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Não são de pedra as nossas casas, mas de mãos...
Junho - 2013
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II SÉRIE
PROGRESSO e ARAUTO A história de Vilarandelo P
Índice
No sentido de perpetuar duas relíquias da Casa do Povo e dos Vilarandelenses, a Direcção decidiu mandar digitalizar, imprimir e encadernar dois exemplares (na foto acima) do Progresso e do Arauto de Janeiro de 1961 a Março de 1968 e Março de 1974 a Maio de 1991, respectivamente. Informamos que, todos aqueles que pretenderem encomendar um ou os dois livros, o podem fazer na Secretaria, no edifício do Centro Comunitário durante as horas de expediente. O preço do Progresso é de 50,00€ e o Arauto é de 60,00€. A Direcção Pág.
Donativos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Recordar é Viver Homenagem a José Carvalho Azevedo. . . . . . . . . . . Usperigosus de Vilarandelo em Grande . . . . . . . . . . Miss e Mister Casa do Povo de Vilarandelo. . . . . . . . TEF com a peça “O Grande Teatro da Vida” de Calderón de la Barca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aniversários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dia Mundial da Criança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dia Mundial da Dança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Baú dos Sonhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diabetes Mellitus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rancho Folclórico de Vilarandelo. . . . . . . . . . . . . . . . Informação Paroquial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As visitas no Lar de Idosos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71.º Aniversário da Casa do Povo. . . . . . . . . . . . . . . . “Noite” - poema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Jardim de Infância. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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ANO VIII
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NÚMERO 37
Editorial
asseando pela envolvente rústica da nossa freguesia, registei com agrado que, a par do continuado abandono dos terrenos agrícolas, que outrora foram fonte de rendimento e sustento de muitas famílias, começa a surgir uma nova agricultura, orientada por gente jovem e menos jovem, interessada em arranjar alternativa à crise de emprego que nos afecta ou, simplesmente, como investimento e ocupação do tempo livre. Ser agricultor com fins lucrativos não é tarefa fácil, aliás nunca foi, pois sendo uma actividade de exterior, está sujeita às contingências climáticas, muitas vezes adversas. As estufas, bemvindas a Vilarandelo e ao que sei com algum sucesso, sendo uma óptima alternativa, não são solução para todas as culturas. Os agricultores de hoje, já podem dispor de apoio logístico e científico, capaz de minimizar os riscos, bem como de ajudas financeiras para início de actividade. Importará receber formação adequada e assumir forte mentalidade empresarial, com vista ao lucro, procurando e/ou criando circuitos de comercialização para os produtos agrícolas. O deficiente funcionamento das associações de agricultores, a difícil negociação individual com intermediários, a falta de uma política de preço mínimo garantido ou de referência, a par de decisões politicas que, nas últimas décadas, se mostraram ruinosas, potenciaram o abandono de campos férteis, a troco da “subsidio-dependência” e do prémio de improdutividade, pagos com “dinheiros” europeus, sobretudo da Alemanha, e que agora temos que “pagar com língua de palmo”, como diziam os antigos homens de palavra. Felizmente em Vilarandelo já há alguns sinais de retorno e há jovens que não aceitam viver à custa do subsídio de desemprego ou do RSI. Quantos mais poderia haver, se houvesse coragem, por incentivo ou por iniciática própria, de abandonar o falso “bem-bom” das grandes cidades, por parte de jovens subsidiados, pelo desemprego ou pela carência e regressassem às origens para viver com dignidade, trabalhando os campos abandonados, por forma a arranjar meios de subsistência e potenciar riqueza individual e colectiva. Necessariamente, teria que haver apoios financeiros, técnicos e logísticos, através do IFAP, organismo público direccionado para a agricultura, quer para a compra ou arrendamento dos terrenos, quer para o amanho e plantação/sementeira. Garantidamente, que se criava uma perspectiva de futuro melhor, substituindose a atribuição de um o subsídio mensal, que não passa de uma “esmola” sem retorno, ainda que justa num contexto de apoio social, por um investimento sério capaz de criar riqueza. Mostrase absolutamente necessário pôr em prática o velho e sábio ditado chinês, “não lhe dês o peixe, ensina-o a pescar”.
Uma seara exemplar. António José Garcia Ferreira Secretário da Direcção