Ed 028_Junho a Agosto 23_Conteúdo Compartilhado

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Somos uma Consultoria em Gestão e Serviços Empresariais, especializada na identificação de cenários e relações nas empresas.

Nossas soluções vão desde o entendimento e desdobramento da estratégia, passa pelo desenho, redesenho, simplificação e otimização de Processos, pela implantação e revisão do modelo de gestão, incluindo Serviços Compartilhados (CSC), apoiando todas estas grandes transformações com a Gestão da Mudança e Prontidão Organizacional (GMO).

Contamos com uma equipe altamente qualificada, além de parceiros que complementam nossas entregas, aportando tecnologia e inovação.

SERVIÇOS

PROCESSOS

Desenho, redesenho e mapeamento de processos

CSC Projeto, Revisão e Implantação de Serviços Compartilhados

GMO Gestão da Mudança e Prontidão Organizacional

AVAMA

Matriz de Avaliação de Maturidade dos Processos

APOIO À

IMPLEMENTAÇÃO DE ERP'S

Do mapeamento à jornada de transformação organizacional

PORTO ALEGRE / RS

(51) 3026 0070

SÃO PAULO / SP

(11) 2348 5395

contato@consulpaz.com consulpaz.com

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ESCRITÓRIOS

Idealização

Eden Paz

Presidente do Conselho e Sócio-Fundador da ConsulPaz

Colaboração

Ari Pellicioli

CEO e Sócio da ConsulPaz

Caco da Motta

CEO Caco da Motta Comunicação

Guilherme Gondim

Especialista em Comunicação e Marketing

Karine Ruy Coordenadora-

Lucas Vidor

Sócio-Fundador da Vidor Consultoria

Empresarial

Luis Adonis Correia

Especialista em Processos de Transformação e Desenvolvimento Organizacional

Ricardo Formighieri de Bem Fundador e CEO da Divex

Thiago Ribeiro

CEO do South Summit Brazil

Vandré Sales CEO da Meliva.ai

A Revista Conteúdo Compartilhado é uma publicação periódica, gratuita da consultoria ConsulPaz CGP Associates. Sua divulgação ocorre de forma digital e o acesso pode ser realizado internacionalmente. O conteúdo dos artigos e entrevistas de convidados é de responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da empresa.

Comunicação e Marketing ConsulPaz

Jornalista Editor Responsável

Caco da Motta

CEO Caco da Motta Comunicação Registro Profissional 7220/91/RS

Staff

Guilherme Gondim Comunicação e Marketing ConsulPaz

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EXPEDIENTE
CONTEÚDO COMPARTILHADO

05 | CARTA AO LEITOR

06 | GESTÃO E GOVERNANÇA

Governança Corporativa, Transformação

Digital e Sucessão

Entrevista com Lucas Vidor.

14 | COMUNICAÇÃO

Resignação ou aceitação: Análise da comunicação em projetos de implantação de software

Artigo por Luis Adonis.

18 | INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

CON TEÚ DO

Revolução na Criação de Conteúdo: Como a IA está transformando as pessoas, o mercado e a educação

Entrevista com Vandré Sales.

24 | INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A Jornada Humana Rumo a um Novo Ciclo de Revolução: o da Inteligência Artificial

Artigo por Ricardo Formighieri de Bem.

30 | EMPREENDEDORISMO SOCIAL

Clique nas páginas e acesse o conteúdo.

Fundação Gerações Impulsiona o Empreendedorismo Social em Porto Alegre

Entrevista com Karine Ruy.

38 | COLUNA CACO DA MOTTA

Inovação na Comunicação

Caco da Motta entrevista Thiago Ribeiro.

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CONTEÚDO COMPARTILHADO

Explorando os Caminhos da Governança Corporativa e da Inovação:

Insights e Perspectivas

A Governança Corporativa é cada vez mais reconhecida como uma ferramenta essencial para a gestão eficaz e a segurança das empresas e seus acionistas.

Nesta edição, Lucas Vidor, da Vidor Consultoria Empresarial, compartilhou insights valiosos sobre governança corporativa. Ele explicou a sua importância, a sua relação com a ética e a transparência, bem como a sua integração ao planejamento estratégico. Além disso, abordou temas como a sucessão das lideranças, a gestão de riscos, o papel do ESG nas empresas e os desafios da transformação digital.

Em uma conversa fascinante com Vandré Sales, CEO da Meliva.ai e Especialista em Inteligência Artificial (IA) e Metaverso, exploramos como a IA está revolucionando a produção de conteúdo, redesenhando o mercado de trabalho e reformulando a educação.

Conversamos também com Karine Ruy, Coordenadora-Geral da Fundação Gerações, que está promovendo a Caravana DUXtec, uma iniciativa inovadora que visa fomentar o desenvolvimento sustentável e o empreendedorismo social, superando preconceitos e reconhecendo o potencial das comunidades.

Em um dos nossos artigos, Luis Adonis, Especialista em Transformação Organizacional, discute a importância da comunicação em projetos de implantação de sistemas. Ele destaca os principais pontos que deverão ser abordados pelas lideranças para alcançar, e até mesmo superar, os resultados esperados.

No segundo artigo da revista, Ricardo de Bem, Fundador e CEO da Divex, discute os ciclos de revolução na história da humanidade, com um foco especial na evolução da Inteligência Artificial.

Em sua coluna, o jornalista Caco da Motta entrevista Thiago Ribeiro, CEO do South Summit Brazil, destacando a evolução da comunicação e do jornalismo na era digital, além de abordar a importância da diversificação para os profissionais de comunicação e as expectativas para o South Summit Brazil 2024.

Aproveitem os conteúdos.

Boa Leitura!

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CARTA AO LEITOR

GESTÃO E GOVERNANÇA

Governança Corporativa, Transformação Digital e Sucessão

Estratégias para o Sucesso Empresarial

Entrevista com Lucas Vidor

Vidor Consultoria Empresarial

5 minutos

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ENTREVISTA
CONTEÚDO COMPARTILHADO

No universo empresarial, a governança corporativa é uma ferramenta essencial para o êxito das organizações. Durante uma conversa com o CEO da ConsulPaz, Ari Pellicioli, para a revista Conteúdo Compartilhado, Lucas Vidor, sócioproprietário da Vidor Consultoria Empresarial, trouxe à tona insights valiosos sobre esse tema. Com uma rica experiência acumulada ao longo de mais de duas décadas, compartilhou os desafios e as oportunidades centrais à implementação das melhores práticas de governan-

ça. Ao explorar a versão digital, não deixe de conferir a entrevista também em formato de áudio, disponível no Podcast da ConsulPaz no Spotify, e em vídeo, no Canal do YouTube.

Ari e Lucas abordam o tema da governança corporativa, um assunto que tem ganhado destaque nas mídias sociais e nas manchetes de notícias, especialmente quando surgem escândalos envolvendo empresas. Ari comenta sobre o papel da governança corporativa e os principais desafios que as empresas enfrentam ao estabelecer um modelo sólido que contribua de forma eficaz para os fundamentos da governança.

Lucas apresenta uma perspectiva clara: abordar a governança é abordar a ética. Ele ressalta a importância da governança em garantir a manutenção firme dos valores e da missão da organização.

Lucas ressalta que a governança corporativa traça diretrizes e ações que sustentam a transparência, a responsabilidade, a igualdade e o comprometimento corporativo. À medida que a transparência se aprofunda nos negócios, o valor dessa abordagem cresce, tornandose uma ponte sólida para atrair

7 CONTEÚDO COMPARTILHADO GESTÃO E GOVERNANÇA

investidores. Essa evolução também demanda uma cultura organizacional renovada, onde os papéis dos executivos e acionistas são claramente definidos, solidificando as bases de uma atuação consistente.

Muitas vezes, ele exemplifica que os próprios executivos são acionistas do negócio e precisam separar suas funções. "Quando a gente fala de empresa com dois sócios, muitas vezes um pode duvidar daquilo que o outro está fazendo. Então, a gente faz esse trabalho consertando as bases de prestação de contas e trazendo os valores para dentro da organização", salienta Lucas.

Estratégias para Sustentar o Sucesso Empresarial

Ari Pellicioli lembra que o mercado está em constante mudança, com novas ferramentas e competidores surgindo a todo momento. Ele menciona que, anteriormente, as empresas faziam planejamentos estratégicos de três a cinco anos, mas hoje existe uma necessidade de revisá-los com mais frequência para garantir a sustentabilidade das empresas. Ari questiona quais são as recomendações de Lucas para que as empresas efetuem adaptações no planejamento estratégico, buscando acompanhar as transformações e preservar a transparência nas informações.

Lucas entende que estratégia é algo simples: é sair do ponto A e chegar ao ponto B, encontrando o melhor caminho para isso. Ele menciona que, muitas vezes, as empresas não sabem exatamente qual é o ponto B que querem alcançar e precisam estar sempre atentas aos caminhos que estão percorrendo e se adaptar às mudanças.

Lucas compara a estratégia com o aplicativo Waze, que está sempre procurando o cami-

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ENTREVISTA

nho mais rápido para chegar ao destino e, às vezes, coloca as pessoas em ciladas. Ele sugere que as empresas olhem sempre para o caminho que estão percorrendo e se adaptem às mudanças.

Para garantir a competitividade e a sustentabilidade no longo prazo, as empresas precisam ter eficiência operacional e estar sempre atentas às mudanças no mercado. É importante revisar constantemente o planejamento estratégico e estar preparado para mudar de caminho quando necessário. A transparência nas informações é fundamental para garantir a confiança dos investidores e parceiros de negócios.

Explorando a Gestão de Riscos e sua Integração à Governança Corporativa

O CEO da ConsulPaz, Ari Pellicioli, desafia: qual a fórmula para enfrentar a gestão de riscos e sua ligação com a governança?

Também questiona a presença de uma cultura de gestão de riscos nas empresas e os principais riscos na vivência de Lucas Vidor. Lucas responde destacando a importância de uma

cultura de gestão de riscos que vai além do enfoque jurídico comum. Ele aponta que tal abordagem deve ser operacional e diária, considerando a dinâmica empresarial em constante mudança.

Para compreender os riscos, é vital participar dos processos e identificar os riscos inerentes à operação. Lucas compartilha sua experiência em uma empresa, onde o risco de perder clientes foi um foco central para mapeamento e gestão. Ele enfatiza a relevância de compreender o impacto financeiro desse risco e seu efeito na organização. Lucas também destaca a variedade de riscos, incluindo econômicos, financeiros, variação cambial e instabilidade de mercado. "Mapear e compreender o impacto desses riscos na organização é crucial

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CONTEÚDO COMPARTILHADO GESTÃO E GOVERNANÇA

para um gerenciamento eficaz", declara Lucas.

Há uma variedade de riscos em jogo, abrangendo desde desafios na cadeia de fornecimento até ameaças à reputação. Lucas Vidor traz à tona outro exemplo, citando o caso da Vale do Rio Doce em Brumadinho, onde riscos relacionados à imagem, perda de vidas e quebra de ética foram evidentes. É vital traçar uma análise dos riscos, levando em conta quais são relevantes para cada empreendimento, visto que as peculiaridades de cada negócio induzem riscos particulares. Ao implementar práticas de governança corporativa, é possível adotar uma perspectiva mais abrangente na abordagem dessas contingências, permitindo uma observação diferenciada. O entendimento da repercussão desses eventos adversos para o negócio é essencial para administrá-los de maneira eficaz.

lembrar que a terminologia para as práticas de sustentabilidade e de responsabilidade social sempre existiu nas empresas. Mas propôs uma análise do Lucas sobre o tema, relacionado com o planejamento estratégico, como uma transformação que pode trazer vantagem competitiva, e a própria percepção dos clientes.

Embora tais preocupações ambientais e sociais sempre tenham estado presentes, segundo Lucas, atualmente, o ESG está sendo mais incorporado pelas empresas no plane-

ESG na Vanguarda: Vantagem Competitiva e Coerência Empresarial

O ESG é outro assunto que tem sido muito debatido nas corporações. Ari Pellicioli chegou a

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CONTEÚDO COMPARTILHADO ENTREVISTA

geracional que prioriza práticas sustentáveis e responsáveis. O objetivo é alcançar sim vantagem competitiva, distinguindose das demais empresas. Porém, ele também destacou a discrepância entre o que algumas empresas comunicam e o que realmente fazem na prática. Existe, portanto, a necessidade de sincronização entre discurso e ação para garantir a autenticidade.

Com relação a cooperativas financeiras, Lucas identificou o Sicredi e o Sicoob como exemplos de sucesso. Ele destacou

grandes bancos, é impulsionado por uma abordagem cooperativa e pelo foco em práticas de ESG. Essas cooperativas estão profundamente conectadas às comunidades em que operam, evidenciando que a abordagem ESG, quando integrada de maneira genuína e coerente, não só é eficaz, mas também promove um crescimento sólido e sustentável.

Adaptação Empresarial na Era Digital

O constante cenário de transformação que a sociedade enfrenta foi destacado por Ari, em que novas tecnologias emergem com o propósito de incrementar a competitividade, eficiência, transparência e visibilidade. Ari então questionou Lucas sobre quais foram os principais desafios que ele testemunhou em empresas ao implantar novas tecnologias. Embora a transformação digital seja um tópico em alta, na opinião de Lucas Vidor, muitas organizações cometem o erro de focar apenas nos aspectos técnicos, negligenciando o fator humano envolvido.

Lucas ressaltou a importância

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CONTEÚDO COMPARTILHADO
GESTÃO E GOVERNANÇA

de incluir as pessoas no processo, permitindo que elas sejam participantes ativas em vez de meros executores. Ainda destacou a necessidade de trazer as pessoas para colaborar na transformação digital, para que ela não seja vista como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade para melhorar as operações.

Na visão de Lucas, a implementação das ferramentas é onde reside o desafio. A gestão de mudanças é crucial nesse contexto. Ele observou que ao introduzir novas tecnologias e formatos de gestão de negócios, a gestão de mudanças deve ser incorporada para que os colaboradores não se sintam ameaçados. Lucas também conectou a transformação digital ao ESG, destacando o impacto que essa transformação pode ter no negócio.

De acordo com Lucas, as empresas devem considerar as consequências em relação às posições dos funcionários. "Se, por exemplo, uma operação que empregava 20 a 30 pessoas passar a ser executada por apenas 10 devido à automação, a questão de realocação deve ser cuidadosamente planejada", explica Lucas, que enfati-

zou ainda: quando há o envolvimento das pessoas nos processos, é possível ter impactos positivos e controlar eventuais resistências e desconfianças.

Governança Corporativa na Sucessão de Liderança

Ari explorou com Lucas a contribuição da governança corporativa na sucessão de liderança, especialmente em empresas familiares. Lucas destacou a importância de manter a essência do fundador nesse processo, enfatizando que essa essência é o que permitiu o desenvolvimento do negócio ao longo do tempo. Ele recomendou o livro "A chave para sua empresa enfrentar as crises e continuar vencendo", de Chris Zook e James Allen, que aborda a mentalidade do fundador e como ela pode influenciar a continuidade dos negócios.

Lucas destacou o papel crucial da governança na passagem de liderança, notadamente em situações de substituição de CEOs, independentemente, se ocorrem dentro da família ou com profissionais externos. Ele realçou que a governança tem o propósito de proteger a cul-

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CONTEÚDO COMPARTILHADO ENTREVISTA

tura organizacional, enraizada em transparência e ética. A união da essência do fundador com o novo líder emerge como um ponto essencial para a perenidade da empresa, capacitando-a para enfrentar mudanças e desafios. Lucas também compartilhou exemplos de êxito, citando empresas como a WEG e o grupo Randon, que mantiveram a sua abordagem ao longo das transformações. Ele enfatizou a relevância dos conselhos consultivos e de administração na implementação da governança, sublinhando a importância de uma transição estruturada, liderada pelos principais acionistas, para garantir a sustentação da empresa a longo prazo.

Confira a entrevista na íntegra em:

SOBRE O ENTREVISTADO

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Engenheiro de Produção, com MBA em Gestão Empresarial FIA USP e em Gestão Financeira, Controladoria, Auditoria e Compliance pela FGV. Realizou o programa de Formação de Conselheiros (PFCC) - Board Academy SP.

Profissional com experiência em empresas dos segmentos Plástico, Metal Mecânico, Madeira, Comércio, Distribuição e Startup. Forte atuação em: Governança, Controladoria, Custos, Gestão Orçamentária, Investimentos. Expertise em estruturação da área de controladoria e finanças de negócios. Visão sistêmica de negócios, que permite conectar informações para tomada de decisões das áreas. Implementação do plano de sustentabilidade e evolução de negócios.

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CONTEÚDO COMPARTILHADO
Lucas Vidor

Resignação ou aceitação:

Análise da comunicação em projetos de implantação de software

Artigo por Luis Adonis

Especialista em Transformação Organizacional

5 minutos

O nível de encantamento tecnológico atual tem reduzido significativamente as críticas feitas às ações de implantação de software integrado, com funcionalidades diversas. Mas há de se verificar se a ausência dessas críticas, verbalizadas ou não, significa resignação ou aceitação.

De todas as manifestações de resistência, a mais combatida atualmente, a mais recriminada,

é a que se insurge frente a mudanças de base tecnológica. Por isso, há de se verificar se o silêncio ou a falta de manifestação resultante se deve realmente a uma aceitação do projeto ou a uma resignação, um sentimento de impotência frente à onda tecnológica, de uma maneira geral ou no contexto organizacional.

É preciso estruturar as ações de comunicação em processos de

14 ARTIGO
ARTIGO COMUNICAÇÃO
CONTEÚDO COMPARTILHADO

mudança tecnológica investigando primeiramente (e monitorando ao longo do projeto) se o ambiente de trabalho está tomado por um sentimento de resignação ou de aceitação. Isso muda sensivelmente as mensagens e a condução do processo de envolvimento das equipes de projeto e das áreas mais diretamente impactadas.

Em um ambiente de aceitação da iniciativa de implantação, as ações e peças de comunicação têm um tom mais informativo. Enquanto em um ambiente em que há resignação, o tom da comunicação deve ser de mais envolvimento.

Com o surgimento cada vez mais frequente de novas ferramentas tecnológicas e suas metodologias de implantação, há de se registrar o elevado número de organizações que são, ao fim e ao cabo, tangenciadas por esse momento.

Há particularidades, é fato, mas há também necessidades comuns de informação e orientação.

Esse gerenciamento será efetivo congregando cinco instâncias: Acessibilidade, Transparência, Conexão, Interação e Reforço.

Em cada uma dessas há diretrizes e atitudes relativas às demandas de informação e orientação, conforme apresento a seguir.

Acessibilidade

• estar visível, ser acessível

As pessoas precisam ver seus líderes cuidando das questões da organização e ajudando na obtenção das respostas às questões levantadas para assim evitar inferências sem embasamento.

Transparência

• dar notícias, boas ou más

Dizer que “o momento não é adequado” é uma desculpa também não adequada, pois isso dá espaço para a criação de “teorias conspiratórias”. Rapidamente as ações para encobrir os fatos são descobertas. Será necessário gerenciar mais problemas decorrentes dessa falta de sinceridade do que qualquer reação para as notícias verídicas.

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CONTEÚDO COMPARTILHADO COMUNICAÇÃO

Conexão

• conectar-se às pessoas

Pessoas com atitudes, expectativas, pontos de vista e disposição formam um grupo de consumidores de informação variado como outros. Segmentar esse público-alvo permite mais efetividade nas mensagens.

• ir além dos meios de comunicação

Recado para o líder: em vez de enviar um informativo, envie você mesmo. É melhor investir mais tempo em como executivos, gerentes, supervisores e formadores de opinião conversam do que em criar uma mensagem muito elaborada do CEO.

• equilibrar “high tech” e “high touch”

Há canais eletrônicos ótimos, rápidos, mas que não substituem a conversa em grande parte dos casos. Ferramentas servem para transmitir a informação e os líderes devem dar o tom ao buscar o envolvimento.

Interação

• ouvir as pessoas

Reuniões de equipe, realização de grupos de enfoque ou sessões gerais são necessárias para fazer perguntas e perceber o clima. Essa ação já é uma mensagem positiva e permite identificar como as pessoas estão reagindo ao que está acontecendo.

• oportunidade do diálogo

A interpretação de mensagens, ou seja, a formatação das percepções, ocorre mais fortemente pelo diálogo do que pelo o que as pessoas estão lendo. Por isso não se deve evitar a discussão de questões chave.

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ARTIGO
CONTEÚDO COMPARTILHADO

Reforço

• construir um quadro referencial Repetir porque a empresa está no negócio, como os negócios funcionam, o que é preciso atingir, como contribuir para a geração de resultados faz com que as pessoas entendam papéis e responsabilidades.

• lembrar dos fundamentos

Negócios, metas financeiras, contribuições, desafios, influências, resultados e recompensas são parâmetros que devem ser regularmente destacados.

• seguir o trabalho, manter o ritmo

Mesmo nos momentos mais intensos do processo de comunicação, o trabalho deve prosseguir. A organização não pode se desviar do atendimento aos clientes, de ganhar dinheiro, de criar valor para os acionistas.

Reconhecer a importância do fator humano não somente para uma implantação no prazo, mas também para o desempenho operacional pretendido – a obtenção do máximo do que o sistema pode gerar para a organização, aquilo que foi computado no business case – implica um gerenciamento da comunicação interna que mantenha o engajamento das pessoas e fortaleça a credibilidade da liderança interna.

Especialista em processos de transformação e desenvolvimento organizacional, com atuação multicultural em projetos na América Latina, América do Norte, África e Europa. Exerceu posições de liderança em RH, Comunicação e consultoria em multinacionais.

Graduado em Engenharia de Produção, com pós-graduação em Administração de Empresas e especialização em Recursos Humanos. É professor e conferencista convidado em universidades no Brasil e no exterior. Autor de artigos, ensaios e livros.

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SOBRE O AUTOR
Luis Adonis Correia
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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Revolução na Criação de Conteúdo:

Como a IA está transformando as pessoas, o mercado e a educação

Entrevista com Vandré Sales

CEO da Meliva.ai

18 5 minutos
ENTREVISTA
CONTEÚDO COMPARTILHADO

Vamos mergulhar nas maravilhas da Inteligência Artificial e seu impacto transformador na produção de conteúdo, no mercado de trabalho e na educação. Convidamos Vandré Sales, CEO da Meliva.AI, a compartilhar suas valiosas perspectivas a respeito do tema que tem desafiado a todos nós, seres humanos. Com uma trajetória diversificada em inovação e empreendedorismo, Vandré é engenheiro especializado em Inteligência Artificial e Metaverso, além de atuar como Professor de MBA em Negócios Inovadores e Design Thinking. Em parceria com Guilherme Gondim, especialista em comunicação e marketing, Ari Pellicioli, CEO da ConsulPaz, conduziu o bate-papo com Vandré, para explorar as dimensões da inovação e da inteligência artificial para além do incrível ChatGPT, abrangendo seus recursos, possibilidades e transformação no universo da criação.

Vandré Sales falou, primeiramente, sobre a trajetória da Meliva. No início deste ano, durante o crescimento das inteligências artificiais generativas e a ascensão do ChatGPT, o empresário percebeu uma oportunidade que já vinha sendo preparada com seu time há 2 anos. A Meliva foi concebida,

então, como resposta à iminente diversidade de tecnologias de IA, com o propósito claro de simplificar e otimizar a criação de conteúdo.

Desde o início, a visão era de ser um ecossistema agregador de motores de IA. Essa visão agora se concretizou e a Meliva se destaca como um dos maiores agregadores globais de motores de IA, colaborando de maneira sinérgica para transformar necessidades de conteúdo em criações prontas para publicação. A plataforma abrange diversos formatos, incluindo produções de áudio, vídeo, texto e imagens, proporcionando uma gama completa de possibilidades criativas.

Capacitando a Criatividade: Transformando Ideias em Conteúdo com a Meliva

A Meliva capacita os usuários com uma experiência única. Por exemplo, qualquer pessoa pode facilmente digitar um termo-chave como "IA no mundo corporativo" na plataforma e, em um simples clique, gerar um artigo inédito, otimizado para SEO, com tags relevantes, conteúdo textual, imagens e até mesmo um título atraente.

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O processo de criação de conteúdo é simplificado, permitindo que a criatividade seja priorizada e o tempo entre a ideia e a publicação seja drasticamente reduzido.

Com a Meliva, Vandré e sua equipe materializaram uma solução que não apenas antecipa a evolução das tecnologias de Inteligência Artificial, mas também coloca o poder da criação nas mãos de todos. Seja para uma postagem em rede social, um artigo para o LinkedIn ou qualquer outra plataforma de comunicação. "A ideia é dar uma liberdade criativa para as pessoas poderem acelerar, reduzir de certa forma o processo e o tempo necessário entre ter um insight e ter a sua mensagem já disponível para as pessoas na internet", explica.

Guilherme Gondim salienta a revolução gerada pelo ChatGPT e suas inteligências artificiais generativas, que agora a discussão se volta para os avanços da IA 4.0, após a etapa 3.5, questionando sobre o futuro. Vandré Sales compartilha uma visão panorâmica da IA. Ele desmistifica a noção de que a inteligência artificial é um conceito novo, relembrando que sua origem remonta ao início da computação. Matemáticos da década de 20 e 30 já discuti-

am a possibilidade de máquinas que processassem informações complexas e simulassem comportamentos humanos. Isso demonstra que as raízes da inteligência artificial têm profundas ligações históricas.

Vandré reforça que a IA tem experimentado uma trajetória de crescimento há décadas, mas só recentemente começou a mostrar sua verdadeira curva exponencial. A evolução da capacidade de processamento da IA supera a preparação da sociedade e das empresas para lidar com essa mudança. Ele enfatiza que a rápida aceleração da IA cria múltiplos futuros. Ou seja, essas realidades futuras, imersas em uma tecnologia em rápida expansão, apontam para um território ainda inexplorado de potencialidades e desafios, delineando um horizon-

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CONTEÚDO COMPARTILHADO ENTREVISTA

te rico em oportunidades de mudança. "Que futuro é o futuro daqui seis meses, daqui dois anos e o futuro daqui dez anos? Porque são três universos com realidades completamente diferentes", explica.

Os Desafios da Inteligência Artificial e a Transformação do Mercado de Trabalho

Ari Pellicioli pergunta para Vandré quais são os principais desafios a serem enfrentados nesse domínio tecnológico, especialmente no que diz respeito à IA. Vandré diz que o desafio central não se limita ao âmbito corporativo, mas sim à esfera humana. Para ele, ocorreu uma transformação equiparável à terceira revolução industrial, ao longo das últimas décadas, marcada pela automação extrema das tarefas operacionais humanas. O que emergiu desse período de transformação foi a substituição de empregos e a desvalorização de funções que anteriormente eram tidas como essenciais. No entanto, Vandré ressalta que, como parte da jornada dessa revolução, a extinção de empregos é apenas um aspecto transitório. O desaparecimento de empregos é uma faceta ine-

vitável durante o período de transformação; contudo, a conclusão dessa fase é seguida pela criação de novas profissões.

Vandré destaca que a atual revolução desafia a forma como os seres humanos se preparam para interagir com a IA. Ele alerta a previsão de que, nos próximos três anos, a IA substituirá uma série de postos de trabalho táticos, incluindo gerentes, analistas e supervisores. Mas, por outro lado, as decisões estratégicas e criativas permanecerão protegidas por pelo menos mais cinco anos. Sobre o desenvolvimento futuro do ChatGPT, da versão 3.5 para a 4.0 e a antecipação da versão 5.0, vão ocorrer transformações ainda mais significativas com a chegada da superinteligência artificial.

A superinteligência, em particular, desperta preocupações e reflexões sobre uma IA capaz de criar seus próprios prompts, indicando uma fase de mudanças profundas nos cargos de tomada de decisões e estratégicos. "Eu hoje, por exemplo, me autointitulo de engenheiro de prompt de IA, que é o que eu mais tenho feito ultimamente. Mas eu sei que essa profissão, vai ser extinta daqui cinco anos", afirma.

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CONTEÚDO COMPARTILHADO INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Evolução da Educação na Era da Inteligência Artificial

Guilherme Gondim traz o tema da educação na discussão com Vandré, sobre como a IA está remodelando o processo de aprendizado. Guilherme reflete sobre a conveniência moderna e como a tecnologia tem eliminado esforços físicos e mentais. Ele salienta a mudança de paradigma em relação à obtenção de conhecimento, passando de fontes físicas, como enciclopédias, para motores de busca e, agora, para a IA generativa. A convergência dessas mudanças levanta uma questão crucial: como a educação e o processo de aprendizagem serão impactados por essa evolução?

Vandré questiona o tradicional papel de professor e aluno, revelando que os influenciadores

digitais e youtubers se tornaram educadores, ultrapassando os limites das instituições acadêmicas pelo alcance de massa. Outro aspecto enfatizado por Vandré é o processo tradicional de avaliação que é colocado em xeque diante das soluções apontadas com facilidade pela Inteligência Artificial.

Cabe focar, portanto, em incentivar o aprendizado analítico e o questionamento crítico dos alunos. "Eu posso dizer para o aluno: use o ChatGPT para resolver o problema tal. Agora você deve gravar um vídeo para o professor explicando quais são os pontos mais frágeis das afirmações da IA. Aonde que a IA pode ter errado? Se você coloca o aluno nesse contexto, você está exigindo do aluno que ele tenha uma capacidade de compreensão acima até mesmo do que a IA é capaz", explica.

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ENTREVISTA Confira a entrevista na íntegra em:
CONTEÚDO COMPARTILHADO
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CEO da Meliva.ai, um SuperApp que integra os motores de IA mais avançados da atualidade, Vandré é empreendedor e educador. Iniciou sua trajetória aos 14 anos, ensinando Cobol 80 e Fortran.

Graduado em Física com foco em Quântica e Relativística, atuou no ensino médio e superior. Transicionou para a esfera digital, fundando a PontoGet Inovação, alçando médias empresas a patamares inovadores. Com destaque como pioneiro em ambientes colaborativos, cofundou a PontoGet Coworking em 2012, impulsionando startups no Centro-Oeste.

Vandré Sales

A Jornada Humana Rumo a um Novo Ciclo de Revolução: o da Inteligência Artificial

5 minutos

A humanidade tem vivenciado ciclos de revolução cada vez mais impactantes e em espaços de tempo cada vez mais curtos. Desde os primórdios, domando o fogo e moldando os metais, depois criando a escrita, inventando a roda... temos tido alguns marcos na linha do tempo, que representa-

ram significativos saltos de evolução do nosso cotidiano.

A maioria deles, até determinado período, tinha reprodução e propagação lentas, um-a-um, “ponto-a-ponto”, indivíduo a indivíduo, região a região. Somente depois de Gutenberg inventar a prensa, por exemplo, foi possível conduzir a escrita a

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ARTIGO CONTEÚDO COMPARTILHADO
Artigo por Ricardo Formighieri de Bem Fundador e CEO da Divex

algo similar à “distribuição” ou “popularização”, permitindo que a disseminação do conhecimento atingisse outra velocidade e outro patamar.

Depois dos livros, foi a vez da distribuição em larga escala dos objetos e artefatos, com a Revolução Industrial. Assim, objetos e livros - antes únicos, em cada peça e exemplar - podiam ser replicados em série. E deixavam de ser exclusividades acessíveis a poucos, para chegar a muito mais mãos e mentes e em menor tempo.

Vieram então a eletricidade, os carros, o transporte. Mais velocidade e capacidade produtiva aplicadas às revoluções anteriores, ampliando ainda mais seu alcance e efeitos e acelerando a produção de outras.

Foi na década de 40, que surgiram eles… os primeiros computadores, daqueles que ocupavam prédios inteiros. Por volta da metade daquela década, surgia o ENIAC (Electronic Numerical Integrator And Computer). Embora fosse um grande avanço, ainda demorou mais um tanto para que acontecesse uma evolução significtiva com os computadores. Somente em 1965 surgiu o primeiro minicomputador comercial. A histó-

ria dos computadores segue, mais adiante.

Já em 1970, chegamos à 3a. Revolução Industrial e, especialmente, ao transistor. Começou então, uma revolução da automação, com a criação de diversos equipamentos eletrônicos.

Também em 1970, a Intel lançava um novo tipo de circuito integrado: o microprocessador. Em 1975, chegaram os primeiros computadores pessoais de baixo custo baseados em microprocessadores. O Altair e em seguida o Apple II, começaram o que hoje achamos tão trivial em nossas vidas. E também, o ambiente propício para uma outra grande revolução.

A partir de então, temos 05 grandes ciclos de inovação, com praticamente apenas 10 anos de intervalo entre cada um deles:

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CONTEÚDO COMPARTILHADO
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

1. Popularização dos computadores pessoais, nos anos 90

Este ciclo começou um pouco antes, no Brasil, mas consolidou-se no decorrer dos anos 90, quando os computadores pessoais começaram a se tornar uma ferramenta comum em muitos lares e empresas.

A partir daí, temos um salto de produtividade humana em massa, auxiliada pelos computadores. Eles haviam saído das grandes salas de poucas empresas, para o dia-a-dia de qualquer pequeno escritório. O avanço veio em escala.

2. Web e a Era Digital, na metade dos anos 90 (no Brasil)

O advento da Web revolucionou a forma como se utilizava a Internet, propiciando acesso fácil e mais intuitivo ao que antes era feito apenas com caracteres verdes em uma tela escura. Tim Berners-Lee foi realmente iluminado e mudou o jogo, para sempre.

3. Smartphones e mobilidade, iPhone é lançado em 2007

A tecnologia celular chegou antes. Mas a verdadeira revolução do setor coube à Apple, que mesmo sem ter produzido um único telefone até ali, lançou o iPhone e sacudiu a indústria de telefonia. O touchscreen e as lojas de apps (outra grande sacada) nasceram ali. E todas as outras fabricantes tiveram de correr atrás. Com um computador no bolso, literalmente, as pessoas ganharam a mobilidade no acesso à informação, a ferramentas digitais e à comunicação mais simples e rápida, via Apps.

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ARTIGO

4. Inteligência Artificial e Machine Learning, meados dos anos 2010

Ao contrário do que muitos pensam, a história da Inteligência Artificial não é recente. Remonta à década de 50, com seus primeiros conceitos e surgimento oficial. Ela avançou bem pelos anos 60, mas o período compreendido entre as décadas de 70 e 80 ficou conhecido como “O Inverno da Inteligência Artificial”. Até que, já nos anos 90, o supercomputador Deep Blue, da IBM, vencia o lendário campeão de xadrez, Garry Kasparov. E reacendia o setor e o imaginário humano. Nos anos 2.000 os avanços prosseguiam. E a IBM uma vez – ganhava as manchetes, em 2011, com o Watson, seu novo supercomputador. Ele venceu humanos em um jogo de perguntas e respostas no Jeopardy, conhecido programa de TV norte-americano.

A linha “Watson” da IBM, viria a se tornar o carro-chefe da Computação Cognitiva da empresa. De lá, até hoje, a inteligência artificial do Watson dá valiosas contribuições em áreas como diagnóstico do câncer, análises financeiras,

Embora, como vimos, a Inteligência Artificial já venha tendo papel relevante nas últimas décadas, foi somente agora em 2023 que ela extrapolou os ambientes acadêmicos e corporativos, ganhando as massas e

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

impactando diretamente as pessoas físicas. Movimento muito semelhante ao que aconteceu com a Web, de Tim BernersLee, neste sentido de amplificação do acesso. E isso sempre tem poder de transformação em progressão geométrica. É o que estamos presenciando, de fato. Nunca antes tantas pessoas tiveram acesso direto a recursos de Inteligência Artificial, em qualquer lugar do planeta, a um clique de distância. A grande responsável por isso, você sabe, é a Open AI, com o ChatGPT.

Está inaugurada, portanto, a era da colaboração humanomáquina. Perceba a palavra “colaboração”. É ela a chave para um novo salto, maior que o da Internet, possivelmente. Porque até aqui, computadores, bases de dados e softwares, foram meramente usados, requisitados, consultados. Nunca responderam, numa verdadeira interação, com diálogo, às pesso-

as comuns. Agora, sim. Em escala global.

Estamos apenas no começo disso. Do “Humano Assistido (no sentido de auxiliado) por I.A.” em larga escala, acelerando o cumprimento de tarefas, a resolução de problemas, ou até estimulando a formulação de novas hipóteses ou ideias, ao redor do globo. Hoje, o próprio ChatGPT, ou o Bard, do Google, tem extremas limitações em relação à precisão de informações, ou de avanço consistente em questões mais complexas.

Mas a sofisticação e a capacidade destes Assistentes Avançados de I.A. só vão aumentar, indubitavelmente. E esta inédita colaboração entre seres humanos e modelos de linguagem generativa traz possibilidades imensas. Não creio na substituição dos humanos, mas sim, na sua potencialização. Teremos capacidades ampliadas e aceleradas, construindo um novo ciclo de revolução.

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Fundador e CEO Divex, conta um amplo histórico de atuação no mercado digital. Com experiência em Marketing Digital, Estratégias de Marketing para a Internet, CRM, Campanhas Digitais e Transformação Digital, esteve à frente de centenas de projetos destes temas, ao longo dos últimos 28 anos.

Foi diretor da ABRADi-RS (Associação Brasileiras das Agências Digitais) durante 10 anos e escreve regularmente sobre o Digital e sua influência nas empresas, marcas e organizações.

SOBRE
Ricardo de Bem

EMPREENDEDORISMO

Fundação Gerações

Impulsiona

o Empreendedorismo

Social em Porto Alegre

Entrevista com Karine Ruy

Coordenadora-Geral da Fundação Gerações

30 8 minutos
SOCIAL ENTREVISTA
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Uma iniciativa inovadora está movimentando Porto Alegre, impulsionando o desenvolvimento sustentável e o empreendedorismo social na região. A Caravana DUXtec, selecionada no primeiro edital da Coalizão pelo Impacto na cidade, surge como uma peça-chave nesse cenário. Criado pela Fundação Gerações, o programa vai além de um simples workshop, abrangendo visitas guiadas, mentorias e seleção de projetos. Em

entrevista à revista Conteúdo Compartilhado, Ari Pellicioli, CEO da ConsulPaz, e Caco da Motta, editor da revista, conversam com Karine Ruy, coordenadora-geral da Fundação Gerações, para explorar as inovações por trás dessa iniciativa inspiradora.

A Fundação Gerações é uma organização da sociedade civil, que completa 15 anos agora em 2023. Ela surgiu com o objetivo de trabalhar na qualificação do ambien-

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te social e apoiar as outras organizações sociais, na qualificação de seus trabalhos de captação de recursos e pesquisas. "São diferentes oportunidades de atuação em rede, como uma organização articuladora", explica Karine.

No ano de 2023, a Fundação Gerações está passando por um período de reposicionamento, reavaliando seu modelo de atuação. Com um compromisso direto com a sociedade, a fundação está refinando suas entregas em duas áreas cruciais. Primeiramente, foca na formação de lideranças jovens e sociais, com uma perspectiva voltada para o coletivo e a sociedade em geral. Segundo, direciona-se para o âmbito dos negócios de impacto social e socioambiental, em resposta ao crescimento dessa agenda tanto no Brasil quanto internacionalmente.

Ao reconhecer a lacuna de iniciativas específicas para abordar os desafios complexos nas periferias das comunidades, a Fundação Gerações formata o programa chamado de DUXTec, Redes de Inovação Social, em parceria com o Tecnopuc, que tem o apoio do Instituto Helda Gerdau. O Projeto foi beneficiado no primeiro edital da Coalizão pelo Impacto, que é um movimento que está acontecendo em seis cidades do Brasil: Belém, For-

taleza, Brasília, Campinas, Paranaguá e Porto Alegre e aportará R$ 34 milhões para desenvolver projetos, simultaneamente, em parceria com organizações locais.

Fortalecendo as Comunidades Através de Negócios de Impacto Social

A ideia da Fundação Gerações é formar uma cultura de negócios de impacto social para diversas comunidades no RS. "Começamos pela Restinga, fomos no Morro da Cruz e depois na Bom Jesus. O Morro da Cruz, para quem não é de Porto Alegre, tem uma vista linda da cidade, com potencial de turismo, de economia criativa", lembra a coordenadora. Frequentemente, as discussões nas comunidades têm como base um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU para 2030. Os tópicos discutidos englobam mobilidade, empreendimentos locais, alimentação saudável e inclusiva, comunicação e informações.

"Eu entendo que hoje em dia todas as crianças nas escolas, todo mundo tinha que estar com os ODS na ponta da língua para entender que a gente não tem muito tempo. É um assunto muito sé-

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rio, principalmente quando a gente pensa nos desafios ambientais, mas os sociais também, porque tudo anda junto", defende. Nas conversas realizadas até o momento, os ODS relacionados à educação, geração de renda e inclusão produtiva no mundo do trabalho têm emergido como temas centrais. Embora alguns objetivos sejam complexos e demandem a participação de atores poderosos e do poder público, outros, como educação, empoderamento feminino e questões de gênero, abrem espaço para ideias de negócios comunitários e abordagens empreendedoras.

Ari Pellicioli pergunta para Karine sobre a integração da Caravana

DUXtec à rede de inovação de Porto Alegre, considerando tanto a inovação social quanto o ecossistema de inovação da cidade. Karine explica que a próxima etapa envolve visitas técnicas reversas, onde os empreendedores que se envolveram no programa explorarão ambientes de inovação, como o Tecnopuc e o Instituto Caldeira. Estas visitas visam criar oportunidades de acesso a espaços que antes pareciam inacessíveis, transmitindo a mensagem de que esses ambientes também são para eles. A diversidade é incentivada tanto na prática quanto no empreendedorismo, com o intuito de conectar com o setor de inovação do poder público. "A gente também tem que conectar e entender o

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que o poder público está pensando e formatando para a cidade com o empreendedorismo de base periférica", reforça Karine.

Caco da Motta questiona Karine sobre a Coalizão pelo Impacto e sua abordagem para promover negócios de impacto, bem como a

alocação de investimentos para a região de Porto Alegre. Karine explica que a Coalizão pelo Impacto foi lançada em 2022, visando fortalecer entidades e organizações que atuam no ecossistema empreendedor para trabalhar com negócios de impacto social. Até

Workshop no Morro da Cruz Explora Negócios de Impacto Social e Design Thinking

O workshop do Morro da Cruz, realizado em 5 de agosto, reuniu moradores da região interessados em conhecer o modelo dos negócios de impacto social. Durante a atividade, eles tiveram a oportunidade de conhecer duas iniciativas de Porto Alegre que atuam com empreendedorismo de impacto: Kopa Coletiva, fundada pela arquiteta Karol Almeida, e Vivendo de Trilha zada por Aline Medeiros e direcionada ao ecoturismo de base comunitária. Durante o workshop, os participantes usaram a metodologia design thinking para, em grupos, desenvolverem iniciativas com potencial de impacto coletivo para a região.

Também foi empregada uma adaptação da ferramenta feature canvas, com a função de otimizar a organização e clareza das ideias. Seguindo suas etapas, os participantes puderam compreender de forma aprofundada o propósito, a relevância e a execução da proposta de ação.

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ENTREVISTA

2026, a Coalizão aportará R$ 34 milhões para desenvolver, simultaneamente, em parceria com organizações locais, seis ecossistemas de impacto em cidades das cinco regiões do Brasil: Belém, Fortaleza, Brasília, Campinas, Paranaguá e Porto Alegre.

Potencializando Mudanças

Através de Negócios Sociais Inovadores

Karine destaca a importância de aproveitar as oportunidades para fortalecer a cidade e o setor privado por meio dos negócios de impacto social. Ela menciona exemplos de negócios atualmente acelerados pela Fundação Gerações, como iniciativas para empregabilidade jovem, visibilidade de negócios periféricos liderados por mulheres empreendedoras e serviços de marketing digital para pequenos empreendedores. A coordenadora-geral da Fundação convida todos a conhecerem a Coalizão pelo Impacto e a se envolverem nessa iniciativa: "Muitas empresas já estão interessadas em participar. A gente precisa de uma rede. Primeiro conhecendo o tema para depois também poder participar de forma mais ativa nessa agenda localmente".

Segundo Karine, é fundamental enfrentar preconceitos ao abordar comunidades e periferias. Ela enfatiza que, apesar dos desafios presentes, essas áreas são dotadas de um notável potencial e talento. Durante a pandemia, ela destaca que as comunidades conseguiram unir-se e demonstrar uma resiliência exemplar, superando adversidades mesmo com recursos limitados. "Os empreendedores de outros setores têm muito a aprender com os empreendedores das comunidades", enfatiza Karine.

Além disso, ela enfatiza como a perspectiva das pessoas muda ao visitar esses espaços e vivenciar de perto o trabalho realizado, como acontece no Instituto Caldeira e no Tecnopuc, por exemplo.

Fortalecendo a Rede: Convocação para Engajamento e Apoio Ativo

Ari Pellicioli elogia a iniciativa da Fundação e ressalta o brilho nos olhos de Karine ao falar sobre o projeto. O CEO da ConsulPaz parabeniza a Fundação por sua abordagem transformadora, destacando que não se trata apenas de uma ação social pontual, mas de uma trajetória contínua de

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EMPREENDEDORISMO SOCIAL

transformação. Ele também enaltece o potencial encontrado em empreendedores e empresários, independentemente da região ou preconceitos existentes, realçando a importância da mudança cultural para a inclusão social. Ari aproveita a oportunidade para saber mais sobre os próximos passos da Fundação Gerações e da Caravana DUXtec, buscando entender como ele e outros empreendedores podem apoiar e contribuir para o crescimento dessas iniciativas.

Karine aproveita, então, para revelar as novidades da Fundação Gerações para comemorar seus 15 anos. Ela destaca o lançamento do primeiro Fundo Comunitário do Rio Grande do Sul, onde empresas podem participar e doar recursos que serão destinados a movimentos de impacto em Porto Alegre,

com transparência e credibilidade. Além disso, ela anuncia o lançamento de um programa de formação de lideranças comunitárias e um circuito de formações sobre o programa pró social, uma lei de incentivo fiscal no estado.

"As empresas que querem trabalhar com inovação social, querem apoiar projetos, podem nos procurar. A gente tanto pode fazer conexões, quanto também desenhar entregas específicas para algumas necessidades do setor privado", convida. Karine agradeceu a oportunidade de poder divulgar as iniciativas na revista Conteúdo Compartilhado da ConsulPaz e compartilhou os canais de contato da Fundação para aqueles que desejam se envolver ou saber mais sobre as iniciativas.

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ENTREVISTA
Confira a entrevista na íntegra em: Clique para acessar Clique para acessar

SOBRE A ENTREVISTADA

Jornalista com experiência em veículos de imprensa e mestrado e doutorado em Comunicação pela PUCRS.

Há mais de 10 anos, atua como executiva na área do terceiro setor, onde coordena programas de formação de lideranças jovens.

Karine Ruy

COLUNA CACO DA MOTTA

Inovação na Comunicação

Caco da Motta com Thiago Ribeiro, CEO do South Summit Brazil

5 minutos

38 COLUNA
CONTEÚDO COMPARTILHADO

A comunicação e o jornalismo passam por um processo de ampla transformação e desafios constantes, numa era digital, ainda mais hoje com a Inteligência Artificial gerando conteúdo. A carreira do jornalista Thiago Ribeiro é um exemplo desse cenário em evolução, moldando-se de maneira abrangente através das diversas oportunidades que o meio proporciona. Com experiência em veículos renomados como RBS, SBT, Rádio Guaíba, Gaúcha e Canal Rural, Thiago traz consigo um repertório multifacetado que inclui tanto o setor público, quanto um profundo entendimento do mundo corporativo.

A trajetória de Thiago o conduziu a uma oportunidade incrível e ainda mais desafiadora, liderando um evento de relevância global, porém enraizado em sua edição Gaúcha, em Porto Alegre: o South Summit Brazil. Além disso, sua formação diversificada abrange não apenas a comunicação, mas também o marketing e a computação, ali-

nhando-se perfeitamente com a atmosfera de startups e inovação, especialmente quando criou o Projeto Poa Digital.

O South Summit, que em 2024 chega à sua terceira edição no Cais Mauá, nos dias 20, 21 e 22 de março, tem se firmado como um dos eventos mais significativos no cenário do empreendedorismo e inovação. No ano passado, contou com a participação de 900 palestrantes ao longo de três dias, atraindo um público de 22 mil pessoas. Fundos de investimento com um patrimônio total de US$ 123 bilhões marcaram presença nesta edição, destacando a importância do evento para a conexão entre startups e investidores. Eu conversei com o CEO do South Summit Brazil, Thiago Ribeiro, um profissional que tive a honra de conhecer, um colega com a mente aberta, multifacetada que está moldando o cenário de inovação e empreendedorismo em nossa região e que muito nos orgulha.

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CONTEÚDO COMPARTILHADO COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO Maiores Informações em: https://www.southsummit.io/brazil

Caco da Motta - Há um ponto em comum em toda esta sua jornada, Thiago, que te conduziu por este caminho? Ou seria também uma tendência para os profissionais de comunicação contemporâneos: a necessidade de se diversificar. Gostaria de ouvir um pouco sobre sua jornada, desde a escolha pela comunicação até os dias atuais.

Thiago Ribeiro - Essa é uma boa questão. Eu mesmo, faço ela com certa frequência. Sempre digo que se tivesse que começar novamente, iniciaria pela comunicação. Para mim, esse sempre foi o grande ponto de convergência na minha trajetória. Minha formação como jornalista tem sido a base, o fio condutor da minha vida profissional como um todo. Foi o que me trouxe até aqui. Mas, somado a isso, eu acredito

sim numa tendência, ou melhor, uma necessidade de diversificação sobretudo por parte dos profissionais de comunicação. Eu me defino, desde o princípio, como generalista e, nesse aspecto, sempre procurei esse caminho. Acredito de verdade nisso. Sempre gostei de aprender, conhecer coisas novas e viver novas experiências. Até aqui me parece que vem dando certo.

Caco da Motta - Como surgiu a ideia do Projeto Poa Digital? Qual o impacto dele na cidade e o que ele ainda poderia fazer de inovador na sua opinião?

Thiago Ribeiro - O Poa digital foi inspirado num projeto de Nova Iorque chamado NYC Digital. Implantado pelo então prefeito Bloomberg, a iniciativa proporcionava uma conexão, ou melhor,

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COLUNA CACO DA MOTTA

uma relação diferente entre a cidade e seus cidadãos. Em Porto Alegre, procuramos adaptar a iniciativa a nossa realidade e tivemos ótimos resultados. Sob a liderança do prefeito José Fortunati, mudamos a forma do governo municipal se relacionar com a cidade como um todo. Fomos reconhecidos nacional e internacionalmente. Viramos sinônimos de inovação, de transparência, modelo de gestão pública e uma referência para um grande número de projetos. Infelizmente, o projeto foi descontinuado, mas segue inspirando e contribuiu definitivamente para o momento que vivemos hoje de construção de um ecossistema maduro e pujante.

Caco da Motta - De que forma você vê a comunicação atualmente, principalmente, na geração de conteúdo, onde não só especialistas, jornalistas e comunicadores estão à frente, mas muitos influenciadores surgem com força, poder e voz com público e marcas? Além disso, surgem diversas plataformas e formatos, além das redes sociais, de forma livre, sem necessidade da mídia tradicional. E agora, ainda tem a Inteligência Artificial gerando conteúdo em alta velocidade, po-

dendo ser aliado ou concorrente. Os desafios são cada vez maiores, não?

Thiago Ribeiro - Sem dúvida, a comunicação vive um momento complexo e repleto de desafios. Talvez seja uma das áreas mais afetadas pelas novas tecnologias. Sempre fui um jornalista muito conectado, o chamado heavy user. Por isso, sempre enxerguei essas mudanças e, principalmente, as novas ferramentas como aliadas. Talvez tenha feito, por exemplo, uma das primeiras transmissões ao vivo utilizando a internet ao invés de um canal de satélite. Meu conselho para os profissionais é que eles não devem ter uma postura reativa a toda essa mudança que estamos vivendo, mas sim tentar aprender a conviver com ela. Acredito que o futuro e o sucesso passam por aí.

Caco da Motta - O que as pessoas podem esperar da próxima edição do South Summit, que acontece em março de 2024? Quais são as novidades? Lembro que o Metaverso era algo que apareceu com força na primeira edição. Na segunda, já havia algo ligado à automação, criptomoedas, ESG, com a sustentabilidade em alta. Parece

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COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO

que nesta, a Inteligência Artificial vai estar bem presente. E podes compartilhar o que haverá de oportunidades para aqueles pequenos empreendedores que pretendem participar?

Thiago Ribeiro - Teremos muitas novidades. Um evento maior e melhor. A começar pela estrutura. Teremos mais um armazém, mais áreas cobertas, mais assentos, mais áreas de convivência, entre outros. Queremos proporcionar mais conforto a todos. Em termos de conteúdo, o South

Summit Brazil procura discutir e apresentar os grandes temas da atualidade. A sustentabilidade e o impacto seguem sendo temas transversais. Seguramente, a Inteligência Artificial será amplamente debatida, mas o que posso garantir é muita qualidade e gente boa passando pelos palcos. Para os empreendedores não canso de dizer que o lugar deles é no South Summit Brazil e, nesse contexto, a grande oportunidade é a competição de startups que já está recebendo inscrições na página do evento.

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CACO
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COLUNA
DA MOTTA

SOBRE O COLUNISTA

Caco da Motta é Jornalista, Comentarista Esportivo e Especialista em Comunicação Criativa.

Instagram: @cacodamotta

LinkedIn: @cacodamotta

WhatsApp: +55 51 99999 0192

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