Campanha Busão Sem Abuso
Prefeitura lança programa para combater abuso sexual no transporte coletivo. Página 03
Falta de verba atinge hospitais
Prefeitura de Curitiba atrasa repasses, crise na saúde aumenta e população sofre Página 06
Arte e cidadania
Artistas locais promovem intervenções na Praça de Bolso do Ciclista.
Página 08
Página 04.
seu preço
é o mês mais convidativo para as compras, mas pode ser uma armadilha para o bolso.
Alegria tem
Dezembro
Curitiba, 02 deDezembro de 2014 - Ano 17 - Número 254 - Curso de Jornalismo da PUCPR
O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
Cidades Expediente Vacinação contra coqueluche
Imunização será realizada nas 109 unidades de saúde de Curitiba e pode ser tomada até 20 dias antes do parto
Jehnifer Kammer
D esde primeiro de dezem bro mulheres que estão entre a 27ª e a 36ª semana de gestação devem tomar a vacina contra coqueluche, disponível em uma das 109 unidades de saúde da cidade. A dose pode ser aplicada até 20 dias antes do parto.
Juliane de Oliveira, 40 anos, diretora de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que
diz Juliane. A coqueluche também faz parte do calendá rio de vacinação das crianças, que a partir dos dois meses de vida já podem tomar a vacina novamente.
Segundo dados da SMS houve um aumento no número de casos de coqueluche de 2011 para cá, principalmente em menores de um ano. Na capital paranense, este ano já foram registrados 102 casos,
“O objetivo principal é proteger o bebê”
a vacina é uma novidade do calendário das futuras mamães e além da proteção contra a coqueluche também imuniza contra difteria e té tano. Juliane reforça também a importância das outras vacinas inclusas no calendário das gestantes para Hepatite B e a contra gripe, tomada entre os meses de abril e maio. A vacina contra coqueluche é aplicada apenas uma vez e deve ser tomada a cada nova gestação.
Mortes associadas à coque luche são raras, mas podem acontecer principalmente em bebês e crianças. “O objetivo principal é proteger o bebê. No último trimestre de ges tação o organismo produz os anticorpos, assim a criança nasce com uma proteção para os primeiros anos de vida”,
66 deles em menores de um ano, sem mortes.
Izabel Izabelle dos Santos Nortok, 18 anos, está na 29ª semana e não tinha conhe cimento a respeito da vacinação, ouviu falar no jornal e agora irá tomar a dose em uma unidade próxima de sua residência. “Se faz bem para o meu bebê estou disposta a tomar”.
A coqueluche é causada por uma bactéria e seu principal sintoma é uma tosse forte, o que faz com que a doença possa ser confundida com ou tras enfermidades. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a coqueluche é uma das 10 maiores causas de mor talidade infantil.
Edição 254 - 2014
O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de
02 Curitiba, 02 de Dezembro de 2014
Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes COORDENADOR DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses
5855)
Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto COLABORADOR Eduardo Souza FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Gilmar Montargil 2º Período SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO Bruna Carvalho 6º Período Taís Arruda 4º Período EDITORES Eduardo Souza 5º Período Lara Fonte Bôa 2º Período Erika Boschiroli 2º Período REVISORES Ariele Hosseini 2º Período Brenda Iung 2º Período PAUTEIROS Jehnifer Kammer 2º Período Gilmar Montargil 2º Período Gabrielle Comandulli 2º Período REPÓRTERES Breno Henrique M. Soares 2º Período Gabriela Jahn 2º Período Leonardo Henrique 2º Período Maria Victória Lima 2º Período Nicole Leite 2º Período Rúbia Nascimento 1° Período Yuri Braule 1º Período
Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO
(DRT-PR
COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO
Cidades Campanha Busão Sem Abuso
Objetivo é combater o abuso sexual contra mulheres no transporte coletivo de Curitiba Gabriela Jahn
APrefeitura de Curitiba lançou uma campanha para tentar diminuir o índice de abusos sexuais contra mulheres nos ônibus do transporte coletivo. Por meio de cartilhas, cartazes e da internet, a campanha “Busão sem abuso” procura conscien tizar a sociedade e encorajar mulheres vítimas de abuso a denunciarem os agressores. A campanha foi lançada na ter ça-feira (25) - Dia Internacio nal da Não-Violência contra as Mulheres.
Os casos devem ser denun ciados através do telefone 153, da Guarda Municipal (GM), ou então pelo 190, da Polícia Militar. A GM está preparada para, assim que receber a de núncia, deslocar uma viatura para interceptar o ônibus em que o caso ocorreu.
A assistente social da Se cretaria da Mulher, Marisa Mendes, uma das envolvidas na capacitação, conta que todos os dias muitas mulhe res passam pela vergonha e pela humilhação de serem
molestadas no transporte coletivo. “Por isso há necessi dade de uma campanha mais ostensiva para coibir essa prática criminosa e para que a campanha obtenha sucesso, é fundamental o engajamen to de todos os envolvidos no processo”, diz.
Guardas municipais parti ciparam de uma palestra de orientação para a campanha, na última quinta-feira (27) no Centro de Capacitação da Secretaria Municipal da Educação. Além de integran tes da Patrulha do Transporte Coletivo, que atende a várias ocorrências, guardas e moto ristas também foram treina dos, a intenção é promover um maior envolvimento de todos, inclusive dos usuários de maneira geral que também poderão denunciar quando presenciar o crime de abuso dentro do ônibus.
Passaram pelo curso, até o momento, 100 pessoas e além dessas, outras equipes da Guarda e do transporte coletivo farão o curso. Os
participantes receberam um material com orientações sobre o que é abuso; como se caracteriza; como distinguir o que é abuso e o que é um simples contato físico; como identificar situações dentro do coletivo e como deve agir o motorista ou cobrador ao ser comunicado ou quando presenciar uma situação de abuso sexual.
Segundo a estudante de ciên cias políticas, Jussara Melo, 26 anos, integrante do movimen to feminista, “esse projeto é um início de mudança, é uma abertura maior ao diálogo, válido de qualquer forma. Porém, pode ser melhorada e principalmente precisa ser ex pandida, afinal mulheres não sofrem abuso só em ônibus, mas em qualquer lugar”.
Uma coisa que o movimento feminista discute é que a cultura machista ensina mu lheres a se protegerem e não homens a não desrespeitarem mulheres, e é esta lógica que precisa ser mudada.
As imagens da campanha “Bu são sem abuso” são inspiradas no famoso cartaz criado por J. Howard Miller nos anos 1940, quando muitas mulheres assumiram postos de trabalho numa fábrica de material de guerra, em substituição aos homens que serviam às Forças Armadas americanas durante a Segunda Guerra Mundial. Com a frase “We can do it”, em português, “Nós podemos fazer isso”, o cartaz tornou-se um símbolo do poder e da força das mulheres.
03 Curitiba, 02 de Dezembro de 2014
Divulgação/Prefeitura
Gabriela Jahn
Campanha será divulgada nos ônibus de Curitiba
Economia
Dezembro e seus gastos
Um mês de eventos, lembrancinhas e cautela com seu dinheiro
Nicole Leite
O último mês do ano marca a chegada de festas e le vanta a economia com a ajuda do Natal e do Ano Novo. Essa época de confraternizações faz as pessoas irem em busca de presentes, comidas, via gens e artigos de decoração.
O Mercado Municipal é um dos locais onde tais produtos podem ser encontrados. Du rante os primeiros meses do ano, ele possui uma média de público semanal de 65 mil pes soas e com a chegada do fim de ano há um aumento de 40% no movimento. “O setor que mais fatura é o de hortifrúti, peixarias e de nozes e casta nhas. O período de festas de dezembro compete em vendas com o período da Páscoa”, diz Júlio Santos, gerente de unidades do Municipal.
Gerente de uma peixaria do Mercado, Carlos Alberto diz que a procura por frutos do mar é constante nessa época do ano. “O que eu mais vendo é peixe recheado, salmão e bacalhau. Em termos de lucro, dezembro e abril estão equivalentes, porém o horário estendido de Natal sempre ajuda um pouquinho mais”, comenta ele.
Não é apenas o setor ali mentício que cresce, muitas agências de viagens estão na lista de desejos de famílias e corporações. “Grandes empre sas sempre vêm para Curitiba realizar eventos de encerra mento de ano, por ser uma capital tranquila e com uma logística favorável. Dezembro é o mês de alta temporada, quando o número de clientes aumenta, relata o consultor de viagens Daniel Maia.
A família do estudante Gusta vo Bauer vai passar as festas do fim de ano no litoral. ”Te mos uma casa na praia, mas quem precisa alugar ou até mesmo viajar é sempre bom procurar sites de compras co letivas. Muitas vezes pacotes comprados em conjunto saem mais baratos”, diz o rapaz.
Um dos principais fatores que ajudam a impulsionar a economia é o décimo terceiro salário, pago geralmente na metade do mês de dezembro, ele ajuda muitas famílias a garantirem seus presentes e a ceia. É o caso da assistente administrativa Cristina Costa.
“No Natal eu uso o 13° para comprar presentes, os ingre dientes do jantar e para viajar. Todos os anos eu vou para a Bahia ou para a Espanha com este bônus”, conta Cristina
O economista Marcelo Curado diz que, viajando ou ficando em casa, é preciso organi zar como e onde gastar seu dinheiro. “No final do ano as pessoas têm um salario a mais, que seria o 13º, o que as incentiva a realizarem mais compras, principalmente àquelas que tiveram esse desejo limitado durante o ano. A dica é primeiro pagar as dívidas para depois decidir
o que consumir, as cobranças passadas não devem interferir no novo planejamento anual da família”, aconselha ele.
O psicólogo Vitor Dzus pensa da mesma forma que o eco nomista, tanto que já criou seu próprio planejamento fi nanceiro.”Meu sistema é bem rígido, calculo o que ganho e o que preciso pagar, feito isso vejo o quanto sobra, e ainda assim tento não gastar esse extra para não passar nenhum aperto. Quando preciso muito de algo, uma viagem ou jogos eletrônicos, eu sempre tenho um dinheiro guardado”, ensi na Dzus.
Gilmar Montargil
04 Curitiba, 02 de Dezembro de 2014
Mercado Municipal oferece diversas opções no setor alimentício
Polícia
Natal mais seguro
Polícia reforça efetivo e cria ação conjunta para dar mais segurança para turistas, famílias e comerciantes Gilmar Montargil
A Operação Natal, lançada nesta segunda-feira (01), tem a missão de diminuir a criminalidade garantindo uma tranquilidade à socieda de nessa época de festas. Ela é
consequência das mudanças que as festividades de fim de ano provocam na rotina das cidades. Isso faz com que a Polícia se planeje para dar maior segurança à população, evitando possíveis crimes e acidentes de trânsito.
O projeto contará com o apoio dos sete Comandos Regionais de Polícia Militar (CRPMs) por meio de seus Batalhões da PM (BPMs) e Companhias Independentes de Polícia Militar (CIPMs), além das unidades especializadas. O projeto ocorrerá até o dia 24 de dezembro. O trabalho tem seu foco principal no policia mento ostensivo, nos locais de maior aglomeração de pessoas e veículos, nas regiões centrais das cidades.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, a estratégia para essa ope ração foi baseada no mapa da violência da Secretaria de Segurança Pública do Paraná,
atividades de busca de armas, drogas, foragidos da justiça e pessoas que possuam man dados de busca e apreensão ou de prisão. Também será intensificado o policiamento motorizado e a pé. “O reforço é de cerca de 2,6 mil novos policiais em todo o Estado e 900 viaturas”, sendo que 500 somente aqui na capital e re gião metropolitana, segundo a assessoria da PM.
no qual foram feitas análises e um trabalho de capacitação e aperfeiçoamento visando preparar os policiais.
Os policiais militares re alizarão blitz de trânsito, abordagens e fiscalizações à pessoas e veículos, bem como
Operação Verão no litoral
O trabalho acontecerá nos sete municípios do litoral do Paraná e terá duração de 61 dias
Rúbia
A Operação Verão terá iní cio no dia 20 de dezem bro. A data foi definida pelo governador do Estado, Beto Richa e abrirá a temporada de verão. Na última sexta-feira (28), o coordenador geral do projeto, Caetano de Paula Júnior, se reuniu com os co mandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Paraná, em Matinhos, para definir o local que sediará a base geral das ações. Essa base contará com represen tantes de todos os órgãos envolvidos no trabalho reali zado no litoral: as secretarias da Saúde, Segurança Pública, Meio Ambiente, Esporte e Turismo, Comunicação Social e Infraestrutura e Logística,
além da Defesa Civil, Copel, Sanepar, Simepar, DER, ITCG, Instituto Ambiental do Paraná e Águas Paraná.
No ano de 2013, houve redu
Segundo o subcomandante do Corpo de Bombeiros do Lito ral, major Edson de Oliveira Ávila, 859 bombeiros vão atuar em 99 postos na costa.
Kelly Novaes, que trabalha na região central de Curitiba, apoia a iniciativa da polícia de reforçar o policiamento, mas acredita que isso deveria ser realizado o ano inteiro.
“É uma pena que operações deste tipo só aconteçam em dezembro, o centro da cidade anda muito perigoso e seria importante um trabalho mais forte nesse sentido”, relata.
ção nos roubos, veículos furta dos, homicídios e no índice de perturbação do sossego, em comparação com a temporada do ano anterior. Paralelamen te, houve aumento na apre ensão de drogas. Por conta disso, a operação propõe reforçar o efetivo de militares.
“Batemos o recorde no núme ro de veranistas na tempora da de 2013/2014, então seria normal se houvesse aumento da criminalidade, o que não ocorreu, pela dedicação dos policiais escalados para traba lhar na operação. Outro fator que contribuiu foi o empe
nho do governo do Estado, que adquiriu mais viaturas e aumentou consideravelmente o efetivo, garantindo maior segurança para a população”, avalia o delegado-geral da Po lícia Civil, Riad Braga Farhat.
Orlando Ferreira, secretário municipal do Meio Ambiente de Matinhos, destaca a importância do auxílio prestado pelo governo aos municípios litorâneos neste período. “A população litorânea aumenta muito, passando de 200 mil habitantes para mais de um milhão. A prefeitura não teria condições de atender a este número de pessoas sem o apoio do Estado. É uma parce ria necessária”.
05 Curitiba, 02 de Dezembro de 2014
“O reforço é de cerca de 2,6 mil novos policiais em todo o Estado e 900 viaturas” “859 bombeiros estarão em ação”
Política
Hospitais sofrem com falta de repasses
Prefeitura de Curitiba ainda não conseguiu resolver o problema
Breno H. M. Soares Maria Victória Lima Yuri Braule de Paula Weiss
O atraso nos repasses de verbas oriundos da Prefeitura de Curitiba para os hospitais públicos da cidade continua gerando polêmica.
Agora foi a vez do Hospital São Vicente anunciar que acumulou uma dívida de R$ 2 milhões, obrigando-se a fechar, na última sexta-feira (28), sua unidade na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por sua vez disse que se surpreendeu com o anúncio do fechamen to da unidade. César Titton, diretor de redes de atenção do Sistema Único de Saúde de Curitiba, afirmou que havia um acordo com o hospital para que ele não fechasse. Titton explica que existem dois tipos de repasses. Um deles é chamado de produção, sendo a verba repassada para o hospital pelo que foi rea lizado nele, internamentos, consultas e exames. No ano de 2014, até dezembro, esse total somou R$ 17 milhões para o hospital São Vicente. O outro repasse é chamado de incen tivo, que é um valor adicional sobre um certo mês, quando além da produção, o hospital consegue cumprir uma deter minada meta, definida pela SMS aos hospitais. As faturas de produção são pagas mês a mês, mas os incentivos não. Eles devem ser auditados para cada caso, em cada mês. “O tempo de auditoria costuma ser em torno de três meses”, diz Titton.
Algumas das cobranças que o hospital fazia, de acordo com Titton, não são devidas, pois algumas das metas assisten
ciais não foram alcançadas. O diretor diz que após serem informados das condições financeiras da sede CIC do São Vicente, no começo de no vembro, eles moveram pessoal para conseguir concluir as auditorias do mês de outubro, junto dos meses de julho, agosto e setembro. Uma nova reunião aconteceu ontem (01) e ficou decidido que o hospital reabrirá as portas amanhã (03). O primeiro dos incen tivos foi pago na sexta-feira, no valor de R$ 211 mil, e mais três incentivos de igual valor serão pagos em dezembro. Não há data exata para os pagamentos. “É condicionado ao recebimento do recurso do Ministério da Saúde”.
Além do São Vicente, outros hospitais sofrem com a falta dos recursos. Os hospitais Santa Casa, Pequeno Príncipe,
Erasto Gaertner e o univer sitário Cajuru demonstram preocupação em relação à assistência de saúde recebida. Em nota conjunta enviada ao Comunicare pelo Grupo Ma rista, mantenedor de alguns destes hospitais, afirmou que existe um atraso de recursos no valor de aproximadamente R$ 43,8 milhões referentes ao contrato fixo de prestação de serviço para o SUS, e que a Prefeitura deveria ter realiza do este repasse no último dia 16 de outubro.
“Cada um dos hospitais tem uma situação bastante diferente a enfrentar. A gente tem se aproximado de cada um deles para apoiar, tanto que foi com felicidade que vimos a resolução da situa ção do Evangélico na última semana”, afirmou Titton sobre a situação dos outros
hospitais, citando o caso do Hospital Evangélico, que na semana passada demitiu 250 funcionários administrativos. De acordo com a assessoria de imprensa do Evangélico, as demissões ocorreram para cortar gastos e fazer frente à crise que o hospital está passando, com uma dívida de R$ 300 milhões.
Apesar dos problemas financeiros que os hospitais enfrentam, eles continuam tentando manter a qualidade do atendimento. “Foi rápido e muito bom”, diz Tatiane Bestel sobre o atendimento no hospital universitário Cajuru. Brenda Iung, que foi atendi da no Hospital Evangélico, também diz não ter encon trado grandes problemas no atendimento emergencial.
06 Curitiba, 02 de Dezembro de 2014
Divulgação
Unidade CIC do Hospital São Vicente sofre com falta de repasses
Campeãs mirins
Escola municipal de Curitiba já mostra resultados com a ginástica rítmica
Paola Magni
Na Escola Municipal He lena Kolody, localizada no Pinheirinho, em Curitiba, sonhos são transformados em realidade por meio de esforço, dedicação e trabalho duro.
A escola proporciona, desde 2009, um projeto de ginástica rítmica que oferece aulas no contra turno para alunas com potencial para o esporte, mas sem condições para treinar. Ao todo, há 279 meninas bene ficiadas pelo projeto intitula do GinásticaEscola.
O atual coordenador do projeto e treinador da equipe, Robson Marques Macha do, explica que as aulas são gratuitas, e os treinos são de quatro horas semanais. Ele afirma que, quanto mais pró
ximo de competições, mais intensos são os treinos.
Desde o ano da criação do projeto, as atletas mirins vêm ganhando prêmios individu ais e coletivos Brasil afora, tanto nos aparelhos próprios da ginástica rítmica sepa rados (bola, fita, arco, corda e maças), quanto na junção deles. No mês de outubro de 2014, a equipe participou de sua primeira competi ção internacional, sendo os únicos representantes do Brasil na Copa Pan-America na de Clubes, em Merliot, El Salvador. Elas foram campeãs gerais, além de vencerem nos aparelhos bola e fita, na prova de conjuntos de 11/12 anos.
A atleta mirim Naomi Alves disse que, apesar de ser puxado, adora os treinos
A participação nesse evento rendeu à equipe três convites para outras competições in ternacionais, e o técnico afir
ma que não medirá esforços para fazer que suas comanda das estejam presentes nesses importantes eventos.
Muito mais que um simples esporte
Paola Magni
Com cada vez mais adeptos em Curitiba e no Paraná, a escalada é um esporte que beneficia o corpo e a mente, além de permitir a fuga da reali dade cotidiana
Paola Magni
A diferença entre monta nhismo e escalada, segun do especialistas e praticantes do esporte, é simples. Monta nhismo é um termo genérico relacionado à toda atividade ligada à montanha. A escalada é uma vertente do montanhis mo, em que a subida na pedra é feita com ajuda de técnicas e equipamentos específicos. Dentro da própria escalada, existem subcategorias, como a de boulder, que acontece em blocos de pedra de até seis metros sem nenhum tipo de equipamento, de rocha, de grampos e a tradicional.
Segundo o montanhista e instrutor curitibano, Ronal do Montaldo, o público que mais procura a prática do esporte está entre os jovens universitários e pessoas até 40 anos. Montaldo é sócio de sua esposa, Carla, e, juntos, vêm tocando uma das três acade mias de escalada de Curiti
ba, no centro da cidade, há três anos. Ele considera que esse esporte tem sido muito procurado pelos benefícios que traz, como a mudança para hábitos mais saudáveis e a melhora na concentração. Montaldo afirma, ainda, que deve existir um condiciona mento físico acompanhado da escalada, e que os atletas precisam estar bem descansa dos. “A rotina muda, ao invés de estar voltando da balada de madrugada, a pessoa acorda no mesmo horário para ir escalar”, complementa.
De acordo com dados da Federação Paranaense de Montanhismo (Fepam), há, aproximadamente, 100 mon tanhistas filiados no Estado, e os números vêm crescen do. Rossana Reis, relações públicas da Fepam, acredita que a popularidade do esporte está crescendo pois, além da divulgação sobre a prática do
“A escalada me desafia a sair da minha linha de conforto”, afirma Carin
montanhismo ter aumentado, a nova modalidade denomina da “Esportiva” é considerada mais fácil e isso atrai novos participantes.
Apesar do interesse pelo esporte estar cada dia maior, existe uma grande dificuldade para realizar campeonatos, pelo pequeno número de aca demias em Curitiba. Segundo o montanhista e ex-presiden te da Fepam, Natan Fabrício, após um período de cinco
anos sem competições, as academias curitibanas conse guiram se juntar em 2014 para criar uma “etapa”. Mais três etapas foram programadas para o ano que vem.
A paranaense Carin Marchio rato garante que sua vida mudou por causa do esporte. O feito de que ela mais se orgulha foi ter aumentado o grau máximo de escalada em boulder que uma brasileira conseguiu atingir até então.
07 Curitiba, 02 de Dezembro de 2014 Esporte
Paola Magni
Cultura Praça de Bolso do Ciclista reúne artistas locais
Local construído por voluntários está cada vez mais com a cara de Curitiba
Gabriela Jahn
U ma intervenção de diver sos artistas curitibanos está movimentando a Praça de Bolso do Ciclista, localizada na região central da cidade, entre as ruas Presidente Faria e São Francisco. A convite da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e da ONG CicloIguaçu, grafiteiros e artistas plásti cos estão pintando a parede lateral do prédio abandonado ao lado da praça.
Nos últimos meses, a praça foi palco para todo tipo de arte. Nas paredes há pinturas de quatro artistas locais, mas o objetivo é que a exposição mude a cada estação. O es paço também sediou even tos como o Sarau da Massa Corrida e a Festa Brasilidades. O calendário de atividades começou com oficinas de arte urbana e jardinagem e foi ganhando fôlego.
“Quando pensamos na criação da Praça de Bolso do Ciclista também começamos a imagi nar a expressão artística e vi sual do espaço. Então tivemos a ideia da pintura do prédio abandonado, conciliando diferentes formas de expres são artísticas. Cada convidado pode usar uma área da parede para se expressar. São muitas linguagens se comunicando. A intenção é que essa inter venção tenha uma represen tatividade social na cidade”, diz Goura Nataraj, coorde nador geral da CicloIguaçu. Para inauguração da praça, a lateral do prédio abandonado já havia recebido a pintura de um retângulo branco, utiliza do para a projeção de filmes.
Mirele Camargo, relações públicas e institucionais da FCC, conta que entre 120 e 130
artistas deverão participar da obra conjunta. “A Fundação Cultural está apoiando a ação porque a Praça de Bolso deu nova característica para a cidade. A intenção é terminar
forneceu um caminhão com uma grua, que ajuda os artis tas na pintura do prédio. “O projeto continua aberto à participação de novos parceiros. Os interessados devem entrar
A intenção é que essa intervenção tenha uma representatividade social na cidade
a obra até o Natal. Com a arte, conseguimos reaproveitar espaços urbanos que estão abandonados e trazer uma nova característica de convivência para a cidade”, afirma.
A parte inicial do projeto está sendo realizada com a colaboração da Urbanização de Curitiba S/A (URBS), que
em contato com a Fundação Cultural de Curitiba”, disse Mirele. Ela lembra que, na se gunda fase da obra, os artistas farão a pintura dos andares mais altos para os mais baixos do prédio, suspensos com equipamentos de segurança.
Rimon Guimarães, autor de duas pinturas, destaca a im
portância de o artista ocupar a cidade e seus lugares ocio sos. “Dessa forma, fazemos parte da cidade, nos sentimos mais atuantes na forma com que nos relacionamos com ela. Quem viu os trabalhos realizados até agora gostou, temos tido bom retorno de todos. A realização dessa obra dá espaço para o trabalho de diversos artistas diferentes, mostra a diversidade artística de Curitiba”, afirma.
Mirele, por sua vez, disse que a FCC convidou diversos artistas participar do projeto. “Estamos reunindo artistas de renome no circuito de arte moderna e contemporânea, como o Alex Cabral, que fez um trabalho utilizando vasilhas, com artistas da arte urbana, que estão iniciando no grafite”. Os artistas Don Joey, Fernando Rosenbaum, Tom Mais Amor, Alma, Michel Devis, Cínico, André Men des e Karka Keito também já realizaram sua intervenção no prédio abandonado.
Gabriela Jahn
08 Curitiba, 02 de Dezembro de 2014
“
”
Praça do Bolso depois de algumas intervenções