Cultivos
pedagógicos em cada ação para um novo futuro. Pág. 03

pedagógicos em cada ação para um novo futuro. Pág. 03
2024. Pág. 05
MOSSORÓ - setembro de 2024 | Ano XXVIII | Nº 125 www.diocesanosantaluzia.com.br | cdslmossoro @diocesanosantaluzia | cdslmossoro
No mundo moderno, tecnológico e globalizado em que vivemos, a educação serve como elo que nos conecta não apenas uns aos outros, mas também à sociedade global, oferecendo-nos novas possibilidades de diálogo, ação e, sobretudo, transformação. Pensar em uma perspectiva pacífica, ecológica, sustentável, acolhedora e sensível só é possível em decorrência, em primeiro lugar, de uma pedagogia humanizadora e compartilhada. Reimaginar as possibilidades de futuro é a missão do Colégio Diocesano Santa Luzia! Pág. 6
Pe. Charles Lamartine - direcao@cdsl.com.br
No princípio de minha escrita, ladrilhada em um fazer/sentir a Educação enquanto um compromisso humano de fé com a vida e a esperança, quero evocar um trecho da bela poética do compositor Gonzaguinha, quando assim nos diz:
E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas
E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá
E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar ...
Os versos da canção Caminhos do Coração endossam a composição dos ensinamentos que apreendemos nesta casa, esteio de uma formação humanizadora, ancorada na perspectiva nos valores e princípios éticos. A ideia de “que a gente é tanta gente” traduz a beleza da comunhão de experiências, de que somos formados pelas interações com as diversas e tantas pessoas que nos deixam marcas e aquecem a alma! Ao expandir essa metáfora, é possível perceber a sintonia poética com o itinerário sinodal, ou seja, com o fecundo e necessário “caminhar juntos” que precisamos percorrer. Escuta, participação de todos e a urgência de se “sonhar juntos”. Um convite para nos reconectarmos com nossas concepções de educação, chamamento fundamental para reimaginarmos juntos o nosso futuro.
Como artesãos desse caminhar juntos, desbravamos cotidianamente essa missão em nosso projeto educativo, que entrelaça cultura, conhecimentos acadêmicos e sólidas referências éticas, muito além da transmissão de saberes, mas capaz de promover a pessoa na plenitude de cada dimensão humana.
Nesse percurso saboreado por entre aprendizados, conquistas e encantamentos, trajetória impregnada de possibilidades para as nossas crianças, jovens e suas famílias, alegra-nos, sobremaneira, o anúncio da nova edição do Diocesano Informa. Convivialidade, literatura, experiências, gestos poéticos, sensibilidade, humanidades e lições impressas com o outro em nós anunciam o vigor dos conhecimentos construídos por nossos estudantes através de experiências e projetos inovadores.
Este número do Diocesano Informa tem como centro as discussões sobre o Reimaginar nossos futuros juntos. Uma educação como um gesto de cooperação em novo contrato social. Nesse cenário,
ILuSTRAÇÃO
o professor Humberto Silvano Herrera Contreras, assessor pedagógico na SM Educação e colaborador na Comissão para a Cultura e a Educação da CNBB, brinda-nos com uma valiosa entrevista.
No lastro da intensidade dos momentos vividos pelos estudantes e seus mestres, no tema Colégio Diocesano mantém tradição de conquistas em 2024, além das conquistas no setor esportivo, destacamos a realização da Feirinha de Ciência Kids do Dió (FECIKIDS) e da consagrada DIOTECARTE, importantes mecanismos para incentivar e estimular estudantes e professores na busca de novos conhecimentos, oferecendo-se como espaço significativo para a iniciação científica.
Uma escola comprometida em promover uma educação dentro dos parâmetros de uma autêntica excelência humana, em todas as suas dimensões, é um convite para grandes caminhos de descobertas, como as invenções exploradas por nossos meninos e meninas no Dio International Week, semana promovida pelo Ensino Bilíngue, na qual os alunos mergulham em atividades que exploram diferentes culturas, línguas e tradições de várias partes do mundo.
Outra alegria consolidada este ano, em decorrência ainda da implementação e inovação no projeto ensino bilíngue na matriz curricular do colégio, é o Projeto Dio Space Mission, uma iniciativa ambiciosa que conecta o Colégio Diocesano Santa Luzia a um dos centros de inovação e tecnologia mais renomados do mundo. Neste projeto, os estudantes têm a oportunidade de participar de atividades científicas e tecnológicas, desenvolvendo projetos que podem, eventualmente, ser apresentados à NASA.
Na esteira de uma escola viva e pulsante, os caminhos trilhados no projeto “Era uma Vez” fomentam a cultura e promovem um convite à leitura e à formação leitora. Os sabores e aromas dos depoimentos das crianças e suas famílias são inebriantes. Em suas falas, ecoa a alegria de exercitarem a sensibilidade, as emoções e o prazer da leitura.
Assim é o nosso modo de ser Diocesano! Uma escola que não apenas enriquece o desenvolvimento em todas as dimensões: cognitivas, sociais, motoras e afetivas, mas também nutre o imaginário infantil, respeita a inteireza das crianças, acolhe nossos jovens com alegria, afetos e sensibilidades e aquece nossa esperança de uma sociedade mais justa.
Sigamos, no mundo de hoje, mães, pais, educadores, estudantes, o caminho de reimaginar nossos futuros juntos, sempre com tudo de melhor que Deus nos prepara! A todos, uma potente leitura!
Direção:
MARIAnA ZAnChETTA FuRLAn RIbEIRO - 3º I
Khalil Gibran, sobre amizade: “E quando ele está calado o vosso coração não deixa de ouvir o coração dele; pois na amizade, todos os pensamentos, todos os desejos, todas as esperanças nascem e são partilhadas sem palavras, com alegria.”. Quando tiramos fotos entre amigos, sabemos que os sentidos não se replicarão, mas sentiremos, toda vez que virmos os registros, o que nossos corações sentiam naquele momento. Laços são sobre momentos, memórias partilhadas; semelhanças e diferenças. Nós, individualmente, somos fragmentos de todos os laços que já experienciamos, efêmeros ou não. Durante o processo escolar, cru-
zamos caminhos com muitos, e com coração e alma, sem mesmo perceber, escolhemos aqueles com quem poderemos partilhar lembranças no futuro, os permitindo ser parte de nossa construção como ser. No mesmo poema, Gibran finaliza: “Pois para que serve o vosso amigo se só o procurais para matar o tempo? Procurai-o também para viver. Pois ele vos preencherá os desejos, mas não o vazio. E na doçura da amizade que haja alegria e a partilha de prazeres. Pois é nas pequenas coisas que o coração encontra a frescura da sua manhã.”. Que possamos, cada dia mais, encontrar a frescura das manhãs, e partilha-la com aqueles ao nosso redor.
“Red: Crescer é uma Fera” é um filme de animação da Pixar lançado em 2022, que merece nossa atenção, sobretudo por abordar com sensibilidade e humor os desafios e as complexidades da adolescência, ao acompanhar a história de Meilin Lee, uma jovem de 13 anos que enfrenta os desafios típicos dessa fase da vida. Meilin, ou Mei, é uma garota confiante e esforçada, que se orgulha de sua vida acadêmica, das amizades e de sua relação próxima com a mãe. No entanto, sua vida muda quando descobre que, ao ficar muito emocionada ou estressada, se transforma em um gigantesco panda vermelho. Essa transformação cômica e, ao mesmo tempo, angustiante, é uma metáfora clara para as mudanças físicas e emocionais que acompanham a puberdade.
O panda vermelho, no entanto, é mais do que apenas uma representação das mudanças da adolescência. Ele simboliza também a herança cultural e familiar de Mei, já que a transformação está ligada a uma antiga tradição familiar que todas as mulheres da família enfrentam. Ao longo do filme, Mei luta para equilibrar sua identidade como uma jovem canadense moderna e suas raízes culturais, além de tentar atender às expectativas de sua mãe superprotetora, que deseja que ela seja uma “filha perfeita”.
Com seu estilo vibrante e cheio de energia, “Red: Crescer é uma Fera” aborda temas como identidade, aceitação e o relacionamento entre mães e filhas de forma divertida e emocionante. A animação utiliza cores vivas, uma trilha sonora cativante e personagens bem construídos para retratar a montanha-russa emocional que é crescer.
A animação, oferece valiosas contribuições para as famílias ao promover diálogos abertos sobre as mudanças da adolescência, valorizar a identidade individual e equilibrar tradições culturais com a vida moderna. O filme explora a relação mãe-filha, destacando os impactos da superproteção e a importância de proporcionar espaço para o crescimento pessoal. Além disso, incentiva a co -
municação empática e a aceitação das diferenças, reforçando o respeito pela individualidade de cada membro da família. Dessa forma, a obra inspira uma convivência familiar mais compreensiva, respeitosa e harmoniosa, fortalecendo os laços e apoiando o desenvolvimento saudável de todos os envolvidos.
Em resumo, “Red: Crescer é uma Fera” é uma obra que mistura a fantasia e a realidade de maneira criativa, oferecendo uma narrativa cativante sobre a jornada de autodescoberta e o amadurecimento, com toques de humor, emoção e uma mensagem poderosa sobre abraçar quem somos, com todas as nossas complexidades e diferenças.
EvEnTOS
CulT u RA , es P o RT e, CI ê NCIA e R el IGI ão fA zem PART e D o C oTIDIAN o D e N oss A es C ol A
Ahistória do Colégio Diocesano Santa Luzia, ao longo de seus mais de 120 de existência, está intrinsicamente conectada à relação entre a educação e os demais aspectos humanos e formativos, como esporte, cultura, ciência e religião. Esses fatores, que muito auxiliam no desenvolvimento pleno de cada uma de nossas crianças e jovens, constituem-se como parte fundamental do cotidiano pedagógico que propomos ao longo do ano.
O aspecto religioso, base essencial do trabalho em nossa escola, ganha destaque no primeiro semestre do ano, especialmente durante o mês de maio, celebrado na Igreja Católica como o Mês Mariano, quando realizamos a cerimônia de Coroação de Nossa Senhora. Unindo estudantes, pais e funcionários, o evento é uma forma de louvor à Virgem Maria, com momentos de reflexão e oração para que possamos sempre continuar, a exemplo da mãe de Jesus, fiéis discípulos de Cristo, nosso salvador, em toda sua infinita fé e bondade.
O primeiro semestre, já em contexto esportivo, ficou marcado pela realização de mais uma edição dos Jogos Internos do Diocesano. Reunindo
nossos alunos e atletas em uma competição entre turmas, o evento é composto por diferentes modalidades, como voleibol, basquetebol, handebol, futsal, xadrez, badminton, entre outras. Com o objetivo de estabelecer e desenvolver o espírito esportivo entre os alunos, os JIDs, como são também conhecidos os jogos, celebram ainda a importância do esporte para o desenvolvimento de crianças e jovens de nosso colégio. O esporte, inclusive, trouxe grandes resultados para o Diocesano neste ano, como a conquista do campeonato estadual de futsal sub-14 durante os Jogos da Juventude Escolar do Rio Grande do Norte (JUVERNS), além da participação no IX Campeonato Nacional de Karatê-Do Tradicional, em Cascavel, no Paraná, que nos rendeu 9 ouros, 16 pratas e 32 bronzes, um total de 57 medalhas.
A cultura, por sua vez, é um importante elemento presente no dia a dia do Diocesano e comemorar as festividades e tradições de nosso país contribui para mantermos vivos os costumes tão ricos de nosso povo e nossa terra. São João, carnaval, Festas da Família e demais importantes momentos científicos e culturais com nossos alunos fizeram parte
A fé cultivada em nossos projetos florescem uma geração de esperança
do primeiro semestre de 2024. Neste ano, tivemos ainda mais uma edição da Feirinha de Ciência Kids do Dió (FECIKIDS) e da nossa consagrada DIOTECARTE. Por estimular a criatividade e a curiosidade dos alunos do Ensino Fundamental Anos Iniciais até o Ensino Médio, ambos os eventos desenvolvem autonomia e prota-
Dgonismo nas crianças e jovens, com abordagens teóricas e práticas variadas. Na certeza de que os próximos meses continuarão com excelentes momentos, ansiamos pelo novo semestre e o vislumbramos como uma grande oportunidade para continuarmos caminhando juntos nas trilhas da educação.
Deus não nos quer sementes
Não nascemos para ser sementes
Nascemos para florescer o Reino Precisamos ser lançados a terra
E nos permitir ser lançados nela.
Ser semente é viver para si Germinar é transbordar para o outro
É permitir que novas potencialidades
Superem os limites de uma semente.
O Reino começa em nós
Mas o Reino não é semente
O Reino é movimento
É o semear
É o lançar sementes
É o se permitir ser lançado
É o germinar
É o florescer
É o poldar-se
É o abandonar-se em Deus.
Por Pe. Philipe Villeneuve 13/06/2021
h u M b ERTO hERRERA
Professor e assessor pedagógico na SM Educação e colaborador na Comissão para a Cultura e a Educação da C nbb
DIOCESANO INFORMA: Na sua visão, qual a relação entre o Pacto Educativo Global, lançado pelo Papa Francisco, e o Relatório da UNESCO para a Educação?
HUMBERTO HERRERA: A palavra-chave é “Juntos”. A relação entre o Pacto e o Relatório está nessa chave de compreensão que nos desafia a discernir a realidade e a propor transformação desde esse lugar comum. Não basta cada um fazer sua parte desde seu lugar individual, mas é preciso ter vontade e coragem de construir esse lugar comum, que não é soma de partes, e sim encontro, diálogo, experiência de bem comum. Essa coragem implica honestidade, abertura e sinceridade das intenções. Como diz o Relatório: “Para que as coisas sejam feitas de maneira diferente, agora precisamos pensar, entender, ouvir e imaginar de maneira diferente” (2022, p.145). Sem essa “atenção”, dificilmente, conseguiremos “esperançar”, isto é, construir futuros socialmente inclusivos, mais justos, equitativos e sustentáveis. A afirmação feita pelo Papa Francisco, em 2023, alerta-nos para a falta de construir esse Juntos: “... não estamos a reagir de modo satisfatório, pois este mundo que nos acolhe, está-se esboroando e talvez aproximando dum ponto de ruptura.” (Laudate Deum, 2). E, perceba, como essa preocupação está também no Relatório:
As escolhas que fazemos hoje de maneira coletiva determinarão nossos futuros compartilhados. Se sobreviveremos ou pereceremos; se viveremos em paz ou permitiremos que a violência defina nossas vidas; se iremos nos relacionar com a Terra de maneira sustentável ou não, são questões que serão profundamente moldadas e decididas pelas escolhas que fazemos na atualidade e pelas nossas capacidades para alcançar nossos objetivos comuns. (2022, p.8)
DI: Dentre os compromissos do Pacto Educativo Global, colocar a pessoa humana ao centro aparece como o primeiro. Nessa perspectiva, como as políticas educacionais podem se mobilizar para tornar este compromisso concreto?
HH: Primeiramente, vale compreender o sentido que o compromisso de “colocar a pessoa no centro” expressa. O foco não está restrito a uma visão de reconhecer o valor de cada pessoa em sua integridade. Preocupa-se pela qualidade das relações e alerta que esse cuidado é fundamental para a saúde social. “Colocar a pessoa no centro” é optar por relações solidárias, fraternas e acolhedoras e, por isso, rejeitar toda atitude que prive, fragmente e desrespeite essa vocação. Enfim, é “caminhar juntos”, construir uma aldeia educativa, “onde, na diversidade, se partilhe o compromisso de gerar uma rede de relações humanas e abertas” (Papa Francisco, 12/09/2019), e nelas, incluem-se, também, as relações com os seres vivos não humanos. Nesse sentido, as políticas educacionais só serão construtoras dessa “aldeia” se definirem futuros socialmente inclusivos, justos (em termos de reparação e enfrentamento das desigualdades e exclusões socioambientais), equitativos e em harmonia com a
Natureza. E, para essa construção ser concreta deve ser realizada de forma local e democrática, escutadora, discernente e transformadora. Se não garantirem isso, esvaziam-se no tempo, afastam as pessoas e são socialmente improdutivas.
DI: A UNESCO, em seu relatório, trata a Educação como um contrato social: um acordo entre os membros da sociedade objetivando um benefício comum. Qual o papel da família nesse compromisso?
HH: A família precisa reconhecer-se como a primeira escola que cuida, apresenta valores, cultiva virtudes e transmite a fé. Esse é seu dever e precisa esforçar-se por concretizá-lo da melhor maneira possível. É uma tarefa artesanal que denota dedicação, abertura e aprendizado. Quando a
família entende que esses pilares educativos são de sua responsabilidade, tende a respeitar os professores e a proteger as escolas, porque sabe que o papel da escola é apoiá-la na educação dos seus filhos. A escola, ao socializar o conhecimento, transcende as fronteiras da família e fortalece a experiência de cidadania dos estudantes. Essa responsabilidade se fortalece quando a família se envolve na vida da escola, acompanha, participa e valoriza suas propostas e expressa ao filho que a escola é um espaço fundamental para seu desenvolvimento. Nessa sintonia social, a família também deve procurar estabelecer vínculos na comunidade local e com a Natureza. Dessa forma, seu compromisso é construtor de relações saudáveis, para seus filhos e para a sociedade. Se a família se fecha em suas crenças, não dialoga nem participa, poder-se-ia dizer que não compreendeu seu papel educativo.
DI: Para a educação, com base no Pacto Educativo Global, quais os desafios para a construção de um mundo rumo a futuros mais justos e sustentáveis?
HH: Os desafios estão naquilo que precisamos fazer para concretizar os 7 compromissos que o Pacto Educativo Global nos propõe. É sair da ideia e empenhar-se em iniciar processos, acompanhar e avaliar o quanto nos aproximamos disso que desejamos. Por exemplo, assumir o compromisso de “educar-nos à acolhida” deve levar-nos a ver a realidade, discernir aquilo que vemos e propor ações concretas que evidenciem que é possível construir esse estilo de vida acolhedor que queremos. A “atenção” que dedicamos a esses avanços é chave para nos mostrar os desafios que temos. Caso contrário, continuaremos reféns de ideias, de discursos. O Relatório da Unesco apresenta-nos um critério fundamental para qualificar essa atenção: “uma ética da inclusão precisa orientar nosso trabalho coletivo para governar a educação” (p.106). E esse desafio implica metodologias solidárias, interdisciplinares, interculturais e afetivas que nos permitam “aprender e trabalhar juntos” por esses futuros mais justos e sustentáveis. Que a inovação educativa que propomos seja expressão dessa “atenção” que prestamos.
REFERÊNCIA:
Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação – Brasília: Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação, UNESCO; Boadilla del Monte: Fundación SM, 2022.
Equipe de Karatê do Diocesano conquistou 57 medalhas no IX Campeonato Nacional de Karatê-Do Tradicional, em Cascavel, no Paraná
EvOLuÇÃO COnTínuA
T RI lh A s D e e D u CAção TRA zem GRAND es R esulTAD os PARA N oss A es C ol A
OColégio Diocesano Santa Luzia é um verdadeiro exemplo de excelência em todos os aspectos da educação. Escola centenária que se destaca não apenas pelo ensino de qualidade, mas também pelas grandes conquistas que vem acumulando ao longo das gerações.
No esporte, o colégio é um celeiro de talentos. Somos 14 vezes campeões gerais dos Jogos Escolares de Mossoró, com destaque para 12 conquistas do primeiro lugar, além de expressivas conquistas no Futsal, Ciclismo e Natação no JUVERN’S 2024. O incentivo ao esporte vai além das quadras, pois a escola acredita que a prática esportiva é fundamental para o desenvolvimento integral dos estudantes.
Nas aprovações em universidades públicas e privadas, o Diocesano é referência. Com uma equipe de professores altamente qualificada e um projeto pedagógico sólido e inovador, os alunos têm atingido índices impressionantes de aprovação. Somos pelo 8º ano consecutivo a escola que mais aprova no SISU através da nota do ENEM, com mais de 50 aprovados só na primeira chamada. O preparo acadêmico oferecido pelo colégio é reconhecido como um dos melhores da região, conquistando aprovação inclusive em Medicina na UECE, um dos cursos de maior tradição e concorrência do nosso país.
A arte e a cultura também ocupam
Somamos mais de 50 aprovações na primeira chamada do SISU em 2024
um lugar especial na instituição, nossa Feira de Ciências e Artes, a Diotecarte, é um dos eventos mais esperados pela comunidade escolar, onde os alunos apresentam peças teatrais, exposições e mostras que encantam a todos. Além disso, o coral Santa Luzia e o grupo de dança Diocecena, são conhecidos por suas apresentações emocionantes. Recentemente, obtivemos o prêmio de 2º lugar no Festival de Dança de Join-
Colégio Diocesano se consagra como campeão estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica pelo oitavo ano consecutivo
ville com a coreografia Seca D’água. Em termos de público e participação, este é o maior evento do mundo. Nas feiras de ciências, o Colégio Diocesano Santa Luzia tem se destacado pela criatividade e inovação de seus projetos. Os estudantes, orientados por professores dedicados, desenvolvem pesquisas que não apenas ganham prêmios, mas também contribuem para solucionar problemas
reais da comunidade. Através da feira do Semiárido Potiguar, conquistamos credenciais e prêmios em diversas feiras das quais participamos. No último ano, fomos destaque na Febrace, conseguindo 5 premiações, e conquistamos vaga na Genious Olympiad 2024, uma das maiores feiras do mundo, sediada no Rochester Institute Technology nos Estados Unidos.
Destacamo-nos nacionalmente por conquistas em diversas olimpíadas do conhecimento, consolidando a reputação como uma instituição de ensino de excelência. Com um currículo que valoriza o desenvolvimento integral dos alunos, a escola tem alcançado expressivos resultados em competições acadêmicas. Já somamos mais de 160 medalhas só no primeiro semestre deste ano, com destaque para a maior premiação da Olimpíada Internacional Canguru de Matemática, nas 29 medalhas conquistadas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, e a classificação de 4 equipes para disputar a final em Campinas-SP da Olimpíada Nacional de História do Brasil, que ocorrerá no final de Agosto.
Com um histórico de resultados expressivos e um ambiente que valoriza o crescimento em todas as áreas, o Colégio Diocesano Santa Luzia se consolida como uma das melhores escolas do estado, sendo motivo de orgulho para todos os seus alunos, professores, gestores e famílias.
Equipe de Futsal sub-14 do Diocesano faz história e conquista o campeonato estadual da categoria no JUVERNs 2024
Acada ano, novos desafios e adversidades se colocam diante da humanidade. Em um cenário em crescente globalização e, em muitos casos, de desigualdades múltiplas, seja em um contexto individual ou coletivo, a educação se mostra cada vez mais como um dos principais fatores a auxiliar o crescimento social das pessoas.
O exercício pedagógico e a forma como o ensino e a aprendizagem funcionam ao redor do mundo desempenham papéis fundamentais nas transformações que nós, enquanto humanidade, podemos realizar para o nosso presente e para as gerações futuras.
No mundo moderno, tecnológico e globalizado em que vivemos, a educação serve justamente como elo que nos conecta não apenas uns aos outros, mas também à sociedade global, oferecendo-nos novas possibilidades de diálogo, ação e, sobretudo, transformação. Pensar em um futuro pacífico, ecológico, sustentável, acolhedor e sensível só é possível em decorrência, em primeiro lugar, de uma pedagogia humanizadora.
Para chegarmos a esses futuros promissores, no entanto, precisamos inicialmente agir em uma perspectiva de coletividade. Reimaginar nossos futuros juntos requer que todos trabalhemos, enquanto sociedade, com o intuito de que esperança se torne realidade e para que possamos compartilhar de um mundo unido e fundamentado em princípios de igualdade, justiça social, econômica e ambiental.
Todavia, o papel da pedagogia nesse futuro é algo que precisa ser transformado em um esforço plenamente público e coletivo, a fim de se tornar cada vez mais um bem comum, na forma de um contrato social que possibilite a segurança do direito à educação para todos, e menos em um privilégio restrito a alguns. Fortalecer a educação com objetivos e propósitos compartilhados permite, a longo prazo, que indivíduos e sociedades possam florescer juntos.
É a partir dessa perspectiva, fomentada grandemente pelo mais recente relatório da Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação, da UNESCO e Nações Unidas, mATR í C ul A s A be RTA s PARA 2025 A PARTIR D e 07 D e ou T ub R o
A construção de laços entre os pares permite caminhos de transformação sólidos e inspiradores
O olhar pedagógico para cada ação torna possível uma formação humanizadora de nossas crianças que nós do Colégio Diocesano Santa Luzia pensamos os próximos passos para o ano vindouro. A pondera -
ção sobre o papel fundamental que a educação pode desempenhar na vida escolar de nossas crianças e jovens,
futuro de nosso país, é a questão central que nos guia ao longo dos caminhos de nossa missão.
REIMAGInAR
Oprojeto “Era Uma Vez...” faz parte das ações do LiberDió e das atividades vivenciadas na Biblioteca Cônego Estevam Dantas para o incentivo da leitura, escrita e ilustração/desenho por parte dos nossos estudantes, ou seja, a disseminação das informações e o acesso às diversas formas de manifestações artísticas e culturais através da apresentação de novas produções literárias com total autonomia das crianças em criar e ilustrar suas próprias histórias.
Para despertar a imaginação e a curiosidade das crianças em escrever e ilustrarseuspensamentosmaiscriativos, o projeto “Era Uma Vez...” opera através das histórias e desenhos que as mesmas foram produzindo. Essas vivências têm marcado significativamente a vida das crianças leitoras com o hábito de fazer seuspróprioslivrosexercitandoaescrita, a imaginação e criatividade.
Os objetivos do projeto envolvem, sobretudo, a promoção de um espaço
sociocultural para formação de escritores e leitores; de modo a desenvolver o gosto pela escrita e todo potencial cognitivo e criativo das crianças; viabilizando experiências de escritas significativas, como forma de incentivo às práticas autônomas de produção.
Abrir espaços de trocas de experiências leitoras e oportunizar o contato com os outros escritores da escola; e, estimular o processo da escrita para o despertar da cidadania e a busca de identidade e realização pessoal.
As ações do projeto “Era Uma Vez...” estão sendo desenvolvidas de forma voluntária desde abril de 2023, onde as crianças são as protagonistas de seus textos, ilustrações e com muita determinação expressam sua imaginação. Para as crianças, a literatura infantil com o manuseio dos livros, o gosto e prazer pelos momentos de leitura sempre foram vivênciassignificativaseagora,maisainda, com sua própria escrita de forma criativa e encantadora em cada texto e desenho.
O projeto “Era Uma Vez...” foi o melhor projeto da minha vida. Eu amei o resultado do meu livro “As aventuras de Bob”. Tenho que agradecer a Tia Wilma, Tia Lucimeire e a Maria Beatriz. Eu não sabia que o meu livro iria inspirar outras crianças a fazer os seus próprios livros. Quero agradecer às crianças que fizeram seus livros. Bob agradece muito! Beijos Laura!
POR: PE. ISAíAS COSTA
2024 ANO DA ORAçãO
O Papa Francisco anunciou que 2024 será o Ano da Oração na Igreja Católica, em preparação para o Jubileu de 2025. O Pontífice salienta: “a oração é a respiração da fé, é sua expressão mais adequada”. Assim, lança o convite a todos, durante este ano, de redescobrir a alegria de rezar na variedade de formas e expressões e fazer a experiência de uma “escola de oração”, relembrando as palavras dos discípulos quando pediram a Jesus: ‘Senhor, ensina-nos a orar’ (Lc 11,1)”
SETEMBRO: MÊS DA BíBlIA –UM CONvITE à REFlExãO E AO CONHECIMENTO
Neste mês de setembro, celebramos o Mês da Bíblia, um período especial dedicado ao estudo, à meditação e à valorização das Sagradas Escrituras. Também somos motivados a festejar a memória litúrgica de S. Jerônimo, tradutor da Bíblia das línguas originais (hebraico, aramaico e grego) para o latim, junto com Paula e Eustóquia. A Bíblia, mais do que um livro, é um guia de fé e sabedoria, que atravessa gerações e culturas, oferecendo ensinamentos que orientam nossa vida e fortalecem nossa espiritualidade. Para este ano de 2024, as reflexões partirão do Livro de Ezequiel, iluminado pelo lema “Porei em vós meu espírito, e vivereis” (cf. Ez 37,14). Este tempo faz ressoar mais uma vez entre nós a
certeza de que o Espírito do Senhor nos conduz à redescoberta da esperança como caminho que dá sentido à vida, colocando-nos no caminho de Deus. Este é o momento ideal para aprofundar nosso conhecimento, refletir sobre as mensagens divinas e renovar nosso compromisso com os valores cristãos. Participe das atividades e reflexões que marcam este mês e descubra a importância transformadora da Palavra de Deus em sua vida.
DIOCESE DE MOSSORó
CElEBRA ORDENAçãO
PRESBITERAl DE TRÊS
NOvOS PADRES
A Diocese de Santa Luzia de Mossoró vive um momento de grande alegria e importância com a ordenação presbiteral de três novos padres: Diácono Anderson Monteiro de Araújo, em 24 de agosto de 2024, Diácono Marciel Antônio da Silva, em 26 de setembro, e Diácono Francisco Gabriel da Silva, em data a ser confirmada. Este é um marco na vida da diocese, reforçando o compromisso de servir à comunidade com dedicação, fé e amor. A ordenação destes novos sacerdotes não só fortalece a missão evangelizadora da Igreja, como também é motivo de orgulho e renovação para todos os fiéis. Venha participar deste momento histórico e celebrar a continuidade da missão de Cristo na nossa Diocese.
DO FUNDAMENTAl ANOS INICIAIS
“O processo de escrita de Alissa vem desde muito cedo. Faz 07 anos que somos assinantes de um clube de livros infantis. E dentro desse contexto, Alissa desenvolveu aptidão para a escrita e leitura das mais variadas naturezas, seja em contos, narrativas e tantos outros gêneros textuais. Ela hoje, com apenas 08 anos consegue ler e interpretar livros volumosos dos mais variados níveis de leituras. Nos alegra vê-la oportunizar outros a lerem o que na imaginação dela se concretizou como livro, intitulado de “Luca e o passarinho”. Essa história tem um final surpreendente e prende a atenção do leitor. Temos muito orgulho dessa escritora mirim em nossa família e estamos aqui para apoiá-la e cada vez mais incentivar ações como esta. Parabéns ao Colégio Diocesano Santa Luzia por este espaço para nossas crianças!” ESCRITORA
Hadassa foi tocada fortemente pela escrita enquanto frequentava a Biblioteca escolar do Colégio Diocesano Santa Luzia. Fico encantada com o resultado de cada mergulho que minha filha apresenta através da criação de suas histórias dentro do projeto “Era Uma Vez...”; além de levá-la a projetar sua criatividade no papel, ainda tem contribuído com a sua própria compreensão na organização de ideias, incentivado não só o uso do vocabulário, mas também sua autonomia no raciocínio. É perceptível o quanto a proposta tem desenvolvido não só sua escrita, mas também as habilidades socioemocionais, dela e das demais crianças que em seguida aderiram à proposta. É lindo ver também, a presença das famílias nos lançamentos, valorizando e incentivando suas crianças, uma linda parceria entre família e escola. O interessante, é que ela não quer parar de escrever e no seu caderno de desenho (que separou só para suas histórias) constrói sempre um conteúdo para levar para as tias da Biblioteca poderem acompanhar e “publicar”. É vivenciando esse projeto e futuras propostas que compreendo: a minha pequena escritora tem sido e continuará sendo um sucesso na escrita e na vida!”
KEINA CRISTINA SANTOS SOUSA, MãE DE HADASSA CRISTINA, DO FUNDAMENTAl ANOS INICIAIS
InOvAÇÃO COM SIGnIFICADO
APReNDIzAGem
De NoVA líNGuA é PARTe fuNDAmeNTAl De NossA esColA
No coração do processo de ensino -aprendizagem, o ensino bilíngue se destaca como uma ponte que conecta, não apenas línguas, mas também culturas, mentes e futuros. Em um mundo cada vez mais globalizado, a capacidade de transitar entre diferentes idiomas não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade vital. O domínio de uma segunda língua desde a infância abre portas para um universo de possibilidades, expandindo os horizontes dos alunos e permitindo que eles se tornem cidadãos do mundo, preparados para os desafios e as oportunidades que a vida lhes reserva.
No Colégio Diocesano, a educação bilíngue é mais do que uma simples adição ao currículo; é uma filosofia pedagógica que permeia toda a experiência educacional. Em sala de aula, o bilinguismo é vivenciado de maneira orgânica, em que o português e o inglês se entrelaçam para formar um tecido rico e diversificado de conhecimento. Nossas aulas são estruturadas de forma a incentivar o pensamento crítico e a resolução de problemas, utilizando os dois idiomas como ferramentas complementares. Aqui, os alunos aprendem a falar e escrever em uma segunda língua, como também a pensar e a expressar-se em múltiplos contextos linguísticos e culturais.
Os projetos desenvolvidos pelo programa bilíngue no Colégio Diocesano são um reflexo dessa abordagem integrada e multifacetada. Através de atividades interdisciplinares, os alunos têm a oportunidade de aplicar o que aprenderam em sala de aula em situações reais, desenvolvendo projetos que vão desde a criação de peças de teatro bilíngues até a elaboração de artigos científicos em inglês. Esses projetos, não apenas reforçam o conteúdo acadêmico, mas também estimulam a criatividade, a colaboração e a capacidade de comunicação,
Os Day Camps são imersões onde os alunos podem aprender inglês fora da sala de aula. Esses acampamentos diurnos são organizados com uma variedade de atividades, como jogos e esportes, todas conduzidas em inglês. O objetivo é proporcionar o uso do idioma, para que os alunos possam praticar suas habilidades de escuta e fala de maneira lúdica e espontânea
preparando os alunos para enfrentar um mundo em que a fluência em mais de uma língua é essencial. Em última análise, o ensino bilíngue no Colégio Diocesano é mais do que uma metodologia; é uma jornada de descoberta que capacita os alunos a explorarem o mundo com confiança e curiosidade. Ao dominar um segundo idioma, nossos alunos se preparam para o futuro, tornando-se agentes ativos na construção de um mundo mais conectado e inclusivo. É essa visão que guia nosso trabalho e que continuará a moldar as mentes e os corações daqueles que passam por nossas salas de aula. No Colégio Diocesano Santa Luzia, o ensino bilíngue é mais do que um simples currículo. Ele se manifesta por meio de projetos dinâmicos que engajam os alunos de maneira profunda e significativa. Três dos principais projetos que refletem essa abordagem são o Diocesano International Week (DIW), os Day Camps e o Projeto Dio Space Mission. Cada um desses projetos é concebido para desenvolver competências linguísticas, cognitivas e sociais dos alunos, integrando-as em experiências práticas e enriquecedoras.
As atividades incluem apresentações culturais, debates, feiras de nações e workshops, onde os alunos podem aplicar suas habilidades de comunicação em inglês de forma prática. Além disso, o DIW incentiva a colaboração entre alunos de diferentes séries, fortalecendo o senso de comunidade e respeito pelas diversas culturas.
Voltado para os alunos do nono ano do Ensino Fundamental e das primeiras séries do Ensino Médio, o Projeto Dio Space Mission desafia os estudantes a aplicar o inglês em contextos técnicos e científicos. Eles são estimulados a pesquisar, criar e apresentar projetos em inglês, desenvolvendo suas habilidades linguísticas, mas também suas capacidades de pensamento crítico e inovação.
O Dio Space Mission é uma iniciativa queconectaoColégioDiocesanoaum dos centros de inovação e tecnologia mais renomados do mundo. Os alunos têm a oportunidade de participar de atividades científicas e tecnológicas, desenvolvendo projetos que podem, eventualmente, ser apresentados à NASA
A Dio International Week é uma celebração da diversidade cultural. Durante uma semana, os alunos mergulham em atividades que exploram diferentes línguas e tradições de várias partes do mundo. O objetivo é promover a consciência global e desenvolver a comunicação em inglês, permitindo a experiência do uso do idioma em contextos reais e diversificados