A Inclusão na Prática de Professores: Desafios, entraves e Possibilidades na Formação Continuada em Serviço Marcelo Augusto Vilaça de Lima1 RESUMO Objetivou-se neste artigo investigar e analisar a respeito dos desafios e perspectivas da prática inclusiva dos professores, no que se refere ao processo de formação continuada em serviço. Utilizou-se como procedimentos a pesquisa bibliográfica com base em autores como Mitler (2015), Sassaki (2009,2012,2014,2019), Mantoan (2015,2018,2019) dentre outros autores que discutem a formação pedagógica na perspectiva da inclusão, bem como a formação continuada do trabalho pedagógico. Verificou -se que os autores coadunam com a necessidade de uma formação continuada em serviço na qual possibilitara aos docentes condições de refletir a respeito de suas práticas pedagógicas, bem como possibilitam um amadurecimento da necessidade de formação continuada. Conclui-se que a inclusão ainda é considerada um grande desafio para a prática docente e compreender que esta reflexão-ação-reflexão nasce da consciência do profissional em educação de que, não existem práticas prontas e acabadas, muito menos manuais pedagógicos, no entanto, as práticas devem ser redimensionadas de acordo com as concepções pedagógicas de cada docente advindas de suas experiências cotidianas e das formações em serviço. Eixo Temático: Formação de Professores. Palavras-Chaves: Inclusão. Formação em serviço. Desafios e Perspectivas.
INTRODUÇÃO O contexto da sociedade atual, repleto de incertezas e de mudanças de paradigmas, torna o debate a respeito da inclusão cada vez mais presente em escolas e em universidades. Vive -se num grande paradoxo. Segundo Baumam (2009) a sociedade se caracteriza pela pósmodernidade que tem como premissa o reforço de práticas individualizadas em detrimento das questões coletivas. Assim, este paradoxo repleto de perversidade impõe uma postura egocêntrica do indivíduo que vai de encontro com os discursos de uma sociedade inclusiva. A escola neste contexto reflete as mazelas de uma sociedade individualizada, e apesar de toda discussão a respeito da inclusão, ainda encontra-se distante de uma ação coletiva que de fato assuma um postura diferenciada, que modifique de forma positiva a rotina de cada sujeito dentro das instituições educativas.
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Pedagogo, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela UNITAU, especialista em Gestão Escolar (UEPA), Currículo e Avaliação da Educação Básica (UNAMA), Ciência Politica (FACIMAB), Relações Etnicas para o Ensino Fundamental (UFPA), Educação Especial com ênfase em inclusão (Faculdade Futura). Especialista em Educação Classe III da Secretaria de Estado de Educação. E-mail: vilaca.marcelo@gmail.com
Revista “Informação” - Vol. VI, Nº 8 (Dez.2020)
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