USO DO IMC NA CONSTRUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS NAS AULAS DE CIÊNCIAS Claudeth de Souza Pinto1 Alex Corrêa da Silva2 RESUMO A utilização de gráficos perpassa por todas as disciplinas que associam a estatística nas análises de dados. Incentivar nos alunos a leitura de gráficos e tabelas permitirá futuras interpretações, avaliações e inferências sobre as informações contidas em diferentes recursos estatísticos que aparecem diariamente em livros, informativos e nos diversos meios de comunicação como recomenda o Documento Curricular para Educação Infantil e Ensino fundamental do Estado do Pará, embasado na BNCC, em seus quatro eixos estruturantes: Espaço/Tempo e suas Transformações, Linguagem e suas Formas Comunicativas, Valores à Vida Social e Cultura e Identidade. Esses eixos funcionam como um universo a ser explorado por toda comunidade escolar no processo de produção de conhecimentos. O presente estudo é um relato de experiência sobre uma atividade desenvolvida com alunos do 8º ano de uma escola da rede estadual de ensino do Pará, visando estimular o raciocínio estatístico-matemático durante as aulas de ciência através da construção e interpretação de tabelas e gráficos utilizando o índice de massa corporal (IMC) dos próprios educandos. O estudo foi dividido em três etapas: 1- Coleta de dados, cálculo e tabulação dos resultados, 2Interpretação de tabelas, confecção e interpretação de gráficos e, 3- Questionário avaliativo. Os estudantes apresentaram dificuldade na realização de cálculos matemáticos, por outro lado mostraram-se muito interessados em aprender com a dinâmica utilizada. A maioria dos grupos conseguiu, sem muita dificuldade, interpretar os resultados presentes na tabela de dados, construir e interpretar os gráficos por eles desenvolvidos. 78 alunos realizaram todas etapas da atividade e, consideraram a forma como a mesma foi conduzida mais fácil de aprender. Palavras-chaves: Ensino de Ciências. Interpretação gráfica, interdisciplinaridade.
INTRODUÇÃO A utilização de gráficos não está contida apenas nas aulas de matemática, mas em todas as disciplinas que associam a estatística nas análises de dados. Os gráficos se apresentam como uma ferramenta capaz de ampliar a capacidade humana de sistematizar dados e estabelecer relações entre os mesmos (VYGOTSKY, 1994). A capacidade de ler e também de construir gráficos e tabelas, faz parte do que é chamado alfabetização matemática e está presente em nosso cotidiano (SÁ, 2005). Conforme disposto na Base Nacional Curricular Comum (BNCC), no 8º ano do ensino fundamental, área de Matemática, o aluno deve ser capaz de utilizar as linguagens numérica e algébrica, em diferentes representações, para elaboração e resolução de problemas (PARÁ, 2018; BRASIL, 2020).
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Licenciada em Ciência biológicas (UFPA); Mestre em Zoologia (UFPA/MPEG); doutoranda em Biologia Parasitária na Amazônia (UEPA); professora de Ciências e Biologia na rede estadual de educação do estado do Pará (SEDUC-PA). E-mail. dethsp@yahoo.com.br. Fone: (91) 98893-4804
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Licenciado em Biologia (IFPA); Mestre em Ciências Ambientais (UEPA). Professor de Biologia na rede estadual de educação do estado do Pará (SEDUC-PA). E-mail. bioaprendizz@hotmail.com. Fone: (91) 980332899
Revista “Informação” - Vol. VI, Nº 8 (Dez.2020)
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