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RI ARAGUARI INFORMATIVO DO CBH ARAGUARI EDIÇÃO 98 - OUTUBRO DE 2020

CBH ARAGUARI INICIA ELABORAÇÃO DE SEU PLANO DE COMUNICAÇÃO

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EDITORIAL EDITO hidroRIAL A importância da comunicação

Uma das preocupações do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari) é aprimorar a comunicação junto à sociedade. Trata-se de uma ação estratégica na busca permanente pelo objetivo de tornar nossas ações e projetos conhecidos e reconhecidos. Para tanto, iniciamos neste mês de outubro a elaboração de um Plano de Comunicação, cuja meta é justamente definir diretrizes que nos orientem para que possamos comunicarmos de forma mais adequada, ampla e transparente.

E para que essa meta seja alcançada de forma concreta, o CBH Araguari conta com o

apoio e o conhecimento de uma empresa de comunicação que irá elaborar, juntamente aos membros do próprio Comitê, o nosso Plano de Comunicação. O grande interesse em dispor de um documento consistente levou inclusive o CBH a criar um Grupo de Trabalho de Co- municação, voltado exclusivamente para acompanhar e auxiliar na elaboração do Plano.

Para o Comitê, a comunicação é uma ferramenta muito importante para repassar informações relevantes e para conscientizar a população e os usuários de água sobre prá-ticas sustentáveis que devem ser adotadas visando à conservação da água, para que as nossas atividades não impactem na qualidade da água.

Uma das matérias desta edição aborda exatamente essa questão. Trata-se de um estudo desenvolvido por pesquisadores brasileiros que revela os riscos permanentes das nossas reservas de água. Vale a pena conhecer.

Boa leitura!

Bruno Gonçalves dos Santos Presidente do CBH Araguari

EXPEDIENTE Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari Presidente: Bruno Gonçalves dos Santos Instituição: Prefeitura Municipal de Araguari Segmento: Poder Público Municipal Vice-Presidente: Antônio Geraldo de Oliveira Instituição: Organização de Desenvolvimento Sustenável (ODS) Segmento: Sociedade civil Secretário: Maurício Marques Scalon Instituição: Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas (FONASC CBH) Segmento: Sociedade civil Secretário Adjunto: Luiz Humberto Freitas de Souza Instituição: Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Uberlândia EXPEDIENTE Segmento: Usuário

Rio Araguari é o Informativo Online do CBH Araguari Redação: Nara Santos, Osmam Martins e Rafael Masselli Revisão: Priscilla Rocha Edição: FAMA Comunicação

Endereço: Rua Jaime Gomes, 741, Centro - Araguari/MG CEP: 38440-244 Telefone: (34) 3246-4269 comite.araguari@agenciaabha.com.br www.cbharaguari.org.br

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Iniciada a elaboração do Plano de Comunicação do CBH Araguari

Um conjunto de ideias e ações específicas será definido pelo CBH Araguari com vistas a nortear todo seu processo de comunicação para os próximos anos. Para tanto, uma empresa de comunicação foi contratada e deverá elaborar, em conjunto com os membros do próprio Comitê, o Plano de Comunicação Social.

Para acompanhar e auxiliar o trabalho a ser desenvolvido, o CBH Araguari criou o Grupo de Trabalho (GT) de Comunicação. E a primeira reunião foi realizada no dia 7 de outubro.

Em pauta, a apresentação do produto 1 do Plano de Comunicação, que se refere à Contextualização, englobando tópicos como análise institucional e análise de mercado.

Nesta etapa, foram abordados aspectos como a motivação para a execução do Plano, a metodologia, o histórico do Comitê e o contexto em que está inserido. Tais informações são fundamentais para fornecer subsídios que orientem a elaboração do Diagnóstico (produto 2).

A realização de pesquisa quantitativa e qualitativa com os membros do Comitê vai recolher dados que serão a base para os

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demais produtos do Plano de Comunicação, que compreendem o Diagnóstico (produto 2), o Prognóstico (produto 3) e o Plano de Ações (produto 4). A ideia da pesquisa quantitativa e qualitativa é obter informações que retratem a expectativa em relação à comunicação do CBH Araguari, assim como a percepção atual dos materiais informativos já existentes.

O produto 2, Diagnóstico, engloba pontos como mapeamento e análise dos públicos de relacionamento direto e indireto com o Comitê, expectativas sobre a comunicação externa e identificação de ferramentas para a comunicação interna.

Já o produto 3, Prognóstico, pretende definir temáticas como mensagem, posicionamento, promessa básica e objetivos da comunicação; além de propostas para os vários tipos de comunicação - interna, externa e institucional.

Por fim, o produto 4, Plano de Ações, deverá conter itens como ferramentas, formatos, periodicidade e objetivo; cronograma e orçamento para execução do Plano; e métodos de revisão e controle.

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Qualidade da água dos rios brasileiros sofre danos por uso dos solos Estudo desenvolvido por pesquisadores brasileiros revela que as águas dos rios brasileiros estão perdendo qualidade por falta de planejamento no uso do solo. O destaque são para duas atividades: a agricultura e a urbanização.

Publicada no Journl of Environmental Management, a pesquisa foi coordenada pela bióloga do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, Kaline de Mello, e apoiada por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do ABC, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade de Massachusetts e Universidade Estadual do Oregon, ambas nos Estados Unidos.

O estudo dos pesquisadores brasileiros é o primeiro a criar um panorama nacional sobre como cada tipo de uso do solo afeta os recursos hídricos nacionais. "A maioria das análises faz projeções sobre os impactos da mudança do uso do solo na quantidade de água disponível, mas não na sua qualidade", explica o professor da UFABC, Ricardo Hideo Taniwaki, um dos autores da pesquisa.

A atividade agrícola, incluída a pastagem, ocupa 28,8% do território brasileiro e está

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presente basicamente em dois biomas: o Cerrado (42% do total), predominante na Bacia Hidrográfica do Rio Araguari, e a Floresta Atlântica (62%). Além de poder afetar o escoamento da água, a agricultura descarrega em rios e riachos poluentes como nitrogênio, fósforo e outras substâncias químicas.

Nas áreas urbanas, dois problemas são apontados como preocupantes. O primeiro é a impermeabilização de quase a totalidade do solo em função do asfalto. Assim, os materiais que permanecem na superfície, inclusive metais pesados, são escoados para os rios pelas chuvas. O outro é a degradação das águas por conta do esgoto não tratado, que despeja nos rios coliformes fecais, matéria orgânica e outros poluentes. Para se ter ideia, cerca de 48% da população não conta com coleta de esgoto em casa.

Consciente destes dados, o Saneamento Básico é um dos focos de investimento do CBH Araguari.

Vale ressaltar também que o Comitê possui um programa voltado exclusivamente para a Qualidade da Água. É ainda missão deste CBH apoiar e fomentar boas práticas no uso dos recursos hídricos, de forma que o avanço econômico esteja em sintonia com a manutenção dos nossos mananciais.

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Grupo de Acompanhamento do Contrato de Gestão recebe orientação O Grupo de Acompanhamento do Contrato de Gestão (GACG), instância que verifica o cumprimento do instrumento jurídico firmado entre a Abha Gestão de Águas, como entidade equiparada à Agência de Bacia, e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), para atendimento ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari), reuniu-se pela primeira vez em 2020 no último dia 14 de outubro, para discussão de assuntos envolvendo o Contrato de Gestão nº 003/2019.

Este primeiro encontro do ano contou com a participação do gerente de apoio às agências de bacias e entidades equiparadas do Igam, Michael Jacks de Assunção, que explanou sobre as mudanças na legislação envolvendo a gestão e aplicação dos recursos

oriundos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Essas alterações têm como objetivo fortalecer o alcance das metas, por meio da aplicação dos recursos da cobrança, e garantir a melhoria das condições de qualidade e quantidade de água na Bacia Hidrográfica.

Os membros do Grupo passarão por uma capacitação para entender melhor o Contrato de Gestão e seus indicadores de avaliação.

Dessa forma, terão mais conhecimento para desenvolver os trabalhos necessários de acompanhamento. O Plano de Trabalho do Grupo será elaborado na próxima reunião, já marcada para o dia 16 de novembro, em que a ABHA trará o status do Plano Plurianual de Aplicação, documento que define e orienta o investimento dos recursos oriundos da cobrança.

Reunião sugere a criação de Grupo de Trabalho para combater a proliferação do mexilhão-dourado A criação de um Grupo de Trabalho para desenvolver um plano de enfrentamento à proliferação do mexilhão-dourado é a principal ação definida pelo CBH Araguari para ajudar no combate ao molusco, cuja presença em rios da região é motivo de enorme apreensão.

Em reunião da Câmara Técnica de Planejamento e Controle (CTPlan), realizada no dia 9 de outubro, a proposta foi apresentada após o recebimento de um ofício do Consórcio Capim Branco Energia alertando sobre a presença do mexilhão-dourado na Bacia Hidrográfica do Rio Araguari.

A preocupação da empresa é plenamente justificável, visto que o mexilhão-dourado é uma das espécies invasoras mais devastadoras. Trata-se de um molusco de origem africana que provoca danos à agricultura irrigada e à pesca, pois interfere na cadeia alimentar, e também prejudica o sistema de abastecimento de água e a geração de energia, já que entope as tubulações.

Cartilha repassa orientações para reuniões virtuais

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Além de espécie invasora devastadora, o mexilhão-dourado possui grande capacidade para se adaptar a novos ambientes aquáticos e sua presença costuma provocar desequilíbrios ambientais, já que ele se multiplica rapidamente, podendo esgotar os recursos naturais. Esses desequilíbrios geralmente trazem graves consequências a esses ambientes, como a morte e até a extinção de espécies nativas.