Editorial Caros(as) leitores(as), Depois de dois anos parados, predomina a sensação de que o tempo é escasso e o futuro incerto. No primeiro Verão pós pandemia ansiamos pelo retorno da normalidade. Poder tirar a máscara, acabar com o distanciamento social, abraçar, beijar e conviver sem receio. continua na página 2 página 10 página 3página 7 Boletim Informativo da Casa do Povo de Vilarandelo - Concelho de Valpaços Direct. Edit.: DIREÇÃO DA CASA DO POVO DE VILARANDELO - Comp. Luís Cancelinha | Imp. Gráfica Sinal - Chaves AGOSTO 2022 | II SÉRIE | NÚMERO 70 | Desde Março de 1974 “ARomanceCasadaCruz” “deCemitérioCaraLavada” NACIONALCAMPEONATOENDURO 2022


















































O Presidente Pedro Teixeira
2 ARAUTO JUNTA DE FREGUESIA DE VILARANDELO
Clube Automóvel de Vilarandelo Caros amigos, O CAV de Vilarandelo vem deste modo agradecer a todos a ajuda prestada no Campeonato de Portugal de Perícias - Perícia de Valpaços. de nos relacionarmos com o mundo e trouxe-nos importantes reflexões sobre o que realmente importa para as nossas vidas e sobre os resultados das nossas atitudes em relação ao meio ambiente. Neste contexto, mais do que nunca, o executivo considerou ser importantíssimo proporcionar às nossas crianças e jovens a ocupação dos tempos livres. A Câmara Municipal de Valpaços tem realizado esforços no sentido de dar uma resposta a esta necessidade. Deste modo, promove programas de ocupação/ animação de tempos livres que assegurem as férias escolares, com a realização do Projecto “Férias em Grande”, com o objectivo de criar e dinamizar um evento para crianças e jovens dos 6 aos 15 anos de idade do Concelho de Valpaços. Este projecto decorreu nas freguesias de Valpaços e Sanfins, Carrazedo de Montenegro e Curros, Vilarandelo e Ervões, sendo que as crianças de Ervões frequentaram as actividades aqui na Vila. Assim, as crianças e jovens dos 6 aos 15 anos, da nossa Vila e de Ervões, durante o mês de Julho, no período da manhã, tiveram a oportunidade de frequentar gratuitamente momentos de diversão e actividades lúdico-expressivas contribuindo para o seu equilíbrio emocional e psicológico. Este ano o número de inscrições aumentou significativamente, verificando-se também uma procura por parte de crianças e jovens residentes noutras localidades e até no estrangeiro, que se encontrando de férias por cá, em casa dos avós, mostraram interesse em participar nestas actividades. O balanço foi positivo e contamos criar, em anos posteriores, mais e melhores condições, no sentido de alargar períodos de tempo e diversificar actividades.APresidente da Junta de Freguesia Sónia Barreira No geral o evento correu bem, primamos pela segurança e boa organização para a satisfação de todos, no que estava ao nosso alcance e sob a nossa autoridade correu tudo como previsto, sem incidentes, podemos dizer que foi um bom domingo de entretenimento e emoção neste Campeonato de Portugal de Perícias. Aos pilotos e ao público queremos agradecer pela vossa comparência, sem vocês não havia espetáculo. Um agradecimento aos membros do Clube Demo Porto e do Clube Automóvel de Vila Real pela ajuda nas diversas tarefas desempenhadas, aos representantes da FPAK e claro um enorme obrigado aos patrocinadores, com especial agradecimento ao Município de Valpaços, Junta de Freguesia de Valpaços e Junta de Freguesia de Vilarandelo. Queremos realçar e agradecer à Carpintaria M.T. Paulo Silva de Vilarandelo pelos troféus, estavam top, à Imobaia pelas instalações cedidas, à Padaria Pastelaria Juvenal 1 e Panificadora Moutinho pelos folares, Encostas de Sonim, Quinta das Corriças, Quinta do Salvante, Medeiros&Cavaleiro, Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, Adega Cooperativa de Valpaços pelo vinho e azeite, ao Talho Eduardo e Talho Fernando Gonçalves & Filhos pelos presuntos, à Tua Car e Intermarche de Valpaços pela logística e cooperação e à Auto Cerdeira por toda a sua disponibilidade e os serviços prestados.
Regressam as festas e arraiais, os reencontros, os convívios nas esplanadas, os churrascos, as bebidas. Quem vive fora do país quer regressar aquele refúgio em Portugal para estar com amigos e família. Os pais anseiam pela chegada dos filhos e netos que vivem longe, mas junto do seu Vamoscoração.fazer com que este Verão seja o melhor possível, desfrutando de cada momento.
Prometamos dedicar mais tempo a nós e aos nossos, pois seremos mais felizes, na medida em que sejamos mais tolerantes, próximos,Aproveitemosdisponíveis. para refrescar corpo e mente. Umas semanas podem fazer a diferença se as vivermos de forma plena. Ficaremos mais fortes, estruturados e com energia positiva para o resto do ano. Termino com uma citação de Séneca: “Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida.” Desejo-vos um Verão incrível. A Presidente da Direção da Casa do Povo deVilarandelo, Isabel Sequeira Editorial Caros Leitores, A pandemia da COVID-19 forçounos a repensar muitos dos nossos hábitos e costumes, feznos reinven tar formas
A todos os restantes patrocinadores não menos importantes que ajudaram monetariamente mesmo com as dificuldades que atravessam, o nosso muito obrigado pelos vossos donativos, só com a ajuda de todos foi possível levar este evento a bom porto. Da nossa parte estamos comprometidos a trabalhar e a disponibilizar o nosso tempo para a realização de eventos que dignifiquem a nossa região e o nosso Clube Automóvel de Vilarandelo, tentaremos ultrapassar todas as burocracias e obstáculos para a realização de tais eventos e outros que sejam possíveis.MuitoObrigado e até dia 27 de Agosto, na Perícia de Vilarandelo, onde voltamos para derreter pneus.








UmaVilarandelovilasem igual Do concelho de Valpaços Distrito de Vila Real DeVilarandelojoelhos a teus pés Com tua boa gente Fazem de ti o que és. TerraVilarandelodegente tão querida DoVilarandeloconcelho de Valpaços Não há outra tão garrida! EVilarandelotuabanda musical Com música de excelência Não havendo outra igual
Uma lição de Vida
TerraVilarandelodegente tão querida NoVilarandeloconcelho de Valpaços Não há outra tão garrida! ComVilarandeloteuser social E admirável folclore E uma gente sem igual! TerraVilarandelodegente tão querida NoVilarandeloconcelho de Valpaços Não há outra tão garrida! José Nogueira Cavalheiro Marcha de Vilarandelo
A caminho dos meus 98 anos não me esqueço de uma lição que tive quando tinha 7 ou 8 anos. Era costume o meu pai trazer-me uma lembrança quando ia para fora vender bolas porque tinha uma confeitaria. Certo dia, vésperas de Carnaval, trouxe-me um pacote de 25 serpentinas. Fiquei muito contente. O meu pai abriu o pacote e deu-me uma de cada cor. Fiquei muito amuada porque queria o pacote inteiro. O meu pai ao ver a minha reação pegou nas 20 serpentinas do pacote e atirou-as ao lume, uma de cada vez, e olhando para mim: “olha que linda!”. De seguida pegou nas minhas e deitou uma de cada vez ao lume. Estas eram todas para ti, mas como tu ficaste amuada ficas com estaQuemlição. tudo quer, tudo perde!
Usprigozus-Grupo TT Foi uma competição de dois dias, estando em jogo a disputa de todos os títulos dos diversos campeonatos, obrigando todos os pilotos a dar o máximo. A prova decorreu debaixo de muito calor, afetando quer pilotos, fiscais de pista e todo o staff. A Organização está mais uma vez de parabéns pelo sucesso de mais um evento, esforço despendido e reconhecido por todos com rasgados elogios. A logística da prova esteve mais uma vez concentrada no excelente Pavilhão Multiusos de Valpaços composto pelo Secretariado, Paddock, Direção de prova, Júri, etc. As especiais localizadas na “Pista de Motocross” de Valpaços, no “Pousadouro” e na “Fraga da Calvoa” em Vilarandelo tiveram vasta adesão do público ao longo do dia. Queremos agradecer, a todo o staff que durante meses trabalhou arduamente na limpeza dos terrenos e percursos, na estacagem e marcação das especiais e na remoção das mesmas. A todos os voluntários que colaboraram connosco, em nome individual, instituições, coletividades e clubes, que aguentaram guerreiramente durante dois dias nos seus postos ao longo de várias horas. Sem eles não seria possível. Agradecemos, também a todos os proprietários de terrenos e caminhos que nos possibilitaram a passagem dos concorrentes para realizar o belíssimo percurso traçado. Para finalizar, queremos agradecer a todos os patrocinadores, Câmara Municipal de Valpaços, Intermaché de Valpaços, Junta de Freguesia de Valpaços e Sanfins, Junta de Freguesia de Vilarandelo,Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valpaços, Racespec, CFL, ML Auto, Caves de Valpaços, Gráfica Amendoeira, Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços, todo o apoio dado, pois sem eles era impossível a realização desta prova. Parabéns a todos por mais um sucesso! O nosso muito obrigado. A Direcção Agradecimento sentido no 7º aniversário Caros amigos e colaboradores do lar de idosos da Casa do Povo de Vilarandelo. Hoje dia 15/07/2022 faz 7 anos que esta instituição me acolheu. Nessa altura eu estava a passar por um dos piores momentos da minha vida, física e espiritualmente desanimado, desesperado e graças a esta boa gente eu coloquei a minha vida no caminho certo. É por isso e muito mais que eu quero neste dia dar graças a Deus e aos principais responsáveis desta instituição, que por cá passaram e aos que de novo vieram e apesar dos maus falantes que nunca fizeram nada e que estão sempre a denegrir os que trabalham sem daí tirar qualquer proveito. A todos eu quero agradecer porque foi graças a toda esta boa gente que eu voltei a ser um homem feliz e com muita vontade de viver. Eu, depois de 7anos se tivesse que decidir novamente, tomaria a mesma opção que tomei há 7 anos atrás. É por isso que eu quero agradecer a todos o respeito, o carinho e amizade que toda gente tem vindo a mostrar. Animadora e professora de educação física que tanto esforço todos os dias faz para que as cadeiras de rodas fiquem perto de todos nós e também não me posso esquecer da Direção Técnica e da nossa equipa médica de serviço. Começando pelas nossas enfermeiras Leonor e Amy e doutora Ana Morgado que são de grande profissionalismo e têm uma grande formação e humanismo, que tudo fazem para que os utentes se sentiam felizes. Muito obrigado a todos. Utente do Lar de Idosos da Casa do Povo de Vilarandelo, Fernando Lopes
3ARAUTO USPRIGOZUS- Grupo TT de Vilarandelo, organizou nos dias 18 e 19 de Junho, o 6º Enduro Rota do Folar, com a particularidade e responsabilidade de ser a última prova a contar para o Campeonato Nacional de Enduro 2022.
Utente Lar de Idosos de Vilarandelo Amélia Reis Magalhães








Conclusão: ser um músico é isto tudo e muito mais. Eduardo Ferreira da Costa Como o tempo hoje, escasseia e vinda Você é tão linda em todos os sentidos. E seja muito bem-vinda A todos os nossos jardins floridos Minha Boa e querida amiga Este coração está tão apodrecido Que a escrever para vós me obriga Obviamente o seu é tão dócil e querido. Consigo apanhei tanta confiança Como é evidente agora tem de me aturar E no futuro tenhamos já a esperança Num amanhã novo aí próximo a chegar. E num amanhã novo aí a vir Nunca percamos a esperança De uma linda Primavera a florir E num mundo novo em mudança Como é óbvio consigo aprendo a sorrir. E a caminho nessa estrada Com os pés a trilhar As pedras de uma calçada Consigo faça caminhada Em cada nova Madrugada Em cada novo dia Em paz e com alegria Fim de uma tarde de Verão Farto de ouvir as notícias sobre os incêndios que, mais um vez, queimam este país, peguei na carteira e nas chaves e decidi esticar as pernas e espairecer as ideias. Desci as escadas e tomei o caminho da rua. Olhei para as videiras da entrada. As uvas parecem estar a crescer bem. Ao passar ao lado do jardim reparei que as hortências já mostram que tem estado um calor acima do que é normal para o nosso Verão - vários dias acima dos 40 graus e com noites bem tropicais. A figueira que está encostada ao muro precisa de ser cortada.
4 ARAUTO A NOSSA BANDA Assim como o mundo não é plano, a Banda Musical de Vilarandelo, também teve altos e baixos. O meu leve conhecimento da banda, começa na época do Mestre Pereira. Era agradável aos domingos no toural ou no Senhor dos Milagres, ouvir melodias por um conjunto de quarenta homens de boa vontade que viviam harmoniosamente a música, porque nem só de pão vive o homem!... Quando o ilustre P. Ribeirinha Machado pegou na Casa do Povo, criou várias valências, entre as quais a Banda Renovada. Farda nova e substituíram o boné pela boina, com duas fitas: verde e vermelha. Como Presidente, o dedicadíssimo Senhor Manuel Pascoal e como Mestre o Saul. Mais tarde o Leal, o Rego e outros. Com essa renovação aderiram muitos jovens, mas só rapazes que havia muitos na época, as raparigas ainda não gozavam desse privilégio. Quem os mantinha na ordem era o praxista Zé Martelo, que tinha sido guarda redes e tinha a mão pesada. Uma procissão, numa festa, tinha que ter uma ou mais bandas e todos queriam que passasse no seu bairro. Faziam dezenas de arraiais que duravam até ao nascer do sol. Toda a gente dançava animadamente ao ritmo de cada modinha popular. Era no arraial que as raparigas tinham alguma liberdade dos olhares serrados das Mães. As Mães, conhecedoras da sua passagem pela juventude, sabiam bem que a dançar não se emprenha, mas é assim que se engenha. Tinham por hábito premiar a melhor banda do arraial, os músicos só desciam do coreto depois de receberem um ramo de flores das mãos da filha do mordomo, por ter sido a melhor das três bandas presentes.
Qualquer dia tem de se ir para a estrada e aqui pode ser perigoso por causa da Passeicurva.pelacasa do Senhor Domingos.As uvas estão melhores que as nossas. Um cãozito começou a ladrar na varanda da casa que foi do Manel Serralheiro. Mais à frente o Carlos, filho do Amândio da Bloqueira, regava alguma coisa na hortinha em frente da casa.
O transporte era uma camioneta aberta da Arcânja e do Catrina e, para espantar o sono, continuavam a tocar brincando até chegar a Vilarandelo já com o sol bem alto. Os músicos eram distribuídos pelo povo, cada família dava de comer a um dois ou três. Eles, diziam que se comia melhor em casa dos pobres que dos ricos, mesmo com as galinhas a passar de um lado para o outro da casa. Pelos buracos do soalho, viam-se os animais de grande porte que coabitavam no résdo- chão da mesma casa, mas festa é festa e nesse dia, nada podia falta. A dona da casa, com a ajuda das filhas, carregava em alguidares e tabuleiros de barro os assados do forno diretamente para a mesa. Os melhores bocados eram para os Srs. Músicos. Chegavam-se a fazer boas amizades com essa partilha, no ano seguinte estavam outra vez no mesmo patrão. Quando o contrato era a seco e não havia restaurante, remediavam com sandes e fruta. Um ano, fizeram de véspera um panelão de feijoada, como fazia muito calor, a feijoada fermentou e provocou um desarranjo intestinal. Durante a tarde, um por um, foram todos à vinha e, usando as folhas cheias de sulfato e enxofre para desenrascar. O concerto continuou, mas só a cinquenta por cento, vinham uns iam outros, até o mestre foi substituído. Havia muitos músicos no meu bairro, alguns ficavam com o nome do instrumento que tocavam, como o Américo e o Alberto da Requinta. A primeira festa de verão que a banda de Vilarandelo costumava fazer, era a de Guide e traziam de lá as plantas de pimentos que diziam ser de boa qualidade. O Tio António Contrabaixista, não queria faltar por nada logo à primeira festa do ano…” Porque em dia de festa a barriga atesta”. Mas, em cima da hora descobriu que tinha um sapato completamente roto e não tinha outros!... Pensou, pensou melhor, e saiu uma ideia brilhante. Arranjou um pano de linho, ligou bem o pé e calçou um chinelo, convinha mancar de vez em quando!... Conclusão: foi recebido por toda a gente como um herói, pela sua dedicação e amor à banda. Havia vários exemplos de dedicação: como o Senhor Mário Alexandre, já muito debilitado das pernas, encostavam-lhe o burro às escadas e ia a cavalo até ao carro da banda. Não fazia as arruadas, mas nos concertos era uma mais valia. Quando chegavam da festa, já lá estavam com o burro para o transportar para casa. Uma farda, é sempre uma farda e, como tal deve andar asseada e limpa. Os próprios colegas fiscalizavam algum mais mal jeitoso que fosse mal fardado. Um deles, era acusado de andar sempre com os bolsos do casaco untados, com a gordura dos bocados de carne mal embrulhados que trazia para casa. O ponto mais negro da história da banda, foi marcado pela morte do Fernando Chaves.Todo o Vilarandelo ficou de rastos!... O choque marcou aquela geração!... Se repararem, eu só estou a falar da banda dos anos cinquenta aos setenta, por isso, lanço o desafio a alguém com conhecimentos mais vastos, que faça um historial digno da banda, desde a sua fundação até aos dias de hoje. Um músico e um boémio discutiam entre si!... Diz o músico: tu és bêbedo… Diz o boémio: e tu és músico… … Tu és provocador…… E tu és músico… …Tu és um pulha…… E tu és músico… …Tu és um vígaro…… Tu és músico… … Tu és um corrupto…… E… tu és músico!És um mariola como o teu Pai. É capaz, o meu Pai era músico!!....
• Boa tarde. • Boa Dotarde.lado direito da estrada, ouvia-se o barulho da rega no campo do Senhor Amândio da Caçónia. O fim de tarde estava ainda muito quente. Corria um arzinho mas parecia saído da boca de um qualquer forno. Em frente à casa dos Rosa Lopes, as luzes já iluminavam a Nossa Senhora de Fátima com os pastorinhos ajoelhados à sua frente. A oficina do Manel das motas já estava fechada. A loja do Tony também. Ao passar pelas portas do lagar de azeite reparei que se calhar já precisam de uma pintura. Do outro lado da estrada, olhei para a casa que foi do Senhor Agostinho. Em frente ao Baía, estavam estacionados dois carros.
Minha Boa e querida amiga
O Rui Cancelinha estava sentado a uma das mesas da esplanada. Pedi um café e cigarros e sentei-me. Na televisão corriam as imagens de um jogo de futebol. Falámos do nosso Rancho. Quando acabei de fumar o meu cigarro despedi-me e fui até ao Multibanco da Caixa Agrícola. Fiz um levantamento e voltei para casa. José António Doutel Coroado Minha Linda estrela Dourada Minha estrela e guia O caminho nessa estrada Quero ver a luz do dia Minha estrela dourada Com as roseiras a nossa frente Aqui somos todo boa gente Vamos abrir o nosso coração As necessidades de cada irmão E que ninguém fique indiferente Com esta nossa tão grande Eprontidãocomisto não me leve a mal Ah minha rica senhora A quem tanto meu coração adora E que juntos saibamos ser unidos No presente a preparar o caminho Para o futuro em paz e união Utente do Lar de Idosos Vilarandelode Carminda Fidalgo



Realçamos o percurso da equipa sénior Amadora, que foi campeã da Taça Pedro Guicho e alcançou um prestigioso segundo lugar no campeonato após a realização de 5 jogos nos playoffs de apuramento de campeão, nos quais foi eliminada na marcação de grandes penalidades.
5ARAUTO Estimados leitores, Mais uma época desportiva que acabou, mais propriamente no final de Junho tendo iniciado em Setembro.
Foi mais uma época sem o nosso pavilhão, sem as Clube de Futsal da Casa do Povo de Vilarandelo nossas rotinas, fora da nossa zona de conforto. Mesmo com o imenso apoio dos adeptos que nos apoiavam em Valpaços, local onde fomos sempre bem recebidos e onde nos sentíamos em casa, nunca é a mesma coisa, a mesma emoção com os adeptos, pois no nosso pavilhão, parece que com um esticar de braço quase nos tocam. Contudo, com fracos recursos financeiros, logísticos e humanos, conseguimos terminar mais esta época, sem ninguém para nos apontar o dedo, sempre, apesar dos maus resultados, dignificamos e honramos o clube, a terra e o concelho, com muito esforço e sacrifício. Pelo segundo ano consecutivo, fomos reconhecidos pela Federação Portuguesa de Futebol como CBFF (Centro Básico de Formação de Futebol), recebendo o diploma directamente do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
Esta época tivemos em competição a equipa sénior masculina, equipa sénior feminina, equipa juvenil e equipa sénior amadora masculina, contabilizando no total entre atletas e dirigentes cerca de 70 elementos.
Agora, depois de tantos anos à espera de melhores condições do pavilhão, não estando de todo como era pretendido, a verdade é que está muito melhor e quanto a isso vamos ficar sempre gratos, tornando mais fácil o trabalho e não ser preciso rezar para que não fizesse mau tempo nos dias de treinos e jogos, pois isso era sinal de cancelamento do evento marcado. Queremos deixar à Liga Amadora de Valpaços, um forte abraço de agradecimento pela criação da Taça Pedro Guicho, uma homenagem que mantém vivo o seu nome e memória, por isso em nome do clube e família o nosso muito obrigado. Queremos parabenizar todos os clubes participantes nos diversos escalões, em especial aos campeões do campeonato e taça da AFVR. Deixamos um enorme agradecimento a todos os que nos apoiam e ajudam, os que nos acompanham nesta caminhada, desde adeptos, patrocinadores, colaboradores, jogadores, treinadores e directores, ao imprescindível apoio da Junta de Freguesia de Vilarandelo, Casa do Povo de Vilarandelo e Câmara Municipal de Valpaços, muitos destes, principalmente os patrocinadores que ajudam financeiramente, muitas vezes mesmo eles atravessando muitas dificuldades. Finalizamos informando da vontade de manter todas as equipas (Sénior masculino, amador e feminino, juvenis, e a criação das equipas de Petizes,Traquinas, Benjamins e Juniores, esperando mais de 100 elementos no clube. Um bem haja a todos. Saudações Desportivas. SEMPRECPV O Presidente Tiago Barreira
Na equipa juvenil, foram vários os atletas chamados à selecção distrital do seu escalão, mais deles o mereciam, mas quem tem o poder da decisão não teve a mesma opinião e, por isso, tivemos atletas que foram apenas chamados à primeira convocatória e três que foram até ao último evento da selecção. Sara Reis, ainda iniciada sub15, participou no torneio interassociações sub17 em futsal feminino, Ana Aspeçada sub17 realizou o mesmo feito, esta pela terceira vez consecutiva, assumindo mesmo o papel de capitã da selecção neste torneio e por fim, José Reis, ultrapassou todas as convocatórias da selecção sub15, representando a mesma no torneio interassociações da selecção distrital de Vila Real. Estas participações são um feito que nos deixa, enquanto clube, muito felizes, demonstrando um sinal de um bom trabalho com estes jovens que acompanhamos desde muito novos, desde os 5, 6 e 7 anos. Por essa razão é intuito deste clube fazer os possíveis para iniciar novamente com novas crianças, ensinar, formar, incentivar e até ajudar na educação social para um melhor desenvolvimento e um futuro melhor.
Pelo exposto, iniciámos em Maio as camadas petizes, traquinas, benjamins e juniores para verificar a viabilidade de continuar o ciclo pretendido, de nunca deixar acabar este clube enquanto houver disponibilidade, voluntariado e jovens que queiram fazer parte desta família.












Marcha dos Santos Populares 2022 A APP saiu p’ra rua Nesta marcha a desfilar Vamos Todos bem-dispostos E noviços a cantar Trazemos luz e cor E um brilho no olhar São os Santos Populares Que nós vamos festejar SantoRefrão:António e São Pedro Connosco vão cantar Pelas ruas de Vilarandelo A APP vai marchar A APP vai marchar Ó meu São João E nesta linda noite Canta a nossa canção Nas montanhas transmontanas Salpicadas de cor Há papoilas sorridentes Alegria e muito amor O aroma a manjerico O cheiro a sardinha assada Tens o luar mais bonito Ó APP sítio sagrado Refrão CACI de Vilarandelo APPACDM de Valpaços
No Centro de Dia celebramos esta data, através da criação da árvore genealógica de cada utente. Esta atividade além de permitir aos utentes relembrar antepassados, trabalhou também: memória, concentração, atenção e motricidade fina. “Nesta fase da vida não são as poupanças que temos, os bens que adquirimos ou a casa que conseguimos construir que importam, mas sim o apoio e o amor que temos daqueles que nos são próximos, que nos querem bem e que não nos deixam ficar desamparados ou viver na solidão.” A Equipa Técnica do CD
6 ARAUTO Os últimos dois anos, em que a pandemia se impôs às nossas vidas, foram anos de resiliência, mas essencialmente de resistência para as Instituições. As mesmas tiveram de reinventar as suas atividades de forma a garantir uma frequência agradável aos seus Utentes, minimizando os efeitos do isolamento social. O mês de junho foi o mês em que, lentamente e cumprindo todas as orientações impostas pela DGS, fomos retomando as nossas atividades exteriores e privilegiando as relações com a comunidade.Nodia24 de junho e em cumprimento do nosso plano anual de atividades, a APPACDM de Valpaços apresentou duas marchas populares, do CACI de Valpaços e do CACI de Vilarandelo à comunidade escolar da Escola Professor Ribeirinha Machado. Foi um privilégio participar de um espaço comum, envolvendo os nossos Utentes e as crianças que frequentam o Jardim de Infância e o Ensino Básico que, carinhosamente, nos presentearam com as suas marchas bem coreografadas.Dandocontinuidade ao mês dos Santos Populares, no dia 28 fizemos a apresentação da Marcha do CACI de Vilarandelo à comunidade de Vilarandelo, no Jardim do Toural. Juntaram-se à marcha, os Idosos do Centro de Dia e da ERPI da Casa do Povo, que de forma festiva partilharam da nossa alegria, integrando a marcha e enriquecendo-a.Esperamos, brevemente poder dinamizar mais atividades com as Respostas Sociais da Casa do Povo, uma vez que o benefício do relacionamento interpessoal com outras gerações se apresenta altamente benéfico para Todos os Utentes que destas atividades usufruem.Esta ação muito contribuiu para o estreitar dos laços que nos unem à Casa do Povo de Vilarandelo, Instituição à qual, aproveitamos agora para agradecer publicamente todo o apoio que ao longo dos nossos 10 anos de existência ativa nos tem proporcionado. Obrigada a Todos! Carla Pimenta Diretora da APPACDM de Valpaços
Sandra Oliveira Técnica Superior de Desporto Dia da Família O Dia Internacional da Família é celebrado a 15 de Maio. A data foi escolhida pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e é festejada anualmente desde 1994. Na terceira idade a família assume um papel de destaque. Nesta fase da vida, o idoso precisa sentir-se valorizado, viver com dignidade e receber o carinho da família, que tem um peso e uma influência extremamente importante. O apoio familiar na forma de amor, afeto e cuidado faz a pessoa idosa acreditar que é amada e estimada e esta atitude pode causar efeitos positivos na sua saúde. Pelo contrário o afastamento nesta fase e o sentimento de preocupação que recai sobre estes idosos pode levá-los a uma tristeza profunda e promover a ansiedade, os sentimentos depressivos, que por sua vez levarão à falta de ânimo, de apetite e terão obviamente reflexos nocivos na sua saúde física e mental.
Dia do Amigo O Dia do Amigo celebra-se a 20 de Julho e surgiu com o intuito de celebrar a amizade entre as pessoas.
Para comemorar este dia os Utentes do ERPI e Centro de Dia realizaram uma troca de postais onde redigiram mensagens de amizade. Com estas atividades pretendemos reforçar a importância dos laços construídos no dia-a-dia dos nossos utentes. Pretendemos que se estabeleça um sentimento de pertença e empatia pelo outro. Sandra Oliveira Técnica Superior de Desporto
A Marcha da APPACDM de Valpaços São João é conhecido como o “Santo Festeiro”. Dia 24 de Junho os utentes do Centro de Dia e ERPI comemoraram o São João. Os nossos utentes divertiram-se com as marchas populares e cânticos de São João. Para terminar não poderia faltar o lanche com todas as iguarias típicas desta festividade.








Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi.”
Santo Agostinho Assim, o executivo da Junta decidiu substituir as velhas e gastas escadas de acesso, por umas novas e mais seguras, com corrimãos laterais. Foi feita uma limpeza da capela e dos muros exteriores e renovado o portão de entrada. As grades da frente serão uma empreitada para mais tarde, no entanto a segurança e a limpeza tornaram este nosso local de culto mais aprazível e respeitável.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado. Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho…
Curiosidades da Vila A morte não é nada
Terra de Artistas A nossa Vila sempre “pariu” artistas, nas mais diversas áreas. Com o passar dos tempos verificamos que essa “regra” se mantém e felizmente ainda se faz jus a essas habilidades. O nosso conterrâneo Luís Cancelinha é prova disso. Realizou uma pintura no campo 3x3 BasketArt no Complexo Desportivo de Valpaços. Parabéns ao Luís e à Câmara Municipal por apostar nos artistas da região. Patrícia Doutel “A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo. Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador. Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Patrícia Doutel Cemitério “de Cara Lavada”
7ARAUTO Coincidências de “cor”
Mais uma vez, o nosso conterrâneo Rui Cancelinha surpreendeu-nos com uma obra de restauração de bancos velhos e estragados, em bancos coloridos, bem como de paletes transformadas em bancos, que trazem outro tom à nossa vila. A Junta de freguesia, na tentativa de reaproveitar o velho e criar cor aos recantos mais cinzentos, coincidentemente, restaurou velhos bancos e coloriu-os também! Até as cores são parecidas! “Quando o Homem quer, a obra nasce!”. Parabéns a todos pela iniciativa. Patrícia Doutel A palavra “cemitério” (do termo latino tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [koimitírion], “pôr a jazer” ou “fazer deitar”) foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura de seus mortos. É um campo santo, lugar onde prestamos homenagem a quem já partiu. Na nossa Vila será um dos lugares frequentados essencialmente por pessoas idosas e com alguma dificuldade de Alocomoção.propósito, gostaria de partilhar com os nossos leitores um dos poemas, a meu ver, mais bonito sobre a morte, da autoria de Santo Agostinho:
Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim. Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.







A Sapataria do Sr. Agostinho e a Oficina do Sr. Mário Marques
Lembrais-vos de mim?
Tradição de São João Na manhã de 24 de Junho em Vilarandelo a tradição ainda se mantém, mais uma vez os vasos de São João foram “roubados” na noite ou madrugada anterior das varandas e parapeitos de casas particulares, para ornamentar as escadarias das diferentes capelas, igreja e cemitério da nossa Vila. Quem passa pelas ruas principais observa um colorido diferente, repleto de vasos distintos, pertencentes a diversos proprietários, com certeza. Um murmurinho estende-se pelas ruas junto com sorrisos e algumas “reclamações”: “Macacos, levaram-me o vaso mais pesado e tiveram que ser pelo menos dois, que só um não aguentava com ele, agora quero ver como o levo, eu sozinha não posso!” E é uma azáfama de mulheres que aos braços e em carretas recuperam os seus vasos de flores! Parabéns aos “bravos” que surripiaram os vasos e que vão mantendo a tradição viva! Patrícia Doutel
8 ARAUTO Os sapatos, com exceção dos que se compravam na feira ou, de um par ou outro, que provinha do lado de lá da raia, de contrabando, compravamse no “Sr. Agostinho”, ou seja, na Sapataria Lopes que ficava na longa rua sem nome, que mais tarde viria a ser chamada de Rua D.Amélia Castelo, ali, bem junto à Igreja. No meu caso, ia sempre acompanhado por um dos meus progenitores. Escolhíamos o par que mais se adaptasse ao gosto, ao pé e ao preço ainda que este fosse sempre regateado ou, melhor dizendo, era sempre pedido um desconto no mesmo,o que geralmente era,ainda que pequeno,atendido pelo Sr.Agostinho. Antes da caixa sair da sapataria passava pela “oficina”, que era ali mesmo ao lado do balcão, para que, nos novos sapatos, fossem aplicados uns protetores. Se bem me lembro, levavam um na biqueira, dois na sola e outro no tacão. Os protetores eram feitos de metal em forma de meia-lua ou de gomo de laranja, eram fixados nos sapatos com uns preguinhos, chamados “preguinhos de sapateiro”. É que, os sapatos, tinham de ser protegidos, pois, fosse qual fosse o uso, ainda haveriam de passar para o irmão do meio. Nem sei se ele algum dia, durante a sua infância, estreou calçado novo. Mas, uma coisa era a compra de um par de sapatos na “Sapataria do Sr. Agostinho, outra coisa era a sua manutenção durante e após o uso. Para isso havia na aldeia de Vilarandelo duas ou três oficinas sendo a do Sr. Mário Marques (Mário Cego) a que mais se prolongou no tempo. Mário Cego porque era invisual dum dos olhos, o que não o impedia do bom desempenho da sua arte ou de ler as pautas musicais colocadas sobre o seu clarinete quando atuava na “Banda Musical de Vilarandelo. Sendo ele natural de Mirandela também ali tocou na respetiva banda musical. A ele recorríamos para que pusesse meias-solas nalgum par de sapatos; novos protetores quando os velhos já estavam gastos ou se algum se tinha soltado; para remendar alguma gáspea que, às vezes, abria com a pressão do crescimento, próprio do pé ou por causa de algum distraído pontapé nalguma pedra; ou, apenas, para pôr no lugar algum salto que se havia despregado. E de lá regressavam os sapatos, como novos a reluzirem da graxa que lhe tinha sido aplicada. Teve, o sapateiro Mário, como ajudante o Carlos Alberto (o Beto) seu filho mais velho até este ingressar na GNR onde, também aqui, seguiu as pisadas do pai como músico na banda desta instituição militar. Na pequena oficina podíamos ver o Sr. Mário Marques, tripeça entre as pernas batendo sola ou então com uma espécie de luva de cabedal calçada numa das mãos, para que o fio a não cortasse, furava, com uma sovela, o duro cabedal que ponto a ponto o ia cosendo. Para além de todo o tipo de calçado usado, com a maioria à espera de intervenção, no compartimento podia ainda ver-se uma grande quantidade de utensílios: Sovelas, fios de sapateiro, formas alargadeiras, uma caixa com preguinhos de diversos tamanhos, brunidores, martelos, torqueses e alicates, vários recipientes com cerol, etc., etc. Hoje em dia, esta é uma profissão quase em desuso porque, mesmo no que diz respeito ao calçado, a moda é mais o “usa e deita fora”. Se algum problema aparece, logo vamos à loja do centro comercial mais próximo e, se for apenas uma questão de pôr cola, provavelmente seremos atendidos. No entanto, podemos sempre mandar fazer, no mesmo local, a cópia duma chave, mudar as pilhas dum telecomando ou mesmo comprar um portachaves com o emblema da marca do nosso carro ou do nosso clube de futebol. Sapateiros como o Sr. Mário Cego é que vão faltando José Cancelinha
Curiosidades da Vila
Publicidade inserida em “O PROGRESSO” Novembro de 1963





Aos poucos se faz o caminho… De alguns anos para cá temos tentado encontrar um novo espaço para Sede do rancho. A sede atual é minúscula, já quase não há espaço para colocar adereços, trajes, instrumentos musicais, arquivo, centenas de oferendas que nos têm dado nas centenas de atuações que temos feito durante mais de 50 anos por Portugal e além fronteiras. Por outro lado é urgente fazermos um museu rural onde colocaríamos para os vindouros apreciarem e para memória futura, alfaias agrícolas e todo o tipo de objetos antigos que faziam parte do dia-a-dia dos nossos antepassados. Por esse motivo, a direção do Rancho tem tentado de uma forma ou outra encontrar um espaço (casa antiga) ou terreno onde futuramente se construirá uma sede e um museu etnográfico/rural. Felizmente, o primeiro passo já está dado. Adquirimos recentemente com a preciosa ajuda do Município de Valpaços, um espaço com terreno e casa já devoluta, num total de 650,00 m2. O valor deste espaço foi de 15.000,00 € e foi totalmente suportado pelo município de Valpaços ao qual endereçamos desde já os nossos sinceros agradecimentos na pessoa do seu presidente Dr. Amílcar Almeida. Temos imaginado para esse espaço um “Museu Rural” com as suas várias zonas temáticas, uma sede com sala de ensaios, cozinha e espaço exterior para eventos ao ar livre. A próxima fase (e a mais difícil) será tentar adquirir verbas através de fundos comunitários, patrocínios e donativos. Estamos certos que o Município de Valpaços também colaborará connosco nesta fase bem mais exigente. Este é um projecto que durará o seu tempo e estamos certos que será de grande importância para Vilarandelo e para o concelho de Valpaços porque irá enobrecer, requalificar e dignificar um pouco mais um espaço das nossas antigas e belas ruas de Vilarandelo. Estamos neste momento na recolha de objetos antigos que serão guardados e catalogados até serem colocados no futuro museu. Para quem quiser colaborar connosco, pedimos sobretudo a doação de objetos comuns e alfaias agrícolas do dia-a-dia dos tempos dos nossos avós e bisavós.
ANIVERSÁRIOSANIVERSÁRIOS Natália Magalhães 27/05/1939Vilarandelo Adélia Silvério 30/06/1950Vilarandelo Jaime02/07/1942InácioBarreiros José Maria Vinagre 10/07/1941Vilarandelo Deolinda Pascoal 04/07/1934Vilarandelo Maria Elisabete Pires 12/07/1951Sonim Maria da Ressurreição 20/07/1934 Ervões António Rato 28/05/1942Vilarandelo Maria de AvelelasLurdes Vilarandelo04/06/1967 Fernando Santos 15/06/1959Barreiros LaurindaFeijãoPicamilho 06/06/1941SantaValha Mário Pimenta 18/06/1929 Ervões Albina Ramos 27/06/1933Vilarandelo Angariador de seguros e promotor Francisco Tété | 963 154 893 | franciscotete.seguros@gmail.com - francisco63tete@gmail.com
RANCHO FOLCLÓRICO E ETNOGRÁFICO DA CASA DO POVO DE VILARANDELO
XXXVI.º Festival Nacional de Folclore de Vilarandelo No próximo dia 20 de Agosto terá lugar no palco do jardim do Toural o XXXVI.º Festival Nacional de Folclore com a presença dos seguintes grupos: - Grupo folclórico de Bustelo – Penafiel - Rancho Folclórico de Boidobra – Covilhã - Rancho Folclórico deVilarandelo -Valpaços Será um festival com menos grupos porque aquando da contratação dos grupos ainda não sabíamos como seria a evolução pandémica, daí optarmos, por segurança, fazer um festival com menos gente, por outro lado proporcionaremos ao público um festival com mais tempo de atuação por cada rancho, que certamente será um excelente espetáculo de folclore.Um abraço a todos os VilarandelensesPl’aDireção Paulo Pascoal
9ARAUTO Terreno para nova Sede e futuro Museu Etnográfico do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Vilarandelo




























Quando chegou o dia lá foram elas, ainda cedinho, com a saquita do farnel onde levavam pão de centeio com queijo e marmelada e uns bolinhos de bacalhau que estiveram a fazer de véspera. Levavam também numa cesta o melhor frango da criação da galinha pedrês de Palmira. Ia com as patas atadas para não fugir. Era o frango mais gordo dos doze que saíram vivos da ninhada dos dezasseis ovos que Palmira lançara a chocar. Apesar do frio daquele Inverno que ia rigoroso, bom para curar as carnes, como por aquelas partes se costuma dizer, aquele treze de Dezembro apresentava-se como um bonito dia de sol e demoraram pouco mais de meia hora a chegar a Sá e ao adro da Igreja que já estava repleto de gente. Por todos lados se via todo o género de cavalgaduras presas pelos muros e paredes à espera dos donos para regressarem a casa. Era esse o único meio de transporte na região, cada um tinha o seu ou então andava a pé, não havia transportes coletivos ou públicos e o mais perto que o comboio tinha chegado era a Mirandela porque a Chaves apesar de já se falar ainda lá não chegava. Ambas as cidades ficavam longe e mais ou menos equidistantes. Rondavam umas quatro léguas de distância para cada lado. Alguns desses animais eram os responsáveis por levar os seus donos sãos e salvos até casa porque não faltariam aqueles que beberiam um copito a mais e que, por isso, não atinariam com o caminho de regresso. As romarias serviam também para isso, para confraternizar.Nolargodafesta ardia uma fogueira alimentada por dois valentes canhotos de castanheiro onde num enorme espeto, que dois rapazes iam fazendo girar de vez em quando, para que não se queimasse, assava, inteira, uma gorda vitela. Tinha sido oferecida por um ricaço que regressara havia pouco tempo do Brasil onde tinha feito fortuna. Comeria dela quem quisesse e não pagaria nada por isso. A própria comissão de festas tinha posto à disposição uma pipa de vinho que, segundo os comentários de alguns provadores mais sequiosos, não era grande coisa. Talvez dissessem isso com o intuito de afastarem a concorrência, com medo que não fosse bastante para eles. Mal chegaram, as duas raparigas dirigiram-se imediatamente à casa das esmolas para que Palmira se visse livre do frango e aliviada da promessa. Por tradição as igrejas ou capelas que eram metas de romarias tinham uma casa ou compartimento anexo a que se chamava “casa das esmolas” e que era onde os cumpridores de promessas deixavam o ónus da mesma, ao santo milagreiro e que apenas funcionavam no dia da romaria. No resto do ano serviam de armazém para guardar lá dentro o que calhava. Deixaram o frango com cesta e tudo, ficando de passar mais tarde para a irem buscar e entraram na igreja para Palmira rezar uma Avemaria à sua madrinha, Santa Luzia, prometendo-lhe também que para o ano ali voltaria de novo, e para que Ana visse a sua imagem que nunca tinha visto, como lhe dissera. Tiveram que furar pelo meio da gente para chegarem lá à frente junto ao andor onde tinham colocado a imagem de Santa Luzia que depois da missa iria dar a volta à aldeia, em procissão.“Ébonita a tua madrinha Palmirinha! E o que é que ela tem na mão? ”É um prato com os olhos dela. Foi um tal Pascasso que lhos mandou arrancar por ela não quererse casar com um da laia dele” Palmira referia-se ao prefeito de Siracusa que se chamava Pascásio e que mandou castigar Luzia por ela não querer renegar à própria fé cristã.“Dantes só faziam judiarias!” Comentou Ana. “E como é que tu sabes essas coisas todas?” “É o nosso tio padre que nos conta tudo da vida dosDeramSantos.”uma volta pela aldeia e beberam água no chafariz, que encontraram num pequeno largo, no meio da localidade. Estava gelada mas soube-lhes bem. Olhavam tudo com atenção e tudo achavam inferior ao que existia na sua aldeia. “Esta terra é mais pequena do que o nosso Bairro da Caçónia.” Disse Ana “Também não exageres.” Regressaram ao adro a tempo de assistirem à missa, o que fizeram com pouca atenção uma vez que já não conseguiram entrar na igreja que estava repleta. Interessavam-se, por isso, mais com o que se passava cá fora do que propriamente com a Depoismissa.damissa e do sermão, que foram longos, seguiu-se a procissão que as duas raparigas também acompanharam. Após esta ter recolhido à igreja imediatamente se iniciou o leilão das oferendas. As duas sentaram-se ao sol, em cima de um muro donde podiam ver o leilão e, entretanto, aproveitavam e comiam também elas o farnel que tinham trazido. Aos pouco e poucos o leilão foi animando e como o dinheiro era sempre pouco por aquelas paragens a maioria das coisas eram arrematadas por um valor inferior ao que realmente tinham.Oferenda atrás de oferenda lá iam sendo despachadas a troco de poucos Reis que iam para a comissão de festas que por sua vez os entregaria à comissão fabriqueira. “E aqui temos uma alheira e um pé de porco, quanto é que isto vale?” E seguiam-se as ofertas.Atéque a um certo ponto proclama o leiloeiro: “Agora um lindo frango pedrês! E quem o arrematar leva também a cesta!” - Anunciava o homem.“AiAna, que nos esquecemos da cesta. E agora o que é que eu digo à minha mãe?” “Vai lá pedi-la ao homem.” “Eu não que me dá a vergonha. Oh! Também já era velha e a minha mãe nem se vai zangar porPalmiraisso.” viu o seu frango ser arrematado por uma velhota que por ele deu cinco Reis, com cesta e tudo e ainda ouviu a mulher dizer para outra: “Ai que franguinho tão lindo e gordinho. Heide-o matar no Natal e com ele fazer uma canjinha pró meu Chico se lá chegar coitadinho!” – E já com os olhos embaciados – “Há mais de um mês que caiu à cama e ali está num sofrimento que só Deus sabe! Sofre ele e sofreu eu!” Palmira até que ficou contente, não pelo triste fim que o seu frango ia ter, mas sim, pelo pouco de felicidade que ia trazer à casa daquela pobre mulher, não podendo mesmo evitar uma lágrima que lhe rolou pela face. Como a mãe lhes tinha dado umas moedinhas, resolveram ir comprar uns docinhos para lhe levar, a ela e à irmã Rosa, após o que decidiram pôr-se a caminho de regresso a casa observando, assim, o que a mãe lhes tinha recomendado. “Que chegassem a casa antes do pôr-do-sol.”Àsaídadaaldeia encontraram um acampamento de ciganos, debaixo de um castanheiro, quase à beira da estrada, que não lhes eram totalmente desconhecidos. Eram os mesmos que costumavam ver, a miúde, em Vilarandelo. Quando lhe iam a passar por perto salta-lhes ao caminho uma ciganita que deveria ter, mais ou menos, a idade delas e virando-se para Ana disse:“Quer que lhe leia a sina, minha menina?” “ E tu sabes? Como é que te chamas, ciganita?”
A cigana fez uma pausa e olhando de soslaio para os três ou quatro burros, animal indissociável da raça cigana, que estavam debaixo do castanheiro, vaticinou: Aqui vejo outro rapaz Não é o mesmo, eu juro Este aqui é um que faz Lindos casacos de burro “E lê a minha, lê a minha.”- Insistia Palmira “ A sua só lha vou ler um dia que passar por sua casa por altura da matança, que assim ainda me dá uns rijões, não dá?” “O rijão da palha é que eu te hei-de dar”. E riam. Quando retomaram o caminho Ana perguntou, intrigada, a Palmira: “ Percebeste o que a ciganita Iria quis dizer quando me leu a sina?” “Que vais namorar um João e olha que eu cá desconfio de um” “De quem?” “Se não o sabes tu se calhar sabe-o ele.” “Ela também não falou em namorar. Disse só amiga. E aquela parte na outra mão que falava dum casaco de burro?” “Essa, também, não percebi nada. Mas também às vezes as ciganas dizem o que lhes vem à cabeça.”
NOTA: Este romance será publicado, por capítulos, em Arautos posteriores. Não perca os próximos “episódios”!
“Sei sim menina e chamo-me Iria. Dê ca a mão menina que eu sei tudo, eu adivinho...” “E não quero que a menina me dê nada” Ana deu-lhe a mão esquerda e ela com convicção leu: Eu bem vejo a tua sina Aqui escrita nesta mão Até vejo uma menina Muito amiga dum João E agora deixe-me ler a outra mão.” Ana mostrou-lhe, agora, a mão direita.
10 ARAUTO “A Casa da Cruz” de José M. Sequeira RomanceCancelinha

11ARAUTO A todos o nosso Muito Obrigado
José Manuel do Vale Taveira 10,00 € Augusto Florêncio Garcia 10,00 € Américo Almeida Garcia 30,00 € João Manuel Nogueira Cardoso 10,00 € Palmira Morais Carriço Baia 20,00 € Anónimo 10,00 € José Manuel Almeida Teixeira 10,00 € Fernando Melo Cancelinha 10,00 € Nelson Silvério 10,00 € Alcino Lopes 50,00 € Maria Isilda Lima 30,00 € Maria de Sousa Garcia 10,00 €
A família de Manuel Friões Nogueira vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido Agência Funerária Mariana Lino Lda. Vilarandelo Agradecimento
A
Durante estes meses de Verão aproveitamos o nosso parque…
DonativosPARAOARAUTOEMGÉNEROS
A família de Celeste Teixeira Fontoura vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido Agência Funerária Mariana Lino Lda. Vilarandelo Agradecimento
José Nogueira Cavalheiro 20,00 € Banco Alimentar - Maçãs, peras e cenouras. Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes deDescubranós! as Diferenças Agradecimento
Finalistas da creche 2021/2022 Mais uma etapa que termina nas nossas vidas… um dia chegaram, muitas vezes com lágrimas nos olhos, tiveram sempre alguém que vos deu muito colinho e vos ajudou a superar todos os vossos medos. Aprenderam a pintar, a brincar e a ajudar os vossos amigos, estão preparados para descobrir novas aventuras, novos mundos… Ficamos com a vossa alegria e já fazem parte das nossas vidas. Foi muito gratificante ver-vos crescer e todas nós crescemos muito Esperamosconvosco.quealcancem toda a felicidade e realizem todos os vossos sonhos. O nosso muito obrigado e prometemos que nunca nos vamos esquecer desta maravilhosa etapa. Os novos finalistas de creche 2021/2022.
A família de Ilda Cunha de Almeida vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido Agência Funerária Mariana Lino Lda. Vilarandelo Brincadeiras ao ar livre Todo o contato com a natureza melhora todos os marcos mais importantes de uma infância saudável – imunidade, memória, sono, capacidade de aprendizado, sociabilidade, capacidade física – e contribuiu significativamente para o bem-estar integral das crianças e jovens. Brincar na natureza estimula a Brincarcriatividade.oar livre é muito importante para o desenvolvimento social, físico emocional dos nossos pequeninos. “Todos os lugares são lugares de aprender. Cidades, florestas, quintais, territórios a serem investigados, com árvores, rios, clareiras, praças, praias. A natureza é um manancial de possibilidades para a formação estética, não só para as crianças, como para todos os seres (BARBIERI,humanos.”2012,p.115)
CRECHE
A família de Nelson Nogueira vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido Agência Funerária Mariana Lino Lda. Vilarandelo Agradecimento
































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