Arauto - Casa do Povo de Vilarandelo - maio 2022

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Boletim Informativo da Casa

do Povo de Vilarandelo - Concelho de Valpaços

Direct. Edit.: DIREÇÃO DA CASA DO POVO DE VILARANDELO - Comp. Luís Cancelinha | Imp. Gráfica Sinal - Chaves

MAIO 2022

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II SÉRIE

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NÚMERO 69

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Desde Março de 1974

Usprigozus - Grupo TT

JUNTA DE FREGUESIA DE VILARANDELO

Remodelação e transformação do antigo edifício da escola primária

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Igreja Matriz de Vilarandelo 300 Anos – 1721- 2021

página 3

Editorial

Romance

“As IPSS e a COVID 19 e a Inflação e a Guerra e... a Inflação!”

“A Casa da Cruz”

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Lembrais-vos de mim? O ANTIGO CORREIO

As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) enfrentaram nos dois últimos anos desafios enormes. A COVID 19 obrigou-nos a um enorme esforço tendo como principal objectivo tentar proteger os utentes que dependiam dos nossos serviços. continua na página 2

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ARAUTO

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Editorial Tivemos que reforçar as equipas de trabalho. Tivemos que investir em equipamentos e produtos para garantir a segurança de todos, utentes e trabalhadores. Quando elaborámos o Orçamento para este ano de 2022 já previmos que o aumento de custos na aquisição de produtos alimentares e energia (electricidade, gás e combustível) iria pressionar as nossas contas. A inflação era algo com que contávamos para ter um orçamento equilibrado. No entanto não contávamos com uma guerra na Europa. A invasão da Federação Russa à Ucrânia foi uma muito desagradável surpresa. Esta guerra provoca um sacrifício enorme ao povo ucraniano. As vidas perdidas, os incontáveis feridos, os milhões de pessoas que tiveram de abandonar as suas casas, a destruição quase total de muitas cidades, vilas e aldeias, vão marcar o futuro da Ucrânia nas próximas décadas. Portugal integra o esforço da NATO e da União Europeia na solidariedade ao povo ucraniano, apoiando as sanções económicas à Federação Russa. O povo ucraniano sofre directamente as consequências desta guerra. Nós sofremos as consequências indirectas desta guerra. A inflação trouxe um aumento muito grande de custos nos produtos alimentares e energia. Todas as IPSS estão a passar dificuldades para conseguir gerir os seus orçamentos. A Casa do Povo de Vilarandelo não consegue escapar a este quadro de dificuldades. Se o Governo não aumentar os valores de financiamento às actividades sociais da Casa do Povo iremos enfrentar um défice muito elevado no final deste ano. O nosso compromisso de bem servir os nossos utentes vai manter-se. Os trabalhadores da Casa do Povo de Vilarandelo irão continuar a prestar serviços de qualidade. Os próximos tempos não serão nada fáceis. Mas tenho a certeza que a nossa Casa do Povo vai mostrar, mais uma vez, que é capaz de sobreviver a tempos difíceis. O Secretário da Direção da Casa do Povo de Vilarandelo

José António Doutel Martins Coroado

Usprigozus-Grupo TT Em Fevereiro de 2022 após eleições, tomou posse a nova direção do “Grupo TT Usprigozus de Vilarandelo” para os próximos dois anos 2022/2023, presidida por Rui Silva. Os objetivos para este ano corrente passam pela realização de três eventos,“XVII Rota do Folar”,“6º Enduro deValpaços” e“Passeio de Cinquentinhas”. Dado o fim das restrições impostas pela pandemia do Covid demos início em 8/9 e 10 de abril ao habitual passeio “XVII Rota do Folar” inserido na Feira do Folar realizada em Valpaços. A adesão de participantes foi ao encontro às nossas expectativas, pois conseguimos manter os números habituais deste evento, voltando a contar com um número expressivo de Espanhóis, emigrantes Franceses e Suíços que se deslocaram com um fim único de participar no passeio. Sexta feira, iniciou-se o passeio com um percurso noturno que terminou com os habituais petiscos, apreciados por todos, presunto, caldo verde e moelas. No sábado, após um lauto pequeno-almoço preparado pela Junta de Freguesia de Valpaços, os participantes deram início a um longo dia de emoções, dificuldades e adrenalina pelo concelho de Valpaços.

Já o almoço, foi servido na bela serra de Santa Comba em que todos desfrutaram da fantástica paisagem oferecida. Finalizou-se esta etapa com um jantar na Quinta Dª Adelaide que coroou com mais um sucesso este passeio, pois felizmente não existiram acidentes graves e todos os presentes expressaram a sua satisfação com um “até ao ano, contem connosco”. No domingo, realizamos pela primeira vez, uma resistência de motos TT e moto 4, que atraiu imenso público à prova. Embora com sucesso, esperamos aumentar o número de participantes nas próximas edições. Realizou-se também um trial de jipes em que os resistentes quiseram demonstrar as qualidades das suas máquinas superando obstáculos com um grau de dificuldade extrema, como vem sendo habitual nas outras edições. Queremos deixar um agradecimento generalizado a todos os que colaboram connosco nomeadamente à Câmara Municipal de Valpaços, Juntas de Freguesia, Bombeiros, Patrocinadores e a todos os outros que colaboram para que esta “XVII Rota do Folar” fosse mais um sucesso. Terminado este evento, vamos virar a agulha para o próximo que se realizará a 18/19 de junho com o “6ª Enduro de Valpaços” prova esta a contar para o campeonato nacional de enduro realizado pela FMP (Federação Motociclismo de Portugal). Conta-se com uma entusiasmante prova dupla (sábado e domingo), já que sendo as últimas provas do campeonato, irão ser decididos provavelmente alguns títulos. Queremos, desde já, deixar um apelo a todos os que queiram colaborar connosco. Necessitamos como sempre de muitos elementos para o evento. Em breve, daremos mais informações sobre como se podem voluntariar, para em conjunto com a nossa equipa realizarmos mais uma prova com o profissionalismo e sucesso que todos estão habituados. Parabéns a todos por mais um sucesso. O nosso muito obrigado. A Direção


ARAUTO JUNTA DE FREGUESIA DE VILARANDELO

Caríssimos Leitores Um dos grandes propósitos, ainda como candidatos à Junta de Freguesia de Vilarandelo, era a remodelação e transformação do antigo edifício da escola primária, como futura sede de Junta, espaço/loja cidadão e serviços de correios. A primeira parte deste projecto está concluída, que é elaboração da planta, a qual partilhamos convosco, para que possam ter uma noção de como irá ficar o edifício. Uma das nossas preocupações é a de manter, dentro dos possíveis, as fachadas originais, remodelando todo o interior, que se encontra bastante danificado e seguir todas as orientações legais, no sentido de promover o acesso, a todos os espaços do edifício, de todos os cidadãos. O projecto está, neste momento, em fase de estudo de mapa de quantidades e definição do caderno de encargos, sendo esta a fase final, antes da colocação do projecto a concurso público. Está previsto iniciar as obras em Setembro, estando cabimentado para esta remodelação mais de meio milhão de euros.

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RANCHO FOLCLÓRICO E ETNOGRÁFICO DA CASA DO POVO DE

VILARANDELO

Depois de um grande período de interregno por causa da pandemia, voltamos no início do ano aos ensaios. Já tínhamos saudades de estarmos juntos! Por outro lado, precisávamos mesmo de ensaiar porque o pessoal já andava todo meio enferrujado! Periodicamente e quando algum elemento do rancho faz 10 anos como integrante deste grupo, costumamos premiar essa dedicação com uma singela placa comemorativa. Este ano receberam esta placa: A Helena Cristina Magalhães da Silva Alicia Filipa Lopes Ferreira Lara Alexandra Ferreira Cancelinha Pedro Filipe Teixeira

A Presidente da Junta de Freguesia Sónia Barreira

Parabéns aos quatro por estes dez anos de dedicação ao Rancho Folclórico e esperemos que continuem por mais dez anos! A Direção Paulo Pascoal

Clube Automóvel de Vilarandelo Caros Leitores, O Clube Automóvel de Vilarandelo, vem por este meio comunicar que estamos deVOLTA. Como é de conhecimento de todos, muito por culpa do Covid, mas também por receio das consequências da realização de possíveis eventos, estivemos parados dois anos, sem qualquer evento organizado. Contudo, este ano, estamos de regresso às provas, nomeadamente à “Perícia Automóvel”, Campeonato Portugal de Perícias. Que saudades dos barulhos dos motores, da confusão, da correria e até do cheiro de pneus e combustível queimado. Na certeza que o público também anseia por estes espectáculos. Para este ano temos agendados dois eventos: - 10 de Julho em Valpaços, - 27 de Agosto em Vilarandelo. E, para relembrar os membros deste clube, segue lista destes voluntários, que apesar das dificuldades, desde logística a financeira, muito se tem esforçado para conseguir levar a bom porto o reconhecimento deste clube, a sua terra e o seu concelho, junto da entidade competente FPAK e da população que por vários motivos a nível nacional vai proferindo o nome deste clube. Pedro Teixeira, Hugo Brandão, Luís Medeiros, Carina Cavalheiro, Daniela Osório, Liliana Brandão, Ângela Carvalho, Pedro Vinagre, Luís Rosa, Tiago Barreira e António Coroado. Até Breve Saudações automobilísticas


ARAUTO

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Guerra na Ucrânia

Anúncio A Casa do Povo vende terreno urbano, sito na Av. Sr. Dos Milagres, com 330 m2 e com possibilidade de construção até 310 m2 repartidos em dois pisos.

3 formas de viver uma guerra

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O noticiário abre, uma vez mais, com reportagens da guerra. As imagens são de Mariupol. Numa vista aérea, uma destruição quase total de uma quantidade imensa de prédios arrasados. Mulheres, crianças e um soldado ucraniano relatam como se tenta sobreviver num qualquer abrigo subterrâneo. Estamos sentados a jantar. Comemos a sopa, quente, que a noite está fria. Agora entram em directo os repórteres a partir de Kyiv, Lviv e mais uma qualquer outra localidade. Ouve-se uma sirene em fundo. Enquanto vou comendo, aparece o Presidente da Ucrânia a pedir, mais uma vez, que enviem armas para se poderem defender e, uma vez mais, acusa a Rússia de ataques indiscriminados a alvos civis. Quando estou a comer a sobremesa, uma fatia de aletria, o noticiário é interrompido para intervalo. Enquanto tomo o café sucedem-se os anúncios. O automóvel X... O Supermercado Y... As pizzas... Acabados os 12 minutos de publicidade, volta o noticiário. Entram em cena os especialistas. Militares na reserva, antigos correspondentes na Rússia e outros debruçam-se sobre um mapa enorme da Ucrânia emitindo as suas doutas opiniões sobre o evoluir da guerra. Mudamos de canal. Está na hora do futebol.

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Num qualquer café deste tranquilo país à beira-mar plantado... - Eh pá! Nunca mais acabam as notícias lá da Ucrânia... - Nem acabam as notícias, nem pára de subir o gasóleo... 2 euros o litro? Mas onde é que isto vai parar? - Se fossem só os combustíveis. - Vocês são mesmo pessoas sem coração. Então acabaram de mostrar montes de cadáveres enterrados em valas comuns e estais preocupados com o preço do gasóleo!?

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Kharkiv,leste da Ucrânia,a cerca de 20 quilómetros da fronteira russa... No parque Gorky ouvem-se as explosões de mais um ataque russo. Uma senhora, aparentando cerca de setenta anos, carregada com dois garrafões de plástico cheios de uma água acastanhada pára de imediato. Tenta perceber onde foram as explosões. Quando vê uma coluna de fumo negro, muda de direção e volta para trás. Se pudéssemos ver-lhe os olhos também veríamos as lágrimas que lhe turvam a vista. A filha, a neta e os dois bisnetos conseguiram fugir, primeiro para Kyiv, depois para Lviv, depois para a Polónia. O genro morreu nos primeiros ataques, a 27 de Fevereiro. O marido, que não consegue mexer-se, espera-a na cave do prédio onde vivem. Comida há pouca, o pão nem sempre se encontra. Já não consegue ouvir o silvo do míssil que cai perto dela. José António Doutel Coroado

Para mais informações: Telefone: 278 740 010 Email: casadopovovilarandelo553@gmail.com

De Mãos Dadas Que no futuro tenhamos fé e esperança de um mundo novo em mudança para melhor. Queridas funcionárias, colaboradoras, cuidadoras e também todo o pessoal administrativo que trabalha nas diferentes áreas de serviço prestados à comunidade para que os idosos tenham mais saúde e melhor qualidade de vida, quando vós ides de férias ou por outro motivo qualquer, sendo vós gentinha “cinco estrelas”, as saudades de vós não me saem da lembrança. E tudo o que é de bom e de útil sem mais comentários desejo para todas e todos vós muita saúde e paz. E colocando os pés nesta estrada, trilhando as pedras de uma calçada do vosso caminho em andamento à procura de novos mundos e de novas vivências. E que se renovem a todo tempo neste caminho em viajem pondo os pés nesta estrada a proucura de um novo sentido para as vossas vidas. E que se renovem todo o tempo quando é preciso e urgente usufruir de uma vida nova que nos coloque no bom caminho e nos ponha à prova com todos os nossos valores , bons ideais, méritos e critérios de vida. E o mundo avance como sorrisos de criança. E com os nossos pés bem assentes na terra, nesta estrada sobre ela vamos fazendo caminhada rumo ao futuro dando um passo atrás para darmos um abraço no presente , para se viver um dia novo de cada vez. E com ele sentirmos a frescura e o prenúncio do bom tempo e de todas as manhãs com o sol a iluminar o mundo inteiro dando relógio à volta ao ponteiro de janeiro a janeiro na passagem de cada novo dia e de cada novo amanhancer. Carminda Fidalgo

Amigos Vilarandelenses, após dois anos de pandemia, durante os quais não foi possível realizar a nossa grandiosa festa, conseguimos reunir um grupo de jovens para que ela volte a ser o que era. Prometemos trabalho, empenho e esperamos de todos a ajuda necessária para a sua realização.

A Comissão de Festas 2022 Helena Cleto Bruno Pascoal José Miguel Esteves Manuel Gonçalves

Amândio Baía Carlos Ferreira Ausenda Machado Marlene Nogueira


ARAUTO Curiosidades da Vila

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Porque de Letras se trata: Em assembleia de freguesia, no passado dia 16 de Dezembro de 2021, foi aprovada por unanimidade a alteração do nome “Capela Mortuária” para “Casa Mortuária de Vilarandelo”. Gratidão ao Sr. António José Garcia Ferreira pela oferta da letra necessária à respectiva alteração e ao Abel Moura pelo trabalho de colocação.

A nossa Vila, em finais de Março, recebeu de presente, por parte dos três elementos da Junta de Freguesia de Vilarandelo, a colocação de letras do nome da nossa terra, no palco do Jardim do Toural. Patrícia Doutel

Compostores Comunitários

Proteção Ambiental: Compostagem na Creche

Através do Fundo Ambiental e da Câmara Municipal de Valpaços, a nossa vila recebeu dois compositores comunitários, situados no Jardim do Toural. Esta iniciativa tem como principais objectivos reduzir os resíduos biodegradáveis depostos em aterro, ajudar a poupar na obtenção de fertilizantes e proteger um pouco mais o ambiente.

A Sensibilização Ambiental é muito importante para todas as pessoas. Os graves problemas ambientais da atualidade mostram a necessidade de educar desde muito cedo as nossas crianças. O Município de Valpaços apostou na proteção do ambiente. O projeto de compostagem doméstico, tendo como grande objetivo reduzir a quantidade de resíduos urbanos biodegradáveis que são depositados nos aterros, contribuindo assim para um ambiente mais limpo. O nosso muito obrigado pelo nosso compostor. Prometemos dar o nosso melhor…


ARAUTO

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Dia do Internacional do Riso “Hoje é dia de rir e ser feliz”. Dia 18 de Janeiro os utentes do ERPI e Centro de Dia comemoraram o Dia Internacional do Riso. Para dinamizar a atividade contamos com a colaboração da Patrícia Doutel. Esta atividade teve como principal objetivo destacar alguns benefícios do riso, tais como reduzir o stress, melhorar a qualidade do sono, estimular a criatividade, promover o sorriso e o gesto como linguagem não-verbal facilitando a comunicação entre pares. O “rir em grupo” ajuda a aumentar a confiança entre as pessoas e isso favorece os mesmos a conheceremse melhor. Rir é um ato social e uma partilha de alegria e felicidade, rir ajuda a superar situações quotidianas de uma forma saudável e é uma ótima terapia complementar à medicina. O Riso produz enorme bem-estar às pessoas que o praticam com regularidade e melhora o estado anímico e psicológico. Pretendemos que os nossos utentes riam muito, de forma a ajudar a libertar pensamentos negativos, “reprogramando” a mente para voltar a ver a vida como uma situação positiva. Queremos muito que eles sejam felizes. Sandra Oliveira Técnica Superior de Desporto

Dia do Amor A Casa do Povo de Vilarandelo aceitou o desafio lançado pela ASCRC Camarneira e participou na atividade interinstitucional dedicada à celebração do dia do Amor. A atividade consistia na elaboração de um trabalho dedicado a este dia para que se pudesse apresentar aos utentes de uma outra instituição sorteada. Esta é a visão dos nossos utentes, acerca do amor: Às vezes só a palavra AMOR não basta para expressar aquilo que sentimos. É através do olhar, do toque, dos nossos gestos que demostramos os nossos sentimentos. O amor é o que nos move, nos ensina a cuidar do próximo, o amor cura. Observa os detalhes. Olha nos olhos. Repara no que ninguém repara. Acaricia as mãos. Dá um abraço. Dá um beijo demorado. Dá um sorriso. Dá colo. Dá amparo. Dá esperança. Para, ouve. Sê companheiro. No dia de São Valentim, o amor exalta-se das mais diversas formas. Entre arrancar pétalas a um mal-me-quer, pedir desejos a estrelas cadentes ou fontes de água milagrosas, trocar cartas e postais de amor, para vocês gostaríamos de vos deixar esta pequena lembrança para celebrarem o Dia do Amor. A equipa técnica do Centro de Dia e ERPI

Dia 28 de Fevereiro celebrou-se o Carnaval. Para assinalar a data os utentes do Centro de Dia e ERPI vestiram-se a preceito para a ocasião. Foi uma tarde muito divertida onde os utentes puderam conviver, dançar, cantar e “brincar” ao Carnaval. Sandra Oliveira

Técnica Superior de desporto


ARAUTO Dia Mundial da Atividade Física Dia 6 de Abril celebra-se o Dia Mundial da Atividade Física. Este dia pretende promover a prática da Atividade Física, bem como consciencializar a população para os benefícios da realização regular de exercício físico. É uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e nasceu como forma de luta contra o sedentarismo, um dos principais fatores de risco de morte em todo o mundo. Os utentes do ERPI e Centro de Dia praticam exercício físico com regularidade e por isso mesmo não poderíamos deixar de comemorar este dia. A prática de atividade física nos idosos é muito importante para a promoção do bem-estar geral. Os principais benefícios da atividade física são: prevenir e ajudar no combate de doenças; melhorar a força muscular e equilíbrio, diminuindo o risco de quedas; melhorar a condição física de um modo geral; diminuição do isolamento social; aumento da autoestima, confiança e aceitação da imagem que o idoso possui de si mesmo, entre outros. Sandra Oliveira

Técnica Superior de Desporto

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Comemoração do Natal No Centro de Dia durante o mês de Dezembro, para a Celebração do Natal, foi criado o calendário do Advento com atividades alusivas à época realizadas pelos utentes. Das atividades realizadas destacam-se: a decoração do Centro de Dia, enfeite da árvore de natal, jogos lúdicos de natal, trabalhos manuais, músicas e cânticos alusivos a época. Os utentes foram visitar o presépio da Vila, dedicaram saudações para as pessoas queridas, confecionaram as “filhoses de Natal”, que foram saboreadas na hora do lanche. Foi um momento de partilha, convívio, e de Amor. Para colocar um sorriso no rosto dos utentes e tornar esta época mais especial foi distribuída uma prendinha a cada utente. Dia 23 de Dezembro os utentes do ERPI receberam a visita do Pai-Natal, que gentilmente veio entregar os presentes. Os nossos utentes fizeram também um vídeo que foi colocado no facebook da Casa do Povo de Vilarandelo de modo a desejar um Feliz Natal para os seus familiares e amigos. No Serviço de Apoio Domiciliário foi entregue aos utentes uma lembrança natalícia. A equipa técnica do CD/SAD e ERPI


ARAUTO

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Junto a Si e aos Seus

Vaidosismo Q.B

O Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) dispõe de uma equipa empenhada e dedicada, que diariamente leva a cada Lar, um sorriso, conforto de um carinho e boa disposição que muitas vezes é a única ligação à comunidade. No decurso da prestação dos serviços do SAD, constata-se que os utentes necessitam também de quem lhes faça companhia, de quem os estimule e de quem os escute. Através das atividades desenvolvidas procuramos colmatar estas necessidades através da estimulação do físico, da mente e da afetividade.

As pessoas excessivamente vaidosas, tornam-se egoístas da sua própria imagem, reféns do seu próprio ser, só olham para o seu umbigo, o orgulho doentio isola-as dentro da sua bolha. Ou seja: quem não tiver a humildade de se sentir bem consigo próprio, também se não pode sentir bem perante os outros, nem com a família, nem com o grupo social em que está inserido. Nunca deixes de ser quem és!... Ou apareces como és, ou sejas como apareces, a beleza tem apenas a profundidade da pele. É o coração que faz o caráter das pessoas. Lá diz o povo: o mal e o bem ao rosto vem, mas como ninguém é perfeito, temos que ter a capacidade e o equilíbrio moderado e moldado às circunstâncias. Nas instituições, todos gostam de ser comandantes e comendadores, às vezes, nem são comandantes de nada nem de ninguém, mas gostam de ir à televisão encher o peito de vaidosismo, para mostrar as medalhas. Também existe o vaidosismo urbano, com cheiro a mofo. Quando as pessoas viajam ao fim de semana, os Lisboetas perguntam com certo desdém: vais p’ró Norte? Mas como o Norte é o Porto, e o resto é paisagem, por sua vez os do Porto, mesmo com várias cidades no interior, também com o mesmo desdém, perguntam: vais p’ra aldeia? Vais sachar batatas? Então, os das aldeias, orgulhosamente, respondem: A terra tudo nos dá P’ra sustentar as cidades Levam tudo quanto há De lá, só trazem saudades.

Das atividades realizadas destacam-se: Celebração de aniversários no domicílio, atividades ocupacionais (exercícios de atenção e memória, lembranças de vida). Ao nível da saúde prestamos apoio na assistência medicamentosa (pedidos de receitas, compra de medicamentos e preparação semanal da medicação), marcação e acompanhamento de consultas e exames. Somos uma equipa ao serviço da comunidade, estamos aqui para cuidar dos utentes com dignidade, prestando-lhes os cuidados com qualidade, de forma a que se sintam melhor. A equipa técnica do SAD

CLDS 4G Valpaços

“Igualdade para a inclusão”

Após um ano e meio de intervenção, o CLDS 4G Valpaços “Igualdade para a inclusão” não tem poupado esforços para apoiar desempregados, idosos em solidão ou isolamento, agregados familiares e crianças em situação de exclusão e/ou vulnerabilidade, assim como entidades empregadoras. Uma mão invisível, mas fundamental para assegurar o apoio social a muitas pessoas. Até final de 2021, 540 destinatários participaram em ações desenvolvidas pelo projeto e foram percorridos 5 221 km pelas aldeias do concelho de Valpaços, promovendo o acompanhamento de agregados familiares com o objetivo de dotar e/ou reforçar as competências parentais, pessoais e sociais e o acompanhamento às pessoas idosas em situação de isolamento

e solidão presencialmente de forma individual, através de visitas domiciliárias. Também se encontra aberto o Gabinete de Apoio à Inserção, encaminhando e orientando os desempregados na procura ativa de emprego e/ou na promoção da sua qualificação profissional, divulgando ofertas de emprego e /ou formação, medidas ativas de emprego, apoio na elaboração do CV, cartas de apresentação, preparação para entrevistas de trabalho, entre outros. Para o ano de 2022, encontram-se planeadas ações com a participação de várias entidades direcionadas para os destinatários do projeto, mas também abertas à comunidade em geral. Marta Coroado Alves Coordenadora Técnica

Anda muita inteligência a guardar cabras e muito vaidosismo e corrupção nos palácios que nos governam. É assim com alguns Presidentes com responsabilidades mundiais, são tão vaidosos, tão vaidosos, que o vaidosismo e a sede pelo poder lhes rouba as ideias e os ideais para que foram eleitos. Não resisto à tentação de contar a fábula dos cântaros de barro… Era um ancião recalcado da vida, punha um pau no pescoço feito jugo, pendurava um cântaro em cada extremidade desse jugo e era assim que transportava a água de um poço que lhe ficava a cem metros de casa. Enchia os dois cântaros com a água do poço e carregava-os por um carreiro, com grande esforço até casa, mas um cântaro era mais velho e já com algumas fugas, perdia metade da água pelo caminho. O cântaro novo, então, muito vaidoso infernizava-lhe a vida: - Tu estás velho, és um inválido, estás todo roto, não serves para nada! Mas quando chegou a primavera, o lado do carreiro onde o cântaro velho largou a água, a terra criou humos, ficou fértil e nasceram lindas plantas com flores lindíssimas e perfumadas. Do lado do cântaro novo, a terra ficou seca, árida, agreste, não nasceu nada!... Conclusão: Não devemos embarcar em vaidosimos, cada um vale o que vale e devemos respeitar as pessoas e as coisas por aquilo que valem. Reparem no vaidosismo bobo dos repórteres da TV quando se referem ao Algarve: - Ó que maravilha, quem me dera lá, de perna ao sol!... De Trás-os-Montes falam sempre em tom negativo: - Lá para Trásos-Montes, terras de outro Mundo. Mas, perdoai-lhes Senhor, porque alguns deles comentam, mas não conhecem. É puro vaidosismo!... Até é melhor que não conheçam, para não vir estragar, para mal, já basta assim! Sou vaidoso quanto baste Sem deixar de ser quem sou Estou velho pelo desgaste Mas sei para onde vou.

Eduardo Ferreira da Costa


ARAUTO Igreja Matriz de Vilarandelo 300 Anos – 1721- 2021

Origem A igreja de S. Vicente da paróquia de Vilarandelo foi construída em 1721. Porém antes disso, existia uma pequena capela coincidente, em parte, com a atual capela-mor. Isto pode verificar-se no interior da sacristia, paredes meias com a capela-mor, pela permanência de uma janela falsa de capialço (corte obliquo à volta das portas e janelas para dar mais luz ao interior), de abertura estreita. Do lado oposto situa-se uma janela idêntica, esta de abertura larga, a diferença é que esta janela se encontra cerca de meio metro desalinhada, ficando mais próxima da fachada posterior indicando que a capela antiga era relativamente mais estreita.

Descrição Histórica

Época e construção – Arquitetura religiosa, quinhentista, ou seiscentista. Planta longitudinal composta de nave única e capela-mor mais estreita, tendo sacristia adossada à fachada lateral esquerda. Volume único com cobertura em telhado de três águas onde sobressai lanternim envidraçado na área da capela-mor. Fachadas em cantaria aparente, terminadas em coruja sobreposta por beiral simples. Fachada principal aberta por portal em arco dobrado de volta perfeita com aduelas largas encimado por óculo circular gradeado. A empena inferior é interrompida pela base que sustenta a dupla sineira com vãos em arco de volta perfeita sobre pilares. Essa é rematada por empena de acentuada inclinação com a inscrição 1721 e que ostenta uma cruz da Ordem dos Templários, identificando o antigo donatário da igreja. (Fig.1 – desenho a carvão feito pelo Sr. Albano dos Anjos Pereira dos Santos, na parede de sua casa na aldeia de Barreiros). Mais tarde abriu-se ainda , à esquerda do portal um pequeno vão retangular para iluminação do batistério e colocaram-se duas mísulas para sustentação de alpendre. Fachadas laterais abertas por portas travessas em arco dobrado de volta perfeita e também com aduelas largas. Na lateral esquerda a sacristia apresenta uma pequena fachada orientada a poente, aberta por porta de verga reta e terminada em meia empena. Na lateral direita abre-se uma janela de capialço gradeado, na nave e outra na capela-mor. Tem também adossada uma escada de cantaria de acesso à cobertura e outra de madeira com patamar, de acesso às sineiras. Fachada posterior da capela-mor cega, rematada à direita em cornija reta e a sacristia, em meia empena, é aberta por janela de capialço, encimada por um silhar contendo cruz de Malta em relevo. Interior da nave com paredes rebocadas e pintadas de branco até onde começam os confessionários em madeira, salientes, sensivelmente a meio da referida nave. A partir daqui, inicia-se o revestimento em talha dourada (informação preciosa da Sra. Amélia Reis Magalhães, 97 anos com uma lucidez espantosa que nos disse ter a certeza que “antes do ciclone de 1941, a talha dourada começava a seguir às pias das portas travessas e que o teto era da cor do céu”). A talha cobre ainda, por completo a parede fundeira que envolve o arco triunfal, o pavimento está coberto de taburnos (sepulturas em granito). O teto é de madeira em masseira invertida, de cor azul celeste e ainda com tirantes de ferro, tem covo alto de madeira assente em duas colunas toscanas, com guarda em balaustro torneados de madeira, com acesso por escada, de cantaria situada do lado da epístola (direita). À esquerda do início da escada tem pia de água benta com bacia circular assente em pequena coluna cilíndrica. No lado do evangelho (esquerda) situa-se a pia batismal de bacia circular e decoração seiscentista, assente em pé cilíndrico. Na parede branca sobressai painel de azulejos azuis sobre gruído branco, com representação do batismo de cristo. Depois dos confessionários, seguem-se dois retábulos laterais confrontantes, albergando retábulos de talha policroma e dourada, de planta reta e um eixo. O resto das paredes laterias é revestido a painéis de talha do mesmo colorido. No lado do evangelho de construção mais tardia, salientam-se da parede o púlpito de bacia retangular onde se acede por porta de verga reta. No lado epístola tem confrontante janela de capialço. Arco triunfal dobrado sobre pilastras ladeado por dois retábulos colaterais em talha policroma e dourada de planta reta e um eixo. Na capela-mor, na parede surge o retábulo-mor também em talha policroma e dourada. O chão acedido por um degrau inclui três taburnos seguindo-se patamar elevado por dois degraus curvilíneos. Teto de madeira com apainelados octogonais rematados ao centro por boca de lanternim. Voltando ao retábulo-mor, este apresenta-se de planta reta e três eixos deprimidos por quatro colunas torsas. Ao centro abre-se tribuna com trono de três níveis decrescentes, de fundo

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pintado por glória de anjos e com resplendor em relevo contendo glória de querubim. Nos eixos laterais aparecem apaineladas sobrepostos por mísula com imaginaria com ático em espaldar com três arquivoltas, duas torsas e a central lira. Sacrário com porta rectângular pintada com custodia, altar paralelepipédico com a inscrição em relevo IHS. O retábulo é ladeado por duas portas encimadas por painel vertical pintado com santos. O padre e reitor João Lopes, natural de Vilharandelo (escrita arcaica), mandou pintar as paredes laterais a fresco com a representarão de Passos da Paixão de Cristo e também dourar a talha, tudo na referida capela-mor, no ano de 1731 (Segundo o pensamento da época, o ouro é uma antevisão do próprio céu, proporcionando ao crente uma visão da eternidade). Na sacristia as paredes meias com a igreja são de cantaria aparente e as restante rebocadas e pintadas de branco. Pavimento em granito com estrado em soalho ao fundo e teto plano em madeira, tendo pequeno lavabo em pedra ornamentada. Segundo o padre Manuel de Sequeira Rebelo nas memórias paroquiais, a 9 de março de 1758, a igreja tinha cinco altares: altar-mor do Santíssimo Sacramento; o colateral do Evangelho dedicado à Nossa Senhora do Rosário e o da Epistola de São Pedro; os laterais com Invocação do Santo Cristo e da Almas e confrontante tinham a Irmandade das Almas que é do Coração de Jesus. Época Contemporânea – Descrição igual com algumas alterações. Reconstrução do campanário com a empena de remate rebaixada para cerca de metade com a inscrição 1941 (fig.2). Substituição da escada de madeira com patamar bastante deteriorada, de acesso às sineiras, por betão armado (!?). Telhado novo, com telhas pintadas de castanho-escuro. Interior com parede costeira em granito à vista, talha dourada só a partir dos altares laterais (a restante ficou danificada com a queda dom campanário e por isso foi retirada cerca de 1,5metros de cada lado). Janelas cobertas com vitrais, pavimento em soalho de madeira envernizada até ao arco triunfal. Teto também em madeira envernizada. Imagens expostas: lado esquerdo encimado, pia da porta travessa sobre mísula, esta a Santa Rita e do outro lado, também sobre mísula com cobertura, repousa sentada a santa Ana; Lado do evangelho com altar do Coração de Jesus e do lado da epístola apresenta-se o altar de Nossa Senhora de Fátima. Segue-se do lado esquerdo pousada em mísula, uma pequena imagem de Santa Rita e do outro lado de igual modo a Santa Barbara, altar colateral esquerdo com São José o Menino e o colateral direito com Nossa Senhora da Conceição; Altar-mor do Santíssimo Sacramento assente em mísula à esquerda, esta o São Vicente (padroeiro de Vilarandelo), e da mesma forma à direita está o São Pedro; Ladeando o altar-mor, à esquerda tem pintura de São Vicente e à direita de Santo António. Sacristia com paredes próprias em alvenaria de granito rústico.

Fig.1 - Desenho da fachada principal, cam- Fig.2 - Fachada principal atualidade. panário Gótico, empena com cerca do dobro da altura, antes do ciclone de 1941.

Francisco José Lino Moura

Angariador de seguros e promotor Francisco Tété | 963 154 893 | franciscotete.seguros@gmail.com - francisco63tete@gmail.com


ARAUTO

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Da satisfação à Tristeza

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Nasci no bairro de Baixo em 1944 e em 1951 mudei para o bairro do Saco com os meus pais e irmãos, para casa da minha avó paterna, para a assistirmos na sua já longa idade. Essa casa tinha uma cortinha que chegava ao caminho – hoje rua das escolas – do outro lado existia- e ainda existe – o quintal do Sr. Dr. Olímpio Seca e havia também um terreno onde se fazia a Feira dos Burros e Cavalos – hoje esse local é ocupado com a Casa do Pároco e a Antiga Escola Primária. Nesse terreno - e junto ao quintal do Sr. Dr. Olímpio Secaacampavam a Dona Iria, uma senhora duma simpatia e bondade admirada por todos, seu filho Constantino, bom homem, e suas duas companheiras – Ana e Beatriz. Aí viviam envoltos nuns cartões, sacos de lona e algumas mantas de farrapos, que mal davam para cobrir as partes mais íntimas do corpo. O fim da guerra de Espanha não estava muito longe e a miséria reinava para eles, que eram ciganos, como para nós , aldeões. Nesses anos 40 ainda tivemos o ciclone que derrubou o campanário da Igreja Matriz. Essa família tinha uma cadelinha branca, peludinha, com a qual eu brincava, com os meus 7 anos de idade. Como gostava muito da cadelinha convenci o meu pai meu pai a trocar um burrinho, já muito velhinho, pela cadela. O negócio fez-se para minha SATISFAÇÃO, mas ao terceiro dia o Sr. Constantino veio a casa de meus pais comunicar que o negócio ficava sem efeito, alegando que o burrinho não comia o seco (o feno), para a minha maior TRISTEZA. José Nogueira Cavalheiro

Muitos são os que se questionam e inclusive retorquem pela celebração, no dia 8 de Março, do dia Internacional da mulher. Deixo-vos aqui um breve esclarecimento e a minha singela homenagem a todas as mulheres do mundo. No dia 8 de Março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada numa cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, a redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), a equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e o tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência: as mulheres foram trancadas dentro da fábrica e de seguida incendiaram-na. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num acto totalmente desumano. No entanto, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 8 de Março passaria a ser o ‘Dia Internacional da Mulher’, em homenagem às mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas. Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objectivo é discutir o papel da mulher na sociedade actual. O esforço é para tentar diminuir e quem sabe um dia terminar com o preconceito e a desvalorização da mulher. O Dia Internacional da Mulher celebra, hoje em dia, a luta contra todas as formas de discriminação, as desigualdades e a consagração de direitos. Pois, infelizmente, ainda há muitas mulheres a sofrer a repressão de muitos homens, que porventura, se esquecem que são filhos de uma mulher. Patrícia Doutel

Traços da Vida

Lembrais-vos de mim? O Correio

Aquela mulher, velha, corcunda, de boca ao lado (“foi um “ar” que lhe deu”; ouvia eu dizer), oculinhos na ponta do nariz, sempre vestida de preto, de aspeto um pouco sinistro, era a Menina Antónia. Menina, porque nunca casara, nem a lei lho permitia, porque, a par com as enfermeiras, também as telefonistas não o podiam fazer. E sendo a Menina Antónia a “Chefa” do Correio de Vilarandelo, com certeza que devia estar equiparada àquela profissão. O Correio situava-se na rua principal, do lado direito, logo a seguir ao Café e pouco antes da Igreja, num antigo edifício cuja entrada principal dava para uma escada que, em a subindo, nos levava a um interessante átrio onde, do lado direito, uma porta dava acesso a uma, não menos interessante, sala onde a Menina Antónia atendia o público. Lembro-me de pôr-me nos bicos dos pés para, assim, conseguir ver, do outro lado do balcão, aquela mini central telefónica onde, de vez em quando, se via saltar uma tampinha, deixando assim aberto um orifício, no qual a Menina Antónia metia uma cavilha e, em seguida, falava repetindo o número e a respetiva localidade que lhe diziam do outro lado e concluía sempre com: “Aguarde por favor.” Ou “tenho as linhas todas ocupadas; a ligação vai demorar”. E eu ficava boquiaberto,vendo aquele emaranhado de fios cruzados. Sei bem que a ligação, em muitas ocasiões, demorava, mais de 1hora. Quantas vezes o meu pai pedia uma ligação para Lisboa ou Porto ou até mesmo para mais perto, como Chaves, e tinha de esperar um tempo infinito até que lhe fizessem a tal ligação. Em casa, tínhamos o Telefone com o número 19, de Vilarandelo. O número 18 tinha sido atribuído ao Café , que também servia como posto público. Encontrava-se metido dentro duma cabine, onde os utilizadores se fechavam e, assim, desse modo, podiam manter a reserva das conversas. Para se conseguir uma ligação telefónica, davase à manivela, existente no preto aparelho, o telefone, e esperava-se que, do outro lado, atendesse a Menina Antónia,

a quem se pedia a ligação para o número pretendido. Às vezes, umas sem querer, outras por malandrice, tocava eu na dita manivela e, como ninguém falasse deste lado, era certo que a “Chefa” retribuía com um estridente toque; era assim o som das campainhas dos telefones daquele tempo e eu apenas ouvia o meu pai que se desculpava com a Menina Antónia e,a seguir,lá vinha,para mim,mais um raspanete. Eram dois os funcionários deste posto dos CTT: a “Chefa” e um Carteiro. O mais carismático dos carteiros, que por ali passaram, foi, com certeza, o nosso conterrâneo Aníbal Morais. Mala castanha da “praxe”, na mão, tantas vezes tão cheia de saudades que transbordava, mas não eram essas as missivas que lhe pesavam, nem impediam que passasse todas as manhãs e, apesar do passo estugado, tinha uma certa leveza no andar, era como se tivesse pressa de levar as boas notícias a cada bairro, a cada casa, entregando, de casa em casa, de mão em mão, todas as cartas chegadas no dia anterior e que, na altura não tinham sido levantadas. O que mais lhe pesava, era quando trazia e tinha de entregar aqueles inconfundíveis envelopes listados ou debruados a negro. O correio chegava, a Vilarandelo, todos os dias, na camioneta, com o horário das 19 horas, vinda de Mirandela em direção a Chaves, com paragem única e obrigatória em frente ao “Correio”. Um grupo de pessoas aguardava, já, no átrio, ao cimo das escadas, que o “Carteiro Aníbal” chamasse pelo nome indicado nos sobrescritos, o que provocava o sorriso e contentamento de alguns e a desilusão final dos que não tinham recebido nada. Não sei se o António da Costa Machado, entre nós mais conhecido por Amorim, também fazia parte do quadro de

pessoal do Correio. Independentemente do tempo que fizesse, chovesse ou fizesse sol, com frio ou com calor, era ele que, não me lembro se todos os dias, lá ia até Santa Valha, Fornos do Pinhal e, talvez, Sonim e Barreiros, tocando um burrito castanho, onde levava o correio para estas povoações, em sacos próprios para o efeito e com o nome da aldeia bem visível, porque escrito com letras bem grandes e estampadas no respetivo saco. Na volta, trazia o correio que seguiria para outras paragens, assim como as respostas das missivas anteriormente entregues. Atualmente “O Correio”, após ter sido instalado em edifício construído de propósito para o efeito nos anos 70 do século passado onde foi primorosamente dirigido pela “Chefa” D. Natércia, está instalado no rés do chão da Casa do Povo, limitado a algumas horas diárias, e já não tem nenhuma “soturna” Menina Antónia a atender o público, nem nenhuma autoritária D. Natércia. Hoje somos atendidos com a simpatia consonante aos tempos modernos. José Cancelinha

Fatura de Janeiro de 1969 do telefone Nº 19 de Vilarandelo


ARAUTO

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ANIVERSÁRIOS

Maria Mitras Lopes 07/12/1933 Vilarandelo

Conceição Morais 11/12/1930 Vilarandelo

Maria da Conceição Martins 15/12/1933 Barreiros

Albertina Ramos 17/12/1936 Vilarandelo

Anaísa Medeiros 21/12/1933 Alpande

Emília Lopes 28/01/1925 Santa Valha

Judite Morais 29/01/1931 Sá

Maria Teresa Teté 02/02/1945 Vilarandelo

Carminda Pimenta 06/02/1931 Ervões

Narcisa Mairos 09/02/1933 Vilarandelo

Leonilde Olaia 20/02/1933 Vilarandelo

Maria Conceição Moreira 25/03/1938 Valpaços

Ascensão do Senhor Rafael 27/02/1938 Vilarandelo

José Silvino 05/03/1936 Alvarelhos

Amélia Coroado 11/03/1926 Vilarandelo

Maria Luisa Pires 01/01/1963 Bustelo (Chaves)

Lídia Gomes 12/02/1928 Vilarandelo

Ana Florêncio 19/03/1932 Vilarandelo

Henrique Leite 23/01/1927 Justes (Vila Real)

Dulcina Madureira 17/02/1951 Sá

Francisco Perdigão 21/03/1932 Deimãos

Carminda Fidalgo 02/04/1960 Sá

Maria Frade 04/04/1928 Sá

António Teixeira 07/04/194 Sá

Cândida Abelha 08/04/1938 Vilarandelo

Maria de Lurdes Polónio 09/04/1944 Vilarandelo

Adolfo Santos 12/04/1947 Vilarandelo

Palmira Melo 14/04/1921 Vilarandelo

Leonídio Castro 15/04/1943 Santa Valha

Olimpia Teixeira 18/04/1961 Vidago

Josefina Nogueira 21/04/1923 Vilarandelo

Maria das Dores Nogueira 11/04/1930 Vilarandelo


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Romance

“A Casa da Cruz”

de José M. Sequeira Cancelinha “Ó patrão! Ó patrão!” - Chamou António Pedro à porta do quarto de Manuel - “Venha lá que o animal não está bem, acho que a cria está atravessada.” “Vai já depressa chamar o ferrador, que venha a correr” “Bêbado como estava ontem, não sei se será capaz…” “ Vai despacha-te que eu já desço e fico a tomar conta. E esse borrachiscas fá-lo cá vir nem que seja a arrojar pelo chão.” O ferrador tinha a obrigação de vir para assistir a este problema uma vez que, por ajuste, se tinha comprometido a tal. Este ajuste ou contrato era celebrado entre as partes, ferrador e o dono dos animais que teriam de ser assistidos nas maleitas, mais aqueles que teriam de ser ferrados durante o ano. Era o ferrador que, também, desempenhava as funções do veterinário. Avença semelhante tinha o barbeiro que, para além de cortar o cabelo a um determinado número de cabeças, tinha também a obrigação de aos sábados e quartas fazer a barba aos homens da casa, isto para não falar de algum dente que tivesse que ser arrancado ou outra qualquer intervenção cirúrgica, como queimar uma lentilha, por exemplo. Estes contratos eram fechados sob a palavra dada e selados, a maior parte das vezes, com um copo de vinho à saúde das partes contraentes. O pagamento era, normalmente, feito anualmente com uma quantidade pré-definida de centeio, medido em alqueires.

Mesmo com o frio que estava, António ferrador tirou o casaco, arregaçou as mangas e começou imediatamente a trabalhar metendo as mãos pela burra adentro.

“A minha mãe quando bota os ovos a chocar faz sempre esta reza: “Em louvor do Salvador que todos saiam pitas e só um cantador.” E depois diz um Padre-nosso e uma Ave-maria.”

“Ó carai! Vamos ter que a rasgar ti Manel, se queremos salvar a cria.” Ali estavam, quase todos, os de casa a assistir e querendo ajudar, assim eles pudessem fazer alguma coisa de útil. Palmira acocorada junto à cabeça do animal fazia-lhe festinhas enquanto pedia a todos os Santinhos que não lhe levassem a burrinha. Sentia-lhe ainda a respiração e notava que estava a sofrer pelo modo como cerrava os dentes e abria os lábios de vez em quando.

“Depois lembras-me que havemos de fazer essa reza as duas.” – Pediu Palmira

E ali se deixou estar mesmo quando o pai deu ordem para que todos se fossem embora porque, ali, só estavam a estorvar. O ferrador cortou e rasgou até conseguir tirar o pequeno animal cá para fora que já estava ansioso para que o livrassem da placenta e do cordão umbilical para poder tomar a primeira lufada de ar fresco da sua vida. “É um bonito macho, Ti Manel. Rais-ma-parta, se já vi algum assim como este!” Entretanto a pobre da burra ia-se esvaindo em sangue que não conseguiam conter com todos os panais, e eram muitos, que tinham à mão. Palmira ali esteve sempre até ao último suspiro do animal que não tardou muito. Estremeceu, cerrou os dentes e ficou-se.

“E, quando nascerem, dás-me um pitinho a mim? -Pedia Ana - “ E se os ovos não estão galados?” “Estão, estão. Que eu bem vejo o galo a galar a minha galinha.” - afirmava Palmira. - “Está bem dou-te um, mas outro hei-de levá-lo à minha madrinha que é a Santa Luzia. Hei-de-lho lá levar dia treze de Dezembro que é o dia da festa dela e também é o dia dos meus anos. Que já lho prometi. Queres lá ir comigo?” “Não sei onde é.” “Então não sabes que é em Sá? “Ó Palmirinha então tu queres-me levar à terra dos caboucos? Olha que eu nunca de cá saí. E se fb.com/piagoberries.pt nos perdemos?” - E riam as duas. Sá era uma pequena aldeia, anexa à paróquia de Ervões, a uns escassos dois quilómetros de fb.com/piagoberries.pt Vilarandelo que celebrava a festa da padroeira todos os anos a treze de Dezembro, Santa Luzia, protetora da vista e das doenças dos olhos e que sendo a última romaria do ano juntava, por isso, muitos romeiros. A maioria ali vinha para pagar as promessas à Santa pelas graças recebidas.

“Ó carai! Ó carai. Não a salvamos Ti Manel. Mas o machinho, esse, aí está. E rais-ma-parta, se não vai ser o melhor macho de Vilarandelo.

As oferendas para cumprimento dos votos eram, normalmente, feitas em géneros: alqueires de “Também me levanto, homem”, Disse Rita que centeio ou trigo, pequenos animais, cântaros de também tinha acordado, aliás, ainda nem sequer vinho e até algumas dúzias de ovos. Tudo isto era tinha adormecido porque não deixava de pensar Tem sorte que o pode por a criar na burra do Zé leiloado ao fim da procissão que se realizava após na conversa que o pai tivera com os filhos depois da ceia. Joaquim que, ontem, perdeu a cria. Caiu ao poço a missa, onde não faltava um lindo e longo sermão na Ribeira Pequena, foram dar com o animal já morto. de que quase ninguém, ou mesmo ninguém, já “Olha, acende o lume e põe um caldeiro com que os eruditos não abundavam por aquelas água a aquecer na gramalheira, que vai ser precisa. paragens, entendia patavina mas que era elogiado Capítulo Três E os rapazes que vão buscar uma gabela de palha segundo o modo como o pregador o gritava e Piago Berries é uma empresa de produção de pequenos frutos e seus derivados, situada e que a espalhem pela loja.” Ana entrou na Casa da Cruz dois dias depois da a ênfase que punha no latinório dalgumas frases na Região deconversa Trás-os-Montes, na Vila de Vilarandelo entre a terra fria e a terra quente do de seu pai com Manuel Portelinha e logo que usava. Não era qualquer padre que pregava, concelho de Valpaços, Tem umdesembaraço clima características únicas, Invernos muito Berries umaPortugal. empresa de eprodução decom pequenos frutos e seus derivados, situada Com o alvoroço um a um todos sePiago foram apenas dois ou três eram reconhecidos na região se fezénotar pela esperteza pelo rigorosos e Verões muito quentes e secos, que lhe permite gerar produtos de excelência. Regiãocom de que Trás-os-Montes, Vila de Vilarandelo a terra fria ea época a terra levantando lá em casa, todos excepto um,na Calisto, e que, em chegando dasquente festas e do romarias, falava e fazia asnacoisas e pela rapidez entre que se fartou de resmungar com os irmãos que com não tinham mãosúnicas, a medir.Invernos Era preciso contratáque aprendia. E também desde primeiro concelho de Valpaços, Portugal. Tem umoclima com características muito As compotas são confecionadas de forma artesanal, com frutas daantecedência. época, mantendo a “o tinham acordado e não o deixavam dormir momento los com muita deu mais com Palmira, queque tinha rigorosos e Verõessemuito quentes e secos, lhea permite gerar produtos de excelência. tradição, semidade corantes conservantes, onde é possível sentir os aromas e os sabores sossegado.” dela, donem que com qualquer outro membro As compotas são confecionadas de forma artesanal, frutas da época, mantendo a E as duas raparigas contavam, ansiosamente, os únicos da fruta. da família. Era uma alegria vê-las a correr pela com tradição, Cortinha sem corantes ondeque é possível sentir os aromas os sabores Não tardou que António Pedro voltasse, trazendo dias que faltavam para a e festa de Santa Luzia, abaixonem para conservantes, irem apanhar erva dadepois fruta. davamproduces com ele o ferrador ainda com ar estremunhado. mesmo sabendo que aingalinha tinha ainda que aos coelhos ou quando iam dar Piagoúnicos Berries company small fruits and its derivatives, located the region chocar os ovos e os pintos tinham que nascer e milho ou grão às galinhas. of Trás-os-Montes, in the village of Vilarandelo between the cold and the em hotfrangos landcapazes of the “Ó carai! Ó carai!”- Resmungou ao chegar.Piago - “AtãoBerries company produces small fruits and its derivatives, crescer para se tornarem located in the region de serem of Valpaços, Portugal. It has a climatecontentes, with unique characteristics, very rigorous isto é que são horas de tirar um homecounty da cama?” oferecidos à Santa. “Piiiila, pila, pila, - Chamavam, of Trás-os-Montes, in thepila!” village of Vilarandelo between the cold and the hot land of the winters and of very hot and dry summers, it to generate products excellence. pelas galinhas. county Valpaços, Portugal. It has a which climateallows with unique characteristics, veryof rigorous “Ó ti António a ver se ao menos salvamoswinters a cria. very hot andthe dry jams summers, which allows it to generate products of excellence. Keeping theand tradition alive, are manually prepared with seasonal fruits, without Que a burra estou que não!” NOTA: “ Aquela pedrês é minha” - dizia Palmira - “e os coloring or preservatives, where you can feel aromas the unique ofArautos theposteriores. fruit. Esteand romance seráseasonal publicado, porflavors capítulos, Keeping the tradition alive, the jams are manually prepared with fruits, em without ovos que ela põe estou a separá-los dosthe outros Não perca os próximos “episódios”! “Hummm...vamos ver, vamos ver.” coloring or preservatives, where you can feel the aromas and the unique flavors of the fruit. para depois os lançar a chocar.” Piago Berries é uma empresa de produção de pequenos frutos e seus derivados, situada na Região de Trás-os-Montes, na Vila de Vilarandelo entre a terra fria e a terra quente do concelho de Valpaços, Portugal. Tem um clima com características únicas, Invernos muito rigorosos e Verões muito quentes e secos, que lhe permite gerar produtos de excelência. As compotas são confecionadas de forma artesanal, com frutas da época, mantendo a tradição, sem corantes nem conservantes, onde é possível sentir os aromas e os sabores únicos da fruta. 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ARAUTO Donativos

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Descubra as Diferenças

PARA O ARAUTO Adélia Alves Ferreira Coelho 10,00 € Adelino José ferreira Lopes 10,00 € Aida da Rosa Mitras 10,00 € Almor Lopes Doutel 50,00 € Amelia Santos Lopes 10,00 € Ana Teixeira da Silva 100,00€ Anonima 10,00 € Anonimo 10,00 € Anselmo dos Santos Iseda 10,00 € António Brandão de Almeida 10,00 € António dos Santos Lopes 20,00 € António Henrique da Silva 10,00 € Augusto Teixeira Lopes 10,00 € Carlos Brandão Almeida 10,00 € Cremilde dos Anjos Guedes Morais 15,00 € Dr. Santos Carvalho 60,00 € Elisabete Nogueira Sequeira Duarte 20,00 € Francisco Afonso 20,00 € Francisco Avelelas Almeida 10,00 € João Avelelas Brandão 5,00 € Josefa Carolina Doutel Coroado 10,00 € Manuel Alves Ferreira 30,00 € Manuel da Rosa 10,00 € Maria de Fátima de Almeida Garcia M. Rodrigues 30,00 € Maria de Fátima Domingues Pinto 10,00 € Maria de Fátima Pereira Cancelinha Fernandes 10,00 € Maria dos Anjos Nogueira Polónio Cancelinha 10,00 € Maria Fernanda Moreira da Silva 10,00 € Maria Helena Avelelas de Almeida Esteves 10,00 € Maria Helena Morais Cavalheiro Teixeira 5,00 € Maria Isilda Morais Carriço 5,00 € Maria Milheiro Lino Nunes da Silva 10,00 € Mário Lopes de Almeida 20,00 € Rafael Marial Alves Teixeira 20,00 €

PARA A CASA DO POVO Francisco Afonso 10,00 €

A todos o nosso Muito Obrigado

Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós! Agradecimento A família de Mari a da Nati vid ade Rafael ve m, muito sen sibilizada, agradecer as inúme ras prova s de pesar e carinho que lhe foram manifestada s aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Fernando Flore s F ernande s vem, muito sensib ilizada, agradecer as inúmeras p rovas de pe sar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Ma ria Eugénia Lopes Cunha Afonso vem, mui to sen sibilizada, agradece r as inúmera s provas de pe sar e carinho que lhe foram manifestada s aquando das exéquias fúnebre s do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Aníbal Cancelinha Macanjo ve m, muito sensib ilizada, agradecer as inúmeras p rovas de pe sar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agradecimento A família de Maria Emília Teix eira Ferreira ve m, muito sen sibilizada, agradecer as inúme ras prova s de pesar e carinho que lhe foram manifestada s aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A filha de Augusto Teixei ra Lopes, vem agradecer a todos o s que est ive ram p resente s nas e xéquias fúnebres pela manifestação de carinho, re speito, apoio e conforto recebidos durante u m mo mento tão difícil, mas o abraço de cada um te m ajudado a aliviar esta dor.

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Agradecimento A família de Conceição Ma rtin s ve m, muito sensib ilizada, agradecer as inúmeras p rovas de pe sar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Alcina Vieira Abelha ve m, muito sensib ilizada, agradecer as inúmeras p rovas de pe sar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

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Saudade … é o amor que fica de quem não pode ficar…


ARAUTO

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A CRECHE A importância da leitura de histórias na Creche As nossas crianças mais pequenas podem não entender toda a história, mas a leitura em voz alta coloca-os em contato com outras dimensões das linguagens oral e escrita, que serão importantes em seu desenvolvimento. Alguns especialistas acreditam que, para alguém se interessar por livros na vida adulta, é fundamental que a palavra escrita esteja ao seu alcance desde cedo, ou seja, estimular a leitura dentro do berçário, com bebês que ainda nem aprenderam a falar, pode ser o caminho mais curto para a formação de um futuro leitor. A contação de histórias é uma forma lúdica de transmissão de conhecimentos e um poderoso estímulo à imaginação. Por auxiliar no desenvolvimento físico, cognitivo e socioemocional das crianças.

Carnaval dos pequeninos A importância dos puzzles na Creche Os puzzles são um dos brinquedos que contribui para melhorar a experiência educacional das crianças. Ajudam-nas a desenvolver e a melhorar o raciocínio, a perceber relações “ do todo com a parte” e aumentam a perceção visual e espacial. Os puzzles são uma forma divertida de melhorar a perícia e as capacidades motoras das crianças.Estas capacidades serão muito importantes na altura da criança aprender a escrever, e elas começam a desenvolver estes processos muito antes de saberem segurar num lápis. O ato de pegar e agarrar nas peças do puzzle e colocá-las nos sítios certos irá ajudá-las no desenvolvimento dessas capacidades motoras. O facto de a criança manipular as peças para ver se encaixam ajuda ainda a reforçar os seus processos de coordenação óculo-manual.

O Carnaval é a época da fantasia, das cores, das máscaras… A época do Carnaval é um momento de animação, alegria e muita diversão para as nossas crianças. Os nossos meninos ainda são pequeninos mas adoram festa, música e boa disposição! Devido ao tempo que estamos a passar organizamos o nosso baile de Carnava no Jardim de Infância. Foi um dia muito divertido!!!


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