REVISTA - COOPERBOM em campo Ed. 06

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INFORMATIVO MENSAL EDIÇÃO 06 | MAIO 2021

Ex-ministro Alysson Paolinelli é candidato ao prêmio Nobel da Paz.

CULTURA NA FAZENDA - O que os números têm nos mostrado.

Tripanossomíase deixa pecuaristas em alerta.

Armazenagem correta garante qualidade da ração.

COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE BOM DESPACHO

Av. das Palmeiras, nº 180

Fone: (37) 3521-3131

Contato: secretaria@cooperbom.com.br

DIRETORIA EXECUTIVA (Mandato 2020 até A.G.O. 2024)

Presidente - Fúlvio de Queiroz Cardoso

Neto

Diretor Administrativo - Carlos Humberto de Araújo

Diretor Comercial - Enes Custódio Fialho

CONSELHEIROS ADMINISTRATIVOS

EFETIVOS: Elda Maria da Silva Alves

Santos, Everaldo Eustáquio Oliveira Melo, Itamar Silva, Marco Aurélio Rodrigues

Costa, Terezinha Aparecida Rangel Silva, Wilian Diniz da Silva Rezende.

SUPLENTES: Amintas Pinto da Silva, José Mauro da Silva, Maurício da Costa Cardoso.

CONSELHEIROS FISCAIS 2019/2020

EFETIVOS: José Antônio da Cunha, Renato Lopes Cardoso, Ricardo Cardoso

Gontijo Silva.

SUPLENTES: Fernando José Ferreira, João Bosco de Assis, Lincon Wagner de Aquino Silva.

CONSELHO EDITORIAL

Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto

Carlos Humberto de Araújo

Enes Custódio Fialho

Elda Maria da Silva Alves Santos

Renato Fragoso

Paulo Henrique Morais e Silva PRODUÇÃO

Publicação: Cidade’s.com Editora de Jornais e Revistas

CNPJ - 16.634.399/0001-00

Editor: Renato Fragoso - 17.434/MG

Fone: (37) 99856-0290

Gerente de Marketing: Paulo Henrique

M. e Silva

Projeto Gráfico: Central de Ideias - CCPR

Diretor de Arte: David Fragoso

Capa: Paulo Henrique M. e Silva e David

Fragoso

Revisão: Thalita Martins

TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES

Impressão: RONA EDITORA

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista.

PALAVRA DOS DIRETORES.

Prezadas cooperadas e prezados cooperados, A edição de nossa revista deste mês de maio traz matéria técnica do programa da CCPR “Tudo nos Conformes”, cujo tema é “Cultura na Fazenda: O que os números têm nos mostrado”, de autoria da professora titular da Escola de Veterinária da UFMG Mônica Pinho Cerqueira. Em matéria especial, homenageamos os 65 anos da COOPERBOM, com trechos históricos da vocação de Bom Despacho para o agronegócio e da fundação da cooperativa. Publicamos também alerta sobre a Tripanossomíase em artigo do Médico Veterinário, Jener Pessoa Cançado.

Neste mês, realizaremos, a partir do dia 25 de maio, o tradicional repasse de novilhas COOPERBOM, observando todas as medidas sanitárias necessárias. A Fazenda COOPERBOM é referência na compra e na venda de novilhas de alta genética. O repasse integra um programa de melhoria genética implantado pela cooperativa há mais de 25 anos e assegura aos cooperados o incremento genético para os rebanhos e os ganhos produtivos e financeiros. O pagamento é feito em até 24 parcelas fixas, e há carência de dois meses para o primeiro pagamento. As prestações são pagas com a própria produção de leite. Neste ano, estaremos disponibilizando também novilhas nascidas de Fertilização in Vitro (FiV), além dos touros da raça Nelore (certificados) e Guzerá.

Maio é um mês emblemático! É o quinto do calendário gregoriano, homenagem ao papa Gregório XIII. O nome deriva da deusa romana da fertilidade, Bona Dea! Outras versões apontam que a origem se deve à deusa grega Maya, responsável pelo crescimento das plantas e mãe de Hermes, o mensageiro divino. É mês das mães, as quais homenageamos nesta edição. É também o mês de aniversário de nossa cooperativa, fundada no dia 27 de maio de 1956. Este é o mês do 65º aniversário da COOPERBOM.

Quiseram e tramaram as duas deusas que aqueles 22 corajosos empreendedores fundassem a Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho no mês da fertilidade e do crescimento das plantas. Desde sua instituição, a cooperativa mostrou-se determinada a trabalhar, apoiar e atender o produtor rural em suas necessidades de consumo humano, insumos agropecuários e assistência técnica. Parabéns, COOPERBOM! Parabéns a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para seu crescimento! Boa leitura!

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COOPERBOM 65 ANOS A HISTÓRIA...

Esta revista é dedicada aos 22 produtores rurais que, em 27 de maio de 1956, fundaram a Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho Ltda., fato icônico e emblemático na história do cooperativismo na região. Às vésperas de completar 65 anos, a COOPERBOM exerce importante papel socioeconômico no município e na região. Logo após sua fundação, associou-se imediatamente à CCPR (Cooperativa Central do Produtores Rurais de Minas Gerais) para fornecimento de creme e leite, eliminando os atravessadores.

Alexandre Cardoso Araújo (membro efetivo do Conselho Fiscal); Antônio Teodoro Gontijo (conselheiro fiscal); Antônio Vieira Gontijo; Bertolino da Costa Filho (suplente do Conselho Fiscal); Carlos Cardoso de Carvalho (conselheiro administrativo); Flávio Araújo Cançado; Flávio Xavier Cançado (do Conselho Fiscal Efetivo); Jacintho Salviano da Silva; João Alves do Couto; João Lino de Araújo; João Victor Costa; José Araújo Cançado (suplente do Conselho Fiscal); José Joaquim de Oliveira; José Maria de Melo Queiroz; José Tiago de Oliveira (suplente do Conselho Fiscal); Manoel Guilherme Pessoa (diretor secretário-tesoureiro); Márcio Araújo Gontijo; Múcio Marques Gontijo (diretor comercial); Paulino Marques Gontijo Filho; Paulo de Tarso Gontijo (suplente do Conselho Fiscal); Pedro Pereira Melo (eleito para o Conselho Administrativo em Assembleia Geral Extraordinária, em substituição a Carlos Cardoso de Carvalho); Roberto de Queiroz Cançado (presidente); (OBS.:) O sr. Odílio Antônio da Silva foi eleito diretor-presidente em Assembleia Geral Extraordinária, em substituição a Roberto de Queiroz Cançado;

VOCAÇÃO PARA O AGRONEGÓCIO.

Por volta de 1760, o governador da capitania de Minas Gerais determinou a ocupação de terras vizinhas a Pitangui. Tropas dos capitães do mato, também conhecidos como capitães de assalto e entrada, com ajuda dos milicianos pitanguienses, expulsaram ou recapturaram escravos libertários e destruíram seus aldeamentos quilombolas.

O ouro havia se exaurido. Nascia outra atividade econômica: a agropecuária. Por ordem das autoridades governamentais, representantes da Coroa Portuguesa, foram distribuídas Sesmarias.

Das barrancas orientais do São Francisco, passando pelo rio Picão até as margens ocidentais do rio Lambari, estabeleciam-se grandes propriedades rurais em terras doadas pelo governo, com a obrigatoriedade de que os senhores dessas novas terras passassem a morar ali, lavourar e criar gado.

A primeira dessas fazendas (Sesmarias) foi doada, em 1772, ao capitão do mato João Gonçalves Paredes como prêmio por suas lutas e seus combates vitoriosos contra silvícolas e quilombolas da região. A área total da fazenda

era de mais de 12 mil hectares de terra, cujo marco central era na Cruz do Monte e, segundo o historiador Orlando Ferreira de Freitas, englobava todo o território ocupado atualmente pela cidade de Bom Despacho. Partia da Cruz do Monte para o nascente e ia até Bom Retiro. Para o poente, até a Garça. Ao norte, atingiu o ribeirão dos Santos e, ao sul, chegava aos limites de Araújo e vieram outras sesmarias e sesmeiros como Luiz Ribeiro da Silva um dos principais nomes de nossa história, adquirente do patrimônio de João Gonçalves Paredes.

Bom Despacho nasceu e cresceu sob a égide de comunidade rural com sua economia, suas atividades, a moral e os costumes das famílias rurais. Em meados do século XX, exatamente em maio de 1956, essa sociedade rural descobriu no cooperativismo sua grande força de representação. Nesse ano foi fundada a Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho.

Fonte: Tadeu de Araújo Gontijo Professor, escritor membro da Academia Bom-Despachense de Letras. Texto prefacial do livro de autoria de Francisco de Assis Fonseca: COOPERBOM 50 ANOS

PERSONAGENS...

Fui presidente da COOPERBOM por três mandatos consecutivos, no período de 1986 a 1995. Minha passagem pela cooperativa foi rica em experiência. Tive oportunidade de fazer um bom trabalho, juntamente com uma equipe competente de conselheiros e, mesmo aqueles que não participaram diretamente da administração, me ajudaram muito. Apesar de muito jovem na época, conseguimos fazer um trabalho de unir o pessoal, implantamos os comitês educativos, onde se levava ao cooperado, na sua comunidade, informações e notícias da COOPERBOM e ouvia-se deles suas aspirações e suas necessidades. Essa interatividade contribuiu para o grande aumento da participação e do relacionamento do cooperado com a cooperativa.

Outra ação importante de nossa administração foi levar assistência técnica ao produtor. Montamos equipes composta por agrônomos e veterinários para levar assistência técnica aos produtores. Naquela época, tivemos grande crescimento do volume de leite recebido na cooperativa.

Creio que a atual diretoria está no caminho certo, pensando no futuro e promovendo ações para que isso aconteça. Hoje o mundo gira muito rápido, as necessidades são cada dia mais aceleradas em função desse mundo digital no qual estamos inseridos. É um trabalho que precisa chegar ao produtor usando os modernos meios de comunicação e as tecnologias digitais. Isso é muito importante para que o produtor possa acompanhar esse mundo moderno, mutante e desafiador.

Bom Despacho está despertando para

JACQUES GONTIJO ÁLVARES

Ex-presidente da CCPR/ ITAMBÉ e COOPERBOM

uma nova postura dos produtores através da diversificação de suas atividades e na busca de novos modelos de negócios. O munda muda rapidamente, e os avanços tecnológicos precisam ser incorporados ao cotidiano do produtor. A cooperativa tem um belo passado e precisa trabalhar para que o futuro seja ainda melhor. Deve estar mais próxima ao produtor e levar até eles insumos importantíssimos: informação e conhecimento. Trata-se de uma necessidade essencial que deve ser ressaltada para que os próximos anos também sejam virtuosos para a cooperativa.

Desejo que a COOPERBOM faça outros 65 anos mantendo os mesmos princípios que a norteiam: seriedade e competência, mantendo a união dos produtores e trabalhando em função deles. Assim a COOPERBOM terá um futuro próspero e duradouro.

Parabéns, COOPERBOM!

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Exerci com muita honra três mandatos como presidente da COOPERBOM, de 1995 a 2004. Sucedi um presidente arrojado, competente e inovador, que foi Jacques Gontijo Álvares. Então, por missão, deveria manter o alto nível do mandato anterior. Minha experiência na área de administração veio de berço, pois meu pai foi empreendedor e administrador de competência reconhecida. Essa formação veio a mim gratuitamente e pude aplicá-la em diversos setores. Um deles foi na COOPERBOM. Ali, me cerquei de pessoas competentes e de boa índole, como Dr. Antônio Ângelo do Couto, Geraldo Magela de Araújo e toda a equipe de funcionários, o que facilitou muito meu trabalho como presidente. Sou grato a todos eles.

Ao assumir a COOPERBOM, procurei dar ênfase à parte comercial e, para isso, criamos as unidades de Martinho Campos, Araújos e Mato Seco. Ampliamos as lojas de insumos de Ana Rosa, Estrela do Indaiá e Engenho do Ribeiro. Também fundamos a fábrica de sal mineral e criamos a indústria de laticínios Mavero (cujo nome foi dado em votação por um funcionário). Outra obra de grande relevância em nossa administração foi a construção do novo supermercado COOPERBOM.

Fala-se muito em crise atualmente, e eu tomo emprestada uma frase de meu pai para combater o pessimismo e a apatia, que são danosos em momentos como este: “Crise existe para quem não quer trabalhar. Com trabalho, não existe crise”.

O FUTURO DA COOPERATIVA É AGORA!

Confio muito na equipe que administra atualmente a COOPERBOM. São jovens e cheios de energia. Acredito no trabalho que eles vêm desenvolvendo. Os números estão aí e não me deixam mentir.

JOSÉ FÚLVIO CARDOSO

Ex-presidente da COOPERBOM e do Conselho Administrativo SICOOB Credibom

Como diz o slogan, o futuro da COOPERBOM é agora, e eles estão exercendo governança respeitando a tradição, atentos ao presente e com o olhar no futuro. A cooperativa tem muito ainda o que evoluir, e eu acredito que a atual diretoria vai conduzir a entidade pelas trilhas virtuosas do desenvolvimento. Assim acredito e ponho fé!

Desejo à COOPERBOM prosperidade por mais 65 ciclos de desenvolvimento, porque a entidade – que é uma das maiores empregadoras de Bom Despacho; gera, juntamente com seus cooperados, mais de 4.000 empregos; colabora para a elevação do nível socioeconômico do município; e contribui para o bem-estar de inúmeras famílias bom-despachenses – merece. A cooperativa é a minha casa, onde trabalhei e aprendi muito, criei laços indestrutíveis de amizade com funcionários e diretores e onde sou considerando um membro da família COOPERBOM. Parabéns, cooperativa, pelos 65 anos!

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Gilberto Francisco dos Santos, de 81 anos, é casado há 57 anos com Dinalva de Oliveira Santos, tem cinco filhos, é proprietário da Fazenda Cedro, cooperado desde 1965, membro do Conselho Fiscal da Cooperativa e sócio-fundador da CREDIBOM.

“De uns 20 anos para cá, tenho notado que a COOPERBOM vem perdendo o espírito cooperativista. Ela era mais próxima do cooperado. Entretanto, deposito muita fé nessa nova diretoria e creio que esses jovens diretores, cheios de energia e conhecimento, recolocarão a entidade nos trilhos do cooperativismo novamente, no significado mais amplo da palavra ‘cooperar’. Acredito muito nessa administração porque os três diretores foram eleitos pela primeira vez e não carregam consigo possíveis vícios de administrações anteriores. Acredito que vão buscar coisas novas, novos recursos e conhecimentos, sempre visando aos interesses dos cooperados. A cooperativa precisa restaurar o espirito cooperativista que a norteava. Eu tenho plena confiança de que essa administração vai alcançar esse objetivo.

GILBERTO FRANCISCO

DOS SANTOS

Cooperado desde 1965

Minha mensagem para os cooperados é para que eles nunca desanimem, cobrem e colaborem também, fazendo da cooperativa a sua casa, a casa do cooperado. À COOPERBOM, desejo que se mantenha firme nos seus princípios cooperativistas por muitos e muitos anos.”

| produtosmavero

Comecei a trabalhar na cooperativa no ano de 1976, quando o presidente era Elias Rodrigues da Costa. Passei por vários setores da COOPERBOM e, atualmente, trabalho no Departamento de Compras. De lá para cá, foi uma evolução muito grande.

Com a eleição da nova diretoria, a cooperativa deu enorme salto em termos administrativos. A diretoria tem investido muito em tecnologia, incrementando a assistência aos cooperados e o apoio aos funcionários. Houve grande aumento do movimento na cooperativa, e a prova disso é a amplificação do faturamento.

Desejo à COOPERBOM, nos seus 65 anos de fundação, mais crescimento e longevidade, sempre oportunizando horizontes mais amplos para as novas gerações.

ARNALDO ROSADO

Departamento de Compras

Quando aqui cheguei, em 2008, pela segunda vez na COOPERBOM, verificava-se um momento turbulento e preocupante. Associados estavam em desânimo por motivos tais como preço ruim do leite ruim e da carne, e as dívidas apresentavam certo descontrole. Tudo isso levava alguns a pensar que a cooperativa estava entrando numa dificuldade maior e caminhava para o fracasso.

Porém, com assunção de novas diretorias, que trabalharam com muita dedicação e austeridade, felizmente foi possível colocar a casa onde ela merece estar. Devemos reconhecer a confiança dos associados que prestigiam e valorizam sempre, numa união que chega a ser invejável. Após uma disputa eletiva, tudo se acalma, e todos continuam no mesmo rumo. Isso é muitíssimo importante! É o segredo do crescimento amplo de uma cooperativa ou de qualquer outra empresa.

Seu quadro de funcionários também faz diferença – é um grupo totalmente comprometido com os resultados. Não se acomodam, são cientes de estarem sempre buscando novos conhecimentos. Caso contrário, seríamos engolidos rapidamente. Hoje as margens são mínimas, dificultando muitas vezes os resultados esperados.

Temos que aproveitar esse nome forte e trilhar esse caminho, o caminho do novo que é por coroado de ampla experiência, comprometimento e dedicação pela admi-

IVAN JOSÉ DA COSTA

Departamento de Compras

nistração atual. Temos que correr na frente. Esse é o novo modelo.

Sinto que ainda posso contribuir com minha vasta experiência, pois essa é a minha missão, o meu caminho, é o que pede o meu coração! A cooperativa é a minha casa, e não medirei esforços para torná-la cada vez mais essencial para os produtores, auxiliando-os na solução de seus problemas e ajudando-os a seguir em frente, pois ela é fundamental na vida de nossos associados. Parabéns a todos! É o que eu tenho para dizer neste momento para a COOPERBOM e todos os funcionários e cooperados!

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Entrevista: Júlia Marcela Ferreira Silva

Ao longo desses anos pude acompanhar, através dos números, o processo de crescimento da COOPERBOM. Vi a cooperativa enfrentar desafios diários e alcançar êxito, assim como a criação de novas filiais em Araújos, Martinho Campos, Moema, Mato Seco, da Fazenda COOPERBOM, a concretização do grande projeto da fábrica de rações, além das melhorias nas lojas já existentes, que propiciaram aumento no seu faturamento e geração de novos empregos. Toda essa história de sucesso só foi possível graças à participação efetiva de seus cooperados e ao empenho e à dedicação dos funcionários que integram ou integraram essa equipe. Os resultados alcançados até aqui demonstram a importância econômica e social da COOPERBOM para o município de Bom Despacho e a região. Tenho muito orgulho de fazer parte desse time que busca uma cooperativa

ELIANE LEANDRO

DA COSTA

Graduada em Administração

cada vez mais forte com seus cooperados e comunidades mais prósperos.

Entrevista: Júlia Marcela Ferreira Silva

Repasse
 de
novilhas Fazenda
 Cooperbom

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25/05.

Eu fui contratada em 1988, na gestão do Dr. Jacques. Desde então, vejo a COOPERBOM como uma das maiores e melhores empresas de Bom Despacho. Cooperativa sólida que honra seus compromissos e sempre vence os desafios impostos no contexto político e econômico do país. No decorrer desses anos, a cooperativa se desenvolveu liderada por gestões empreendedoras que procuram acompanhar as inovações no mercado em seus processos produtivos, comerciais e administrativos sem ferir a essência do cooperativismo, conservando e dando continuidade ao que há melhor. Atualmente, mesmo diante desta pandemia que está desestabilizando o mundo todo, a COOPERBOM segue em busca de melhorias para seus cooperados, funcionários, comunidade e sociedade geral. Não posso deixar de falar o quanto a cooperativa é importante para nós, profissionais, porque ela é uma verdadeira escola! Só tenho gratidão em

MAGDA CONSUELO

GOULART

Pós-graduada em Gestão Contábil e Financeira

fazer parte dessa história! Muito obrigada! Muito obrigada, mesmo!

Entrevista: Júlia Marcela Ferreira Silva

11 | cooperbom.coop www.cooperbom.com.br 37 3521-3131 Informações: Este e outros animais estão a disposição de nossos cooperados para a aquisição com forma de pagamento facilitada. Conta também com touros da raça Guzerá e Nelore Registrado. Fazenda Cooperbom coloca animais de FIV disponíveis para o Repasse de Novilhas.

Fui contratada em 1991, quando o Dr. Jacques Gontijo Álvares era o presidente da COOPERBOM. Dr. Jacques transmitia seriedade, respeito e compromisso com associados e funcionários. Naquela época, a COOPERBOM coletava praticamente toda a produção de leite da região, e, em Bom Despacho, era a única empresa que fazia a pasteurização. Em pouco tempo, a recepção de leite, através de latões, foi desativada, e os produtores adquiriram tanques de resfriamento. Assim, o leite passou a ser coletado por caminhões-tanque. Essa mudança trouxe mais qualidade ao leite e tranquilidade para os produtores, evitando-se a perda do leite pela falta de acesso às propriedades rurais. No entanto, com o aumento da concorrência, a COOPERBOM perdeu parte importante, tanto na compra do leite do produtor quanto na venda de produtos de laticínios. Ao mesmo tempo, a COOPERBOM se expandiu e inaugurou lojas de insumos agropecuários e supermercados nas cidades de Martinho Campos, Araújos, Moema e Povoado do Mato Seco, levando a essas regiões produtos de qualidade e facilitando a vida do produtor e também da comunidade. Outro investimento importante foi a construção da fábrica de ração, com produção de alta qualidade e preços competitivos.

Recentemente, a atual diretoria, visando atender às necessidades dos produtores, contratou diversos consultores, especializados em agronomia e veterinária, para prestar

ELIANE ADÉLIA

COSTA F. GOMES

Gestora Financeira

assistência em campo. Ressalto também que a COOPERBOM tem várias modalidades de financiamento de lavouras, como CPR e BARTER, visando à viabilidade da produção de grãos.

“As sugestões, as críticas e as demandas trazidas pelos produtores resultam em mudanças que beneficiam a todos”.

Nós, funcionários, sabemos o quanto é importante a melhoria contínua, seja na prestação de serviços, seja com produtos de qualidade. Portanto, participem, ajudem a COOPERBOM a ser cada vez melhor, pois ela é de todos os associados!

Entrevista: Júlia Marcela Ferreira Silva

Ingressei na cooperativa no final de 1989. Percebi que o crescimento ao longo desses anos foi gigantesco. A cooperativa fez grandes melhorias e investimentos nas instalações existentes. Com foco na necessidade dos cooperados, ampliou em grande escala a gama de produtos, insumos e serviços ofertados. Criou filiais em pontos estratégicos em outros municípios onde ela atua, facilitando, assim, as aquisições de insumos e o relacionamento com os cooperados para melhorar o desenvolvimento das atividades. Em consequência, a cooperativa cumpre seu papel social ao gerar mais empregos e contribuir para o crescimento dos seus funcionários, garantindo o sustento de várias famílias. Em relação ao município, tem papel fundamental, expandindo sua área de atuação e aumentando a

ELIANE APARECIDA COSTA MENDONÇA

Formação em Ciências Contábeis

arrecadação.

Entrevista: Júlia Marcela Ferreira Silva

| COOPERBOM EM CAMPO | 05 12

SICOOB CREDIBOM E COOPERBOM: PARCERIA DE SUCESSO!

Ao completar 65 anos de constituição, a Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho – COOPERBOM confirma sua trajetória de sucesso e seu papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio na região de Bom Despacho.

Cooperativa exemplar, cujo modelo de gestão se sustenta nos sólidos princípios cooperativistas, que prioriza o atendimento dos interesses e dos desejos de seus cooperados e consumidores de forma mais justa e igualitária.

Nos últimos anos, apresentou evolução surpreendente, ampliando sua área de atuação, diversificando seus serviços e implementando projetos audaciosos, tendo sempre no radar o fortalecimento do produtor rural e o desenvolvimento dos municípios onde está presente.

Para o SICOOB Credibom é um orgulho imenso contar com o apoio e a parceria da COOPERBOM desde a nossa constituição, sendo ela a grande impulsionadora do cooperativismo de crédito rural na região, ao reunir e engajar um grupo de produtores rurais em torno do empreendimento cooperativo.

Hoje, essa parceria está a cada dia mais sólida, e o SICOOB Credibom continua sendo beneficiário da pujança da COOPERBOM, reconhecendo a sua agigantada importância para que se transformasse em uma cooperativa de sucesso.

A COOPERBOM é uma cooperativa que desde o início atua sob a égide de valores como transparência, confiança e ética, visando ser a melhor solução do

PEDRO ADALBERTO DA COSTA

Presidente do Conselho de Administração do SICOOB Credibom

agronegócio, contando com uma equipe determinada e profissional para cumprir seu propósito.

O SICOOB Credibom agradece a forte parceria da COOPERBOM e manifesta seu desejo de que o sucesso seja perene e a Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho prossiga sua nobre missão de fortalecer o setor agropecuário e de se constituir como uma das maiores e mais respeitadas cooperativas de Minas Gerais.

| COOPERBOM EM CAMPO | 05 14 Credibom

Foto: Divulgação

Alysson Paolinelli é candidato ao Prêmio Nobel da Paz.

Você conhece a história do homem que revolucionou a agricultura dos trópicos e a forma de produzir alimentos? Esse é o brasileiro Alysson Paolinelli, agora indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2021. O mineiro de 84 anos, engenheiro agrônomo, já foi ministro da Agricultura e é considerado o pai da modernização da agricultura brasileira. Mais que isso, é um dos principais responsáveis por fazer do nosso país o celeiro do mundo.

Ministra Teresa Cristina, do Mapa: “Dr. Alysson, quando ministro da Agricultura e Pecuária, transformou a nossa agricultura, tornando-a moderna e sustentável. Hoje o Brasil é uma grande potência agroambiental”.

Evaldo Ferreira Vilela, Presidente do CNPQ: “Ao falar sobre Dr. Alysson Paolinelli é muito importante lembrar do seu legado de ter criado a agricultura sustentável nos trópicos”.

Celso Moretti, Presidente da Embrapa: “Paolinelli foi um dos responsáveis pela criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 1973”.

Paolinelli foi líder da implantação da agricultura tropical no Cerrado, um visionário que valorizou a ciência e a sustentabilidade. “Tal transformação ocorrida nesse bioma permitiu a produção de soja, milho, algodão, carne e leite. Nos últimos 45 anos, a produção agrícola brasileira cresceu 384%,

e a produtividade, mais de 500%”, informa Celso Moretti.

Em 2006, Paolinelli recebeu o prêmio “The World Food Prize” pelas contribuições para a melhoria da oferta mundial de alimentos. “Graças ao trabalho de Paolinelli, pai da moderna agricultura brasileira, hoje o nosso país alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo todo, com comida de mais qualidade e mais barata”, reconhece o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2003-2006) Roberto Rodrigues.

Até hoje a revolução agrícola tropical de Alysson Paolinelli contribui para os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas. “Ele transforma o Brasil importador de alimentos em exportador de alimentos com base na trilogia que adota: ciência, tecnologia e desenvolvimento”, afirma.

O foco de Paolinelli, hoje, está no projeto Biomas Tropicais, que busca implantar essa solução agrícola brasileira em outros países da América e da África. Por tantas conquistas coletivas idealizadas por ele, torna-se mais que essencial o reconhecimento do seu trabalho pelo Brasil e pelo mundo.

“Paolinelli é o maior brasileiro vivo.” – Roberto Rodrigues

Adaptado do vídeo produzido por Paulo Herrmann, presidente da John Deere do Brasil

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CULTURA NA FAZENDA.

MÔNICA PINHO CERQUEIRA

Professora Titular da Escola de Veterinária da UFMG para o Sistema CCPR

Desde muitos anos, sabemos dos benefícios da realização da contagem de células somáticas e da cultura microbiológica do leite para a tomada de decisões na fazenda e controle da mastite. Em relação à cultura microbiológica, há duas práticas hoje realizadas: uma chamada de “tradicional”, geralmente feita em laboratórios, e outra denominada “cultura na fazenda”.

Há bastante tempo, a cultura na fazenda tem sido amplamente utilizada em vários países do mundo, e, no Brasil, essa prática é mais recente. Mas o que o produtor ganha com a realização da cultura na fazenda? Esta é uma pergunta interessante, e para respondê-la é importante apresentar alguns números.

Estamos falando de uma prática simples e que pode ser implantada nas fa-

zendas após treinamento e orientação técnica. Ela pode ser usada para identificar os microrganismos envolvidos na mastite clínica e também subclínica. Desta forma, ao identificarmos os microrganismos envolvidos, por exemplo, nos casos de mastite clínica, podemos tomar decisões com mais segurança sobre tratar ou não as vacas. Assim, podemos dizer que a cultura na fazenda é um forte aliado no uso racional e prudente de antibióticos e de outros antimicrobianos. A partir do resultado observado em 24 horas, pode ser que nem seja necessário usar antibiótico. Isto reduz o uso desnecessário desses medicamentos na fazenda e ainda tem um efeito importante na redução da resistência antimicrobiana pelo uso abusivo e irracional dessas substâncias.

Ao identificar, então, um caso clínico de

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O que os números têm nos mostrado.

mastite e realizar a cultura, podemos ter três resultados: negativo, positivo – ou seja, com crescimento de bactéria –ou ainda, resultado que indica contaminação da amostra, quando há três bactérias ou mais identificadas. Precisamos saber interpretar os resultados, e a figura abaixo pode nos ajudar.

No caso de resultado negativo, não será feito tratamento com antibiótico porque nenhuma bactéria cresceu na placa. Isso significa que talvez a vaca tenha tido uma infecção, mas que conseguiu combater a bactéria que estava causando a mastite. Portanto, resultado negativo significa que não se deve tratar com antibiótico. Quando há crescimento de bactérias na placa, ou seja, resultado positivo, é preciso saber qual microrganismo está causando a mastite. Para algumas bactérias, não há necessidade de tratar com antibiótico, porque há grande chance de a vaca ter cura espontânea, ou seja, de ela se curar sem precisar de antibiótico. Então, em caso de resultado negativo ou, por exemplo, positivo com um grupo específico de bactérias chamadas de Gram negativas, pode não ser necessário o tratamento com antibiótico. Para uma avaliação segura, é importante consultar um profissional para orientar corretamente.

Ainda em relação ao resultado positivo, com crescimento de um grupo de bactérias chamadas de Gram positivas e sob

orientação de um veterinário, pode ser necessário tratar com antibiótico. Assim, no caso de resultado negativo, definitivamente não se trata com antibiótico. Se der positivo e dependendo da bactéria, trata-se ou não. Para o tratamento com antibiótico, é importante avaliar o resultado da cultura, ou seja, a bactéria que cresceu e ainda consultar o veterinário para definir o melhor protocolo.

Quando há crescimento de três bactérias ou mais na placa, significa que houve contaminação, que os resultados estão prejudicados e que não é possível considerar essa amostra porque pode ter havido problema, inclusive, na coleta.

Mas o que os números da cultura na fazenda nos mostram? Em 2020, uma das maiores empresas do mercado, que disponibiliza meios para a cultura na fazenda, avaliou o impacto na redução de uso de antibióticos no tratamento de mastite clínica. Foram avaliados 77.146 casos de mastite clínica. Os resultados das fazendas que usam a cultura on farm podem ser observados na figura seguinte.

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Com o uso racional e responsável, utilizando antibiótico somente quando necessário, o produtor reduz muito o risco de ter antibiótico no seu leite. E, se o produtor tiver, por exemplo, um resultado positivo em um mês, considerando a coleta a cada 48 horas, o produtor perde o volume de dois dias de produção.

A cultura na fazenda pode ser empregada também nos casos de mastite subclínica para identificar bactérias altamente contagiosas como, por exemplo, Streptococcus agalactiae e Staphylococcus aureus. A cultura é uma ferramenta importante para a identificação e o controle destas bactérias, o que reduz a CCS do leite do tanque. Com menor CCS, o produtor reduz as perdas na produção de leite e ainda ganha bonificação no pagamento por qualidade.

É importante destacar que a cultura na fazenda é uma ferramenta para nos ajudar no diagnóstico e na tomada de decisão, mas precisamos implementar medidas corretas de manejo para reduzir as taxas de mastite. Mais uma vez, precisamos prevenir a ocorrência de mastite e, se precisar tratar as vacas, implementar o SISTEMA MRST, ou seja, Marcar, Registrar, Separar e Tratar as vacas, seguindo todas as recomendações da bula.

Portanto, a cultura microbiológica pode fazer a diferença no bolso do produtor e na qualidade do leite. Ela é fundamental para o uso responsável, e, com certeza, usando menos antibiótico, teremos menor gasto com medicamentos, menos leite descartado e menos risco de antibiótico no leite do tanque!

| COOPERBOM EM CAMPO | 05 20

TRANSIÇÃO DO PERÍODO DAS ÁGUAS PARA A SECA: FOQUE

NA EFICIÊNCIA!

E o que acontece quando as chuvas cessam? Passaram-se os tempos das águas, e daqui para a frente teremos um período marcadamente seco e com temperaturas mais baixas. Para fazendas leiteiras, alguns manejos ficam mais fáceis, pois há menos barro, vacas mais limpas e menor incidência de mastite, mas esse período é importante principalmente porque iniciamos o fornecimento de alimentos conservados, comumente a silagem de milho.

Sair do sistema de pastejo, sendo ele rotacionado ou contínuo, e migrar para o fornecimento de volumoso no cocho altera bruscamente as características nutricionais da dieta. Essa alteração dos parâmetros nutricionais pode causar queda na produção, baixo aproveitamento da dieta e, em última instância, redução da rentabilidade do negócio. Dietas de ruminantes, em geral, possuem 60% do peso equivalente de matéria seca de volumoso e 40% de concentrados, e para corrigirmos as variações bromatológicas dos volumosos precisamos alterar as características de nossos concentrados.

Aquela máxima que diz “em time que está ganhando não se mexe” não se aplica na fazenda nesse momento. Sair do pasto e ir para

TALES LELIS RESENDE

silagem de milho obrigatoriamente nos faz alterar nosso concentrado. Por isso, a COOPERBOM possui uma variedade de rações buscando atender sua propriedade em todas as épocas do ano. Pedir auxílio ao consultor de vendas é o melhor caminho para buscarmos maior rentabilidade.

Como guia rápido para direcionamento da regulação da dieta, trabalhamos inicialmente com os teores de proteínas. A regra é simples, mas carece de acompanhamento próximo de um nutricionista!

Na época das chuvas, o pasto apresenta maior teor de proteína que o observado nas silagens, portanto devemos utilizar uma ração com maior teor de proteína quando fornecemos silagem e ração com menor teor de proteína quando as vacas estão no pasto.

Proteína Silagem

| COOPERBOM EM CAMPO | 05 22
Médico Veterinário
Pasto

Teores de Proteínas ÁGUAS

No gráfico observamos os teores de proteína bruta (PB) médios dos volumosos nos períodos da seca e das águas, e os respectivos teores de PB dos concentrados. Desta forma conseguimos atingir uma concentração próxima de 15% de proteína na dieta, que atenderia os requisitos básicos de uma vaca em lactação.

Como dito anteriormente, essa é uma regra simples e básica. O ajuste nutricional deve ser realizado por um profissional buscando atingir o melhor resultado de seus animais no seu sistema produtivo.

GADO DE CORTE OU RECRIA A PASTO:

Para o gado de corte ou na recria a pasto, o raciocínio é similar. A qualidade do pasto reduz nas secas, e devemos ajustar o teor nutricional da dieta. Por isso o Cooperfós Águas, suplemento mineral utilizado nas águas, deve ser deixado de lado para iniciarmos a utilização dos suplementos proteinados.

Como consequência da redução acentuada da qualidade do pasto, a quantidade consumida pelo animal também se reduz. Para corrigir essa deficiência nutricional, o animal buscará a suplementação no cocho, apresentando elevado consumo dos proteinados. Para um animal de 300 kg de peso vivo, esperamos um consumo de 300 g a 600 g de suplemento por dia e, por isso, devemos

garantir a disponibilidade no cocho. O espaço de cocho nesse caso será muito importante para evitarmos brigas e baixo consumo dos animais menores.

Caso esteja se perguntando se realmente devemos utilizar os proteinados nas secas, tenha em mente que esse fornecimento permitirá ganhos pequenos (próximos a 100 g de peso vivo por dia) mas preparará seu animal para ganhos maiores no período das águas, evitando o efeito sanfona, em que se ganha nas águas e se perde na seca. O animal ganhará mais peso ao longo do ano e terminará mais rápido, antecipando a receita com a venda.

CONCLUSÃO:

A fazenda é dinâmica. Devemos ser ágeis na tomada de decisão, ponderando os agentes envolvidos e focando o objetivo da atividade. Para auxiliá-lo, esteja sempre próximo de consultores e técnicos experientes. Divida com eles suas dúvidas e objetivos, pois em equipe as decisões são mais acertadas. Por isso, conte com a COOPERBOM para o auxiliar na tomada de decisão. O corpo técnico da cooperativa está à disposição para o ajudar.

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Tales Lelis Resende Médico Veterinário Mestre em Produção de Ruminantes Produtor de Leite em Bom Despacho/MG
Volumoso Concentrado 20 20 12 12 8,5 8,5 24 24
SECAS
25 FERRAMENTAS PARA AGRICULTURA E HORTICULTURA Rua do Rosário, 185 - Centro Bom Despacho / Minas Gerais eloparafusos@cofermapa.com.br 37 3522-1012 | elo parafusos REPRESENTANTE OFICIAL

TRIPANOSSOMÍASE DEIXA PECUARISTAS EM ALERTA.

A tripanossomíase, doença causada pelo parasita Trypanosoma vivax, novamente ganha força na região. A doença ataca, principalmente, rebanhos leiteiros, mas pode vitimar outros animais domésticos, como bubalinos, ovinos e caprinos, sensíveis à infecção pelo parasita.

Normalmente, os animais acometidos pela doença apresentam falta de apetite, febre, emagrecimento, anemia, hemorragias generalizadas, e muitos morrem em menos de uma semana. Outros sintomas podem ser observados: aborto, repetição de cio, redução na produção de leite, opacidade de córnea, lacrimejamento e letargia.

TRANSMISSÃO:

A doença pode ser transmitida por insetos hematófagos, como moscas dos estábulos e mutucas. Porém, uma das principais formas de disseminação da

JENER PESSOA CANÇADO

Médico Veterinário

doença se dá, principalmente, pelo compartilhamento de agulha, sem a devida assepsia, com vários animais durante a ordenha. O parasita fica na corrente sanguínea do animal; a aplicação endovenosa em diversos deles, em sequência, permite que resíduos de sangue infectado fiquem retidos na agulha propaguem a contaminação.

Como a maior incidência está registrada em rebanho de leite, é importante que os produtores estejam atentos quanto aos cuidados a serem tomados para prevenir o contágio. Medidas tais como o uso de agulhas descartáveis e controle de moscas hematófagas são essenciais no combate à doença.

A restrição do movimento de animais infectados para locais livres da doença, a profilaxia, os diagnósticos periódicos e o tratamento precoce têm proporcionado ótimos resultados, diminuindo significativamente a mortalidade entre os animais.

Além dos exames parasitológicos feitos por nós, contamos com a colaboração da Ceva Saúde Animal na realização dos exames sorológicos. Ressaltamos que a COOPERBOM sempre esteve atenta à incidência da doença e apoia todas as iniciativas que visam ao incremento sanitário para o combate ao parasita. A cooperativa, por exemplo, exerceu papel fundamental para a liberação da vacina, quando do início da doença, em 2014, em nossa região.

PARABÉNS, COOPERBOM!

Símbolo do desenvolvimento econômico dos produtores rurais e do agronegócio de nossa região, a COOPERBOM é uma empresa genuinamente bom-despachense, fundada por produtores rurais empreendedores que gera, juntamente com seus cooperados, mais de 4 mil empregos diretos e indiretos e produz riqueza para o município. Sua importância social e econômica é orgulho para Bom Despacho!

Parabéns pelo 65 anos, COOPERBOM!

EMBRAPA

CRIA UNIDADE DE DEMONSTRAÇÃO (UD) DE CULTIVARES DE SOJA ADAPTADAS PARA AMBIENTES DE “STRESS” HÍDRICO COM APOIO DO SINDICATO RURAL DE BOM DESPACHO.

Devido a perdas de produtividade ocasionadas pela estiagem no período das águas (veranico) enfrentadas pelos produtores rurais da região de Bom Despacho, a pedido do Sindicato Rural de Bom Despacho, através de seu vice-presidente, Mozart Lúcio Costa, foram instaladas Unidade de Demonstração (UD), com cultivares de soja adaptadas para ambientes de “stress” hídrico, desenvolvidas pela Embrapa.

Para a instalação da UD contou-se com o apoio das unidades Embrapa Cerrados, Embrapa Milho e Sorgo, Fundação Cerrados, Sementes Faita e o produtor Domingos Sávio Couto, proprietário da fazenda Buriti da Amélia (Engenho do Ribeiro), onde foram instaladas 2 UD’s com as cultivares de soja BRS 5980IPRO e BRS 7380RR. E, como resultado, obteve-se uma produtividade no cultivo de sequeiro de 4.899,8 Kg/ha e 4.775,1 Kg/ha respectivamente.

Além da boa produtividade, as cultivares apresentaram resistência às principais doenças e boa adaptação as condições agroclimáticas. Ressalte-se que o ciclo precoce de 105 dias e 110 dias favorece o plantio da segunda safra (safrinha) na região.

Os trabalhos foram conduzidos pelo pesquisador da EMBRAPA Sete Lagoas, Sinval Resende Lopes.

Débora Taís, Isabela Gontijo, Débora Luíza, Elaine Soares, Adalgisa Cardoso, Patrick Brauner, Pedro Ivo.
INFORMAÇÕES: (37)
contato@sindicatoruralbd.com.br
3521.2622 (37) 9 8823.7961 (WhatsApp)
Arte: David Fragoso Domingos Sávio Couto BRS 5980IPRO Sinval Resende Lopes BRS 7380RR

ARMAZENAGEM CORRETA GARANTE QUALIDADE DA RAÇÃO.

Como já se sabe, para que a produtividade gere resultados satisfatórios, é fundamental que a nutrição do gado seja, também, de qualidade elevada. Os custos de produção mais onerosos são com a alimentação. A estratégia mais certeira é justamente investir em um alimento de qualidade.

É importante lembrar que a forma de armazenamento do alimento pode influenciar diretamente a qualidade e o custo. Ao adquirir as rações da COOPERBOM, que vão garantir uma dieta de qualidade, o produtor rural tem a opção de escolher entre sacarias ou a granel.

A ração a granel vem se destacando cada vez mais no mercado e se tornando uma excelente opção para o produtor rural. Além da economia em relação à ração ensacada, há agilidade do processo de entrega e segurança no armazenamento na fazenda.

Ao contrário da ração ensacada, que depende de fatores como o peso do caminhão para fechar a carga, aumentando a possibilidade de

NOVOS ASSOCIADOS:

• Agostinho Alves Gontijo

• Brunno Otelip Ferreira

• Ednício Vieira Mendes

• Fazenda do Lago Agropecuária Ltda.

• Jadilson Martins Leão

• Leles Soares

• Marcelo de Morais Lopes

• Múcio Henrique Silva Mesquita

• Nelson de Paulo Gontijo

• Paulo de Castro Alves

• Paulo Nogueira Torres

• Roberto Duarte Silva

• Vander Ribeiro da Silva

RICARDO FERNANDES Consultor

atraso na entrega da ração no momento em que o produtor precisa, a montagem de carga a granel é muito mais simples e rápida, já que não depende de mão de obra na carga e na descarga.

A qualidade é preservada, já que o produto ficará sempre fresquinho, uma vez que a ração a granel é feita sempre na véspera da entrega. Além disso, o produto não fica comprometido, pois não acontece rompimento da embalagem nem exposição de produto. O armazenamento a granel, em silos metálicos instalados diretamente nas fazendas, evita a ação de roedores e fungos, dentre outras pragas, e proporciona praticidade na utilização e no manejo.

Na COOPERBOM, o produtor rural encontra silos de armazenamento a granel de ótima qualidade e excelentes condições de pagamento.

Procure o consultor Ricardo Fernandes, por meio do número (37) 99915-2663, para adquirir seu silo.

Ricardo Fernandes: Graduação em Processos Gerenciais e Gestão de Logística.

LEITE ENTREGUE NA COOPERBOM:

PERÍODO:

Março/2020

Abril/2020

Maio/2020

Junho/2020

Julho/2020

Agosto/2020

Setembro/2020

Outubro/2020

Novembro/2020

Dezembro/2020

Janeiro/2021

Fevereiro/2021

Março/2021

*Leite recebido em Bom Despacho e Estrela do Indaiá.

| COOPERBOM EM CAMPO | 05 28
VOLUME (em litros): 4.191.142 4.035.567 4.312.780 4.444.589 4.819.127 4.762.793 4.654.668 4.875.018 4.647.797 4.580.128 4.461.329 3.934.291 4.243.104
(37) 9 9942-9870 Fale com o Sicoob Credibom: Tel.: (37) 3521-9800 | E-mail: sicoobcredibom@sicoobcredibom.com.br | Site: www.sicoobcredibom.com.br sicoobcredibom

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