ARAUTO DEZEMBRO 2022

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Neste fluir contínuo do tempo que vai seguindo o seu curso indiferente à nossa vontade, mais um ano está a chegar ao fim e outro se aproxima.

Mais uma vez o ano foi repleto de mudanças, incertezas e receios e um regresso lento à normalidade. Voltaram as festas, as feiras e as tradições! continua na página

Editorial
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Direct. Edit.: DIREÇÃO
DE VILARANDELO
Imp. Gráfica Sinal - Chaves DEZEMBRO
| II SÉRIE | NÚMERO 71 | Desde Março de 1974 Romance “A Casa da Cruz” Casa do Povo de Vilarandelo Expressão Plástica na Creche Fraga Bolideira de Vilarandelo página 10 Restauro do Retábulo da Igreja Matriz de Vilarandelo página 4
Boletim Informativo da Casa do Povo de Vilarandelo - Concelho de Valpaços
DA CASA DO POVO
- Comp. Luís Cancelinha |
2022

Editorial

Mas a guerra na Ucrânia trouxe consequências devastadoras que se estenderam a toda a Europa e fez renascer velhos “medos” do tempo da guerra fria, como a ameaça nuclear. Parece que temos vivido uma crise após outra: uma pandemia, ondas de calor extremo e seca devido às alterações climáticas, inflação, guerra e uma crise energética.

A Casa do Povo de Vilarandelo manteve a sua atividade de auxílio à comunidade, desde a infância até à terceira idade, no apoio à cultura, ao desporto e a diversas atividades de interesse social.

Durante este ano, foram efetuadas obras de remodelação de alguns edifícios da Casa do Povo de Vilarandelo, aproveitando as candidaturas no âmbito do programa Norte 2020, financiado pelo FEDER e pelo Município de Valpaços.

A maior intervenção foi feita no edifício do Centro de Dia, onde foi substituído o telhado, foram renovados os pavimentos e pinturas interiores, e foi colocado capoto e pintada a parte exterior. Esta remodelação dotou o local de melhores condições de funcionamento na medida em que resolveu problemas de infiltrações de água, melhorou o isolamento térmico e permitiu a retirada do amianto que existia no telhado. O problema de amianto era comum ao edifício do CAT pelo que esse telhado também foi substituído. No Jardim de Infância foram substituídos os pavimentos interiores que estavam danificados e foram efetuadas algumas pinturas.

Esta intervenção permitiu melhorar as condições de conforto e segurança dos edifícios e consequentemente a qualidade dos serviços prestados aos nossos utentes.

Este foi o ano em que a Casa do Povo de Vilarandelo fez 80 anos. Durante todos estes anos, a Casa do Povo tem estado ao lado da população, adaptando-se e renovando-se para dar resposta às necessidades específicas de cada momento, promovendo o bem-estar social, a cultura e o desporto.

Vilarandelo conseguirá manter esta instituição de forma a permanecer jovem e ativa ao serviço das necessidades da população residente na sua área de intervenção.

Aproveito para desejar a todos um Natal repleto de Amor e que o ano de 2023 traga Paz, Saúde e Prosperidade.

Votos de uma boa leitura.

A Presidente da Direção da Casa do Povo deVilarandelo, Isabel Sequeira

JUNTA DE FREGUESIA DE VILARANDELO

Nesta quadra e num mundo que gira a uma velocidade assombrosa, é fundamental reflectir sobre o que é, realmente, essencial. Esta época deve ser um tempo de balanço, de pausa e de reflexão. A saúde, a família e os amigos são peças-chave na nossa vida. O melhor presente é desejar saúde e acreditar na magia desta época.

Assim, nesta quadra natalícia quero, em meu nome pessoal e em nome do executivo da Junta, enviar a todos, os meus sinceros votos de solidariedade, de fraternidade e de justiça social. Não podemos ficar indiferentes à dor e ao sofrimento de quem foge de guerras e de atentados contra a dignidade humana, de quem está doente, dos mais pobres, e dos que passam necessidades devido ao desemprego. É essencialmente para estes que deverá ir o nosso pensamento, a nossa preocupação e a nossa solidariedade. Continuamos e estamos, cada vez mais, determinados a trabalhar para procurar resolver alguns destes problemas e, ao mesmo tempo, criar condições para que todos se sintam cada vez melhor na nossa região.

Aos nossos funcionários e colaboradores, às empresas, ao comércio, às associações e instituições existentes, ao empenho conjunto das pessoas – nomeadamente ao Rui Cancelinha pela iniciativa de criar mais um presépio na nossa Vila e ao Sr. Luís Lagarelhos, por mais uma vez iluminar o Jardim do Toural com luzes alusivas à época – a todos vós, o mais sincero agradecimento, por serem os verdadeiros motores para o desenvolvimento da nossa freguesia.

A todos votos sinceros de Boas Festas e de um próspero ano novo.

A Presidente Sónia Barreira

NOTA INFORMATIVA ATENÇÃO

Informam-se os leitores do Arauto que a próxima edição de 2023 (prevista para Abril/ Maio) só será enviada em formato papel, para as moradas de particulares residentes fora de Vilarandelo, que tenham informado a secretaria da Casa do Povo, via telefone ou e-mail (arauto2005@gmail. com) e após donativo para o mesmo, no valor à consideração de cada um e efectuado até ao mês de Fevereiro de cada ano.

O que se pretende com esta medida é a contenção de gastos e principalmente gastos desnecessários, uma vez que muitos dos jornais são devolvidos quer por moradas insuficientes, alteradas, por falecimento, etc.

Existem jornais a ser entregues em países onde quem o solicitou já ali não reside, sendo que em muitos casos apenas temos conhecimento passado anos. Por exemplo o jornal Arauto esteve a ser enviado para o Canadá, EUA, França, Espanha, Suíça, Andorra, Luxemburgo e Brasil, para beneficiários durante anos, sem os mesmos ali residirem, não sendo devolvidos.

Nesse sentido, vamos, em 2023, rectificar a listagem actual das pessoas individuais e iniciar uma nova e assim até Março de cada ano, quem não manifestar interesse em receber o Jornal, ou não prestar o respectivo donativo, será excluído da nova listagem.

Aproveito para, em nome da Direcção, deixar um enorme agradecimento a todos os que colaboram com o Arauto, seja através de donativos, seja com artigos para o mesmo, aos leitores e aos patrocinadores e em especial à Patrícia Doutel e ao Luís Cancelinha pelo trabalho e dedicação.

A todo o mundo, um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo Gratos pela compreensão, atenciosamente,

Boas Festas

2 ARAUTO

Casas do Povo

As Casas do Povo foram criadas pelo Decreto-Lei n.º 23051, de 22 de setembro de 1933.

A partir do Decreto-Lei n.º 30 710, de 29 de Agosto de 1940, passaram a funcionar como instituições de previdência para o mundo rural. Reorganizadas pela Lei n.º 2144, de 29 de Maio de 1969, foram aí definidas como «organismos de cooperação social, dotados de personalidade jurídica, que constituem o elemento primário da organização corporativa do trabalho rural e se destinam a colaborar no desenvolvimento económico-social e cultural das comunidades locais, bem como a assegurar a representação profissional dos trabalhadores e dos demais residentes na sua área».

As casas do povo começaram por ser organismos corporativos (e, assim, associações públicas) (cf. Diogo Freitas do Amaral, Curso de Direito Administrativo, vol. I, Coimbra, 1988, p. 366). Com o Decreto-Lei n.º 737/74, de 23 de dezembro, deixaram de ter a função de representação profissional dos trabalhadores rurais, mas mantiveram-se «como instituições de previdência social» (cf., neste sentido, Parecer da Comissão Constitucional n.º 6/79, publicado nos Pareceres da Comissão Constitucional, vol. 7.º, pp. 287 e segs.). Entretanto, porém, passaram a desempenhar essas funções de previdência (mais tarde chamadas de segurança social) e outras funções públicas, por delegação; e nesse período, naturalmente, continuaram sujeitas a restrições de carácter público. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 246/90, aquelas que, de facto, ainda existiam libertam-se da tutela de organismos estaduais e de outras restrições de carácter público e passam a assumir a natureza de verdadeiras associações privadas.

A partir de 1982 e de acordo com a Lei nº. 4/82, de 11 de janeiro, as Casas do Povo passaram a ter o estatuto jurídico de pessoas coletivas de utilidade pública, de base associativa, tendo como finalidade o desenvolvimento de atividades de carácter social e cultural e a cooperação com o Estado e com as autarquias locais, com vista à resolução de problemas que afetem a população local.

Atualmente, entre outras, as atividades das Casas do Povo consistem, principalmente, no apoio a idosos e a crianças, na ocupação dos tempos livres e na promoção do convívio entre a população, com a organização de equipas e de torneios desportivos para as crianças e jovens e com a realização de feiras e de atividades culturais, musicais e lúdicas.

As IPSS, entre as quais estão algumas Casas do Povo, constituem uma rede de capilaridade que cobre todo o território nacional, sendo as entidades que, numa escala de proximidade, mais acompanham as pessoas, as famílias e as comunidades.

Casa do Povo de Vilarandelo Como tudo começou

A Casa do Povo de Vilarandelo foi fundada há 80 anos, no dia 3 de junho de 1942. Ainda o ano de 1942 estava no início e já eram vários os pedidos para que o Estado interviesse, pois a situação social no país, e sobretudo no interior, dava sinais preocupantes (começam a faltar no mercado géneros de primeira necessidade). As razões por detrás da escassez podiam encontrar-se nos constrangimentos impostos exteriormente pela guerra (II Guerra Mundial – 1939 a 1945 e Guerra Civil Espanhola – 1936 a 1939), mas também, e talvez principalmente, nos problemas internos.

Muitos dos agricultores do interior cultivavam menos, ou não cultivavam os campos motivados pelas pesquisas de minério de estanho e de volfrâmio. Por outro lado, nas zonas fronteiriças, a atração pelo mercado espanhol era muito grande e o contrabando fazia com que a maior parte da nossa produção não ficasse em território nacional. Nestas circunstâncias, os bens surgidos no mercado tinham preços incomportáveis para a maioria das bolsas. Foi nas zonas de fronteira que se registaram mais constrangimentos informais nos abastecimentos, sobretudo devido à proximidade física com Espanha que desde 1936 enfrentava uma complicada situação económica motivada pela guerra civil.

O governo de Oliveira Salazar procurava tranquilizar a população, assegurando que não se repetiriam os problemas ocorridos aquando do primeiro conflito mundial (1914-1918). Salazar era um político muito respeitado ao nível externo, tendo conseguido que Portugal não entrasse na II Guerra Mundial, mas ainda assim, essa decisão foi aceite pelos dois blocos beligerantes. Contudo, o nosso país tinha grandes problemas económicos e sociais, sendo a consequência mais visível a escassez e carestia dos géneros alimentares.

No ano de 1942, no dia 1 de fevereiro, entrou em vigor o condicionamento dos principais géneros de mercearia (bacalhau, arroz e açúcar) e mais tarde a fixação de preços. Estas medidas foram encaradas como um mal necessário, que asseguraria (tanto quanto possível) uma equitativa redistribuição de géneros, algo quase impossível de obter com o mercado livre.

Muitos ainda recordarão com tristeza esse tempo em que se passou muita fome e do qual ficou a expressão “uma sardinha dava para três”, facto que parece irreal aos olhos dos mais novos.

É neste contexto económico que a Casa do Povo de Vilarandelo foi fundada, não sendo de estranhar que nestes tempos muito difíceis tenha começado por servir a “Sopa dos Pobres”, feita em potes de ferro.

Diariamente eram servidas cerca de 250 sopas aos mais carenciados, que eram muitos.

Estes factos devem fazer-nos refletir, especialmente porque temos vivenciado nos últimos tempos factos que nos levam a desejar

que a história não se repita.

Na sede da Casa do Povo de Vilarandelo, sita na Rua Dª Amélia Castelo, funcionou o posto médico e o regime especial de previdência dos trabalhadores rurais, mais tarde substituído pelo regime de segurança social da atividade agrícola. Ainda muitos se recordam de pagar as quotizações, que mais não eram que uma contribuição para o esquema de prestações assegurado por todas as Casas do Povo.

De facto, na época da fundação da Casa do Povo de Vilarandelo, as Casas do Povo exerciam diretamente a função de instituição de previdência que visavam proteger os trabalhadores na doença, invalidez, desemprego involuntário e garantir também pensões de reforma. A inscrição era obrigatória e abrangia todos os trabalhadores e produtores rurais.

Também na sede, que funcionava como centro de convívio, existiu a primeira televisão de Vilarandelo e foram desenvolvidas diversas iniciativas de índole social e desportiva, das quais destacamos o cinema, Banda Musical, Rancho Folclórico, Jornal “Expresso”- hoje “Arauto”, futebol, Ténis de mesa, etc.

Com o desenrolar do tempo, a Casa do Povo de Vilarandelo foi adequando a sua atuação às circunstâncias e necessidades, tendo até hoje estado à altura dos desafios que vão surgindo.

O primeiro equipamento social a abrir foi o Jardim de Infância de S. Francisco d’ Assis, fundado a 9 de novembro de 1981, sendo o primeiro do concelho de Valpaços, que contou na sua fundação, com a coordenação pedagógica das Irmãs Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, que continuam ainda hoje a colaborar com a Casa do Povo de Vilarandelo.

No ano de 2022, 80 anos depois, a Casa do Povo de Vilarandelo é uma IPSS com as valências de Creche, Centro de Dia, SAD (Serviço de Apoio Domiciliário), ERPI (Estrutura Residencial para pessoas Idosas), Cantina Social, posto de Correios, equipa de acompanhamento do RSI (Rendimento Social de Inserção) do concelho de Valpaços, CLDS (Contratos Locais de Desenvolvimento Social), Banda Musical da Casa do Povo de Vilarandelo, Rancho Folclórico da Casa do Povo de Vilarandelo, Grupo de Futsal e Comissão de Carnaval “Os Malteses”.

Nos próximos números do Arauto vamos publicar uma descrição de diversos acontecimentos relacionados com a Casa do Povo de Vilarandelo nestes 80 anos, tendo por base documentos existentes.

Pedia também a colaboração de todos os que recordem episódios de alguma forma relacionados com a Casa do Povo de Vilarandelo e que queiram partilhar essas memórias. Façamnos chegar o vosso testemunho para que este seja publicado no Arauto.

Se partilharmos as nossas histórias elas não serão esquecidas.

A Presidente da Direção da Casa do Povo deVilarandelo, Isabel Sequeira

Boas Festas

3 ARAUTO

Relatos de alguns utentes Sobre a Casa do Povo de Vilarandelo

António Teixeira (Sá): “Lembro-me de ir à casa do Povo de Vilarandelo pagar as quotas e de existir cinema/ Teatro”

Fernando Lopes (Vilarandelo): “Lembro-me que foi o professor Trigo e o senhor Guedes que criaram a CPV e que compraram essa casa, só depois é que foram surgindo sócios. Existia o futebol, a banda musical, um salão onde se jogava ping-pong e inclusivamente esse salão era onde as pessoas se reuniam ao domingo. Houve uma marcenaria onde trabalhava o treinador de futebol. O teatro era feito num lugar que lhe chamavam o “galinheiro” e as pessoas sentavam-se nas tábuas dos escadotes por ali acima. Eu próprio fiz papel de polícia numa das peças de teatro. Depois CPV foi mudando, fizeram uma cozinha onde a Dona Custódinha fazia a sopa dos pobres, porque na altura havia muita fome. Lembro-me do Sr. Padre Ribeirinha que depois passou a ser professor e que ajudou a impulsionar a CPV novamente. Depois começou o infantário, o centro de dia, o serviço de apoio domiciliário e só depois o CAT. Eu ainda me lembro da CPV pertencer a um particular. Existia um rádio a bateria da CPV que tinha de ser carregado de 8 em 8 dias e era o meu pai que o carregava no carro, pois não havia outra forma de o fazer. Penso que esse rádio até está nos correios agora.”

Anselmo Izeda (Vilarandelo): “Lembro-me do cinema e de pagar as quotas todos os meses.”

José Vinagre (Vilarandelo): “Lembro-me de ir para o salão jogar ping-pong e do Sr. padre Ribeirinha.”

Aida Barreira (Vilarandelo): “A casa do povo de Vilarandelo era só para os músicos”

Júlia Almeida (Vilarandelo): “Lembro-me dos ranchos, era na CPV que íamos receber o nosso correio e pagar as quotas.”

Adélia Silvério (Vilarandelo): “Eu trabalhei na CPV. Apanhei muita água para fazer a comida nuns potes muito grandes. Ia às 5:00h da manhã para fazer o fogo, fazer a sopa dos pobres e preparar o leite para as crianças.”

Maria Pimenta (Vilarandelo): “Lembro-me de existir cinema e teatro à noite. Nunca me esqueci de uma cantiga que ouvi numa peça de teatro aqui em Vilarandelo, dizia assim: Maria Manuela que encantos os teus, tu lembras aquela que caiu dos céus. Lembro-me tão bem, até foi num domingo. A CPV era uma coisa boa que ajudava os pobres, de manhã davam leite e à noite sopa.”

Amélia Magalhães (Vilarandelo): “Lembro-me de ajudar na distribuição da comida aos sábados e ainda me lembro dos ensaios da banda.”

Utentes Centro de Dia

Cândida Fidalgo: “O Sr. Coroado andava de porta em porta para perguntar às pessoas se queriam ser sócias e pagavam-lhe a ele porque ainda não havia Casa do Povo para pagar. Fizeram as obras, casa de espetáculo e pagavam-se as cotas.”

“Trabalhei na cantina através do Padre Ribeirinha, que me disse que para continuar a trabalhar tinha que fazer exame da 4ª classe. Trabalhei cerca de 2 anos na cantina e cozinhava para as crianças da escola e também para aqueles que estavam em casa do Sr. Padre Ribeirinha. Ajudava a cozinhar nos potes e servia a chamada sopa dos pobres. A primeira televisão que veio para Vilarandelo foi para a Casa do Povo e era lá que as pessoas se juntavam para assistir à televisão. Sou elemento do Rancho da Casa do Povo de Vilarandelo há 2 anos.”

Irene Moura: “Lembro-me do Sr. Padre Ribeirinha na Casa do Povo e foi com ele que comecei a pagar as cotas.”

Júlia Taveira: “Lembro-me do Sr. Padre Ribeirinha e de pagar as cotas (onde são os correios). Lembro-me dos cinemas e teatros e ainda participei em alguns teatros (fazia os teatros com a Alcininha). Andei no Rancho quando tinha 18 anos até casar e ir para o Porto. Aos domingos juntavam-se na Casa do Povo para assistir televisão.”

Mavilde Madureira: “Apaixonei-me no cinema da Casa do Povo, os meus filhos ainda andaram na banda Musical de Vilarandelo.”

António Teixeira: “Lembro-me de ir pagar as cotas à Casa do Povo.”

Ana Borges: “A grande obra da Casa do Povo deve-se ao Sr. Padre Ribeirinha. As crianças antes de irem à escola iam à Cantina tomar o pequenoalmoço. Almoçavam na cantina e antes de irem para casa iam comer a sopa. Para os adultos a sopa era à hora de almoço (nos potes). O Sr. Padre Ribeirinha criou muitos postos de trabalho. Mandou fazer o Jardim de Infância para que as mulheres pudessem trabalhar e deixar os filhos no jardim.”

Restauro do Retábulo da Igreja

Matriz de Vilarandelo

Com a preocupação e empenho manifestados pelo povo de Vilarandelo na conservação, preservação e valorização do património religioso desta vila, mais uma vez, se arregaçaram as mangas, para mais uma intervenção na talha da Igreja Matriz. Desta vez, na parte que falta, no retábulo-mor e um retoque nos frescos do mesmo templo. Para tal foram muitos os donativos de tantos anónimos feitos ao longo do ano, bem como da Comissão de Festas, deste ano de 2022, que ofereceu uma parte significativa para esta intervenção. Ao longo dos últimos anos – anos de crise – que nunca amedrontaram estes paroquianos de ajudar nestas intervenções e que não têm sido poucas.

A data da conclusão dos trabalhos está apontada para o próximo mês de Maio, onde poderemos considerar finalizados as intervenções a nível da talha na Igreja.

Um bem-haja a todos pela colaboração.

A Fábrica da Igreja da Freguesia de Vilarandelo

ANÚNCIO

Vende-se moradia em Vilarandelo situada na Rua Professora Amélia Castelo, com um lote contíguo para construção urbana. Trata-se de uma moradia com 28 anos, atualmente à venda na agência Imobiliária Sítio Certo em Valpaços, com as seguintes características: T4 + 1 escritório, 4 wc, garagem e adega

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4 ARAUTO

Clube de Futsal da Casa do Povo de Vilarandelo

Caríssimos leitores, O Clube de Futsal da Casa do Povo de Vilarandelo encontra-se, na presente época, em competição com as equipas de petiz, traquina, benjamim, júnior e sénior.

As equipas, direção, colaboradores, delegados, treinadores, os adeptos, simpatizantes, amigos, Patrocinadores, Município de Valpaços, Junta de Freguesia de Vilarandelo e a Casa do Povo de Vilarandelo, todos estes “elos” formam uma “corrente” forte e importantíssima para a continuidade deste clube, onde apenas todos juntos conseguimos levar a bom porto os objetivos delineados. Nesta época Natalícia, aproveitamos para reforçar o nosso agradecimento a todos acima mencionados, envolvidos de diversas formas e desejamos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

Comissão de Carnaval “Os Maltezes” da Casa do Povo de Vilarandelo

Após dois anos de ausência, vimos cheios de força!! Informamos ainda que a Comissão de Carnaval está mudada. Temos uma equipa cheia de garra, força, vontade de trabalhar e de manter a tradição do único Carnaval do Concelho de Valpaços e um dos melhores carnavais de Trás- os- Montes!

Deixamos em baixo os nomes da nova Comissão de Carnaval:

Direção:

Presidente: Odile Cancelinha Osório Da Rosa

Vice presidente: Vítor Henrique Alves Silva

Tesoureiro: Pedro Miguel Amorim Rosa

Vogais:

Ricardo Jorge Batista da Rosa

Maria Amelia Polónio Borges

Daniela Osório Cancelinha

Daniel Silva Chapouto

Francisco Pascoal Calado

Filipe Pascoal Calado

Boas Festas

Pois é, a Comissão de Carnaval já começou a arremangar as mangas e começar a trabalhar para o Carnaval 2023.

Após dois anos parados, devido à situação da pandemia, este ano será muito especial para os Vilarandelenses!!! Pois iremos festejar os 25 anos da existência desta Comissão de Carnaval de Vilarandelo!!! Este aniversário é de TODOS, pois ao longo destes 25 anos muitos passaram por lá e muito suor se deixou cair com poucas condições que havia antigamente..

Ora bem, a Comissão de Carnaval tem um desafio para TODOS vocês… Convidamos todos vocês a participar no Cortejo 2023. Se tens ideias, tens um grupo e gostarias de entrar no Cortejo, entra já em contacto connosco e juntos vamos fazer a festa!

5 ARAUTO
Odile Osório Da Rosa

Caros Vilarandelenses, Para organizar a festa de Vilarandelo do ano de 2022, conseguiuse reunir um conjunto de oito pessoas voluntárias e não nomeadas. O objectivo foi o de trabalhar para que voltassem a ser realizados pelo menos os três dias principais após os anos de interregno devido à pandemia. Foi essa a condição que nos levou a aceitar. No entanto, à medida que o tempo ia passando, o entusiasmo, as ideias e a vontade de trabalhar foram surgindo. A certa altura já estávamos a rifar tudo e mais alguma coisa e realizar as festas dos Santos populares. Muita gente se foi juntando a nós para ajudar, as ideias para organizar festas que pudessem gerar receitas continuavam a aparecer e a onda de entusiasmo era cada vez maior!! “ O Toy vem a Vilarandelo?” Eles são loucos, irresponsáveis…!!! Mais tarde já se começava a ouvir “ tiveram sorte, o tempo ajudou…!”. Sim… alguma coisa foi sorte, mas também muito trabalho e audácia. E a sorte protege os audazes!! Os números falam por si. Ao Toy juntaram-se os Némanus que proporcionaram uma inédita e histórica noite na quinta feira.VILARANDELO ENCHEU!! Também fizemos todos os esforços para que não faltasse nada nas celebrações religiosas, principalmente na procissão. Aquilo que no início era para se resumir aos três dias principais, acabou por se tornar numa grande festa. A festa que a nossa Vila já merecia!! Mais uma vez, o envolvimento das associações também foi fundamental! O investimento foi grande e felizmente as receitas ainda foram maiores. Após acerto de contas, decidimos dividir os lucros da festa da seguinte forma;

5 000€ Banda Musical da Casa do Povo de Vilarandelo

5 000€ Restauro do altar mor da Igreja Matriz de Vilarandelo

500€ Rancho Folclórico da Casa do Povo de Vilarandelo

500€ Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental Dinheiro que vai ser empregue nas instalações deVilarandelo)

Decidimos também cessar funções sem fazer nomeações. Esperamos que brevemente surja junto do Sr. padre uma nova comissão de pessoas voluntárias. Estaremos disponíveis para ajudar no que for necessário, da mesma forma que nós fomos ajudados. Tendo sempre em conta que independentemente de tudo, o mais importante é que a festa de Vilarandelo se realize todos os anos.

A Comissão de festas 2022

Miguel Esteves

Marlene Nogueira

Manuel Gonçalves

Carlos Ferreira

Helena Cleto

Amândio Baía

Auzenda Machado

Bruno Pascoal

Lembrais-vos de mim?

Os Cantoneiros

Falar de cantoneiros é, certamente, recordar aqueles dois que imediatamente me vêm à memória, a mim e, com certeza, a muitos mais, e que, dos anos 50 aos 70 e tais, do séc. XX, zelaram pela conservação e boa viabilidade dos troços das estradas que, na altura, passavam por Vilarandelo, ou seja, a N213 e a N213-1, ocupando-se, cada um, do cantão que lhe fora atribuído pelo respetivo “chefe de serviços de conservação” e que, com esmero, tratavam e cuidavam. Eram eles o Sr. Aníbal Macanjo e o Sr. Domingos Valadares. Sempre fardados a preceito, quando em serviço, com os seus uniformes cinzentos e chapéu castanho claro, de abas largas, de modo a protegê-los do sol.

Foram duas figuras essenciais, durante os trabalhos de alcatroamento e requalificação da Estrada Nacional 213 que atravessa Vilarandelo e que, ainda hoje, constitui a principal e mais comprida rua da povoação e, mais tarde, por semelhantes trabalhos de parte (apenas do Cruzeiro até à saída do povo) da estrada que faz a ligação a Bouçoais, passando por Santa Valha e Sonim. Foram dias, talvez meses, de importantes trabalhos. Ali se verificava, então, uma azáfama constante de outros cantoneiros e trabalhadores ali chegados para o efeito; eram homens e máquinas em constante bulício.

Era um “Dumper” que não parava, ora transportando brita ora carregando e descarregando areão, para além de outras coisas, conforme as necessidades; era também um cilindro que, ao compactar o pavimento, à parte o barulho que provocava, tudo fazia estremecer em redor. Eram as duas ou três máquinas de alcatroar, com as suas fornalhas sempre acesas, para manter o alcatrão liquefeito ao ponto de que, quando se dava à bomba, ou manivela, o líquido fervente e negro, como pez, pudesse sair em jato, através duma mangueira, para que, uniformemente, se espalhasse pela estrada em obras e, a seguir, levava, por cima, pazadas de areão. Este era separado das pedras maiores por uma espécie de crivo, uma armação de rede, colocada ao alto, com uma inclinação de 45 graus, que separava as pequenas pedras dos grãos mais finos, o areão. Eram, também, as pás e as picaretas a contribuir para o trabalho e para o barulho. E, quando algum ventinho se levantava, era ver tudo encher-se de pó que entrava, até, pelas mais pequenas frinchas e que tudo sujava, principalmente quando os trabalhadores tinham que varrer o renovado pavimento com as suas enormes escovas, as chamadas vassouras de cantoneiro, para retirar o excesso de areia.

Era, então, observar o, não menos importante, trabalho de partir brita nas “pedreiras”, para o efeito, abertas nas redondezas, onde grande parte da mocidade masculina de Vilarandelo amealhou alguns “Tostões”, e que, munida de pequenos martelos, partia o granito, transformando-o na brita que serviria, depois, para compactar e nivelar a estrada em obras, antes de levar com o alcatrão por cima.

Era todo este trabalho “capitaneado” pelo Sr. Felipe do Barracão (assim conhecido, porque ali vivia, com a família) e “Cabo dos Cantoneiros”.

Ali chegava, logo pela manhã, vindo de bicicleta e, com o mesmo meio de transporte, regressaria a casa ao fim do dia. O Sr. Felipe orientava os trabalhos e, muitas vezes, o vi, também, a conduzir o tal “DUMPER”. Muito mais tarde, quando atacado por uma espécie de doença de Parkinson, dizia o povo, que aquele tremer terá sido causado pela “trepidação”, das horas passadas no dito “DUMPER”.

Foi, por esta altura, que a chamada Fonte de S. Sebastião foi aterrada, por causa da insalubridade e mau cheiro das suas águas que, para nada, podiam ser usadas. Bem me lembro de ver, tanto o Sr. Aníbal como o Sr. Domingos a transportar carretas de pedra e alguns pedregulhos que iam despejando e atirando para o que, então, era apenas um buraco.

Foi, também, por essa data, que se tirou a bica existente mesmo ao lado do cruzeiro, para ser construída outra, junto a uma parede, a uns 30 metros de distância. Obra esta que causou alguma polémica e desagrado na povoação, quer pela nova localização, quer pela arquitetura; ver “PROGRESSO” Nºs 20 e 21 de agosto e setembro de 1962; então se requalificou, também, todo o Largo onde, no entroncamento das duas estradas, se colocaram placas em cimento, bem visíveis, indicativas da direção a tomar. Foram 12 na totalidade, quatro para cada lado. Chaves e Vila Real; Valpaços e Mirandela; Santa Valha e Sonim, cujas letras e rebordos foram, depois, avivados a negro, pelos “Nossos Cantoneiros”.

Tanto no cantão de um como no do outro, as valetas estavam sempre limpas e desimpedidas, bem como os buracos nas estradas, quando ainda em macadame, sempre tapados. Estou convencido que, devido ao cuidado e dedicação destes homens, muitos acidentes se evitaram.

BEM HAJAM! Sr. Aníbal e Sr. Domingos!

6 ARAUTO
Boas Festas

Curiosidades da Vila

As Luzes de Natal na Vila

Antes de existirem as luzes de Natal eléctricas como conhecemos, era habitual as pessoas acenderem velas em volta e até em galhos das árvores de natal. Esse costume era perigoso e causou diversos incêndios. As velas eram acesas por “significarem a luz de Jesus”.

Julga-se que essa ideia teria vindo de um ritual pagão dedicado aos deuses ancestrais, onde utilizam velas para celebrar o retorno da luz do sol à medida que os dias ficavam mais longos após o solstício. Mas também há quem defenda que por trás da tradição das luzes de Natal terá estado, segundo a lenda, a estrela do Natal ou estrela de Belém. Terá sido a aparição desta estrela que guiou os três reis magos – Baltazar, Belchior e Gaspar – até ao local do nascimento de Jesus Cristo.

O que se sabe, ao certo, é que quem inventou as primeiras luzes de Natal foi Edward H. Johnson, amigo e sócio de Thomas Edison (Inventor da lâmpada). Durante a temporada de Natal de 1882, montou à mão um conjunto com lâmpadas vermelhas, brancas e azuis e enrolou-o à volta da sua árvore de Natal, estando assim decorado o primeiro pinheiro de Natal iluminado electricamente. Mas levaria muitos anos para que as luzes eléctricas de Natal se tornassem a tradição que todos nós conhecemos e apreciamos.

Em Vilarandelo, no Jardim do Toural, o coreto já brilha! Não com as velas, mas sim com iluminação eléctrica. Mais uma vez, o Sr. Luís Lagarelhos ofereceu esta arte de decorar espaços, que nos anima, traz alegria e embeleza o espírito. Obrigada por acender em nós estas luzes de esperança!

Nota: Tendo em conta a crise energética, a iluminação de Natal estará ligada durante um período mais curto de tempo (e com recurso a tecnologias de baixo consumo).

PRESÉPIO

O termo vem do latim Praesaepe, que significa estrebaria ou curral. Tornou-se costume em várias culturas montar um presépio quando é chegada a época de Natal. Varia em tamanho, em número de figuras e criatividade.

O primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Nesse ano, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, o Santo fê-lo na floresta da cidade de Greccio, na Itália, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus.

O costume espalhou-se por entre as principais Catedrais, Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média, começando a ser montado também nas casas de Reis e Nobres já durante o Renascimento. Foi já no Século XVIII que o costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e depois pelo mundo. Assim, o presépio tornou-se o símbolo católico como tradição de natal.

Em Portugal, o presépio tem tradições muito antigas e enraizadas nos costumes populares. Este é montado no início do Advento (em muitas localidades, sem a figura do Menino Jesus, que só é colocada na noite de Natal, depois da Missa do Galo) e é desmontado a seguir ao Dia de Reis. Tradicionalmente, é perto do presépio que são colocados os presentes.

Como vem sido habitual, nestes últimos quatro anos, o nosso conterrâneo Rui Cancelinha, mais conhecido como “ Parente”, brindou-nos com mais um magnífico presépio tradicional português. Pois além de ser formado, como todos os outros, pelas figuras da sagrada família (São José, a Virgem Maria e o Menino Jesus), dos pastores e dos Três Reis Magos, inclusive do castelo de Herodes, acrescenta figuras e cenas tão características da nossa tradição transmontana, que não correspondem exactamente à época da natividade. Como por exemplo a nossa Procissão (realizada no mês de Agosto) acompanhada de andores, figuras e respectiva banda musical, não esquecendo os carrinhos de choque e as roulottes das farturas; o Santuário do Nosso Sr. Dos Milagres e a sua zona envolvente; o moleiro com o seu burrinho, rumo aos moinhos do calvo ou do piago, transformando o grão em farinha; as lavadeiras, que nos tanques da vila tratavam da higiene das roupas, com a cora, para as tornar mais brancas; os músicos do rancho; os olivais e o ritual da apanha da azeitona, até ao lagar; as padeiras, nos fornos, a confecionar o nosso tradicional folar; os “lenhadores” que cortam a lenha para, às lareiras, as famílias, em ambiente aquecido e acolhedor, passarem os serões frios de inverno. Todo um cenário criado com ruas, caminhos, riachos e casas tão características da nossa terra, envolto de musgo, assinalando os nossos agrestes montes. E é assim este Presépio do Rui, que também já é tão nosso, tão de Vilarandelo, criado com materiais da terra, como paus e musgo e com desperdícios e materiais reciclados. Descrevê-lo, é reduzir a sua beleza e roubar-lhe a sua magia. Obrigada Rui por mais um presépio cheio de criatividade.Aos leitores resta-me aconselhar a visita! Está localizado no largo do Cruzeiro, junto ao multibanco.Vale mesmo a pena! Votos de Boas Festas.

7 ARAUTO

Dia das Bruxas

No dia 31 de outubro de 2022 reuniramse os utentes do Centro de Dia e ERPI, com o intuito de celebrar o dia das bruxas. Para o efeito, recorreu-se a música, dança, decoração alusiva ao tema e boa disposição!

Foi uma tarde animada, na qual se objetivou que os utentes das diferentes valências convivessem uns com os outros. Para adoçar o paladar dos utentes, as cozinheiras da instituição prepararam umas deliciosas filhós.

“Que todos os feitiços se virem contras os feiticeiros e que dos nossos corações só brotem as poções de cura e amor.”

Dia do Sonho

Sem sonhos as pedras no caminho tornam-se montanhas, os problemas são insuportáveis, as perdas são insuportáveis, as deceções transformam-se em golpes fatais e os desafios em fonte de medo. Os sonhos são bússolas do coração, são projetos de vida, abrem as janelas da mente e arejam as emoções. O sonho representa a realização de um desejo. Tudo o que o sonho precisa para ser realizado é de alguém que acredite que ele se pode realizar.

Não há idade para sonhar, nem idade para desistir dos sonhos. Pretendemos que os nossos utentes continuem a sonhar e para isso criamos uma atividade que designamos como “Dia do Sonho”. No decorrer do mês de Setembro efetuamos a recolha dos sonhos dos utentes do Centro de Dia e ERPI, sonhos esses que serão realizados ao longo do ano.

“O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos”. Eleanor Roosevelt

Boas Festas

8 ARAUTO
Desenho pintado pelo utente ERPI Fernando Magalhães Lopes Irmã

São Martinho

No passado dia 11 de novembro de 2022 celebrou-se o Dia de São Martinho. Para tal, foram reunidos os utentes de Centro de Dia, ERPI e ainda os utentes do Serviço de Apoio Domiciliário.

Através da participação dos diferentes utentes, a animação foi garantida ao longo da tarde: desde baile, recitação de poemas, histórias e cantigas tradicionais da zona.

Como modo de encerrar a tarde, os utentes foram presenteados com um lanche gastronomicamente típico do Dia de São Martinho: diferentes carnes de porco, caldo verde, batatas fritas, pão e sumos.

Já nos esquecíamos, também não faltaram as deliciosas castanhas assadas, o vinho e a jeropiga.

Dia Mundial do Idoso

Dia 3 de Outubro celebramos o Dia Mundial do Idoso. De forma a proporcionar uma tarde diferente e divertida os utentes da ERPI e Centro de Dia receberam a visita de 3 elementos do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Vilarandelo. Assim puderam cantar e dançar ao som da gaita-de-foles, do bombo e relembrar as músicas dos seus tempos. Terminámos a atividade com um lanche convívio entre todos. “Idoso não é aquele que está velho demais para caminhar entre os novos, mas sim o que acrescenta sabedoria a tudo e todos que o rodeiam” (Autor Desconhecido).

Ativa(mente) em casa.

O processo de envelhecimento traz consigo alterações na memória, atenção, raciocínio e coordenação e consequentemente dificuldades para o idoso na realização das suas tarefas do dia-a-dia. Esta diminuição de memória e do funcionamento cognitivo é o principal medo quando se fala de envelhecer. Quantas vezes já ouviram dizer aos vossos avós, pais, ou mesmo vocês próprios disseram: “Não tenho medo de envelhecer, só tenho medo de ficar maluquinho”?

Estas alterações vão afetar a qualidade de vida e as capacidades do idoso e até a sua motivação e humor. Perante isto, a estimulação cognitiva torna-se uma forma valiosa para cuidar da mente das pessoas idosas. Simples conversas sobre temas de interesse, por exemplo, permitem que seja praticada a linguagem, a memória e outras funções. Atividades como o sudoku, palavras cruzadas, puzzles, jogos de cartas ou até fazer desenhos são alguns exemplos de atividades fáceis que podem ajudar a preservar o máximo de tempo possível a mente.

No serviço de apoio domiciliário temos a consciência de que a maioria dos nossos utentes se encontra em situação de isolamento social e por isso nem sempre mantêm uma mente ativa. Posto isto, o SAD pretende que os seus idosos encontrem no conforto da sua própria casa a qualidade

de vida que merecem e para isso temos a possibilidade de oferecer um serviço diferenciado para cada utente. Por isso, possuímos diversas estratégias adaptadas às diferentes necessidades dos nossos idosos com vista à capacitação do funcionamento cognitivo, nomeadamente programas de estimulação cognitiva e atividades lúdicas, sociais e de lazer.

Assim, pretendemos manter os cérebros dos nossos utentes estimulados, diminuir o impacto dos problemas cognitivos no seu diaa-dia, melhorar a qualidade de vida, bem-estar e autonomia e atrasar a manifestação ou agravamento de possíveis demências.

9 ARAUTO
Boas Festas

Dia Mundial Da Diabetes

No dia 14 de novembro foi comemorado no Lar de Idosos o Dia Mundial da Diabetes, com uma ação de sensibilização sobre “A Diabetes”, dirigida aos idosos do lar e centro de dia da casa do Povo de Vilarandelo, com a finalidade de informar e sensibilizar os idosos a adotarem hábitos de vida saudáveis.

Desde 1991 que no dia 14 de novembro é celebrado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF: International Diabetes Federation) e pela Organização Mundial de Saúde como dia Mundial de Diabetes. O objectivo deste dia é chamar a atenção dos cidadãos e governantes para a problemática da Diabetes.

Atualmente, a Diabetes é a mais comum das doenças não transmissíveis com elevada prevalência e incidência crescente. Atinge já cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo e continua a aumentar em todos os países, estimando-se que em 2040 haja um aumento para 642 milhões de pessoas atingidas pela doença. À nossa escala, Portugal posiciona-se entre os países europeus que registam uma das mais elevadas taxas de prevalência da Diabetes a qual foi estimada em 13,3% da população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, o que corresponde a mais de um milhão de indivíduos, de acordo com os últimos dados do Observatório Nacional da Diabetes.

A Diabetes exige alguns cuidados que são para o resto da vida, tanto para o paciente, quanto para a família. Ambos precisam tomar uma série de decisões relacionadas ao tratamento da diabetes: avaliar a glicemia, tomar medicamentos, exercitar-se regularmente e ajustar os hábitos alimentares. A diabetes é uma doença caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue. Existem vários tipos de diabetes:

• Diabetes tipo I - também conhecida como Diabetes Insulino-Dependente é mais rara (a sua forma juvenil não chega a 10% do total) e atinge na maioria das vezes crianças ou jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos;

• Diabetes Tipo II - É, sem dúvida, o tipo mais comum de Diabetes. É causada por um desequilíbrio no metabolismo da insulina. A Diabetes tipo 2 tem como principais factores de risco a obesidade, o sedentarismo e a predisposição genética. Na Diabetes tipo 2 existe um défice de insulina e resistência à insulina, significa isto que, é necessária uma maior quantidade de insulina para a mesma quantidade de glicose no sangue.

• Diabetes Gestacionais - A Diabetes Gestacional é a que ocorre durante a gravidez. Esta forma de diabetes surge em grávidas que não tinham Diabetes antes da gravidez e, habitualmente, desaparece quando esta termina.

• Outros tipos de Diabetes - Existem alguns tipos de Diabetes que não se enquadram em nenhuma das categorias anteriores, e que são pouco frequentes.

• São causados por alterações conhecidas como defeitos nas células beta, alterações na acção da insulina, doenças do pâncreas, endocrinopatias diversas, entre outros.

Embora a Diabetes não tenha cura, um bom controlo da glicemia vai permitir que tenha uma vida perfeitamente normal e saudável.

A prevenção e o controlo da Diabetes envolvem cinco pontos importantes: conhecer bem a Diabetes, adoptar uma alimentação saudável e equilibrada, praticar exercício físico de forma regular, controlar periodicamente os níveis de glicemia no sangue e tomar a medicação quando prescrita pelo médico.

Esta data foi escolhida por ser o aniversário de Frederick Banting, o médico Canadiano que juntamente com o seu colega, Charles Best, conduziu as experiências que levaram à descoberta da Insulina em 1921.

A forma como lida com a sua doença será o principal factor de sucesso no seu tratamento.

Olá! Pai Natal!!

Querido Pai Natal!

Prendinhas traz por favor

Para alegrares o nosso Natal!

Com muito carinho e amor

Em ti vejo tanta beleza E com ela, és cheio de encantos mil Vem na distribuição com toda a tua nobreza E com ela és generoso, útil e gentil. És generoso e bondoso, eu sei… Tens um bom coração muito obrigado! Outro senhor igual a ti, ainda não encontrei Vem pelas portas, não venhas pelo telhado Tudo isto para não ficares enfarruscado Negro, negro como um tição Se vieres vem com amizade e agrado Vem pelas portas e não pelo telhado.

Em todos os Natais na distribuição Cá esperamos por ti ó Pai Natal abençoado!...

Sonho

Uma noite sonhei que no céu entrei, qual não foi o meu espanto e não encontrei ninguém que eu conhecia. Corri o céu todo e só encontrei gente abandonada, pobres, desprezados e crianças mal tratadas, cheias de fome, mães a chorar que não tinham que dar aos filhos. Jovens desempregados, que não tinham trabalho para sustentar os filhos. Só vi desgraças, e pensei: “ onde estão os que eu conhecia? Viviam em abundância, em boas casas e palácios, com fortuna e nada faltava”.“Onde estão eles?”disse a Jesus.

O céu é para os pobres, é um Reino do Céu. Felizes os que choram, porque serão consolados, os que passam fome porque serão saciados. Felizes todos vós que praticais a justiça, porque deles é o Reino do Céu. Bem-aventurados sejais vós que praticais a justiça.

Trabalho de equipa da copa ERPI

Quando era pequena, havia uma tradição de as meninas fazerem uma trança em lã, para dar ao cuco quando ele vinha no mês de abril, senão ele vinha e tirava-nos os olhos.

Então, eu ainda me estou a ver com 4 ou 5 anos, sentada no colo da minha avó, a fazer a trança para dar ao cuco. Depois com um fio pendurava-se na varanda. No dia seguinte já não estava lá, o que estavam eram uns rebuçados, que era o que nós queríamos.

Amélia Reis Magalhães Utente ERPI

10 ARAUTO
Carminda Fidalgo Utente do Lar de Idosos de Vilarandelo

VILARANDELO TAMBÉM TEM UMA FRAGA BOLIDEIRA

Desta vez não foram os mais velhos que me ensinaram. Fui eu que descobri por casualidade.

Teria uns quinze anos, trabalhava no tojal do meu pai, veio uma chuvada muito forte e abriguei-me debaixo da fraga.

Talvez para coçar as pulgas, encostei as costas e a fraga começou a balançar!... Fiquei curioso e quanto mais abanava, mais balançava.

O próprio dono do sítio tem sessenta anos e não conhecia o evento.

E eu: antes que se me fechem as persianas, quero dar esta mais valia aos mais novos de Vilarandelo.

Fica no cruzamento, caseiro, tojal a cinquenta metros à esquerda.

Atenção: as rochas são os nossos monumentos.

Basta uma pessoa para abanar a fraga. Por favor, não estraguem o brinquedo.

O silvestre tem sabor As rochas são monumentos Esculpidos com amor Pela erosão dos tempos.

O autor da descoberta da fraga bolideira de Vilarandelo

ARAUTO

Portugal Olé! Portugal Olé!

Mais um ano que se aproxima do fim.

Vamos ter mais um Natal.

Festa das Famílias e de tudo o que nós pensamos que possa trazer felicidade, ainda que transitória, àqueles que nos estão mais próximos. Depois virá o Fim de Ano.

E todos nós iremos pedir e desejar que 2023 seja melhor que 2022. Recordando o que este ano nos deu até agora: uma guerra à nossa porta e uma inflação galopante.

Espera aí: e o Mundial? Pois!

E os “dramas” do nosso Cristiano?

Milhões de pessoas sofrem com as várias guerras por esse mundo fora... Mas...

Oh, pá! Agora joga Portugal!

2 milhões de portugueses vivem abaixo do nível de pobreza!

Ora bolas! A Espanha foi eliminada por Marrocos.

Os nossos hospitais estão a rebentar pelas costuras, aliás como acontece todos os anos nesta época das gripes.

Eh pá! Viste o golaço do Gonçalo Ramos?

As IPSS, como a Casa do Povo, vivem aflitinhas para conseguir pagar aos trabalhadores e aos fornecedores.

Será que o Ronaldo ainda vai entrar?

O número de mulheres que foram mortas este ano por causa da violência doméstica é aterrador.

Que grande jogo de Portugal!

O desemprego dos jovens até aos 30 anos continua a ser enorme. Os salários continuam baixos.

Quem consegue alugar casa? Quem consegue comprar casa?

Quem vai conseguir continuar a pagar o empréstimo da casa?

Goooooooolo!

É gooooooooooolo de Portugal! Golaço de Leão!

Portugal! Portugal!

Portugal Olé! Portugal Olé!

Vou falar de Vilarandelo Minha terra de paixão Tenho Vilarandelo Dentro do Coração

Gente do bairro do Outeiro É gente de coração Escolheu para padroeiro O São Sebastião

Gente do bairro de baixo Expulsou o demónio E escolheu como padroeiro O Santo António

Gente do bairro da Levandeira Como ela há só uma Escolheu como padroeiro O Sr. Da Boa Fortuna

Gente de Vilarandelo Admirada e boa gente Escolheu como padroeiro O Santo São Vicente

Bairro de Lama Cerdeira Miradouro e Mira Serra Gente abençoada E querida nesta terra

Bairro do Saco e Caçónia Do Pinheiro e Altinho Merecem ser tratados Com muito amor e carinho!

Viva os Vilarandelenses

E quem escolheu cá viver Neste povo humilde e são Que sabe bem receber

Viva Vilarandelo Um cantinho encantado Visitem Vilarandelo Que merece ser visitado

Gente de Vilarandelo Uma gente sem igual Uma Vila Transmontana Deste nosso Portugal

11
José António Doutel Coroado Eduardo Ferreira da Costa José Nogueira Cavalheiro
Tenho Vilarandelo Dentro do Coração *

O ENVELOPE VERMELHO

encostado ao vidro dianteiro.

Uma Multa!!!!! – Pensou imediatamente.

Não era preciso ser bruxo para saber, ou adivinhar, que, dentro daquele envelope encarnado, estava mais uma “notificação” de multa que teria de pagar, por estacionamento indevido. E lá iam mais umas dezenas de Euros.

“Mais valia que fossem para os pobres”.Voltava a dizer uma e outra vez.

o objetivo era encontrar, na área a raspar, entre os meus, símbolos iguais aos três símbolos do jogo. Mas, o prémio que valeria mesmo a pena, era encontrar três saquinhos com o mesmo algarismo: 2, 5 ou 10

Raspei um quadradinho e logo saiu um saco com o N.10 inscrito; raspei o segundo e outro saquinho de 10. Fui raspando e nada, até ao décimo onde já tinha perdido as esperanças. Eis senão quando, raspei o décimo e último quadrado e!!!! Não é que estava ali o terceiro saquinho n. 10?

O rapaz estava farto de chegar ao carro e encontrar, no para-brisas, o habitual envelope vermelho, encostado ao vidro, pela pressão da escova de limpeza do mesmo, ali deixado pela polícia municipal. Isto acontecia, quase invariavelmente, semana sim, semana sim. A vista deste envelope, era sinal evidente de mais uma multa por estacionamento indevido. Como sempre, repetia a usual frase: “Mais valia dar o dinheiro aos pobres.” Ficava-se pela intenção!

As primeiras multas, de que foi vítima, apareceram quando ainda não trabalhava e, por isso, tinha pouco dinheiro. Sendo o carro do pai, lá ia conseguindo que fosse este a pagá-las. Não se livrava, contudo, dum “lindo sermão”, que ouvia em silêncio, mostrando-se arrependido, prometendo, sempre, que tal nunca mais aconteceria. “Mais valia que este dinheiro fosse para quem mais precisa.” Dizia-lhe, também, o pai.

Depois, quando começou a trabalhar e já tinha o seu carrinho e as multas passaram a doer-lhe no bolso, é que ele “apanhou juízo”. Assim se passaram uns bons meses, sem que tivesse sido multado, nem sequer por uma única vez. Já nem se lembrava quando fora a última que tivera que pagar.

Ainda lhe fazia impressão, sempre que via os tais envelopezinhos vermelhos, nos parabrisas dos outros carros; automaticamente, pensava e dizia de si para si: “Mais valia que este dinheirinho fosse para quem precisa”.

Agora, de vez em quando, lá dava uma moedinha ou outra, a um ou outro pedinte, mesmo sabendo que, algumas dessas moedas, não teriam o melhor destino ou objetivo final. Lembrava-se, também, que no dia do seu aniversário que, como sempre, calhara em setembro, tinha sido um “mãos largas” para com um simpático, ainda que mal vestido, pedinte que andava por ali, no parque de estacionamento, na condição de arrumador, mesmo que a sua ajuda fosse, na maior parte das vezes, mais inútil que proveitosa. “Era mais um desarrumador”. –Assim gostava de lhes chamar. - Dera-lhe então, a esse, uma nota de 10 euros. Que seria feito desse rapaz, que nunca mais o vira? Tantas vezes se interrogou.

Lembrou-se, também, do “susto” que apanhou, um dia, quando regressava ao carro, depois de ter ido tomar um café. Tinha estacionado no mesmo parque onde dera a nota ao rapaz; ao chegar, encontrou um daqueles “fatídicos” envelopes vermelhos, bem visível,

Mas, como era isso possível, se a Câmara Municipal tinha isentado os cidadãos da obrigatoriedade de pagamento dos parques de estacionamento automóvel, durante a “Quadra Natalícia?” E aquele era, precisamente, o dia da véspera de Natal.

Quando se chegou ao automóvel, verificou, então, que o sobrescrito, apesar de não ter nenhuma indicação de remetente nem de destinatário, não provinha das autoridades e que, dentro do mesmo, junto a um cartão de BoasFestas, se encontravam algumas folhas de papel, escritas, que, calmamente, leu dentro do carro.

E agora, com o ano já avançado, ali estava ele a reler a missiva, inclusa naquele envelope vermelho, que lhe tinha sido deixada, por altura do Natal, no para-brisas do carro. E, como da primeira vez que a lera, aquela “carta” fazia-o comover-se.

“Meu Amigo, Desculpe-me se o trato assim, por amigo, mas não saberei tratá-lo doutra maneira, uma vez que foi o senhor o responsável pela mudança radical na minha vida e, também, porque teremos, mais ou menos, a mesma idade, se bem que eu pareça (ou parecesse) muito mais velho, dado o meu estado de desmazelo.

Sabe, a minha história é igual à de muitos outros.

Eu vou contar-lhe a minha:

Por motivos que não interessa agora e aqui mencionar, tive que sair de casa, ou melhor, fui despejado na rua… Ali, as companhias que escolhi em nada me ajudaram. O desleixo pôsme naquele estado que o senhor viu e num caminho quase sem retorno.

Graças a Deus, a si e àquela nota de dez euros que me deu (se calhar, já nem se lembra), fizeram com que minha vida desse uma volta completa.

Foi em setembro; o meu amigo fazia anos, como, então, me disse: “Porque faço anos dou-te uma nota!” E deu-ma. Foi neste mesmo parque de estacionamento, aqui na baixa da cidade. Estava o senhor a meter moedas no parquímetro, quando me aproximei e o amigo teve aquele gesto, quase repentino, de me entregar a nota, mesmo antes que eu lhe tivesse pedido alguma coisa.

De nota na mão, dirigi-me ao quiosque, ali perto – aquele que vende jornais, cigarros e raspadinhas – pedi um maço de cigarros e, como tinha reparado que todas as outras pessoas à minha frente tinham comprado uma “raspadinha”, decidi, também eu, comprar uma, que pedi à menina Daniela. – A Daniela é a moça que, normalmente, está naquele quiosque, a aviar jogo da Santa Casa, entre outras coisas – Deume um bilhete “Pé-de-Meia” que me custou €3. Comecei a raspar, depois de ler as “instruções”;

Aquelas três figurinhas, com o 10 inscrito no meio, significavam, depois de confirmar com a Daniela, que eu tinha acabado de ganhar 1500 Euros por mês, durante 10 anos. Fiquei maravilhado.

Lavei-me e vesti-me. Pus-me apresentável pois que, para receber o prémio, tive que me deslocar a Lisboa e, ali, tive que abrir conta num banco onde mensalmente me seriam depositados os 1500 Euros. Só porque levava um documento da Santa Casa, veio o gerente e mais alguns engravatados, para me receber. Sei muito bem que foi o meu dinheiro que foi tratado como um “SENHOR” e não eu.

Consegui um emprego, que dantes ninguém me dava. Trabalho nunca havia para mim, quanto mais um emprego! Tinham todos muita pena!

Quando recorria às instituições, ditas de ajuda aos desfavorecidos, davam-me sopa; às vezes uma sandes. Mas não era comida do que eu mais precisava.

A sociedade escorraçava-me.

Já não me encontro nesta cidade. Mudei de vida, mudei de cidade. Estou de bem comigo e com o mundo. Estou em Paz!

E é esta Paz, a Paz que o Menino de Belém nos trouxe, que desejo, neste Natal, para si e para todos os que lhe são próximos.

Bem Haja!”

E, como na altura, continuava a pensar que a melhor prenda de NATAL tinha sido a que recebera na forma daquele envelope vermelho. “Fazer o bem sem olhar a quem.” Aquela nota foi muito mais bem empregada daquela maneira do que se tivesse ido para multas. Que bem empregados aqueles €10 e que bem empregado este prémio da Santa Casa.

12 ARAUTO
Boas Festas

Festa de Verão da APPACDM de Valpaços

A 23 de agosto do ano corrente, a APPACDM de Valpaços levou a cabo a sua “Festa de Verão”, integrando o cartaz das Festas de Vilarandelo. O CACI de Vilarandelo “vestiuse” a preceito para receber todas as pessoas interessadas em conhecer a Nossa dinâmica e em passar uma noite divertida connosco.

Os Colaboradores das respostas Sociais da Instituição mobilizaram-se e levaram os Utentes de Lar Residencial a participar do arraial, para o qual prepararam alguns bens alimentares, com bar que permitiu “refrescar” a noite.

Foi uma noite muito animada, para a qual contamos com a animação do DJ Wolf e com o apoio da Comissão de Festas de Vilarandelo, aos quais agradecemos o apoio e carinho com que receberam a atividade. A atividade foi cofinanciada pelo programa de apoio a projetos do INR, IP.

Perícia Automóvel

Os Utentes da APPACDM de Valpaços vibram com carros de corrida, nomeadamente com perícias automóveis. Assim, foi com imensa alegria que recebemos a proposta do Sr. Pedro Serôdio de fazer uma mostra de perícia para os nossos Utentes, proporcionando-lhes uma experiência de viverem a aventura de partilhar o automóvel com pilotos profissionais.

Desta forma, no dia 1 de setembro, no CACI de Vilarandelo, na Escola Professor Ribeirinha Machado, houve lugar à diversão e ao aumento da adrenalina com a mostra da equipa da Pureté. Os Utentes que reuniam condições para a atividade tiveram oportunidade de acompanhar os pilotos, dentro do automóvel, em manobras no circuito fechado, Obrigada Pedro!

Sons de Consciência

No dia 4 de outubro de 2022, o CLDS 4G Valpaços promoveu, em articulação com o IPDJ, uma sessão para promoção da saúde juvenil e dos estilos de vida saudável através da música, a ação “Sons de Consciência sobre as dependências”, dinamizada pela ONG Sol sem fronteiras.

Estiveram presentes 28 alunos do 11º ano e 12º ano do Curso de Auxiliar de Saúde e do 12º ano do Curso de Informática.

A ação foi desenvolvida no âmbito do Eixo 2 de intervenção, pretendendo identificar e trabalhar emoções e sentimentos através de técnicas de relaxamento e musicoterapia.

Os/as alunos/as foram convidados/as a tocar vários instrumentos e, de forma espontânea, a criar música ambiente de locais imaginados.

XV Aniversário da APPACDM de Valpaços

A APPACDM celebrou 15 anos de existência no dia 27 de novembro e, neste mês, assinalam-se, também, 10 anos após a abertura da sua primeira resposta social: CAO de Vilarandelo. Têm sido anos intensos, de muitas alegrias e conquistas, dando no momento resposta a 60 Utentes que frequentam os Centros de Atividades e Capacitação para a Inclusão, estando 12 Utentes integrados em Lar Residencial.

Este ano e, reconhecendo a proximidade à Casa do Povo de Vilarandelo, foi com alegria que convidamos os Utentes da ERPI e do Centro de Dia a passar a tarde de dia 28 de novembro connosco. A tarde teve início com a apresentação de uma pequena mostra de variedades no salão de Festas da Casa do Povo, culminando com um lanche convívio entre os presentes. Imperou a diversão e o convívio, sendo que, os Idosos e Colaboradores presentes tiveram oportunidade de conhecer um pouco do trabalho desenvolvido pelos Nossos Utentes e Colaboradores.

Parabéns, APPACDM de Valpaços!

Obrigada à Casa do Povo de Vilarandelo pela partilha constante!

APAV

No âmbito do Eixo de Intervenção 3Promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa, o CLDS 4G Valpaços promoveu, em parceria com o Gabinete de Alzheimer de Mirandela, a ação de sensibilização “Conhecer e prevenir as demências” dinamizada junto de 213 pessoas idosas do Projeto Afetos - núcleos de Lebução, Carrazedo de Montenegro, Zebras, Veiga de Lila, Friões, Valpaços e Sonim, que decorreu no Pavilhão Multiusos de Valpaços.

Esta ação pretendeu sensibilizar as pessoas idosas para aumentar a compreensão sobre a demências e abordar estratégias para a sua prevenção.

Marta Alves Coordenadora Técnica 4G Valpaços

da APPACDM de Valpaços

13 ARAUTO
Marta Coordenadora Técnica CLDS 4G Valpaços

Conhecer e prevenir as demências

No âmbito do Eixo 2 de Intervenção Familiar e Parental, preventiva da Pobreza Infantil, o CLDS 4G Valpaços promoveu, em parceria com a APAV – Gabinete de Apoio àVítima deVila Real, duas ações no dia 29 de setembro de 2022, na Biblioteca Municipal deValpaços.

A dinâmica "CONTEXTOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA" realizou-se pelas 15h direcionada para os agregados familiares em situação de vulnerabilidade social acompanhados pelo projeto, com o objetivo de abordar a temática da violência doméstica: conceitos, mitos, apoios e esclarecimento de questões, onde estiveram presentes 7 destinatários.

Pelas 18h realizou-se a ação de sensibilização "O IMPACTO DA PANDEMIA EM CONTEXTOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA" direcionada para profissionais e estudantes da área social, bem como à comunidade em geral, onde foram abordados os efeitos, com especial enfoque no distrito de Vila Real, que os períodos de quarentena/ isolamento decorrentes da Pandemia Covid-19 impuseram na vida de milhares de pessoas que já viviam em situação de violência doméstica. Nesta atividade estiveram presentes 31 destinatários.

Donativos

Literacia Financeira

Para assinalar o Dia Mundial da Poupança, 31 de outubro, o CLDS 4G Valpaços promoveu um conjunto de ações sobre Literacia Financeira junto dos 1121 alunos/as do Agrupamento de Escolas de Valpaços, tendo também sido entregues folhetos a cada aluno(a) para analisar em casa com os pais e/ou os/as encarregados/as de educação. Esta ação foi promovida no âmbito do Eixo de Intervenção 1 – Emprego, Formação e Qualificação, tendo como objetivo elevar o nível de conhecimentos financeiros dos(as) alunos(as) dos diferentes níveis de ensino e promover a adoção de comportamentos financeiros adequados.

Anónima 20,00 €

Amândio Vilardouro Nogueira 30,00 € Nelson Cancelinha Charrua 10,00 € Valdemar Mairos da rosa 10,00 € Pedro Miguel Batista da Rosa 10,00 € Maria de Lurdes Nogueira da Rosa Costa 10,00 € Emília Nogueira Rosa Garcia 15,00 € Irmã Esperança dos Anjos Alpande Pires 20,00 € Ângelo Vítor Almeida Lopes 40,00 € Pedro Miguel Garcia Taveira 30,00 € Isabel Maria da Rosa Brandão 10,00 € Maria da Conceição da Rosa Brandão Aleixo 15,00 €

José Carlos Cancelinha 15,00 € Luís dos Santos Lopes 20,00 €

José António Fidalgo Ferreira 50,00 € Anónimo 20,00 €

António Garcia Ferreira 30,00 € Rosalina Cavalheiro 10,00 €

Samuel José Magalhães Medeiros 30,00 € Marília Alves Lima 40,00 € Maria Alexandra Lopes Nogueira 20,00 € Maria de Lurdes Lopes Nogueira 10,00 €

José Garcia Magalhães 40,00 €

José Maria Verdingola 20,00 €

Rita de Almeida Polónio Gonçalves 5,00 €

Adelaide Batista de Morais Machado 20,00 €

João do Nascimento Rebelo 10,00 €

José Alves Ferreira 15,00 €

Paulo de Morais Queiroga 100,00 €

Alexandra Maria Cavalheiro e Silva 40,00 € Anónimo 10,00 €

Adélia Almeida Pascoal 35,00 €

Carlos Manuel Ferreira Santos 20,00 € Dulce Freitas Alves da Costa A. Gabriel 20,00 €

Anónima 20,00 €

Vicente Lopes de Almeida 30,00 €

Joaquim Alves Ferreira 30,00 €

Modesto Nogueira Medeiros 10,00 €

José Manuel Piralhas Mano 50,00 € Maria Eugénia Macanjo Lopes Anselmo 20,00 €

PARA O ARAUTO PARA O RANCHO

PARA A BANDA

EM GÉNEROS

Adivinhas

Porque é que o galo canta com os olhos fechados? (Porque sabe a música de cor)

Qual é a coisa, qual é ela, que quando entra em casa se põe logo à janela? (O botão)

Amélia Reis Magalhães – Utente ERPI

14 ARAUTO
Ângelo Vítor Almeida Lopes 40,00 € Isabel Maria da Rosa Brandão 10,00 € Ângelo Vítor Almeida Lopes 40,00 €
Queijo, fiambre, manteiga e pão
Arroz, bolacha, cereais, fraldas, toalhitas
Talhos Eduardo Fígado de vitela Comissão de festas
de forma Cruz Vermelha
Banco Alimentar Cenouras
Palmira Baia Cebolas

Romance

“A Casa da Cruz”

Ana completara já os catorze anos e estava espigadota. Nos últimos meses dera um grande pulo no crescimento. Tinha-lhe feito bem ter vindo para a Casa da Cruz e os rapazes já lhe começavam a deitar o olho. Houve até um dia em que Rosa apanhou o irmão Calisto a espreitar pelo buraco da fechadura espiando a rapariga enquanto ela se despia para mudar de roupa. Mas Ana, para além da sua confidente e amiga Palmira, dava-se pouco com os outros. Talvez a única exceção fosse o João, com quem aprendera algumas coisas, como andar a cavalo e, até agora, os rudimentos da leitura, da escrita e da aritmética.

Um dia foram as mulheres da casa lavar a roupa no grande tanque dos Estruganos e a mãe pedira ao filho João que lá fosse ter, depois, a cavalo, para que as ajudasse a trazer a roupa lavada que, por estar molhada se apresentaria, por isso, mais pesada.

Quando João chegou estavam a mãe, as irmãs e Ana ainda a lavar e, vendo bem, deviam estar mais ou menos a meio o que queria dizer que tinham, ainda, para mais duas boas horas de trabalho. A mãe já estava preocupada porque iriam chegar tarde a casa para fazer o jantar. “O melhor seria mandar duas delas à frente que fossem acendendo o lume e pondo os potes com água a aquecer” – pensou Rita.

“Ainda estão demoradas minha mãe?” – Perguntou João assim que chegou ao pé delas.

“Ainda meu filho.” – Respondeu - “Mas estava aqui a pensar em mandar uma das tuas irmãs e a Ana que fossem andando para acender

o lume para adiantar o jantar. Senão a que horas vamos comer? E bem sabes como é o teu pai que não gosta muito de atrasos.”

“Se fosse só uma levava-a lá eu a cavalo, num instante.”

“Eu vou, eu vou”, logo se ofereceu Ana “nunca andei a cavalo e gostava de aprender. Ensinas-me João?”

“Se a Senhora não se importar, minha mãe!”

“E tu és capaz de dar conta do recado, rapariga?”

“Sou sim, senhora. Já sei como é e vai ver que vou fazer tudo direitinho” “Então vão lá e com juízo!”

Não demorou nada que Ana desajeitadamente tentasse montar no cavalo, sentada com as duas pernas para o mesmo lado, mas não se equilibrava, até que João lhe disse: “Põe-te de cachapernas.”

E assim lá conseguiu manterse sentada e equilibrada em cima do cavalo esperando que João montasse também ele.

Partiram e o rapaz ainda ouviu a mãe a gritar:

“Tu volta João que tens que me levar para casa uma giga de roupa lavada.”

Quando chegaram ao caminho principal, que era o aproveitamento da velha calçada romana que partindo de Chaves (Aquae Flaviae) passava, um km mais abaixo, pela Muradelha ou Cividade, o rapaz pôs o cavalo a trote. Passado pouco tempo notou, com agrado, nas costas o bater cadenciado dos seios duros e ainda pequenos, mas que cresciam a olhos vistos, de Ana e que batiam ao ritmo das patas ferradas do cavalo nas pedras do caminho. Foram calados durante grande parte do trajeto até que, chegados ao alto da ladeira, João, com a voz um pouco trémula lhe disse:

“Agarra-te bem que vou por o cavalo a galope.”

Imediatamente, ela o abraçou por

trás, um pouco acima da cintura, apertando-o com força e quanto mais veloz o cavalo galopava, mais fortemente ela se agarrava e o apertava.

A galopar começaram também naquele momento o coração e os pensamentos de João que agora sentia a dureza daqueles seios diretamente nas costas. Tinha até a sensação de que estava sem camisa ou assim se imaginava. Era como se quisessem romper pelas suas costas adentro. Assim como sentia também no pescoço o bafo quente da respiração ofegante de Ana.

“Talvez ela esteja com medo”, pensou, e puxou as rédeas ao cavalo para que abrandasse a corrida e se remetesse a passo.

“Porque vamos mais devagar?”Perguntou Ana - “Estava a gostar de irmos assim a galope.” - Continuou sem no entanto deixar de o abraçar.

João não disse mais nada até chegar a casa.

Entraram no grande pátio da casa. Desceu ele primeiro do cavalo e estendeu-lhe os braços para a ajudar a ela que se deixou escorregar até ao chão, e tão juntinhos ficaram que sentiam a respiração um do outro e aqueles breves instantes de mãos nas mãos pareceram a ambos longos minutos pois que lhes passou pela cabeça uma quantidade de coisas e que Ana nem sabia bem explicar de tão nova que era aquela sensação.

De repente Ana afastou-se e deitou a correr escada acima em direção à cozinha sem dizer nada e nem sequer olhar para trás. E não era a pressa de acender o lume que a fazia correr. Naquele momento era outro o fogo que a queimava e que lhe abraseava a face que corava e que a fazia fugir envergonhada. E foi então que, no meio daquele turbilhão de pensamentos, a rapariga percebeu, na plenitude, o que a ciganita Iria queria dizer e

quem era o João a que se referia. Só não conseguia ainda entender aquela parte que falava no burro mas também podia ser que a cigana tivesse confundido um cavalo com um burro. Se calhar para ela era tudo o mesmo. “Ó burrinha da cigana! Razão tinha a Palmirinha ao pensar que elas dizem o que lhes vem à cabeça”. Pensou.

Estava João ainda ali especado, confuso, também ele, nos seus pensamentos, quando da casa do tear vê sair o irmão Calisto que com um risinho lhe disse:

“Com que então andas a fazerte à miúda! Tu que és o queridinho do pai e da mãe, não sei se eles vão gostar muito de saber!”

João ficou petrificado sem conseguir ter alguma reação, nem sequer conseguiu dizer nada e pensava agora em Ana e nos maus lençóis em que o irmão, conhecendo como conhecia, a podia meter.

“Não precisas corar nem tremer, que eu para já não vou dizer nada a ninguém mas vais-me pagar este favor com outro que me hás-de fazer. Pfiuuuu... Pfiuuuu!” – assobiou.

João estava para explodir de raiva, conhecia o irmão bem demais para saber que ele ia fazer chantagem com aquilo que vira e até com o que não vira. Com o que não existira. Iria contar a história conforme a sua conveniência. Não aumentaria apenas um ponto. Contaria todo o conto à sua maneira.Tudo inventaria no modo que lhe desse mais jeito. Até juraria, se preciso fosse, que as coisas se tinham passado assim como ele dizia.

Montou outra vez no cavalo e a galope foi novamente ter com a mãe e as irmãs.

Agradecimento

Agradecimento

Agradecimento

fúnebres do seu ente querido

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento

A família de Alexandre Macanjo vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento

A família de Ana Maria vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento

A família de António Paulas Moreno vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

15 ARAUTO
NOTA: Este romance será publicado, por capítulos, em Arautos posteriores. Não perca os próximos “episódios”!
Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós!
A família de António Morais Almeida vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo
A família de Maria Adelaide da Silva Alves vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido
Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo
Agência
A família de Narciso Melo Cancelinha vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias

A CRECHE

A importância da expressão plástica na creche

A Expressão Plástica tem grande importância no desenvolvimento das crianças, possibilitando que desenvolvam a sua personalidade, capacidade de expressão, consciência crítica, criatividade e imaginação. Na Creche, a Pintura é uma atividade bastante apreciada. As crianças ficam deliciadas com as diferentes cores e com os pinceis.

"Quando a criança pinta, o mundo encolhe-se às dimensões de uma folha de papel... a folha transborda os seus limites e torna-se o mundo..."

“Crianças ajudam outras crianças” Mais um ano que festejamos o Dia Nacional do Pijama. A missão Pijama, este ano lançou um novo desafio às escolas “com a ajuda das crianças, vamos semear e cultivar girassóis para espalhar na escola,em casa e no coração de muita gente”.

O girassol é uma flor muito admirada pelas crianças, fácil de cultivar e que simboliza a paz, a felicidade e o otimismo.

Durante o mês de Fevereiro, cada criança irá levar 2 sementes para assim, com a ajuda dos pais, semearem os girassóis em casa, Aqui, na nossa escola, fica a promessa que também vamos colocar as nossas sementinhas nas nossas sementeiras.

Obrigada pelos donativos que enviaram nas nossas casinhas, agora serão enviados para a Associação Mundos de Vida e por nos ajudarem a continuar esta tão nobre iniciativa.

Escola dos Abraços Onde as crianças brilham como um girassol.

Halloween

As bruxas e fantasmas andaram à solta… Como tem sido hábito, no dia 31 de Outubro festejamos o Dia das Bruxas. Bruxas e feitiços não faltaram. Com a ajuda dos nossos pais fizemos uma “Decoração assustadora”. Fizemos um baile terrorífico.

16 ARAUTO
DIA NACIONAL DO PIJAMA
Boas Festas ANIVERSÁRIOS ANIVERSÁRIOS Firmino Teixeira 07/08/1933 Gorgoço Cândida Bobadela Medeiros 28/09/1937 Vilarandelo Albertina Ramos 17/12/1936 Vilarandelo Amândio Rito 06/10/1931 Ervões Anaísa Medeiros 21/12/1933 Alpande Olga Murteira 15/10/1931 Vilarandelo Manuel Afonso 30/09/1931 Barreiros Maria Pimenta 04/11/1929 Vilarandelo Maria da Conceição Martins 15/12/1933 Barreiros Mª Eugénia Mateus 05/11/1930 Barreiros Augusta Chilombo 23/11/1947 Vila Real Maria Baía Vinagre 17/11/1938 Vilarandelo Júlia Almeida 16/11/1929 Vilarandelo Maria Mitras Lopes 07/12/1933 Vilarandelo Maria Mavilde Madureira 02/12/1953 Vale de Telhas Matilde Rosa 17/10/1938 Vilarandelo Conceição Morais 11/12/1930 Vilarandelo Fernando Magalhães 12/08/1953 Vilarandelo Fernando Teixeira Lopes 15/08/1936 Vilarandelo António Teixeira 17/08/1928 Barreiros Manuel Joquim Ferreira 17/08/1936 Vinhais Amélia Reis Magalhães 27/08/1924 Vilarandelo Cândida Fidalgo 19/09/1942 Vilarandelo Aida Barreira 22/09/1940 Vilarandelo Luís Sousa Carvela 27/09/1931 Vilarandelo
2022
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