Especialista em Liderança e Cultura Organizacional
Idealização
Eden Paz
Sócio Fundador e Conselheiro da ConsulPaz
Diagramação e Criação
Juliana Correa Comunicação e Marketing ConsulPaz
Editor Responsável
Caco da Motta
CEO Caco da Motta Comunicação
Registro Profissional 7220/91/RS
A Revista Conteúdo Compartilhado é uma publicação periódica e gratuita da ConsulPaz. Sua divulgação é digital e o acesso pode ser realizado internacionalmente.
O conteúdo dos artigos e entrevistas de convidados é de responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da empresa.
Conteúdos
06
CONSULPAZ: HÁ 10 ANOS TRANSFORMANDO NEGÓCIOS E CONSTRUINDO CONEXÕES
Entrevista com Eden Paz e Ari Pellicioli, Sócios da ConsulPaz.
20 A ARTE DE LIDERAR: ESTRATÉGIAS PARA CULTIVAR RESULTADOS
Entrevista com Renato Navas, Especialista em Liderança e Cultura Organizacional.
34 CONSULPAZ EM EXPANSÃO: NOVA FASE ESTRATÉGICA COM CHEGADA A SC
Entrevista com Maristela e Felipe Pelagio, novos sócios da ConsulPaz.
46 O DESAFIO DA GESTÃO EMPRESARIAL VERSUS PRINCÍPIOS E VALORES PESSOAIS
Artigo por Eden Paz, Sócio Fundador da ConsulPaz.
52 COMUNICAÇÃO CRIATIVA: A ARTE DE LIDERAR COM PALAVRAS QUE MOVEM
Coluna por Caco da Motta, jornalista e mentor.
Uma Década de Transformação e Novos Horizontes
Celebrar 10 anos de ConsulPaz é honrar uma trajetória construída com propósito, resiliência e visão estratégica. Nesta edição especial, unimos passado e futuro para compartilhar os aprendizados que nos trouxeram até aqui e os horizontes que estamos construindo.
Neste caminho, Eden Paz e eu abrimos nossos arquivos pessoais para compartilhar histórias inspiradoras - dos primeiros desafios como empreendedores à expansão da empresa. Também apresentamos com orgulho Maristela e Felipe Pelagio, nossos novos sócios, cuja expertise em gestão de pessoas e finanças está ampliando nosso impacto em Santa Catarina e além.
Renato Navas nos presenteia com reflexões profundas sobre liderança na era da transformação digital, enquanto
Eden Paz analisa o equilíbrio entre gestão empresarial e valores pessoais em um artigo exclusivo. Já Caco da Motta nos ensina como palavras podem mover pessoas e transformar realidades.
Mais do que uma celebração, esta edição é uma janela para o futuro - um futuro construído através da colaboração, da inovação e, principalmente, do olhar atento às pessoas que fazem a diferença.
Agradecemos por fazer parte dessa jornada e esperamos que cada página inspire novas conexões e possibilidades em sua trajetória profissional e pessoal.
No universo corporativo, poucas empresas conseguem atravessar uma década mantendo o fôlego para crescer, inovar e se reinventar. A ConsulPaz, que em fevereiro de 2025 celebrou 10 anos de história, é um desses casos.
Fundada com o objetivo de oferecer consultoria especializada na implementação de Serviços Compartilhados e evoluindo ao longo dos anos para abraçar novas frentes de atuação, a empresa consolidou-se como uma referência no setor. Para contar essa trajetória, Caco da Motta, jornalista e editor da Revista Conteúdo Compartilhado, entrevistou Eden Paz, fundador, e Ari Pellicioli, sócio cofundador da ConsulPaz, que compartilharam os desafios, aprendizados e planos para o futuro.
Ao relembrar o início da empresa, Eden Paz destaca um elemento curioso: o nome ConsulPaz surgiu ainda em 2003, quando ele, atuando como consultor para a Accenture, precisou abrir uma empresa PJ para prestar serviços. “Meu pai sugeriu: Consultoria + Paz. Que tal ConsulPaz?', recorda Eden. Anos depois, ao decidir empreender e fundar oficialmente a empresa de consultoria, Eden manteve o nome como uma homenagem ao pai.
A mudança da vida de um executivo do mundo corporativo para o empreendedorismo veio acompanhada de riscos e escolhas estratégicas. Depois de uma sólida carreira na Gerdau, Eden se viu diante de duas opções: buscar uma recolocação em outra empresa, possivelmente fora do Rio Grande do Sul, ou apostar em seu próprio negócio.
“Eu sempre tive espírito empreendedor. Desde jovem, gostava de tocar projetos, fossem eles meus ou não.
Decidimos, em família, que daríamos dois anos para o negócio acontecer. Se não desse certo, iríamos reavaliar o caminho”, explica.
Com a decisão tomada, Eden contou com o apoio de mentores e amigos próximos, como Inácio Fritsch, com quem teve longas conversas sobre o modelo de negócio. Desde o início, a ideia era estruturar a ConsulPaz com uma governança sólida. “Não queríamos ser apenas uma empresa “você S.A.”. Criamos um conselho, estabelecemos um modelo estruturado para crescimento”, ressalta.
O foco inicial da ConsulPaz em Serviços Compartilhados veio da expertise de Eden na área. Ele havia atuado em implementações desse modelo na Accenture, Syngenta, Gerdau e Camargo Corrêa, tornando-se um dos poucos especialistas do setor no Brasil. “Era uma área nova, com muitas oportunidades e uma demanda
Depoimentos | 10 anos ConsulPaz
INÁCIO FRITSCH — Fritsch Consulting
Conheço o Eden e o Ari há bastante tempo, trabalhamos juntos na Gerdau. Para mim, é uma alegria, uma satisfação poder estar junto aqui comemorando os 10 anos.
A gente sabe que é uma vitória, é um caminho longo percorrido, mas com muita qualidade e muita amizade, muita segurança com as pessoas envolvidas. Então, para mim, foi uma satisfação muito grande poder rever uma série de amigos aqui hoje.
crescente. Eu já tinha passado por várias empresas estruturando esse tipo de serviço e sabia que havia espaço para crescimento”, conta.
A sede foi estabelecida em Porto Alegre, mas desde o início a ConsulPaz tinha um olhar nacional e internacional. “Nascemos no Rio Grande do Sul por uma questão pessoal e familiar, mas queríamos atender todo o Brasil e América Latina”, explica Eden. O modelo de
gestão também passou por transformações. Inicialmente, a ConsulPaz era baseada em sócios e chegou a contar com 11 deles, distribuídos entre Porto Alegre, São Paulo e Santa Catarina. Em 2023, esse modelo foi revisado e a gestão passou por um processo de reorganização. “Aprendemos muito ao longo do tempo e fomos ajustando nossa estrutura para torná-la mais eficiente”, complementa Eden.
De Estagiário Sênior a Sócio: A Parceria que Fortaleceu a Consultoria
Ari Pellicioli entrou para a ConsulPaz em um momento de transição em sua carreira. Depois de anos de atuação na Gerdau, ele decidiu tirar um tempo para si e para a família. “Eu estava naquele momento de reflexão: o que vou fazer agora? Aproveitei para descansar, cuidar dos meus carros antigos e passar um tempo na praia”, relembra Ari.
Foi nesse cenário que ele recebeu um telefonema de Eden Paz, seu antigo colega de trabalho. “Estava veraneando na Praia dos Ingleses, em Santa Catarina, quando o telefone tocou. Era o Eden, e ele começou dizendo que estava com vergonha do que ia pedir”, conta Ari, rindo.
Do outro lado da linha, Eden explicou que a ConsulPaz havia subdimensionado um projeto em Porto Alegre e precisava de apoio imediato. “Ele perguntou se eu poderia ajudar. Eu já estava cansado da rotina de levar cadeira para a praia e voltar com ela. Pensei: 'por que não experimentar?'”, explica Ari. Havia, no entanto, um detalhe curioso.
“O Eden me avisou que a remuneração disponível era a de um estagiário. Ele ainda insistiu para que eu conversasse com minha esposa antes de aceitar. Mas eu não tive dúvidas, disse que estava fechado”
No domingo seguinte, ele saiu da praia direto para um shopping, comprou um novo computador e roupas mais formais. Na segundafeira, já estava no cliente, sem conhecer ninguém da equipe. “A gerente do projeto teve um imprevisto, então entrei direto, me apresentei e comecei a trabalhar. Foi assim que a ConsulPaz ganhou
Para Eden, o convite foi um risco calculado.
“Eu sabia com quem estava falando. O Ari já havia sido um dos líderes da minha equipe na Gerdau. Conhecia seu estilo de trabalho e tinha certeza de que, se ele topasse, seria um grande parceiro”, explica.
A experiência temporária virou um novo caminho profissional. Ari rapidamente assumiu projetos mais complexos e, algum tempo depois, decidiu adquirir participação na sociedade da ConsulPaz. “O propósito da empresa passou a ser o meu propósito. Vi que era onde eu queria estar, compartilhando conhecimento e agregando valor para os clientes”, afirma Ari. Eden lembra que o momento decisivo foi quando Ari perguntou: “Como faço para ser mais ConsulPaz? Como posso crescer aqui dentro?”. Foi assim que a parceria se consolidou. “Ele abraçou essa história junto comigo, e isso é o mais legal dessa jornada”, recorda Eden.
Caco perguntou para o Ari o que o havia seduzido nesse convite inesperado e o motivo pelo qual ele decidiu aceitar o desafio. Ari
explicou que o que o motivou foi a oportunidade de aprendizado.
“O que mais me cativa é o leque de aprendizado que surge ao compartilhar e conhecer novos negócios e segmentos. É uma via de mão dupla: você transmite conhecimento e recebe conhecimento. Nunca imaginei quantos modelos de negócios diferentes existiam ou como funcionavam. Essa troca de experiências me fez perceber formas de trazer minha vivência e contribuir ativamente para agregar valor”, ressaltou Ari.
Para ele, o espírito de explorar, errar e aprender é essencial nesse ambiente de desafios e descobertas, algo que impulsiona a ter uma visão positiva mesmo nas adversidades.
Eden complementou, dizendo que essa troca constante de aprendizado é o que faz o trabalho na ConsulPaz tão especial. Ele destacou que, ao longo dos 10 anos da empresa, cerca de 70 projetos foram realizados a maioria deles em grandes corporações. No entanto, eles têm buscado atender também médias empresas, aproveitando os avanços tecnológicos para oferecer competitividade e agregar valor com a mesma qualidade. "Sempre fui uma pessoa inquieta e atraída por novos desafios. Minha carreira me permitiu vivenciar diversos
Depoimentos | 10 anos ConsulPaz
MAXIMILIANO MARQUES — São Pietro Hospitais e Clínicas
Conheci a ConsulPaz em um imenso projeto de implantação de CSC. Ver método, coerência e toda a organização da gestão da mudança me encantou. Além pessoas extraordinárias e de altíssima qualidade técnica, o que eles fizeram em 7 meses é indescritível.
Quem conhece o Grupo Mãe de Deus sabe o que foi esse projeto e a ConsulPaz é uma instituição que se destaca em relação ao conhecimento e à capacidade de coordenar projetos complexos. Parabéns ConsulPaz! Que venham mil anos pela frente!
segmentos, como autopeças, montadoras, indústria farmacêutica, siderurgia, e até mesmo o agronegócio, tudo isso enquanto ainda era CLT. Essa bagagem despertou em mim uma visão única sobre modelos de negócios e culturas organizacionais", comentou Eden.
Eden acrescentou ainda que o envolvimento dos sócios da ConsulPaz nos projetos é um diferencial no mercado, o que exige um aprendizado contínuo e a prática do "lifelong learning". Ele mesmo está o tempo todo aprendendo, estudando, fazendo cursos de Inteligência Artificial para entender as diferentes culturas, organizações, modelos de negócio e de gestão diferentes.
Ari mencionou como esse engajamento diário é motivo de
inspiração e motivação. "É algo que nos dá razão para querer fazer sempre mais e melhor." Caco também revelou sua própria trajetória de transformação ao ingressar na ConsulPaz, compartilhando que, mesmo vindo de um universo diferente, do jornalismo esportivo, aprendeu a atuar no mercado empresarial com segurança e confiança. "Hoje, graças à ConsulPaz, consigo atender uma empresa com muito mais preparo do que quando comecei. É incrível o quanto o aprendizado e as ferramentas apropriadas podem fazer a diferença", reforçou Caco, destacando o espírito de parceria da empresa.
Caco da Motta prosseguiu com outro questionamento, direcionado à capacidade da ConsulPaz de identificar e atender às novas
necessidades de seus clientes ao longo do tempo. Ele apontou como a origem dos CSCs foi além do conceito inicial, evoluindo com a construção de parcerias duradouras. “Isso é algo marcante na ConsulPaz, certo? Trabalhar com parcerias e criar soluções inovadoras no mercado?” Eden confirmou essa percepção e acrescentou: “Nossa história começou com foco total em Serviços Compartilhados, o que nos ajudou a construir uma base sólida. Porém, a partir de 2016, passamos a gerar conteúdo com iniciativas como o Coffee.net e, em seguida, lançamos nossa revista em dezembro de 2017; já estamos na 35ª edição! Esse envolvimento nos fez perceber que havia muitas
outras possibilidades de explorar e agregar valor aos nossos clientes.”.
Ele também destacou o crescimento da empresa em outras áreas de especialização, como Gestão da Mudança, e o papel fundamental de Ari nesse desenvolvimento. “O Ari, por exemplo, se especializou nessa área e hoje é uma referência. Expandimos também para transformações empresariais mais amplas, como implementações de ERP. Sempre ouvimos as necessidades dos clientes e nos posicionamos para entregar resultados, conquistando espaço em grandes e médias corporações.”. Ainda sobre parcerias, Eden apontou para a criação da Rede Conexão Empresarial, um
ecossistema de empresas com propósitos alinhados. “Iniciamos essa ideia em 2019, mas só conseguimos dar forma de verdade em 2024. Hoje, contamos com 10 empresas conectadas, todas com sócios ativamente envolvidos, focadas nos resultados e impactando positivamente o mercado e, quem sabe, a sociedade. Esse projeto tem nos dado um alcance e capacidade de transformação incríveis.”.
Ari reforçou o impacto positivo da Rede e comentou como essas parcerias ampliaram não só o portfólio, mas também a visão estratégica da ConsulPaz.
“Essa abordagem colaborativa é o que nos destaca no mercado. Estamos sempre procurando novas formas de agregar valor, criar impacto real e, acima de tudo, construir algo que inspire nossas equipes e clientes.”
Para Eden, “Essa jornada de transformação e inovação é uma prova de que o aprendizado constante e as parcerias certas são os pilares para construir algo relevante e duradouro.”
Resiliência e Inovação: Transformando Desafios em Oportunidades
A resiliência da ConsulPaz durante os momentos de crise é outro ponto marcante na trajetória da empresa. Eden observa que "quando você acha que as coisas estão começando a engrenar vem um impeachment" que abala toda a economia. Durante a pandemia, a equipe manteve seu compromisso com os clientes sem comprometer a segurança. Ari destaca que realizavam muitos testes de covid, semanalmente e sempre que havia casos suspeitos. Em maio ou junho de 2020, enquanto muitas empresas ainda buscavam adaptação, a ConsulPaz já retomava viagens de trabalho ao Rio, sempre respeitando os protocolos sanitários, demonstrando o DNA da organização de "se adaptar muito rápido e buscar alternativas".
Mesmo antes da pandemia, a empresa já realizava trabalhos remotos, o que, segundo Ari, não seria algum tipo de limitador. No entanto, ele reconhece os desafios adicionais do formato virtual, principalmente para atividades que presencialmente proporcionam maior engajamento. A expressão usada por Ari sintetiza bem a atitude da empresa durante a crise:
"conseguimos transformar esse limão numa limonada de uma forma muito rápida".
A metodologia de trabalho da ConsulPaz revela um compromisso com resultados concretos e duradouros. Ari explica que a ConsulPaz não possui nenhuma restrição de passar todo o seu conhecimento para seus clientes, assegurando que as organizações possam prosseguir autonomamente após a consultoria. Eden complementa afirmando que "a gente quer que de fato eles adquiram esse conhecimento" evitando criar dependência comercial. Esta filosofia fundamenta -se em uma escuta atenta que visa identificar os reais problemas dos clientes, mesmo quando estes não são evidentes inicialmente.
Questionado por Caco sobre o impacto das novas tecnologias e como elas têm provocado transformações tanto na ConsulPaz
quanto no atendimento aos clientes, Eden contextualiza a chegada da inteligência artificial (IA) lembrando que toda revolução tecnológica gera insegurança inicial. "Quando surgiu os primeiros computadores... o que se dizia? Vai acabar o emprego", relembra ele, destacando que o conceito de IA existe desde a década de 50, embora só recentemente a tecnologia permitisse sua aplicação prática. A ConsulPaz já utiliza IA para "acelerar processos" e "geração de conteúdo", especialmente em pesquisas e consolidação de dados, tendo um espaço próprio onde aportam seus conhecimentos. Eden alerta sobre os desafios educacionais: "o maior desafio, principalmente para países como o nosso, é em relação à educação e qualificação da mão de obra", observando que hoje é necessário estar constantemente se atualizando, diferente do modelo educacional do passado.
Depoimentos | 10 anos ConsulPaz
ADILSON NEUHAUS — UnidaSul
Parabéns à ConsulPaz por esses primeiros 10 anos de vida. Parabéns ao Eden e ao Ari. Uma empresa como essa, começa e se perpetua por meio de relacionamentos. Eles são duas pessoas que sabem muito bem fazer isso.
Nós, como clientes, temos muito orgulho de participar desse momento histórico. Que a ConsulPaz se perpetue por muito mais tempo!
Ari ressalta que a implementação da IA nas empresas ainda é experimental e requer uma Gestão da Mudança cuidadosa. "A gente traz parceiros que tenham essa competência técnica e a gente apoia com gestão da mudança", explica, ajudando a reduzir o receio das pessoas de perderem seus empregos. A ConsulPaz trabalha para desmistificar a ideia de que a IA eliminará todos os postos de trabalho, mostrando que a tecnologia continuará precisando de pessoas para programá-la e dar "novos starts". Como ocorreu com outras revoluções tecnológicas, alguns profissionais não conseguiram acompanhar a transformação, outros avançaram parcialmente, e outros serão os próprios agentes de mudança, criando novas ferramentas e cenários disruptivos que vão impulsionar descobertas futuras.
O futuro da ConsulPaz:
inovação, expansão e novas fronteiras
Ao encerrar o bate-papo, Caco questiona sobre o futuro e "o que vem por aí" para a ConsulPaz. Eden revela que a empresa passa por uma importante reestruturação: "a ConsulPaz a partir de março passa a ser uma holding", participando inicialmente de três negócios distintos. Uma empresa de Santa Catarina está sendo incorporada para fortalecer a área de consultoria, além da criação de dois novos braços - um focado em tecnologia e outro em outsourcing de serviços. A reorganização societária mantém o conselho e abre espaço para "novas participações, novas parcerias", permitindo atender ainda mais clientes.
Ari complementa que essa expansão não se limita apenas à presença geográfica, mas também ao portfólio de serviços: "ampliamos nosso leque, trouxemos para a parte de consultoria um braço financeiro que nós não tínhamos". Ele destaca uma nova solução tecnológica em fase de MVP (Minimum Viable Product) com grandes clientes, que permitirá a "avaliação de maturidade de processos, não só de serviços compartilhados", incorporando inteligência artificial. Além disso, estão desenvolvendo soluções de gestão eletrônica de documentos e digitalização com taxonomia, especialmente para processos de RH e financeiro.
A visão de futuro inclui, segundo Eden, "atuar mais fortemente no Brasil e já pôr o pé na América Latina", com presença consolidada na região em cinco anos, conforme o planejamento estratégico.
Quando desafiados por Caco a resumir os 10 anos da ConsulPaz em uma frase, Eden destaca: "Superação, colaboração, amizade, conquistas e entregas para os nossos clientes com valores superiores"
Enquanto Ari adiciona:
"Resiliência e valor agregado como um dos pilares do nosso sucesso"
Eden finaliza com um agradecimento especial à família, "pilar essencial nas ausências, nas viagens, às vezes nas dificuldades", aos clientes que "acabam se tornando amigos", às equipes diretas e parceiras, e aos mentores que ajudaram a construir e direcionar o negócio ao longo dessa primeira década de história.
CONFIRA A ENTREVISTA
Na busca constante por soluções que promovam a eficácia e a melhoria organizacional, a liderança desempenha um papel fundamental.
Eden Paz, fundador da ConsulPaz, conversou com Renato Navas, cofundador da Pulses e especialista em liderança e cultura organizacional. O bate-papo teve a participação de Maristela Pelagio, sócia da ConsulPaz, que trouxe sua expertise em gestão de pessoas e mudanças.
A trajetória e a visão de Renato Navas
Renato Navas possui uma sólida formação acadêmica em Psicologia e pós-graduação em Administração de Empresas. Com mais de uma década de experiência em desenvolvimento organizacional, ele se dedica a criar soluções que aumentem o engajamento dos colaboradores. Além de sua atuação na Pulses,
Renato leciona nos cursos de pós -graduação e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas na UNIVALI, em Santa Catarina, onde compartilha seu conhecimento sobre clima organizacional e gestão de desempenho.
Eden aproveitou para começar perguntando de que forma a experiência profissional de Renato moldou a percepção dele
sobre liderança. Renato afirmou que a liderança deve, em essência, focar nas pessoas. Para ele, é fundamental adotar um enfoque integral e sistêmico.
“Minha formação em Psicologia me proporcionou uma visão crítica sobre o comportamento humano e tudo que afeta a saúde das pessoas”, explicou. Ele continuou, ressaltando que, ao ingressar no mundo dos negócios, percebeu a ideia de sustentabilidade organizacional.
“Sempre que olhamos para um lado em detrimento do outro, inevitavelmente perdemos alguma coisa. Portanto, essa trajetória me ajudou a construir um conceito de liderança que se preocupa com a reciprocidade entre as partes envolvidas”
Para aprofundar ainda mais a reflexão sobre as ideias de Renato, Eden destacou: “A reciprocidade e a integralidade que você mencionou são cruciais. Mas isso é um exercício desafiador, especialmente porque muitas vezes a realidade dos negócios se concentra apenas nos resultados”. Ele questiona se é possível garantir a capacitação das pessoas, levando em conta o emocional, para que elas se sintam realizadas e engajadas, gerando um retorno positivo para a empresa. “É uma provocação válida”, reconheceu Renato. “Quando atuamos em posições de liderança, lidamos com tensões estruturais, e
precisamos estabelecer prioridades”, explicou. Ele observou que muitos líderes têm dificuldade em definir prioridades claras, o que pode levar a decisões imprecisas. “Isso muitas vezes resulta em um desconhecimento do que é realmente valor para a organização em determinado momento”, finalizou.
Gestão da Mudança e Adaptação Constante
A conversa avançou para a Gestão da Mudança, quando Maristela trouxe a sua percepção. “A reflexão que o Renato nos trouxe sobre comportamentos e a importância de interagirmos
para que a reciprocidade aconteça é central, especialmente em um contexto de mudanças constantes", afirmou. A tecnologia, de acordo com a especialista, não apenas transformou as relações de negócios, mas também as dinâmicas humanas dentro das organizações.
“Nem sempre as coisas acontecem de acordo com o planejado. Muitas vezes, os planos saem da rota original, e precisamos estar prontos para repactuar e recontratar compromissos para alcançar nossos objetivos”, explica.
Maristela continuou, enfatizando a importância da Gestão da Mudança, quando “ajuda a estabelecer responsabilidades claras e a identificar caminhos efetivos para alcançar as metas desejadas”. Nos últimos dez anos, ela enfrentou cenários de trabalho extremamente inovadores que desafiaram as expectativas. “O que deveria ser executado em seis meses pode agora acontecer em um intervalo de tempo muito menor”, lembra.
Desta forma, é preciso gerenciar mudanças rapidamente, mesmo que não esteja de acordo com o que foi planejado. É como moldar um organismo vivo dentro das organizações que precisam adaptar os processos para garantir que as entregas ocorram de acordo com as necessidades.
Eden defende que essa habilidade deveria ser um dos tópicos que faz parte do conceito de lifelong learning, onde os líderes buscam aprimorar suas competências para sua nova posição. A Gestão da Mudança é uma competência fundamental a ser desenvolvida pelos líderes, permitindo-lhes compreender o impacto e a importância de lidar com as transformações constantes que ocorrem nas
organizações. Existe uma urgência para desenvolver habilidades nesse campo, reforçou Renato ao concordar com Eden. “A única certeza que temos é que as coisas vão mudar e a taxa dessa mudança só tende a aumentar", esclarece. Renato destacou ainda os desafios que muitos líderes enfrentam, pois "não conseguem criar o desconforto necessário para gerar uma mudança saudável e alguns podem ter dificuldades em lidar com os sentimentos de ansiedade e incerteza que surgem durante o processo".
Autoconhecimento e
Liderança
O autoconhecimento é fundamental para a liderança, segundo Renato.
"Muitas vezes os líderes não estão cientes de suas fragilidades ou do efeito que têm nas suas equipes.”
Com isso, enfatizou a necessidade de que a Gestão da Mudança seja vista não apenas como um esforço para o “outro”, mas como uma jornada de
aprendizado constante para o próprio líder. Para reforçar a ideia, Eden destacou os dois tipos de mudança que geralmente provocam ação: a crise e a visão. Ele explicou que a crise ocorre quando a situação já se torna complicada, exigindo uma resposta imediata. Por outro lado, a visão envolve a capacidade de entender a mudança, antecipar-se a ela e se preparar adequadamente. Ele enfatizou que, se o líder possuir as habilidades e ferramentas necessárias, estará mais preparado para enfrentar esses cenários, aumentando as chances de sucesso.
Maristela faz um gancho em sua fala para discutir o que os líderes precisam desenvolver em termos de habilidades. Nesse contexto, ela observa que as equipes de alta performance compartilham um forte senso de propósito. Assim, ela pergunta a Renato como ele vê a possibilidade de os líderes desenvolverem uma conexão genuína com seus times e colaboradores, de modo a alcançar os objetivos da organização. Além disso, Maristela questiona como, nesse cenário de mudança, os líderes podem direcionar suas equipes para obter resultados ainda melhores.
Elementos Essenciais para a Eficácia da Equipe
Existe uma teoria interessante, de acordo com Renato, que aborda os elementos essenciais para a eficácia de um time, identificando três deles como fundamentais. Primeiro, é preciso ter uma visão clara sobre o que se busca, destacando que esse propósito não deve ser visto de forma filosófica, mas como um sentido prático do que se precisa realizar. Segundo, ele reforça a ideia da comunicação eficaz.
“Não se trata apenas de informar, mas de traduzir a visão para que todos compreendam; é uma habilidade desafiadora, pois o que faz sentido para mim pode não ser claro para os outros.”
Renato ressalta que a eficácia do time também depende da capacidade do líder de criar empatia e colaboração entre as pessoas, promovendo um ambiente seguro.
Nesse sentido, Renato enfatiza que o comportamento humano
dentro de um grupo é frequentemente uma consequência do ambiente em que se encontram. Ele explica que, para que a segurança psicológica funcione, os líderes devem implementar rituais de gestão que a sustentem. “Não adianta falar sobre segurança psicológica se, em momentos de crise, voltamos a paradigmas antigos ou não damos espaço para as vozes de todos.” Além disso, Renato destaca que um time de alta performance deve ser composto por pessoas com habilidades complementares:
“Um grupo homogêneo pode se comunicar bem, mas lidar com equipes diversas, com visões diferentes, é mais desafiador, exigindo habilidades de gestão de conflitos e inclusão.”
Engajamento e a Experiência do Colaborador
Renato explica que uma estratégia fundamental que toda liderança precisa compreender é a importância do engajamento. Para ele, o engajamento é uma consequência da experiência que os colaboradores têm no ambiente de trabalho, tanto em relação às pessoas quanto à cultura organizacional.
“Não existem pessoas desengajadas; na verdade, todos estão sempre engajados em algo, mas é preciso entender o que faz com que elas queiram se dedicar ao trabalho.”
Renato sugere que, em vez de focar em “reter” funcionários, os líderes devem criar um ambiente recíproco que inspire os colaboradores a se sentirem motivados a dar o seu melhor.
Para isso, questiona:
“Qual é a sua proposta de valor para o colaborador?”
É essencial que os líderes ofereçam suporte e eliminem obstáculos que possam dificultar o desempenho dos times.
Ele enfatiza, ainda, que a liderança deve se basear na construção de relacionamentos autênticos e na criação de condições que permitam que os colaboradores se sintam bem.
Renato critica a busca por soluções padronizadas para motivar equipes, afirmando que cada indivíduo é único e que o que motiva uma pessoa pode não ser o mesmo para outra.
Segundo ele, a chave está em criar um espaço para diálogo e escuta, permitindo que os líderes compreendam as necessidades e motivações de suas equipes. A mensagem principal é que, em um ambiente dinâmico, os líderes devem estar atentos às
particularidades de cada membro da equipe, adaptando suas abordagens para promover um engajamento verdadeiro e sustentável.
A Complexidade da Liderança e o Papel do RH
Maristela reconhece que é um desafio compreender as diversas necessidades nas quais a liderança precisa se colocar, afirmando: “É essencial entender quem é meu time e como eu lido com ele.” Ela ressalta a complexidade desse processo em um ambiente em constante mudança. Renato acrescenta que, embora a liderança deva ser acessível a todos, nem sempre pode ser direcionada a todos. “Toda empresa tem os líderes que merece.” Portanto, é essencial que as organizações desenvolvam um cenário que valorize lideranças capazes de compreender e atender às necessidades específicas de suas equipes.
Se os líderes precisam buscar conhecimento e ampliar suas habilidades para desempenhar seu papel de forma eficaz, Maristela questiona: “Como o RH
pode apoiar os líderes na gestão dessa diversidade dentro de diferentes segmentos organizacionais?”, buscando entender como essa área pode fortalecer a relação entre liderança e colaboradores.
Na visão de Renato, o RH deve adotar uma abordagem de metaperspectiva, atuando a um ou dois passos atrás e observando o todo da organização. Ele sugere que o RH deve ser um consultor de produtividade, capaz de identificar os temas protagonistas e as subculturas organizacionais.
“Falar de resultados implica falar sobre pessoas e sobre o ambiente em que elas estão inseridas”, afirma.
Ele explica que, se o RH estiver contaminado pela realidade que os líderes vivem, perderá sua capacidade de fazer intervenções valiosas. Assim, é preciso estar preparado e capacitado para ajudar a organização a superar as tensões entre a realidade e os desejos, garantindo que possa apoiar os líderes de forma eficaz e contribuir para a evolução da cultura organizacional.
A Visão do C-Level e a Construção Coletiva
A visão de Renato sobre o papel do C-Level nas organizações é motivo de curiosidade para Eden. Ele ressalta que, apesar de muitos discursos corretos, observa-se pouca aplicação efetiva na prática. Ele menciona que, frequentemente, uma estrutura é montada e líderes são nomeados, mas na hora decisiva, isso não se traduz em ações consistentes. Renato concorda e afirma que muitos executivos, incluindo os do CLevel, demonstram uma miopia organizacional, não tem uma visão clara e objetiva da realidade. Ele também compara os C-Levels a deuses. “Essa imagem gera uma tensão e pode inibir o diálogo e a troca de informações relevantes”, observa. Ele sugere que os líderes devem ter a humildade de reconhecer suas limitações e fomentar o diálogo, evitando incoerências e jogos de poder que dificultam a comunicação. Muitas organizações parecem ser mais teatrais do que efetivas e deixam de ser realmente produtivas e assertivas.
Eden aborda a ideia de construção coletiva como um caminho para fortalecer equipes e organizações, questionando Renato sobre como isso pode ser feito de forma efetiva, considerando sua experiência em cultura organizacional. Renato responde destacando que essa construção só é possível com o interesse genuíno em dar voz e vez às pessoas. Ele aponta que, antes de qualquer mudança, é necessário decidir com clareza qual tipo de cultura se deseja construir – seja ela colaborativa ou mais hierárquica e autocrática.
“Não há certo ou errado, mas é fundamental sermos coerentes no modelo adotado.”
Renato enfatiza que rituais que favoreçam a participação são essenciais, especialmente aqueles que demonstram aos colaboradores o impacto de suas
contribuições por meio de circuitos consistentes de feedback. Além disso, ele ressalta que a colaboração nos sistemas organizacionais deve ser vivida de forma integral, indo desde rituais diários até processos estruturais, como políticas de remuneração ou resolução de conflitos. Mas alerta:
“Antes de implementar práticas colaborativas, é fundamental garantir que as lideranças estejam alinhadas com essa visão”
As pessoas esperam coerência da liderança com os valores declarados pela organização. Ele conclui que, para evitar o “caos da incoerência”, as lideranças devem servir de exemplos tangíveis dessa colaboração. Isso não significa desresponsabilizar os líderes, mas protegê-los de erros que comprometem sua imagem e a credibilidade da organização.
Prazer no Trabalho e Realização Profissional
Eden encerra a conversa perguntando a Renato sobre a importância do prazer no trabalho e como isso pode ser abordado de forma autêntica. Ele menciona a influência da tecnologia, especialmente a inteligência artificial, nesse processo. Renato reconhece a complexidade do tema, assegurando que, embora a busca pela realização no trabalho não seja nova, ela se torna mais desafiadora em um ambiente organizacional onde cada pessoa tem diferentes expectativas de felicidade e prazer.
“É fundamental que haja um alinhamento de expectativas entre líderes e colaboradores, sendo necessário expressar e compreender esses desejos para evitar que as pessoas sigam caminhos divergentes” afirma.
Ele acrescenta que os líderes devem estar capacitados para
lidar com conversas difíceis e que a escuta contínua é essencial para detectar insatisfação ou burnout, destacando que tanto a liderança quanto a organização precisam efetivamente abordar as necessidades emocionais dos colaboradores.
Maristela finaliza a discussão abordando as experiências transformadoras dentro das organizações, perguntando a Renato quais elementos são cruciais para garantir que os colaboradores sintam que seu propósito foi alcançado. Renato identifica três componentes chave: primeiramente, a cultura organizacional deve promover um ambiente de consideração e reciprocidade, onde cada um se sinta livre para ser autêntico e se manifestar sem medo de discriminação. Em segundo lugar, investir em capacitação e educação é vital para que os colaboradores sintam que suas contribuições são valorizadas, criando um ciclo de reciprocidade onde o comprometimento aumenta à medida que os colaboradores evoluem profissionalmente.
Por fim, Renato enfatiza a importância de escolher líderes que estejam alinhados com essa cultura e que recebam o suporte adequado para liderar.
“Não se trata de buscar a perfeição na liderança, mas de assegurar que os líderes tenham as ferramentas e o treinamento necessários para serem exemplos da cultura organizacional"
A ARTE DE LIDERAR
CONFIRA A
ENTREVISTA NA ÍNTEGRA EM:
Com mais de 10 anos de experiência em desenvolvimento organizacional, ele se dedica a criar soluções que impulsionam o engajamento e a alta performance nas empresas. Foi cofundador da Pulses, plataforma pioneira em people analytics e clima organizacional, posteriormente adquirida pela Gupy. Além de sua atuação no mercado corporativo, é professor em cursos de pós-graduação e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas na UNIVALI (SC).
Com uma abordagem estratégica e orientada a resultados, Renato ajuda empresas a transformarem sua cultura e potencializarem o capital humano.
CONHEÇA A REDE
A ConsulPaz dá um passo significativo na ampliação de seus horizontes com a chegada a Santa Catarina, reforçando sua presença no mercado do Sul do Brasil. Em uma iniciativa marcada pela união de experiências e competências complementares, a empresa apresenta, em 2025, dois novos sócios: Felipe e Maristela Pelagio. Com carreiras sólidas e atuação em projetos relevantes, o casal une forças à ConsulPaz, trazendo novas perspectivas e consolidando a reputação da empresa como referência em consultoria empresarial, em Florianópolis.
Em entrevista para a Revista Conteúdo Compartilhado, Eden Paz, sócio-fundador da ConsulPaz, e Ari Pellicioli deram boas-vindas aos novos sócios, estabelecidos em Florianópolis, num bate-papo para ampliar os detalhes da expansão da ConsulPaz no Estado de Santa Catarina. “Já trabalhamos juntos em outros projetos, o que criou uma parceria sólida e harmoniosa. Agora, com as habilidades e características únicas do Felipe e da Maristela, somamos forças para entregar resultados ainda melhores ao mercado", adiantou, Ari.
CONSULPAZ EM EXPANSÃO
Maristela Pelagio, especialista em gestão de pessoas e mudanças organizacionais, começou relembrando o início de sua carreira, ainda em 2000. Desde então, construiu uma trajetória sólida e diversificada, trabalhando em estruturas organizacionais e liderando processos de mudança. “Venho galgando uma carreira extensa nesse campo e, hoje, consigo trazer para a ConsulPaz uma experiência que combina sinergia e propósitos bem definidos”, destacou. Para ela, a integração com a empresa representa a consolidação de anos de trabalho voltados para transformar ambientes empresariais em espaços mais alinhados ao propósito das pessoas e das organizações.
Felipe Pelagio trouxe uma perspectiva ligada à sua vasta
experiência em controladoria e finanças. Sua jornada começou também no início dos anos 2000, em grandes multinacionais, empresas nacionais e familiares, quase sempre ocupando posições de liderança. “Tive acesso a processos estratégicos e participei de muitos desafios ao longo de mais de 20 anos. Isso me tornou um profissional mais completo”, afirmou. Ele vê na ConsulPaz uma oportunidade única de agregar valor ao mercado catarinense.
“Estamos chegando a Santa Catarina com serviços diferenciados e um modelo de negócios que ainda não existe por aqui. Vejo essa união de competências como uma forma de impactar o mercado de forma significativa.”
Ao serem questionados por Ari Pellicioli sobre a experiência internacional que tiveram nos Estados Unidos, Maristela trouxe detalhes sobre esse período marcante em sua carreira e vida familiar. Ela contou que teve a oportunidade de atuar em uma organização do setor tecnológico, vivenciando de perto um ambiente desafiador e enriquecedor. Durante cerca de um ano, participou de projetos focados em cultura e desenvolvimento organizacional, em um período marcado por uma fusão entre as operações brasileiras e norte-americanas da empresa. “Foi um momento não só de grande aprendizado profissional, mas também pessoal.”
“Estar imersa em outro país, entendendo como conectar duas culturas organizacionais distintas, me trouxe uma nova perspectiva sobre gestão e disseminação de valores em um cenário multinacional”, explicou Maristela.
Além do impacto na carreira, a experiência foi significativa para
a família, que pôde vivenciar junto essa nova realidade.
Maristela também destacou que essa vivência internacional, somada aos seus oito anos já vividos em Santa Catarina, contribuiu diretamente para sua capacidade de entender melhor os desafios e as potencialidades de trabalhar com equipes e organizações em contextos tão diversos. Essa bagagem é, segundo ela, um diferencial que pretende trazer para a atuação na ConsulPaz e um ingrediente importante para promover soluções inovadoras e conectadas ao mercado global.
CONSULPAZ EM EXPANSÃO
Um dos principais objetivos da presença mais efetiva da ConsulPaz em Santa Catarina é unir forças para oferecer ao mercado soluções mais completas e integradas. Felipe reforça que essa união potencializa a qualidade dos serviços oferecidos pela complementação de expertises dos sócios. “Juntamos aqui conhecimentos que cobrem desde gestão de mudanças até o desenvolvimento de metodologias e produtos que impulsionam resultados concretos para empresas dos mais variados segmentos”, explica Felipe.
Com mais de 20 anos de atuação nas áreas de finanças e controladoria, ele destaca que a essência dessa parceria está na construção colaborativa.
“Nós não atuamos como indivíduos isolados. Essa coesão entre os sócios é o que nos diferencia. Ela nos permite oferecer soluções que são desenhadas sob medida, garantindo que cada cliente receba exatamente o que precisa, da forma mais eficiente.”
Além disso, Felipe reforça que o know-how acumulado pela ConsulPaz ao longo de sua trajetória sólida, combinado ao olhar técnico e estratégico da Inova DHO, posicionará a empresa como um player de destaque, especialmente em Santa Catarina, um mercado em ascensão no cenário nacional. “Hoje, conseguimos abordar o mercado de maneira ainda mais abrangente, impactando positivamente pequenas, médias e grandes empresas. Para Santa Catarina, estamos trazendo um modelo de negócio único, que ainda não existe aqui.”
Maristela complementa a visão com otimismo e precisão.
Segundo ela, o movimento estratégico feito pelas duas organizações vai muito além de uma simples fusão. “Estamos expandindo os braços da ConsulPaz para áreas onde ainda não havíamos mergulhado tão profundamente", sustenta, porque a Gestão da Mudança agora estará associada a uma abordagem mais ampla em gestão de pessoas, potencializando o impacto que podemos oferecer às organizações.
”
O grande diferencial está na possibilidade de aplicar práticas consolidadas a partir de metodologias robustas e personalizadas, oferecendo soluções que atendem empresas de diferentes portes e setores. É uma maneira de inovar sem necessidade de reinventar o que já existe.”
Observando a união das expertises, Eden ressaltou a importância da performance da InovaDHO que “também tem muitos resultados em Santa Catarina e a soma dos nossos potenciais é agora um diferencial" Com um olhar atento às possibilidades da nova parceria, Eden valorizou a expertise financeira e de controladoria trazida por Felipe. "É algo que a gente fazia na ConsulPaz, mas não com a pegada que o Felipe traz para o negócio". Também destacou a possibilidade de atender novos segmentos de mercado.
"A presença nas pequenas e médias empresas, que a gente não tinha, com vocês vamos encontrar esse caminho".
Eden trouxe uma reflexão estratégica ao perguntar sobre Santa Catarina em termos de oportunidades, tendências e práticas que podem ser levadas ao mercado local. Ele destacou que, ao falar do estado, é impossível não considerar também o Paraná pela proximidade. “Eu tenho certeza de que a gente tem condições aí também de expandir um pouco mais essa região de atuação.”
Felipe ressaltou as características únicas do mercado catarinense, uma região rica e diversa.
Florianópolis, como polo tecnológico, abriga startups e empresas consolidadas, além de iniciativas como o Sapiens
Parque, que liga ciência, tecnologia e inovação. Felipe concorda que a ConsulPaz não está limitada a Santa Catarina e
Rio Grande do Sul, mas tem potencial para avançar territorialmente de forma estratégica no Brasil ou na América Latina.
Ari complementou, reforçando que a ConsulPaz já está se estruturando para atender demandas que vão além das fronteiras nacionais, com foco na expansão. Ele direcionou o tema sobre o papel da tecnologia, inteligência artificial e automatização na gestão de pessoas e no dia a dia das empresas, especialmente considerando sua capacidade de otimizar processos e apoiar decisões estratégicas.
Maristela destacou que, nos últimos dois anos, a inteligência artificial deixou de ser vista com receio e passou a ser uma aliada importante no RH. Para ela, a tecnologia acelera processos operacionais repetitivos, liberando a área para um trabalho mais estratégico e voltado ao desenvolvimento humano. A IA também traz previsibilidade através de dados, permitindo uma análise mais
precisa de engajamento, turnover e produtividade. Felipe complementou ao abordar a automação inteligente no contexto financeiro, destacando que, hoje, é possível não só automatizar processos, mas também oferecer respostas e insights com maior agilidade.
“Essa transformação tem trazido resultados que eram impensáveis há alguns anos, tanto para finanças quanto para outros departamentos operacionais", sustenta.
A conversa avançou para destacar a importância desta integração entre os negócios. Foi quando Eden perguntou ao Ari de que maneira ele percebe que a inclusão da InovaDHO, através do Felipe e da Maristela, fortalece a visão e os valores da ConsulPaz. Ari respondeu de forma objetiva: “Primeiro, a gente acredita que os valores do Felipe e da Maristela são muito semelhantes aos valores da ConsulPaz, como o respeito ao cliente, a oferta de soluções sustentáveis.” Segundo Ari, essa compatibilidade na abordagem de atendimento é crucial, já que a
ConsulPaz tem uma forma diferenciada de tratar seus clientes que se tornam amigos. Ele também mencionou que a tecnologia e a inovação são essenciais para aplicar avaliações sistemáticas de maturidade de processos nas áreas de recursos humanos, entre outras.
Santa Catarina, principalmente Florianópolis, é um polo de inovação tecnológica, com diversas startups que agregam suas metodologias a grandes organizações. “A demanda por talentos tem crescido bastante, e essa escassez gera a necessidade de retenção profissional nas empresas”, sustenta Maristela.
Ela também observou que a transformação organizacional deve ser contínua, ressaltando a importância de uma liderança humanizada em tempos de digitalização.
“A tecnologia traz uma necessidade de maior desenvolvimento e entendimento sobre o profissional por trás desse desenvolvimento”
As práticas sugeridas devem
apoiar a competitividade e humanização das organizações, enfatizando a necessidade de adaptação ao trabalho híbrido para garantir a satisfação dos colaboradores e resultados para as empresas. Os desafios permanecem, mas a tecnologia deve ser utilizada de maneira inteligente, sempre mantendo o toque humano nas relações de trabalho.
A conversa avançou quando Ari questionou a percepção de Maristela e Felipe sobre a importância de desenvolver líderes capazes de trabalhar com equipes cada vez mais diversificadas, especialmente em um mundo de transformações rápidas. Felipe respondeu detalhadamente, explicando que a eficácia desse investimento está intimamente ligada à cultura organizacional. Segundo ele,
empresas que priorizam líderes desenvolvidos — aqueles que inspiram, orientam e apoiam conseguem equipes até 10 vezes mais eficientes.
"Líderes são os braços da execução. Mas quando entendem seu papel, reduzem a necessidade de recursos humanos extras, pois têm colaboradores que resolvem problemas e otimizam processos com engajamento", destacou.
Para complementar, Maristela trouxe uma perspectiva sobre a educação organizacional. "Cada vez mais, as empresas que investem em capacitação ganham com esse processo", explicou. Ela reforçou que preparar profissionais para entender tecnologia e adaptar
modelos de trabalho retorna para a empresa de forma valiosa, não apenas em entregas estratégicas, mas na formação de profissionais mais qualificados. "Estruturas que investem em desenvolvimento criam profissionais que inspiram e geram uma cultura de aprendizado", argumentou Maristela.
Ela citou estudos que comprovam como o desenvolvimento contínuo reduz resistências em processos de mudança, tornando as pessoas mais resilientes e preparadas para diferentes cenários.
FuturoPromissorda ConsulPaz
Antes de encerrar a conversa, Eden propôs um olhar para o futuro da ConsulPaz, explorando metas e expectativas após a expansão com os novos sócios em Santa Catarina. Ari projetou a ampliação do portfólio da ConsulPaz com a integração das expertises da InovaDHO: “Nossa movimentação permitirá ampliar nosso leque de produtos e
negócios dentro da companhia. Tanto o Felipe quanto a Maristela, com suas experiências, irão liderar a parte de consultoria, possibilitando a inclusão de novos serviços, como o BPO, que ainda não realizávamos.” Ele também destacou o avanço em tecnologia, com a ferramenta AVAMA, e a possibilidade de expansão para outros países da América Latina. Felipe disse que a união dos times agrega “bagagens distintas e complementares, o que tornará a empresa mais completa no atendimento a projetos, gestão e processos.” Ele enfatizou que a fusão permitirá aumentar a capacidade de atendimento a mais praças e diversificar os serviços oferecidos.
“A união das competências vai suportar nossos planos de expansão e nos permitir atender a múltiplas cidades e projetos, alcançando nossos objetivos de faturamento e ampliando nossa carteira de clientes”, concluiu.
Maristela destacou o impacto na visão e cultura da ConsulPaz,
especialmente na valorização das pessoas. “A ConsulPaz só tem a ganhar com essa fusão, pois não deixamos de lado o humano, que é essencial para a boa execução e sustentabilidade dos projetos.”
Ela ainda ressaltou que a ConsulPaz tem agora uma estrutura mais sólida e diversa, “para entregar mais valor e ampliar os projetos com foco em pessoas e produtividade.”
Eden finalizou a discussão, sintetizando os pontos de vista de todos. Destacou que a fusão representa um crescimento em três pilares fundamentais: estrutura organizacional, capacidade de entrega e desenvolvimento humano.
“Como o Ari mencionou, ampliamos nossas verticais com serviços como BPO e tecnologia;
Felipe reforçou a questão das competências complementares para alavancar nossa expansão; e Maristela trouxe um foco importante na responsabilidade e na capacitação das pessoas.”
Enfatizou que a inovação sozinha não gera resultados sustentáveis sem o componente humano, e que valorizar o que já foi feito é essencial para o futuro.
“Sejam Bem-vindos Felipe e Maristela. É uma alegria e felicidade ter vocês aqui na ConsulPaz. Tenho certeza de que a audiência que nos acompanha compartilha desse entusiasmo ao perceber como essa integração fortalece nossa visão de futuro”, concluiu.
CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA EM:
Com formação em Administração de Empresas e mais de 18 anos de experiência em Controladoria, Felipe tem uma trajetória marcada pela resolução de grandes desafios corporativos.
Atuou em empresas de diversos portes, liderando projetos nas áreas de Finanças, Recursos Humanos, Compras, PCP e Logística, sempre com foco na melhoria de resultados.
Especialista na implementação de modelos de gestão, trabalha na simplificação e padronização de processos para impulsionar a alta performance organizacional.
Consultora em Gestão de Pessoas com 22 anos de experiência em setores como indústria, varejo, tecnologia e serviços.
Especialista em gestão da mudança, atua na reestruturação organizacional, no desenvolvimento de equipes e na implementação de estratégias para otimizar a performance empresarial.
Com ampla experiência em projetos no Brasil e no exterior, também se destaca na capacitação de Business Partners de RH e no desenvolvimento de líderes.
Atualmente, aprofunda seus conhecimentos em Transformação Digital, integrando tecnologia e gestão para impulsionar resultados.
O Desafio da Gestão Empresarial Versus
Princípios e
Valores Pessoais
Como este alinhamento gera resultados excepcionais para todas as partes
ArtigoporEdenPaz,FundadordaConsulPaz
Alinhar a gestão empresarial com os princípios e com os valores pessoais é fundamental para o sucesso sustentável de qualquer organização. Este alinhamento não apenas promove um ambiente de trabalho harmonioso, mas, também, potencializa os resultados, beneficiando tanto a empresa quanto seus colaboradores.
Para ajudar na construção do racional desta afirmação, buscamos trazer a conceituação, em nosso entendimento, dos temas a seguir:
GestãoEmpresarialna
PerspectivaModerna
A gestão empresarial contemporânea vai além das funções tradicionais de planejar, organizar, dirigir e controlar. Ela incorpora inovação, colaboração e uso intensivo de tecnologia para otimizar a eficiência operacional. Essa abordagem enfatiza a tomada de decisões baseada em dados, promovendo integração e flexibilidade dentro da organização.
PrincípioseValores
Pessoais:Fundamentosde
Comportamentoe Decisão
Princípios e valores pessoais são as diretrizes que orientam o comportamento e as decisões de um indivíduo. Enquanto os princípios são normas ou leis universais que regem a conduta, os valores representam crenças profundas sobre o que é importante na vida. Juntos, eles moldam a forma como interpretamos a realidade e interagimos com o mundo ao nosso redor.
Com base nestes conceitos, iniciamos analisando o “Impacto do Alinhamento entre Gestão Empresarial e Valores Pessoais”.
A harmonia entre os valores pessoais dos colaboradores e os princípios organizacionais é fundamental para criar um ambiente de trabalho coeso e motivador. Por exemplo, indivíduos que priorizam integridade e respeito tendem a se engajar mais em empresas que praticam transparência e ética. Em contraste, a ausência desse alinhamento pode resultar em conflitos, insatisfação e alta rotatividade de funcionários.
O alinhamento entre a gestão empresarial e os valores pessoais dos colaboradores é essencial para o sucesso organizacional e a satisfação individual. Empresas que promovem essa congruência desenvolvem ambientes de trabalho mais harmoniosos, elevam o desempenho e fortalecem o compromisso de suas equipes. A seguir, exemplos práticos que ilustram a importância desse alinhamento:
a. Natura: Transparência e Engajamento
A Natura, renomada empresa de cosméticos, adotou a gestão por objetivos para reforçar a transparência e o engajamento de seus funcionários. Essa iniciativa resultou em um aumento de 30% na produtividade ao longo de três anos, evidenciando como o alinhamento de valores pode potencializar o desempenho organizacional.
b. TOTVS: Valorização do Capital Humano
A TOTVS, líder em desenvolvimento de software, promove um ambiente de trabalho humano e inclusivo. Sua cultura interna, #SOMOSTOTVERS, é estruturada por pilares que enfatizam tecnologia, conhecimento e valorização de pessoas. A empresa estimula a autonomia dos colaboradores, refletindo um alinhamento entre a gestão empresarial e os valores pessoais de sua equipe.
c. Zappos: Cultura Centrada no Cliente
A Zappos, empresa de e-commerce de calçados e vestuário, estabeleceu uma cultura organizacional focada no atendimento ao cliente. Sua missão de "oferecer a melhor experiência de compra online" reflete os valores pessoais de seus colaboradores, resultando em alta produtividade e satisfação no trabalho.
d. Arcos Dorados: Desenvolvimento e Inclusão
A Arcos Dorados, maior franquia do McDonald's na América Latina, é um dos principais empregadores da região. A empresa oferece programas de treinamento estruturados, como a Universidade do McDonald's, que auxiliam no desenvolvimento pessoal e profissional de seus funcionários. Além disso, promove a inclusão e diversidade, alinhando os valores corporativos com os princípios pessoais de sua equipe.
Com base nos conceitos apresentados, construção do racional na demonstração da Importância do “Alinhamento entre Gestão Empresarial e Valores Pessoais”, seguem algumas vantagens para todos os envolvidos:
Engajamento e Motivação:
Colaboradores que compartilham dos mesmos valores da empresa sentem-se mais motivados e engajados em suas funções.
Retenção de Talentos: Empresas que respeitam e incorporam os valores pessoais de seus funcionários tendem a reter talentos por mais tempo.
Ambiente de Trabalho Positivo: A congruência de valores contribui para um ambiente de trabalho harmonioso e colaborativo.
Desempenho Organizacional: O alinhamento de valores pode levar a um aumento significativo na produtividade e na qualidade dos serviços ou produtos oferecidos.
Portanto, promover esse alinhamento não apenas beneficia os colaboradores em termos de satisfação e realização pessoal, mas também impulsiona o sucesso e a sustentabilidade da organização como um todo.
Para finalizar, evidenciam-se algumas recomendações, tanto para colaboradores, quanto para empresas:
Recomendaçõespara
Indivíduos
Autoconhecimento: Compreender seus próprios valores e princípios é o primeiro passo para buscar organizações que compartilhem dessas crenças.
Pesquisa sobre a Cultura
Organizacional: Investigar a missão, a visão e os valores da empresa, bem como seu histórico e reputação no mercado, auxilia na identificação de compatibilidade.
Avaliação do Liderado Direto:
Conhecer o perfil do futuro líder, por meio de redes sociais profissionais e de feedbacks de terceiros, pode fornecer insights sobre o ambiente de trabalho.
Análise do Modelo de Negócio: Verificar se os produtos ou serviços oferecidos pela empresa estão alinhados com suas convicções pessoais.
Recomendaçõespara Empresas
Definição Clara de Princípios e Valores: Estabelecer e praticar valores organizacionais autênticos, que vão além de declarações formais.
Seleção de Liderança Alinhada: Contratar líderes cujos valores pessoais estejam em sintonia com a cultura organizacional, garantindo coesão na gestão.
Análise de Perfis de Candidatos:
Utilizar ferramentas e técnicas para compreender os valores dos candidatos, assegurando que eles se encaixem na cultura da empresa.
Definição Clara de Papéis e Responsabilidades: Especificar claramente as expectativas e atribuições de cada função, facilitando o alinhamento de valores e competências.
O alinhamento entre a gestão empresarial e os princípios e valores pessoais é essencial para o sucesso organizacional e a realização individual. Empresas que cultivam uma cultura alinhada aos valores de seus colaboradores tendem a alcançar resultados excepcionais, promovendo satisfação, engajamento e um forte senso de pertencimento entre todos os envolvidos.
Empreendedor, Executivo e Conselheiro com mais de 30 anos de experiência em Gestão, Serviços Compartilhados e RH, especializado em Processos de Negócio, Gestão da Mudança e apoio em implementações de ERP.
Formado em Administração com múltiplas pósgraduações, incluindo MBAs em Gestão Financeira e Executivo Internacional. Destacou-se em empresas como Whirlpool, Scania e Gerdau, e atuou como consultor em mais de 60 projetos, promovendo inovação e eficiência.
Membro ativo e ex-presidente da ABSC, contribui para o setor como palestrante e professor, com ênfase em Serviços Compartilhados, Gestão de Pessoas e Modelos de Governança.
COLUNA
Comunicação Criativa:
A Arte de Liderar com
Palavras que Movem
Coluna por Caco da Motta
Eu sempre acreditei que a comunicação é o elemento central da liderança. Não estou falando da habilidade de discursar bem ou de elaborar frases de efeito –isso é o básico, e o básico não nos tira do lugar comum. Minha busca pela “comunicação criativa” é sobre transformar palavras em ações, mensagens em conexões e interações em movimentos genuínos, que inspirem e gerem resultados para todos. É preciso, portanto, se comunicar de uma forma adaptativa ao que o ambiente exige e oferece.
Refletindo sobre minha própria trajetória, percebo o quanto demorei para enxergar que comunicar não é só falar bem. Como repórter, sempre me senti confortável em gravar respostas rápidas ou entrevistas diretas. Quando me tornei chefe, trazer essa mesma abordagem para dentro de reuniões com a direção e equipes parecia natural. Eu era, no início, o primeiro a levantar a mão, a dar opinião, a argumentar. Era como se as interações fossem um jogo para ter a melhor apresentação. Mas, aos poucos, percebi que, mais do que protagonismo, o que realmente
fazia diferença era também escutar e usar o que os outros traziam para construir uma comunicação mais assertiva.
Foi um desafio aprender a ouvir de verdade, mas foi transformador. Até hoje é difícil para quem gosta e sempre trabalhou para apresentar, comentar e fazer perguntas. Nas reuniões, comecei a pegar um ponto aqui, outro ali, ouvindo ativamente as contribuições dos colegas, e só falava quando tinha algo realmente útil. E sabe o que descobri? Muitas vezes, eu sequer precisaria falar, porque outro já havia exposto tudo de uma maneira melhor do que eu faria. Isso mudou minha perspectiva completamente: aprendemos mais quando deixamos de transformar a comunicação em um grande palco e passamos a focar no objetivo maior de qualquer diálogo – criar resultados.
Nesse contexto, aprendi também que a comunicação criativa tem que ser útil – para o outro, para a equipe e para o propósito de todos. No meu caso, isso significou me dedicar ao crescimento e à satisfação dos profissionais que liderava. Num mercado competitivo e de rotina intensa, ao invés de podar criatividades ou expectativas, apostei em incentivá-las. Era sobre criar caminhos para que cada pessoa pudesse se encontrar e se realizar. Muitas vezes, isso significava ajudá-los a crescer e ficar, mas em outros momentos era encorajá-los a alçar voos maiores: buscar novos mercados, mudar de empresa, descobrir novos projetos.
Confesso que me orgulhei de ver quem tive a oportunidade de ajudar a conquistar aquilo que eu sabia ser importante para eles, mesmo que isso os levasse para longe.
Em outras situações, minha comunicação precisava ser quase um espelho – dar às pessoas a oportunidade de enxergar em si mesmas seus pontos fortes e fracos. Algumas descobriram que não estavam tão prontas como imaginavam – e se preparavam melhor ou ajustavam o rumo.
Para outras, era sobre reforçar que estavam no caminho certo e só precisavam acreditar no potencial que não conseguiam ver. Mas claro que nunca criei oportunidades para coisas que não estavam de acordo com os objetivos da empresa. Até por ser um jornalista esportivo, sempre encarei os desafios profissionais visualizando meu papel e de todos como alguém que jogava no time da firma, vestia a camiseta e queria ser campeão. E, neste propósito, se comunicar de uma forma criativa é saber trazer uma mensagem positiva e atrativa para que você possa ser ouvido. Mas não basta ter criatividade é preciso ser útil.
Esses dias, enquanto assistia ao documentário sobre Arnold Schwarzenegger no Netflix, fui lembrado dessas lições.
Schwarzenegger talvez pareça um exemplo curioso para uma conversa sobre comunicação, mas recomendo que você assista, observe e até traga para sua equipe. Sua jornada – desde o fisiculturismo até a carreira como ator e sua incursão como governador da Califórnia – é uma aula de resiliência, propósito e como alinhar objetivos às ações.
Arnold tinha um foco claro: ser útil ao que queria conquistar. Quando decidiu se tornar o maior fisiculturista do mundo, dedicou-se aos treinos exaustivos. Quando quis ser ator, enfrentou os preconceitos de seu
inglês com sotaque austríaco e sua atuação travada. Reinventou sua imagem e usou a cultura de treino que construiu para criar uma narrativa que funcionasse em Hollywood. Virou um dos maiores astros do cinema mundial com filmes de ação. E, por fim, como político, fez algo ainda mais grandioso: aliou sua história de disciplina e superação a uma causa maior, engajando públicos inteiros naquilo que acreditava.
Mas o que mais marcou foi quando ele refletiu sobre sua própria essência: Arnold dizia que nunca gastava tempo com coisas que não fossem úteis para os seus objetivos ou para construir algo significativo. Às vezes, seguir em frente é melhor do que tentar consertar. Esse mindset, de certa
Fonte: Revista Quem COMUNICAÇÃO CRIATIVA
forma, traduz o que significa liderar com criatividade: dedicar seu esforço e sua comunicação ao que realmente importa. É saber deixar de lado o que só desvia ou nos atrasa.
Por isso, faço uma provocação: como você tem usado a sua comunicação? Está se dedicando ao que é útil? Está ouvindo os outros para construir algo maior ou apenas repetindo padrões automáticos de falar e responder? Meu desafio para você, leitor, é simples: na sua próxima interação – seja uma reunião, uma conversa de trabalho ou um simples momento cotidiano –, escolha escutar mais do que falar. Mas escute de verdade, identificando o que pode ser transformador
naquilo que é dito. E, quando falar, pergunte-se: isso vai somar? Vai inspirar, mover ou engajar?
Liderar é, em essência, guiar os outros para algo maior. A comunicação criativa segue o mesmo princípio: ela busca avanços significativos através de mensagens e ações geradas para produzir algo útil e produtivo. Isso vale para como usamos o nosso tempo, as palavras e as interações. Poupe energia com coisas que não agregam valor.
Algo muito comum nas redes sociais, onde curtir nem sempre é engajar. Escute com atenção e fale com propósito. Quando você faz isso, o impacto pode ser muito maior, tanto para o time quanto para você mesmo.
Caco da Motta é Jornalista e Mentor em Comunicação Criativa.