ARAUTO - MAIO 2023

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Boletim Informativo da Casa do Povo de Vilarandelo - Concelho de Valpaços Direct. Edit.: DIREÇÃO DA CASA DO POVO DE VILARANDELO - Comp. Luís Cancelinha | Imp. Gráfica Sinal - Chaves MAIO 2023 | II SÉRIE | NÚMERO 72 | Desde Março de 1974

Editorial

Caros(as) leitores, Nesta edição do Arauto

A Casa do Povo de Vilarandelo foi fundada no dia 3 de junho de 1942, mas o seu funcionamento teve algumas interrupções (nos anos de 1954 e 1955 e entre 1957 e 1960), existindo registo de atividade continuada desde 16 de dezembro do ano de 1960 até ao presente. Nesta data foi nomeada a Comissão Administrativa que ficou assim constituída:

Presidente: Padre José Ribeirinha Machado;

Secretário: Dr. Carlos Alberto Ferreira;

Tesoureiro: Mário Lopes Bandeira;

1º Vogal: Agostinho Teixeira Lopes;

2º Vogal: Manuel Pascoal.

Foi deliberado adquirir um aparelho televisor (o primeiro em Vilarandelo), realizar obras no salão de teatro, proibição de todos e quaisquer jogos na Casa do Povo, exceto o PingPong, que fosse novamente levantada a Banda Musical, fundação de um Rancho Folclórico e Grupo Coral e a fundação de um Centro de Formação Rural.

Foi nesta data decidido criar um Boletim Informativo, o “Progresso” que no ano de 1961 começou a ser publicado e distribuído gratuitamente aos sócios da Casa do Povo de Vilarandelo e também aos sócios da Banda Musical.

Assim nasceu este jornal, que já mudou de nome e de formato, mas continua a informar e divulgar acontecimentos, notícias, ideias, recordações.

Votos de uma boa leitura.

A Presidente da Direção da Casa do Povo deVilarandelo

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O Castro da Muradelha Passeio pela Ribeira do Piago Carnaval de Vilarandelo 2023 página 2 página 4 página 3 Continuação do Restauro do Retábulo da Igreja Matriz de Vilarandelo

JUNTA DE FREGUESIA DE VILARANDELO

O Castro da Muradelha, situado ao km 2 da estrada 213-1 entre Vilarandelo e Santa Valha, sobre a Ribeira do Piago, foi classificado Imóvel de Interesse Público no DIÁRIO DA REPÚBLICA - 1.ª

SERIE, Nº 2, de 03.01.1986, Pág. 11. Tratando-se de um “Povoado fortificado de médias dimensões, localizado num cabeço em esporão pouco pronunciado (…) com encostas pouco inclinadas por todos os lados, e sobretudo dos lados Leste e Sul (…) Ao longo desta plataforma existem diversas lajes de grande dimensão, algumas tombadas e outras ainda colocadas de pé e in situ, que parecem formar um longo corredor, presumivelmente uma entrada. Ainda nesta plataforma, e rodeando as lajes, notam-se restos de um campo de pedras fincadas. Os poucos materiais de superfície que se encontram, assim como diferenças de estrutura e aparelhos que se observam nos panos de muralha visíveis apontam para dois períodos distintos de ocupação, a Idade do Ferro e a Idade Média.” In Portal do arqueólogo

O património histórico-cultural significa tudo aquilo que é produzido pela cultura de uma sociedade, tanto material quanto imaterialmente. Através deste património podemos conhecer a história e tudo o que a envolve: a arte, as tradições e os saberes de determinado povo. É de extrema importância que se preserve e valorize, devido ao seu valor histórico e cultural, pois representa a riqueza cultural de um povo, tanto para a nossa comunidade, pois é uma forma de manter viva a nossa identidade, quanto para a humanidade.

Deste modo, o executivo desta Junta, em parceria com a arqueóloga do Município de Valpaços, procedeu à limpeza do espaço, de forma a ficar disponível para possíveis escavações arqueológicas e visitas turísticas.

Atendendo que o Castro é propriedade do Estado Português, estando a Junta de Freguesia responsável pela sua preservação, são informados que num raio de 50m, dos limites do Castro, não são permitidas, por parte dos proprietários, quaisquer intervenções nos seus terrenos (plantações, lavouras, movimentações de terras, etc), sem a devida autorização do IPA (Instituto Português de Arqueologia).

A Presidente Sónia Barreira

Banda Musical da Casa do Povo de Vilarandelo

Como é do conhecimento geral, a nossa Banda Musical, Instituição deixada pelos nossos antepassados, com cerca de 200 anos de existência (os primeiros

registos de que há memória remontam a 1830) continua de “pedra e cal”. Uns anos melhores, outros com mais dificuldades, pois muitas vezes o ritmo a que saem os músicos, não é o mesmo a que entram novos aprendizes e nem estes últimos tocam com o mesmo nível dos primeiros, mas é nosso propósito nunca desistir. É neste contexto que vimos comunicar que a Banda Musical tem a partir deste ano nova direção. A nova direção é encabeçada pelo Sr. Hildeberto Coroado, com o apoio de João Rua, Carlos Lino, Luís Cancelinha, André Moura Coroado e Luís Teixeira. Informamos também que a Banda dispõe de uma nova sede, espaço cedido pela Casa do Povo de Vilarandelo, sendo esse espaço o edifício do antigo serviço de CAT, que passa assim a ser a nova casa de ensaios da Banda, oferecendo melhores condições e mais espaço para a escola de música da Banda. Deixamos assim um enorme agradecimento à direção da Casa do Povo por tornar o nosso sonho possível. Esta nova direção pretende instituir um dia para festejar o aniversário da nossa banda, com a realização de concertos ou encontros de bandas, de modo a relembrar os longos e duradouros anos desta instituição.

Deixamos o nosso agradecimento a todos os músicos, pois sem eles não haveria banda. E aos músicos que saíram e queiram voltar, aos novos aprendizes que possam entrar, as nossas portas estão sempre abertas e é de braços abertos que vos receberemos. Queremos também deixar um enorme agradecimento à anterior direção, liderada pelo Sr. Francisco Fernandes, que tão bem conduziu os destinos da nossa banda durante os últimos anos.

Queremos deixar também um agradecimento especial pelos donativos à Banda:

Maria Milheiro Lino Nunes da Silva - 50€

Jaime Teixeira Cavalheiro - 100€

Carlos Alberto Marques - 150€

Rui Coutinho (Reclipub) - Oferta e Aplicação de Publicidade na Carrinha e Autocarro da Banda.

A todos o nosso muito obrigado

2 ARAUTO
A Direção

XVIII ROTA DO FOLAR 2023

Nos dias 31 de Março, 1 e 2 de Abril o Clube Usprigozus deu início à sua temporada com a organização da XVIII Rota do Folar.

Como habitualmente, o evento iniciou na sexta-feira à noite, com um passeio noturno para motos e jipes finalizando com uma petiscada muito apreciada, preparada pela nossa equipa.

No sábado, dia principal do evento, começou-se com um ótimo pequeno almoço servido a todos os participantes para a longa “viagem” pelos belos caminhos do concelho de Valpaços.

Após um refrescante banho, terminamos o dia com um belo jantar na Quinta Adelaide Simões e despedimo-nos de alguns participantes que não ficariam para domingo.

Domingo, começa para os resistentes, como sempre e da melhor forma, com o famoso e afamado porco no espeto, sempre bem regado para regalo dos que nos visitam dos mais variados lugares nacionais e internacionais.

Para finalizar o fim de semana, pelas 15h iniciámos uma demonstração de trial, em que alguns participantes quiseram demonstrar as capacidades das suas máquinas e das suas capacidades de condução transpondo assim os difíceis e variados obstáculos ao longo do percurso.

Queremos deixar um agradecimento muito especial aos mais de 300 participantes que se deslocaram até nós, alguns fazendo milhares de quilómetros e votos para que nos encontremos em 2024 novamente. Como em qualquer evento, só é possível a sua realização se pudermos contar com a colaboração de todos os nossos patrocinadores, em especial, o Município de Valpaços, a Junta de Freguesia de Valpaços e Sanfins, a Junta de Freguesia de Vilarandelo, os Bombeiros Voluntários de Valpaços, Caves de Valpaços, Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços, Talhos Eduardo, Padaria Juvenal, Sitio-Certo e a todos os colaboradores e amigos, aos quais o nosso muito obrigado.

Queremos também agradecer a todos os proprietários de terrenos e caminhos que nos possibilitaram a passagem da caravana.

Para terminar, queremos relembrar que este ano vai ser um ano de “Mundial de Enduro GP”, penúltima prova a contar para o campeonato do mundo, a realizar no final de Setembro e início de Outubro.

Deixamos já o convite a todos que queiram colaborar connosco que “reservem esse fim de semana” pois vamos precisar de toda a ajuda possível. Divulgaremos quer no nosso site, quer nas redes sociais toda a informação no “timing” certo.

Melhores saudações, A Direcção

“Os Maltezes” Comissão de Carnaval da Casa do Povo de Vilarandelo

Caríssimos, Mais um Carnaval realizado!! Este ano tivemos um cartaz diferente, devido às poucas verbas, tivemos que reduzir.. Confesso que ponderamos a não realização do mesmo, porém tivemos muitos patrocinadores que nos ajudaram e estamos gratos a todos eles sem excepção!! Agradecemos ainda a todas as associações que fizeram parte do Cortejo, as vossas ajudas são incansáveis..

O Carnaval de Vilarandelo este ano realizou o 25ª aniversário, muitos Vilarandelenses fizeram parte desta família, em que em anos anteriores as condições eram adversas. Vocês sempre lutaram e nós simplesmente continuamos o vosso trabalho! Obrigada!!

Ao longo dos meses anteriores ao Carnaval - sim foram meses muito complicadoshouve muito trabalho, esforço, muitas noites mal dormidas, mas hoje vemos que valeu a pena! CONSEGUIMOS!!

Por mais que tentemos, nunca conseguimos agradar a todos, no entanto lutamos e não desistimos..

Para o ano estaremos de volta , com as baterias carregadas!!

Aproveito para convidar quem esteja interessado em fazer parte desta equipa, que a nossa casa estará aberta para vos receber. Juntos e unidos seremos mais fortes!!!

Obrigada povo, Obrigada Vilarandelo

Até breve

Comissão de Carnaval

3 ARAUTO
A presidente Odile Da Rosa

A continuação do Restauro do Retábulo e da Pintura Mural da Igreja Matriz de Vilarandelo

Diz a dado o momento a Sagrada Escritura: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus” (Lc 9, 62).

Assim está a acontecer no edifício da nossa Igreja. Não se olham para as dificuldades, nem se encolhem os ombros à espera que o divino faça a parte humana, no que lhe é de competência própria. Retábulo-mor retirado para restauro; consolidação da pintura mural e correção de algumas lacunas, e ainda nos atrevemos a compor as portas e uns “corta-ventos” que nos ajudarão a suportar o frio na próxima estação de inverno. Houve colaboração praticamente total de todos os habitantes da vila. Um bem haja a todos os nossos conterrâneos.

Não há palavras que descrevam o divino, por isso não vou usar palavras para descrever o que a arte da nossa Igreja encerra para o tentar ilustrar.

Fica o convite para ver esta obra depois de terminada.

A Fábrica da Igreja da Freguesia de Vilarandelo

Vilarandelo e seu Património

Uma comunidade que pretenda ter futuro não pode deixar que o seu passado se perca.

A nossa igreja paroquial, cujo orago é São Vicente, está em obras.

O altar-mor foi retirado para restauro. Na capelamor, as pinturas laterais estão a ser “limpas”.

Ainda há pouco tempo foi feito um peditório para se instalar uma câmara na entrada pela porta grande.

Noto com agrado que se está a tentar preservar o mais rapidamente possível esta parte muito importante do nosso Património.

Mas o nosso património, felizmente, é muito mais que a Igreja Paroquial.

A capela de São Sebastião é o mais antigo local de culto de Vilarandelo.

Temos ainda as capelas de Santo António e a do cemitério, o Senhor da Boa Fortuna e o Santuário do Senhor dos Milagres, não esquecendo as várias “alminhas”.

Lembram-se do Castro da Muradelha?

E os marcos miliários e alguns restos de calçada romana?

E o Cruzeiro e várias fontes?

Uma comunidade que pretenda ter futuro não pode deixar que o seu passado se perca.

O nosso Património é o resultado daquilo que nossos Avós decidiram construir.

A paisagem de que hoje desfrutamos, com seus caminhos, muros, campos, poços, árvores e cultivos, são o fruto de muito suor de inúmeras gerações.

E como podemos preservar o Património Imaterial?

Vamos deixar perder o Auto da Paixão? Não!

Irá faltar gente para a Comissão de Festas? Não!

Temos de apoiar a nossa Banda Musical, para que ela continue a ser uma escola para a vida em comunidade.

Temos de tentar que o nosso Rancho Folclórico possa prosseguir na sua importante tarefa de preservar os cantares, danças e costumes da pequena região em que nos inserimos.

A Morte não é nada

O amor nunca desaparece, a morte não é nada. Eu simplesmente passei do outro lado do caminho. O que éramos uns para os outros, ainda o somos. Chamem-me Zé Comédias, como sempre o fizeram. Falai para mim, como sempre falaram. Parentes! Não estejam tristes.

Continuem a rir do que nos fazia rir juntos.

Que o meu nome seja pronunciado em casa, como sempre foi.

A vida continua a significar o que sempre significou.

Ela é o que sempre foi.

O fio não está cortado.

Porque estarei fora dos vossos pensamentos, simplesmente porque estou fora da vossa vista?

Eu espero por vocês, não estou longe. Simplesmente estou do outro lado do caminho. Está tudo bem.

Adérito Pascoal

Nestas últimas décadas fomos acrescentando mais património imaterial: o Carnaval, o Clube Automóvel e suas perícias, os USPRIGOZUS e seus raids todo-o-terreno e o Futsal, herdeiro de valorosas memórias do nosso Futebol. Agradeceremos, penhoradamente, as ajudas que nos derem, nomeadamente, o Município de Valpaços e outras entidades supra-municipais.

Mas o esforço maior terá de ser nosso. Não esperemos que os outros venham fazer o que é nossa obrigação. Vilarandelo e o seu Património - somos todos chamados a preservar a nossa História.

4 ARAUTO

Fadinho Serrano (para rir)

Muito bom dia

Senhoras e senhores

Cá em Portugal

Há bons bebedores

Há bons bebedores

De vinho ao copo

Quantos mais bebem

Mais sede mostram

Mais sede mostram

Com isso me engano

Lá com a caneca

Ao lado do escano

Ao lado do escano

Mas que fantasia

Já não bebem mais

A pipa está vazia

Porquinho serrano

É tão ao meu gosto

Da cabeça ao pé

E ao entrecosto

E ao entrecosto

Feito na panela

Aqueles rojões

E aquela costela

Aquela costela

Mas que bem me sabe

Eu só tenho pena

Que isso acabe

Que isso acabe

Daquela maneira

Mas faz-se chouriça

E a boa alheira

E a boa alheira

Tanto falam nela

A melhor alheira

É a da minha terra

José Nogueira Cavalheiro

Invento

O papel com que te escrevo sai-me da palma da mão a tinta sai-me dos olhos a pena do coração

Vai-te carta vai depressa lindos olhos vais ver põe-te carta de joelhos quando o meu amor te estiver a ler

Vai-te carta, vai-te carta nas asas dum avião vai dizer ao meu amor que o amo do coração

No alto daquela serra andam os sobreiros a arder eu passei no meio deles meu amor só para te ver

Menina estás à janela deixa-me ver o teu rosto se me negas o que te peço morro cheia de desgosto

No alto daquele monte andam dois coelhos bravos já é tempo que se juntem dois corações desejados

O meu amor disse que vinha quando a Lua viesse a Lua já vai tão alta meu amor não aparece

O amor é pequenino às escuras não o acho uma pulga deu-lhe um coice deitou-mo da cama abaixo

Marília Garcia Gonçalves Janeiro 2023

RIVALIDADES

Quando as rivalidades eram do foro cultural, eram bem-vindas. Cada concelho ou freguesia, procurava fazer a sua festa, maior e melhor. Mas, por vezes as festas e arraiais eram palco de rivalidades violentas, havia ajuste de contas entre grupos e mesmo entre aldeias. Entre Vilarandelo e Valpaços, as rivalidades começavam nas bandas musicais, passava ao futebol e até as fragas do espaço do arraial de Valpaços eram disputadas, para estender as mantas, como ponto de encontro para as famílias passarem a noite do arraial, tão ansiosamente aguardada. Os de Santa Valha costumavam fazer o arraial ao Santo do cruzamento para Fornos e, havia um individuo mauzão, indesejável e temido na região. Um sujeito de Vilarandelo chamado Chede, fisicamente frágil, mas na desavença do arraial, o forte morreu nas mãos do fraco. O povo de Santa Valha que ficou aliviado daquele terror, foi todo em peso a tribunal defender o Chede como o herói da contenda. Não se voltou a fazer o arraial e o Santo foi nomeado como o Senhor da Boa Morte.

Para quem não conhece, aconselho uma visita, para se certificar da realidade. A rivalidade entre aldeias era uma constante, por isso alguém dizia: - Santa Valha deu um tombo, ó Barreiros tente lá, ó Gorgoço não te assustes, que Fornos avança já! … Criava-se um clima de guerra do nada porque o vinho da região também o permitia.

Primeiro os jurados, depois os Juízes degradavam os criminosos para sítios ermos, que não tivessem saída. Desta vez, foi no tribunal de Valpaços, o criminoso em causa era de Avarenta. Avarenta era um dos degredos pelo seu isolamento. O criminoso, antes que o Juiz lhe lesse a sentença muito choroso disse: - Senhor Doutor Juiz, se tiver que me degradar, não me mande prá Avarenta, que nem bois nem carro lá entra, covil de ladrões, toca de lagartos, ninho de bestigos, onde comem homens vivos. O Juiz sem pestanejar sentenciou: - pois é mesmo para lá que tu vais! ... E o réu ficou todo feliz, porque ia para a terra dele e para casa.

Naquele ano a festa de Valverde prometia ser de arromba. Comissão jovem, determinada a fazer uma procissão com vários andores. Mas quando deram conta, não tinham santos que chegassem, faltava um. Foram à capela do Cachão, que por sinal pertence aos Possacos e trouxeram o São Gens, pensando que ninguém ia dar por nada!…

A rivalidade falou mais alto: os dos Possacos vieram à festa e viram logo São Gens, com a sua viola, escarrapachado em cima do andor. Eram meia dúzia de jovens, pensaram todos da mesma maneira. Subiram ao andor tiraram o Santo do seu pedestal e fugiram com ele as costas,gritando:- O Santo é nosso!…

Estragaram a festa: mas na noite seguinte, no caminho entre Valverde e Possacos, como represália, todas as paredes das vinhas dos Possacos apareceram no chão.

Ainda se organizaram alguns jogos de futebol,mas acabavam sempre à pedrada.

O entrudo sempre foi trapalhão, havia aldeias que tinham brincadeiras e costumes a roçar a violência!

A aldeia de Sá usava um odre preso na ponta de uma faia e quando aparecia um forasteiro de roupa limpinha, lambuzavam o odre na lama e com umas odradas punham-no ao nível dos caretos do entrudo. Escondiam previamente estadulhos no mato das estrumeiras e se algum paisano não aceitasse o ritual, acertavam-lhe o passo pela lei popular, porque é carnaval e ninguém leva a mal. E na terra alheia, as vacas escornam os bois.

Não lembrava ao diabo: iam pelas carvalheiras onde havia uns formigueiros daquelas formigas avermelhadas de rabo alçado da família das baga-baga. Traziam num saco e, principalmente às raparigas, atiravam-lhas para a roupa só para as ver sacudir e correr para casa a mudar de roupa, porque as formigas metiam-se e mordiam em sítios imagináveis.

Até diziam que o mês de março era dos mais violentos, o povo vinha de uma hibernação longa e com o começo dos trabalhos do campo, vinham todas as rivalidades. Ou seja, as pessoas procuravam resolver tudo à porrada.

5 ARAUTO
Eduardo Ferreira da Costa

A PÁSCOA

Este ano 2023 os nossos utentes do ERPI e Centro de Dia, viveram um tempo de preparação para a grande festa da Páscoa.

Durante a quaresma na sexta- feira fizeram o caminho da cruz através da Via Sacra . Participaram ativamente nos cânticos e nas orações com muita devoção.

Dando continuidade à Páscoa, no dia seis de Abril, cada utente recebeu uma pequena lembrança alusiva a esta época.

Baile de Máscaras

O Baile de Máscaras foi realizado dia 20 de Fevereiro nas instalações do ERPI da Casa do Povo de Vilarandelo. Nesta atividade participaram os utentes do Centro de Dia, ERPI e Colaboradoras. Todos os intervenientes vestidos a preceito e prontos para a folia do carnaval. Foi uma tarde muito divertida, com momentos de dança, canto e algumas peripécias pelo meio.

Festa de Natal

Dia 21 de Dezembro teve lugar a Festa de Natal dos utentes do ERPI e Centro de Dia. A festa consistiu na apresentação de uma peça de Natal “Ninguém dá prendas ao Pai-Natal”. A peça em questão foi apresentada por várias colaboradoras da Casa do Povo de Vilarandelo. Os nossos utentes apresentaram algumas canções natalícias. Terminamos a tarde com um lanche convívio onde não faltaram várias iguarias típicas da época festiva.

No dia 22 de Dezembro procedemos à entrega das prendas aos nossos utentes, prendas essas gentilmente oferecidas pela Casa do Povo de Vilarandelo.

CANTAR OS REIS

No dia seis de Janeiro de 2023, cumprimos mais uma vez a tradição do cantar dos reis.

Desta vez fomos cantar à Resposta Social APPACDM em Vilarandelo. Receberam-nos muito bem e com muita satisfação. No final tivemos umas rabanadas bem quentinhas acompanhadas de chá e sumos.

Muito obrigado a esta Resposta Social.

6 ARAUTO
Irmã Alice Animadora Sociocultural Desenho pintado por Fernando Magalhães

Dia Internacional do Obrigado

Dia 11 de janeiro celebrase o Dia Internacional do Obrigado. O objetivo deste dia é agradecer a todos aqueles que diariamente contribuem para que os nossos dias sejam melhores e mais felizes. Mesmo parecendo insignificante, a palavra “Obrigado” pode fazer toda a diferença para quem a recebe bem como deixar mais feliz quem a profere.

São tantas as vezes que nos esquecemos de agradecer ou de dar um sorriso de gratidão. Sermos gratos é um meio para promover a alegria e contribuir para um mundo melhor. Para agradecer a todas as colaboradoras que dia e noite trabalham em prol do seu conforto e bem-estar, os utentes do ERPI e Centro de Dia elaboraram um postal que carinhosamente entregaram a todas. Seremos todos mais felizes se estivermos agradecidos a quem cuida de nós e cumpre a sua missão com tanto zelo. “Obrigado”

Curiosidades da Vila

DIA DE SÃO VICENTE

No dia vinte e três de Janeiro de 2023, os nossos utentes do Centro de Dia, técnicas e colaboradoras festejaram o Padroeiro desta Resposta Social. Este ano, convidaram os utentes do ERPI para alegrar mais a festa. Houve baile, canto, anedotas e como não podia faltar um lanche recheado. Foram momentos bem passados, vividos com muita alegria.

Pois o Santo São Vicente sempre nos ampara e protege em cada dia.

Dia da Árvore

A atividade do dia Mundial da Árvore consistiu em plantar uma árvore no Jardim do Toural. Com esta atividade pretendemos sensibilizar os nossos utentes para a importância da preservação das árvores, quer ao nível do equilíbrio ambiental e ecológico, bem como para a qualidade de vida de todos nós. Pequenos gestos fazem toda a diferença.

Rota

dos Moinhos Caminhada vilarandelo

8Abril Rota dos Moinhos Caminhada vilarandelo

8Abril

13KM13KM

Dificuldade

Caminhada

Início às 13h30 no Jardim do Toural

nossas maravilhosas paisagens.

Patrícia Doutel

5€

5€

BUPI – Balcão Único do Prédio

No passado dia 20 de Abril, pelas 14h30m, realizou-se uma sessão de esclarecimento sobre o BUPI, no salão da Casa do Povo de Vilarandelo. Simplificadamente, este serviço tem como objectivo a identificação e o registo dos terrenos de forma gratuita.

“ A sua história está escrita nos seus terrenos. Os marcos que só você conhece e a terra que mais ninguém pisa. Por isso proteger as suas raízes e valorizar o seu legado está nas suas mãos!”

De 24 a 28 de Abril, esteve presente , na Junta de Freguesia de Vilarandelo, um balcão móvel, a auxiliar todos os interessados da freguesia.

Patrícia Doutel

7 ARAUTO
Média Inclui: Seguro Reforço alimentar e Brinde.
Início às 13h30 no do Toural Guiada sem Marcação Inscriçes presenciais ou através: 278 749 525 freguesiadevilarandelo@gmail.com
8 ARAUTO
Anselmo Izeda 06/01/1944 Vilarandelo Dulcina Madureira 17/02/1951 Sá Maria das Dores Nogueira 11/04/1930 Vilarandelo Maria Conceição Moreira 25/03/1938 Teixeiró (Régua) Leonilde Olaia 20/02/1933 Vilarandelo Leonídio Castro 15/04/1943 Santa Valha Carminda Fidalgo 02/04/1960 Sá José Silvino 05/03/1936 Alvarelhos Ascensão do Senhor Rafael 27/02/1938 Vilarandelo Olímpia Mª Teixeira 18/04/1961 Vidago Clotilde Lagoas 02/04/1945 Sá António Santos 08/03/1949 Barreiros Josefina Nogueira 21/04/1923 Vilarandelo Maria Júlia Taveira 09/01/1950 Vilarandelo Maria Frade 04/04/1928 Sá Amélia Coroado 11/03/1926 Vilarandelo José Jesus Barreira 19/03/1959 Vilarandelo António Teixeira 07/04/194 Sá Ana Borges 04/04/1945 Vilarandelo Cândida Abelha 08/04/1938 Vilarandelo Ana Florêncio 19/03/1932 Vilarandelo Francisco Perdigão 21/03/1932 Deimãos Glória Monteiro 09/04/1965 Vilarandelo Maria de Lurdes Polónio 09/04/1944 Vilarandelo Henrique Leite 23/01/1927 Justes (Vila Real) Emília Lopes 28/01/1925 Santa Valha Maria Luisa Pires 01/01/1963 Bustelo (Chaves) Maria Teresa Teté 02/02/1945 Vilarandelo Judite Morais 29/01/1931 Sá Carminda Pimenta 06/02/1931 Ervões Narcisa Mairos 09/02/1933 Vilarandelo
ANIVERSÁRIOS Lar ANIVERSÁRIOS Lar
ANIVERSÁRIOS Centro de Dia ANIVERSÁRIOS Centro

Lembrais-vos de mim?

ZÉ MARIA “CIGANO”

No âmbito do Eixo de Intervenção 3 - Promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa, o CLDS 4G Valpaços promoveu, em parceria com Associação Mentalmente de Mirandela, a ação de sensibilização “Demências: prevenir, identificar e atuar”, no dia 2 de março de 2023, no Auditório Arte e Cultura Luís Teixeira em Valpaços.

Nesta ação participaram cerca de 60 cuidadores formais, informais e público em geral, onde foi abordado o conceito de demência e dos vários tipos de demências; os sinais e sintomas do Alzheimer e das outras demências, bem como a importância das atividades de estimulação cognitiva para atrasar e/ou minimizar os processos demenciais.

Foram também criados vários momentos de partilha e reflexão sobre a temática e experiências pessoais ao longo de toda a ação.

Marta Alves

Coordenadora Técnica CLDS 4G Valpaços

e criação do próprio emprego”

O CLDS 4G Valpaços, projeto promovido pela Casa do Povo de Vilarandelo em parceria com o Município de Valpaços, promoveu dia 24/03/2023 a ação de sensibilização “Empreendedorismo e criação do próprio emprego” em articulação com a Equipa de Acompanhamento aos Beneficiários de RSI do Concelho de Valpaços, na Biblioteca Municipal de Valpaços.

A ação foi dinamizada, no âmbito do Eixo de Intervenção 1 – Emprego, Formação e Qualificação, com a colaboração do Departamento de Microcrédito do Banco Millenium BCP e pretendeu promover a divulgação de informação sobre projetos de autoemprego e de empreendedorismo junto dos(as) destinatários(as), promovendo o encaminhamento dos interessados(as) para os diversos agentes locais.

Marta Alves Coordenadora Técnica CLDS 4G Valpaços

No âmbito do Eixo de Intervenção 3 - Promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa, o CLDS 4G Valpaços promoveu ações de Terapia do Riso realizadas junto de cerca 200 pessoas idosas do Projeto Afetos - núcleos de Lebução, Carrazedo de Montenegro, Zebras, Veiga de Lila, Friões, Valpaços e Sonim, que decorreram no Auditório Arte e Cultura Luís Teixeira em Valpaços, nos dias 6 e 13 de março de 2023.

Esta ação foi dinamizada pela Nilza Gonçalves, Gymmindfamily e tiveram como objetivo a promoção do bem-estar físico e emocional das pessoas idosas através de diferentes dinâmicas desenvolvidas para gerar emoções positivas, o riso e a gargalhada. Pretendeu também favorecer a socialização e os relacionamentos interpessoais. Foram momentos de muita diversão e sorrisos.

Marta Alves

Coordenadora Técnica 4G Valpaços

Antigamente e ao longo do ano, passavam por Vilarandelo várias comunidades ou famílias de ciganos que por aqui acampavam, um ou dois dias, antes de cada feira (a 9 e 23 de cada mês), para desarmarem a tenda, logo a seguir, e partirem para outras paragens. Estes “Filhos do Vento” andavam errantes, de terra em terra, de feira em feira. Eram, essencialmente, da raça “Calé”. Originários do subcontinente indiano, apresentavam características culturais comuns, havendo, no entanto, grandes diferenças entre os seus subgrupos.

Vinham em famílias completas, pais, filhos, netos não faltando o cão, a ovelha, a galinha e, até, a mula e o burro e a respectiva carroça. Tudo fazia parte da família. Lembro-me do grupo da “Cigana Iria” do qual, com certeza, ainda por cá andarão filhos, netos e até bisnetos. Estes pobres ciganos faziam e reparavam cestos de verga; empalhavam garrafões; reparavam, também, panelas, sombreiros e peneiras, enquanto as mulheres andavam, de porta em porta, a pedir ou, então, a “ler a sina” nas feiras.

Havia, também, os de outra raça, a quem nós chamavamos “Guitanos” que, mal falando o português, se expressavam numa língua chamada “rumano” e que se ocupavam da compra e venda de animais, nas feiras, tentando sempre levar o outro ao engano, isto é, tentando aldrabá-lo. Ora, no início dos anos 60 do século passado, apareceu por cá, o Zé Maria, de chapéu preto, burro cinzento, mais a sua Clara, casal simpático cuja ocupação inicial dele, era uma “banca” da “pucarinha”

A “pucarinha”, jogo de azar, essencialmente gerido por ciganos, de fácil funcionamento e entendimento, bastando para tal um dado (geralmente viciado), um copo (a pucarinha) e os seis algarismos correspondentes a cada face do dado, escritos no tampo duma rudimentar mesa, dividida em outros tantos retângulos. Jogo este bem aceite, devido à rapidez com que as pequenas somas de dinheiro passavam de mão em mão.

Um dia, o Zé Maria e a sua Clara decidiram deixar a vida de nómadas e passar a viver como qualquer vilarandelense. Tão simpáticos os achava o povo que este resolveu arranjar habitação para o casal, com estábulo para o burro e, assim, passaram a viver numa pequena casa, no Bairro do Outeiro.

Zé Maria começou a trabalhar no campo, como jeireiro, e chegou mesmo a trazer de renda um qualquer bocadito de terra e um lameiro, para se sustentar a ele, à família e ao burro.

Nos primeiros tempos, aos domingos, também ele jogava ao “Chino”, com os da terra e, com eles, bebia uns copitos. Depois, deixou o jogo e era vê-lo, aos domingos e dias santos, empurrando um carrinho, carregado de bugigangas, tais como: navalhas, tesouras, pentes, frizetes e ganchos para o cabelo e alguns coloridos balões, para encanto da criançada, entre outras coisas.

A Clara, sua mulher, também ela, fazia uma vida como qualquer mulher da terra. Na mercearia, onde se aviava, tinha, também ela, direito a fiado. Ia à “bica” buscar cântaros de água e esperava pela vez, como qualquer outra, e com todas falava, sem arrufos ou discussões. Era uma família respeitadora e respeitada.

Pois é!... Estes “Filhos do Vento” vão e vêm com ele e, assim, um dia o tal “vento” trouxe, até Vilarandelo, uma das sua filhas, de quem o Zé Maria se apaixonou de tal maneira que acabaram por fugir os dois, ao sabor do mesmo “vento”. Sabe-se lá para onde! E do Zé Maria nunca mais ninguém teve notícias.

A pobre da Clara, abandonada, ficou, diz o povo, chorosa e amargurada. Até que um dia, também ela desapareceu e não se sabe se levada por alguma rajada mais forte ou com algum “Filho do Vento” já que, também a ela, nunca mais ninguém a viu por Vilarandelo.

9 ARAUTO
O Tonho Cigano instruindo o neto na “Pucarinha”
Ação de sensibilização
“Demências: prevenir, identificar e atuar”
Ação de Sensibilização “Empreendedorismo

Oh Senhor da minha vida

Oh Senhor do meu coração

Como é evidente na primavera florida

Não lhe pago a amizade e sua estimação

Todos os dias a minha alma suspira por vós

No mundo renascida para a vida

E na vida cheia de espinhos quem

somos nós

Uma sementinha fértil e florida

Ou um raiozinho de sol a iluminar

O caminho de uma estrela a brilhar

Sobre a colina, a encosta e o monte

Literalmente lá no horizonte

E radiantes de paz e de alegrias

Entre sonhos, quimeras e nostalgias

No passar dos anos, meses e dias

Oh que grande maravilha mãe natureza

Que és tão linda, com toda a tua beleza

Dentro de ti só tens doçura

E esta vida é uma aventura

O destino e a vida futura

Nas mãos de Deus quando se alcança

Seja velho, novo ou criança

O nosso viver termina

Quando está nas mãos de Deus

Quando a sua bênção dada nos vem dos céus

E dos céus de toda a humanidade

Unidos com todo o respeito e amizade

Utente do Lar de Vilarandelo

Descubra as Diferenças

Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós!

Agradecimento

A família de Lídia Morais Gomes vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento

A família de Ana Rosa Rodrigues Preto vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido

A família de Adélia Afonso Silvério vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido

Piago Berries é uma empresa de produção de pequenos frutos e seus derivados, situada na Região de Trás-os-Montes, na Vila de Vilarandelo entre a terra fria e a terra quente do concelho de Valpaços, Portugal. Tem um clima com características únicas, Invernos muito rigorosos e Verões muito quentes e secos, que lhe permite gerar produtos de excelência. As compotas são confecionadas de forma artesanal, com frutas da época, mantendo a tradição, sem corantes nem conservantes, onde é possível sentir os aromas e os sabores únicos da fruta.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento

Piago Berries é uma empresa de produção de pequenos frutos e seus derivados, situada na Região de Trás-os-Montes, na Vila de Vilarandelo entre a terra fria e a terra quente do concelho de Valpaços, Portugal. Tem um clima com características únicas, Invernos muito rigorosos e Verões muito quentes e secos, que lhe permite gerar produtos de excelência. As compotas são confecionadas de forma artesanal, com frutas da época, mantendo a tradição, sem corantes nem conservantes, onde é possível sentir os aromas e os sabores únicos da fruta.

A família de Luíz Filipe da Silva vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento

Piago Berries company produces small fruits and its derivatives, located in the region of Trás-os-Montes, in the village of Vilarandelo between the cold and the hot land of the county of Valpaços, Portugal. It has a climate with unique characteristics, very rigorous winters and very hot and dry summers, which allows it to generate products of excellence.

A família de Maria de Fátima dos Santos Magalhães vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido

Agradecimento

A família de José Melo Pascoal vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido

Keeping the tradition alive, the jams are manually prepared with seasonal fruits, without coloring or preservatives, where you can feel the aromas and the unique flavors of the fruit.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

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Piago Berries company produces small fruits and its derivatives, located in the region of Trás-os-Montes, in the village of Vilarandelo between the cold and the hot land of the county of Valpaços, Portugal. It has a climate with unique characteristics, very rigorous winters and very hot and dry summers, which allows it to generate products of excellence. Keeping the tradition alive, the jams are manually prepared with seasonal fruits, without coloring or preservatives, where you can feel the aromas and the unique flavors of the fruit.

é possível sentir os aromas e os sabores únicos da fruta.

Produtor / Producer

Bruno Miguel de Carvalho Pascoal (+351) 963220259 / 961045303

Produtor / Producer

Bruno Miguel de Carvalho Pascoal (+351) 963220259 / 961045303

Morada / address

Morada / address

Rua da Caçónia, n.º 18 5430-636 Vilarandelo | Portugal piagoberries@gmail.com

10 ARAUTO
AMORA BLACKBERRY CEREJA CHERRY MORANGO STRAWBERRY
Rua da Caçónia, n.º 18 5430-636 Vilarandelo | Portugal piagoberries@gmail.com AMORA BLACKBERRY CEREJA CHERRY MORANGO STRAWBERRY
Piago Berries é uma empresa de produção de pequenos frutos e seus derivados, situada na Região de Trás-os-Montes, na Vila de Vilarandelo entre a terra fria e a terra quente do concelho de Valpaços, Portugal. Tem um clima com características únicas, Invernos muito rigorosos e Verões muito quentes e secos, que lhe permite gerar produtos de excelência. As compotas são confecionadas de forma artesanal, com frutas da época, mantendo a tradição, sem corantes nem conservantes, onde
Piago Berries company produces small fruits
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between the cold and the hot land of the county of
Portugal. It has a climate with unique characteristics, very rigorous winters and very hot and dry summers, which allows it to generate products of excellence. Keeping the tradition alive, the jams are manually prepared with seasonal fruits, without coloring or preservatives, where you can feel the aromas and the unique flavors of the fruit. Bruno Miguel de Carvalho Pascoal (+351) 963220259 961045303 Morada address Rua da Caçónia, n.º 18 5430-636 BLACKBERRY CEREJA CHERRY FRUTOS VERMELHOS RED FRUITS BLUEBERRY STRAWBERRY fb.com/piagoberries.pt piagoberries@gmail.com Donativos PARA O ARAUTO PARA O LAR PARA O JARDIM DE INFÂNCIA EM GÉNEROS Maria de Almeida Garcia 20,00 € Matilde Pereira Morais Garcia 20,00 € Cândida Friões Taveira 20,00 € Francisco Avelelas de Almeida 20,00 € Maria Helena de Avelelas de Almeida 20,00 € António Brandão de Almeida 20,00 € Carlos Brandão de Almeida 20,00 € Edgar Taveira Ferreira 25,00 € Nair Cristina Carocinho Parrinha Tete 5,00 € Alexandra Maria Polónio Borges 10,00 € Josefa Carolina Doutel Coroado 10,00 € Maria Helena dos Santos Videira Adelino 20,00 € Maria da Glória Queiroga Santos 20,00 € Ricardo Manuel Lino Moura 10,00 € Maria Milheiro Lino Moura da Silva 10,00 € Maria Goreti Ferreira Gomes 10,00 € Rafael Maria Alves Taveira 20,00 € Augusto Florêncio Garcia 25,00 € Anónimo 20,00 € Maria Deolinda Pinto Valente 50,00 € Anónima 5,00 € Anabela Polónio Garcia 20,00 € Cristina Manuela Polónio Garcia 10,00 € João Avelelas Brandão 10,00 € Luzia Nogueira Bolas Sequeira 20,00 € Anónima 10,00 € Maria Isilda de Morais Carriço 5,00 € Maria Helena Morais Cavalheiro Teixeira 5,00 € José Manuel Garcia Ferreira 20,00 € José Rodrigues Mitras 20,00 € Ester Lopes da Cunha Silva 10,00 € Ana Luzia Mesquita de Almeida Magalhães 10,00 € Manuel da Rosa 10,00 € Anónimo 100,00 € Anónimo 50,00 € Mário Lopes de Almeida 20,00 € Ana Teixeira da Silva 100,00 € Bonfim das Neves Patrício 10,00 € Francisco do Vale Taveira 10,00 € Francisco Figueiredo Chaves 20,00 € Amélia dos Santos Lopes 10,00 € Nelson Cancelinha Charrua 10,00 € Maria de Fátima Domingues Pinto 10,00 € Maria de Fátima de Almeida Garcia M. Rodrigues 30,00 €
Pereira Morais Garcia 10,00 €
Morais Garcia 10,00 €
and its
Trás-os-Montes,
of Vilarandelo
Valpaços,
Matilde
Matilde Pereira
Estela Rito - Ervões Salsa, Macã, Alface, Kiwi
Agradecimento

“A Casa da Cruz”

João Portelinha namorava

Adelaide, coisa de que o pai, Manuel, não gostava nada. Não tanto por causa dela mas mais pela família donde provinha. Adelaide era filha de Armando Machado que vivia do que contrabandeava atravessando a raia normalmente pela calada da noite, ou a soldo dos Fragosos percorrendo as mais importantes feiras e mercados da região vendendo os produtos agrícolas destes, principalmente os que extorquiam e também aqueles que ele, Armando, surripiava.

Manuel Portelinha ainda não conseguira esquecer e talvez nunca mais o viesse a fazer, quando em tempos lhe desapareceram duas ovelhas do rebanho que trazia entregue a um pastor... “E quem foi e quem não foi?”- Interrogava-se.Nunca o soube, até ao dia em que calhou de ir à feira de Monforte, e qual não foi a sua surpresa ao ver que ali vendendo as suas duas ovelhas estava nada mais nada menos que o pai de Adelaide, Armando Machado. “Que não, que não eram as dele... Que não as estava a vender mas que as tinha comprado a um que nem conhecia e que se fora logo embora.” Manuel apenas lhe disse que nunca mais lhe dirigisse a palavra porque com gente daquela laia não queria nada e virou-lhe as costas enquanto ouvia os impropérios vindos da boca de Armando.

Adelaide era uma rapariga de cabelos ruivos, quase vermelhos, tez muito clara e um pouco sardenta. Só porque era diferente de todas as outras raparigas, toda a gente na aldeia lhe gabava a beleza, não faltando, mesmo, quem afirmasse que era a moça mais bonita deVilarandelo.

Este seu namoro com João era um namoro de escapadelas quase à socapa. Já se falava, até demais, na aldeia. Havia até quem afirmasse que os tinham visto num giestal lá para os lados do Pousadouro, mas isso eram apenas as más-línguas.

O namoro começou efetivamente num dia por altura das segadas quando Adelaide tinha ido ao campo apanhar a fruta do chão para dar aos porcos e como estava um dia de grande calor e não tinha água por perto pediu ao João, que andava com os segadores no terreno contíguo, se podia ir beber à mina deles. O rapaz disse que sim, que a água e a salvação não se negam a ninguém.

Aproveitou e foi, também ele, com a rapariga, beber. Quando já tinham

descido a pequena rampa e estavam à boca da mina João disse-lhe:

“Todo o povo diz que és muito bonita, Adelaide”

“Oh...”, corou a rapariga

“Sabes Adelaide...“, e deixou a frase no ar, não porque não soubesse o que queria dizer mas, simplesmente, porque lhe faltavam as palavras e o jeito para as dizer.

Adelaide percebeu muito bem o que não foi dito e corou novamente. A água que ali foi beber mitigar-lheia, talvez, a sede mas não lhe apagaria a chama que há muito se acendera e que agora se tornava fogo e que naquele momento impiedosamente ardia e a consumia por dentro. Há muito tempo que João não lhe era indiferente.

João encheu o púcaro de barro que ali se encontrava para que, quem quisesse, por ele pudesse matar a sede e ao entregá-lo a Adelaide pegou-lhe na mão e ali ficaram de mão dada enquanto bebiam, primeiro ela, depois ele, naquele silêncio onde apenas se ouvia o rechinar das ceitouras cortando o centeio.

“Assim vais ficar a saber os meus segredos.” Disse Adelaide com ar envergonhado e baixando os olhos.

“Aposto que os teus segredos são iguais aos meus, Adelaide.”Respondeu-lhe João.

Adelaide largou-lhe a mão e deitou a correr em direção ao seu terreno que alcançou depois de saltar o muro. O rapaz sem pressas aproximou-se da parede para lhe dizer:

“Temos que falar a sério,Adelaide.”

“Está bem João. Mas agora tenho que ir que a minha mãe já está à minha espera para dar de comer aos recos.”

A partir de então foi um namoro de encontros fugazes e às escondidas porque assim que o pai dele soubera chamou-o para lhe dizer que era completamente contrário a tal relação e que jamais lhe aparecesse à frente com semelhante criatura.

****

O verdadeiro e decisivo encontro, entre os dois, deu-se no dia da festa da Senhora da Saúde em Valpaços. Eram as Festas da Vila e do Concelho. Ali acorria gente de todo o concelho, e não só, desde Lebução ou Bouçoais aos Vales.

Vinham das maiores aldeias ou dos mais pequenos lugarejos como do Barracão ou da Teixugueira.

Ali chegavam a cavalo ou a pé, em grupos, por vezes grandes. Traziam o farnel e, os que tencionavam ficar para o arraial, vinham providos de cobertores e mantas que estenderiam nas fragas do terreiro onde depois se labesteiravam para comer, para ouvir a música e ver o fogo-de-artifício e onde os mais

novitos adormeceriam, cansados, alheios a tudo e a todos.

Romance ouvir a música e para a comentar dando a sua opinião dizendo qual das duas era a melhor banda, outros havia, talvez a maioria, que iam dançando ao som da mesma. Mas todos se transferindo de um coreto para o outro conforme a banda que estivesse a atuar.

A procissão era sempre acompanhada por uma grande multidão desde a Igreja Matriz até à Capelinha de Nossa Senhora da Saúde. Calhava sempre no primeiro sábado de Setembro. Nesse ano João e Adelaide seguiam, também eles, o cortejo religioso, cada um com o seu grupo familiar e, assim que se viram, foram, estrategicamente, deixando-se ficar para trás até perderem de vista os restantes membros e se perderem também eles no meio da multidão. E assim continuaram em passo lento e aos segredinhos até ao terreiro da ermida.

Chegados que foram ao primeiro coreto das bandas, sorrateiramente se rasparam para trás dele. Foi ali que de fugida deram o primeiro e tímido beijo. Foi também ali que João lhe prometeu que um dia havia de casar-se com ela, quisesse ou não quisesse o pai e a família. Com ela fugiria para o fim do mundo se preciso fosse. Ela disse-lhe que sim. Que também gostava muito dele e que era com ele que um dia queria casar. ****

João e os irmãos iam ficar para o arraial. Adelaide também ficaria porque, tendo vindo com o pai, este só iria embora mesmo no fim quando já estivesse bem bebido. Era o que sempre fazia em dias de festa ou de feira. Era sempre dos últimos a ir para casa e a maior parte das vezes só depois de armar alguma zaragata. Não eram raras as vezes em que chegava a casa com a cabeça partida. Mas naquela noite Adelaide até nem se importava que o pai bebesse um copito a mais. Se calhar até era melhor. Pelo menos tinha a certeza de que ficaria até tarde tendo João por perto. Até nem lhe ia custar nada, quando chegasse a casa, já ao alvorecer, e que, mesmo sem dormir, tivesse que ajudar a mãe fazer a lida da mesma.

Nas redondezas, e não só, não havia arraial como o de Valpaços. Tinha sempre duas das melhores bandas de música e naquele ano a comissão de festas esmerarase na escolha, pois que tinham contratado a Banda de Vilarandelo e a de Rebordondo que, com a Banda dos Pardais, de Chaves, era o que de melhor havia em termos musicais.Além disso era o arraial que melhor fogo-de-artifício apresentava, quanto mais não fosse valia pelos estrondosos morteiros do Charrua, conceituado fogueteiro também ele de Vilarandelo.

Cada uma em seu coreto, as bandas iam tocando ao desafio, ora uma e depois a outra. Se havia aqueles que só estavam ali para

“Adelaide, queres dançar comigo?”, Perguntou-lhe João baixinho sem que ninguém ouvisse.

“Eu nem sei dançar, João.”, Respondeu envergonhada.

“Não faz mal. Eu ensino-te. Vais ver que não custa nada.”

João pegou-lhe na mão e encaminharam-se para a parte mais escura ao pé do coreto onde atuava a banda que, naquele momento, começara a tocar um “pasodoble”. João enlaçou-a pela cintura com o braço esquerdo e com a mão direita agarrou a mão esquerda da rapariga que se abandonou completamente ao ritmo da música deixando-se guiar por ele. Até parecia que sempre tinham dançado os dois quando efetivamente era a primeira vez que o faziam.

No meio de toda aquela gente havia um espectador especial que olhava com prazer o evoluir no terreiro do parzinho que dançava. Esse espectador chamavase Armando Machado, o pai de Adelaide, que imaginava e já se deliciava com o quanto lhe podia render aquele espetáculo. Dirigiu-se à taberna e mandou vir copos de tinto para todos os amigos e conhecidos que ali estavam. “Ehhh!!!... Armando, então cá vai à tua saúde.” Disse um dos do grupo.

“Esta rodada é a minha Adelaide que paga.” Retorquiu Armando rindo-se alarvemente.

“Eu bem sei porque é!...” - gabouse um - “A filha aqui do Armando arranjou namorico de alto lá com ele!” – E dava um estalido com a língua – “E foi hoje aqui no arraial.”

Um outro, que duma golada acabara de emborcar um copo, gracejou: “Se calhar eram aqueles dois que vi escondidos atrás das fragas quando fui mijar”

“Tu que dizes ó mou filho da puta?” – Gritou Armando que, irritado, agarrou o outro pelos colarinhos e deu-lhe dois bons abanões ao que este, sentindo-se ameaçado, atirou o copo, que ainda tinha na mão, à cabeça de Armando fazendo-lhe um grande galo e que só não sangrou porque o apanhou de raspão.

A zaragata acabou logo ali porque foram de imediato apartados pelos presentes. ****

NOTA:

11 ARAUTO
Este romance será publicado, por capítulos, em Arautos posteriores. Não perca os próximos “episódios”!

Carnaval

Falar de Carnaval, é falar de muita diversão, cor e fantasia.

Os nossos meninos fizeram o baile de Carnaval com disfarces pouco assustadores. Foi uma tarde muito divertida.

Dia do Pai

Comemorou-se, no dia 17 de Março, o Dia do Pai na nossa escola.

Celebra-se no Dia de S. José. Para celebrar esta efeméride, com significado tão especial, as nossas crianças juntamente com a educadora e as colaboradoras preparam com muito carinho nos dias que antecederam esta celebração, miminhos para brindarem os pais, que demonstraram o carinho e a ternura que as crianças sentem por eles. No dia confecionaram um bolo e durante a tarde os pais vieram lanchar com os seus pequeninos. Obrigada pela vossa visita, é sempre um gosto a vossa presença.

Natal 2022

Natal, tempo de amor e alegria. É com as famílias que as nossas crianças celebram esta data tão nobre. Esta época natalícia, aqui na nossa creche, foi vivida com toda a magia desta quadra. Realizamos uma pequena festa com 2 pequenas músicas e claro o Pai Natal não deixou de aparecer em momentos de alguma alegria com choro à mistura. Obrigada a todos os pais/mães que vieram passar a tarde à nossa escola.

12 ARAUTO
A CRECHE
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