As reinvenções criativas da arte
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“Eu sou da América do Sul Eu sei, vocês não vão saber Mas agora sou cowboy Sou do ouro, eu sou vocês Sou do mundo, sou Minas Gerais”1
e tradição humanista, a cultura mineira é marcada pelo cosmopolitismo desde as suas origens há 300 anos e destaca-se por uma vasta produção artística e literária, singular e de qualidade universal, destacou a professora emérita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutora em Literatura, Eneida Maria de Souza, em sua palestra no seminário virtual Tradição e Modernidade: As Reinvenções Criativas da Arte em Minas Gerais, realizado pela Assembleia Legislativa na manhã do dia 5 de dezembro, sob a coordenação do então 2º vice-presidente da casa, deputado Cristiano Silveira. Expressão primeira do cosmopolitismo humanista da literatura mineira, as utopias libertárias e iluministas dos poetas árcades das sociedades literárias criadas na esteira da intensa urbanização propiciada pelas riquezas auríferas no século XVIII, em Vila Rica, revelam os diálogos entre os livros da metrópole portuguesa e os leitores da colônia, pautando-se a criação literária da época “não pelo provincianismo, mas pelo contato com a cultura estrangeira de raiz europeia”, assinalou a professora da UFMG, lembrando os poetas inconfidentes Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e Inácio José de Alvarenga Peixoto. 1 Estrofe da canção “Para Lennon e McCartney”, composta por Fernando Brant, Márcio e Lô Borges no final da década de 1960 e interpretada por Milton Nascimento.
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