Mundo de Todos O Médico e a Máquina: A inteligência artificial na medicina Joana Mendes, 5ª. ano
Nas últimas décadas tem-se assistido a um crescimento expansivo do conhecimento científico e da integração de novas tecnologias no nosso quotidiano, comparável à explosão da inovação que se verificou em meados do século XVIII, com a Revolução Industrial. Nesse período, existia a ideia de que a máquina vinha substituir o homem e deixar muitos no desemprego. Não obstante, o ser humano teve a capacidade de se “adaptar ao futuro”, possibilitando a coexistência de homem e máquina na atividade laboral. Com os recentes avanços tecnológicos, surge novamente o receio da obsolescência da mão-de-obra humana decorrente da automatização do trabalho. Entre estes avanços, a inteligência artificial (IA) é talvez o que mais inquietação traz, pois tem vindo a substituir vários empregos– rececionistas, contabilistas, trabalhadores de armazém e muitos outros. Perante este clima de mudança, há quem se questione sobre o impacto da mecanização do trabalho na prática médica, e de que forma este será alterado nas próximas décadas com o advento da inteligência artificial. Será que esta tecnologia vem mesmo substituir os médicos?
8
O que é a IA? É qualquer sistema capaz de observar o que o rodeia e de se adaptar às circunstâncias para melhor executar a tarefa de que foi incumbido. Estes sistemas conseguem emular vários processos cognitivos humanos como a aprendizagem, raciocínio, percepção do ambiente, comunicação, entre outros. O machine learning é um tipo de IA particularmente interessante, pois aprende automaticamente através da experiência, sem qualquer intervenção humana.
Usos atuais da IA Enfatiza-se cada vez mais a importância destes softwares em medicina e saúde pública, dada a sua capacidade preditiva resultante da análise de extensas bases de dados. Uma das aplicações mais recentes de IA em medicina é no reconhecimento de padrões no âmbito da Dermatologia, Oftalmologia e Oncologia. Através da análise de múltiplas