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Jogada transformadora

Por meio das práticas esportivas, jovens portadores de deficiência deixam suas dificuldades fora de foco e se tornam verdadeiros atletas

Amanda Bedide Guilherme Liça Hellen Ribaski

Oesporte é uma ferramenta que pode mudar vidas. Prova disso é o trabalho realizado pelo Instituto Reagir, que acumula histórias e exemplos de superação e força. Por meio das atividades esportivas, crianças e jovens portadores de deficiência encontram no projeto uma maneira de superar dificuldades. Localizado em Pinhais, o instituto, que tem como objetivo auxiliar na reabilitação e na inserção social, se tornou um polo de atletas paraolímpicos. De acordo com a presidente do instituto, Neide Araujo, a ideia inicial era usar o esporte para a inclusão. No entanto, com o destaque de muitos jovens na natação, o projeto cresceu, e logo começou a formar atletas. “Muitos meninos se destacaram, e os pais perceberam isso. Decidimos, então, buscar recursos e criar uma associação para que eles pudessem participar de competições, e assim surgiu o Instituto Reagir”, relata Neide. As conquistas não demoraram a vir. Com determinação e força, os paratletas já participaram de competições, conquistaram medalhas, e hoje são destaques na modalidade de natação. Bruno Araujo, de 20 anos, é filho da Neide, e participa há anos do projeto. “Vejo no esporte e nas competições a chance de viver novos desafios. Isso é emocionante”, comenta. “Eles são atletas. Não se deve rotulá-los ou

Os desafios proporcionados pelo esporte fazem com que Bruno se dedique cada vez mais às competições

tratá-los como incapazes, mas fortalecer suas potencialidades”, enfatiza Neide. Segundo a presidente do instituto, apesar de existir políticas inclusivas, são poucos os projetos esportivos voltados para os deficientes. “Esse jovem atleta precisa evoluir, ir além de suas limitações. Isso é superação”, comenta. “Vejo no esporte e nas competições a chance de viver novos desafios.” - Bruno Araujo, participante do projeto O próximo passo é aumentar o instituto e oferecer novas modalidades. Com o apoio da prefeitura e em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), está sendo montado um espaço de paracanoagem. “O remo proporciona uma sensação de liberdade. Com a ajuda de empresários e da prefeitura de Pinhais, vamos conseguir oferecer aos nossos alunos um esporte que tem um alto custo”, finaliza Neide.

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