Revista Borracha Atual Edição 161

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borrachaatual .com.br ISSN 2317-4544 Ano XXVII • Nº 161 • ASPA Editora 04 ENTREVISTA Tales Cardoso Pinheiro Gerente de marketing da Vipal 44 MATÉRIA TÉCNICA Nano-aditivos aplicados em compostos de borracha-grafeno como material de reforço
distribuidorafragon / www.fragon.com.br Rua Manuel Jesus Fernandes, 233 Jd. Santo Afonso - Guarulhos - SP - CEP 07215-230 Tel.: 11 2462.2000 / 4980.3060 www.fragon.com.br Entregas dentro de São Paulo em 24 horas. Carbonato de Cálcio Precipitado Distribuímos sempre as melhores marcas. Na Fragon você encontra um mix completo de produtos para a indústria da borracha. Contamos com as melhores marcas do mercado e somos uma das maiores distribuidoras de matériaprima para a indústria de borracha. + de 400 itens em nosso portfólio; Agilidade e garantia com pronta-entrega; Equipe de vendas especializada. ESTOQUE A FRAGON TEM imediato Fale com nossa equipe de vendas: 11 2462-2000 ou consulte nossa linha de produtos em nosso site: www.fragon.com.br Aponte a câmera do seu celular para o QR Code e confira a lista completa dos produtos. • ACELERADORES • ADESIVOS • AGENTES ANTI-CHAMA • AGENTES DE VULCANIZAÇÃO • ANTIOXIDANTES • ANTIOZONANTES • ATIVADORES • AUXILIARES DE PROCESSO • BORRACHA REGENERADA • BORRACHAS BUTÍLICAS Confira as famílias de produtos oferecidos pela Fragon: • BORRACHAS DE SILICONE • BORRACHAS EP(D)M • BORRACHAS NATURAIS • BORRACHAS NITRÍLICAS • BORRACHAS NITRÍLICAS EM PÓ • BORRACHAS POLIBUTADIENOS • BORRACHAS SBR • BORRACHAS SSBR • CARGAS • CERA ANTIOZONANTE • DESMOLDANTES • DILUENTES • HOMOGENEIZADORES • NEUTRALIZADORES • PEPTIZANTES QUÍMICOS • PIGMENTOS • PLASTIFICANTES • PRÉ-DISPERSO • PREPARAÇÃO DE ENXOFRE • PREPARAÇÃO DE ÓXIDO DE MAGNÉSIO • PROTETIVO DE MOLDE • RESINAS • RETARDADORES • SABÕES ANTI-ADERENTES

SUMÁRIO

EDITORIAL

10 MATÉRIA DE

CAPA

Otimismo renovado na EXPOBOR e na PNEUSHOW

Entusiasmo à flor da pele

O grande destaque desta edição foi a volta triunfal da Expobor e da Pneushow, eventos que não eram realizados há quatro anos por conta da pandemia. O clima era de reencontro entre velhos amigos que há tempos não se viam, o apertar de mãos, os abraços mais acalorados e as histórias de tempos que não voltam mais. O entusiasmo pelo futuro permaneceu à flor da pele durante os três dias das feiras e se nem tudo foram flores, afinal ainda existe falta de matéria-prima e alguns entraves logís�cos, as perspec�vas são posi�vas.

Os lançamentos concentraram-se no setor de máquinas que cobrou mais espaço e condições mais favoráveis para os organizadores. O Brasil precisa de modernização de seu parque fabril na área de borracha para acompanhar a produ�vidade internacional e ser compe��vo nas exportações. As máquinas são essenciais para que isto aconteça. O aumento substancial dos preços dos fretes marí�mos, aliados à concentração da produção nos países asiá�cos, acendeu o alerta para que parte da produção fique mais próxima dos centros de consumo, evitando assim, atrasos ou falta de produtos.

Entramos decididamente em uma nova era de relações comercias, ques�onando-se a globalização desenfreada e a busca por um maior equilíbrio na produção dos insumos essenciais. A digitalização impõe procedimentos que somente um mercado bem estruturado e planejado será capaz de acompanhar. Está chegando ao fim a era da improvisação e ganham força os ventos da inovação. Boa leitura amigos!

EXPEDIENTE

A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

Ano XXVII - Edição 161 - Jul/Ago de 2022 - ISSN 2317-4544

Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

Editora Aspa Ltda.:

Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3

Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 | 11 97353.8887 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br

Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392)

Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br

Foto Capa: Divulgação Expobor Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares

ISSN 2317-4544 Ano XXVII Nº 161 ASPA Editora 04 ENTREVISTA Tales Cardoso Pinheiro Gerente de marketing da Vipal 44 MATÉRIA TÉCNICA Nano-aditivos aplicados em compostos de borracha-grafeno como material de reforço
04 ENTREVISTA Tales Cardoso Pinheiro – Gerente de markeing da Vipal 08 PNEUS 28 A história da Rutil no Brasil 34 O pneu nos fascina. A Cantu Pneus é obcecada pelo cliente 36 Quando o mercado voltou, a Lanxess voltou com toda força 40 19º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha foi um sucesso 42 NOTAS & NEGÓCIOS 44 MATÉRIA TÉCNICA Nano-aditivos aplicados em compostos de borracha-grefeno como material de reforço 50 FRASES & FRASES 3 www.borrachaatual.com.br
Antonio Carlos Spalle�a Editor

O retorno da Pneushow

Tales Cardoso Pinheiro Gerente

de marketing da Vipal

TALES : Estávamos a princípio apreensivos se o evento seria retomado após a pandemia, como ia se dar. Obviamente a expecta�va era muito boa porque as pessoas não se viam há muito tempo. Confesso que antes havia um certo receio. Geralmente o primeiro dia sempre é mais tranquilo e nesta edição foi a todo vapor, foi impressionante o movimento e nos surpreendeu. Percebemos que as pessoas estavam todas ansiosas por se verem. Quando se encontraram parecia que fazia dez anos que não se viam. Conversei com outros expositores e a opinião é a mesma. Tradicionalmente a Pneushow não é uma feira em que fazemos grandes negócios, momento de confraternizar com a rede. Não é uma feira para prospectar clientes, mas para recebê-los. Mas esta edição gerou negócios. Vendemos várias máquinas. Para a Vipal, esta edição da Pneushow virou também uma feira de negócios, não só de relacionamentos como tradicionalmente tratamos essa feira.

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ENTREVISTA 4 www.borrachaatual.com.br
"A unidade de máquinas é estratégica para a competitividade da rede."

O setor de reforma de pneus nesse momento pós-pandemia.

Passamos por muitas dificuldades, mas o setor se recuperou bem na comparação com outros segmentos. Não paramos totalmente. Nosso maior desafio na pandemia foi se manter rodando. Conseguir produzir durante o surto da Covid, ter de manter distanciamento e cumprir os protocolos sanitários. Tivemos dificuldades até para entregar os produtos para os nossos clientes - não por falta de matéria-prima, isso a Vipal não enfrentou, pois tem contrato de longo prazo com seus fornecedores, uma segurança no abastecimento que não nos impactou. As dificuldades foram com as pessoas mesmo, que não podiam ir para dentro das fábricas. Tivemos que reduzir turnos, fazer uma série de coisas. Mas o setor de uma maneira geral seguiu girando, seguiu tocando. As pessoas precisam transportar. Foi um setor menos afetado, mas foi duro.

Outras dificuldades enfrentadas no período.

Tivemos um impacto financeiro e percebemos que ainda se vivem dificuldades porque o setor de transporte está muito pressionado. O preço do combus�vel pressiona o transporte e isso reflete em toda a cadeia, pois o transportador precisa de diesel para rodar. E o diesel não tem como negociar. É o preço da bomba. E a pressão vai para o resto da cadeia. O reformador é um dos pontos em que o transportador vai negociar e isso resulta em negociação por preços menores.

O outro lado da moeda: trocar a compra de um pneu novo por um reformado.

Sim. Isso ajudou bastante a reforma, não só pelo custo do pneu novo, como pela escassez. Faltou muito pneu novo. E a indústria pneumá�ca teve que reposicionar seus preços. Os pre-

ços ficaram mais altos, abrindo espaço para a reforma. O problema é que esse espaço, não se abriu com preços tão interessantes assim. É uma discussão mais acirrada agora no quesito preço. Reposicionar um reajuste de preços hoje é uma coisa que todos �veram que fazer. Os fabricantes �veram que realizar nos dois úl�mos anos uma série de reajustes que habitualmente não eram nesses patamares, nesses índices, porque havia pressão da matéria-prima, dos combus�veis, de tudo quanto é lado e o reformador �nha bastante dificuldade de repassar isso para o transportador, que consequentemente tem dificuldade em repassar para o frete. É um efeito dominó. Cai a primeira pedra e vão caindo as próximas.

O que percebemos é que com todas essas dificuldades, essa dureza de jogar o jogo, todo mundo fala em crescimento com margens menores, com resultados menores, obviamente, mas todo mundo crescendo, todo mundo avançando no mercado. A expecta�va é ó�ma. Tem o lado di�cil, da luta, essa questão do preço, mas tem um mercado que não parou, que con�nua pujante com opções de crescimento. Tem reformador nosso que fez expansões, abriu novas unidades e comprou muito equipamento.

A reforma de pneus está sendo reformada. As marcas não têm uma diferença muito grande em termos de entrega final. Algumas estão em um grupo em que o rendimento é ó�mo, excelente. A diferença muitas vezes se dá em alguns detalhes. Então, o ganho do reformador está muito mais relacionado ao processo dele do que agregar valor à venda, uma vez que a venda está di�cil, os preços estão muito compe��vos e as diferenças são muito pequenas. Não conseguimos jus�ficar só porque vendendo produtos de a, b ou c, cobrar 30% a mais que o outro. O transportador não está podendo fazer essa esco-

lha. Onde está a oportunidade para a indústria da reforma? Dentro da indústria da reforma é que entram equipamentos com tecnologia mais avançada, que garantem uma produ�vidade melhor.

Participação da Vipal Máquinas já é significativa dentro do grupo.

É uma unidade importante não só do ponto de vista de faturamento, porque obviamente são equipamentos de valor, que geram uma boa receita, mas principalmente no fomento da tecnologia de nossas reformadoras. A Vipal Máquinas só vende equipamentos para a rede autorizada. Não criamos a Vipal Máquinas para fazer vendas a varejo para qualquer reformador que levantar a mão e pedir uma máquina. Não. Ela tem um obje�vo de qualificar tecnologicamente nosso reformador. Quando começamos a Vipal Máquinas, uma unidade rela�vamente nova, começamos pelos equipamentos robustos, de maior produ�vidade, que era uma demanda que estava ali represada. E agora atendemos também os reformadores de menor porte com máquinas mais compactas, com preços mais acessíveis que não atendem apenas os reformadores pequenos e médios, mas até o grande, que quer ampliar sua produção, mas que não precisa de uma máquina de grande escala. Ele tem essas opções agora. Isso amplia o por�ólio e amplia as vendas. É o que vimos na Pneushow, com as máquinas de menor porte - mas na feira vendemos as de maior porte também, extrusoras e raspadoras maiores.

Vendas para o mercado nacional e negócios com reformadores estrangeiros.

Vendemos duas ou três máquinas no primeiro dia para reformadores da Argen�na. A unidade de máquinas é muito estratégica pois dá compe��vidade para nossa rede. Em produto,

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simplesmente, é muito di�cil fazer isso. Mexer em preço de produto hoje é muito di�cil por causa do processo, das matérias-primas e dos custos. Mas temos como ajudar o nosso reformador a diminuir seu custo de produção e é aí que avançamos. Não só em equipamento mas em qualificação, treinamento, em revisão de processo, evitando desperdício de matéria-prima, muito comum em uma reformadora. Pedacinhos... Quando juntamos todos eles... e tem material muito nobre. A borracha de ligação, que poucos consumidores conhecem sobre ela porque não enxergam- é a lâmina de borracha que faz a união da banda de rodagem, que é uma borracha vulcanizada e a carcaça, que é outra borracha vulcanizada; coloca-se uma película de 1 mm, 1,5 mm de ligação da borracha crua para fazer a vulcanização a quente. É ela que gruda. Não é a cola. A cola só faz a ancoragem, que é para chegar até o autoclave montado. Com a pressão lá de dentro se faz a ligação. A ligação é uma das matérias-primas de custo por quilo mais alto para o reformador. Só que no processo produ�vo é uma das matérias-primas que mais tem desperdício. Por que? Porque a pessoa usa uma lâmina de ligação mais larga, corta e joga fora...

O reaproveitamento do material tem que ser feito de imediato. Uma caixa não pode ser colocada de lado, exposta ao ar, porque é um produto sensível que não pode ficar manuseando, tem que pegar e aplicar. A melhor forma de usar é pegar uma lâmina adequada à largura do pneu.

Orientação para o reformador para evitar o desperdício.

Temos um �me técnico que vai para a unidade e fica um dia, dois, três dependendo do tamanho da unidade e varre todo o processo produ�vo, verificando o desperdício em cada setor para quan�ficar. Mostrando a cifra para

o reformador, dizemos a ele que se for somar todo o desperdício que está tendo e fizer uma projeção mensal e outra anual, não é absurdo afirmar que ele poderia fazer uma economia de 100, 200, 300 mil Reais. É uma cifra que se não vai para o lixo, vai para o bolso.

Hoje fazemos um esforço muito grande para cada reformador ser qualificado, com processo ajustado, tempo de processo e adequação do lay-out do reformador. Ajudamos com o processo, lay-out, qualificação de mão de obra que tem rota�vidade. Isso é garan�a de produto entregue com qualidade e que reflete aquilo que a Vipal quer colocar no mercado. Tem todo um esforço para dar segurança e condições para o reformador ir ao mercado de forma compe��va. Não só do ponto de vista de entregar um produto com bom desempenho, mas tem toda uma indústria por trás. A reformadora é uma indústria de transformação. Temos um olhar muito focado no reformador e outro no transportador, com inicia�vas conjuntas, indo direto no transportador para tentar valorizar o produto, estamos até �rando um pouco o pé nisso. Estamos dando um direcionamento ainda maior ao reformador porque é a forma que buscamos para sobreviver no mercado, ter um bom resultado e garan�r a perenidade do negócio. E rentabilidade. Senão ele vai ficar pelo caminho.

A qualificação da mão de obra.

Temos uma estrutura em Nova Prata, um centro de pesquisa e tecnologia, gigante, com vários profissionais fazendo pesquisa, desenvolvendo compostos. Demos o nome de CPT (Centro de Pesquisas e Tecnologia), e lá há muita gente que não é vista pelo mercado e está trabalhando arduamente para fazer compostos melhores, com melhor desempenho. Entregamos resultados para a ponta da cadeia, que é o transportador. Mas temos que entregar compo-

sição para o reformador disputar mercado, mesmo tendo que entregar alto rendimento, porque há muitas marcas no mercado. Tem muita oferta no mercado de reforma. E em muitas dessas ofertas o desempenho não é uma grande preocupação. Mas eles competem com a gente. O preço é o que o transportador está disposto a pagar naquele momento, onde muitas vezes marcas de qualidade inferior disputam com marcas de qualidade superior. O fato de ter qualidade superior não garante par�cipação de mercado. Esse trabalho com o reformador e com o transportador é o que garante que nosso produto chegue. Há muitos anos temos a preocupação de formar mão de obra. Formamos os nossos técnicos, temos um trabalho dentro do CPT formando o pessoal de pesquisa e desenvolvimento.

Formação de formuladores.

Esses especialistas estão basicamente em Nova Prata. A pessoa entra na empresa, muitas vezes não nessa área, mas acaba se desenvolvendo, estudando a área porque tem uma oportunidade de trabalho ali. Temos vários pesquisadores na empresa que foram premiados, inclusive fora do país. São pessoas formadas não por nós, mas demos espaço e elas foram estudar, buscar conhecimento, graduação, pós-graduação, doutorado. Temos essa cultura do desenvolvimento. Nossos técnicos de reforma todos foram formados por nós. Desde os anos 90 a Vipal investe em formação de mão de obra - e isso em uma cidade pequena, de 20 mil habitantes. Muitas pessoas se formaram na Vipal e hoje estão em outras empresas.

A criação da Univipal.

A Univipal ampliou o processo de formação. Foi uma formalização de um processo que sempre �vemos. No final dos anos 80 �nhamos a reformadora com o obje�vo de treinar os clientes.

ENTREVISTA 6 www.borrachaatual.com.br

Naquela época, sem muito berço acadêmico, a empresa levava os clientes para passarem uma semana lá para serem treinados. Isso foi ganhando corpo. Selecionamos as pessoas com mais conhecimento e as transformamos em instrutores. Quando vinham mais clientes eram esses que iriam dar treinamento. Vieram os anos 90 e esse era o Centro de Treinamento da Vipal, e a�ngiu um ponto que não era apenas um centro de treinamento (que ainda existe, por sinal). Capacitação não se resume a pegar um indivíduo, colocá-lo dentro da unidade e treiná-lo. Quando a Univipal nasce, nasce com os treinamentos virtuais, educação à distância (EAD), nosso �me de campo dando treinamento in loco (hoje podemos dar treinamento dentro da reformadora do cliente). Se ele quiser que seu funcionário tenha uma imersão, enviamo-lo para Nova Prata, na Univipal, com instrutores capacitados. O por�ólio foi aumentando e hoje temos cerca de 70 cursos em vários idiomas - englobando o mercado internacional.

Treinamento durante a pandemia.

Durante a pandemia, �vemos uma busca intensa pelos nossos clientes do mercado externo. Tivemos que nos adequar. Em tempos normais, pré-pandemia, a Univipal capacita cerca de 3 a 4 mil pessoas por ano. No público inclui-se transportador (fazemos treinamentos específicos para transportador), reformadores. Esse número é o total do treinamento que é feito in loco, aquele feito no CPD e o “online”. É muita gente! E não só do Brasil. Da Europa, América do Norte, América do Sul, África...

Isso está no DNA da Vipal, capacitar, de formar a sua mão de obra. Hoje temos muitos especialistas na Vipal em várias áreas. Desde o CPT, com os especialistas desenvolvendo; os especialistas técnicos, especialistas financeiros, comerciais... e o interessante disso tudo

é que não são especialistas formados por uma universidade desconhecida. Foram formados no mercado do setor de reforma de pneus. São especialistas em reforma de pneus. Quando falamos especialista financeiro, é de uma reformadora, mas pode trabalhar em qualquer negócio, como uma padaria. Os nossos especialistas financeiros entendem muito de reforma de pneu. Ajudam o reformador a analisar seus custos. Até alertá-lo de que o modelo de tributação que ele usa pode não ser o mais adequado para o momento dele. Arrisco-me a dizer que pouquíssimas ou nenhuma empresa do setor no Brasil dá esse suporte. Alguns têm a parte técnica. Nós temos a comercial, a financeira, a técnica e até de marketing. Ajudamos o reformador a se posicionar, ir ao mercado, se comunicar.

Conseguimos montar um modelo para ajudar o reformador em tudo o que ele precisar. Acredito que temos êxito... nossa rede tem 200 reformadores... é a maior do Brasil. E isso em 25 anos, que estamos completando agora em 2022.

E muitos reformadores que come-

çaram com a gente há 25 anos estão conosco até hoje. Crescemos juntos e hoje têm várias unidades.

Preparação para novos períodos desafiadores.

Em virtude da guerra na Europa, houve falta de matérias-primas daquela região. Na pandemia a falta de matéria-prima não impactou, o que impactou foram as pessoas. Não só as que se afastavam, mas porque havia limitação do número de pessoas em determinada área por conta dos protocolos sanitários e isso diminuiu nossa capacidade produ�va. Os eventos causaram aumento dos custos, mas isso foi para toda a indústria.

Desempenho em 2021.

Tivemos um ano bom, mesmo com todas as dificuldades. Claro que não foi como queríamos. Tivemos que revisar o planejamento de faturamento e de volume. Estabelecemos outros obje�vos e conseguimos a�ngi-lo. Em 2020 sobrevivemos, e em 2021 a�ngimos o que planejamos. 

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Dunlop passa os 40

de pneus

Diablo Rosso, pneu esportivo com sílica

A Dunlop anuncia que superou em junho a marca de 40 milhões de pneus para veículos leves produzidos no Brasil. O número expressivo está em linha com os inves�mentos anunciados e tende a crescer com a ampliação da fábrica prevista para os próximos anos. A meta de produção de pneus para veículos de passeio é aumentar em 28% a capacidade até 2024, ou seja, a empresa espera chegar a 23 mil pneus produzidos por dia. Já para os veículos de carga, a empresa espera dobrar sua capacidade produ�va até 2025, batendo a marca de 2.2 mil pneus produzidos por dia. 

A Pirelli apresentou o novo modelo da família espor�va da marca italiana para as motocicletas, o DIABLO ROSSO IV CORSA, no Fes�val Interlagos – Motos, realizado em julho no Autódromo de Interlagos. Com tecnologias derivadas das pistas de corrida, a versão hiperespor�va do Diablo Rosso IV tem maior aderência na pista seca e ainda mais agilidade, possuindo super�cie de contato mais larga, o que garante o grip mesmo nas inclinações mais extremas.

O pneu dianteiro é dividido em três áreas usando dois compostos diferentes. A zona central possui um composto de 100% sílica que ocupa cerca de 45% da largura da seção e está presente na área de contato usada até 25 graus de inclinação. As áreas laterais possuem um composto mais macio, também 100% sílica, graças ao uso de resinas inovadoras que oferecem excelente aderência e melhoram o feedback dos pneus dianteiros. O pneu traseiro também é bicomposto, para excelente desempenho nas estradas, e trabalha em harmonia com o pneu dianteiro. O composto central de 100% sílica permite um aquecimento rápido e excelente aderência química em diferentes condições de super�cie. O composto do ombro é 100% Carbon Black e deriva diretamente dos compostos do DIABLO Supercorsa SC usados em compe�ções. Este composto é capaz de oferecer suporte em plena inclinação e tração durante a aceleração gerenciando, o torque gerado pelas superbikes de úl�ma geração.

A Bridgestone Americas (Bridgestone) e a Dow firmaram uma parceria para desenvolver o B-SEALS, uma tecnologia de selante reciclável à base de silicone. A solução de mobilidade estendida foi apresentada na Silicone Expo 2022, evento realizado entre os dias 21 e 23 de junho, em Detroit (Estados Unidos) e representa mais de quatro anos de pesquisa e desenvolvimento entre as duas empresas. A tecnologia B-SEALS oferece um excelente desempenho como

selante em caso de perfuração, sem comprometer o meio ambiente. Diferentemente dos selantes convencionais, que costumam ser de di�cil remoção, este produto à base de silicone pode ser removido de maneira eficiente depois de aplicado, permi�ndo que o pneu seja reparado e a sua vida ú�l ampliada. Pelo fato de oferecer um selante removível e reciclável, a tecnologia B-SEALS também permite a reciclagem do pneu no fim de seu ciclo de vida. 

milhões
Bridgestone e Dow desenvolvem tecnologia de selante para pneus
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EXPOBOR e PNEUSHOW 2022

Negócios e novas parcerias destacam otimismo renovado

alegria entregar um evento que deveria ocorrer em 2020, mas foi adiado devido à pandemia. Foi um desafio, mas podemos ver no pavilhão a dedicação do setor para trazer aos visitantes as inovações tecnológicas em produtos e serviços”.

Abdala recordou que, em 1996, teve a ideia, junto com o Sindibor, a ABR e a ARESP, de criar uma feira para atender o setor. “E hoje posso ver o quanto o setor se uniu e protagonizou um crescimento fantás�co, focado em nossa economia. Por isso, também é um prazer entregar uma feira adulta, madura, profissional e, tenho certeza, eficiente para a geração de negócios, que é o que todos esperam”.

Encerradas no dia 24 de junho, a EXPOBOR –Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha e a PNEUSHOW – Feira Internacional da Indústria de Pneus – conciliaram, à perfeição, conhecimento, negócios e networking. Os números falam por si: em três dias, foram quase 70 palestras e painéis, 145 marcas expositoras e 8,6 mil visitantes –dos quais, 23% es�veram no evento pela primeira vez. O público, além de recorde, foi diversificado, com representantes de todos os estados brasileiros e crescimento de 13% dos visitantes internacionais.

A EXPOBOR e a PNEUSHOW são, desde 1996, as principais feiras do setor. Elas abrangem produtos, máquinas, soluções e inovações para a transformação e produção de artefatos de borracha nos mais variados segmentos industriais, como automobilís�co, eletrônica, pe-

tróleo e gás, siderurgia, calçados, entre outros. Nesta edição, chamou atenção o crescimento do público e, por consequência, da geração de negócios.

“Foram quatro anos sem o evento, pois ele não pode ser realizado em 2020 e 2021. Todos se mostraram muito felizes com essa oportunidade de reencontro e o comentário geral, entre os expositores, é que esta edição foi especialmente boa em termos de negócios”, afirma Fernando Ruas, Diretor de Negócios da Francal, organizadora da EXPOBOR e da PNEUSHOW. “As empresas apostam em um segundo semestre alavancado, acelerado, com base, inclusive, no que sen�ram no evento. O balanço é extremamente posi�vo”.

Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal, organizadora das feiras, e presidente da União Brasileira dos Promotores de Feiras – UBRAFE – , afirmou, durante a solenidade de abertura, que “é um orgulho ver as feiras funcionando”. “É uma

Já a senadora pelo Mato Grosso e presidente da Associação Brasileira da Reforma de Pneus – ABR –, Margareth Buze� afirmou que as feiras se consolidaram como os dois maiores eventos de máquinas e artefatos de borracha da América La�na. “E as expecta�vas são as melhores, pois os expositores trouxeram muitas novidades para apresentarem e que contribuirão para as operações, o aumento da produ�vidade e redução de custos no setor”.

Ao lembrar que o país hoje possui cerca de 66 mil quilômetros de malha rodoviária, a dirigente da ABR destacou que o setor de transporte é vital para a logís�ca de distribuição de produtos e para o desenvolvimento da economia do país. “O que o Brasil precisa é de uma polí�ca de industrialização séria, comprome�da com a renovação do parque de máquinas e que ofereça créditos e juros compe��vos”.

Marcos Carpeggiani, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha – ABIARB –, lembrou

CAPA 10 www.borrachaatual.com.br
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que esta é a 13ª edição das duas feiras. “Ficamos quatro anos sem eventos e agora vemos o quanto o setor evoluiu em tecnologia, o que os coloca como os mais importantes da América La�na”.

O presidente da Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo – ARESP –, Alexandre Levi Cardoso, concordou com Carpegiani. Para ele, as empresas do segmento deram um grande salto em tecnologia. “Podemos ver isso nas feiras com novos produtos e fornecedores. O setor sai da pandemia muito maior e mais preparado para atender o mercado brasileiro e la�no-americano”.

Quanto à plataforma de conteúdo –cons�tuída pelo 19° Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha, 10° Encontro Nacional da Borracha Natural, Reforma de Pneus em Foco, Senai Escola Móvel, Reforma de Pneus em Foco e Seminário de Marke�ng, Vendas e Sustentabilidade –, dois temas centrais conduziram a maioria das conversas e discussões: Indústria 4.0 e ESG (acrônimo, em inglês, que compreende temas ambientais, sociais e de governança).

Não é à toa que esses dois temas se viram interligados durante o evento.

Enquanto a Indústria 4.0 tem como prioridades a implementação de tecnologias de automação – o fazer mais com menos –, ESG – (Environmental, Social and Governance) foca na redução dos desperdícios, na o�mização dos recursos e nas ações que beneficiem não só a empresa como também toda a sociedade. Nesse sen�do, a economia circular, que consiste no aumento da vida ú�l dos produtos e na u�lização de resíduos como matéria-prima, ficou sob o holofote.

“A cadeia da borracha não tem como fugir do ESG. Ela, afinal, começa no campo, na árvore, gera milhares de empregos e é u�lizada por inúmeras indústrias”, diz Ruas. “Já o pneu, e mais especificamente a sua reforma, está intrinsecamente ligado à sustentabilidade. Ajuda, afinal, a resolver um grande problema que é o descarte incorreto de um material cuja decomposição natural requer centenas de anos”.

Vale lembrar que, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha – ABIARB –, o setor contabilizava 1.885 empresas a�vas até 2019 e encerrou 2021 com 43.838 empregos diretos, além de uma produção industrial de R$ 9,15 bilhões. Já o setor de reforma de pneus, segundo a Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus – ABR – e a Associação dos Reformadores de Pneus do Estado de São

Paulo – ARESP –, contava até 2019 com 1.697 empresas, encerrou 2021 com 16.128 empregos diretos e uma produção industrial de R$ 1,78 bilhão.

A próxima edição da EXPOBOR e PNEUSHOW já tem data para ocorrer: será entre os dias 26 e 28 de junho de 2024, também no Expo Center Norte, em São Paulo.

Balanço posi�vo, avaliação unânime – A presença de visitantes qualificados e em um volume superior ao esperado agradou os expositores – que já se mostraram animados para a próxima edição do evento, a ser realizada em 2024. Os negócios iniciados e fechados se somaram à felicidade do reencontro, tendo em vista o distanciamento social vivenciado nos úl�mos anos.

Para a Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha – ABTB –, a feira foi mais movimentada que as edições anteriores. “Tivemos muita gente circulando pelo pavilhão. E, o mais importante, recebemos visitantes que vieram para fazer negócio”, afirma o presidente da ABTB, Paulo Garbelo�o. “Além disso, �vemos o Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha, que apresentou um material alinhado com o futuro da sustentabilidade, e o 10º Encontro Nacional da Borracha Natural, que reuniu produtores para debater a necessidade de autossuficiência da borracha no país”.

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Marcos Antonio Carpeggiani, Presidente da ABIARB e do SINDIBOR

EXPOBOR

A Fragon, tradicional distribuidor de matérias-primas para a indústrias de borracha, está no mercado desde 1987 ampliando seu por�ólio de produtos de acordo com as necessidades de pequenos e médios clientes, acrescentando representadas de grande renome e consolidando-se como distribuidora confiável de matéria-prima. Inves�u na capacitação de seus profissionais e na excelência de serviços obtendo a cer�ficação ISO 9001:2015. Recepcionando clientes e visitantes logo na entrada da Expobor com um estande inovador, comemorou o fato de ter dobrado o tamanho da empresa no período de pandemia, apresentando aproximadamente 400 itens do seu por�ólio para possíveis novos clientes ou consolidando a relação com os parceiros.

“Tivemos que nos reinventar na pandemia e aproveitamos as oportunidades do mercado.”

A Nitriflex, por sua vez, comemorou 50 anos de fundação durante o evento. Para esta edição, a empresa colocou em foco os látex nitrílicos para aplicação em luvas cirúrgicas. Eles oferecem boa resistência ao rasgo e à abrasão, sem perder a flexibilidade e a baixa densidade do composto.

A Re�lox Química, comemorando 30 anos de mercado, expôs em seu estande suas mais recentes inovações em sistemas de cura base peróxidos orgânicos, dando destaque a novos peróxidos ultra rápidos e em pasta para ganho de produ�vidade em moldados de silicone, além de uma exclusiva tecnologia de adesão de borracha a tecidos, eliminando o formaldeído, sendo inclusive tema de sua apresentação no Congresso Brasileiro da Borracha durante a feira.

A Re�lox é uma empresa 100% brasileira, que atua há 30 anos no mercado com uma polí�ca de alto inves�mento em P&D, guiando mundialmente o mercado transformador de borracha a novos horizontes, inovando em sistemas de cura para artefatos de borracha.

Líder em tecnologias para crosslinking, a empresa possui imenso know-how no desenvolvimento de sistemas de cura especiais baseados em peróxidos orgânicos, que incorporam alta tecnologia, produ�vidade, qualidade e redução de custos ao mercado transformador de borrachas, em subs�tuição à cura via enxofre e aceleradores.

“50 anos de pioneirismo em borracha e látex.”
“Cura por peróxido pode reduzir custos."
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A Cabot apresentou seu lançamento global, o E2C, compósito de elastômero desenvolvido para aplicações de borracha industrial. Com uma boa recep�vidade de mercado e público, o produto é exclusivo no Brasil e diferente do compósito natural de negro de fumo que a empresa comercializa. Oferece níveis superiores de dispersão de enchimento e, além de prolongar a vida ú�l do produto, ajuda a reduzir o consumo de matéria-prima e energia durante o processo de fabricação.

"Lançamento global de compósito de elastômero.”

Basile Química, que atua no setor de produtos químicos para artefatos de borracha, trouxe um mostruário especial de masters de aceleradores. São dois formatos – os pale�zados e em pas�lhas –, que diferenciam a marca das concorrentes. A flexibilidade do produto permite uma melhor aplicação à linha de fabricação. “Masters de aceleradores em pastilhas destacáveis."

O Grupo Dalton Chemitac é cons�tuído por um conglomerado de empresas com foco na fabricação e comercialização de adesivos industriais des�nados a aderir todos os �pos de borracha a qualquer substrato pelo processo de vulcanização. Pioneiras na u�lização da tecnologia da nanomoagem na fabricação de adesivos, introduziram no mercado um produto muito mais fino, estável e homogêneo.

Os inves�mentos são des�nados à pesquisa de produtos inovadores e de alta performance que sa�sfaçam tanto as necessidades específicas da indústria quanto as novas demandas ambientais. Para este fim, criaram o programa “WE THINK GREEN”, cujas ações visam a preservação do meio ambiente ao longo de todo o processo industrial – desde a aquisição de matérias-primas renováveis até o tratamento dos passivos ambientais.

Seus adesivos foram os primeiros a atender, em escala global, às norma�vas europeias que estabelecem a necessidade de isenção de solventes clorados, metais pesados e produtos que formem nitrosaminas.

“We think green”, programa de preservação do meio ambiente.

A Birla Carbon surpreendeu-se com o bom público presente, além da expecta�va. Além dos tradicionais clientes de pneumá�cos já conhecidos, também foram feitos outros contatos que poderão gerar bons negócios no futuro.

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Fundada em 1985, a Auriquímica é uma empresa especializada em distribuição e comercialização de matérias-primas para os segmentos de adesivo, borracha, látex, plás�cos e solados para calçados. Qualidade, agilidade e confiabilidade é o lema da Auriquímica, que atua há mais de 30 anos no setor e é referência no mercado. Cada vez mais solidificada, presta relevantes serviços de suporte técnico e comercial, inves�ndo na qualificação de profissionais e em tecnologia, garan�ndo uma distribuição confiável e competente.

"Temos um amplo portfólio, podendo assim atender a diversos segmentos.”

A Interquímica trouxe novidades da linha de produtos Arlanxeo, que recentemente foi estendida. Além da linha de EPDM’s (Keltan), a empresa comercializa também as borrachas sinté�cas KRYNAC B e F, as borrachas SBR 1502, 1793 e as borrachas de polibutadieno BUNA CB.

A Parker LORD é a empresa resultante da aquisição, em outubro de 2019, da LORD Corpora�on pela Parker Hannifin Corpora�on, ambas companhias norte-americanas. Localizada em 50 países, onde oferece suporte a 100 divisões de negócios com 336 unidades produ�vas, a Parker é líder global em tecnologias de movimento e controle, solucionando os maiores desafios de engenharia do mundo. Apresenta destacada atuação nos setores aeroespacial, eletrônicos e semicondutores, saúde, HVAC e refrigeração, químico e industrial, fabricação de equipamentos, óleo e gás e geração de energia, entre outros.

A Parker LORD Corpora�on é uma empresa diversificada de tecnologia e fabricação que há 95 anos desenvolve adesivos altamente confiáveis, reves�mentos, disposi�vos de gerenciamento de movimento e tecnologias de detecção que reduzem significa�vamente os riscos e melhoram o desempenho dos produtos.

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A R&D Interna�onal esteve presente no maior evento brasileiro da borracha mostrando sua intenção de evoluir par�cipação neste mercado. Desde 1995 a empresa tem experiência na comercialização, representação e distribuição de produtos e equipamentos, contando com uma equipe técnico-comercial extremamente capacitada a orientar e trazer soluções para os clientes. Pertence ao Grupo Brampac, que atua no Brasil e no exterior nos segmentos químico, petroquímico, de elastômeros, chapas termoformadas, entre outros.

A UTH GmbH de Fulda (Alemanha) mostrou recentes desenvolvimentos tecnológicos e sua gama de produtos ampliada – com base na comprovada tecnologia de bombas de engrenagens roll-ex®. Com produção de até 10.000 kg/h, os sistemas de extrusoras de engrenagens roll-ex® estabeleceram a referência mundial para a filtragem por malhas finas de compostos de borracha. O sistema modular TRP Reworker, solução para o processamento econômico do material de retrabalho, oferece várias opções para a produção de pneus, ajudando a economizar energia, matéria-prima e reduzindo o desperdício em todas as etapas de produção. Além disso, o por�ólio de produtos inclui inovações como o sistema de dosagem con�nua de polímeros e produtos para compostos de silicone.

A Proquitec, indústria, distribuição e representação de produtos químicos para a indústria de borracha e do plás�co, apresentou a versa�lidade do Therpol, tecnologia de injeção de borracha a frio 100% reciclável.

Termoplás�co à base de borracha natural da seringueira, o produto, segundo Norberto de Carvalho, diretor da empresa, “é uma fonte biorrenovável de matéria-prima”, permi�ndo a produção de artefatos de borracha, u�lizando o mesmo sistema de injeção da produção de peças plás�cas.

No lounge da marca, os visitantes puderam conhecer detalhes de alguns produtos feitos com Therpol e tecidos triturados. “Nos preocupamos com a sustentabilidade do planeta. Tanto que estamos expondo a linha de vasos circulares, que foram desenvolvidos a par�r de uma parceria entre a empresa, a Vasart e a Plataforma Circular, usando fibras de jeans descartados”, explica Carvalho.

“Trata-se de um elastômero injetável, 100% reciclável.”

A Rhodia, empresa do Grupo Solvay, possui unidade industrial em Paulínia (SP), onde produz sílicas precipitadas aplicadas em diferentes segmentos de mercado, com destaque para a indústria de artefatos de borracha e pneus.

O Grupo Solvay é o inventor da sílica de alta dispersabilidade (HDS, na sigla em inglês) na década de 1990 e é um player importante na cadeia de produção de pneus que ajudam na economia de consumo de combus�vel e na redução de emissões de CO2.

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A GoldLog Brazil segue colhendo os frutos da sua primeira par�cipação na Expobor, onde mostrou como é possível fazer logís�ca internacional de maneira inteligente e personalizada e crescer em um mercado cada vez mais exigente. Com quase 10 anos de a�vidade, a agente de cargas trouxe para a feira o seu �me de especialistas em látex e a sua experiência construída em mais de 60 mil toneladas importadas. Para conquistar tamanha relevância entre os importadores desta commodity, foi necessário expandir, conhecer bem as rotas, construir laços estratégicos na América Central e principalmente no sudeste da Ásia. Gustavo Silva, diretor administra�vo da GoldLog Brazil, destacou: “Muitas pessoas que procuraram o stand da GoldLog disseram estar sen�ndo dificuldades pontualmente na logís�ca internacional”. O diretor também relata que o comércio internacional ainda sofre com as sequelas deixadas pela pandemia da Covid-19, mas “que são nestes desafios que a GoldLog encontra oportunidades de desenvolver a excelência do seu serviço”. Próxima de completar a sua primeira década, a GoldLog Brazil atua em mais de 129 países, movimenta cargas em todos os con�nentes através dos mais diversos modais e trabalha dedicadamente a conquistar cada vez mais espaço entre os importadores e exportadores do mercado da borracha.

A Mainard levou sua linha de Durômetros Shore, com destaque para o equipamento modelo M-701 – Shore A. Trata-se de um produto robusto, resistente, projetado para trabalhos de grande produção e indicado para medir a dureza de borrachas em geral, pneus, elastômeros etc. O produto apresenta design moderno, tem boa resistência e alta precisão, e segue o sistema original SHORE, conforme as normas DIN 53505 e ASTM D 2240, e é fornecido com cer�ficado de calibração rastreável à RBC –Rede Brasileira de Calibração.

A Marbocote destacou o prote�vo de bladder Marbocote T6111 e o desmoldante Marbocote W5953. O primeiro tem como função estender a vida ú�l dos bladders – em média, ao redor de 30% –, enquanto o segundo é um desmoldante de alta performance a base d´água. Outro produto que chamou a atenção foi o Marbocote TW 1000, uma pintura interna à base d´água aplicada dentro do pneu antes da vulcanização ou diretamente no bladder, o que propicia múl�plas desmoldagens e excelente lubrificação entre o bladder e o pneu.

A Geromaq apresentou a injetora de borracha fabricada pela Maplan – modelo MTF2600/280 PLATIN, com capacidade de força de fechamento de 2800kN e equipada com alimentador de silicone. Soluções da UTPVision, especialista italiana em inspeção visual, também foram expostas.

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Economia circular transforma “lixo” em matéria-prima

Aeconomia circular foi um dos temas de destaque dos painéis apresentados no primeiro dia do 19º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha, conceito que concilia melhor uso de recursos naturais, por meio de novos modelos de negócios e o�mização de processos de fabricação, e desenvolvimento econômico.

“A economia circular, por possibilitar o uso con�nuo de recursos e o retorno da matéria-prima para a indústria, é a solução mais sustentável que podemos dar a pneus inservíveis, quer dizer, aqueles que não têm mais serven�a ou vida ú�l”, disse Breno Leme Asprino Neto, da Polimix Ambiental, durante sua palestra.

Em outras palavras, é o que o mercado chama de lixo, enfa�zou Asprino. “Na Polimix, nós transformamos esse lixo – pneus inservíveis de carros, ônibus e caminhão – em matéria-prima, recuperamos seu valor para que a indústria possa voltar a u�lizá-lo. E, no processo, ainda reduzimos a emissão de CO2 na atmosfera”.

As matérias-primas, no caso, são: gás e óleo de pirólise, u�lizados como combus�vel; fibra, vendida à indústria de modo geral; e aço e negro de carbono, aproveitados, respec�vamente, pela indústria siderúrgica e pela de pneus, artefatos de borracha, plás�cos e �ntas.

A Escola Móvel Senai também dedicou atenção especial à economia circular. Espécie de laboratório sobre rodas, e equipada com soluções avançadas de Internet das Coisas e

Realidade Virtual, ela contou com uma palestra centrada em modelos estratégicos para serem aplicados no setor de artefatos de borracha.

O responsável pela palestra, Guilherme Cubo, do Ins�tuto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente, iniciou sua fala diferenciando a economia circular da linear. Esta, mais comum, consiste em extração, produção, distribuição, consumo e, finalmente, descarte. “Esse modelo só funcionaria se todos os recursos fossem infinitos e se o meio ambiente �vesse capacidade regenera�va para absorver tudo que u�lizamos. Mas ele não tem”, afirmou.

Já a economia circular se dis�ngue pelo uso inteligente de recursos, aumento da vida ú�l dos produtos e u�lização de resíduos como matérias-primas. “As ações que contribuam para que o processo se torne um ciclo sustentável, e não uma linha reta, estão relacionadas à economia circular. Todas essas ações e, mais importante, o conjunto delas, é que tem o potencial de alterar a nossa economia”, disse Cubo.

Para tanto, porém, é fundamental remodelar modelos de negócio e repensar toda a cadeia de valor – da extração e produção ao marke�ng e vendas. Não é preciso reinventar a roda, segundo o especialista, mas um pouco de inovação não faz mal a ninguém. Ele mencionou, como exemplo, um pneu sem ar pressurizado, mais resistente e que não fura.

"O marke�ng pode aumentar e melhorar o apelo da solução, e o pós-venda pode incen�var e inves�r em borracharias especializadas nesse �po de pneu”.

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PNEUSHOW – Grande potencial econômico e ambiental para reforma de pneus Segmento

Inovação no negócio de reforma de pneus

As empresas Tipler e Unique mostram o caminho da evolução no setor de reforma de pneus. A nova geração que administra a empresa coloca em prá�ca formas de gestão modernas e adaptadas aos novos tempos e necessidades do mercado brasileiro.

Arelevância econômica e ambiental é cada vez maior e o setor de reforma de pneus chega preparado para os próximos passos de evolução tecnológica e de qualidade. Para Margareth Buze�, presidente da ABR (Associação Brasileira da Reforma de Pneus), a PNEUSHOW– Feira Internacional da Indústria de Pneus –, é um evento que historicamente contribui para es�mular o potencial de negócios de um setor que se torna cada vez mais relevante ambiental e economicamente.

“A força do setor de reforma de pneus vem se reafirmando con�nuamente. Nossa par�cipação em eventos como a COP26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima) e no Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Inves�mentos Verdes dá a dimensão da relevância que o setor vem ganhando”, afirma Buze�. “Essa impor-

tância econômica e ambiental é ainda reforçada pelos indicadores que mostram as perspec�vas de crescimento do segmento.”

A presidente da ABR cita como exemplo números recentes do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) referentes ao setor de transportes, que é o principal consumidor de pneus reformados. Apresentando em 2022 seguidos meses de saldo posi�vo no número de vagas criadas, em abril o segmento registrava o seu melhor desempenho, com 14.413 postos de trabalho, quase metade do total acumulado até então, que era de 34.479. São números que dão contexto para o potencial do mercado de reformas de pneus, que gera em negócios cerca de R$ 5 bilhões ao ano, segundo dados da ABR. É este potencial que a PNEUSHOW 2022 pretende es�mular ao apresentar novidades em tecnologia, equipamentos e produ�vidade.

A Tipler que, como a Unique se modernizou com novo logo apoia o reformador com um sistema modular de recapagem onde proporciona assistência técnica constante e apoio no projeto de montagem, permi�ndo que o reformador monte seu negócio de reformas de acordo com a dimensão do seu mercado regional, expandindo quando necessário. Já a Unique inova em novos compostos adequados às condições regionais brasileiras, tão dis�ntas entre si.

Fundada em 1975, a Unique Rubber possui ampla exper�se na fabricação de produtos de borracha, situando-se entre os principais players do Brasil e das Américas na indústria da borracha e recapagem de pneus. Seu por�ólio de produtos inclui bandas de recapagem

que movimenta cerca de R$ 5 bilhões por ano se reuniu para apresentar inovações, tecnologias e celebrar cenário positivo.
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e compostos de borracha. Sediada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, a unidade produ�va conta com aproximadamente 250 mil m², dos quais 65 mil m² são dedicados à estrutura fabril. Considerada o mais moderno parque fabril das Américas dedicado à produção de borracha, a estrutura é preparada para atender às mais variadas demandas do mercado de borracha com tecnologia de ponta, processos industriais o�mizados e soluções eficazes que resultam em alta eficiência e compe��vidade. O parque fabril possui dois laboratórios equipados com o que há de mais moderno em aparelhos para ensaios de elastômeros, permi�ndo a pesquisa e desenvolvimento de novos compostos e o controle em tempo real de todo o processo de fabricação das borrachas produzidas, garan�ndo, assim, os padrões de qualidade e excelência exigidos pelo mercado. A Unique possui duas marcas próprias, Tipler e Borex. O grupo gera mais de 400 empregos diretos. Suas soluções atendem grandes players do mercado de recapadores, transportadores e indústrias de todo o Brasil e da América La�na. Saiba mais no site da Unique. (h�ps://unirtec.com/)

A EvaSolo levou à Pneushow 2022 as câmaras de ar para pneus de carga e as bandas pré-moldadas com compostos de ultra alta performance.

A Ecolog Brasil mostrou os detalhes do chip de pneus, que são pedaços de borracha vindos dos pneus inservíveis. Dentre as suas aplicações, está a geração de energia sustentável para os fornos das cimenteiras. Subs�tuindo a fonte de energia não renovável, os pneus usados são transformados e têm uma elevada gama de aplicação nos mais variados �pos de indústrias, contribuindo assim para a melhoria do meio ambiente.

A Schweers trouxe à Pneushow 2022 o SnowFoam, produto que auxilia no primeiro passo de lavagem automotiva e traz como benefícios agilidade, economia, praticidade, eficiência, além de reduzir o consumo de água. Em exposição estiveram também o aspirador de pó automotivo Aspimax, o SCH-HR enrolador de mangueira de 10 metros e uma completa linha de produtos para estética automotiva.

A Sigma Tools apresentou os kits de reparos de pneus sem câmara 200x60MM – tecnologia americana Alto Tack, o assentador de talão de 19L pressão Max 120 PSI, a válvula para pneu sem câmara para automóvel e o kit de espátulas “�po naja” para caminhões.

A Tecnobor par�cipou com as serras fabricadas pela empresa, ob�das através de processos rigorosos de produção e também do uso de materiais de primeira linha.

A Marangoni lançou o Ringtread RTL 100W, desenvolvido para atender as expecta�vas do mercado por um produto que permite longevidade à carcaça e um excelente custo-bene�cio. O RTL 100W traz uma série de vantagens: os ombros arredondados minimizam o arraste lateral evitando danos aos blocos do anel, o desenho promove estabilidade e baixa resistência ao rolamento permi�ndo economia de combus�vel; tudo isso somado aos bene�cios do anel – único do mercado que entrega uma geometria perfeita ao pneu promovendo o equilíbrio com toda a parte mecânica do veículo.

CEOs Francisco Möller e Lucas Möller. MAZZOTINI/DIVULGAÇÃO 23 www.borrachaatual.com.br
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A Cantu Pneus lançou o SpeedMax W01, pneu desenvolvido para proporcionar o máximo em segurança e desempenho para o veículo, ideal para SUV, picapes e jipes, com tração integral. É um pneu All Terrain que une versa�lidade e performance para quem se aventura em qualquer terreno. A banda de rodagem do SpeedMax W01 é o�mizada para proporcionar tração em terrenos irregulares, especialmente em condições molhadas, sem perder a capacidade de aderência no asfalto. Com isso, ele oferece ao motorista excelente dirigibilidade em manobras e mudanças de direção e alta capacidade em frenagens. É um modelo com alto índice de segurança, ideal para quem ama trilhas e aventuras off-road.

Diretor de operações da Lukatec, Eduardo Engbrecht enfa�zou em sua fala a crescente automa�zação dos processos e, o que é mais recente, o conceito modular que as empresas têm incorporado. “Nossos produtos de raspagem de pneus, por exemplo, podem ser incrementados de forma prá�ca e rápida. Uma companhia, caso precise ampliar sua operação, pode comprar uma nova máquina da mesma linha e simplesmente acoplá-la ao conjunto”, disse.

A Gebor trouxe para a PNEUSHOW sua linha Serras Rot, ferramenta ideal para a raspagem de pneus com novo padrão de qualidade para aumentar o rendimento e reduzir o custo. Além disso, com o intuito de atender a demanda dos clientes mais exigentes, a empresa apresenta algumas opções de peças importadas, como conjunto de serras, engates com retenção e válvulas.

Na visão da Ionstec Tecnologia, pode ser observado um grande aquecimento do segmento de produção de pneus de motos. A empresa enfa�zou ainda importância de encontros presenciais. “A presença �sica torna as negociações mais asser�vas. Realizamos novas parcerias e ganhamos muito conhecimento. Certamente voltaremos na edição de 2024”, afirma o gerente da companhia, Felippe Amorim.

Os lançamentos da Vipal na PNEUSHOW movimentaram o estande no primeiro dia da feira. A marca trouxe duas novas máquinas, a roletadeira VR 50-130 Cargo e a raspadora VR01 Smart Uno C, mais compacta para reformadores de médio e pequeno porte. Os equipamentos são exclusivos, vendidos apenas para os reformadores autorizados –todos os produtos são dedicados 100% para as redes autorizadas. A marca par�cipou da feira com uma visão de conexão maior voltada ao cliente, não entregando apenas produtos ou máquinas, mas sim uma série de bene�cios exclusivos para o interessado que adere à rede autorizada Vipal.

A Magnum Tires, expositora da PNEUSHOW, destacou não só a qualidade da feira como também o perfil abrangente dos visitantes. “Recebemos clientes de todo o Brasil e fechamos bons negócios, além de firmar novas parcerias. Já par�cipamos da feira há 20 anos e sempre �vemos sucesso”, aponta o diretor comercial Antônio Carlos Araújo.

“Para nós a Pneushow está sendo um momento de reencontro, por tanto tempo que não pudemos par�cipar de um evento que pudesse juntar as pessoas, está sendo muito importante para nós fazer essa retomada e receber os nossos clientes”, afirma Tales Pinheiro, gerente de marke�ng.

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Perfil do consumidor de pneus reformados

O setor de reforma de pneus é formado por 75% de pequenas empresas que não têm acesso às ferramentas que possam analisar o perfil de seus clientes, auxiliando suas áreas de vendas. Foi baseado nessa constatação que Mateus Santos, engenheiro de produção e com 13 anos de experiência no setor, decidiu realizar uma pesquisa para traçar o perfil do consumidor desses produtos, analisando pequenas transportadoras, com até cinco caminhões, no Triângulo Mineiro, norte de São Paulo e sul de Goiás. A pesquisa faz parte do trabalho de conclusão de mestrado que Santos está cursando em Administração pelo Centro Universitário Alves Faria (UNIALFA), em Goiânia.

Mas o pesquisador já está em contato com a Associação Brasileira da Reforma de Pneus – ABR –, para que a en�dade intermedie essa aproximação. “O meu trabalho é regional. O interessante é que a associação, usando dos meus métodos, possibilite que transportadoras pequenas de outras partes do Brasil também consigam traçar o perfil de seus clientes. Afinal, o consumidor não se comporta da mesma forma em todo o país”.

O trabalho discorre sobre temas do comportamento do consumidor como “fatores psicológicos, valor percebido, prossumidor (consumidor que produz), serviços, suas nuances e lógica dominante”. “Os principais resultados ob�dos foram a reorganização da construção mental que fundamenta a percepção de valor do consumidor de reforma de pneus e sua hierarquização. As pessoas que responderam a pesquisa também foram divididas em clusters e �veram suas diferenças e semelhanças mais significa�vas apresentadas. Outro resultado significa�vo ob�do foi a evidenciação da predominância das construções mentais que visam a segurança e fidelidade do caminhoneiro”, explica Santos.

ABRERPI apresenta o programa “Brasil Rodando Limpo” na PNEUSHOW 2022

Os pneus que já chegaram ao fim de sua vida útil e não podem mais passar por uma reforma sempre foram um problema. Mesmo depois de mais de 14 anos da obrigatoriedade da logística reversa para pneus no Brasil, estabelecida inicialmente no Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS – e depois pela Resolução Conama nº 416/2009, os pneus inservíveis continuam sendo descartados de forma irregular no meio ambiente em muitos locais do país. E, por suas propriedades químicas, esses resíduos demoram, em média, 600 anos para se decomporem na natureza.

Diante dessa realidade, a Associação Brasileira de Empresas de Reciclagem de Pneus Inservíveis – ABRERPI – apresentou, durante a PNEUSHOW, o programa “Brasil Rodando Limpo” que, através de uma plataforma digital “sistema�za a logís�ca reversa e permite a redução de custos com coleta, transporte e armazenamento, tornando economicamente viável o esforço para que o pneu inservível chegue à recicladora”, informa Joel Custódio, presidente da associação.

O sistema da ABRERPI pode ser acessado pelo site da en�dade e faz a integração de lojistas, coletores e coopera�vas de catadores com as recicladoras. “Todos se cadastram na plataforma e alimentam o sistema informando onde existe acúmulo de pneus para que o coletor recolha e entregue na coopera�va de catadores. Assim que a recicladora busca esses pneus e faz a reciclagem, emite um cer�ficado de coleta e des�nação ambientalmente adequada comprovando a responsabilidade ambiental

dos envolvidos, além de gerar créditos ambientais para fabricantes e importadores”, explica Custódio.

Segundo o presidente da ABRERPI, as 14 recicladoras com atuação em 20 estados do país, associadas à en�dade, reciclam cerca de 180 mil toneladas de pneus anualmente. Segundo ele, o “Brasil Rodando Limpo” o�miza o trabalho e tem potencial para ampliar esse volume, levando a reciclagem para várias cidades brasileiras que atualmente encontram enormes problemas com o descarte inadequado.

Pneus aprovados pela Fórmula Truck

A Silvercap, que está celebrando 10 anos de mercado, trouxe para a PNEUSHOW muitas novidades para o segmento de reforma de pneus. Esse ano a marca foi convidada pela Fórmula Truck, categoria do automobilismo brasileiro, para um grande desafio: colocar pela primeira vez os pneus reformados nas provas. Durante a feira, a empresa apresentou ao público os produtos que serão u�lizados na compe�ção, como os novos pneus da JK Tyre, um parceiro

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comercial da marca, e as bandas de rodagem Silvercap. Os destaques para essa edição do evento são as bandas premium, como a banda de rodagem tração rodoviária SC 865, referência em desempenho, e a banda de rodagem 833, para o segmento de transporte urbano pelo bom desempenho em quilometragem.

Importadores de pneus defendem liberdade econômica

A Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus – ABIDIP – reuniu 32 dirigentes de empresas associados, para fazer um balanço dos avanços verificados na facilitação do comércio internacional nos úl�mos anos e avaliar o que ainda pode ser feito. A reunião foi agendada aproveitando a realização da PNEUSHOW – Feira Internacional da Indústria de Pneus, com a par�cipação da maioria dos importadores do setor.

O presidente da ABIDIP, Ricardo Alípio, conduziu o encontro citando os principais avanços conquistados nos úl�mos anos: o fim do preço de referência para cobrança do imposto de importação (barreira protecionista disfarçada que foi derrubada pelo Congresso Nacional no ano passado), o decreto que zerou o imposto de importação para cinco medidas de pneus de caminhão, também em 2021, a possibilidade de embarque da mercadoria antes do deferimento da Licença de Importação pelo Inmetro e, ainda, a redução da alíquota do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM –de 25% para 8%.

BORRACHA NATURAL

Selo Brasil Certi cado para produção integrada da borracha natural.

boas prá�cas agrícolas para a adequação dos processos produ�vos e obtenção de produtos vegetais e de origem vegetal de qualidade. Esse sistema favorece o uso de recursos naturais, garan�ndo uma produção agrícola sustentável, economicamente viável e socialmente justa, além de permi�r a rastreabilidade do produto.

Desde junho do ano passado está em vigor a Instrução Norma�va nº 6 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA –, que definiu as normas técnicas para a produção integrada da borracha natural no Brasil. A adesão ao sistema é voluntária e o produtor que seguir as normas técnicas passa por avaliação para obter o selo “Brasil Cer�ficado”, concedido por uma en�dade credenciada pelo Ins�tuto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO

A explicação foi dada pelo Pesquisador da Embrapa Cerrados, Marcelo Fidelis, durante palestra na “Produção integrada de borracha natural – A cer�ficação como oportunidade de agregação de valor”, que fez parte do 10º Encontro Nacional da Borracha Natural, realizado durante a EXPOBOR e a PNEUSHOW.

Fidelis lembrou que “a produção integrada tem como estrutura básica

A heveicultura familiar teve espaço privilegiado no 19º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha. Os especialistas convidados centraram suas apresentações em aspectos técnicos, melhores prá�cas e exemplos concretos de gestão.

Assistente de planejamento da secretaria de agricultura do Estado de São Paulo, Juliano Quarteroli Silva esclareceu que o conceito de sucesso é rela�vo e, no caso do agricultor familiar, o obje�vo é fazê-lo prosperar para que possa se manter no campo. Segundo ele, nos úl�mos dez anos, no estado, o número de propriedades com heveicultura aumentou em 56%.

“As três peças-chave para a obtenção de bons resultados no campo são gestão de qualidade, acesso a conhecimento tecnológico e a existência de polí�cas públicas”, disse. Especificamente, ele mencionou o�mização da mão de obra, correção e preparo do solo, e controle de plantas infestantes, pragas e doenças.

Marcos Roberto Murbach, diretor técnico da São Manoel, especializada na heveicultura e comercialização de borracha natural, falou um pouco sobre sua

Eficiência depende de gestão, tecnologia e políticas públicas
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formação e as estratégias efe�vamente aplicadas na fazenda do grupo para aumentar a produção dos seringais. O método de extração por painel ascendente ficou em foco, bem como a diversificação das a�vidades.

“Na nossa propriedade em Mato Grosso, passamos a explorar as culturas de soja e milho, indo além da borracha e do pasto”, afirmou. “É preciso dizer ainda que a escolha do local da plantação é essencial. Isso abarca a qualidade da terra, claro, mas também a proximidade de centros com mão de obra qualificada”.

Brasil precisa perseguir a autossuficiência em borracha natural

Apesar da borracha natural ser um produto brasileiro, o país responde hoje por apenas 1,5% da produção mundial, enquanto a Ásia responde por 93% de todo o volume. O dado foi apresentado pelo presidente da Associação Brasileira de Produtores e Beneficiadores de Borracha Natural – ABRABOR –, Fernando do Val Guerra, durante apresentação no 10º Encontro Nacional da Borracha Natural, realizado durante a EXPOBOR e a PNEUSHOW.

No painel “Desafios e Oportunidades”, Guerra falou sobre “Brasil Autossuficiente em borracha natural – Podemos (e queremos) atender a demanda da indústria brasileira?”, e destacou a importância do país produzir tudo aquilo que precisa, deixando sua dependência da importação.

“Hoje estamos sujeitos à precificação internacional da borracha. Se �vermos uma autossuficiência na produção, passamos a ter uma concorrência interna para a venda do produto, assim como ocorre com a carne bovina, por exemplo, o que nos dá o controle sobre nosso mercado”, afirmou.

Guerra alertou, no entanto, que é preciso que o heveicultor agregue valor

na borracha brasileira. “Se isso não ocorrer, a autossuficiência não será bom negócio para o produtor”, afirmou.

Para o dirigente da ABRABOR , o país também ganha com o setor menos dependente de importações. “Da forma como está colocado, há um risco para a soberania nacional, pois se faltar borracha não teremos pneus e nossa economia para”, analisou. “Por outro lado, com autossuficiência, ganha a indústria, que terá mais renda, poderá gerar mais empregos e mi�gamos os riscos de desabastecimento da borracha”.

é usada há centenas de anos. “Além do problema de degradar o produto, a amônia também é tóxica e tem um odor muito forte. O nosso estudo mostra ainda que, além de evitar esses problemas, o tratamento que estudamos evita perdas importantes no processamento do látex”, afirma.

Pastore lembrou que o látex é um meio biológico muito rico, com mais de 200 �pos de proteínas diferentes. “No entanto, 13 delas são alergênicas e podem fazer mal à saúde. Quando se trata, por exemplo, de usar o cateter em posição de contato muito próximo da mucosa, se a pessoa for alérgica pode ter um choque anafilá�co e vir a óbito”, explicou o professor.

Cerca de 9,7% dos profissionais de saúde no Brasil apresentam reações alérgicas aos produtos de látex natural, entre eles as luvas cirúrgicas, assim como 7,2% dos pacientes e 4,3% da população total do país, de acordo com a publicação cien�fica Journal of Occupa�onal Health. Um problema que não �nha solução e que es�mulou o químico Floriano Pastore Júnior a desenvolver pesquisa, em seu curso de doutorado pela Universidade de Brasília (UNB), apresentada no 19º Congresso Brasileiro da Tecnologia da Borracha.

O trabalho denominado “Tratamento do látex de borracha natural com tanino vegetal” mostrou que é possível neutralizar as proteínas que provocam reações alérgicas, segundo Pastore. “O tanino, produto encontrado nos vinhos, já é usado há muito tempo no tratamento do couro para neutralizar as proteínas e tornar as peles mais macias para o uso”, disse o pesquisador. “Então pensei que poderia usar o mesmo produto para neutralizar os alergênicos do látex”.

Na mesma pesquisa, Pastore também passou a inves�gar a preservação do látex de borracha contra a degradação biológica e coagulação espontânea, em subs�tuição ao uso da amônia, que

Ao longo de quatro anos de pesquisa, a equipe de Pastore implementou sete Planos Experimentais (PE), uma experiência piloto industrial com 20 litros de látex e três análises contratadas em laboratórios de terceiros, dentre outras a�vidades. “Todo este trabalho resultou em conjunto coerente de resultados que permitem concluir que a preservação de látex de borracha natural tratado com tanino e isento de amônia foi conseguida com sucesso e com forte probabilidade de uso na produção no campo e na indústria”. 

Eliminando os riscos de alergia ao látex
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A história da Rutil no Brasil

"O coração da Expobor é inovação, tecnologia e equipamentos"

Oinício da caminhada começou em 1989 como técnico de teste e regulagem de máquinas na Ru�l Metal, na época, uma das maiores fabricantes do mundo de injetoras de borracha e de tecnologia e automação para a indústria de ar�gos técnicos de borracha. Alguns anos na assistência técnica, área de suporte ao cliente, instalação e treinamento, proporcionaram uma boa experiência. Finalmente, em 1996, vim pela primeira vez ao Brasil

instalar duas máquinas. Naquele período foram entregues muitas máquinas, beneficiadas pela época da paridade do dólar com o Real, estabilidade da economia e abertura dos mercados. Trouxemos muitas máquinas e vim muitas vezes instalar algumas delas aqui no Brasil.

Assim surgiu a necessidade de montar uma filial da Ru�l no Brasil para dar suporte e assistência técnica. Decidi embarcar nessa aventura, morando no Brasil a par�r de 1997 e começando a acompanhar todo o processo do mercado da indústria de borracha no País.

Com isso, o contato foi mais intenso com todas as indústrias de borracha devido à necessidade e à carência de acesso às novas tecnologias dessas empresas no Brasil. Aproveitando meu conhecimento e experiência nos mercados italiano, europeu e mundial, passei a trazer novas tecnologias, novos equipamentos para oferecer a essas empresas no Brasil, inclusive, levando esses clientes à Itália para par�cipar dos próprios eventos da Ru�l, de feiras, congressos e até open houses da própria Ru�l para conhecer novas tecnologias, novos equipa-

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mentos e novos sistemas para produzir ar�gos técnicos de borracha injetados.

Tudo isso para melhorar o processo produ�vo brasileiro, que ainda estava bastante defasado, podemos afirmar arcaico, fato que ainda hoje lutamos contra, desejando fazer as empresas nacionais crescerem com as novas tecnologias e tornarem-se mais compe��vas no mercado. Eram os anos de 1998 a 2000.

Comecei a apresentar outras empresas italianas desse segmento de equipamentos e trazê-las para o Brasil. Hoje temos uma linha completa desde injetoras de borracha, acabamento, prensa, todos os sistemas possíveis de acabamento e rebarbagem (com e sem nitrogênio), abrasão, máquina de corte, máquina de pós-cura, máquina de inspeção óp�ca e controle de qualidade. Fomos os únicos na Expobor a mostrar essa tecnologia (exposta na feira pela quarta vez), que ainda é um sonho para muitas empresas e uma necessidade para muitas outras.

A Ru�l Itália decidiu, infelizmente por vários mo�vos, pelo fechamento da empresa. Mas como eu atuava no Brasil há mais de dez anos, já era conhecido como eu “ru�l”, já �nha montado empresa aqui como “Ru�l”, a unidade brasileira con�nuou até os dias de hoje. Nesse momento começa a parceria com meu sócio atual, o Wilson Bastos, um profissional da área de ferramentaria especializada em moldes de vedações de borracha. Unimos forças nesse novo projeto e trouxemos a Yizumi, uma empresa mul�nacional chinesa com fábrica em cinco países em três con�nentes – hoje uma das maiores fabricantes de máquinas do mundo nos setores de plás�co, alumínio e borracha. Hoje ela fabrica uma das maiores injetoras de silicone e de alumínio do mundo. E teremos a maior injetora de borracha e provavelmente a maior de silicone no Brasil, que chegará neste ano, pesando 1100 toneladas com 25 litros de injeção.

BORRACHA ATUAL – Estas injetoras já estão vendidas?

MASSIMILIANO: Sim. E já está em fabricação. É para a indústria de isoladores de alta tensão, que é o mercado que reúne hoje os maiores fabricantes do mundo.

A tecnologia da Yizumi é chinesa?

A tecnologia tem origem japonesa, mas hoje é chinesa, e o grupo Yizumi é global. A Yizumi tem três fábricas na China, uma na Índia, um centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico na Alemanha, uma fábrica nos Estados Unidos e centros técnicos em vários países, entre eles o Brasil.

Participamos em 1997 com a Rutil na Expobor. Desde aquela época participamos de todas as feiras, levando sempre algo diferente em cada feira, nunca a mesma máquina ou a mesma prensa. Até chegarmos nessa última edição de 2022, colocando em prática um projeto que já dura quatro anos. Pela primeira vez em uma feira de borracha no Brasil, implantamos a ideia de uma fábrica completa de vedações. Nossa ideia era trazer um sistema com a injetora, um bloco de injeção a frio, um molde para injetar e produzir vedações (especificamente anéis O’ring), com um sistema interessante, por injetocompressão, injeção com molde aberto multibico, sistema que proporciona alta produtividade, baixo consumo de material e uma mínima perda com qualidade garantida.

Depois dessas etapas, fazer o processo de destacamento, fazer o processo de rebarbação, e o processo de inspeção óp�ca/controle de qualidade. Enfim, toda a linha de produção que uma indústria precisa. Outras peças técnicas necessitam de mais processos para garan�r a qualidade, a produ�vidade e baixo custo de produção, mesmo mantendo al�ssimas caracterís�cas técnicas.

Injetora vertical de borracha.

Conseguiram fazer isso na Expobor?

Sim. Na feira nossos equipamentos injetavam, destacavam, rebarbavam, inspecionavam o mesmo anel que estava sendo produzido e o mesmo que saía na caixa de peças boas, aprovadas na caixa de inspeção óp�ca. Havia também uma prensa “dupla vap”, que está em nosso showroom e é um outro mercado para o cliente que precisa do processo de compressão com sistema de câmera de vácuo que melhora muito o acabamento, qualidade e aspecto da peça.

Podemos afirmar que essa é uma novidade no Brasil?

A prensa “dupla vac” não é uma novidade no Brasil. É uma realidade recente, mas consolidada. É uma evolução das prensas convencionais usadas há décadas pela indústria de peças de borracha vulcanizada, que garante uma qualidade e acabamento melhores, além de melhor aproveitamento, redução na perda do material e uma redução grande do refugo de peça.

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Toda essa tecnologia oferecida tem que visar esses fatores: produ�vidade, redução de custo, economia de material, melhoramento de qualidade e redução de refugo. Isso para redução de custo, aproveitamento, e o mais importante, a redução do lixo sólido gerado no processo que para a borracha é um problema eterno.

A reciclagem da borracha?

Sim, a reciclagem da borracha vulcanizada. Trabalhamos para reduzir esse resíduo.

Isto contribui com a economia circular?

Essas tecnologias que trazemos – e eu foco bastante, até pela minha própria experiência na Itália, tanto na produção como no controle de qualidade das peças. Essas tecnologias do equipamento não visam apenas a melhoria da produ�vidade, do lucro da empresa. Um ponto que faço questão em focar bastante quando ofereço essas tecnologias é a melhoria da qualidade de vida do próprio profissional que trabalha na empresa.

Sempre explico que uma pessoa que trabalha o dia inteiro em uma prensa, em uma máquina, ou fazendo uma

inspeção de peça, é um trabalho muito repe��vo durante o dia inteiro e que não agrega profissionalmente para essa pessoa.

Então, tudo o que é repe��vo e constante, não valoriza o trabalhador da empresa. O equipamento tem que subs�tuir essa parte que pode ser automa�zada para que as mesmas pessoas, ao invés de passarem o dia inteiro, por oito ou nove horas, vendo um milhão de pecinhas redondas de borracha, que não vão agregar nada na vida delas, possam operar a máquina de inspeção de controle, regular a máquina, abastecer a máquina e com isso evoluírem pessoalmente e profissionalmente dentro da própria empresa.

Esse é meu foco. Quero que quando uma pessoa voltar para sua casa após o trabalho, e seu filho perguntar o que fez hoje, ele não responda “Olhei um milhão de anéis de borracha o dia inteiro”. E amanhã? “Vou olhar mais um milhão”. Eu quero que ele responda: “Hoje regulei a máquina, inspecionei peças, fizemos controle de qualidade, hoje reduzimos as perdas, os refugos e melhoramos a qualidade do produto de nossa empresa". Essa é a resposta que ela tem que dar a

seus filhos, possibilitando à pessoa crescer profissionalmente dentro da própria empresa.

O obje�vo do trabalho hoje é trazer equipamento, tecnologia e sistemas que não são produzidos no Brasil e que possam tornar a empresa e nossos clientes mais compe��vos com mais tecnologia para compe�r no mercado nacional e mundial.

Como foi a receptividade desses equipamentos?

A recepção na feira foi muito interessante, muito boa. Conhecemos empresas que ainda não conhecíamos, recebemos com surpresa muitos visitantes da América La�na, muitos clientes da Argen�na, Peru, Paraguai, Chile e Bolívia, que eu acredito que sejam empresas que não têm tanto acesso a essa tecnologia.

Acredito que o trabalho que fazemos no Brasil não é feito nesses países porque, inclusive, esses sejam mercados menores, não compensando para os grandes fabricantes mundiais de equipamentos inves�rem nesses mercados, ter representantes etc.

Essas empresas interessam-se em visitar a Expobor porque é a maior feira da borracha da América La�na. É importante e elas vêm para conhecer equipamentos, tecnologias, novidades e fornecedores. Tivemos bastante contatos com pessoas dos países vizinhos e brasileiros também.

O País precisa retomar os inves�mentos e os empreendedores brasileiros terem boa vontade em inves�r nesses equipamentos. Muitas empresas precisam inves�r.

Os equipamentos e a indústria brasileira da borracha estariam sucateados?

Não diria que estão sucateados, mas que a dificuldade para as empresas inves�rem em máquinas, equipamentos e tecnologia no Brasil é muito maior que em outros países.

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Qual o motivo?

Porque hoje as tecnologias são quase totalmente importadas. Temos dois fatores. O primeiro é o câmbio e sua vola�lidade. Temos um problema com o câmbio. O que lá fora é em dólar aqui é transformado em real e torna-se um inves�mento pesado para as empresas. Outro problema é o acesso dessas empresas ao financiamento para a compra desses equipamentos. A taxa de juros no Brasil é muito mais alta que em outros países. Para a empresa inves�r, financiar um equipamento, se torna di�cil e muito caro. E também os custos de importação de equipamentos no Brasil são muito altos, superiores aos de muitos outros países. Mesmo equipamentos que hoje têm o bene�cio da redução de imposto de importação por não ter similar nacional, têm outros impostos onerosos. Isso faz com que as empresas tenham dificuldade de acesso para poder comprar, importar, pagar ou financiar.

Então o passo de modernização, desenvolvimento, fica mais lento. Mas estamos aqui para fazer todo o possível para viabilizar e agilizar esse processo. Hoje há empresas no Brasil com inves�mento em tecnologia que estão tecnolo-

gicamente preparadas e no mesmo nível de outros países do mundo. Queremos que mais empresas possam crescer e chegar a esse nível.

A nova conjuntura internacional, a logística e a geopolítica, permitirão às indústrias brasileiras agirem e produzirem localmente?

Até durante a pandemia, a crise da logís�ca, a importação, aumentaram muito os custos de importação, principalmente de artefatos prontos. Isso é muito bom para o mercado nacional, tornando a indústria nacional mais interessante para a produção in loco, atendendo em um prazo menor o cliente por um custo compe��vo.

Entendo que o Brasil tem uma grande posição também e principalmente no mercado interno. Ainda é um país consumidor, no qual grande parte da população ainda precisa entrar para o mercado de bens de consumo. Então tem um potencial de expansão de crescimento de bens de consumo produzidos localmente, pois o mercado brasileiro é muito grande. Acredito até que é muito maior que a ideia de exportação de um produto de manufatura para outros países. Mas acredito que o grande foco de crescimento ainda é o mercado interno. O Brasil é um país grande, con�nental e que precisa de uma pujante produção local. Tem um grande mercado ainda inexplorado, formado por pessoas que esperam entrar em curto prazo no mercado de consumo.

Qual será o foco de investimento da indústria de borracha nessa transformação?

No segmento automo�vo, na reparação automo�va que está em crescimento, nas novas tecnologias, nos novos motores e na eletrificação. Diria que hoje o mercado de borracha se divide bastante. Hoje atua no mercado de transmissão

“O Brasil é um país grande, continental e que precisa de uma pujante produção local.”
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elétrica, onde o Brasil precisa crescer na parte de geração de energia elétrica, na geração e na distribuição. Isso envolve nosso setor de isoladores da linha elétrica e também o de saneamento básico. Trabalhamos em produtos para saneamento básico e construção civil, outra área em que o Brasil precisa crescer, necessita crescer e vai crescer.

A indústria de borracha crescerá junto?

Sim. Porque no saneamento básico não é só a tubulação de plás�co, de PVC. Em cada tubo vai um anel de vedação de borracha. Isso envolve a vedação de tubos, de adutoras de água, distribuição de água e esgoto.

Quais os tipos de vedação?

De borracha natural. O Brasil precisa crescer também nesse setor para levar água encanada e esgoto para todas as casas do país. A linha de eletrodomés�cos também, que envolve toda a linha de borracha e silicone, e hoje, com a pandemia, houve um crescimento grande no setor médico-hospitalar. Cada vez mais esse mercado u�liza produtos de qualidade, de silicone atóxico...

Estamos falando só de luva cirúrgica?

Não. Hoje falamos de respiradores, pulmões ar�ficiais, sistema de diálise, seringas, toda a parte de transmissão de fluídos de uso médico-hospitalar que são feitos de silicone, envolvendo peças técnicas, peças moldadas e peças extrudadas. Hoje os mercados farmacêu�co e hospitalar estão em expansão com as máscaras hospitalares de silicone, mamadeiras de silicone, bicos de mamadeira e respiradores para tratamento.

E tem as alimen�cias em geral. Hoje outro grande negócio em expansão no Brasil é o ”agro”. Esse setor envolve todos os acessórios, peças para os equipamentos, implementos agrícolas, plantadeiras que u�lizam pneu, óleo de

borracha, além de toda a parte de vedações que é usada na indústria de máquinas agrícolas, um mercado em franca expansão, até maior que o automo�vo. Outra área em que começamos a atuar é a de mineração, envolvendo peças e partes de borracha, com destaque para as peneiras de mineração de borracha, correias transportadoras, pneus gigantes de borracha etc.

A área de eletrificação e de transmissão de energia terá algum desenvolvimento especial da indústria borracha?

Na distribuição, obviamente, sim. A eletrificação da rede do país tem que levar a luz para o campo e para todas as casas do Brasil ainda. Infelizmente hoje há pessoas que nem isso tem. Esse com certeza é um mercado que vai crescer, se desenvolver. Cada vez mais a energia elétrica – e essa é a minha formação – vai ser a fonte de energia mais indispensável e necessária no futuro.

Hoje o Brasil é um dos pioneiros na parte de geração de energia sustentável, de forma renovável, na parte hidrelétrica, principalmente, e hoje até a fotovoltaica.

Isso vai gerar obviamente na parte de transporte, eletrificação dos veículos, um inves�mento nesse sen�do. As empresas e residências terão carregadores e máquinas, e isso obviamente envolverá a parte de isolamento – e os melhores isoladores elás�cos do mundo con�nuam sendo a borracha e o silicone. Isso terá um promissor futuro.

Vale a pena participar de um evento como a Expobor?

Vale a pena par�cipar da feira, acreditar na feira, principalmente porque é específica de borracha. É di�cil e diria única. Sempre sofremos pela percepção da borracha ser, erroneamente, considerada uma derivação do plás�co. O mercado mundial do plás�co é deze-

nas de vezes maior que o da borracha. Mas sempre digo que é melhor ser forte naquilo que conhecemos e focar em nosso mercado, que é a indústria de borracha. Já estamos pensando na próxima Expobor, em 2024, esperamos que não aconteça nada que impeça isso e esperamos crescer tendo cada vez mais uma área maior, um estande maior para mostrar os equipamentos para as empresas. Inclusive já conversamos com um diretor da Francal sobre a próxima feira até para ele nos ajudar a trazer mais equipamentos, mais tecnologias para essa feira. Porque, infelizmente, houve muitas desistências nessas úl�mas feiras e isso é ruim para o evento e para o mercado. Tem que ter máquina, tem que ter tecnologia, tem que ter equipamento para trazer a pessoa para a feira, para que ela conheça a feira e faça a feira crescer.

As máquinas atraem mais público?

Sim. Confio na Francal para nos ajudar nessa área porque trazer máquina para a feira, colocar para funcionar, rodar e produzir na feira, é uma tarefa bastante complexa, envolve muito trabalho, esforço e dedicação, além de custos. Queremos con�nuar com isso cada vez mais. É bom ir à feira, encontrar as empresas, mas o coração da Expobor é conhecer produtos, inovação e equipamentos.

E assim diminuir a distância para os outros países?

Exatamente. Espero que eu, ao longo dos meus quase 33 anos de trabalho com equipamentos de borracha, possa trazer mais coisas, mais novidade, mais tecnologia e passar esse conhecimento adiante aos outros para que con�nuem o processo. 

Estrada dos Pires, 11.255, Atibaia, SP. www.rutil.com.br

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A origem da Cantu Pneus.

JULIANO SILVA: A Cantu Pneus foi criada em Pato Branco, no Paraná, mas logo no início seu fundador, Beto Cantu, a trouxe para Florianópolis, em 2006.

O diferencial em relação às outras empresas do setor. Oferecemos hoje o maior mix de pneus do mercado. Pneus, rodas e acessórios da linha. Oferecemos para o mercado não só o co�diano, o pneu de passeio. Destes, temos marca própria (Speed Max), e também oferecemos pneus de caminhões, agrícolas, ATR, pneus de moto, toda a linha de rodas de aço e alumínio de caminhões, enfim, oferecemos tudo o que o cliente precisa. Somos um parceiro do revendedor. Temos 5 CDs (centros de distribuição) no Brasil que dão esse suporte que apoia o revendedor no estoque. Porque, como o mix é muito grande, são cinco mil SKUs. Imaginem no centro de São Paulo, um SKU desse tamanho não consegue em uma

loja de 100, 200, 300 metros quadrados. Então temos que ser o pulmão dele. Damos ao revendedor todo o suporte para que ele possa oferecer todo nosso mix ao consumidor final. Na Pneushow levamos todo nosso apoio aos revendedores.

Vendas diretas.

Vendemos direto, mas através de outras marcas. A marca Speed Max é exclusiva para revendedores, por exemplo. Temos 22 marcas no total, e vendemos para o consumidor final tanto no site, na Pneu Store, e também pelo nosso �me de frota. São três os nossos canais principais: o de revendedores, o canal de frota e o e-commerce, que é o Pneu Store.

A venda digital vai superar a venda presencial?

Talvez a longo prazo. A muito longo prazo. No Brasil tem uma dinâmica diferente, no tete-a-tete, acho que vamos precisar das duas. Uma coisa completa a outra. Vamos tentar humanizar o di-

gital, na ponta. Como já fazemos hoje na Pneu Store. Temos um atendimento com todo o �me humanizando o digital. E fizemos aqui o lançamento do nosso portal “B2B”, www.cantupneus.com.br. Os nossos clientes, que são os revendedores, podem acessar e fazer a compra digital também. Há a parte humana, que dá o suporte a eles – porque o pneu gera dúvida técnica, então temos a parte humana que �ra a dúvida – e a parte digital para consultar a hora que quiser.

A Cantu Pneus teve problema de fornecimento nesse período de pandemia?

Tivemos problema de suprimento. Foi por isso que ampliamos, fomos de oito para 22 marcas. A empresa veio crescendo muito no decorrer disso. No ano passado abrimos nove filiais. O mercado proporcionou isso. Quando percebemos a pandemia, já �nhamos vários fornecedores trabalhando há muito tempo. Porque visitamos todas as feiras do

"O pneu nos fascina. A Cantu Pneus é obcecada pelo cliente"
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mundo. Nosso �me faz esse trabalho. Como já �nhamos mapeado, começamos a comprar das 22 marcas, o que supriu esse gap do mercado. Claro que o nosso fornecedor entregava um pouco menos e a gente pode entregar um pouco mais, aumentando a quan�dade de fornecedores.

Seus fornecedores são basicamente internacionais ou nacionais?

Temos os dois pilares. Tem o internacional e o nacional. Fabricamos o nosso produto com a nossa marca também no Brasil. Estamos desenvolvendo um produto com a marca Tegrys, que já existe, é de pneu de caminhão. É produzido pela Prometeon, que fabrica pneus de caminhões para a Pirelli, e também a marca Taurus, também pneus de caminhões, e produzida pela Michelin. Vendemos esses pneus com exclusividade.

Esses são feitos no Brasil?

Sim. A Cantu sempre oferece tudo o que o cliente precisa. Qual é o nosso diferencial? Oferecer o pneu certo para a aplicação correta. Pneus de alta performance, pneus para taxistas, pneus para máquinas agrícolas... até criamos uma campanha: “A Cantu Tem”. Se o cliente quiser pneu para um carrinho de golfe, a Cantu tem. Também lançamos o pneu de moto Speed Max e toda a linha para bicicletas.

Eu, como diretor comercial e presidente, e toda a diretoria, vamos na ponta. Nosso diferencial é que visitamos o cliente, ouvimos nosso �me de vendas e tentamos traduzir isso para resolver os problemas deles internamente...

Somos obcecados pelo cliente. Não fazemos o atendimento ao cliente porque somos obrigados a atender. Fazemos porque amamos estar com o cliente, conversar... O pneu nos fascina porque tudo precisa de pneu. A London Bridge em Londres é tocada por um pneu. Se tudo precisa de pneu, a Cantu quer estar presente. Esse é o nosso DNA.

Hoje o que é mais vendido: pneu de caminhão ou de passeio?

Temos um mix completo: pneu de passeio, caminhão, agrícola, industrial, de empilhadeira... É muito di�cil hoje um cliente entrar em contato conosco e não termos uma medida. E se a gente não �ver, vamos correr atrás para conseguir. O impossível é dizermos que não vai ter. Vamos buscar uma alterna�va. Vamos dar a alterna�va para o cliente: ou ele vai ter o digital – por isso existem os canais -, ou é televendas, por WhatsApp. Outro dia um banco pediu um fax. Uma funcionária nossa pegou a máquina de fax da casa da mãe dela, trouxe para a loja e a gente passou... Fax! Em 2022! Por isso somos obcecados pelo cliente. O financeiro fez isso, não o comercial.

Como é a logística para atender em pontos distantes?

Em Fernando de Noronha, só para dar um exemplo, fazemos por avião (50% de nossa entrega hoje fazemos pela Azul) em 24 horas. Lá usamos bugs, carros elétricos... Atendemos 90% dos municípios do Brasil em 24 horas.

Qual é a estrutura de distribuição?

Temos 32 filiais que atendem 22 estados. Só não atendemos estados muito ao norte, como o Amapá, Amazonas, Roraima.

Em 2020, o mercado de pneus caiu e a Cantu subiu absurdamente. Hoje temos um milhão de pneus em estoque. Temos centros de distribuição em Itajaí (matriz, SC), Jaboatão dos Guararapes (PE), Contagem (MG), Barueri (SP) e Serra (ES). Esses centros de distribuição, mais as filiais, vão garan�r que não falte pneu. Além de ser um diferencial aliado a uma estratégia de inves�r em tecnologia.

No site, que a maioria achava que era um concorrente, a gente cadastra o revendedor para gerar tráfego dentro da loja dele. O cliente que compra lá, monta e faz o serviço dentro da loja. Porque

somos parceiros, queremos que o cliente vá à loja. Não queremos �rar o cliente da loja. Sempre arrumamos alterna�vas para ele. Fizemos um ecossistema de venda para que todo mundo trabalhe junto conosco...

Temos 180 transportadores terceirizados que nos atendem. Procuramos arranjar o melhor transporte para o cliente, que pode indicar a empresa. Se ela atrasar, não é com a gente que o cliente vai reclamar. Se não conseguirmos entender o cliente, não vamos conseguir entregar o que ele precisa. Somos muito pulverizados. Temos 44 mil clientes em nossa base que operamos. 13 mil clientes revendedores. Somos tão pulverizados que nenhum cliente nosso corresponde a 1% do nosso faturamento porque a nossa filosofia é sempre pulverizar, atender.

A juventude da equipe.

Até há pessoas mais velhas em idade, mas têm cabeça de jovem. A gente quer pessoas com mentalidade jovem, pensando no futuro e fazendo o seu projeto de vida. Qual o diferencial da Cantu? Todos os nossos colaboradores têm projeto de vida, não é trabalho. Quando entrevistamos um candidato para trabalhar na Cantu, perguntamos qual é o seu sonho. O sonho de cada um dos mil colaboradores mul�plicado é o sonho da Cantu. Porque se realizarmos o sonho de cada colaborador pode ter certeza de que ele vai realizar o sonho da Cantu. Ele vai estar trabalhando feliz e construindo conosco esse caminho, sempre com amor. Esse é o segredo da Cantu.

Uma mensagem final.

A mensagem final é que a gente faz o que a gente ama. Focados sempre no cliente, obcecados pelo cliente. “Fazer o que ama, obcecado pelo cliente” é a frase que daria para o cliente ver que de fato a gente faz isso por ele. Não é só uma frase de encerramento. É uma a�tude!

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o mercado voltou, a Lanxess voltou com toda a força."

As unidades da Lanxess no Brasil

O headquarter reúne todas as unidades de negócios na área de vendas. São três unidades produ�vas, a maior de todas em Porto Feliz, onde fica a Rhein Chemie que faz os bladders, o IPG, que é o pigmento inorgânico, poliuretano e plás�cos de engenharia. A de Jarinu faz biocida para �ntas e outras aplicações. Foi comprada recentemente a Theseo, entre Campinas e Descalvado e há uma operação de saúde animal e desinfecção. A Rhein Chemie é a mais an�ga, tem uma logomarca específica, tem bastante dedicação.

A Lanxess com os produtos de borracha, sem a borracha sintética.

O foco atualmente é nos produtos adi�vos para a borracha e os bladders, usados pelas indústrias de pneumá�cos.

Isto faz muito tempo – aliás. Inves�mos fortemente nas especialidades. O cliente precisa de produtos taylor made, específicos, não em grande volume. Por isso, a presença nesse mercado já há algum tempo, enriquecendo-o e aumentando a par�cipação nele.

A Rhein Chemie tem nome próprio, o que a maioria das outras ainda não tem. É uma marca muito forte no mercado.

A importância do negócio de borracha para o grupo

Essa é uma parte complicada porque nosso por�ólio tem dois mil produtos. Cada um deles tem uma parte na borracha. Nesse negócio temos uma grande par�cipação no mercado. Só a Rhein Chemie tem mais de 60% no mercado da borracha.

Participação na Expobor

A empresa sempre esteve muito iden�ficada com borracha sinté�ca. Mas a Rhein Chemie é diferente, é bem iden�ficada. A Lanxess saiu do negócio de borracha sinté�ca e decidiu manter a força da Rhein Chemie.

Período pós-pandemia

Situação boa no mercado, entregando sempre soluções específicas para os clientes. Nesse problema de supply chain a Lanxess, como uma empresa global, às vezes tem mais de uma fábrica que produz o mesmo material e se acontecem alguns atrasos é possível uma reorganização para sempre entregar o material a tempo. Esse é um dos grandes diferenciais no mercado.

Nunca deixamos de entregar material para os clientes. Talvez não “just in

"Quando
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�me”, mas nunca um cliente teve problema grave com entrega de material.

Perspectivas para este ano e para 2023

Em termos de América La�na está sendo um bom ano, assim como o anterior, e a perspec�va para o próximo ano vai depender da economia, como se desenrolarão as eleições. Vemos o mercado crescendo em 15% a 16%, sempre com firmeza. Nunca a empresa teve um retrocesso...

O ano de 2020, obviamente, foi menor que 2019, mas quando o mercado voltou, voltou com toda a força, sem perda de market share. As vendas diminuíram porque o mercado estava parado.

Lançamento novo na Expobor

Foi apresentado o Rhenoshape, que desenvolvemos como um coating, que com esse tratamento não precisa de desmoldante e tem mais durabilidade. Está sendo testado por alguns clientes com bons resultados. Sempre inovando com esse �po de material para a indústria.

Desenvolvimento conjunto com fabricantes de pneumáticos.

Assistência técnica muito presente. Muitos dos técnicos trabalharam na indústria de pneu, sabendo o que ela precisa e muitas vezes perguntando se está funcionando bem junto aos clientes.

Evolução das vendas dos bladders para pneu é radial e pneu é convencional.

Depende do crescimento da produção do cliente para que a maioria das melhorias no pneu que está sendo fabricado possam ser atendidas. Para o pneu futuro, é feito um trabalho com planejamento das fábricas de pneus para perguntar qual será o tamanho daqui a três anos para a empresa estar pronta para as medidas novas dos pneus novos.

Produto específico para o carro elétrico.

Dentro da Lanxess há uma unidade de negócios especificamente para “e-mobility”, que agrega tudo o que diz respeito a carros elétricos e também a energia renovável. Esta Unidade de Negócios (BU) estuda produtos novos para este �po de mercado. É uma BU mundial. No Brasil ela não está presente, mas informamos para a global os requerimentos dos clientes.

“E-mobility”

como iniciativa global.

A “E-mobility” é uma inicia�va global. Parte do princípio de todos os produtos da empresa, por exemplo, em plás�co de engenharia a empresa produz o front-end do carro. Aí a leveza do material faz com que se reduza o consumo de combus�vel, tem o material sulfato de lí�o para produzir bateria de carro para que se consiga fazer energização do veículo. Nessa unidade de negócios global conectam-se todas as BUs para achar soluções. Tem o pneu verde, o bladder que tem essa expansão maior do que o concorrente, conseguindo fazer muito mais que os outros, ou esse material de peso leve, o poliuretano, que é outra área de negócio que a empresa inves�u com força. Há várias soluções de leveza do veículo que podem conversar com eletrificação, tem retardante de chamas...

Há uma inicia�va chamada “Climate-Neutral”, na qual, seguindo a agenda 2030, estabeleceu-se uma meta para seguir: neutralidade em carbono até 2040. Já a�ngiu-se quase 70% dessa meta. Até o salário do board é condicionado a questões de sustentabilidade. E todas as as cadeias passam por essa análise.

A meta para neutralidade de carbono

Cada região tem sua meta. Um exemplo ins�tucional pode ser dado por uma das plantas mais sustentáveis de toda a Lanxess que é a de Porto Feliz. São quatro unidades de negócios, quatro fábricas diferentes; existe uma usina de

co-geração lá dentro que produz energia para as áreas administra�vas - quase 80% da energia da planta é sustentável. Fora milhões de outras inicia�vas internas e de engenharia para que se consiga ser mais sustentável no Brasil.

Também faz parte disso a planta na Argen�na, que também tem a sua meta própria. Isso também foi pensado. Cada um faz uma parte para que todo mundo consiga. Dentro dos produtos também se trabalha com um plás�co que tem economia circular.

O elo entre “e-mobility” e economia circular.

Desenvolvemos adi�vos para borracha usando matéria-prima sustentável, oriunda de economia circular. Com essas inicia�vas tenta-se chegar a ser neutro em carbono. Por enquanto, as metas anuais estão sendo ba�das em todas as regiões , chegando no final do ano mais próximos da meta de 2040.

As vantagens do Brasil dentro dessa conjuntura.

Na medida em que avançamos, e o Brasil é um grande exportador, precisamos exportar produtos para outras regiões. Teremos que ficar atentos para esse �po de mercado. O Brasil está querendo sair na frente para compe�r com os europeus. E o caminho está correto.

Muitos clientes sempre estão solicitando desenvolvimentos. Todo o material que tem ido para a Europa com requerimentos especiais, o Brasil tem acompanhado, sempre desenvolvendo materiais amigáveis com o meio ambiente.

Investimentos a longo prazo.

No site todo dia surge alguma possibilidade. O grupo está sempre de olho no que é tendência de mercado e os inves�mentos são recorrentes. Espera-se a aprovação das autoridades anti-trust para um inves�mento, nossa junção com a IFF (Interna�onal Flavors & Fragances).

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Tenta-se trazer uma das divisões de Fragances ainda este ano para fazer uma nova unidade de negócios e trabalhar em “Consumer Protec�on”, que é um dos quatro segmentos da empresa, que são: desinfetantes, não só de saúde animal mas também pessoal, fragrância, aroma... é muita coisa. O importante é estar sempre à frente e o Brasil é muito reconhecido lá fora. A engenharia é muito forte. O laboratório local é essencial, várias inicia�vas, assistência técnica, o Costumer Service da Rhein Chemie é modelo. O atendimento ao cliente é sempre prioritário. Até milagre logís�co é feito para atender o cliente nesse momento di�cil. Tem muita produção que depende disso.

Muitas inicia�vas locais são muito reconhecidas lá fora fazendo com que o grupo enxergue o Brasil como estratégico. Sempre que faz uma aquisição global, sempre tem alguma coisa no Brasil. Com a Theseo havia planta aqui, com a IFF também. Então estão sempre colocando o Brasil na frente.

Formação de mão de obra.

A fábrica brasileira é modelo e muito reconhecida, nunca faltando funcionários, nem mão de obra qualificada. Existem muitos programas como programas de estágio para trazer para dentro quem está começando no mercado. O programa de estágio virou processo de emprego. Não se fortalece o programa de trainee porque o estagiário já chega no nível de um técnico. Em Porto Feliz há parceria com a Facens, com faculdades de tecnologia e aula no SENAI. Há um programa que ensina ao estudante o que é engenharia, o método de trabalho, já está no segundo ano e a primeira turma já está trabalhando na planta.

Não há problemas com mão de obra. Já é o terceiro ano em que a Lanxess é escolhida como melhor empresa para trabalhar no setor químico do Brasil. Em termos de boa mão de obra a empresa é referência. 

EMPRESA 38

19º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha foi um sucesso

O19º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha, principal evento do setor no país, foi realizado entre 22 e 23 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo, Capital, com grande sucesso. O Congresso teve extensa programação técnica, com quase 40 palestras e contou com a par�cipação de doutores, mestres, universidades, em-

presas, convidados nacionais e internacionais, marcando a volta dos eventos presenciais da ABTB. Ocorreu em paralelo com a Expobor, uma das maiores feiras de borracha do mundo, na qual a ABTB contou com um stand, oferecendo serviços especiais aos seus associados.

“Após quatro anos sem um Congresso presencial, finalmente, �vemos a alegria de estarmos juntos novamente. Foram dois dias de muita alegria e sa�sfação onde pudemos novamente

rever os amigos, colegas de a�vidade, adquirir e sedimentar conhecimentos no que há de mais atual na tecnologia da borracha”, pontua André Mautone, Diretor de Relações Ins�tucionais e Vice-Presidente da ABTB.

A ABTB agradece a todos que colaboraram para o sucesso do 19º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha, especialmente seus patrocinadores: Arlanxeo, como Patrocinadora Pla�na; Evonik e Nitriflex, como Patro-

ABTB 40 www.borrachaatual.com.br

cinadoras Ouro; Cabot e Birla Carbon, como Patrocinadoras Prata; e Re�lox, como Patrocinadora do Coffee Break.

“Vencemos grandes desafios impostos pela pandemia. Em 2020 e 2021 realizamos mais de 80 webinars e 2 Websimpósios, mantendo forte a missão da ABTB de levar o conhecimento de primeira linha para o seu associado. Tivemos cerca de 8 mil par�cipantes no período, o que muito nos orgulha. Voltar a realizar o nosso maior evento de forma presencial e atrair tantos autores e par�cipantes reforça a importância de nos mantermos firmes em nossa missão de capacitar e contribuir para o crescimento do mercado da borracha. Vencemos mais um desafio ao acompanharmos a transição dos modelos de par�cipação mantendo relevância no nosso trabalho e bene�cios aos associados”, afirma Paulo Garbelo�o, Presidente da ABTB.

O tema escolhido para esta edição do Congresso foi “Moldando o Mundo de Amanhã”, alinhado com o obje�vo de dividir, com os congressistas, os projetos, as tecnologias e as prá�cas que forjarão o futuro do setor. Novos processos, novos materiais, novas matérias-primas e novos produtos foram base das 38 exposições apresentadas sob este guarda-chuva de ideias para subsidiar a tomada de decisão dos empresários, técnicos, estudantes e professores da cadeia da borracha. Temas como Sustentabilidade, Economia Circular e Indústria 4.0 estão no centro do debate global sobre os próximos passos de qualquer indústria e não poderia ser diferente com o setor da borracha.

“Foram 38 palestras, divididas em três salas com temas atuais versando sobre matérias-primas sustentáveis, elastômeros com novas estruturas moleculares, matérias-primas que melhoram a produ�vidade dos processos, enfim, muito conhecimento disponível

para ajudar os profissionais da borracha a produzirem com mais eficiência e de forma mais sustentável. As palestras que �veram a autorização do palestrante para divulgação estarão disponíveis em breve para os sócios da ABTB e inscritos no congresso”, complementa Mautone.

Dentre os 40 palestrantes, �vemos profissionais de todas as regiões do Brasil e também de seis países, entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Itália e Argen�na.

“A ABTB vem desenvolvendo para o mercado da borracha uma série de eventos com a temá�ca do ESG e pautou o respeito ao meio ambiente como um dos temas do Congresso. Mostrar alterna�vas de processos produ�vos que sejam, ao mesmo tempo, ambientalmente amigáveis e economicamente viáveis foi uma das grandes contribuições desta edição”, observa a Profa. Dra. Marly Jacobi, Suplente da Diretoria Cultural da ABTB e integrante da Comissão Técnica do Congresso juntamente com Mautone.

Os quase 40 trabalhos técnicos expostos no evento, em três salas simultâneas, foram avaliados e aprovados a par�r da curadoria de uma qualificada comissão técnica, o que enriqueceu o caráter acadêmico no sen�do de capacitação, que sempre pautou os eventos da ABTB. Além das exposições dos autores, o evento contou com duas plenárias, nos dias 22 e 23, no encerramento da programação de cada dia, com grande debate e aprofundamento das questões suscitadas nas apresentações. Mais de 240 pessoas assis�ram as exposições, vindas de nove estados do Brasil, de 49 cidades e cinco países.

No estande da ABTB na Expobor, os associados e interessados puderam conhecer as vantagens, bene�cios e diferenciais da en�dade. O espaço esteve aberto à visitação, com distribuição de brindes, bem como serviços especiais aos associados. Estes puderam dispor

do local para reuniões, e contaram com o apoio do �me de atendimento da ABTB e de membros da diretoria, além de assessoria para negócios e informações. A associação recebeu a todos com pe�scos e espumantes para confraternizar e celebrar a volta dos encontros presenciais da cadeia da borracha.

O 19º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha foi no�cia em mais de 20 diferentes veículos de comunicação pelo país, alguns deles líderes de audiência, reforçando a marca da ABTB e de todos os seus apoiadores e patrocinadores. Mais de 50 mil e-mails foram disparados durante o período de divulgação do evento, somente para público relevante para o segmento da borracha, agraciando seus patrocinadores com forte exposição também no meio digital e direto.

Após a realização do evento, a ABTB voltou suas atenções para a sequência de sua agenda cultural do ano, de modo a prover conhecimento de modo con�nuo. Com cuidadoso planejamento e curadoria da diretoria, a en�dade está trazendo para os seus associados e o setor em geral uma agenda de webinars como nunca antes vista, ampliando o caráter técnico e entregando conhecimento em temas que farão a diferença nos negócios.

Divididos por grandes eixos temá�cos, os webinars do ano começaram com um bloco de eventos com foco em calçados antes do Congresso, em maio, e contarão ainda com os temas Látex, Asfalto, ESG, Logís�ca Mundial Pós-Pandemia, Nova Matriz Automo�va, Borrachas Especiais, EPDM e LGPD. Até o fechamento desta edição, o próximo webinar agendado era “Webinar Borracha de EPDM”, a ser ministrado por Valdemir José Garbim, online, no dia 16/08, às 18h, abordando “Caracterís�cas, Compostos e Aplicação” das Borrachas de EPDM. As inscrições são gratuitas e pelo site da ABTB.

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Vendas de automóveis devem crescer 5,5%

Setor de duas rodas pode crescer 8,9% em 2022

O ano de 2022 começou com queda de 15,8%, em janeiro, para todo o Setor, e foi melhorando, gradualmente, até encerrar o 1º Semestre apenas 3% abaixo de igual período de 2021. As perspec�vas, para o ano prevêm um aumento de 5,5% para todo o setor, afirmou o presidente da FENABRAVE, Andreta Jr. 

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo -, revisou para cima as projeções para 2022. A nova perspec�va é de que os licenciamentos alcancem 1.260.000 unidades, crescimento de 8,9% na comparação com o ano passado (1.156.776 motocicletas emplacadas). A produção também deve crescer. A previsão é que sejam produzidas 1.320.000 unidades nas fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). O volume é 10,5% superior às 1.195.149 motocicletas fabricadas em 2021. 

SABÓ patrocina projeto Mulheres na Reparação

Levando em conta as restrições de produção e a elevação da inflação e dos juros no Brasil, assim como as restrições ao acesso de crédito (que impactam principalmente as vendas dos veículos de entrada), a ANFAVEA divulgou novas projeções para o fechamento de 2022, com crescimento em todos os indicadores sobre 2021. Para a produção, a nova expecta�va é de fechar o ano com 2.340 mil unidades, alta de 4,1% sobre 2021. Para vendas internas, espera-se chegar a 2.140 mil autoveículos licenciados, crescimento de 1%. Já a expecta�va para exportação é de 460 mil unidades embarcadas até o fim do ano, alta de 22,2% na comparação com 2021. 

A SABÓ está patrocinando a estreia do projeto Mulheres na Reparação, promovido pelo Sebrae-SP, através da regional Capital Oeste com à consultora especializada no setor de reparação automo�va, Roberta Sodré. O projeto visa

oficinas mecânicas administradas por mulheres, sendo sócias ou não, mas que estejam diretamente ligadas a parte de gestão da empresa. Através de critérios, foram eleitas 33 oficinas do estado de São Paulo para par�cipar dessa primeira edição. 

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ANFAVEA estima crescimento de 4,1% na produção
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Vendas de pneus caem 0,5% no primeiro semestre

Mesmo sendo 1,9% acima do mesmo mês de 2021, junho de 2022 apresentou queda de 6,4% nas vendas do setor de pneus na comparação com maio de 2022. Essa queda na comparação mensal veio principalmente em decorrência da baixa nas vendas de pneus para veículos de passeio (-9,4%) e para comerciais leves (-11,5%). Com isso, o primeiro semestre de 2022 fechou 0,5% abaixo

do mesmo período de 2021, sendo as vendas para pneus de carga (-3,4%) e para motocicletas (-11%) os principais responsáveis pelo resultado. Os dados fazem parte do levantamento setorial divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumá�cos (ANIP). Diante dos números expostos, é possível imaginar que as vendas de 2022 tendam a ficar, no máximo, no mesmo patamar de 2021. 

Freudenberg lembra

A Gates do Brasil, está lançando sua nova correia Micro-V, aprimorada com os novos processos de produção na fábrica da companhia localizada em Jacareí, São Paulo, e que agora conta com novas tecnologias para melhorar sua eficiência. As correias Micro-V são aplicadas no sistema de acessórios dos motores dos veículos, onde são acionados o ar-condicionado, alternador, direção hidráulica, e em diversos casos a bomba d’água. “É algo diferente do que era oferecido”, revela Sidney Aguillar, Diretor de Vendas e Marke�ng da América do Sul da Gates. 

A Freudenberg Sealing Technologies, integrante do Grupo Freudenberg, é a criadora do primeiro retentor Simmerring, no mundo, em 1929, que começou a ser fabricado nas instalações da companhia na Alemanha, e hoje conta com a mesma qualidade do equipamento original e atende a todas as normas ambientais.

Michelin é Top 100 Global Innovators

A Michelin recebeu o reconhecimento Clarivate™ em seu fórum de Pesquisa & Desenvolvimento realizado no centro de tecnologia de Clermont-Ferrand, França. O prêmio coloca o Grupo entre as 100 empresas mais inovadoras do mundo em 2022. A Clarivate™ é líder global no fornecimento de insights e análises confiáveis para acelerar o ritmo da inovação e usa todos os anos a sua metodologia para iden�ficar organizações no auge do cenário global de inovação, medindo a excelência em inovação. No ano passado, o inves�mento foi de 682 milhões de euros e o plano “Michelin in Mo�on” visa u�lizar materiais 100% sustentáveis até 2050. Em pneus, inovando mais para o veículo elétrico com inicia�vas na área de mobilidade conectada. Além dos pneus, trabalhando em saúde, hidrogênio, impressão 3D em metal, materiais de alta tecnologia e novos usos. 

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Gates e a nova correia Micro-V
os 90 anos do primeiro retentor
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NANO-ADITIVOS APLICADOS EM COMPOSTOS DE BORRACHA-GRAFENO COMO MATERIAL DE REFORÇO

O avanço rápido da nanotecnologia tem o potencial de impactar o desenvolvimento industrial e econômico, o meio ambiente e a sociedade em âmbito global. Espera-se que os bene�cios sejam significa�vos, com aplicações potenciais que possam ajudar a enfrentar os principais desafios globais, como produção de energia sustentável, fornecimento de água, cuidados de saúde e mudanças climá�cas.

No entanto, o campo da nanotecnologia lança uma série de diferentes desenvolvimentos tecnológicos em nano-escala e uma potencial aplicação em muitos setores industriais e áreas de a�vidade. Isso torna di�cil a análise e o refino das polí�cas de ciência e tecnologia, inves�mento, comercialização e regulamentação. A nanotecnologia é o estudo e aplicação de coisas extremamente pequenas e é usada em todos os outros campos da ciência, como química, biologia, �sica, ciência dos materiais e engenharia.

1) O que é Nanotecnologia

Hoje em dia, os materiais poliméricos são aplicados em quase todos os setores da nossa vida, com potencial para o desenvolvimento de tecnologias futuras. Em contraste com materiais metálicos e cerâmicos, os polímeros são rela�vamente baratos: podem ser facilmente processados, pois precisam de menos energia para a produção e moldagem e têm uma variedade de aplicações como: têxteis, blindagem eletromagné�ca, reves�mentos, peças automo�vas, aparelhos eletrônicos e domés�cos etc.

Recentemente, elastômeros-nanocompósitos reforçados com baixa fração volumétrica de nano-par�culas têm atraído grande interesse devido às suas propriedades fascinantes. A incorporação de nanopar�culas, tais como nanotubos de carbono, nanofibras, carbonato de cálcio, óxidos de metais ou nanopar�culas de sílica em elastômeros, melhora significa�vamente suas propriedades térmicas, dinâmicas, propriedades de barreira, retardamento de chama etc.

O tamanho muito pequeno das par�culas e sua grande área de interface produz extraordinária melhoria das propriedades em uma ampla gama de materiais de borracha. A dispersão uniforme de nanopar�culas em matrizes elastoméricas é um pré-requisito geral para alcançar ó�mas caracterís�cas �sicas e mecânicas.

O resultado dos avanços tecnológicos são as melhorias em produtos existentes, criação de novos produtos e linhas de produção com alterna�vas de processo superiores e alteração na dinâmica e estrutura de custos. Enchimentos/reforçamentos de escala nano, tais como negro de fumo e sílica, são essenciais para que a borracha tenha as necessárias propriedades de uso, tais como resistência à abrasão, resistência ao rasgo e propagação do rasgo.

MATÉRIA TÉCNICA
Nanotecnologia Tamanho de uma criança Tamanho de uma mosca Diâmetro de 1 o de cabelo Limite de visão Bacteria 100m 1m 10-2m 1cm 10-3m 1mm 10-4m 10-5m 10-6m 10-7m 10-8m 10-9m 10-10m 10-1m Vírus DNA Átomo de hidrogênio 1 micron 1 nanômetro Limite da Nanotecnologia 44 www.borrachaatual.com.br
2) Entendendo o tamanho das coisas em

Comparação Nanometro

Em termos de escala comparativa

4 cm

Bola de ping-pong

Nanotecnologia pode ser

• Nano (metrologia)

• Ciência em nanoescala (efeitos)

12.756 Km

Terra

a vulcanização. Produtos de borracha preta são geralmente feitos com negro de fumo, enquanto produtos de borracha de cor clara são feitos com sílica, que podem ser rela�vamente caros, com um longo tempo de cura.

Cargas nanopar�culadas como argilas, talco e caulim, podem ser uma fonte de sílica mais barata; quando u�lizadas como enchimentos naturais da borracha, mostraram produzir propriedades mecânicas compa�veis com a sílica convencional. Nanotubos de carbono e grafeno geram muito interesse como enchimentos para compostos de borracha de alto desempenho, devido às melhores propriedades mecânicas, elétricas e térmicas.

• Tecnologia em nanoescala (fabricação)

• Nanotecnologia molecular (química)

Processos físicos cujos efeitos não variam uniformemente com a escala:

• gravidade

• fricção

• combustão

• eletrostá�ca

• forças de Van der Walls

• movimento Brownian

• quantum

Como se faz um nanomaterial

• Deposição de vapor

• Evaporação

• Combustão

• Plasma térmico

• Fresagem

• Esfoliação

• Cavitação

• Reves�mento (spin ou mergulho)

• Pulverização térmica

• Eletrodeposição

• Deposição química (úmido)

3) Nanotecnologia em Borracha

Produtos de borracha são normalmente feitos com diferentes �pos de borracha e cargas de reforço/enchimento, naturais ou sinté�cas, que permitem reforçar a borracha após

A nanotecnologia também pode permi�r o uso de borracha natural em novos mercados. Por exemplo, alguns grupos estão pesquisando e desenvolvendo a adição de ferro, níquel e outras nanopar�culas magné�cas na borracha natural, para alterar suas propriedades elétricas e magné�cas – desta forma, aumentam o potencial por ser u�lizadas em eletrônica, remediação ambiental e outras indústrias.

Algumas propriedades da nanotecnologia que tornam sua aplicação atraente:

• A nanotecnologia pode ter grande aplicação em polímeros biodegradáveis feitos com materiais naturais, como proteínas e amidos. É provável que a demanda por esses polímeros biodegradáveis aumente, devido à procura por produtos mais ecológicos e ao crescente preço do petróleo. Atualmente, o uso destes polímeros é limitado em razão de seu pior desempenho quando comparados com polímeros à base de petróleo.

• Polímeros biodegradáveis feitos com proteínas e nanoadi�vos à base de argila, no entanto, demonstraram propriedades mecânicas e térmicas significa�vamente melhores, em comparação com polímeros biodegradáveis tradicionais.

• Portanto, a nanotecnologia em borracha não é mais um mito, mas uma realidade. No entanto, é necessário estabelecer uma cooperação entre os ins�tutos de pesquisa, agências de financiamento e indústrias o mais rápido possível para se alcançar um rápido crescimento do mercado.

• Redução de peso devido ao baixo nível de carga das par�culas nano.

• Propriedades do material melhoradas (ou sejam, propriedades mecânicas, térmica, elétrica).

• Novas funcionalidades (an�microbiana, barreira, retardante de chamas).

• A borracha já u�liza nano-cargas (negro de fumo) desde 1904.

• A indústria da borracha usa nanotecnologia antes da descoberta da nanotecnologia nos tempos atuais.

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Nanotecnologia em Borracha

Negro de Fumo

Gra te Negro Coloidal Agregado Aglomerado

0.34 nm 20-50 nm 100-200 nm 104 - 106 nm

Sílica – outro nanomaterial usado há muito tempo.

Atualmente sabe-se que os nano-adi�vos influenciam na:

• Velocidade de vulcanização e densidade de crosslink.

• Resistência à luz ultravioleta.

• Resistência à chama.

• Resistência à abrasão.

• Resistência ao rasgamento.

• Resistência mecânica.

• Diminuição do peso e densidade.

O uso de ingredientes em compostos de borracha tem uma longa tradição e existe um conjunto estabelecido de adi�vos u�lizados pela maioria dos fabricantes de borracha. Este conjunto de ingredientes cresceu ainda mais recentemente, com a introdução de produtos de grafeno.

O grafeno faz parte da família de nanomateriais de carbono que tem o potencial de melhorar dras�camente as propriedades dos materiais de borracha. O trabalho acadêmico e comercial está em andamento há vários anos para estabelecer os bene�cios de sua integração em compostos de elastômero.

O grafeno pode ser adicionado em misturas de polímeros de borracha – normalmente a uma taxa inferior a 1% em volume – e influenciar significa�vamente a condu�vidade térmica e elétrica dos materiais; melhorar a resistência à chama; e melhorar as propriedades mecânicas, como resistência ao desgaste, aderência, ajuste de compressão e resistência à tração.

A escala da mudança nas propriedades mecânicas dependerá de muitos fatores, incluindo espessura, área de super�cie, tamanho do produto e aplicação, mas pesquisas forneceram resultados que demonstram:

Partícula primaria Agregado Ligações Si-O-Si Aglomerado Ligações hidrogênio

• Aumento da tração de até 40%.

• Aumento da resistência à abrasão de até 500%.

• Aumento da resistência ao rasgo de até 50%.

O grafeno pode ser integrado em redes de polímeros de borracha, influenciando significa�vamente a condu�vidade térmica e elétrica do composto de borracha. A integração de grafeno em redes de polímeros de borracha também pode impactar posi�vamente as propriedades mecânicas, por exemplo, resistência ao desgaste, aderência, deformação por compressão e resistência à tração.

As propriedades modificadas dependerão de fatores como espessura da camada, área de super�cie, tamanho lateral e status de funcionalização. Várias indústrias que trabalham com produtos de borracha exigem consistente alto desempenho; por exemplo, fabricantes de vedações, correias e pneus.

MATÉRIA TÉCNICA
4) Nanoaditivos em Borracha
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A indústria de pneus está constantemente procurando aumentar a resistência à abrasão e melhorar a aderência, e pesquisas recentes levaram as empresas chinesas de pneus e seus fornecedores a dedicar atenção considerável à potencial aplicação do grafeno e seus derivados na fabricação de pneus. Para explorar plenamente o potencial das aplicações do grafeno na indústria de pneus, é importante garan�r que apenas par�culas primárias (e não aglomerados) estejam presentes no polímero. A u�lização de masterbatches é uma solução para este desafio – um serviço que é oferecido por um pequeno número de empresas especializadas.

A “Sixth Element” é uma das empresas que forneceu essas informações, e trabalhou com a Qingdao Lanwan ENE Carbon Material para desenvolver uma série de masterbatches de borracha à base de látex com grafeno. Um processo especial é empregado para dispersar o grafeno, desaglomerando-o no látex antes de convertê-lo em um masterbatch de borracha natural seca.

Usando essa abordagem, é possível usar diferentes concentrações de grafeno no masterbatch. A adição de um masterbatch de borracha natural com grafeno a uma formulação de banda de rodagem padrão resultou em melhorias significa�vas na resistência ao desgaste, resistência à tração e condu�vidade térmica no pneu final. Outros testes foram realizados, inves�gando o uso de uma formulação de borracha para pneus de passageiros reforçados com aço, com e sem um masterbatch de borracha natural com grafeno.

A resistência ao rolamento diminuiu 10%, enquanto a resistência ao desgaste aumentou 30%. Um pouco menos de ruído também foi observado.

Amostra Volume de desgaste (DIN) cm³ tan d (60°C) Condutividade térmica (60°C)

Pneu de passageiro semi-aço 0,1478 0,17 0,194

Pneu de passageiro semi-aço aprimorado com grafeno 0,1154 0,14 0,229

Aumento de desempenho do pneu aprimorado com grafeno 21,92% 17,65% 18%

O desempenho aprimorado dos pneus usando um masterbatch de borracha natural com grafeno em sua formulação de banda de rodagem foi confirmado em testes de estrada com pneus de carros de passeio e pneus de caminhões pesados.

Amostra Desgaste médio do pneu acabado (km/mm) tan d (60°C)

Pneus todos em aço 11300 0,176 Pneus de aço aprimorados com grafeno 15000 0,134

Aumento de desempenho do pneu aprimorado com grafeno 32,74% 23,86%

No setor de pneus, uma grande demanda por propriedades melhoradas está nos veículos de propulsão elétrica, onde as seguintes caracterís�cas são exigidas:

• Maior resistência ao rolamento

• Maior quilometragem

• Eficiência do combus�vel

• Menos barulho

• Leve

Os veículos elétricos possuem torque instantâneo, o que significa que eles aceleram no segundo em que você pisa no pedal acelerador. No entanto, o alto torque instantâneo dos veículos elétricos também pode aumentar o desgaste. Além da boa aderência, o composto de borracha usado para pneus de VE precisa de baixa resistência ao rolamento.

Pneus para veículos elétricos carregam uma carga mais pesada e têm que suportar alto torque instantâneo, levando a um maior desgaste dos pneus. Por isso, precisamos de pneus com construções mais fortes e compostos de borracha mais robustos.

Maior massa e maior inércia significam maior distância de frenagem, por isso damos ênfase especial à aderência ideal. Com alto torque instantâneo, peso aumentado, demanda por um longo alcance e emissões mais baixas vem uma necessidade ainda maior de resistência mínima ao rolamento, de modo que os pneus para carros elétricos ofereçam uma rodagem mais suave e mais eficiente em termos de energia e de baixo impacto.

Assim, algumas caracterís�cas são essenciais no desenho dos pneumá�cos para veículos elétricos:

5) Pneus de baixo atrito para veículos elétricos

A resistência ao rolamento de um pneu assume uma importância ainda maior para carros elétricos. Menor resistência ao rolamento significa maior autonomia elétrica e maior eficiência, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabi-

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lidade geral do carro. Um composto de alta tecnologia fornece conexões robustas entre sílica e a borracha. Isso permite uma adaptação ideal às diferentes condições da estrada, o que melhora a resistência ao rolamento e o consumo do pneu.

Aderência ideal para distâncias de travagem do VE mais curtas

Mais peso também significa maior distância de frenagem. Um bom pneu pode compensar isso. Por isso é importante usar o melhor composto de borracha possível, com adi�vos de aderência para melhorar o desempenho de frenagem, mesmo para veículos mais pesados.

Pneus de baixo ruído para veículos elétricos

Na ausência de ruído do motor, os pneus de baixo ruído contribuem para uma experiencia de condução suave e silenciosa, reduzindo a quan�dade de ruido que os pneus transferem para o interior do veículo. Algumas empresas como a Con�nental desenvolveram compostos baseados em SSBR com modificações estruturais, concebidas para reduzir o ruido interior em todas as super�cies da estrada, proporcionando um maior conforto. Ajudam a reduzir o ruido interior do veículo, dependendo do �po de veículo, sua velocidade e a super�cie da estrada.

Compostos robustos para suportar o torque do carro elétrico

Os veículos elétricos possuem torque instantâneo, o que significa que eles aceleram no segundo em que você pisa no pedal acelerador. No entanto, o alto torque instantâneo dos veículos elétricos também pode aumentar o desgaste dos pneus. Além da boa aderência, o composto de borracha usado em pneus VE também precisa ter baixa resistência ao rolamento.

Proteção, cuidados e manutenção de pneus de carros elétricos

Para aumentar a longevidade dos pneus VE, a manutenção é especialmente importante. Tal como acontece com outros pneus, a pressão de ar dos pneus dos veículos elétricos deve ser checada/ajustada regularmente. O alinhamento correto das rodas reduzirá o desgaste dos pneus e deverá ser verificado a cada seis meses, ou antes, caso um meio-fio, buraco ou outro obstáculo seja encontrado.

Resumindo, os pneumá�cos para veículos elétricos precisam possuir:

• Maior resistência ao rolamento

• Maior durabilidade

• Menos barulho

• Leveza

Composto de borracha-grafeno

Tecido de nylon

Condutividade térmica

O grafeno dissipa o calor, principalmente o localizado durante a frenagem.

Antiestático

O grafeno diminui a geração de eletricidade estática e o aquecimento por descarga elétrica.

Resistência ao rolamento

O grafeno diminui a resistência ao rolamento e diminui o consumo de energia.

Antiestático

O grafeno diminui a geração de eletricidade estática e a possibilidade de incêndio por descarga elétrica.

Diminuição da pressão

O grafeno confere excelente propriedade de barreira diminuindo a dissipação do ar interno e reduzindo a manutenção.

Trama de aço Camada interna Anel de arame Imagem obtida no site https://nanografi.com/blog/graphene-rubber-nanocomposites-for-automobile-tires/

6) Outras aplicações além dos pneus

A empresa de calçados espor�vos inov-8 lançou o primeiro tênis de corrida do mundo a usar uma espuma aprimorada com grafeno na sola, contrariando a tendência generalizada da tecnologia de placas de carbono e dobrando o padrão da indústria para longevidade. Desenvolvido em colaboração com especialistas em grafeno da Universidade de Manchester, a espuma almofadada, chamada G-FLY™, faz parte do novo tênis de trilha da inov-8, o TRAILFLY ULTRA G 300 MAX™, projetado para corredores de ultramaratona e de longa distância.

Testes mostraram que a espuma oferece um retorno de energia 25% maior do que as espumas de EVA padrão e é muito mais resistente ao desgaste por compressão. Portanto, mantém níveis ó�mos de salto e conforto sob os pés por muito mais tempo. Isso ajuda os corredores a manter uma velocidade mais rápida em distâncias maiores, ajuda seus pés a se

MATÉRIA TÉCNICA
Banda de rodagem
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sen�rem mais frescos por mais tempo e prolonga a vida ú�l de seus calçados.

Embora esses atributos significa�vos tenham atraído muito interesse principalmente das indústrias de pneus e calçados, as vantagens em aplicações mais comerciais nas indústrias de vedação e juntas, marinha, mineração e transporte também são aparentes. Deve-se notar que o uso de grafeno na mistura de elastômeros não é uma simples mudança no processamento. Garan�r a distribuição uniforme do material na mistura, usando o pó corretamente graduado, leva tempo e esforço. No entanto, os bene�cios são claros a par�r do desempenho técnico.

7) Outras aplicações em elastômeros

Os elastômeros são usados em toda a indústria, em aplicações que vão desde mangueiras, vedações, gaxetas e O-rings, até montagens an�vibração, correias e reves�mentos de desgaste. Os materiais elastoméricos são geralmente caracterizados como:

• Elastômeros termofixos, que normalmente são curados ou vulcanizados para endurecê-los na forma desejada; uma vez moldados, não podem ser posteriormente remodelados.

• Elastômeros termoplás�cos, que podem ser moldados e depois remodelados quando expostos ao calor e à pressão.

Cada �po de material tem propriedades dis�ntas. Os termofixos, por exemplo, são ideais para a fabricação de vedações e gaxetas ou usados como reves�mentos e vedantes especializados, enquanto os elastômeros termoplás�cos são normalmente usados para processos de moldagem por injeção e compressão ou extrusão.

8) Tornando os elastômeros mais fortes

Em cada caso, é possível fazer melhorias significa�vas nas propriedades mecânicas dos elastômeros através da adição de produtos de grafeno.

Adicionar uma pequena porcentagem de grafeno – normalmente menos de 1% em volume – a um composto elastomérico como a borracha pode:

• Aumentar sua resistência à tração em até 40%

• Aumentar a resistência à abrasão em até 500%

• Melhorar a resistência ao rasgo em 50%

• Melhorar a condu�vidade elétrica e térmica

• Melhorar a resistência ao fogo

Referências Bibliográficas:

https://www.manchester.ac.uk/discover/news/graphene-foam-doubles-longevity-of-new-running-shoe/.

https://firstgraphene.net/graphene-in-elastomers/. https://nanografi.com/blog/graphene-rubber-nanocomposites-for-automobile-tires/. https://www.c6th.com/info/.

https://www.azonano.com/article.aspx?ArticleID=5747.

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“Pessoas que beberam além da conta para matar sua sede de conhecimento são uma praga social.”

“Devemos visitar o Paraíso, mas nunca viver nele.”

“O importante é não parar de perguntar.”

“Quem tem muito dinheiro pode especular; quem tem pouco, não pode; quem não tem nenhum, precisa.”

“Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.”

“Os

“Sentir a vida não é uma questão de tempo. É de momento.”

“Não

“Nada perturba tanto a vida humana como a ignorância do bem e do mal.”

Cícero

“A poesia é um dos encantos da vida. Ela não é toda a vida.”

Honoré de Balzac

“Não ter nascido bicho parece ser uma de minhas secretas nostalgias.”

“Exige muito de ti mesmo e espera pouco dos outros. Assim muitos problemas te serão poupados.”

Confúcio

“O medo é um sintoma do nosso tempo.”

“Ajuda o outro erguer a carga, mas não a carregues.”

Tales

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Ernesto Sábato
basta ter grandes qualidades, é necessário saber empregá-las.”
Le Rochefoucauld
sábios emitem novas ideias, os tolos as espalham.”
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