INFORMATIVO MENSAL EDIÇÃO 21 | AGOSTO 2022
LIDERANÇA!
Humanidade enfrenta insegurança alimentar.
50aEXPOBOM: presençado governador equebrade recorde.
Mastite clínica:oque considerarpara tratarounãoa vaca.
Reflexõessobre oleite:Estados Unidos.
Foto:CCPR/Divulgação
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE BOM DESPACHO
Av. das Palmeiras, nº 180
Fone: (37) 3521-3131
Contato: secretaria@cooperbom.com.br
DIRETORIA EXECUTIVA:
(Mandato 2020 até A.G.O. 2024)
Presidente - Fúlvio de Queiroz Cardoso
Neto
Diretor Administrativo - Carlos Humberto de Araújo
Diretor Comercial - Enes Custódio Fialho
CONSELHEIROS ADMINISTRATIVOS:
EFETIVOS: Elda Maria da Silva Alves Santos, Everaldo Eustáquio Oliveira Melo, Itamar Silva, Marco Aurélio Rodrigues
Costa, Terezinha Aparecida Rangel Silva, Wilian Diniz da Silva Rezende.
SUPLENTES: Amintas Pinto da Silva, José Mauro da Silva, Maurício da Costa Cardoso.
CONSELHEIROS FISCAIS 2022/2023:
EFETIVOS: Geraldo Elias de Oliveira, Joaquim Geraldo Campos, Ricardo Luís
Campos
SUPLENTES: Custódio de Oliveira Neto, Édson Longuinho, Haroldo de Oliveira Costa.
CONSELHO EDITORIAL:
Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto
Carlos Humberto de Araújo
Enes Custódio Fialho
Elda Maria da Silva Alves Santos
Renato Fragoso
PALAVRADOSDIRETORES.
Cooperadas e cooperados, A COOPERBOM, fiel ao compromisso com a comunidade, uma vez que cooperativa e coletividade local vinculam-se magneticamente, exercendo atração recíproca, foi a maior patrocinadora da 50ª EXPOBOM – Feira Agropecuária e Industrial de Bom Despacho, realizada em parceria com o Sindicato Rural. O evento foi um sucesso e marcou história, não só pela presença de autoridades, como o Governador do Estado, Romeu Zema, mas, principalmente pela participação do produtor rural e o volume de negócios realizados. Só a COOPERBOM realizou negócios da ordem 3 milhões de reais em seu estande durante a Feira.
PRODUÇÃO:
Publicação: Cidade’s.com Editora de Jornais e Revistas
CNPJ - 16.634.399/0001-00
Editor: Renato Fragoso - 17.434/MG
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Projeto Gráfico: Central de Ideias - CCPR
Diretor de Arte: David Fragoso
Revisão: Thalita Martins
TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES
Impressão: RONA EDITORA
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista e são de inteira responsabilidade de seus autores.
Na edição de agosto da Revista COOPERBOM em campo, trazemos uma matéria com o presidente da CCPR, Marcelo Candiotto, importante liderança do cooperativismo. Candiotto nos fala sobre o mercado do leitenoatualcontextomundial.Ojornalistaeconsultor emconhecimentotransversal,JoséLuizAlmeidaCosta, nosfalasobreaimportânciadoagronegóciobrasileiro em relação à insegurança alimentar da humanidade. AprofessoradeVeterináriadaUFMG,MônicaCerqueira escreve sobre a mastite clínica. Tale Lelis faz reflexões sobreoleite:EstadosUnidos,apósviagemàquelepaís. Tales alerta sobre a produtividade e o aumento do volume de leite por vaca que são necessários para o produtor se manter vivo na atividade, buscando escalaeeficiência.Azootecnistaepós-graduadaemnutrição animal, Fernanda Cândido Ferreira escreve sobre estratégias para nutrição de vacas na estação seca. Charles Vinícius Ferreira nos conta como melhorar o pico da produção de leite. Guilherme Barbosa aborda oCooperativismoesuaimportânciaparaoagronegócio. Na seção “Dois Dedos de Prosa”, o Gerente Comercial da COOPERBOM, Ivan Costa, prata da casa, faz sua estreia com o causo “O Garoto Esperto”.
Boa leitura!
MARCELOCANDIOTTO, PRESIDENTEDACCPR.
A 50ª EXPOBOM (Feira Agropecuária e Industrial de Bom Despacho), realizada no período de 6 a 9 de julho, foi prestigiada por lideranças do agronegócio e políticos e contou com a importante presença do governador Romeu Zema. Outra presença marcante foi a do presidente da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR),
Marcelo Candiotto. MarceloCandiotto,uma das grandes lideranças do cooperativismo, falou à Revista COOPERBOM em campo
Mineiro de Belo Horizonte-MG, produtor rural desde 1980 e cooperativista, Candiotto é membro do conselho diretor do Sistema Ocemg, do conselho estratégico do Sistema FIEMG, membro do Conseleite-MG e mentor-inspirador do programa Somos Líderes, do Sistema OCB. Também representa a Ocemg no Grupo de Trabalho da Reforma Sindical no âmbito do Sistema OCB e a Confederação Brasileira das Cooperativas de
Foto:DavidFragoso
NidelsonFalcão(FECOAGRO),FúlvioCardoso (COOPERBOM),MarceloCandiotto(CCPR), EnesFialho(COOPERBOM).
Foto:DavidFragoso
Laticínios (CBCL) na Câmara Setorial do Leite do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Candiotto falou da participação da CCPR na 50ª EXPOBOM: “É sempre importante participar da feira. A cada ano, ela consegue se superar, melhorando cada vez mais. Tivemos a interrupção da EXPOBOM causada pela pandemia da Covid-19, mas a EXPOBOM retornou ainda mais forte, haja vista o grande de número de empresas participantes”.
Sobre a situação do mercado do leite, explicou: “Passamos por momentos difíceis durante o período crucial da pandemia da Covid-19, mas, graças aos esforços cooperativos exitosos, estamos vencendo a crise, e o mercado do leite está respondendo positivamente. Atualmente, vivemos um bom momento na área do leite com preços mais altos, com os produtores sendo mais bem remunerados, o que lhes possibilita manter a produção.Issonosdámuitasatisfação.O municípiodeBomDespachoéumabacia leiteira tradicional, são produtores muito fidelizados ao sistema CCPR, capitaneados pela ótima gestão da COOPERBOM, exercida por Fúlvio Cardoso, Enes Fialho e Carlos Humberto de Araújo, que mantêm ótima parceria com a Cooperativa Central. Portanto, é com muita satisfação
que participamos da 50ª EXPOBOM”, salientou.
De acordo com Candiotto, o produtor ainda não está sendo remunerado na forma como ele precisa ser e merece, porque os insumos continuam com preços muito altos. Estamos trabalhando para melhorar essa situação. “Foi realizado nos dias 12 e 13 de julho de 2022, no auditório do Sebrae, em Brasília (DF), o 1º FÓRUM NACIONAL DO LEITE, promovido pela Abraleite (Associação dos Produtores de Leite). A CCPR, junto com o Sebrae, participou desse evento nacional em defesa do produtor rural”, observou.
Apesar da conturbada situação econômica mundial, em consequência da guerra entre Rússia e Ucrânia, Marcelo disse que está otimista com o mercado do leite. “Estamos muito otimistas. Percebemos que o leite no mundo está racionado. Existe pouco leite na União Europeia, na Nova Zelândia. A produção do Uruguai está totalmente comprometida com a exportação para a China, e sobrapoucoleiteparaserexportadopela Argentina. Diante da situação do leite no mercado, o Brasil com suas condições climáticas favoráveis e o leite com uma remuneração adequada, com certeza teremos um aumento de produção”, assegurou.
CarlosHumberto(COOPERBOM),RomeuZema(Governador),Marcelo Candiotto(CCPR),FúlvioCardoso(COOPERBOM)eEnesFialho (COOPERBOM).Foto:GilsondeSouzaCONSEQUÊNCIASDAGUERRAENTRERÚSSIAEUCRÂNIA:
A guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe graves consequência para a economia mundial. O encarecimento do preço dos alimentos e do petróleo. Uma das mais sentidas, após o início da guerra, foi o aumento da inflação no mundo todo. Os dois países beligerantes têm atuação relevante em dois mercados fundamentais para muitas atividades econômicas: o de alimentos e o de energia.
A Rússia é a principal responsável pela exportação e segundo maior produtor de gás natural no mundo. O país também tem forte relevância na produção e na exportação de petróleo. A Ucrânia, por sua vez,éresponsávelpor12%dasexportações
Diante do cenário descrito sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, qual a sua visão das consequências do conflito paraomercadodoleite?
“A invasão russa na Ucrânia impactou o mercado do leite. Foi um dos principais entraves para produção de leite. A alta dos fertilizantes e o aumento do preço do milho trouxeram limitações, principalmente em termos de custos, onerando muitooprodutor.Temoshojeummercado com preço de milho alto, o de soja muito alto, e fertilizantes e sementes, todos insumos necessários à produção, com preços nunca vistos. O preço do leite não poderia ficar estagnado diante da turbulência econômica mundial provocada pela guerra”, analisou.
Para finalizar, Candiotto falou da importância da EXPOBOM no agronegócio mineiro com a presença de grandes lide-
mundiais de trigo e 15% das exportações de milho. Junto com a Rússia, o país invadido detém uma fatia bastante significativa do comércio mundial de trigo (30%), milho (17%), cevada (32%) e óleo, sementes e farelo de girassol (50%).
Osimpactosnoagrobrasileirotambém são relevantes. Das mais de 40 milhões de toneladas de fertilizantes consumidos atualmentepelaagriculturanopaísatualmente,cercade80%éfrutodeimportação – e a estimativa é que a Rússia responda por pelo menos um quarto desse total. A dependência do agronegócio de fertilizantes gera graves consequências nas cadeias de produção de grãos.
ranças e prestigiada pelo governador do Estado, Romeu Zema. “Nossa participação na 50ª Feira Agropecuária e Industrial de Bom Despacho faz parte das ações da CCPR de estreitar cada vez mais os laços cooperativos e consolidar a parceria com cooperativas associadas. Nosso compromisso é estarmos sempre ao lado das cooperativas e dos produtores de leite. A COOPERBOM, através dos diretores, Fúlvio, Carlos e Enes, faz uma administração muito produtiva, voltada para o cooperado. Essa gestão está resgatando a proximidade com o produtor, o que é muito importante. A CCPR participa ativamente desse processo junto com a diretoria da COOPERBOM. A CCPR sempre vai apoiar o produtor, apoiar a cooperativa com foco de crescimento do produtor rural, porque Bom Despacho e região formam uma importante bacia leiteira”, concluiu.
Foto:DavidFragoso
HUMANIDADE ENFRENTA INSEGURANÇA ALIMENTAR!
Regras
Produtores rurais da Holanda estão promovendo grandes manifestações contrárias à legislação ambiental para a redução de fertilizantes nitrogenados, o que acendeu um rastilho de pólvora junto a demais agropecuaristas da Europa. Com a restrição ambiental, a perda da produção pecuária holandesa será de 30%. Como consequência, os alimentos in natura sumiram das prateleiras dos supermercados holandeses. Por outro lado, grandes incêndiosempaíseseuropeuscomprometem a safra de verão.
A Ucrânia, que é grande exportadoradegrãosparapaíseseuropeus, enfrenta problemas logísticos de
distribuição da produção devido à invasão da Rússia. Com a guerra, a próxima safra ucraniana é incerta e agrava a insegurança alimentar nos países do Hemisfério Norte do planeta.
A equação entre as restrições ambientais na produção agropecuária e a necessidade de alimentação humana é uma conta que não fecha. O Sri Lanka apostou todas as fichas na agricultura orgânica, mas não conseguiu sequer alimentar o seu povo.
Em 15 de novembro de 2022, a ONU estima que a população mundial ultrapassará 8 bilhões de habitantes com grandes desequilíbrios
ambientaismaisrígidas,Guerra daUcrâniaegrandesincêndiosreduzema produçãodealimentosecolocamaEuropanas mesmascondiçãodeinsegurançaalimentar queoterceiromundo.
Omapadasexportaçõesbrasileirastraz muitassurpresas.
Énecessáriocontarcomtodososesforçospara superarainsegurançaalimentardospovos.
demográficos em relação à segurança alimentar. Segundo a ONU, a Ásia é o continente mais populoso e será superado pela África Subsaariana.
O Brasil tem dado prioridade a esses mercados, o que gera algumas surpresas.
SegundooMinistériodaEconomia, no primeiro semestre de 2022, o Brasil exportou para Bangladesh o total de US$ 1,8 bilhão, valor maior que as exportaçõesparaDinamarca,Finlândia, Áustria, Irlanda, Hungria, República Tcheca e Eslováquia, que juntas importaramUS$1bilhão.
A Malásia comprou do Brasil quase US$ 5 bilhões, sendo o valor maior do que exportamos para Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales juntos (cerca de US$ 3 bilhões).
O Brasil exportou mais para a
Ásia, mesmo excluindo China e Japão, do que para os EUA. Foram aproximadamente US$ 49 bilhões contra US$ 21 bilhões para os norte-americanos.
Na prática, as exportações brasileiras de gêneros alimentícios e de minerais estão cada vez mais voltadas a mercados com maior insegurançaalimentaredependentes de suprimento de matérias-primas básicas.
Porém, o que dizer da insegurança alimentar no Brasil? Alguns estudos de ONGs projetam que existem mais de 60 milhões de brasileiros que enfrentam problemas na alimentação. É um dado contraditório com o volume de alimentos que os agropecuaristas brasileiros produzem. Somos um dos poucos países com produção agropecuária capaz de alimentar a população local e
ainda exportar para alimentar mais de 1 bilhão de pessoas no mundo.
Uma das práticas não escritas do jornalismo é que notícias boas não vendem e que as negativas chamam mais a atenção. Mas é importante ressaltar que as políticas públicas de segurança alimentar no Brasil funcionam quando acionadas pelas pessoas carentes. Lembrando que cabe ao cidadão necessitado procurar os órgãos públicos para receber alimentos.
O Brasil possui uma rede assistencial no combate à fome que atende todos os municípios. Na cabeça dessa rede está a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que abasteceaRedeBrasileiradeBancos de Alimentos (RBBA). Por sua vez, os municípios dispõem do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, que conta com o apoio de Centro de Referência da Assistência Social (Cras) para garantir a distribuição de alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade so-
cioeconômica.
Outra notícia boa é que alguns grupos indígenas se tornaram grandesprodutoresagrícolas.Segundoo IBGE, 12% do território nacional pertence a povos originários. Algumas tribos estão localizadas em terras de alto valor agronômico, como é o caso da etnia Parecis, localizada em uma das regiões rurais mais produtivas do Estado do Mato Grosso, que planta milho, feijão e soja. Os Parecis fundaram quatro cooperativas integradas que atendem também outras reservas indígenas mato-grossenses.
É necessário contar com todo esforço para produzir alimentos nestes tempos em que a humanidade enfrenta grande crise de insegurança alimentar.
Pandemiada COVID-19,Guerra entreRússiae Ucrânia,regras ambientais rígidasprovocam insegurança alimentarem váriospaísesdo mundo.
SICOOB CREDIBOM MARCA PRESENÇA NA EXPOBOM COM EXCELENTES NEGÓCIOS
Com um time de especialistas para atender os visitantes e fazer negócios em um estande estrategicamente instalado no Parque de Exposições de Bom Despacho, o Sicoob Credibom marcou presença na feira entre os dias 6 a 9 de julho, quando recebeu centenas de cooperados e não cooperados interessados nas excelentes condiçõesemlinhasdefinanciamentoparatodasasetapasdoagronegócio.
Com juros praticados abaixo do mercado, o resultado não poderia ser outro. Foram realizados ou iniciados centenas de negócios voltados ao crédito rural, como também ao geral, como crédito pessoal, financiamento de veículos, usinas de energia fotovoltaicaeaberturadenovascontas.
O Sicoob Credibom reconhece a importância da Expobom para o impulsionamento dos negócios e faz a sua parte, oferecendo durante o período, ainda mais benefícios para seus cooperados, além de contribuir para o desenvolvimento e geração de empregoerendaparaaregião.
O Sicoob Credibom parabeniza o Sindicato Rural de Bom Despacho pela realização e demais parceiros, expositores e produtores rurais pela participação na Expobom, ensejando que esta união de esforços em prol do desenvolvimento e prosperidade sejasempreocaminho.
A EXPOBOM 2022 – Feira Agropecuária e Industrial de Bom Despacho, edição de 50 anos neste ano, contou com ampla programação: palestras, oficinas, copa de marcha do manga-larga marchador, julgamento do girolando e do gir leiteiro, exposição de produtos, rodadas de negócios e variada programação cultural. O presidente do Sindicato Rural de Bom Despacho, Patrick Brauner, falou sobre a realização da 50ª EXPOBOM e, segundo ele, “a Feira superou todas as expectativas, principalmente pelo número de empresas participantes”. “Modificamos a planta do evento três vezes para aumentar o número de empresas. O número final ultrapassou 50 estandes. Batemos o recorde de público, com a frequência de mais de 22 mil pessoas durante os quatro dias de evento. Realizamos o julgamento ranqueado da raça girolando, com quase cem animais em pista; e da raça gir leiteiro, com quase 50 animais em pista”, relatou.
“A feira também foi local de grande movimentação política. Pela primeira vez em 50 anos, um governador do Estado de Minas Gerais esteve presente. A presença do governador Romeu Zema demonstrou a importância do evento. O governador tem apoiado o produtor rural e o agronegócio”, constatou o presidente do sindicato.
EstiverampresentestambémMarceloCandiotto(CCPR), três deputados federais, três deputados estaduais, vários prefeitosevereadoresdaregiãoequase30presidentesde sindicatos rurais, além da diretoria da Federação da AgriculturaePecuáriadoEstadodeMinasGeraisedosecretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de MinasGerais,ThalesAlmeidaPereiraFernandes(autoridadesfotoabaixo).
Patrick Brauner reconheceu: “Tão importante quanto o comparecimento do governador Romeu Zema foi a presença do produtor e o envolvimento com as oportunidades de negócios oferecidas exclusivamente na feira, o principal legado da EXPOBOM 2022”.
Foto:Divulgação
FúlvioCardoso(COOPERBOM),RomeuZema (Governador),PatrickBrauner(SRBD)eMarcelo Candiotto(CCPR).Foto:Divulgação
Foto:Divulgação
“A EXPOBOM 2022 foi ambiente propício para o produtor rural realizar negócios para incrementar sua atividade em condições especiais e exclusivas. Empresas expositoras – a COOPERBOM é exemplo disso – ofereceram oportunidades facilitadas de negócios para as transações comerciais durante o evento, tornando a feira um ambiente atrativo para o produtor.Anossaviradadechave,apartirdesse evento, é manter o ambiente favorável à realização de negócios com o produtor, é beneficiá-lo com condições e preços especiais e exclusivos e, dessa forma, fidelizá-lo”, ressaltou Patrick.
Produtoreshomenageados. Foto:Divulgação
Foto:Divulgação
Foto:GilsondeSouza
“A EXPOBOM, de agora em diante, em conjunto com empresas parceiras, vai incentivar e incrementar práticas para beneficiar o produtor, com preços e condições especiais para eles realizarem negócios. Este é um caminho sem volta,” enfatizou Patrick.
A EXPOBOM 2022 bateu todos os recordes. Além da grande e importante participação do produtor, marcando presença e fazendo negócios, o volume de transações realizadasultrapassouaexpectativainicialdeR$30milhões.
Foto:GilsondeSouza
Foto:DavidFragoso
MASTITECLÍNICA:
A mastite é uma das principais causas de perdas econômicas em fazendas leiteiras. Ela pode ser subclínica (inaparente e sem sintomas) ou clínica, caracterizada pela presença de grumos ou flóculos no leite, além de inchaço da glândula, dor, calor e vermelhidão em graus variáveis (leve, moderada ou grave).
Neste sentido e sobre a mastite clínica, vários aspectos são importantes e precisam ser considerados na tomada de decisão de tratar ou não a vaca. Assim, algumas perguntas precisam ser respondidasquandodetectamosumavacacom mastite. Entre elas, destacamos: preciso tratar todas as vacas com antibiótico? Como posso saber se é necessário tratar? Se for preciso tratar, o que tenho que fazer para prevenir resíduos no leite?
Em primeiro lugar, é importante entender que nem toda vaca com mastite clínicanalactaçãodevesertratadacom antibiótico.Parasaberseéounãonecessário usar o antibiótico, precisamos coletar amostra de leite do quarto mamário logo após a detecção de grumo no teste da caneca e fazer cultura microbiológica para tomada de decisão. Quando realizamos a cultura na fazenda, temos os resultados em 24 horas que vão nos indicarseénecessárioounãousaroantibiótico. A interpretação geral dos resulta-
dos pode ser vista na Figura 1 e é sempre importante consultar um técnico para a tomada de uma decisão mais assertiva nafazenda.
Oqueconsiderarparatratarounãoavaca.
Avaliar se há ou não presença de bactérias na amostra de leite do quarto mamáriocommastiteclínica é o primeiro passo importante. A etapa seguinte é identificar qual bactéria está presente porque dependendo da situação, não é necessário usar antibiótico. Com isto, podemos reduzir a necessidade de uso do antibiótico em 50 a 60% dos casos de mastite clínica e garantir sua utilização de forma racional.
Para resultados seguros, precisamos realizar a coleta da amostra de forma mais asséptica possível e realizar a análise de forma correta. Por isto, é necessário treinar a equipe que irá coletar a amostra e realizar a análise corretamente. A orientação técnica na interpretação dos resultados é fundamental para a tomada de decisão correta na fazenda. Por isto, é muito importante também consultar o fabricante das placas quando houver alguma dúvida na leitura e interpretação dos resultados.
Os passos importantes para decidir se trata ou não os casos de mastite dependem da realização correta das etapas descritas na Figura 2.
minação do leite do tanque com resíduos de antibióticos. Aqui estamos falando de tratamento racional e responsável da mastite clínica, mas as medidas preventivas se aplicam a todos os tratamentos realizados nos animais. Precisamos seguir o protocolo MRST (Figura 3).
É importante lembrar que ao tratar a vaca com mastite clínica ou com alguma outra doença na lactação, é necessário adotar medidas para prevenir a conta-
Fique atento produtor! O uso responsável e racional evita gastos com medicamentos, perdas por descarte de leite e previne riscos de resíduos no leite do tanque!
REFLEXÕESSOBRE OLEITE:ESTADOS UNIDOS.
TALESLELIS RESENDE
Nos últimos meses, tive a oportunidade de visitar algumas propriedades leiteiras pela continente americano, divididas entre Estados Unidos, Peru e, claro, no Brasil. Viajar a turismo é bom, mas, para quem gosta de vaca, poder viajar a trabalho é uma experiencia única.
Sendo formado em veterinária com especialização em nutrição de vacas leiteiras, meu maior foco sempre repousava em aspectos produtivos e no manejo alimentar das propriedades. Contudo, por também ser produtor rural, o mercado de leite em geral, bem como as percepções dos produtores sobre a atividade, sempre era tópico das conversas.
Gostaria de compartilhar com você, amigo cooperado, algumas das reflexões que tive durante minhas viagens e espero que elas possam agregar um pouco ao seu negócio.
Primeiramente falemos dos Estados Unidos da América. Principal potencial econômica global, não se faz necessário discorrer muito sobre o país, pois estamos constantemente recebendo notícias de suas políticas e ações globais. Porém, quando falamos de mercado leiteiro, talvez ignoremos o fato de serem o maior produtor mundial de leite, com um rebanho aproximado de 9 milhões de vacas com altíssima produtividade. A vaca norte-americana média produz próximo de 11 millitrosdeleiteporlactação,oqueresulta em uma média diária de 37 litros. Para termos uma base de comparação, o re-
banho brasileiro de leite é estimado em 16 milhões de vacas em lactação, com uma produtividade média próximo à 3.000 L de leite por lactação.
A menor fazenda que visitei durante a viagem aos Estados Unidos possuía mil vacas em lactação, e, ao questionar o proprietário como ele classificava sua propriedade – se seria um rebanho grande, médio ou pequeno – quando comparado às demais fazendas leiteiras, fui surpreendido com a resposta de se considerar pequeno. Uma fazenda com mil vacas é considerada pequena? Em qual patamar eu me enquadraria com minhas 20 singelas vacas?
Nesse momento surgiu uma das primeiras reflexões. Qual o futuro de nossas propriedades? O Brasil já performa no terceiro lugar global em produção de leite, contudo com um rebanho gigante e de produtividades baixíssimas. Será que rumaremos para a concentração observada nos EUA?
Se tomarmos por base os dados do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa, esse movimento já foi iniciado. No gráfico 1, observamos quão drástica foi a queda no número de vacas ordenhadas nos últimos anos, enquanto paralelamente observamos um incremento na produtividade (veja no gráfico 2). Se avaliarmos os dados produtivos de Minas Gerais, observamos que o aumento na produtividade média foi vertiginoso, sendo mais intenso que nas demais regiões do país.
Mas por que o número de vacas diminui e aumentamos a produtividade? Por um simples fato que talvez seja óbvio demais: quanto mais leite uma vaca produz, mais dinheiro ela deixa na fazenda. Nos últimos tempos, vimos muitas vacas sendo descartadas de nossos rebanhos e destinadas ao corte, aproveitando o aumento do preço da carne. Produtores de todas as partes enviaram para o abate as “vacas-problema, ou seja, aquelas que não emprenhavam, tinham algum problema sanitário como mastite ou casco e também todas as vacas de baixa produção. Com essa seleção forçada,restaramnasfazendasasboasvacas, que produzem mais e são mais sadias.
Não sei em qual velocidade estamos rumo a uma produção de leite similar à dos EUA, nem tampouco sei se chegaremos lá. Contudo, aumento de produtividade das vacas e crescimento do número de vacas ordenhadas com certeza são movimentos irreversíveis.
Com a adoção de tecnologias nas propriedades, como ordenha mecanizada, tratores,vagõesmisturadores,conseguimos ter maior número de animais com menor necessidade de mão de obra. Associado às melhorias nas práticas agronômicas para produçãodealimentos,hojepodemoscolocar mais vacas por área utilizada de fazenda (cabeças/hectares).
Em um pequeno resumo sobre essa viagem aos EUA, deixaria a mensagem de que produtividade por vaca e aumento de volume de leite são necessários para nos mantermos vivos na atividade. As nossas margens (RS/litro de leite) serão cada vez menores, por isso devemos buscar escala e eficiência!
Deixemosasreflexõessobreorestanteda viagem para uma próxima oportunidade! Obrigado e até a próxima.
ESTRATÉGIAS PARANUTRIÇÃO DASVACASNA ESTAÇÃOSECA.
O período da seca é um dos mais críticos para a engorda, a manutenção de peso e a produção de leite no rebanho, seja de corte ou de leite. Para ter sucesso e evitar prejuízos, é fundamental ter um planejamento sobre o que será oferecido ao rebanho nesta estação.
FERNANDA CÂNDIDOFERREIRA
No período da seca, as pastagens perdem água naturalmente, o que muda seuvalornutricional.Nestaépocadoano, é importante entender o que acontece com esses nutrientes para saber como corrigir essa deficiência e evitar prejuízos ao rebanho.
Neste período, ocorre uma queda na qualidade e na quantidade de pastagem, o que afeta diretamente o manejo nutricional dos animais nesse sistema.
Durante essa época, o principal nutrienteafetadoéaproteína,eparagarantir os resultados desejados é importante um regime de suplementação para que osteoresdenitrogênionaalimentaçãodo rebanho sejam adequados. Assim é possível garantir a melhoria da digestão, taxa de passagem e consumo de forragem.
A importância do planejamento da alimentação de bovinos na estação seca, bem como ter o pastejo muito bem planejado, facilita manter o gado alimentado com forrageiras, além de garantir sempre o estoque de sal abastecido.
Quando as pastagens começam a perder qualidade, é comum se verificar uma drástica redução na produtividade do rebanho, seja de corte ou de leite. Os animais tendem a perder peso porque a quantidade de nutrientes da pastagem, principalmente os compostos nitrogenados, está abaixo da exigência de mantença dos micro-organismos ruminais,
Zootecnista, Pós-graduada em Nutrição Animal
que são a principal fonte de proteína dos ruminantes.
Como o desempenho animal nessas pastagensnãoésatisfatório,faz-senecessário o fornecimento de suplementos concentradosproteicos,considerandosempre opontodevistatécnico-econômico.
A suplementação proteica é muito importante durante esse período. Essa prática pode ser feita de diferentes maneiras, com fontes de proteína diferentes e de acordo com o objetivo do animal.
Dessa forma é possível oferecer proteína de origem vegetal – farelos – ou substrato para os micro-organismos do rúmen.Nosegundocaso,sãoestesmicro-organismos que produzirão o suplemento proteico, usando como base nitrogênio e energia. Assim, é preciso considerar que, para esse tipo de suplementação, é preciso oferecer também boas fontes de energia ao rebanho. A energia pode vir da fermentação das fibras de pastagens secas, e o nitrogênio vem dos farelos.
Ao realizar a suplementação do rebanho durante o período de seca e para ter uma suplementação eficiente, é importante considerar a qualidade e a quantidade de forragem disponível ao rebanho. Isso porque, como destacamos, é necessário que a suplementação esteja alinhada com os nutrientes em deficiência na alimentação do rebanho.
Além disso, é preciso que a suplementação esteja alinhada com o objetivo de produção, como reprodução, crescimento ou engorda, por exemplo. Assim, quando falamos que o ganho de peso do rebanho está diretamente ligado à produção de leite, é preciso realizar uma suplementação principalmente à base de aminoácidos e de substratos energéticos para tecidos.
Suplementos concentrados proteicos buscam otimizar o consumo de pasto no período do ano em que sua qualidade cai drasticamente, enquanto os proteico-energéticos, além desse objetivo, visam aumentar a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) no rúmen.
Os AGVs são a principal fonte de energia dos bovinos, um fator essencial ao desempenho e também ao acabamento de carcaça a pasto. Sem o acúmulo mí-
nimo de gordura subcutânea, os animais podem ser penalizados no frigorífico. Com ajuda dos produtos proteico-energéticos, o pecuarista eleva a produtividade do rebanho, o que aumenta o lucro da propriedade mesmo investindo na suplementação do gado.
CONSIDERAÇÕESFINAIS:
A viabilidade da pecuária de corte e de leite depende diretamente da economia em escala, pois opera com margens de lucro mais reduzidas, sempre em busca dareduçãodoscustosdeprodução.Enão podemos deixar de ressaltar que o pasto deve ser tratado em todas as épocas do ano e fases de crescimento. O produtor deve estar atento, pois esta prática é responsável pelo aumento significativo dos lucros das fazendas, já que possibilita aos animais acesso a pastagens de melhor qualidade, o que resulta maior ganho de peso de rebanhos em menor tempo.
Assim, a utilização de estratégias de suplementação do tipo autocontrole de consumo ou infrequente pode ser uma alternativademanejodesuplementosem sistemas de suplementação de bovinos a pasto e possibilitar ao produtor redução de gastos com mão de obra e equipamentos para suplementação.
OQUEÉ COOPERATIVISMOE QUALÉAIMPORTÂNCIA DELEPARAO AGRONEGÓCIO?
O cooperativismo se destaca pela sua participação no setor agropecuário. De acordo com a “Forbes”, entre as 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro, 15sãocooperativas.Saibaoqueéecomo funciona esse modelo de negócio que elimina intermediários para garantir uma maiorremuneraçãoaosprodutoresrurais.
OQUEÉCOOPERATIVISMO?
O cooperativismo é um modelo de organização em que as pessoas com interesses em comum se reúnem para obter vantagens naquilo que não conseguiriam sozinhas. O conceito visa garantir o desenvolvimento socioeconômico, proporcionando melhores oportunidades para seus associados. Dessa maneira, os trabalhadores também são donos do próprio negócio.
GUILHERME BARBOSA
Engenheiro Agrônomo e Pósgraduado em Gestão de Pessoas
Nas cooperativas, os associados se apoiam para alcançar os objetivos propostos. O modelo de negócio busca promover a igualdade entre os associados, e, dessa forma, seus membros têm direitos e deveres comuns, como a participação nas atividades desenvolvidas e a possibilidade de ser eleito para o conselho de administração.
COMOFUNCIONAUMACOOPERATIVA RURAL?
A cooperativa rural é criada a partir da união de vários produtores agropecuários de atividades similares e/ou complementares para ampliar a sua produção, dividir o trabalho, as funções e o excedente financeiro resultante das operações. Não existe um chefe na cooperativa, e o negócio é administrado de forma conjunta e democrática.
A organização como a de uma central onde ocorre o armazenamento, o beneficiamento e a distribuição de produtos aos seus associados. Essa concentração provoca um ganho de escala, ao reduzir os custos de produção com a compra de insumos e maquinários mais baratos. Além disso, dessa forma, os produtores conseguemganharmaiscompetitividade no mercado.
QUAISSÃOASVANTAGENSDAS COOPERATIVASAGROPECUÁRIAS?
As cooperativas rurais funcionam como um local favorável ao intercâmbio de experiências e conhecimento. Essas organizações costumam oferecer assessoriatécnica,oquepossibilitaumaatualização mais rápida de tecnologia.
Ao associar diversas pessoas em uma mesmaoperação,ocooperativismoreduz os riscos inerentes à produção agropecuária, que muitas vezes seriam difíceis de serem assumidos individualmente pelos produtores.
QUALÉAIMPORTÂNCIADAS COOPERATIVASAGRÍCOLAS?
O Brasil tem 1.600 cooperativas, que congregam 181 mil produtores associados e empregam mais de 1 milhão de trabalhadores rurais. O cooperativismo responde por 48% de toda a produção agrícola nacional, de acordo com o último Censo Agropecuário do IBGE.
As cooperativas rurais estão presentes em várias cadeias produtivas, como grãos, fibras, carnes e lácteos, sendo responsáveis por operações que visam
ao fornecimento e à comercialização dos produtos de seus associados. O modelo de negócios gera economia de escala e valor a produção e estimula uma concorrência justa no mercado.
QUAISSÃOASMAIORESCOOPERATIVAS DOAGRONEGÓCIO?
A maior cooperativa do país é a Coopersucar, a maior exportadora brasileira de açúcar e a maior plataforma global de biocombustíveis.Acooperativatemreceita líquida de R$ 28 bilhões, comercializa maisde4milhõesdetoneladasdeaçúcar e 4 bilhões de litros de etanol.
No setor, também merecem destaque a Coamo, com receita anual de R$ 15 bilhões e responsável por 3% da produção de grãos como soja, milho, trigo, algodão em pluma; e a Aurora, terceiro maior conglomerado industrial do setor de carnes, que fatura cerca de R$ 9 bilhões por ano.
COMOMELHORAR OPICODA PRODUÇÃODE LEITE?
CHARLESVINÍCIUS
Sempre falo com os produtores que o bom manejo das vacas no início da lactação é a chave tanto para sua saúde no longo prazo como para um bom desempenho de produtividade no decorrer da lactação. Embora a nutrição e a saúde durante o início da lactação tenham um grande impacto no pico de produção de leite, prevenir problemas de saúde e ter boas práticas de alimentação pode realmente melhorar o pico de produção.
O pico de leite é a produção de leite maisaltaregistradanosprimeiros150dias emlactação(DEL).Historicamente,osprodutores usavam o pico de leite como uma medida do sucesso do período seco e da nutrição e manejo no início da lactação. O pico de leite indica quão bem a vaca responde às práticas de alimentação durante o período seco, o parto e o período inicial de lactação.
Osdistúrbiosnutricionaisedesaúdeno início da lactação afetam o pico do leite. Por exemplo, baixa fibra dietética pode levar à acidose ruminal, o que pode resultar em claudicação ou deslocamento do abomaso. Ambas as condições podem causar redução do pico de leite.
Abaixo vou citar algumas práticas para melhorar o desempenho no início da lactação e o pico de produção de leite:
INICIARVACASCOMUMPERÍODOSECO
BEM-SUCEDIDO:
Uma boa nutrição e o controle do período seco das vacas afetam a saúde e
o desempenho após o nascimento. Com esse fato, temos que avaliar o programa devacasecasenãoestiversatisfeitocom o desempenho das vacas leiteiras. Esse é o fundamento do balanceamento de dietas em vacas leiteiras. Cada animal, devido à sua genética, predisposição, peso, idade e outros, tem uma necessidade alimentar. O balanceamento dos nutrientes, como proteína, energia, fibra e outros, faz com que exploremos o máximo decadaanimalsemprejudicarsuasaúde.
OTIMIZAROPASTEJO:
As vacas precisam de muito tempo ao longo do dia para satisfazer suas necessidades alimentares, portanto, devem encontrar tempo suficiente para pastoreio (sua principal fonte de nutrientes), além do tempo de que necessitam para ruminar, descansar, evitar o calor e outros. Por isso, é importante facilitar o acesso e o manejo daspastagens,procurandotambémotimizaropastejonashorasmaisfrescasdodia.
INGESTÃODEMINERALDEQUALIDADE:
A mineralização também é fator determinante para que os animais consigam expressar todo seu potencial, pois os minerais são as pontes que interligam as reações de digestão e transformação do alimento em leite e carne, além de serem fundamentais para manter a saúde animal.Utilizarummineraldequalidadecom níveis adequados para vacas leiteiras, de
ingestão forçada e também em cocho de livreacesso,permiteaoanimalsenutrirdo que lhe falta.
CONFORTODAVACAAPÓSOPARTO:
Para um bom conforto da vaca após o parto,ataxadelotaçãodevegiraremtorno de 80% a 85% da capacidade, ou seja, manter as vacas em um grupo de vacas que acabaram de parir por 14 a 21 dias. Podemos também fornecer espaço suficiente no cocho para cada vaca e reduzir o estresse social (especialmente para novilhas de primeiro parto).
CUIDARDASAÚDERUMINAL:
O cuidado com a saúde ruminal faz-se necessário,e,paraisso,precisamosfornecer volumoso durante os primeiros cinco dias após o parto. Lembrando que a dieta no início da lactação deve conter muita fibra digerível de boa qualidade.
Precisamos manter o tamanho da fibra visandoaumaingestãoconsistenteeevitando que os cochos fiquem vazios.
AVALIAÇÃODOESCOREDECONDIÇÃO CORPORAL(ECC):
A avaliação do Escore de Condição Corporal (ECC) é muito importante, e o ECCalvonopartoé3,0-3,25.Devemosevitar que as vacas atinjam uma ECC maior que 4, a fim de evitar vacas com excesso de peso, bem como um risco maior de cetose e fígado gorduroso e também de dificuldades de reprodução.
CONSIDERAÇÕESFINAIS:
Várias são as práticas que podemos realizar na propriedade para garantir o pico da lactação, e é de extrema importância conhecer a curva de lactação e a persistência de lactação das vacas, pois a persistência mede a habilidade de uma fêmeademanterníveismaisconstantesde produção até o final da lactação e, como consequência,umamaiorprodutividade.
CharlesViníciusFerreira MédicoVeterinárioDeniro(GerentedaFazenda),Fúlvio deQueirozCardosoNeto(Presidente), funcionárioDinho,funcionáriaLarissa, RauberBernades(Representante daTriama),eEnesFialho(Diretor Comercial).
AQUISIÇÃODE TRATORLSTRACTOR.
A COOPERBOM, recentemente, adquiriu um trator LS Tractor da Triama para a Fazenda COOPERBOM. Trata-se de uma ferramenta necessária à melhoria das atividades na fazenda, condições de trabalho, e, consequentemente, trará mais benefícios para o cooperado. Constitui prioridadedaCooperativaaçõesquepromovam o desenvolvimento dos coopera-
dos.Comaaquisição,iremosincrementar as plantações na fazenda e melhorar alimentaçãodosanimais,tornando-osmais saudáveis.
Mais uma conquista para todos os cooperados!
Por:FernandaCândidoFerreira
USODOHCGPARA FORMAÇÃODECORPO LÚTEOACESSÓRIOEM FÊMEASBOVINAS.
A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e a Transferência de Embriões em Tempo Fixo (TETF) vêm sendo utilizadas na rotinadasfazendascomoferramentapara o avanço no melhoramento genético do rebanho. No entanto, melhorias nas taxas de gestação nos rebanhos atuais tornam-se um desafio. Dessa forma, estratégias que evidenciam o aumento das taxas de gestaçãonosprocedimentosdeIATFeTETF vêm tornando-se tema central da atenção dos pesquisadores, levando a discussões embuscadesoluçõespráticas.
Segundo pesquisadores, para que as taxas de gestação melhorem, é possível
KARINE
optar por alternativas como fornecimento de 16 mg/kg ao dia de fósforo (P) para as fêmeas bovinas, uma vez que esse macromineral está envolvido na síntese de fosfolipídios e adenosina, grandes responsáveis pelo efeito do fósforo sobre o avanço no sucesso da atividade ovariana, oqueconsequentementeelevaastaxasde prenhez. Ele está presente em pastagens, saismineraiseconcentrados.Alémdisso,o fornecimentodealimentosricosemácidos graxos essenciais, como o ômega 3, pode melhorarastaxasdeconcepção,jáqueele inibe a formação de prostaglandina F2alfa, reduz a mortalidade embrionária e favo-
rece elevação da progesterona sérica. Ele está presente em pastagens e concentradosenergéticos.
Oconhecimentodosfatoresquecontrolamataxadegestaçãodavacapodelevar aodesenvolvimentodemétodosmaisprecisos de controle de ciclos reprodutivos na
pecuária, auxiliando o produtor a ter mais produtividade, maiores números de bezerros na fazenda e, como consequência, maiorrentabilidade.
RELEVÂNCIAACADÊMICA:
Karine Gabrielli participou da 10ª edição do Colóquio Técnico-Científico de Saúde Única,CiênciasAgráriaseMeioAmbiente, cujas publicações científicas objetivam divulgarapesquisaparaacomunidade.
O trabalho foi desenvolvido sob a orientação da professora de medicina veterinária Patrícia Alves Dutra e elaborado por meio de revisão de literatura técnico-científicacomobjetivodediscutirousodahCG emprotocolosdeInseminaçãoArtificialem
Tempo Fixo (IATF) e Transferência de EmbriõesemTempoFixo(TETF)comoferramenta paramelhorarastaxasdegestação.
A publicação obteve premiação máxima de Relevância Acadêmica, Menção Honrosaepublicaçãonomeiocientífico.
O trabalho contou com o apoio da UNA Bom Despacho e dos grupos de estudos GERA (Grupo de Estudos em Reprodução Animal) e GPBOV (Grupo de Estudos em ProduçãodeBovinos).
Faça seu pedido:
DOISDEDOSDEPROSA: O
GAROTO ESPERTO!
Gerente de Compras da COOPERBOM
Lá pelos idos de 1940, aconteceu um fato interessante, precisamente na Fazenda Serrinha, de propriedade do senhor Elias Quirino, bem nas margens do rio Picão, no município de Martinho Campos. O senhor Elias era amante de uma boa espingarda, daquelas de cano bem grosso de carregar pela boca, porém não fazia uso dela para prejudicar ninguém, apenasparaespantaralgumasraposas predadoras das galinhas de sua esposa e também assustar algumas capivaras que davam prejuízo em suas roças, pois, naquela época, os bichos eram abundantes.
Na fazenda existia um certo capataz, garoto ainda, de nome Zezinho, que lá trabalhava havia algum tempo na lida mais simples, cuidando dos animais. Era louco para pegar a espingarda do velho e liberar pelo menosumtironumbichoqualquer,oque não lhe foi possível. O jeito foi fazer economia de qualquer maneira, e aí conseguiu comprar uma espingardinha bem simples, que muito estimava, adquirida na antiga casa Assunção, em Bom Despacho. Porém, seu dinheiro pouco sobrou para adquirir
os sortimentos: espoletas, chumbo e pólvora. Entusiasmado com a conquista, amiúde, estava atirando até nas rolinhas-caldo-de-feijão. Foi aí que sua pólvora deu logo de acabar e, usando a esperteza que lhe era peculiar, começou a gastar a do senhor Elias, que era guardada numa cabaça. Logo, logo, o velho desconfiou da manobra e exigiu explicações. O espertalhão, pensando em enganar o velho, disse, euforicamente: – Na semana passada, senhor Elias, eu apaguei um fogo nesta cabaça e sobrou só este pouquinho aí! Com um sorriso largo e irônico, o senhor Elias respondeu ao Zezinho que não lhe aplicaria nenhum castigo e que estava perdoado, pois era o primeiro do mundo a apagar um fogo numa cabaça de pólvora.
Ufa!
Por:IvanJosédaCosta GerentedeComprasdaCOOPERBOM
DiretorSecretário:30/03/80a27/03/83
DiretorComercial:27/03/83a30/03/86e 30/03/86a26/03/89
Diretoradministrativo:06/04/93á 26/03/95
NOVOSASSOCIADOS MÊSDEJUNHO-TOTAL:
LEITEENTREGUENA COOPERBOM
•AntônioMoisésGontijo;
•AuroAparecidodaSilva;
•EdélciodosSantos;
•GeraldoAndréAlves;
•GustavoBatistaRibeiro;
•JoãoJamilSousa;
•JoséMariaEsteves;
•JulianaTorresBernuccideMelo;
•LeandroCézardaSilva;
•MariaAparecidaMagnani
Santos;
•MaxdeCarvalhoMachado;