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com | http://www.portalcomunicare.com.br

COORDENADOR DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL Rodolfo Stancki (DRT-8007-PR)

COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO

2 Curitiba, 15 de Março de 2021
Editorial
Expediente
Universidade Católica do
Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR Estudantes 3º Período de Jornalismo Álefe Carvalho Ana Carolina Oliveira Ana Clara Carneiro Ana Lúcia Sonntag Ana Paula Virgulino Andre Blatt Filho Arthur Zablonsky Augusto Vellozo Beatriz Mangili Caio Silva Davi Osório Dias Eduardo Oliveira Emilay de Oliveira Felipe Cesar Cubas Gabriel Rodrigues Gabrielle Tiepolo Gustavo Magalhães Helen da Silva Isadora de Abreu Isadora Lara Guerra João A. de Brzezinski João Pedro Butka Krissians Torres Lais Marquardt Lara Pereira Leticia Seixas Lucas Magnabosco Luiza Braz Manoela Gouvea Maria F. Rodrigues Maria G. Fachini Maria Júlia Neves Maria L. Baiense Mariana Aquino Mariana Machado Nathália de Borba Rodolfo Negrini Ryan Minela Tayná Machado Tobias Dietterle Vinicius Cardoso
Pontifícia
Paraná | R.
Ir. Rogério Renato Mateucci
DA
DE BELAS ARTES
DO CURSO DE JORNALISMO
Vinicius Cardoso
REITOR
DECANA
ESCOLA
Ângela Leitão COORDENADORA
Suyanne Tolentino De Souza COORDENADORA EDITORIAL Suyanne Tolentino De Souza
Rafael Andrade
TRADUÇÃO Ryan Minela FOTO DA CAPA Emilay de Oliveira
Rosana Solete Rodrigues, Professora Estadual de Língua Kaigangue

Ciclistas denunciam descaso com malha cicloviária da cidade

Opção dos ciclistas pelo tráfego nas canaletas da cidade apesar de proibição e riscos apontam descontentamento com malha cicloviária

Apesar da cidade de Curitiba contar com uma rede de ciclovias com cerca de 250 quilômetros de extensão - segundo dados da prefeitura -, parte dos ciclistas da cidade insistem em optar por trajetos que envolvam circulação pela canaleta. A via exclusiva para ônibus e veículos oficiais - como ambulâncias e viaturas -, registra em média 16 acidentes com ciclistas por ano, segundo índice da BPTRAN.

Nos últimos tempos, a bicicleta, que era uma prática de lazer, se transformou em meio de transporte, angariando adeptos e possibilitando uma condução mais sustentável e saudável destes para seus ambientes de trabalho, estudo e de convívio.

Este é o caso de João Pedro, assistente de vendas, que há 5 anos realiza seus trajetos pela cidade pedalando.

cada um minuto e meio e veículos oficiais excepcionalmente do que com milhares de carros, motos, caminhões e ônibus a todo instante”.

A falta de sinalização em trechos de cruzamentos das ciclofaixas com as vias e falta de manutenção em certos trechos de acesso das mesmas são outros pontos levados em consideração por João. “Com as rampas de acesso impróprias para circulação, vira um sobe e desce do meio-fio que estraga a bike”.

ele

À reportagem, Fernando denuncia um descaso da gestão pública com os ciclistas da cidade.

Para ele o motivo de muitos optarem pela circulação na canaleta é por enxergarem ali um refúgio a sua invisibilidade em meio ao trânsito da cidade.“O ciclista não se considera um elemento do trânsito e trafega por onde é mais seguro para ele, como na calçada, contramão, canaleta… Ninguém opta por correr o risco de um acidente”.

O poder público ainda tem uma visão do ciclismo como prática de lazer, não acompanhando a evolução nos últimos anos para um meio de transporte.

As ciclovias da cidade, apesar de extensas, por muitas vezes falham em possibilitar um tráfego veloz, seguro, com conforto e fluidez para os ciclistas ao encontro de seus compromissos. Levando assim os ciclistas a optarem por trajetos e rotas de maior risco para sua permanência no trânsito.

Um levantamento realizado em 2018 pela Associação Transporte Ativo, constatou que Curitiba é a capital com maior índice de ciclistas que passaram a utilizar bicicletas como meio de transporte em menos de seis meses.

Ou seja, há cada vez mais adeptos ao meio na cidade. Por isso é necessário que haja uma escuta por parte da prefeitura para que o ciclista saia desta posição de invisibilidade que ocupa atualmente no trânsito da cidade. Garantindo um tráfego mais seguro para os ciclistas em seus trajetos.

Ele conta que tenta evitar ao máximo circular pela canaleta ao lados dos bi-articulados em alta velocidade, porém acaba optando em seu trajeto para o trabalho pois não há ciclovia que ligue a região de sua casa até a de seu serviço.

Além da inexistência de ciclovias que possibilitem seu translado, para ele: “é melhor se preocupar com apenas os bi-articulados a

Com um trabalho ativo na representação dos ciclistas de Curitiba, Fernando Rosenbaum é sócio da Bicicletaria Cultural, referência de apoio e acolhimento aos ciclistas urbanos.

Ele também é conselheiro da Associação Dos Ciclistas do Alto Iguaçu, instituição que tem como objetivo representar os ciclistas na esfera política.

Para Fernando, as vias calmasfaixas externas à canaleta, destinadas a uma circulação conjunta de automóveis e ciclistas - são a grande solução para migrar os ciclistas para uma faixa segura. Desde que a primeira via foi implantada, em 2014, uma contagem fracionada de ciclistas realizada pela Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu constatou que 80% optam pela via calma ao invés da canaleta.

Maior segurança aos ciclistas no trânsito contribuiria para uma adesão de grande parte da população a inclusão do pedal no dia a dia. Muitos interessados na prática não se sentem seguros para estarem iniciando em meio a um trânsito que ignora ciclistas.

A partir de medidas de incentivo de sua prática, como inclusão intermodal, benefícios para quem opte pelo uso da bicicleta, vestiários e bicicletários que os ciclistas ocuparão um espaço digno no trânsito.

Leia mais confira uma conversa com o Fernando Rosenbaum sobre a situação dos ciclistas na cidade

3 Curitiba, 15 de Março de 2021 Editoria
O ciclista não se considera um elemento do trânsito e trafega por onde é mais seguro para
” portalcomunicare.com.br
João Alexandre de Brzezinski 3º Período Na canaleta da Avenida Marechal Floriano Peixoto é comum a circulacão de ciclistas Em média, são registrados 16 acidentes por ano envolvendo ciclistas nas canaletas

Com poucas opções de comércio, Rua 24 Horas afasta clientes

Dos 42 espaços comerciais de um dos principais pontos turísticos da cidade, apenas 10 estão ocupados atualmente

ARua 24 Horas está vazia. Há poucas pessoas circulando e poucas opções de comércio. O local, antes conhecido também pelas apresentações culturais, há tempos não tem eventos. Atualmente, o ambiente tem 42 espaços, porém apenas 10 lojas ocupam o local.

A falta de opções no local está decepcionando os turistas que vão visitá-la, como mencionam Florença Dolsa e Mariana Bogari, do Paraguai. “A rua parecia ter mais coisas e movimento. A beleza é algo mais estrutural. Poderia ter mais atrativos e nos decepcionamos por não ser 24 horas conforme o nome e não pretendemos voltar”.

A Rua 24 horas foi fundada em 11 de setembro de 1991, em formato de 32 arcos de metais tubulares em branco. Há dois relógios em cada entrada, que marcam o tempo em 24 intervalos e além de conter o teto de vidro. Foi a primeira rua com este estilo no Brasil. O arquiteto do projeto foi Abrão Assad, o mesmo que desenvolveu o Jardim Botânico. Quando foi inaugurada contava com bares, restaurantes e comércios que funcionam 24 horas.

Contudo, em 2007, o funcionamento mudou e os comércios passaram a fechar às 23h. No mesmo ano, a prefeitura percebeu a necessidade de fazer revitalização por estar deteriorada. Em 2011, ela foi reinaugurada com funcionamento das 9h às 23h. Os elementos arquitetônicos foram preservados.

Mesmo após o fechamento da rua para a revitalização, a circulação já não era a mesma. Porém, a pandemia do Covid-19 afetou ainda mais. E isso não foi exclusividade do ponto turístico curitibano. Só no estado do Paraná, a crise sanitária provocou o fechamento de 9.500 estabelecimentos comerciais, segundo a Confederação Nacional do

A Rua 24 horas sem circulação de pessoas e com as lojas fechadas

Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

Na Rua 24 Horas, como conta a funcionária Erica Santos, que trabalha na Make Cosmética Urbana, o fluxo de vendas diminuiu mais de 80% após pandemia. “Na nossa loja havia sete funcionárias, agora só tem eu. Quem acaba comprando é quem conhece a loja, os turistas não entram.”

Atualmente, a Rua 24 horas é administrada pela Urbanização de Curitiba, empresa responsável por equipamentos, espaços públicos e também pelo sistema de transporte. De acordo com Nádia Gusi, funcionária da Urbs e administradora da rua, as lojas que estão vazias serão ocupadas.

Um projeto de licitação dos espaços não utilizados foi rea-

lizado no dia 31 de janeiro deste ano, quando foram arrematadas quase todas as lojas. No dia 2 de março de 2023 foi efetuado a locação do último espaço vazio para comércio. Ao total irão entrar sete novas lojas na rua, que possuem um prazo de 60 dias para estarem em operação.

O processo de licitação é feito por um modelo de ficha de proposta no edital da Urbs, que depois é preenchida com o valor ofertado para espaço de ocupação. Pessoas jurídicas e físicas podem ser locatárias. O espaço é alugado para quem cumprir os requisitos e tiver ofertado o melhor valor. Após a ocupação é possível manter sua loja por cinco anos.

Vale ressaltar que o processo para alugar é difícil, devido às burocracias e licitações, como

menciona Thiago Cesar Martins Ribeiro, dono da loja de ótica Vyx Eyewear. Isso influencia novos comerciantes a não procurarem o local.

Com a linha turismo parando ali, a ocupação dos espaços vazios e uma realização de limpeza na parte de cima da rua para manter a preservação, espera-se que aumente os movimentos.

Leia mais

Lojas ainda presentes na Rua 24 horas e seus contatos

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4 Curitiba, 15 de Março de 2021
Beatriz Mangili
Editoria
Beatriz Mangili 3º Período
“Na nossa loja havia sete funcionárias. Agora só tem eu. Quem acaba comprando é quem conhece a loja. Os turistas não entram”
24
Beatriz Mangili
As fachadas das lojas fechadas da Rua
horas

ONGs arrecadam recicláveis para doações de cadeiras de rodas e fraldas

Campanhas usam a reciclagem de tampas de garrafa e lacres de alumínio para ajudar pessoas carentes em Curitiba.

Em Curitiba, organizações sociais têm arrecadado tampas plásticas e lacres de alumínio para auxiliar pessoas com deficiência. Esses projetos vendem a coleta desses materiais para recicladoras e usam o dinheiro da venda para compra de produtos e equipamentos que serão doados.

Um exemplo desse tipo de trabalho é a ONG Tampinha Solidária, que incentiva a arrecadação de todos os tipos de tampas plásticas e usa o dinheiro adquirido na venda desses itens para compra de fraldas geriátricas que são doadas para lares de idosos carentes. O projeto conta com mais de 100 pontos de coleta espalhados pelos bairros de Curitiba e só aceita doações de tampinhas. Desde seu início, em 2018, a quantidade de tampas arrecadadas anualmente foi de 668 para 43.340 quilos, em 2022.

A ONG usa 100% do dinheiro arrecadado com as vendas das tampinhas para compra de fraldas, que é realizada em São Paulo por conta do custo benefício, e enviada para Curitiba por uma transportadora parceira.

Com a coleta de janeiro e fevereiro de 2023, o Asilo São Vicente de Paulo, uma das instituições parceiras da “Tampinha Solidária”, conseguiu arrecadar 7.800 unidades de fraldas. Segundo Mônica Lass, responsável pelas doações do lar de idosos, são necessários um quilo e meio de tampinhas para uma unidade de fralda. O lugar é um dos maiores pontos de coleta do projeto e recebe doações de lacres e tampas diariamente.

Segundo a voluntária Luna Marchini, “projetos como a Tampinha Solidaria são de extrema importância no nosso meio social, pois proporcionam uma melhor qualidade de vida aos idosos”.

As doações de tampas e lacres são realizadas em pontos de coleta e qualquer quantidade pode ser doada. ambiente, ao mesmo tempo que se está ajudando pessoas carentes. “Muita gente fica dizendo que gostaria de fazer algo a mais pelo planeta, mas não fazem o mínimo: reciclar”.

andadores e cadeiras de banho, com a meta de ajudar pessoas com mobilidade reduzida ou sem mobilidade. A campanha “Eu Ajudo na Lata” existe desde 2013 e durante esse período, foram

O voluntário da ONG, Sandro Moreira da Silva também afirmou que a campanha não exige qualquer recurso financeiro das pessoas que ajudam o projeto. Ele também esclarece que todo processo de destinação das tampinhas é transparente.

A organização social do Instituto Unimed Curitiba coleta lacres de latas de alumínio que são revertidos em cadeiras de roda,

doados 42 equipamentos para 15 organizações sociais diferentes. O Instituto também conta com o “Atitude na Tampa”, uma campanha que tem o mesmo propósito que a Tampinha Solidária.

A musicista Karina Graf Morozowicz, que ajuda essas ONGs há anos, afirma que a importância desses projetos está justamente em evitar que mais plástico seja descartado no meio

A reciclagem de tampas e lacres também é promovida por organizações que têm o objetivo de contribuir com a causa animal, como é o caso da ONG “Ecopet”, que usa 100% do dinheiro da venda desses itens para castrar e providenciar ração e abrigo para cães e gatos abandonados. Segundo o criador da campanha, Gerson Navarro, a castração desses animais é fundamental para evitar o aumento de animais desabrigados.

Navarro também afirma que “Estamos nesse mandato em vigor, sem ninguém como vereador e deputado estadual que realmente briga por justiça e benefícios aos animais de rua em geral. Mas continuo firme com o projeto fazendo minha parte”.

Leia mais

Conheça os pontos de coleta da Tampinha Solidária

5 Curitiba, 15 de Março de 2021 Cidades
“Projetos como esse são muito relevantes pois trabalham sustentabilidade em suas três vertentes: social, ambiental e econômico ”
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Letícia Seixas Letícia Seixas 3º Período Para a compra de uma cadeira de rodas, são necessários aproximadamente 100 quilos de lacres de alumínio. Letícia Seixas

Curitiba registra mais de 300 casos de importunação sexual em 2022

Somente no ano de 2022, no Paraná, foram registrados 2.263 casos. Previsto no Código penal, desde 2018, com uma pena que pode variar de um a cinco anos de prisão.

N o ano de 2022, o Paraná registrou 2.263 denúncias de importunação sexual. Só em Curitiba foram registrados 335 casos. Segundo o relatório de ocorrências criminais publicado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (SESP/PR), houve um aumento de 24% de casos de importunação sexual no Estado em relação ao ano de 2021.

Desta forma, o ambiente público é o um dos locais em que mais se registra esse tipo de crime. Os 520 boletins de ocorrência sobre importunação sexual computados pela SESP no último ano se referem a crimes praticados em espaços públicos, e 71 dos casos foram em “ambientes de alimentação e diversão”, como bares e restaurantes.

Vítima de assédio em um transporte público, uma mulher ouvida pela reportagem e que preferiu não ser identificada, relata o trauma. “Tinha 17 anos na época, estava grávida e voltando do meu curso. O ônibus estava lotado. Fiquei em pé e o homem atrás estava se esfregando em mim. Eu o empurrei e ele simplesmente saiu dando risada e me chamando de louca”.

A quantidade de casos registrados em ambientes públicos só fica atrás daqueles praticados

minha avó, um homem em um carro branco parou na frente do portão, abriu a porta do carro e começou a se masturbar na minha frente e dos meus primos, tínhamos entre 6 e 8 anos”. Segundo o levantamento

Canais de denúncia

A importunação sexual pode ser denunciada tanto pela vítima quanto por alguém que presenciou o crime

• Disque Denúncia

181

• Guarda Municipal (atendimento 24h):

153

• Polícia Militar (atendimento 24h):

190

O que diz a lei

As mulheres no estado ainda lidam com uma série de desafios para conquistar seu espaço, e o assédio é um dos maiores obstáculos à integridade física e psicológica da mulher.

Porém, a Justiça brasileira deu importantes passos. Até 2018, casos de assédio na rua, no transporte público, como toques e passadas de mão, por exemplo, eram difíceis de serem enquadrados como crimes pela falta de tipificação na legislação brasileira, restando às mulheres apenas o silêncio. Mas essa realidade mudou.

• Assessoria de Direitos

Humanos - Política para Mulheres

(41) 3221-2746

Rua Barão do Rio Branco, 45 - 9º andar

• Casa da Mulher Brasleira

(41) 3221-2701 e 32212710

na própria residência da vítima, onde ocorreram 756 atos.

A assistente administrativa Giovana Michels, de 24 anos, também relatou uma experiencia traumatica na rua. “Estava brincando na frente da casa da

da SESP, em 57% dos boletins de ocorrência no Paraná, as vítimas tinham entre 12 e 24 anos e 37% envolviam vítimas entre 12 e 17 anos.

A Lei Federal nº 13.718/2018, mais conhecida como Lei de Importunação Sexual, tornou crime praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”, com pena que pode variar de um a cinco anos de prisão.

Avenida Paraná, 870Cabral

• Delegacia da Mulher:

(41) 3221-2742 e 32212745

Avenida Paraná, 870Cabral

Leia mais

Veja os canais de denúncia disponíveis em Curitiba

6 Curitiba, 15 de Março de 2021 Cidades
“O ônibus estava lotado, fiquei em pé e o homem atrás estava se esfregando em mim”
Houve um aumento de 24% de casos em Curitiba em relação ao ano de 2021.
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Mais de metade das vítimas tinham entre 12 e 24 anos. Emilay Aguiar Emilay Aguiar Emilay Aguiar 3º Período

Curitiba registers more than 300 cases of sexual harassment in 2022

Only in the year 2022, in Paraná, 2,263 cases were registered. Provided for in the Criminal Code, since 2018, with a penalty that can range from one to five years in prison.

In the year 2022, Paraná registered 2,263 reports of sexual harassment. In Curitiba alone, 335 cases were registered. According to the report of criminal occurrences published by the State Department of Public Safety of Paraná (SESP/PR), there was an increase of 24% in cases of sexual harassment in the state compared to the year 2021.

Thus, the public environment is one of the places where this type of crime is most commonly registered. The 520 sexual harassment reports computed by SESP last year refer to crimes committed in public spaces, and 71 of the cases were in “eating and entertainment environments”, such as bars and restaurants.

Victim of harassment on public transportation, a woman heard by the report, who preferred not to be identified, recounts the trauma. “I was 17 at the time, pregnant and returning from my course. The bus was crowded. I stood up and the man in the back was rubbing himself on me. I pushed him, and he just burst out laughing and calling me crazy.

The number of cases registered in public places is second only to those committed in the victim’s own home, where 756 acts occurred.

masturbating in front of me and my cousins. We were between 6 and 8 years old”. According to the SESP survey, in 57% of the occurrence reports in Paraná, the victims were between 12 and 24 years old, and 37% involved

reporting channels

Reporting channels. Sexual harassment can be reported either by the victim or by someone who witnessed the crime:

• Disque Denúncia

181

• Municipal guard ( 24h service):

153

• Military Police (24h service):

190

in conquering their space, and harassment is one of the greatest obstacles to the physical and psychological integrity.

However, the Brazilian justice system has taken important steps. Until 2018, cases of harassment on the street, on public transportation, such as touching and passing hands, for example, were difficult to be framed as crimes due to the lack of typification in Brazilian legislation, leaving women with only silence. But this reality has changed.

• Human Rights Advisory Office - Women’s Policy

(41) 3221-2746

Rua Barão do Rio Branco, 45 - 9º andar

• Casa da Mulher Brasleira

The administrative assistant Giovana Michels, 24 years old, also reported a traumatic experience on the street. “I was playing in front of my grandmother’s house, a man in a white car stopped in front of the gate, opened the car door and started

victims between 12 and 17 years old.

What the law says

Women in the state are still dealing face a number of challenges

Federal Law №13,718/2018, better known as the Sexual Harassment Law, made it a crime to practice libidinous acts against someone without their consent in order to satisfy one’s own lust or that of a third party, with a penalty that can range from one to five years in prison.

(41) 3221-2701 e 32212710

Avenida Paraná, 870Cabral

• Women’s Policy:

(41) 3221-2742 e 32212745

Avenida Paraná, 870Cabral

See the reporting channels available in Curitiba

7 Curitiba, 15 de Março de 2021 Citys Leia mais
“The bus was crowded, I stood up and the man behind was rubbing up against me.”
There was a 24% increase in cases in Curitiba compared to 2021.
More than half of the victims were between 12 and 24 years old.
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Emilay Aguiar Emilay Aguiar Emilay Aguiar 3º Períod

Feiras em Curitiba se preparam para as vendas no inverno

Chegada do frio faz com que os consumidores busquem outras opções de compra, legumes passam a ser mais procurados nessa época do ano

C om a mudança de estação, produtores rurais começaram a introduzir alimentos da safra de outono e inverno em Curitiba. A cidade conta com 10 tipos de Feiras Livres, que são coordenadas pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. Estas ocorrem em ruas, praças e parques da cidade, em dias e horários pré-definidos.

A mudança no perfil de alimentos surge num período de crescente nas vendas para os feirantes. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, divulgado na primeira quinzena de Abril, a inflação na região de Curitiba desacelerou um pouco em relação a fevereiro, ficando em 1,03%. Quando se analisa a

de

no frio. Alimentos ricos em vitamina C, como a cenoura e vegetais verde-escuro, ajudam no fortalecimento da imunidade, através dos antioxidantes. Sopas e legumes refogados são uma alternativa para o consumo desses alimentos”.

variação dos preços dos alimentos e bebidas, neste período, os consumidores de Curitiba gastaram 6,73% a mais.

Adquirir alimentos da época é uma forma para ajudar na economia doméstica e incrementar a dieta, principalmente o consumo de mercadoria de produção própria, colhidos e vendidos por feirantes locais.

O professor de Gastronomia da PUCPR Vavo Krieck enfatiza que alimentos sazonais são mais fáceis de serem encontrados e mais baratos, valorizando a importância das feiras locais para a população.

Além disso, os feirantes têm se preparado para a chegada do inverno através da produção de alimentos com maior demanda.

“Nós mesmos produzimos os nossos produtos, em Tijucas do Sul, mas a safra está mais ou menos. Perdemos bastante por causa da chuva. Voltamos

a produzir cenoura e brócolis por agora, a couve-flor subiu bastante por conta da chuva”, relatou o feirante Everson Xavier.

O consumo de grãos possui uma tendência maior de aquisição, segundo os feirantes locais. “Os alimentos que mais vendem são feijão, ervilha e lentilha. As vendas aumentam um pouco. Faz uma diferença para a gente no ano. Vejo que as comidas quentes são mais consumidas, então temos uma demanda maior que as outras barracas de frutas e verduras”, relatou Josefer Rafael da Banca de Cereais Família Buiar.

Outro diferencial para as feiras é a produção de comidas típicas da estação, como pinhão, quentão e pamonha. Por isso, há um planejamento por parte dos produtores para as vendas. “A gente já está acostumado com a demanda alta na produção de pamonha nesta época do ano. Contratamos mais funcionários

para atender principalmente a partir de junho”, diz Gabriele Souza, 24 anos, feirante.

Alimentos mais procurados

A mudança de estação também interfere na safra dos alimentos e no cenário gastronômico local. O professor Vavo Krieck acrescenta que com a chegada do frio há a necessidade de consumo por alimentos mais ricos em gorduras, mais substanciosos. “Os pratos mais ricos em energia são os mais vendidos, como sopas e caldos, a fim aquecer o nosso corpo”. Para ele, existe a tendência para o consumo de grãos, como feijão e ervilha, além dos tubérculos e raízes, que são os principais alimentos da época.

De acordo com os consumidores locais, os alimentos provenientes de municípios próximos tendem a apresentar melhor qualidade por conta do transporte e armazenamento. “Compro brócolis, couve, abóbora e abobrinha. Sempre venho à feira Água Verde porque é perto de casa e de boa qualidade. Não vejo uma diferença nos preços dos alimentos. Tem coisa que sobe e desce, mas independe da estação, vejo que as folhas, como alface, aumentam um pouco”, relatou Regina Santana, ceramista.

A nutricionista Stephane Kock afirma que alimentos frescos e da estação são mais nutritivos e benéficos para o organismo. “Nosso corpo precisa de mais imunidade para combater possíveis doenças respiratórias

Saiba mais

Confira uma receita especial para o inverno

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8 Curitiba, 15 de Março de 2021 Cidades
Ana Lúcia Sonntag, Isadora Abreu, Maria Fernanda Carvalho e Mariana Aquino 3º Período
“Nosso corpo precisa de mais imunidade para combater possíveis doenças respiratórias no frio”
A feira do Rebouças, localizada na rua Nunes Machado, é uma das feiras livres Curitiba Ana Lúcia Sonntag Mariana Aquino Grãos, como feijão fradinho da Banca de Cereais Família Mercês

Curitiba aceitará criptomoedas para o pagamento do IPTU em 2024

Lei visa flexibilizar a forma de pagamento e acompanhar a modernização tecnológica

Inovação, rapidez e facilidade. Essas são características que norteiam e conduzem a sociedade para a utilização de novas tecnologias capazes de melhorar o seu cotidiano, principalmente no que tange à ativos financeiros. É com este objetivo que em 2022 foi criado um projeto de lei em Curitiba, que visa o recebimento de ‘ativos de criptomoedas’, mediante o credenciamento de empresas especializadas, para pagamento dos tributos municipais, criado pela vereadora Noemia Rocha (MDB). A lei, que

também comenta que a população terá maior acesso à tecnologia, e como resultado será uma oportunidade de aprendizado.

“Muitas pessoas têm medo de usar os criptoativos pois não sabem como eles funcionam”.

O especialista ressalta que investir em criptomoedas no momento está complicado. ”Principalmente se a pessoa não sabe o que está fazendo. De 10 empresas que eu vejo no mercado, 9 são fraudes.” Ele adverte que os maiores problemas envolvendo

um maior acesso ao consumo e ao mercado financeiro, quando antigamente isso era controlado pelos bancos”, declara.

Os bancos têm uma série de limitações pela própria legislação, ao contrário das corretoras de criptoativos que não possuem uma regulamentação. Tendo em vista que os sistemas bancários exigem o pagamento de taxas, isso não existe na mesma escala quando o assunto é criptomoedas. “Os bancos vão querer se modernizar para

Ainda segundo Noemia Rocha, é uma tendência que órgãos públicos aceitem pagamentos com moedas digitais. Assim, como a capital paranaense carrega o lema de inovação, não se atualizar nesse setor poderia ser prejudicial em um tema de relevância global. “Curitiba, como sabemos, é pioneira em ações e mecanismos de inovação tecnológica, dispondo, inclusive, de um polo específico para estudo e desenvolvimento de tecnologia avançada, como é o ‘Vale do Pinhão’”.

O que são Criptomoedas

foi aprovada pela Câmara Municipal, estava prevista para entrar em vigor ainda nesse ano.

Entretanto, o projeto não foi concluído no prazo previsto e segundo a vereadora. O motivo é devido à falta de tecnologia e comunicação entre as secretarias. “É um processo que pode levar em torno de 8 meses”. A proposta da parlamentar foi encaminhada pelo presidente da Casa Legislativa, Tico Kuzma (PROS), ao prefeito Rafael Greca (PSD), mas a vereadora afirma que “já me informaram que será sancionada”, e a nova previsão é para 2024.

“Considerando a estrutura já consolidada do município de Curitiba, somada à necessária atualização e modernização dos instrumentos de arrecadação fiscal, a meta é priorizar racionalidade e eficiência, voltados à adequação tecnológica”, diz a vereadora. A autora do projeto declarou que Curitiba aceitar essa nova forma de dinheiro, ajudará a população a manter o pagamento de impostos em dia.

Para o advogado Átila Lima, especializado em direito digital no Advogados Cripto, a lei é muito relevante para a cidade e todo o estado, pois flexibiliza a forma de pagamento e acompanha a modernização tecnológica. Lima

as criptomoedas são os golpes e as lavagens de dinheiro.

A respeito do processo de aceitação do ponto de vista da população, o advogado assegura que será praticamente igual ao pix. “Quando ele surgiu ainda existiam muitas pessoas apegadas ao dinheiro, hoje em dia a maioria utiliza.” Mas, também reforça que para usar as criptomoedas, é necessário ter um certo entendimento sobre a modalidade.

De acordo com Noemia Rocha, qualquer pessoa, como um pequeno empreendedor, poderá usar este novo recurso para o pagamento de impostos. Ela comenta que as criptomoedas se tornaram ativos financeiros de imensa popularidade na economia mundial e já constituem formas alternativas à “estatização da moeda”, conforme se observa nas inúmeras operações realizadas por meio do ambiente virtual.

Segundo o advogado Vitor Benin, que atua na área de direito digital e é investidor de criptomoedas, a essência é descentralizar e retirar o controle do estado, deixar as pessoas mais livres para transacionar entre criptomoedas sem necessidade de se utilizar do sistema bancário ou de qualquer outro mecanismo. “A modalidade proporciona às pessoas

não ficarem para trás. Vários já estão implementando o uso das moedas digitais “, explica Benin. A autora da lei lembrou que o município do Rio de Janeiro (RJ) é a primeira capital brasileira a aceitar criptomoedas como meio de pagamento, com ajuda de corretoras que convertem as moedas digitais em dinheiro fiduciário. O Brasil é o primeiro e único país, além dos Estados Unidos, a ter caixas eletrônicos da Coin Cloud. Atualmente são quatro em São Paulo, um no Rio de Janeiro e agora um também no Paraná.

Localizado no Shopping Curitiba existe o primeiro caixa eletrônico de bitcoins e outras criptomoedas do estado. O equipamento foi instalado pela Coin Cloud Brasil e permite a compra e venda de moedas digitais usando reais. O valor mínimo para transação é de R$10 para compras e de R$ 50 para vendas.

Para além disso, o Brasil já é um dos cinco países mais investidores em criptomoedas de todo o mundo, o que também faz com que Curitiba seja, naturalmente, um dos polos para os quais os olhares sempre irão se voltar quando o assunto é tecnologia. De forma geral, isso abre portas para recursos que podem ser fundamentais para o desenvolvimento tecnológico dos municípios.

Entenda do que se tratam as moedas digitais.

As criptomoedas são moedas virtuais, que surgiram por meio de mineração feita no blockchain (espécie de livro contábil público, armazenado na rede e que funciona como um banco de dados que armazena de forma segura e transparente tudo que é colocado nele). Portanto, elas só vão existir na internet, não sendo possível guardar na conta corrente, corretoras comuns ou em cofres, apenas em carteiras digitais específicas chamadas de Exchanges (empresas que permitem que os clientes negociem criptomoedas ou moedas digitais por outros ativos). Uma das moedas mais famosas é o Bitcoin, e apesar da volatilidade dos preços, existem moedas mais estáveis.

Leia mais Saiba como evitar fraudes e golpes envolvendo Criptoativos.

9 Curitiba, 15 de Março de 2021 Economia
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“É necessária a atualização e modernização dos instrumentos de arrecadação fiscal.”
Shopping
Curitiba existe o primeiro caixa eletrônico de bitcoins e outras criptomoedas do Paraná. Maria julia Alves Neves Maria Julia Alves Neves 3º Período

Praticantes de parkour buscam legitimação para esporte em Curitiba

Capital paranaense possui um dos principais eventos da área realizados no Brasil. Especialistas estimam que a modalidade tem centenas de adeptos na cidade

Apesar de não estar nos holofotes, o parkour em Curitiba está pulsante. Há dois anos, a cidade recebe o PK CWB, um dos principais eventos voltados à prática no país. Pelas ruas e praças, os praticantes treinam à espera de apoio e de projetos voltados ao estímulo da modalidade.

Em 2021, um grupo de adeptos ao esporte se mobilizou para organizar uma competição de parkour em modelo híbrido, com os competidores gravando vídeos realizando desafios por toda a cidade. A reunião de todos ocorreu somente no último dia da programação. Ruan de Souza, professor de educação física e praticante de parkour, foi uma das pessoas responsáveis pela organização do PK.CWB League 2021.

De acordo com ele, esse primeiro evento reuniu oito inscritos. A edição seguinte, em 2022, reuniu o dobro: 16 inscritos. A terceira edição da competição aconteceu entre os dias 21 e 23 de abril deste ano e reuniu um total de 22 competidores de quatro estados do Brasil

De acordo com Thales Machado, professor de educação física e praticante de parkour há 17 anos, o esporte passou por muita transformação no imaginário social. “Eu consegui acompanhar essa mudança que o parkour sofreu no aspecto social. Eu sou da época em que parkour era coisa de ladrão. Hoje em dia tem mãe que olha e coloca o filho nessa prática.”

O praticante reforça que o esporte ainda é mal visto no imaginário social. “Um bom exemplo é a praça 29 de Março, alí é um berço do parkour em Curitiba, sabendo disso tem policiais específicos que ou atrapalham nosso treino ou até fazem enquadro nos praticantes com a ‘abordagem de rotina’ apesar de saberem que são pessoas que estão ali pra treinar.”

Para Machado, um espaço público específico para a prática de parkour contribuiria para a

legitimação do esporte. “Ia ser mais um degrau nesse aspecto social pro Parkour subir. A partir do momento que a prefeitura abraçar isso, fica muito mais fácil para um cidadão que nunca ouviu falar, entender que aquilo é um esporte.”

No momento, existem dois projetos de Parkour Park aguardando execução. Um em Pinhais e outro em Curitiba. Ambos foram projetados por Guilherme Rocha de Oliveira, praticante de parkour que na época era arquiteto e hoje atua como fotógrafo para escritórios de arquitetura. Ele explica que “no primeiro projeto a ideia era de um espaço controlado: com catraca, cadastro e possibilidade de marcar horários”, mas que ainda devolvesse para a comunidade “com possibilidade de aulas gratuitas de parkour”.

O outro projeto, em Curitiba, tinha uma proposta levemente diferente. Oliveira trabalhou em conjunto com a Fábrica de Formas, uma empresa de design

de paredes de escalada. “A ideia era atender um público mais infantil, então a nossa preocupação era fazer um lugar seguro para todas as idades”, explica.

Atualmente, não existem espaços públicos próprios para a prática de parkour na cidade. Existe a academia Ponto B, uma iniciativa privada. Nesse caso, as aulas são ministradas dentro de um espaço fechado, controlado e com a supervisão de instrutores e obstáculos fabricados especialmente para a prática.

Para Cassio Junior, dono da academia de parkour Ponto B, as academias de parkour têm um papel fundamental na profissionalização do esporte. “Com isso, surgem metodologias, melhores equipamentos, ambientes mais seguros e controlados. Além disso, criou-se um mercado no qual aqueles praticantes que gostam do parkour podem se profissionalizar, tornando-se professores.”

A cidade tem a função de receber seus cidadãos e os praticantes de parkour não tem sido tratados com dignidade enquanto praticam esse esporte que reclama o espaço público para uso público. Um espaço público próprio para essa prática sinalizaria para essa comunidade que a cidade também é deles.

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Ebitas voluptaes dolut ipienia evelibus ipsandi unt, ium rem con.

10 Curitiba, 15 de Março de 2021
portalcomunicare.com.br Esporte
“A partir do momento que a prefeitura abraçar isso, fica muito mais fácil para um cidadão que nunca ouviu falar, entender que aquilo é um esporte.”
Ruan de Souza, um dos organizadores do PK CWB League 2023, reune os competidores. Arthur Correia Zablonsky Gabriel Angelis, praticante de Sao José dos Campos, realiza um salto. Arthur Correia Zablonsky Arthur Correia Zablonsky

Festival Olhar de Cinema exibe filmes paranaenses e curitibanos

Desde sua criação, o evento exibiu mais de 900 filmes em todo o mundo, com espaço para filmes ‘independentes’, feitos por pequenos produtores sem vínculo com grandes estúdios

OOlhar de Cinema, que surgiu em Curitiba em 2012, chega à sua 12ª edição em 2023 e será realizado entre os dias 14 e 22 de junho. Após dois anos de edições virtuais e híbridas, o festival retoma 100% presencial, com o propósito de celebrar “a existência e a resistência das pessoas que realizam o cinema brasileiro”. Organizada pela Grafo Audiovisual, produtora curitibana, a programação dá destaque aos títulos paranaenses.

Neste ano, pela primeira vez na história do festival, a abertura se dará na Ópera de Arame, e contará com a exibição do longa-metragem Casa Izabel, dirigido por Gil Baroni. É a primeira vez que um filme paranaense abre o festival.

O produtor Antonio Gonçalves Junior, é um dos idealizadores do evento e assina a direção artística “[O Olhar de Cinema surgiu] de uma vontade de compartilhar alguns filmes que a gente via fora do Brasil, ou em outros festivais nacionais, mas que acabavam não sendo exibidos em Curitiba”. O diretor explica que em 2012, a cena audiovisual da cidade estava em desfalque, pois três importantes festivais cinematográficos haviam sido descontinuados. “Então a gente falou ‘vamos criar um festival, uma amostra pequenininha, para compartilhar alguns desses filmes interessantes que estão circulando o mundo e não chegam em Curitiba’. Criamos um projeto, mandamos para a Lei Rouanet, aprovamos e captamos [os recursos]”.

Junior conta que o evento surgiu com um caráter muito parecido com o que tem hoje, “o festivalmudou pouco no seu conceito, no seu formato, no tipo de filme exibido. Claro que a gente tem que ajustar porque são outros tempos, mas, assim, a linha da curadoria, a essência de 2012 é igual à de 2023”, ressalta.

O Olhar de Cinema, durante suas 11 edições, se tornou uma referência e uma fonte de inspiração para cineastas independentes, que produzem suas obras sem ligação com grandes estúdios “Nosso festival é um espaço que todo mundo conhece dentro do circuito desse tipo de cinema [independente. É uma referência hoje no Brasil. Neste ano, recebemos, só de realizadores brasileiros, 125 longas inéditos. De todos esses, a gente tem que selecionar seis. Apesar de muito novo, comparado com os festivais de Gramado e Brasília, conseguimos galgar um espaço dentro desse circuito de festivais brasileiros que são realizados anualmente”.

Apesar da história consistente de realização do Festival há 11 anos, Junior relata que a busca pela verba que viabiliza o projeto

nunca fica mais fácil. “O desafio é sempre fazer o festival, porque todo ano a gente começa do zero. A gente achou que depois de um certo período, depois de certas edições, estaríamos tranquilos em relação ao patrocínio para fazer o evento. Mas não rola isso. A gente acaba o festival em 22 de junho e começa a cap-

do

pre privilegiamos filmes que se arriscam, filmes que fujam de um olhar tradicional”.

Segundo Junior, o objetivo é trazer ao público curitibano experiências cinematográficas diferentes dos filmes hollywoodianos que dominam as salas da capital, por meio de filmes

gente fosse encontrar filmes muito semelhantes, e, na verdade, os filmes têm coisas muito únicas.” Ela também explica como funciona o processo de seleção: “o primeiro processo é realmente fazer essa peneira e montar as seções. Aí, vem a parte difícil da coisa. Tem muitos filmes que a gente gosta, mas

incríveis

tar pro ano que vem sem nenhuma perspectiva de ter alguma renovação daquelas empresas. Todo ano a gente começa do zero”. Além da dificuldade em angariar patrocínio, ele afirma que a produção do festival passa por problemas para garantir as salas de exibição. “Principalmente depois da pandemia, temos enfrentado muita dificuldade com salas de cinema. No oitavo ano do festival, que foi o último ano antes da pandemia, tivemos salas do Itaú, duas salas do Cine Passeio e duas salas do Batel. A gente perdeu as três salas do Itaú. Isso foi um baque muito grande. No ano passado, até conseguimos substituir com o Cinemark, mas este ano não vai rolar, por causa dos lançamentos hollywoodianos no mesmo período. A gente tá meio órfão de salas de cinema”, brinca o diretor.

Sobre a expectativa para a edição deste ano, ele conta que a cada ano se apaixona pelas películas selecionadas. “A gente tá com uma programação super massa, todo ano eu me encanto. A seleção está incrível. A cada ano, as seleções me agradam mais. Eu acredito muito na seleção desse ano, está muito equilibrada”. Ele explica como a seleção dos filmes ocorre: “sem-

que experimentem com diferentes linguagens e códigos. “A gente não quer pôr algo lá que ninguém consiga entender, que seja completamente cifrado e codificado. Então, se a pessoa busca o Olhar de Cinema, ela sabe que o perfil é de filmes que trabalham com a linguagem cinematográfica como elemento principal”. Na mostra competitiva, tanto internacional como brasileira, ainda existe a fuga do padrão do cinema tradicional, mas com uma linguagem mais compreensível e palatável para o público geral.

Gabriel Borges, responsável pela curadoria de longas-metragens, comenta que o processo é cansativo, mas muito enriquecedor. “Começamos a ter um panorama da produção tanto internacional quanto brasileira. É um panorama muito propositivo, o Olhar tem esse gosto de exibir filmes independentes, mas provocadores, propositivos, instigantes, filmes que se proponham a outros espaços que não só o do cinema comercial.”

Giulia Maria Roberta, estudante de cinema na UNESPAR e encarregada da curadoria de curtas-metragens, afirma que o processo foi bem diferente do que ela imaginava. “Pensei que a

que, às vezes, não entram por não dialogarem tão bem com a proposta. Mas, de qualquer forma, encontramos um jeito. A gente selecionou filmes incríveis para 12ª edição do festival.”

O festival é dividido em diferentes mostras: Pequenos Olhares, Olhar Retrospectivo, Exibições Especiais, Mirada Paranaense, Competitiva Internacional, Competitiva Brasileira, Foco Quebec e Novos Olhares. É o primeiro ano que as mostras competitivas são divididas em internacional e brasileira.

A programação foi divulgada oficialmente num evento no dia 10 de maio no Cine Passeio. Para conferi-la, basta acessar o site ou as redes sociais do festival: olhardecinema.com.br, @olhardecinema.

Leia mais

Confira o infográfico com o percentual de filmes inscritos portalcomunicare.com.br

11 Curitiba, 15 de Março de 2021 Cultura
Álefe Carvalho, Davi Osório, João Pedro Karas Butka e Ryan Minela
A gente selecionou filmes
para a 12ª edição do festival ”
Antonio Golçalves Junior, diretor artístico do festival, expõe as atraçoes evento. João Pedro Karas Butka

Governo do Paraná autoriza colheita do Pinhão neste inverno

A compra, venda e consumo de pinhão no estado é liberada todo o mês de abril e se estende até junho; conheça mais sobre o ciclo desta semente que é símbolo do Paraná

Gralha Azul

Ave conhecida como símbolo do Paraná e a principal responsável por espalhar araucárias novas pelo estado. Além dela outros animais são conhecidos por serem dispersores da semente da árvore, como a cutia, jararaca e a capivara.

Colheita

A recomendação é que só sejam recolhidas as pinhas já caídas. Para evitar o risco de queda da árvore e não prejudicar o ciclo natural de reprodução da espécie.

Araucária

Árvore que dá origem ao pinhão. Devido a intensa exploração de sua madeira, juntamente com a expansão agrícola, a Floresta de Araucária teve uma redução expressiva em que apenas 2% foram preservadas dos antigos 200.000km2

Benefícios à Saúde

Fonte de Ferro: atua na regulação de nervos

Vit A + luteína: previne doenças oculares

Vit E + Vit K + cobre + ferro + manganês: essenciais para o sistema cardiovascular

Proteína + magnésio: liberta a tensão muscu-

lar

Ácido pinoleico: auxilia na perda de peso

Pinhão

É a semente da araucária. De abril até junho ocorre o período de colheita e comercialização.

Comercialização

O sul corresponde a 99% da colheita nacional. E em 2021 somente o Paraná produziu 4,28 mil toneladas de pinhão. O quilo é vendido por cerca de RS4,20 no campo e no mercado varejista entre R$7,50 e R$8,50

12 Curitiba, 15 de Março de 2021 Infográfico
Bernardo William, Isadora Guerra, Krissians Torres e Luiza Braz 3º Período
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