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Ensaio fotográfico: D.O.P.S

Por Lídia Rodrigues de Castro Alves

Visitei o Memorial da Resistência pela primeira vez e senti uma angústia muito específica ao entrar nas celas preservadas do DOPS.

Os escritos nas paredes são capazes de transmitir toda a tristeza que as pessoas que foram presas e torturadas sentiram. É um lugar que preserva a memória de um dos períodos mais desprezíveis que o Brasil já viveu. Além das celas, é possível encontrar cartas de parentes enviadas aos prisioneiros, o corredor onde tomavam sol, os colchões em que passavam noites em claro e o corredor do banho de sol.

Um ensaio feito com muito cuidado e com a intenção de registrar esse momento obscuro e cruel, que jamais devemos esquecer.

Presos pela busca da liberdade nacional
“Pegaram meu bebê para me ameaçar”. Frase escrita por Rose Nogueira, que é jornalista e foi presa em novembro de 1969, época em que militava pela ALN, (Ação Libertadora Nacional). No momento da prisão, Rose estava em seu apartamento com o marido, Luiz Roberto Clauset, e o filho que tinha apenas 33 dias de vida
Este é o “banheiro” da cela. Mais de 10 pessoas dividiam o espaço. Para tomar banho, apenas um cano que despejava pingos gelados de água
Falso descanso
Cela vista de fora, apenas dois colchões, os prisioneiros faziam rodízio. O conforto de modo geral era nulo, mas as mulheres eram prioridade
Corredor estreito do banho de sol. Alguns, dali não voltaram
“Fora ditadura assassina”, escrito na parede da cela 4
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