SUMÁRIO
EDITORIAL
26 MATÉRIA DE CAPA
Tudo e todos conectados
O caminhar de uma nação é trilhado por líderes com metas e sonhos que devem refle�r o anseio e bem estar de seu povo. Entretanto, governantes são humanos susce�veis a falhas, erros e emoções, que muitas vezes atendem interesses de elites em detrimento da nação. A perfeição está longe de ser a�ngida e diminuir a distância até ela é obrigação democrá�ca de todos.
O mundo encontra-se num turbilhão de mudanças que refletem a insa�sfação com o “status quo” atual, aprofundando disparidades �sicas, ansiedades psicológicas, distanciamento social, desbalanço econômico e desrespeito ao meio ambiente. A globalização avançou tanto que poderá gerar uma desglobalização com o Brasil inserido neste contexto, muito embora rela�vamente longe da complexidade geopolí�ca e melhor preparado para desafios alimentares.
Nossa indústria de borracha caminha cautelosamente em meio a uma desindustrialização nacional e sua tecnologia para os novos veículos elétricos que nos rondam ainda não se fez presente, como mostra nossa matéria de capa sobre reciclagem.
O ABB – Anuário Brasileiro da Borracha 2022/2023 “está no forno”e será ainda mais especial, trazendo as tradicionais informações esta�s�cas e empresariais, além de um panorama conjuntural da economia brasileira. É impossível falar de borracha e não falar de Brasil. No mundo moderno, tudo e todos andam cada vez mais conectados. Por isso, é bom saber com quem você está ligado. Boa leitura, amigos!
EXPEDIENTE
A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.
Ano XXVII - Edição 162 - Set/Out de 2022 - ISSN 2317-4544
Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta
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Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392)
Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br
Foto Capa: FreePik Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares
Emílio Colombo Gerente Geral da Biesterfeld
Daniel Marton Executivo de Contas Sênior da Biesterfeld
Marcos Nunhez
Diretor de Negócios da AGC
“O interesse principal é a resolução do problema do cliente, independente do que será feito.”
BORRACHA ATUAL: Qual o diferencial da filosofia entre a Biesterfeld e as outras concorrentes do mercado?
EMÍLIO COLOMBO : A Biesterfeld é uma empresa cuja polí�ca é ter a sua força de vendas em seus membros e funcionários com o obje�vo de que cada vendedor siga as diretrizes da empresa com base no �po de desenvolvimento que é necessário ser feito, tanto para a empresa como para seus representantes. O vendedor coloca foco nesse �po de desenvolvimento e esse é um vendedor técnico, um vendedor especializado para poder criar esse diferencial e poder de alguma maneira subs�tuir produtos da concorrência em um cliente específico. Por isso, os vendedores da Biesterfeld são vendedores altamente especializados e técnicos.
A substituição de uma especialidade é muito mais difícil que uma commodity?
Emílio: Absolutamente. Em alguns casos é di�cil porque essas empresas têm homologado o produto da concorrência. Outras vezes o produto está em falta e a empresa precisa homologar um novo. A par�r daí é que o conhecimento específico desse material através do vendedor permite homologar rapidamente o produto de um determinado cliente.
DANIEL MARTON : Aqui entra esse trabalho de novas homologações, de subs�tuições – principalmente de especialidades, que é o nosso DNA – com um �me extremamente técnico e com formações técnicas. A ideia da Biesterfeld, juntamente com a AGC, no caso específico do Aflas, é trabalhar não só com a subs�tuição do produto, mas com todo o pacote de serviços para esse cliente, como o ajuste de formulação, melhoria da formulação, melhoria do processo e melhoria das propriedades. Então não é simplesmente �rar um produto e colocar outro, mas sim ter todo um pacote de serviços técnicos envolvido nessa subs�tuição.
MARCOS NUNHEZ : Na Biesterfeld percebemos que uma indústria que processa o material só irá querer mudar o material a par�r do momento em
Estrutura Polimérica
FEPM = AFLAS TFE-P CH 3
-(CF -CF )p-(CH -CH)q- 2 2 2 TFE Pr
FKM CF 3
-(CH -CF )l-(CF -CF)m- -(CF -CF )n- 2 2 2 VdF HFP 2 2 TFE
Deteriorização por Bases
que definiu o processo, ou já teve um problema de fornecimento ou custo ou de desempenho. Poucas empresas querem ter a segurança de ter dois ou três excelentes fornecedores. Vimos muitas empresas na pandemia serem pegas de surpresa por não terem essa estratégia.
O que acontece? Um operador está acostumado a fazer um processo, não sabe que o produto especializado vai ter a performance... Ele sabe a dificuldade que terá em conseguir processar a peça. Esse é o caso que ocorre com o nosso material, com os clientes que não conseguiram processar o material...
Daniel: Por vários anos o Aflas �nha uma grande dificuldade de processamento no Brasil, que na realidade era uma cultura, um rótulo que pegou, talvez por essa falta de suporte ou o próprio cliente que não �nha essa necessidade. Então o Aflas por vários anos teve um conceito de “di�cil processamento”. De cinco anos para cá conseguimos mudar esse pensamento. O Aflas é qualificado como EFPM e hoje temos três processados tão bons ou melhores quanto os produtos da concorrência. Isso plantamos...
Marcos: O grande ponto da Biesterfeld é esse. Tem profissionais de alto gabarito, e quando o cliente entra nessa situação em que ele tem que realizar uma troca, ele pode pedir amostra
de produto para quem ele quiser. Mas é a empresa que dará a segurança para ele fazer a transição e chegar com o produto para ser homologado ou não... se você não �ver esse braço que tem o conhecimento da matéria-prima e do processo, você não consegue. Esse é o grande diferencial da Biesterfeld, que cresceu muito nos úl�mos anos.
Emílio: Tivemos um crescimento importante desde 2015, quando a empresa foi criada via joint-venture. Um crescimento exponencial anual. Iniciamos as operações da Biesterfeld com aproximadamente dez pessoas. Hoje já temos 32 funcionários. A empresa faturou em 2021 R$ 170 milhões.
O interessante é que no pior momento da pandemia, em 2020, quando �vemos uma baixa em relação aos meses anteriores, em setembro desse mesmo ano �vemos recorde histórico de vendas. E em novembro voltamos a ultrapassar essa marca.
Acrescentamos mais mão de obra dentro da empresa com bons profissionais, o mercado foi absorvendo mais demanda e para a questão de falta de produto que houve (e que todos ainda sofremos), a Biesterfeld conseguiu criar uma estratégia para poder administrar os estoques nesse período para atender a cada cliente. Obviamente há falta de alguns produtos e estamos todos ávi-
“…não é simplesmente tirar um produto e colocar outro, mas sim ter todo um pacote de serviços técnicos envolvido nessa substituição.”
dos pela necessidade de matéria-prima, problema mundial que todos sabemos. Mas conseguimos atender com sa�sfação todos os clientes.
Esse atendimento é só para o mercado brasileiro ou para outros mercados?
Emílio: No momento atendemos o mercado brasileiro especificamente. Mas estamos fazendo exportações para os Estados Unidos a pedido específico de uma empresa de pneus.
A relação da Biesterfeld com a AGC é somente no Brasil ou também para a América Latina?
Emílio: Por enquanto só no Brasil.
Marcos: A AGC é uma mul�nacional que em 2021 faturou globalmente 16 bilhões de dólares. Atua em quatro grandes mercados: vidro arquitetônico, onde inclusive temos uma fábrica no Brasil, em Guara�nguetá, com dois fornos grandes, bastante modernos; temos o mercado de vidros automo�vos, também na fábrica de Guara�nguetá; temos uma unidade de displays, que não temos no Brasil e uma unidade química, que trabalha com produtos especiais de alta performance, fluorados. Essa unidade química comecei a montar na AGC em 2015.
Dentro da área química temos no Brasil onze unidades de negócio. Uma delas é dos elastômeros. Na AGC estamos tentando desenvolver esse mercado desde 2012 e não conseguíamos. Um dia, conversando com uma alta liderança da Biesterfeld, consegui perceber que o problema estava relacionado com isso. Não adianta você oferecer o produto em material para teste porque nunca um operador ou técnico químico vai dizer que não sabe fazer. Não está no DNA das pessoas admi�r isso. E você não pode inferir isso, é uma ofensa. Agora, você perceber isso e trabalhar com as pessoas que podem fazer... Elas são re-
cebidas nas empresas de borracha de portas abertas, porque elas sabem que qualquer coisa relacionada com processamento, no caso dos elastômeros, o nosso produto, eles vão poder opinar e dar soluções. Quando percebi isso ficou fácil fazer o nosso contrato. E crescemos. Crescemos muito.
Daniel: Um crescimento exponencial. Saímos pra�camente do zero com o produto Aflas em 2018 e hoje temos um volume considerável no Brasil e em diversas aplicações em que não era usado o Aflas.
do muito, algumas peças automo�vas como mangueiras, multilayer, mul�camadas. Também temos muita penetração em gaxetas e peças de vedação em geral, de alta resistência à bases, por exemplo, e resistência ao vapor.
Uma das novidades que estamos trazendo é a aprovação do Aflas para food contact. Recebemos a aprovação do órgão norte-americano FDA e agora estamos explorando esse mercado no Brasil. Agora temos um produto homologado para aplicações alimen�cias nos Estados Unidos que vale para o Brasil também.
Quanto isso vai impulsionar as vendas no Brasil?
Como pode ser definido o produto Aflas?
Daniel: O Aflas é um elastômero fluorado e, diferentemente de todos os outros produtos no mercado, não é um FKM, é considerado um FEPM e a molécula do Aflas é um TFE, um EPP, tetrafluore�leno, um polipropileno, diferente de tudo o que tem no mercado. Suas principais caracterís�cas são: al�ssima resistência a bases, como soda cáus�ca, bases em geral, resistência ao vapor –caracterís�cas que um FKM comum não teria. O Aflas tem nichos de mercado, exis�a um espaço vago que no Brasil não era atendido por nenhum produto. Por isso que esse mercado vem crescendo muito para nós de 2018 para cá, explorando principalmente mercados como trocador de calor, que é um produto de alta engenharia, “oil & gas”, outro mercado que estamos exploran-
Daniel: Estamos explorando esse mercado. Hoje existe essa aplicação, mas as peças são produzidas em outros elastômeros. Onde o Aflas vai entrar? Com esses elastômeros que são produzidos hoje há uma grande rota�vidade de peças. O cliente coloca uma peça hoje em um reator, em uma pasteurização, qualquer que seja o equipamento, e em um curto período de tempo ele vai precisar trocar essa peça, que não tem durabilidade. O Aflas entra para dar esse maior tempo de durabilidade. Teremos a subs�tuição de vários outros elastômeros devido a isso, principalmente resistência à temperatura, pois o Aflas tem uma resistência muito superior a qualquer outro elastômero convencional, e resistência química. A diferença é essa. O Aflas entrará no mercado de food contact propiciando essas melhoras, principalmente química e térmica. Esperamos angariar bem as vendas com essa nova aprovação da FDA.
É um mercado imenso...
Daniel: Sim. Todo alimento tem um equipamento que o produz. E todo equipamento tem uma borracha. Até então não �nhamos essa aprovação, e agora vamos par�cipar também desse mercado.
“O A as tem nichos de mercado, existia um espaço vago que no Brasil não era atendido por nenhum produto.”
Marcos: O produto também não é tão “agressivo”. Sempre tem a limpeza do equipamento. Aí entram os produtos químicos que vão eliminar as bactérias. As borrachas incham, vão soltar os elementos que não devem estar no contexto dos alimentos. O Aflas vai trazer benefícios para esse tipo de aplicação.
Daniel: Porque o Aflas não vai ter o ataque químico pelo produto de limpeza do equipamento. E nem pelo produto que será fabricado. Quando o cliente limpa o equipamento, usa produtos agressivos. Por ter essa alta resistência química, o Aflas não vai sofrer deterioração.
Foi necessária autorização do governo brasileiro para o uso desse material?
Daniel: Depende de cada cliente. A especificação do cliente é que dirá. Se vai precisar de aprovação da FDA. Ou da Anvisa. Na maioria das vezes a aprovação FDA absorve todo esse mercado.
Marcos: Só para esclarecer. Nós fornecemos matéria-prima. A nossa matéria-prima é passível de cer�ficação da Anvisa ou FDA. Porque o cer�ficado é do produto final. Aquela gaxeta que o cliente vai produzir é que terá o cer�ficado. Só que ele não consegue esse cer�ficado se as matérias-primas envolvidas no processo, por exemplo, exudam o material no alimento. Você tem que garan�r uma cer�ficação como o FDA que garante que ele vai possuir degradação de matéria-prima e vai possuir cer�ficados internacionais como o FDA ou mesmo da Anvisa.
Daniel: Não seria suficiente ter uma aprovação FDA de um produto como o Aflas e o cliente colocar um produto que não é aprovado pelo FDA. O Aflas é aprovado, mas se ele misturar um outro produto na composição que não seja aprovado, a fórmula final dele não é aprovada. O Aflas corresponde normalmente – o Aflas em uma fórmula é
Mapa de Posicionamento dos Fluorelastômeros
muito nobre – a 80% em uma formulação. Mas se os demais produtos não �verem aprovação, o nosso end user ficará passível de não ter a homologação de seu produto. Isso é muito importante e também ajudamos o nosso cliente. Se ele for usar o Aflas, indicamos as outras matérias-primas da composição que também tenham aprovação FDA, para no fim ele ter sua peça aprovada.
O mercado irá crescer com esse novo material oferecido?
Daniel: Não temos dúvidas de que teremos crescimento com essa nova aprovação. Era um mercado em que não par�cipávamos pela legalidade –não �nhamos um produto aprovado. E agora nós temos. Não há dúvidas de que cresceremos com essa conquista do Aflas.
Marcos: A Biesterfeld pode afirmar isso porque no início das a�vidades com nosso material eles desenvolveram para oil & gas. Muitos materiais que vinham de fora foram nacionalizados. Imaginem na logís�ca o que isso não ajudou a produzir. Hoje em oil & gas o produto já é uma realidade.
Daniel: Em oil & gas nós não atuáva-
mos. Em 2018 quando começamos foi um dos primeiros mercados, e estamos até hoje, principalmente na exploração do petróleo. E seguimos o mesmo modelo que já deu certo há 4 ou 5 anos. Usamos muito o Aflas também para fazer guarnições de autoclave para a indústria de vulcanização de pneus. É um mercado que hoje, quando u�liza um polímero convencional (os convencionais que conhecemos), são EPDM’s em uma gaxeta. Isso não é generalizado, é um exemplo, de que uma gaxeta de polímero convencional dura uma semana. Uma gaxeta com Aflas pode durar 3,4 e até 5 semanas. Imaginem uma pneumá�ca precisar parar toda semana para trocar uma gaxeta, uma guarnição com polímero convencional, sendo que o Aflas vem e cobre essa deficiência, aumentando a durabilidade – principalmente devido à resistência à temperatura e ao vapor, principalmente ao vapor.
Marcos: As máquinas não param e isso aumenta a produ�vidade da empresa. É 24 X 7. A par�r do momento em que você traz um produto que garante durabilidade maior, tem um ganho bastante grande.
Isso vale para as pneumáticas e para recauchutagem também?
Daniel: Também. Onde têm as autoclaves exploramos essa aplicação.
Marcos: Que é justamente pela resistência ao vapor.
Daniel: A autoclave gera muito vapor com temperatura. E uma das fortalezas do Aflas é a resistência ao vapor. Além da resistência a produtos básicos e químicos em geral.
Marcos: Porque eles usam vapor saturado. Todo mundo pensa que temperatura mais alta é pior. Às vezes o vapor saturado é muito danoso. O que é o vapor saturado? É o vapor que se converte em água e transfere aquela energia �rada do vapor para o meio. E esse processo é extremamente corrosivo. Uma solução como essa vai compa�bilizar com os metais que o equipamento já tem e que aguentam. Só que as borrachas não aguentavam. É um diferencial muito grande.
Quais outras novidades apresentadas na Expobor?
Daniel: Além da aprovação da FDA, outra novidade foi a mudança da forma �sica do Aflas. Desde que começamos, e até há poucos meses, o produto era disponibilizado em mantas. O P&D da AGC desenvolveu uma nova forma �sica que é o pellet. O produto agora é pele�zado. Isso traz uma facilidade muito grande no momento de se fazer o composto. Normalmente se faz o composto com o misturador aberto para não ser contaminado e não contaminar outros polímeros. Então, ao adicionar o pellet no misturador aberto, ele já se incorpora muito mais fácil do que as mantas. São pellets muito menores e muito mais fáceis de incorporar. Trouxemos várias amostras, já homologamos novamente e com vantagens. Acompanhamos “in loco” os testes com os clientes e conseguiu-se reduzir o tempo de mistura no misturador aberto.
É uma das vantagens que trouxemos para a feira, a mudança da forma �sica.
Qual foi o ganho?
Daniel: Temos uma ideia em alguns clientes com quem testamos, a variação foi de 20 a 30% no tempo de mistura. Foi reduzido o tempo de mistura com melhor dispersão. Isso não foi um trabalho de pouco tempo. O �me de P&D da AGC trabalha nesse tema há muitos anos, mas o produto foi lançado muito recentemente.
por questões de qualidade, sempre houve a preservação do produto na embalagem original; a Biesterfeld não fraciona produto.
Essa modificação do pellet já vem pronta ou é feita aqui no Brasil?
Marcos: Já vem pronta. Imaginem que em uma indústria como essa, uma das matérias-primas seja o grafite ou negro de fumo. O fato de você trazer o pellet em seis saquinhos de dois quilos e meio. O que acontece? O profissional fará um pack de dois quilos e meio. Depende do tamanho, 5, 10... Ele pega, �ra e não está contaminando o material, não está fechado com o resto do material.
Daniel: Outra mudança, junto com a forma �sica, foi a alteração da embalagem de 25 quilos para 15. Com seis packs de 2,5 quilos. Isso facilita para o cliente que compra um pouco do produto. Se ele está iniciando com Aflas, talvez ele não precise comprar 25 quilos. Então agora ele pode comprar 15, coisa que no passado não �nha. Mesmo quando a embalagem era de 25 quilos,
Não
existe mais o produto em fardo e manta?
Daniel: Não. É uma mudança global da AGC.
O custo do Aflas é vantajoso em relação aos produtos convencionais?
Daniel: Tudo depende quando se fala de custo. O que é um custo alto ou não? Depende do que o produto lhe traz na aplicação final. Um produto pode ser barato, mas a peça durar uma semana. Não é preferível pagar um valor adicional para a minha peça durar cinco semanas e não precisar parar toda semana para trocá-la? Não há dúvida de que o Aflas, no todo, é muito compe��vo em relação a tudo que se tem no mercado. Com relação apenas a preço, quando olhamos preço por preço, depende com que se compara. Se formos comparar com FKM, tem uma similaridade, se compararmos com borracha EPDM Bu�l, o Aflas tem um preço maior. Outra vantagem do Aflas é na comparação com alguns produtos fluorados é a densidade. Ele tem uma densidade de 1,55 contra 1,9 a 2 gramas/cm3 de elastômeros convencionais.
Qual é a vantagem de se ter uma densidade menor?
Daniel: A vantagem de se ter uma densidade menor é que você vai usar menos material para fazer a mesma peça. O cálculo da peça de maneira correta deve ser feito por volume e não por massa. Cálculo de custo de produção de uma peça é por volume. Para fazer uma peça de um litro, vou calcular o volume. Se eu for fazer uma peça de um litro com Aflas, vou usar 1.550 kg de Aflas. Para fazer o mesmo litro com FKM, vou usar 2 quilos. A mesma peça. Uma peça faço com 1.550 kg de
“O principal interesse da Biesterfeld é a resolução do problema do cliente, independente do que vamos fazer.”
Aflas e a outra com 2 quilos. Isso para preencher um litro de volume de um módulo, por exemplo.
O cliente deverá ser especializado neste caso?
Daniel: Há compradores técnicos com os quais é possível fazer essa abordagem, mas abordamos a parte técnica sempre com o comprador. Muitas vezes quando abordamos o comprador, ele compara preço com preço e não faz a conta da densidade. E isso é custo direto na peça. Vai economizar 450 gramas para fazer uma peça de um litro, por exemplo. Por isso, é importante a presença do técnico na abordagem do desenvolvimento.
Marcos: O material fluorado tem uma resistência quando você compara com outros polímeros. Você tem polímeros e elastômeros fluorados. Quando abordamos um cliente, poderá ser vendida a borracha que custa US$ 2,00 ou US$ 3,00 o quilo, como poderá ser vendida a borracha que custa US$ 2 mil dólares o quilo, que é o caso do FKM. Quando o cliente chama, ele tem uma necessidade. A credibilidade da Biesterfeld é essa: tem todo o pacote. Eles falam que podem vender agora, mas não vai resolver o seu problema. O seu problema é esse. Você consegue mensurar o seu problema. A indústria é muito ávida, ela está com problemas. Se estão chamando pessoas especializadas é porque estão com problemas técnicos que não sabem resolver. No momento
Mangueiras e dutos para aplicações automotivas e industriais, juntamente com retentores, anéis orings para aplicações de alta performance.
em que você traz a solução e a alterna�va, é muito mais fácil. Isso é uma fortaleza para a Biesterfeld. Ela tem o por�ólio da borracha.
Daniel: Exato. De 2017 até agora a Biesterfeld começou com alguns produtos como o EPDM, da Exxon, e de lá para cá foram implementadas a linha de borrachas nitrílicas, borrachas de policloropreno, polie�leno clorado, polie�leno clorosulfonado, temos toda a parte de químicos, aceleradores, an�oxidantes, an�ozonantes, enxofre insolúvel, silanos, resina fenólica e borracha FKM.Temos o pacote. Quando somos chamados, e eu converso com o cliente, o principal interesse da Biesterfeld é a resolução do problema do cliente, independente do que vamos fazer.
Vocês vendem soluções?
Daniel: Sim. Esse é o principal negócio da Biesterfeld. Competência e soluções, como nosso logo diz, vendemos a solução para o cliente. Como temos todo o por�ólio, temos a flexibilidade e
o olho clínico de saber o que é melhor.
Marcos: E a credibilidade, oferecendo alterna�vas. O cliente percebe isso. O cliente é inteligente.
Esta é uma estratégia para manter uma parceria mais sólida com o cliente, baseada em soluções para ele?
Daniel: Uma parceria sólida, na base da transparência, e acima de tudo, da for�ficação que teremos com o cliente. As raízes estarão bem for�ficadas após um desenvolvimento como esse. Não é uma estratégia. Vamos aprovar o Aflas e daqui a um mês vamos nos preocupar que o cliente vai nos trocar por outro produto. A nossa ideia é entrar para ficar.
Emilio: A intenção é que a Biesterfeld opere de maneira exclusiva com cada uma de suas representadas sem haver overlaping de produtos com outro fornecedor que trabalhe com o mesmo produto, ou seja, só operamos a linha que representamos.
“Como temos todo o portfólio, temos a exibilidade e o olho clínico de saber o que é melhor.”
A Biesterfeld é representante exclusiva da AGC?
Emílio: Exatamente.
Daniel: No Brasil não é uma cultura muito grande, mas no exterior tem muito essa cultura, de compostos, do cliente comprar compostos prontos. Temos um parceiro que tem feito compostos de Aflas também e vende o composto pronto. Ele se especializou, demos treinamento, fizemos vários cursos do Aflas e hoje ele tem o “know-how” de fazer compostos do Aflas com suporte da Biesterfeld e da AGC. Ficará muito a critério do que o nosso cliente deseja. Se ele quiser comprar um composto pronto, comprará uma matéria-prima, que já é o composto formulado de Aflas. Se ele quiser comprar a base do elastômero, ele compra conosco, fazemos o desenvolvimento conjunto da formulação e ele processa. Fica a critério do cliente. Muitos preferem comprar o composto. Pelo equipamento, para não ter que comprar muitas matérias-primas...
Fizemos uma parceria com a Promasq, que tem feito compostos de Aflas para nós.
Marcos: Isso é muito importante porque permite que o fabricante do artefato de borracha foque em seu core business e tenha uma qualidade com pouca variação. Quando você pensa em crescer em materiais especializados tem que ter uma certa matriz de conforto.
Daniel: É uma matriz, porque muitas das vezes para a formulação – hoje o cliente para fazer a formulação com Aflas muitas das vezes não tem todas as matérias-primas – ele terá que pegar uma matéria-prima no fornecedor x, outra no fornecedor y e outra no z, Assim, muitas das vezes esse cliente prefere comprar o produto já formulado.
O cliente comprará o composto da Biesterfeld ou da Promasq?
Daniel: Somente via Promasq.
Marcos: É interessante, porque hoje
estamos em uma economia globalizada. É comum alguém pegar uma formulação e um dos produtos não ter no Brasil. Esse trabalho de descobrir o produto paralelo que pode subs�tuir o produto na formulação foi feito pela Biesterfeld e isso ajudou muito.
Daniel: Isso ajudou a acelerar os desenvolvimentos. Muitas das matérias-primas não �nham aqui e acabamos conseguindo, por uma via ou outra, um similar aprovado pelo nosso técnico nos Estados Unidos que dá o suporte para o Brasil, da AGC.
Marcos: A AGC tem uma equipe técnica muito forte nos Estados Unidos. Fazemos parte da AGC América e temos um laboratório com microscópio eletrônico para toda a parte de aplicações. Qualquer problema, temos contato direto com ele. Podemos acionar, mandar uma peça a qualquer momento. Isso traz um conforto muito grande.
Daniel: E no mínimo uma vez por ano um técnico da AGC nos EUA está conosco no Brasil fazendo visitas. Houve uma pausa, devido à pandemia, mas já estamos marcando sua próxima visita por volta do fim do ano para rodarmos o Brasil e dar suporte aos clientes que querem usar Aflas e dar soluções.
do um momento de falta de produto, mas depois desse momento nunca mais �vemos.
Daniel: Depois dessa fase do primeiro trimestre do ano passado, fazemos uma es�ma�va anual e trabalhamos sempre com antecipações, com datas muito antecipadas e com estoque de segurança. Um produto com esse valor agregado vale a pena ter dois, três meses a mais no estoque. Sai mais barato você manter um estoque de segurança (que seja de seis meses) do que correr o risco de falta. Fazemos isso pensando no mercado e nos clientes.
Esse estoque foi usado no ano passado?
Daniel: Sim. Não �vemos problemas com falta, mas �vemos uma redução no estoque de segurança. Se não fosse o estoque, teríamos problemas com desabastecimento. Foi planejado para não acontecer isso. Neste ano fizemos a reposição desse estoque.
Como a empresa conseguiu crescer apesar da pandemia e da guerra na Ucrânia?
Marcos: Trabalhamos de forma muito planejada. Fazemos planejamentos anuais. Tivemos no ano passa-
Daniel: O segredo é o foco no mercado e a assistência nas soluções. Foco e solução é o que sempre temos em mente. O ditado é an�go mas vale para o momento: crise é igual a oportunidade. As crises pelas quais o mercado passa a Biesterfeld trata como oportunidades. E um dos mo�vos (mas não o único) foi ter esse crescimento. E também a inclusão de novos produtos na linha, novas oportunidades. O mercado pedindo novos produtos. De uma linha que começou com EPDM, hoje pra�camente temos todos os elastômeros, insumos químicos, borracha, silicone e não paramos por aí. A parte logís�ca da Biesterfeld ajuda muito. Temos hoje um centro logís�co, um galpão em Itajaí, Santa Catarina, um em Sumaré, interior de São Paulo e um
“O segredo é o foco no mercado e a assistência nas soluções. Foco e solução é o que sempre temos em mente.”
A crise da logística afetou o fornecimento da Biesterfeld?
em Guarulhos, também em São Paulo; um escritório em São Paulo e outro em Florianópolis. Isso também faz termos vantagens no mercado.
E a base da AGC?
Marcos: Em Guara�nguetá, onde temos a fábrica. Temos outras seis fábricas, mas para o setor automo�vo. Em maio passado aconteceu a renovação do contrato com a Biesterfeld, o que prova que a parceria deu muito certo, é um trabalho em que temos o prazer de desenvolver juntos. Tem sido uma parceria forte e com certeza duradoura.
Quanto a AGC cresceu após o parceria com a
Biesterfeld?
Marcos: Pelo menos 30%.
Daniel: Até porque a AGC não vendia Aflas no Brasil. É um mercado onde só há crescimento.
Marcos: Só vendíamos indiretamente. Imaginemos uma intervenção em uma plataforma off shore. Você acha que a petrolífera vai economizar em uma borracha, se uma intervenção custa um milhão? Ele tem que ter aquela peça e perfeita. A tranquilidade que os clientes �verem em nacionalizar essas peças foi muito grande por esse suporte. O crescimento foi muito forte desde que estabelecemos a parceria. Hoje temos clientes de consumo regular.
Daniel: Temos vários clientes de consumo regular e a expecta�va é aumentar isso, passo a passo. Devemos comentar também que a AGC não para de inovar e melhorar.
para trocadores de calor que exigem excelente deformação permanente, resistência a altas temperaturas e resistência química.
Houve produtos novos apresentados na feira?
Daniel: Sim, o Aflas 400Z, um upgrade do Aflas, um “Low Molecular Height” (baixo peso molecular) e voltado para o mercado de extrusão (como por exemplo, uma mangueira). Não trouxemos amostras ainda mas exploraremos esse mercado com suporte da matriz, nos Estados Unidos. Suas vantagens são alta resistência química, resistência às bases e à temperatura e redução no peso da mangueira se for na subs�tuição de um FKM. E a facilidade de sua extrusabilidade. Pelo seu baixo peso molecular, tem uma facilidade imensa de ser extrusado. Outro produto novo é o 600x, “general purpose”, aplicado de maneira geral, principalmente em injeção e também em compressão. O 600x vem para melhorar o que o Aflas 100 �nha, principalmente a processabilidade e a deformação permanente. Problemas como grudar no cilindro ou no molde, o Aflas 660x já vem com isso resolvido. Esse já temos em linha, em estoque local e faz sucesso.
Marcos: Trouxemos também algumas tecnologias que o mercado precisava.
Daniel: Normalmente os produtos curados por peróxido precisam de um processo chamado pós-cura. Só que nós no Brasil não �nhamos visto antes esse
processo de pós-cura como a AGC Japão e Estados Unidos nos indicaram fazer, que é a pós-cura via peróxido feita em atmosfera inerte. Sem a presença de oxigênio porque o peróxido já tem oxigênio na composição. A par�r do momento que fazemos uma pós-cura na presença de oxigênio, temos riscos enormes de apresentar falhas como bolhas e até compactação do produto, principalmente em casos em que haverá uma pressão muito grande sobre a peça, como da exploração de petróleo. Ela certamente vai se romper. A AGC trouxe essa tecnologia de fazer uma pós-cura em ambiente sem presença de oxigênio. Isso é inovador.
O cliente precisa modificar o seu equipamento?
Marcos: Ensinaremos o cliente a fazer um disposi�vo que inclui o equipamento dele. Será fechado com gás inerte.
Daniel: Estamos fazendo com nossos clientes constantes treinamentos e reeducação, verificando se estamos fazendo corretamente e não termos nenhum �po de problema em campo. Essa reeducação com nosso cliente faz parte de nosso trabalho para usar o produto de maneira correta e maximizar a performance do produto em campo.
“O ditado é antigo mas vale para o momento: crise é igual a oportunidade.”
Goodyear voltará à lua A
Goodyear Tire & Rubber Company forneceu produtos essenciais para o programa Apollo 11, da NASA, pousar na Lua há 53 anos. Agora, a Goodyear con�nuará com essa tradição, concentrando-se no desenvolvimento de pneus para veículos lunares, juntando-se à Lockheed Mar�n para impulsionar a mobilidade na Lua.
Desde o programa Apollo, a Goodyear con�nuou a inovar com a agência espacial do governo dos EUA no desenvolvimento de pneus para veículos lunares. Juntas, as empresas pretendem ser as primeiras a estabelecer operações de veículos comerciais de uso generalizado na Lua. A Goodyear traz sua vasta experiência em um componente da missão para atravessar a super�cie lunar: os pneus.
“O programa Artemis da NASA, para viver e trabalhar na Lua, tem uma clara necessidade de transporte na super�cie lunar. Pretendemos oferecer veículos operados de forma autônoma ou não tripulados por astronautas”, diz Kirk Shireman, vice-presidente de Campanhas de Exploração Lunar na Lockheed Mar�n. “Estamos desenvolvendo esta nova geração de veículos de mobilidade lunar para estar disponível para a NASA e empresas comerciais, além de outras agências espaciais que trabalham para apoiar a ciência e a exploração humana. Essa abordagem exemplifica o desejo da NASA de que a indústria lidere com es-
forços comerciais que permitam à agência ser um dos muitos clientes.”
A Goodyear se baseia em sua avançada tecnologia de pneus sem ar usada na Terra com micromobilidade, ônibus autônomos e veículos de passageiros, para avançar a mobilidade lunar e suportar condições desafiadoras na Lua. As empresas já estão aplicando as experiências desenvolvidas no projeto, incluindo em um campo de provas que simula o solo lunar.
“Tudo o que aprendemos com a construção de pneus para o ambiente operacional extremamente complexo na Lua nos ajudará a fazer melhores pneus sem ar na Terra”, diz Chris Helsel, vice-presidente sênior de operações globais e diretor de tecnologia da Goodyear. “Isso contribuirá para nosso obje�vo de permi�r a mobilidade, não importa onde ela ocorra. Tão importante quanto isso, é uma honra escrever história com esta empresa de pres�gio, que sabe como dar saltos gigantescos em exploração e mobilidade.”
Os rovers (veículos robó�cos) foram construídos com o propósito de serem usados por alguns dias e dentro de um raio de oito quilômetros do local de pouso. Nas futuras missões, estão previstas travessias de terrenos acidentados com distâncias muito maiores e com temperaturas extremas. Novas capacidades de pneus precisarão ser desenvolvidas para ganhar anos de durabilidade e até mesmo sobreviver a temperaturas
noturnas abaixo de 120°C e temperaturas diurnas acima de 120°C.
A Lockheed Mar�n lidera essa equipe em crescimento com a história de mais de 50 anos de trabalho com a NASA em naves espaciais humanas e robó�cas no espaço profundo, como a nave espacial Orion da NASA para Artemis e várias naves espaciais planetárias de Marte. A companhia também gerenciará o desenvolvimento das operações comerciais do programa e o compromisso com a NASA e agências espaciais globais. A Lockheed Mar�n também ajudou a NASA a explorar todos os planetas do nosso sistema solar e con�nua a desenvolver novas tecnologias para futuras missões espaciais.
Outro parceiro de equipe, o MDA do Canadá, anunciou recentemente que sua tecnologia de braço robó�co será usada em veículos de mobilidade lunar classificados por humanos. O braço fornecerá contribuições valiosas em apoio aos astronautas e permi�rá maior funcionalidade do rover em missões totalmente autônomas.
Com isso, as equipes estão aplicando perspec�vas únicas e experiências compar�lhadas aos novos desafios e abordagens de mercado que estão sendo consideradas pela primeira vez. As empresas esperam ter seu primeiro rover na super�cie da Lua a tempo de apoiar a primeira missão de pouso da NASA, que terá a primeira mulher e a primeira pessoa negra a andar na Lua, atualmente planejada para 2025.
Bridgestone anuncia novos investimentos na Fábrica da Bahia
ABridgestone Brasil anunciou em 5 de setembro um novo inves�mento em sua fábrica de pneus em Camaçari, na Bahia.
Acompanhando a crescente demanda do mercado por pneus de alta performance, a empresa está aplicando mais de R$ 270 milhões na modernização e expansão da fábrica, o que eleva o total dos inves�mentos anunciados, desde 2021, para mais de R$ 970 milhões na fábrica da Bahia.
Vicente Marino, Presidente da Bridgestone América La�na Sul, par�cipou de cerimônia oficial junto ao Governador Rui Costa e membros da equipe da Secretaria de Estado do Governo. “Este inves�mento faz parte de nosso plano estratégico de crescimento sustentável no Brasil, focado no mercado de pneus premium e na produção de pneus para veículos mais sustentáveis e elétricos/híbridos, o que reforça nosso compromisso e a posição estratégica do país para os negócios globais da empresa”, disse Vicente. “Esta expansão é também um importante passo para a capacidade produ�va da Bridgestone, já que buscamos entregar soluções sustentáveis, com produtos que estarão prontos para a era digital”, completou.
Esta segunda fase de expansão e modernização da fábrica da Bahia permi�rá um aumento da capacidade produ�va, gerando 126 novos empregos fixos. A produção de pneus aumentará como resultado da adoção de novas tecnologias de fabricação, com crescente aplicação
dos conceitos da indústria 4.0, incluindo tecnologias controladas por inteligência ar�ficial, que aumenta a produ�vidade, e a aplicação de mais conhecimento e dados em um ambiente de produção digital. Alinhada à visão da companhia de gerar valor social e para o cliente, a planta da Bridgestone em Camaçari se prepara para o crescimento da demanda por veículos elétricos/híbridos e sustentáveis – e os pneus de alta performance para equipá-los.
A fábrica da Bridgestone na Bahia, inaugurada em 2006, emprega mais de 1.300 pessoas. Produz pneus para veículos de passeio, caminhonetes e picapes, des�nados aos fabricantes de equipamentos originais, reposição e exportação. A planta da Bahia alcançou outro marco com sua expansão anterior em 2016, realizada 10 anos após o início de suas operações. A Bridgestone já inves�u quase R$ 1,5 bilhão na expansão da estrutura de produção da unidade, entre 2006 e 2020.
A Bridgestone Brasil opera outra fábrica de pneus em Santo André (SP) e duas fábricas de bandas de rodagem Bandag, localizadas em Campinas (SP) e Mafra (SC).
Este inves�mento da Bridgestone no Brasil se alinha com o Compromisso Bridgestone E8 que define os oito valores com os quais a empresa se compromete a co-criar junto com a sociedade, seus parceiros e clientes em direção a uma sociedade sustentável. Esta aplicação apoia os valores de “Extensão” e “Economia” do Compromisso E8 da Bridgestone.
Bridgestone lança plataforma para mineração – A Bridgestone anuncia ao mercado brasileiro a chegada da plataforma iTrack II. O sistema integrado para monitoramento de pneus de grande porte usados no ramo da mineração, contribui com a segurança, aumenta a produ�vidade e reduz custos. Além disso, o iTrack II integra a estratégia da companhia no aumento do seu por�ólio global de soluções de mobilidade sustentáveis. A plataforma monitora a temperatura e pressão de pneus em tempo real, garan�ndo mais segurança para toda a equipe e mais produ�vidade à frota, uma vez que permite o monitoramento remoto da condição operacional do pneu. O iTrack II contribui no aumento da vida ú�l dos pneus por meio dos dados coletados, iden�ficando as necessidades de o�mização na manutenção das pistas, sinalizando freadas e acelerações bruscas. Além disso, também contribui para a preservação dos demais componentes do equipamento.
Um Hub de comunicação e armazenamento de dados é instalado na cabine do caminhão e sensores que fornecerão informações sobre os pneus são fixados no aro, dentro da câmara do pneu. Os dados coletados são transferidos para uma central de monitoramento 24h por dia. Como a plataforma é configurável, as equipes de segurança podem customizar alertas em tempo real sobre pressão e temperatura do pneu, velocidade e aceleração do caminhão. Estes alertas podem ser enviados por e-mail, WhatsApp ou até mesmo fazer uma ligação quando necessário.
©FOTO: DIVULGAÇÃO BRIDGESTONENovo Karoo 4 da Metzeler
Pneus para máquinas agrícolas: radial x diagonal
Os pneus radiais têm se tornado cada vez mais populares no Brasil. No campo, a história se repete. A redução de custos tanto na manutenção de combus�veis e veículos quanto na menor compactação do solo estão entre as vantagens mais listadas dos pneus radiais.
O novo KAROO 4 equipa as mais modernas motocicletas de enduro de deslocamento médio e grande, que viajam tanto no asfalto quanto no off-road, trabalhando em sintonia com os sistemas de auxílio ao piloto mais avançados. O modelo é recomendado para �pos de público específicos, em especial proprietários de motos Adventure, pilotos que usam suas motocicletas para viagens 50% off-road e 50% on-road
O pneu dianteiro do KAROO 4 possui um único composto em carbon black, com extrema resistência à abrasão, uma evolução direta do que foi usado no KAROO 3. Os engenheiros da METZELER desenvolveram um novo composto com o obje�vo de alcançar uma gama operacional mais ampla e maior aderência às super�cies.
O pneu traseiro é bi-composto e apresenta o inovador esquema Edge&Base. O composto central é 100% carbon black, com notável resistência à abrasão. Os compostos base e ombro são mais macios, têm uma formulação de 80% de carbon black e 20% de sílica, para garan�r estabilidade térmica, mesmo sob estresse.
De acordo com Leandro Pavarin, Gerente de Vendas OTR da Bridgestone no Brasil, os pneus radiais têm uma carcaça mais flexível, mantendo maior contato com o solo, resultando em menor compactação do terreno, o que é uma grande vantagem para a agricultura, tendo em vista o aumento da produ�vidade e o cuidado com a sustentabilidade. O pneu radial é ideal para tratores e trens em um terreno limpo. Devido a seu desempenho de tração, é possível encontrar uma maior economia de combus�vel com o pneu Radial, em comparação com o diagonal, resultando em menos emissões para o meio ambiente.
Os pneus diagonais começaram a ser usados em 1930 e possuem um custo
menor na hora de adquirir e recauchutar. No entanto, a longo prazo, não oferecem a máxima produ�vidade da máquina, têm um maior impacto ambiental e têm custos de combus�vel mais altos. Seu uso é indicado para terrenos mais acidentados. "Os pneus Radiais aumentam a produ�vidade e reduzem os custos, devido ao seu alto nível tecnológico que permite ao agricultor realizar o serviço em menos tempo, com menos compactação do solo e aumentando a capacidade mecânica de sua máquina", explica Pavarin. "O pneu Radial é mais avançado tecnologicamente e, a longo prazo, oferece ao agricultor um retorno sobre seu inves�mento, além de contribuir para reduzir o impacto sobre o meio ambiente", completa.
Vendas de pneus mantêm-se estagnadas em 2022
Apesar da alta nas vendas para montadoras, as vendas de pneus em agosto de 2022 man�veram as pneumá�cas estagnadas, no mesmo patamar de 2021. Mesmo com a leve alta de 1,6% entre julho e agosto de 2022, puxada pelas vendas para montadoras - estas com alta de 11,8% no período, especialmente nos segmentos comercial leve e carros de passeio - as vendas totais da indústria de pneus em 2022 acumulam alta de 0,1% em relação ao mesmo período de 2021. Os dados fazem parte do levantamento setorial divulgado pela ANIP - Associação Nacional da Indústria de Pneumá�cos. Quando comparado com agosto de
2021 o cenário é de queda nas vendas totais (-2,2%), resultado explicado pela retração do mercado de reposição. Entre os segmentos mais afetados destaca-se o de pneus de carga, com vendas 4,9% menores no acumulado do ano quando comparadas com os primeiros oito meses de 2022, e 14,7% menores na comparação entre agosto de 2022 e agosto de 2021.
"Seguimos no rumo da desindustrialização de um setor estratégico para o país. O Brasil teria parado em 2020, caso não houvesse produção nacional de pneus, principalmente os de carga", analisa Klaus Curt Müller, Presidente Execu�vo da ANIP.
FOTO: DIVULGAÇÃO METZELER FOTO: DIVULGAÇÃO BRIDGESTONEMichelin lança 5ª geração do pneu Pilot Sport
Nova banda de rodagem
A Vipal Borrachas par�cipou com êxito da 12ª Expo Transporte, exposição internacional de equipamentos e tecnologias voltadas para o mercado de transporte de carga e de passageiros no prédio da La Rural, em Buenos Aires, na Argen�na. A empresa voltou ao evento após 4 anos de interrupção por conta da pandemia e destacou, além de lançamentos, sua estrutura global capaz de abastecer mais de 90 países no mundo.
A Michelin apresenta a quinta geração da sua gama Michelin Pilot Sport, um pneu des�nado aos motoristas de automóveis espor�vos de alto desempenho: o Pilot Sport 5. O lançamento oferece uma combinação única de performances do primeiro ao úl�mo quilômetro, aderência superior em piso seco e molhado e esté�ca espor�va premium touch exclusiva na lateral do pneu.
O novo Michelin Pilot Sport 5 alcançou o melhor resultado em rendimento quilométrico entre os seus concorrentes diretos no segmento de pneus espor�vos. A estrutura do produto, com a tecnologia MICHELIN MaxTouch Construc�on, reparte de maneira uniforme as forças de aceleração, frenagem e deriva em curva na área de contato com o solo, oferecendo, assim, um desgaste mais uniforme e maior vida ú�l aos pneus.
O lançamento oferece precisão e grande rea�vidade em curva graças à tecnologia MICHELIN Dynamic Response, que já mostrou sua eficácia em compe�ções. Uma lona interna híbrida, composta por fios de aramida e nylon, forma uma cinta ao redor de toda a estrutura do pneu para garan�r uma ó�ma resposta aos comandos da direção, aumentando, assim, a precisão e o prazer de dirigir.
O novo pneu também proporcio-
FOTO: DIVULGAÇÃO MICHELINna o máximo controle graças à aderência e à frenagem tanto em piso seco quanto em piso molhado. A tecnologia MICHELIN Dual Sport Design materializa-se através de um desenho da banda de rolamento com dupla funcionalidade: do lado interior do veículo é mais recortado, com largos canais e ranhuras para garan�r a aderência em piso molhado; e, do lado exterior, é mais compacta, com tacos maciços para assegurar a aderência em piso seco.
Vale destacar ainda a tecnologia MICHELIN Premium Touch, que oferece um acabamento aveludado nas marcações no flanco, com contrastes de cinzento e preto, realçando o es�lo diferenciado e espor�vo do veículo. Foi vencedor, em 2021, do "Contemporary Good Design Award", organizado pela Red Dot Award.
"O novo pneu MICHELIN Pilot Sport 5 vem completar essa importante família de pneus Pilot Sport, dedicada aos veículos espor�vos. Pneus cada vez mais tecnológicos, seguros e performantes para atender às necessidades dos consumidores mais exigentes", explica Barbara Feijó, Diretora de Marke�ng da Michelin América do Sul. O novo MICHELIN Pilot Sport 5 já está disponível no Brasil em 50 dimensões, distribuidas em aros de 17 a 21 polegadas.
Segundo Adalberto Fernández, Gerente Geral da Vipal na Argen�na, a feira foi marcada pela sa�sfação das pessoas de se reencontrarem após o período de distanciamento imposto pela situação sanitária. “A feira foi excelente em todos os aspectos. Foi muito bom presenciar aqueles encontros entre colegas que não se viam há anos, pois a feira oportunizou isso”, relata. Este sen�mento foi percebido ainda mais no estande da Vipal, que funcionou como uma espécie de ponto de encontro entre transportadores, reformadores e profissionais do segmento. “Tivemos um número surpreendente de visitantes, o que foi destacado pela própria organização do evento”, ressalta.
A novidade da Vipal na feira foi a banda de rodagem VT860, fabricada na Argen�na e que atende a diversas regiões do mercado internacional. Trata-se de uma nova opção de desenho exclusivo desenvolvido pela Vipal para uso OTR no trabalho pesado de tratores compactos, ideal para veículos que trafegam em terrenos não pavimentados, �po de aplicação que exige bastante do pneu. “Esta nova banda vem suprir uma demanda crescente no mercado argen�no para a reforma de pneus de minicarregadeiras e conta com um design exclusivo, que une tração excelente, resistência e durabilidade. A novidade teve um grande impacto junto ao público durante a Expo Transporte”, diz Fernández.
Levorin lança pneu de bicicleta para uso urbano
Pneus Continental no Fiat Fastback
A Levorin lança o pneu “City Track”, atenta à demanda de consumidores que começaram a usar bicicletas de mountain bike adaptadas à realidade das cidades. A marca inves�u em um novo produto de 29 polegadas que é ideal para pavimentos de ciclovias e ciclofaixas na u�lização urbana.
O pneu é perfeito para uma pedalada confortável e frequente, com duração entre vinte minutos e uma hora para chegar ao des�no, vários dias por semana. A condução mais fácil e suave se deve ao pneu mais largo e sem cravos, o que garante agilidade, evita esforço excessivo e agrega mais estabilidade ao percurso. O novo pneu usa as tecnologias de “Overlap”, três camadas sobrepostas de nylon reves�do com resina que protege de furos; “Polyester Shield”, uso de tecido a base de fibras naturais para eficiência em vedação e segurança; e TPI (Threads per Inch), um feixe de filamentos que absorve tensões e deformações do exercício dinâmico e torna o pneu mais resistente a impacto e abrasão.
O PremiumContact 6 equipa de série na medida 215/45R18 o novo SUV Coupé da Fiat, o Fastback. Mais importante lançamento da marca dos úl�mos anos, o modelo reúne o melhor de cada segmento, como o maior porta-malas da categoria, uma das maiores alturas em relação ao solo entre os concorrentes e a espor�vidade dos motores turbo. É a melhor combinação de design, performance, segurança e tecnologia em um nível só visto em segmentos premium.
O pneu do Fastback é produzido na fábrica da Con�nental em Camaçari, na Bahia, e conseguiu ter sucesso na di�cil tarefa de equilibrar conforto, precisão de condução em piso seco e molhado e baixa resistência ao rolamento, um desafio gigantesco para esse segmento de produto. A marca alemã force também para o novo modelo da Fiat os pneus spare (estepe).
A homologação de um pneu como equipamento original é um processo extremamente rigoroso e consumiu muitos meses de trabalho conjunto das equipes técnicas tanto da Fiat como da Con�nental na busca pelo modelo que melhor atendesse às demandas específicas do Fastback. Os testes vão desde os regulamentares - considerando inclusive a resistência ao rolamento, até os limites exigidos pelo carro na pista, garan�ndo maior
segurança, desempenho no seco e no molhado e prazer em dirigir.
“Engenheiros das duas empresas trabalharam juntos na adequação do PremiumContact 6 ao projeto do Fastback, um processo que levou em consideração a realidade das estradas e das ruas brasileiras. O modelo incorpora, por exemplo, uma banda de rodagem tecnológica construída u�lizando polímeros de úl�ma geração com o obje�vo de garan�r maior durabilidade para o pneu sem o comprome�mento do conforto ao dirigir”, explica Mariana Sanches, gerente execu�va de vendas de equipamento original de pneus de passeio da Con�nental. Ela lembra o sucesso da parceria entre as duas companhias em projetos como Strada, Uno, Mobi, Toro, Pulse, Argo e Grand Siena.
Além dos pneus, o Fastback sai de fábrica equipado com outras tecnologias de ponta da Con�nental: freio de estacionamento elétrico, módulo de controle eletrônico de estabilidade ESC, servo-freio; sensores de velocidade de roda e de motor; módulo de controle de portas; correias de acessórios (ar-condicionado e alternador); display central para mul�mídia e entretenimento e painel funcional de instrumentos. O PremiumContact 6 está disponível no mercado brasileiro em 39 medidas, cobrindo dos aros 15” ao 22”.
FOTO: DIVULGAÇÃO LEVORINTecnologia “eco-friendly” na recapagem
A recapagem de pneus de caminhão e ônibus é uma prá�ca sustentável, considerando-se que os pneus reformados empregam até 75% de material reciclado. Além disso, quase 40 quilos de matéria-prima são economizados em cada pneu recapado, incluindo borracha, aço e negro de fumo. Esse processo também economiza óleo, uma vez que a fabricação de um pneu novo de tamanho médio para caminhão requer aproximadamente 22 galões, contra apenas sete galões de óleo para ser recapado.
Sustentabilidade e desenvolvimento ambientalmente corretos já são parte do negócio da Con�nental, que inaugurou em 2013 a primeira planta de produção em todo o mundo a fazer uso da sinergia entre a recapagem de pneus e a reciclagem de borracha: a fábrica da Con�LifeCycle (CLC) em Hanover, na Alemanha.
Estabelecendo novos padrões em sustentabilidade, a marca alemã desenvolveu um processo próprio em escala industrial para reciclar a borracha dos pneus usados, permi�ndo que a matéria-prima seja diretamente devolvida ao ciclo de produção de pneus novos ou recapados para caminhões e ônibus. Essa tecnologia, inclusive, foi reconhecida como inovação ambiental pelo Ministério Federal do Meio Ambiente da Alemanha.
A fábrica Con�LifeCycle faz uso de equipamentos inovadores para reprocessar a quente pneus usados de caminhão e ônibus. O processo tem início com a inspeção digital de todas as carcaças. Durante a reforma, o pó de borracha é recolhido e transformado em borracha reciclada para uso na fabricação de pneus novos. Isso reduz a quan�dade de resíduos em 80% e colabora para economizar até 7.800 toneladas métricas de dióxido de carbono anualmente.
Até 2025, a Con�nental está comprome�da a ter 10% das matérias-primas empregadas na produção de seus pneus oriundas de materiais reciclados como parte de seu projeto de desenvolvimento de uma mobilidade eficiente, limpa, verde, inteligente e acessível a todos. Conheça mais sobre bandas de recapagem em: h�ps://www.con�.com.br/truck/bandas.
Dunlop equipa novo
SUV elétrico
da Toyota
A Sumitomo Rubber, proprietária das marcas Dunlop, Falken e Sumitomo no Brasil, divulgou o início de fornecimento de pneus de alto desempenho, modelo SP Sport Maxx 060, à Toyota Motor Corpora�on como pneus originais do novo modelo de veículo elétrico da montadora, o bZ4X, que teve sua comercialização iniciada em maio de 2022 no mercado europeu. A linha Toyota bZ é uma plataforma dedicada aos veículos elétricos a bateria que incorporam o conceito “beyond ZERO” da Toyota, o qual busca reduzir as emissões de CO2 para a�ngir zero carbono, ao mesmo tempo que cria um valor adicional para o seu produto.
A linha Dunlop SP Sport Maxx 060 a�nge uma redução de ruídos graças às ranhuras o�mizadas da banda de rodagem e às novas especificações de perfil lateral desenvolvidas para reduzir os desníveis e melhorar as propriedades aerodinâmicas.
Michelin está no “Top 100 Global Innovators 2022
AMichelin recebeu o reconhecimento Clarivate™ em seu fórum de Pesquisa & Desenvolvimento realizado no centro de tecnologia de Clermont-Ferrand, França. O prêmio coloca o Grupo entre as 100 empresas mais inovadoras do mundo em 2022. A Clarivate™ é líder global no fornecimento de insights e análises confiáveis para acelerar o ritmo da inovação e usa todos os anos a sua metodologia para iden�ficar organizações no auge do cenário global de inovação, medindo a excelência em inovação.
O “Top 100 Global Innovators 2022” premia a inovação como um todo e as organizações na lista deste ano são de 12 países e regiões. Os analistas da Clarivate usam técnicas de informá�ca para comparar 50 milhões de ideias de inovação, em milhares de linhas de base, por meio de bilhões de cálculos, para descobrir os 100 mais inovadores globalmente.
Segundo Ed White, analista-chefe e vice-presidente de Propriedade Intelectual e Inovação, “A a�vidade inven�va global hoje é muito maior, mais diversificada e mais complexa do que há uma dé-
cada, quando lançamos os 100 principais inovadores globais. Os 100 principais inovadores globais 2022 ilustra a excelência em inovação. Gostaríamos de parabenizar as 100 maiores empresas deste ano e estamos muito sa�sfeitos que a Michelin esteja incluída neste ranking. Eles demonstram as capacidades, consistência e cria�vidade com que novos valores e novas ideias enriquecem o mundo.”
“Há enormes desafios pela frente, que também são oportunidades para explorarmos. Estes incluem a eletrificação da indústria automo�va, os desafios associados ao nosso obje�vo de u�lizar materiais 100% sustentáveis até 2050 e as inovações ligadas às nossas a�vidades para além dos pneus. Esse espírito permeia toda a comunidade de P&D do Grupo. É uma crença firme e este prêmio vai para todas as nossas equipes globais”, afirma Eric Vinesse, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento e Membro do Comitê Execu�vo da Michelin.
lhões de euros em 2021 e o plano “Michelin in Mo�on” de u�lizar materiais 100% sustentáveis até 2050, a inovação sempre foi o foco central do Grupo. Ao longo de sua história, a Michelin desen-
volveu soluções que mudaram a vida co�diana e ofereceram maior mobilidade: o primeiro pneu de bicicleta destacável, a invenção dos pneus radiais, o pneu “verde”, o pneu de engenharia civil MICHELIN XDR3, o Tweel e, mais recentemente, o Pneu MICHELIN CrossClimate 2 para todas as estações, pneus projetados para veículos elétricos e pneus sem ar em andamento.
Com 11.627 patentes a�vas no mundo, 247 patentes registradas em 2021 e 6.000 pessoas trabalhando em Pesquisa e Desenvolvimento, a Michelin está desenvolvendo tecnologias que permi�rão ao Grupo ajudar a alcançar suas ambições para 2030:
A Cummins Inc. revelou um caminhão conceito de serviço médio movido pelo motor de combustão interna de hidrogênio B6.7H (H2-ICE) durante a IAA Transporta�on, realizada entre os dias 20 e 25 de setembro, em Hannover, na Alemanha. A conversão H2-ICE da motorização Cummins destaca a oportunidade para aplicações de caminhões na faixa de peso bruto entre 10 a 26 toneladas para operar com combus�vel de hidrogênio de carbono zero com um alcance operacional potencial de até 500 km.
“O caminhão-conceito H2-ICE em exibição na IAA coloca a Cummins na
vanguarda desta tecnologia de motor de combustão interna que está em rápida ascensão usando combus�vel de hidrogênio com zero carbono. Embora as células de combus�vel de hidrogênio da Cummins ofereçam uma solução altamente eficaz para aplicações específicas na indústria de caminhões, nossos motores de hidrogênio também podem ajudar a acelerar a descarbonização da frota, oferecendo uma base de custo mais baixa, usando tecnologia de motor mais familiar”, diz Alison Trueblood, diretor Execu�vo da Cummins – On-highway Business Europe.
O projeto Cummins H2-ICE u�lizou um caminhão Mercedes-Benz Atego 4x2, representando um veículo versá�l e amplamente u�lizado para transporte de distribuição. O trabalho de conversão de hidrogênio não compromete o desempenho do caminhão, capacidade de carga ou carga ú�l. A instalação é de 290 hp (216 kW) e conta com um sistema de
Ducati Diavel “Black and Steel” chega ao Brasil
A Duca� enriquece a família Diavel com a chegada da nova Diavel 1260 S “Black and Steel” no Brasil. Restrito a 17 unidades exclusivas, o modelo tem preço de venda de R$ 134.900,00.
O modelo foi projetado para roubar a cena com gráficos assimétricos e refinados que combinam cinza brilhante, preto fosco e detalhes espor�vos na cor amarela, que destacam sua natureza que combina o desempenho de um maxi naked com a ergonomia e conforto de uma muscle cruiser.
A pintura da Diavel 1260 S "Black and Steel" é caracterizada pela escolha de gráficos assimétricos e refinados que combinam cinza brilhante e preto fosco como cores principais. O diferencial fica
por conta da cor amarela, que confere toques espor�vos ao quadro, à parte inferior da rabeta e alguns acabamentos da moto.
Segundo Andrea Ferraresi, Design Director do Centro S�le Duca�, “a família Duca� Diavel 1260, sinônimo de es�lo, inovação e desempenho, ganhou pres�giosos prêmios de design internacionais, como o “Red Dot Award” e o “Good Design Award”. A Diavel 1260 S “Black and Steel” é uma motocicleta que não passa despercebida. Seus gráficos assimétricos, o contraste entre preto fosco, cinza e toques de amarelo foram projetados para aumentar a potência, design e espor�vidade desta moto.”
O coração da moto é o motor Tes-
armazenamento de hidrogênio de alta capacidade com pressão de 700 bar. A subs�tuição perfeita do motor a diesel pelo motor a hidrogênio de 6,7 litros e a integração com a linha de transmissão existente destacam a capacidade do H2-ICE de oferecer uma solução de carbono zero para frotas com base em um custo mais baixo e um caminho de tecnologia mais fácil de implantar.
O motor a hidrogênio B6.7H com potência de até 290 hp (216 kW) e torque máximo de 1200 Nm é uma plataforma de motor totalmente nova com tecnologia de ponta para aumentar a densidade de potência, reduzir as perdas por atrito e melhorar a eficiência térmica. Como resultado, o desempenho é equivalente ao de um motor diesel de cilindrada semelhante e compa�vel com as mesmas transmissões e pacotes de refrigeração. Um bene�cio adicional do B6.7H é um funcionamento significa�vamente mais silencioso do que um diesel.
tastre�a DVT de 1262 cc que oferece 164 cv a 9.500 rpm com uma curva de torque plana e encorpada, que permite uma aceleração escaldante e ao mesmo tempo oferece regularidade em baixas rotações, ideal para uso diário ou em turismo. O chassis, caracterizado pelo dis�nto pneu traseiro de 240 mm, garante níveis surpreendentes de maneabilidade e ângulos de inclinação para o piloto, aliados a um bom nível de conforto.
Reciclagem de Borracha no CARRO ELÉTRICO
Os veículos elétricos estão circulando de uma maneira ainda tímida no Brasil em relação à China, EUA e alguns países da Europa Ocidental. A razão para isso é muito simples. Falta infraestrutura de abastecimento no País e os custos de aquisição são proibitivos para a grande maioria de consumidores. Além disso não existem grandes incentivos governamentais e a matriz energética brasileira está muito bem servida pelos biocombustíveis e pelo etanol. Assim, é desejável que a velocidade de implantação destes novos veículos seja feita de uma maneira gradual e planejada, permitindonos escolher a melhor alternativa que se adapte à nossa realidade, única no mundo.
Ocarro elétrico tem muito a evoluir em termos tecnológicos ao redor do mundo, principalmente no que tange à autonomia energé�ca e à reciclabilidade das baterias. Dentro deste ambiente, podemos incluir a reciclagem da borracha como fator a ser estudado. Como o volume de carros elétricos ainda é muito pequeno em comparação com a frota de motores a combustão, os pneus produzidos especificamente para eles também é pequeno e muito semelhantes ao que temos atualmente. Todos eles ainda são importados. Quando observamos as autopeças de borracha empregadas na produção dos EV’s (Eletric Vehicles), novamente nos deparamos com poucas alterações em termos de especificações e podemos adotar as atuais normas e procedimentos de reciclagem dos elastômeros atuais.
Já podemos afirmar que a cadeia de produção da borracha será menos afetada do que a cadeia dos metais nesta transição parcial ou total do ciclo de motores a combustão para o ciclo elétrico. Contudo, a reciclagem dos materiais con�nua ainda mais a�va e a economia circular ganhará ainda mais força, alavancada pela des�nação das baterias de lí�o.
Segundo Davis Noronha, da Energy Source, quando pensamos em economia circular temos que falar da economia linear, presente em nossa agenda nos úl�mos 200 anos, onde simplesmente éramos es�mulados a produzir, consumir e descartar. Muito material desperdiçado durante todos esses anos e agora algo precisa ser feito para que as próximas gerações tenham um modo de vida sustentável.
A economia circular vem sendo pensada e difundida ao longo das úl�mas décadas. Qualquer equipamento produzido pela indústria precisa começar sua engenharia pelo design, que deve ser pensado de forma circular, desde o processo da produção, a transformação, a distribuição, reparo, reuso, retrofit, e a reciclagem no final desse ciclo.
O mundo precisa de uma solução sustentável que possa ter um impacto na redução, na reu�lização, na reparação e no final, na reciclagem das baterias de lí�o, onde a Energy Source está contribuindo no mercado interno.
Já temos no Brasil uma solução sustentável e completa para o descarte das baterias de lí�o. A Energy Source é a primeira empresa do mundo a oferecer essa solução integrada, baseada em economia circular, que começa com o reparo, sua reu�lização e a reciclagem, reduzindo a necessidade de extração, do consumo de energia para a produção de novas baterias e novos produtos.
O primeiro erre é o centro de reparos, onde a empresa desenvolveu, em parceria com a Renault, uma solução com os melhores equipamentos para o “retrofit” e retornar a bateria para a mobilidade elétrica. O segundo erre é o reuso. Uma vez recebida a bateria para o reparo, e
os módulos por algum mo�vo ainda permitam uma segunda vida a par�r de um processo de inteligência, um algoritmo faz a seleção dos módulos. Esse novo design de produtos hoje tem trazido opções de segunda vida para o mercado brasileiro. O terceiro erre é de reciclagem, que é um método que vai responder aquela crí�ca da reciclagem não sustentável.
Essa reciclagem que o mundo conhecia até há cinco anos atrás era um método por pirometalurgia, que significa queima. As empresas que descartavam corretamente o faziam acumulando essas baterias, colocando-as em um container e enviando para a Bélgica para lá serem queimadas em um grande incinerador. Em 2018, pesquisas conjuntas com a UNESP resultaram em uma nova tecnologia com menor impacto ambiental, envolvendo as questões de emissões, escalabilidade e viabilidade econômica.
A resposta encontrada frente à pirometalurgia, que é a queima, é esse processo que na indústria química é conhecido como hidrometalurgia. Ao invés de queimar, são u�lizados alguns ácidos e solventes para a dissolução dos metais e uma vez que esses metais estejam dissolvidos, existe um processo de separação que permite a recuperação de 95% deles. Outro ponto posi�vo é que para cada tonelada de bateria reciclada nós prevenimos a emissão de quatro toneladas de carbono. Estamos em um processo ACV para averiguar quanto isso gera de crédito de carbono para fazer um share com nossos acionistas.
Esse conceito de recuperação tem muito a ver com a nova economia, com o conceito de mineração urbana, que é, ao invés de ir na mina, no meio ambiente e muitas vezes fazer uma destruição para a extração dos minérios, vamos na outra ponta, a do downside, que até então era um lixo, resíduo, e fazemos a mineração, recuperando esses metais. Atualmente, 7% do lí�o é recuperado no processo de reciclagem.
Iniciativas privadas colocam o Brasil na rota da descarbonização
O futuro chegou e o planeta já cobra o preço da agressão humana por séculos. Estudos recentes revelam que o aumento de 1,5º C na temperatura do planeta ocorrerá dez anos antes do previsto (2050). A COP 26 (Conferência do Clima das Nações Unidas), realizada em novembro do ano passado em Glasgow, gerou mais expecta�vas que resultados e as nações con�nuam em desvantagem na corrida para deter o aquecimento global. Descarbonização virou a palavra mágica para evitar o cataclisma, com governos e empresas unindo-se com a finalidade de reduzir ao máximo as emissões de CO2, o vilão do aquecimento.
No Brasil o assunto preocupa, e há várias inicia�vas no sen�do de obter a sonhada descarbonização. Algumas delas foram expostas na 7ª edição do
“Já temos no Brasil uma solução sustentável e completa para o descarte das baterias de lítio.”
David Noronha (Energy Source)
Seminário de Manufatura, organizado e promovido pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automo�va – em setembro passado, junto com outras pautas que reafirmam a disposição do setor privado em trilhar o caminho da sustentabilidade, como a Indústria 4.0 e a economia circular. A seguir, apresentamos um resumo do evento e de algumas das mais importantes palestras realizadas.
Logo após a abertura oficial de Marcus Vinicius Aguiar, vice-presidente da AEA, o Seminário de Manufatura reuniu sete palestrantes, a começar pela apresentação de Sergio Teixeira de Castro, da Cemig, que fez uma ampla explanação sobre o panorama mundial de mudança climá�ca, as demandas do COP26, a 4ª Revolução Industrial e a realidade brasileira do processo de descarbonização. “A situação do Brasil é uma das mais privilegiadas do mundo. O uso de energias renováveis – hidráulica, biomassa, eólica e solar – representa cerca de 80%”, pontuou Castro.
A segunda palestra foi de Edmilson de Sant’Anna (Honda Energy) sobre o Parque Eólico Honda do Brasil, localizado em Xangri-lá, responsável por “abastecer” as plantas industriais da montadora em Sumáre, I�rapina e o head-office no Morumbi, em São Paulo.
Juliana Picoli, da FGV EAESP Centro de Estudos em Sustentabilidade, por sua vez, apresentou o projeto “Do berço ao portão: pegada de carbono de veículos leves fabricados no Brasil”. Vale destacar que cada vez mais ganham força os protocolos de ESG no setor automo�vo. É preciso olhar para dentro das fábricas.
Diante da tendência mundial por eletrificação veicular, o consultor de Sustentabilidade da ÚNICA, Ricardo Abreu, desenvolveu o tema “O papel da bioenergia na mobilidade e na produção sustentáveis”. “No caso brasileiro, é imprescindível observar o tripé social, am-
biental e econômico-financeiro da cadeia produ�va nacional”, argumentou Abreu. “Hub la�no-americano de descomissionamento automo�vo” foi o tema da palestra do Thiago Gomes, da Firjan. Em sua avaliação, “durante o processo de criação de um produto veicular, já é preciso se prever o seu descarte e a reu�lização de peças e de componentes, lembrando que, somente no Brasil, de 1,65 milhão a 3,1 milhões, por ano, de veículos chegam ao seu final de vida. E somente de 4% a 6% da frota circulante é recuperada”.
Na sequência, David Noronha, da Energy Source, mostrou a realidade da “Reciclagem de baterias de lí�o” no Brasil e no mundo.
E, por fim, William Pazos, da Air Carbon Exchange, palestrou sobre “Créditos de carbono e mercado de a�vos ambientais”, por meio do qual destacou o futuro do negócio de carbono. O Seminário de Manufatura foi encerrado com sessão de debate entre todos os palestrantes, mediada por Carolina Assumpção, da DENSO.
O hidrogênio verde é a nova fronteira da descarbonização
A descarbonização no transporte já é uma realidade com o veículo híbrido e o elétrico puro. Na parte de biocombus�vel o Brasil já lidera há algum tempo com o etanol e agora está perto da nova fronteira, que é o hidrogênio verde. O hidrogênio verde é a nova fronteira da descarbonização, principalmente na parte dos transportes. Todas as grandes empresas já estão muito firmes neste mercado e as financeiras também já direcionam seus recursos e captação de inves�mentos para as indústrias que seguem esse caminho.
O Brasil tem uma matriz energé�ca muito mais limpa do que o resto do mundo. Faz o uso dos derivados de cana de açúcar intensivamente na economia.
A parte hidráulica é muito forte também. Em relação ao mundo estamos na frente com essa matriz. E assim temos a oportunidade de sermos líderes no mercado do carbono, que vai crescer muito.
são de CO2, não do gás do efeito estufa como um todo, mas u�lizar a emissão do CO2, o produto da queima do combus�vel para medir a eficiência energé�ca –na verdade não se está medindo o gás do efeito estufa, está se medindo a eficiência energé�ca, porque está só olhando o gás do escapamento.
Ricardo Simões Abreu (ÚNICA)De acordo com Abreu, temos três dimensões para falar sobre sustentabilidade: ambiental, social e econômico-financeira. Não se pode fazer a análise de apenas uma dimensão porque é importante garan�r o desenvolvimento social, geração de oportunidades, e limitar o uso de recursos naturais quando se falar de sustentabilidade de qualquer �po de energia, inclusive bioenergia. Então, daqui para frente, quando falamos em sustentabilidade, falamos de geração de empregos, atração de inves�mentos, e de segurança energé�ca, que é muito importante. Para que isso aconteça, precisamos contar com várias fontes diferentes para a geração de energia, materiais básicos da indústria e assim por diante.
A sustentabilidade tem que ser analisada sempre do ponto de vista mais completo de um produto ou de uma cadeia. Costumamos usar na mobilidade a figura da avaliação do ciclo de vida, que não somente é o uso do veículo, mas este concatenado com a produção do combus�vel, levando em consideração a questão da produção do veículo e seus componentes e a reciclagem do material no final da vida do veículo.
O Poço-à-Roda é o obje�vo central da mobilidade no Brasil, que sai da questão de olhar só o uso do veículo e trabalhar com eficiência energé�ca em megajaules por quilômetro, ou, como fazem em outros países, u�lizar a emis-
Chamamos essa análise de Poço à Roda, quando se trata de combus�vel fóssil, ou Fonte-à-Roda, de uma maneira mais genérica. Passando essa primeira etapa, vamos falar de outras áreas, inclusive passando pela manufatura dos componentes e dos elementos que podem demandar muitos materiais e muita energia, como é o caso das baterias. A análise do ciclo de vida pode ser adaptada para várias condições, como a infra-estrutura para veículos elétricos. Começa a ser muito ú�l na manufatura quando começamos a aumentar os nossos limites, quando falamos na interferência do homem e mais especificamente nas a�vidades industriais.
3,1 milhões de veículos por ano chegando ao final de vida no Brasil. Um volume considerável, levando-se em conta que o Brasil tem uma das maiores frotas de automóvel no mundo. Desse número, de fato recuperado, temos só de 4 a 6%. É um número muito pequeno, irrisório até se formos comparar com países como o Japão, Alemanha, Holanda, que têm inicia�vas e trabalham com números na faixa dos 80, 85%.
Há várias problemá�cas neste assunto. Primeira: para onde os carros em final de vida são des�nados atualmente? Alguns estão rodando: volta e meia vemos acidentes em estradas envolvendo veículos em situação muito precária, que não deveriam estar circulando. Um ponto de atenção para nós. Muitos estão ou em algum pá�o de prefeitura, em pá�o de Polícia Rodoviária, se degradando quando poderiam estar sendo reintroduzidos na cadeia de produção. Outro ponto é sobre o papel da economia circular no reaproveitamento de partes de veículos. É trazer esse conceito que está sendo fortemente abordado, não só no Brasil como no mundo, de aproveitar os recursos com mais eficiência, pensar nos recursos de maneira mais duradoura, é uma oportunidade maravilhosa aplicar os conceitos de economia circular dentro dessa solução de descomissionamento de veículos.
Usamos o termo descomissionamento para os veículos em final de vida para evitar falar desmanche e macular a ideia do projeto de não ser um simples desmanche nem somente pensar em uma reciclagem, uma vez que na escada da economia circular a reciclagem seria o úl�mo degrau antes do descarte do material. Chamamos descomissionamento porque verificamos o que dentro do círculo podemos aproveitar sem necessariamente reciclar.
Nesse contexto temos de 1,65 a
Aquela ideia do ferro-velho an�go, em que as peças ficavam expostas, e quando você precisasse, levava uma ferramenta e �rava, também não é interessante economicamente. Não é viável o mercado funcionar desse jeito. E o hub não é uma solução regional. É nacional. E que possa avançar também para mercados da América La�na. Uma vez que, ao criarmos o conhecimento de como reaproveitar essas peças, devemos avançar para a América La�na e criar essa referência, uma vez que temos uma indústria robusta, uma produção nacional robusta.
“Assim como a qualidade, as emissões farão parte do escopo do fornecimento.”
“É uma oportunidade aplicar os conceitos de economia circular dentro do descomissionamento de veículos.”
Thiago Santiago Gomes (Firjan)
O mercado de carbono basicamente existe no mercado voluntário e no mercado de compliance. Este é onde o governo es�pula e cria os créditos de carbono e o mercado voluntário é onde os créditos de carbono são criados por projetos que criam uma poupança de emissão, no que chamamos de “ Business As Usual” . Por exemplo, se um projeto de créditos voluntários pode ser um projeto no qual existe uma floresta que precisa ser salva de desmatamento, a primeira coisa a ser feita é determinar quanto carbono está nessa floresta, qual é o desmatamento nessa região e com essa conta sabe-se que a cada ano essa floresta con�nua exis�ndo e quando de carbono poupamos no mercado. Fazendo essa conta e salvando essa floresta, a companhia ou o indivíduo que faz esse projeto recebe os créditos de carbono por ter poupado a emissão de carbono acima do desmatamento normal nessa região. Esse é o mercado de créditos voluntários.
O problema do mercado de carbono é que ele está crescendo muito, mas ao mesmo tempo existe uma falta de transparência no mercado. Por exemplo, um projeto no Brasil que está vendendo créditos no exterior hoje normalmente está conversando com brokers ou companhias, por exemplo, do setor automotriz. Então falta transparência no mercado em relação ao preço do crédito que a indústria precisa comprar.
Esses mercados operam no vácuo, não há uma conec�vidade em relação ao preço. Por exemplo, qualquer outra commodity tem o mesmo preço no Brasil e em qualquer outro país do mundo, corrigido pelo custo do transporte ou qualquer outra dessas a�vidades. O preço é conhecido, e no mercado de crédito de carbono não é assim. E foi por essa razão que foi criada a Air Carbon, inicialmente em Cingapura e há alguns meses no Brasil.
As particularidades dos Veículos Elétricos
Os carros elétricos já são uma realidade em muitos países, como nos Estados Unidos e na China, e serão o futuro do transporte no mundo. Aqui no Brasil ainda não são muito populares em comparação com os à combustão e esse mercado ainda é considerado uma novidade.
A eletromobilidade significa mais que apenas um avanço tecnológico, pois os países que promovem incen�vos para a eletrificação do transporte estão pensando em sustentabilidade, em economia e na independência do mercado de combus�veis, que está em crise. Muitos consumidores têm receios sobre a eletromobilidade, mas ela, além de reduzir os impactos ao meio ambiente e gerar uma boa economia no ‘’abastecimento’’, já estão presentes nas nossas ruas há um bom tempo.
O sócio-diretor da ELEV, empresa que oferece ao mercado soluções para o ecossistema de mobilidade elétrica, Ricardo David, engenheiro eletricista com anos de atuação na área energé�ca do Brasil, explica que os carregadores públicos e semipúblicos podem ser ainda mais baratos que os carregadores residenciais. Um exemplo apresentado pelo especialista mostra que
na cidade de Salvador, onde ele reside, um prédio paga em torno de R$ 0,96 por kWh, enquanto um carregador público ou semipúblico paga em média R$ 0,50 pelo mesmo kWh.
Todo �po de veículo que seja movido a eletricidade faz parte desse conceito, como no caso dos caminhões, ônibus, máquinas agrícolas, motos e bicicletas. Nas cidades brasileiras já circulam muitos veículos de serviço que realizam coletas e entregas, e nas estradas eles também já têm o seu espaço. De janeiro a julho deste ano, foram emplacadas 602 unidades de caminhões eletrificados, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Os veículos elétricos necessitam de abastecimento a par�r dos eletropostos, que são estações capazes de entregar uma bateria completa em 20 minutos. Para os 100.000 carros elétricos do Brasil, pode-se dizer que exista um carregador para cada, mas esses seriam os par�culares. Os eletropostos públicos espalhados pelo país, que são encontrados em Shoppings Centers, mercados e estacionamentos, já somam 1 300 unidades, de acordo com a ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos)
“Falta transparência ao mercado de créditos de carbono.”
Os dados da Elev também apontam as cidades com a maior quan�dade de carregadores do Brasil, onde São Paulo é a capital do país no setor, com 445 eletropostos, em seguida está a cidade do Rio de Janeiro, com 120 eletropostos, Brasília, com 90, Belo Horizonte, com 70. Curi�ba, com 69, Florianópolis, com 56, Porto Alegre, com 52, Salvador, com 30 e Recife, com 29. São Paulo aderiu ao compromisso da COP 26 de eletrificar toda sua frota até 2035, mas ainda estamos muito atrás da China, por exemplo, onde o governo instalou mais de 800 mil eletropostos públicos pelo país.
Motos elétricas podem facilitar o acesso à essa tecnologia – De acordo com o dado mais recente do IBGE, em 2021 a quan�dade total de motos somam quase 25 milhões. Elas são mais baratas que carros, fazem mais quilômetros com menos combus�vel e por isso são muito procuradas. No universo elétrico elas também têm tomado espaço, e cresceram 878% neste ano em comparação ao ano passado (Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). O preço de uma motocicleta eletrificada varia de 10 mil a 25 mil reais.
Carros elétricos são extremamente mais econômicos – Poucas pessoas sabem dos bene�cios econômicos dos carros elétricos, principalmente quando consideramos o valor desses automóveis no Brasil, onde os modelos mais baratos ultrapassam o valor de R$150 mil. Porém, os automóveis eletrificados apresentam um custo 70% menor em relação às manutenções, principalmente porque contam com apenas 20% do total de peças em comparação aos carros movidos a combus�veis fósseis. Esse valor também é expressivo quando falamos do valor gasto com carregamento, que é 84% menor que o abastecimento regular de um carro à combustão.
Mobilidade Elétrica e Biocombustíveis na VW
O Grupo VW pretende ser líder em veículos elétricos a nível mundial até 2025. No período de 2022 a 2026, estão previstos cerca de 52 bilhões de euros de inves�mentos em mobilidade elétrica e 8 bilhões de euros na hibridização do por�ólio.
Na América La�na, dentro da estratégia de descarbonização – “ Way To Zero”, que visa neutralizar as emissões de CO2 até 2050, os modelos elétricos irão se juntar no futuro aos modelos híbridos e flex com etanol na região.
A estratégia de eletrificação da Volkswagen na América La�na começou em 2019, com o lançamento do Golf GTE híbrido plug-in no Brasil O passo seguinte foi, em 2021, com a apresentação do e-up! totalmente elétrico no Uruguai, país com uma das melhores infraestruturas para veículos elétricos no mundo Recentemente, o Brasil foi escolhido para sediar o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Biocombus�veis para mercados emergentes.
As primeiras unidades do ID.3 e ID.4 desembarcaram inicialmente no Brasil e na Argentina para serem utilizados em clínicas com clientes e test drives
ID.3 e ID.4 da VW.O desa o da mobilidade sustentável
é BRASIL ©FOTO SAE BRASILNovos desafios para a indústria da mobilidade vêm se formando com uma sociedade cada vez mais consciente e exigente quanto à economia de baixa emissão de carbono. Historicamente as tecnologias e plataformas eram desenvolvidas na Europa ou nos EUA e adaptadas ao mercado la�no-americano para atender às necessidades da região. Hoje a maior parte do mundo olha para o carro elétrico para reduzir as emissões, e logo esses centros de desenvolvimento na Europa e nos EUA não mais desenvolverão motores a combustão.
Porém, essa estratégia deve ser diferente na América La�na, pois a descarbonização deve levar em conta a forma limpa como a energia para os veículos é gerada na região. O Brasil, por exemplo, possui cerca de 85% de energia limpa e também tem no etanol um combus�vel renovável consolidado e capaz de trazer imediatamente uma redução de CO2, de cerca de 90% se comparado à gasolina.
Por isso, o desenvolvimento local de tecnologias à base de biocombus�veis é uma ó�ma opção complementar à introdução dos veículos híbridos e elétricos na região, além de cons�tuir um forte agente visando ao desenvolvimento sustentável, social e econômico do País.
Além da mudança do comportamento do consumidor no que diz respeito à sustentabilidade, vemos também um consumo maior de serviços de mobilidade, como o transporte por aplica�vo, assinatura ou aluguel de veículos, em detrimento à compra de um veículo. Ao mesmo tempo há uma exigência do consumidor la�no-americano por veículos cada vez mais conectados e de alta tecnologia, oferecendo mais comodidade e proporcionando a criação de novos modelos de negócios.
Com isso os profissionais que trabalham no ecossistema da mobilidade devem se qualificar a fim de estarem aptos a entender e atender a toda essa nova demanda de tecnologias e inovações. As empresas também precisam estar preparadas para uma nova cultura de trabalho, mais flexível, em que o colaborador tenha mais autonomia para desenvolver ideias inovadoras em termos de digitalização.
Com o tema Evolução e Revolução do Modelo mais Eficiente e Sustentável, o 19° Fórum SAE BRASIL da Mobilidade trouxe especialistas de empresas do setor da mobilidade para discu�r quais conceitos e tecnologias melhor atenderão à exigência de uma mobilidade mais sustentável e tecnológica. Foram nove painéis seguidos de debates sob as mais diversas perspec�vas – Cenários Econômicos, Combus�veis Alterna�vos, Veículos de Passeio, Veículos Comerciais, Profissional do Futuro, Agrícola, Futuro do Motor Diesel e Mobilidade de Cargas Sustentável.
Chemours apresenta Compromisso de Responsabilidade Corporativa
AChemours Company, uma empresa química global que atua no mercado de Tecnologias de Titânio, Soluções Térmicas Especializadas e de Materiais de Desempenho Avançado, anunciou a quinta edição do Relatório anual de Compromisso de Responsabilidade Corpora�va (CRC), incluindo atualizações sobre as metas de ESG da empresa. O relatório mostra a determinação cole�va e o compromisso da empresa em tornar a química tão responsável quanto essencial, ao mesmo tempo em que proporciona um grande progresso para a�ngir as metas.
Os destaques selecionados no relatório das operações de 2021 da empresa incluem: Progressos substanciais para alcançar a meta da empresa de reduzir as emissões de processos de ar e água de compostos orgânicos fluorados em 99% ou mais até 2030, a�ngindo uma redução global de 51% desde 2018; 47,2% das receitas totais de 2021 foram geradas a par�r de ofertas que fazem uma contribuição específica para os Obje�vos de Desenvolvimento Sustentável das
Nações Unidas (ODS da ONU); a�ngido o obje�vo da cadeia de fornecimento sustentável da empresa, completando avaliações de responsabilidade corpora�va do fornecedor para 81% dos fornecedores por gastos, com 15% dos fornecedores melhorando seu desempenho de sustentabilidade; aumentado o compromisso com a redução de energia e emissões, juntando-se ao Energy Be�er Climate Challenge do Departamento de Energia dos EUA, com o compromisso de reduzir a intensidade energé�ca em 17% e reduzir as emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) em 50% em 10 anos; alcançada a marca de 30% no caminho para inves�r $50 milhões em comunidades e foi lançado um novo programa global de parceria escolar, ChemFEST, para nutrir a próxima geração de profissionais da STEM; igualdade de gênero foi reorientada, com a empresa se dedicando a preencher 50% de todos os cargos de diretoria e acima com mulheres até 2030 na jornada para alcançar a igualdade de gênero. Para 2021, já foram ocupados 33% dos cargos de diretor e acima, e 23% de todos os cargos com mulheres; Meta de 20% de preenchimento de to-
Braskem estimula descarte adequado de plásticos
A Braskem participou pela primeira vez do Green Nation, evento que conecta sustentabilidade, educação e tecnologia, que ocorreu no 2º andar do Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Com a instalação Caminho do Lixo, a companhia divertiu e conscientizou os visitantes, por meio de uma simulação na qual o lixo é descartado de forma inadequada na rua de uma cidade, percorrendo suas
tubulações e canais até chegar aos rios. Nesta experiência, os visitantes descobriram a importância do descarte correto e como, ao coletar o resíduo e fazer a destinação adequada, a água turva aos poucos se limpa, a vida retorna e o ecossistema se refaz.
O patrocínio da Braskem está conectado com o compromisso da empresa em realizar a Economia Circular. “O plás�co oferece muitos bene�cios para
dos os cargos nos EUA foi alcançada com funcionários etnicamente diversificados e uma nova meta foi estabelecida, mais ambiciosa, de preenchimento de 30% de todos os cargos nos EUA com talentos etnicamente diversificados; Grandes progressos foram feitos no primeiro ano do projeto de pesquisa Remove2Reclaim, que está desenvolvendo um processo mais sustentável de recuperação de dióxido de �tânio e polímeros do plás�co de uso final para ajudar a quebrar o código de reciclagem de plás�co eficaz.
“O mundo espera cada vez mais que as empresas forneçam produtos essenciais de forma responsável. Na Chemours, compar�lhamos essas expecta�vas e é por isso que a sustentabilidade e nossos compromissos com ela estão incorporados em tudo o que fazemos”, diz Mark Newman, Presidente e CEO da Chemours. “Estou orgulhoso do progresso de nossa equipe e de como con�nuamos a demonstrar que nossos produtos inovadores são vitais para o avanço da próxima geração de indústrias sustentáveis, desde energia limpa de hidrogênio, chips semicondutores, até soluções térmicas climá�cas e muito mais”.
a sociedade, é versá�l, tem bom custo bene�cio e é reciclável. Queremos compar�lhar com o público que, com responsabilidade e trabalhos de educação junto à sociedade sobre a importância do descarte correto e da reciclagem, podemos garan�r um futuro melhor para as atuais e próximas gerações”, informa Ana Laura Sivieri, Diretora de Marke�ng e Comunicação Corpora�va da Braskem.
Prometeon no Fórum de Transporte Sustentável Lanxess planeja cadeia de valor neutra para o clima
A Prometeon é patrocinadora da terceira edição do evento que se tornou referência em sustentabilidade no setor de transporte, logís�ca e mobilidade, o Fórum Transporte Sustentável. A novidade desta terceira edição do evento é que ele está sendo realizado em duas etapas: a primeira ocorreu no FTS Mobilidade, em 11 de agosto, dentro da Lat.Bus 2022 (Feira La�no-americana do Transporte) – Seminário NTU, e a segunda acontecerá durante a Fenatran, o FTS Carga e Logís�ca, em 9 de novembro.
Após duas edições digitais, o fórum, organizado pela OTM Editora, é híbrido, em formato presencial e digital, trazendo conteúdos relevantes relacionados a ESG, cases e boas
prá�cas. Todas as discussões realizadas durante o evento, como cases, debates e painéis, são disponibilizadas de forma on-line pela plataforma do fórum.
“Sustentabilidade é um pilar da Prometeon, dentro do nosso programa global de ESG. No dia a dia da empresa, trabalhamos sempre com esta missão em mente, desenvolvendo processos e produtos mais eficientes, entregando este valor como um compromisso assumido junto aos nossos clientes e consumidores, responsáveis pelo transporte de produtos e pessoas que movimentam a economia do nosso país”, ressalta Eduardo Fonseca, CEO da Prometeon para as Américas.
A empresa de especialidades químicas Lanxess está dando o próximo passo em direção à proteção climá�ca e estabeleceu uma meta para suas emissões de Escopo 3: o Grupo pretende tornar neutras para o clima suas cadeias de suprimentos upstream e downstream até 2050. Isso inclui emissões indiretas, principalmente de matérias-primas compradas, mas também de produtos logís�cos e finais. Até 2030, as emissões de Escopo 3 devem ser reduzidas em 40%, em comparação com o ano base de 2015, de 27.000 para 16.500 quilotoneladas de equivalentes de CO2, ajudando a limitar o aquecimento global a um máximo de 1,5 grau Celsius. Essa temperatura é geralmente considerada o limite para prevenir uma catástrofe climá�ca.
Energia solar já é terceira fonte na matriz elétrica brasileira
Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que a potência instalada operacional da energia solar fotovoltaica acaba de ultrapassar a potência das termelétricas de gás natural e de biomassa, tornando a terceira maior fonte na matriz elétrica nacional, atrás apenas da hídrica e eólica. De acordo com mapeamento da en�dade, são 16,4 gigawa�s (GW) de energia solar em grandes usinas e em pequenos projetos de geração própria, ante os 16,3 GW do gás natural e os 16,3 GW da biomassa. Segundo a associação, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 86,2 bilhões em novos inves�mentos, R$ 22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 479,8 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 23,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Para o diretor da ABSOLAR, Carlos Dornellas, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, comenta.
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, acrescenta Dornellas.
Graças à versa�lidade e agilidade da tecnologia solar, uma usina fotovoltaica de grande porte fica operacional
em menos de 18 meses, desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. E basta apenas 24 horas para tornar um telhado ou um pequeno terreno em uma fonte de geração de eletricidade a par�r do sol. Assim, a solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, conclui Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
Dow e YAK desenvolverão baterias elétricas
Dow e YAK, startup catarinense fabricante de tratores elétricos, estão juntas para desenvolver módulos de baterias para o segmento de veículos pesados. Nessa parceria, a Dow contribuirá com sua tecnologia de silicones para suprir demandas de gerenciamento térmico e proteção de eletrônicos e a YAK, com o design das baterias.
“Essa parceria tem grande potencial de revolucionar o segmento e abrir portas para um futuro de veículos elétricos e mais sustentáveis”, afirma Alejandro Boue, gerente de marke�ng para o Mercado de Mobilidade e Transporte da Dow.
Para João Ozório, CEO e fundador da YAK, a parceria “mostra o compromisso da YAK em desenvolver conjuntos de baterias nacionais com uma empresa global e referência em inovação, unindo segurança e alto desempenho em um sistema de baterias modulares com um excelente custo-benefício”. O representante da YAK acrescentou que entre as vantagens de optar por tratores elétricos estão a redução de cerca de 70% de custo com combustível e manutenção, a não emissão de CO2 e a facilidade de uso, por serem mais ergonômicos, silenciosos e não descartarem nenhum tipo de líquido ou fumaça que causem mau cheiro ou prejudiquem o solo.
A redução de emissões de carbono está alinhada à meta de sustentabilidade da Dow. A companhia tem o compromisso de, até 2030, reduzir suas emissões anuais líquidas de carbono em cinco milhões de toneladas. Além disso, a Dow pretende ser neutra em emissões de carbono até 2050, alinhada ao Acordo de Paris. A companhia também está comprome�da a implementar e avançar tecnologias para fabricação de produtos que u�lizem menos recursos e que ajudem os clientes a reduzirem suas pegadas de carbono.
Calendário Pirelli 2023 traz musas clicadas por Emma Summerton
O �tulo do Calendário Pirelli 2023, de Emma Summerton, é “Love Le�ers to the Muse” e contará com algumas das modelos mais famosas do mundo fotografadas por Summerton em Nova York e Londres. O conceito do Calendário Pirelli 2023 é focado nas Musas, personagens imaginárias e arqué�pos que inspiraram a fotógrafa ao longo de sua vida. É uma homenagem a todas as mulheres que inspiraram Summerton, desde sua mãe até uma seleção de mulheres cantoras, atrizes, ar�stas, escritoras, a�vistas, pintoras e muitas outras. Muitas de suas ideias vêm dessas mulheres reais e imaginárias.
"Desde o início da minha jornada com a fotografia, sempre fui impulsionada por quem é a Mulher à minha imagem. De onde ela veio? Onde ela quer ir? Quem ela ama? Como ela ama? O que a move? Como ela se imagina no mundo? Como ela se torna a imaginação de si mesma? Eu primeiro faço essas perguntas a mim
mesma e depois as projeto na história que estou tentando contar ou na emoção que espero transmi�r. A intenção é inspirar o espectador a abrir a mente e sonhar comigo", explica a fotógrafa australiana que fotografou a 49ª edição do The Cal™ durante três dias em Nova York, em junho, seguido de um dia em Londres, em julho.
"Reparei no trabalho de Emma Summerton porque as suas imagens representam um mundo onírico e mágico, muito rico em cor e imaginação. E como vivemos em uma época em que o "real" e o "irreal" se encontram com frequência cada vez maior, ela parecia a ar�sta perfeita para interpretar esse momento e ao mesmo tempo dar uma grande contribuição à herança do Calendário Pirelli", afirma Marco Tronche� Provera, Vice-Presidente Execu�vo e CEO da Pirelli.
A apresentação de “Love Le�ers to the Muse” acontecerá, como de costume, neste outono do Hemisfério Norte, em novembro.
Polimix Ambiental
A Polimix Ambiental (PXA) é uma empresa da Organização Polimix, tradicional no mercado de materiais para a construção civil, e possuidora de outros empreendimentos como logís�ca, energias renováveis e a PXA , empresa de Economia Circular de Pneus, que transforma pneus inservíveis em matérias-primas para as indústrias reu�lizarem. A PXA iniciou suas a�vidades no ano de 2015, e divulgou durante a úl�ma edição da Feira Expobor, a ampliação de sua capacidade instalada no Brasil, através de uma nova unidade fabril, localizada no estado da Bahia com es�ma�va de “startup” no segundo semestre de 2024.
A Polimix entende que a Economia Circular de Pneus é a forma mais sustentável de contribuição ao Meio Ambiente, e ao mesmo tempo uma excelente oportunidade para as indústrias do setor de borracha a�ngirem suas metas na u�lização de matérias-primas renováveis. Assim estas empresas estarão mais adequadas à Legislação de Logís�ca Reversa de Pneus e com uma maior redução na pegada de carbono.
Emplacamentos de veículos
crescem pela primeira vez em 2022
De acordo com dados da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, setembro foi o primeiro mês de 2022 a registrar resultado acima do mesmo período do ano anterior. Apesar da queda de 3,3% em relação a agosto, o setor registrou alta de 19,3% sobre setembro de 2021. No acumulado de janeiro a setembro, o crescimento é de 2,1%
“A queda em relação a agosto é explicada pela diferença de dias úteis (21 em setembro e 23 em agosto). Nas vendas diárias o setor apresentou um resultado superior a agosto e a curva de crescimento tem se mostrado consistente”, afirma Andre�a Jr., presidente da FENABRAVE. Automóveis e comerciais leves – Após fechar o primeiro trimestre de 2022 com queda de 24,8%, os segmentos apresentaram reação nos meses seguintes e a retração caiu para 5,1% em setembro. As médias diárias de emplacamentos passaram de 8.446 em agosto para 8.592 em setembro. Em relação aos eletrificados, foram emplacados 6.391 em setembro, com um acumulado de 32.242 no ano. Caminhões – Segundo o Presidente da FENABRAVE, o segmento con�nua aquecido e, apesar de vir de uma base alta, por conta dos bons resultados de 2021, tem man�do desempenho próximo ao do ano passado. Em setembro os emplacamentos caíram 9,81% em relação a agosto.
Produção de motos aponta o melhor resultado desde 2015
As fabricantes de motocicletas do Polo Industrial de Manaus – PIM, produziram 104.776 unidades em julho. De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, o volume é 3% superior ao registrado em junho (101.695 motocicletas) e 10,3% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado (95.025 unidades).
No acumulado do ano foram fabricadas 776.069 motocicletas, alta de 16,9% na comparação com o mesmo período de 2021 (663.888 unidades). Esse é o melhor resultado para os sete primeiros meses do ano desde 2015 (799.990 motocicletas).
“Mesmo com as férias cole�vas de junho e julho as associadas realizaram um grande esforço de produção para atender a demanda do mercado”, explica Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
Recentemente a Abraciclo revisou suas projeções para 2022. A nova perspec�va é a de produzir 1.320.000 unidades, volume 10,5% superior às 1.195.149 motocicletas fabricadas em 2021 – a projeção inicial, de janeiro, apontava produção de 1.290.000 unidades, com crescimento de 7,9%.
De acordo com Fermanian, “a produção está seguindo a tendência da nova es�ma�va de junho, revista para cima, com ligeiro, porém constante crescimento”.
As projeções de vendas também foram revisadas pela Abraciclo: a nova perspec�va é a de que os licenciamentos alcancem 1.260.000 unidades, crescimento de 8,9% na comparação com o ano passado (1.156.776 motocicletas emplacadas).
As fábricas instaladas no PIM embarcaram 4.962 motocicletas em julho para o mercado externo, aumento de 8,1% em relação a junho de 2022 (4.592 unidades). Na comparação com o mesmo mês do ano passado (6.026 motocicletas), queda de 17,7%.
Museu do Futebol traz exposição ” 22 em Campo”
Que relações é possível estabelecer entre Modernismo e futebol? Como o movimento cultural que buscava a valorização de uma cultura co�diana brasileira pode se ligar ao esporte, que também veio de fora e rapidamente se tornou popular em todas as classes sociais? Estes são alguns dos motes propostos pela nova exposição do Museu do Futebol, localizado no estádio do Pacaembu. Com curadoria de Guilherme Wisnik, 22 em Campo – 100 anos de futebol e modernismo no Brasil apresenta as ligações, às vezes inusitadas, às vezes surpreendentemente diretas, entre o movimento cultural e o esporte das mul�dões. A mostra faz parte da Agenda Tarsila, que comemora o centenário da Semana de 22 nos equipamentos culturais paulistas.
“22 em Campo – 100 anos de futebol e modernismo no Brasil” parte de uma brincadeira com os números: 22 é o ano em que se realizou a Semana de Arte Moderna e, agora, de seu centenário. É também o número de jogadores em campo numa par�da oficial: 22 atletas que se movem ocupando o espaço delimitado pelas quatro linhas, criando narra�vas emocionantes ao longo dos 90 minutos do jogo. Por isso, a mostra tem 22 módulos dedicados a 22 temas escolhidos para relacionar os anos de 1922 e 2022, o esporte e o Modernismo. Os módulos são ilustra-
dos por fotografias e vídeos de época, audios históricos e outros gravados por atores, interpretando textos do Modernismo que se referem ao futebol; além de criações feitas especialmente pelo designer Kiko Farkas para a iden�dade visual da mostra. A cenografia é de Álvaro Razuk.
“No mesmo ano, enquanto em fevereiro os ar�stas modernistas agitavam o Theatro Municipal, em setembro uma mul�dão se reunia ao lado, no Vale do Anhangabaú para receber no�cias do Campeonato Sulamericano de Futebol, que acontecia no Rio de Janeiro. Os repórteres do jornal O Estado colocavam o placar na fachada do prédio. Assim, no “ano zero” do modernismo brasileiro, a seleção masculina de futebol se sagrava bicampeã em território nacional”, conta Guilherme Wisnik.
Ao fim da mostra, os visitantes terão elementos para pensar como o Modernismo e o Futebol se relacionam à construção da ideia do que é “ser brasileiro” – com ambiguidades, complexidades e contradições.
“22 em Campo – 100 anos de futebol e modernismo no Brasil” fica em cartaz até 29 de janeiro de 2023. Conta com Patrocínio Máster da Goodyear e Patrocínio das empresas EMS Farmacêu�ca e Movida Aluguel de Carros. São apoiadores: Evonik Brasil, Syngenta, Yamaha – todos por meio da Lei Federal de Incen�vo à Cultura.
©DIVULGAÇÃO GOODYEARPrometeon patrocina Parma
Quando o capitão Gigi Buffon e seus companheiros de equipe entraram em campo na estreia da Série B do Campeonato Italiano temporada 2022/2023, no Estádio Ennio Tardini, em Parma, Itália, a torcida local pôde observar uma mudança significa�va no uniforme dos jogadores. As novas camisas do clube agora trazem o logo�po da Prometeon Tyre Group (PTG), que estreia no mundo do futebol como principal patrocinador do Parma. O anúncio oficial foi feito em uma cole�va de imprensa momentos antes da par�da contra o Bari, que terminou empatada em 2 a 2.
O acordo que une a PTG ao clube de futebol terá a duração de vários anos e trará ainda mais visibilidade à marca Prometeon, ao apoiar um dos �mes italianos mais famosos, que em sua história acumula três Copas da Itália, uma Supercopa da Itália, uma Copa dos Campeões, duas
Braskem apresenta Voqen
A Braskem criou uma nova empresa voltada para o mercado de energia e gás, a Voqen. Esta atuará para atender demandas energé�cas da Braskem e seus clientes e parceiros, oferecendo soluções customizadas de energia renovável e contribuindo para a transição energé�ca sustentável e compe��va. A nova empresa, que carrega no nome o conceito “vocação para energia”, irá contribuir para um futuro com mais energia sustentável para que a Braskem, seus clientes e parceiros a�njam suas metas ligadas à sustentabilidade. Atuará também no desenvolvimento de novos modelos de negócios visando a comercialização de energia e gás.
“A Braskem sempre possuiu um �me especializado em energia e gás para atendimento de suas operações e com frequência é procurada pelos seus clientes e parceiros acerca de informações e oportunidades nesse mercado tão complexo.
Copas da UEFA e uma Supercopa da UEFA. O Parma é o quarto clube italiano no ranking geral da UEFA em número de conquistas, depois de Milan, Juventus e Inter.
“Segundo Roberto Righi, CEO Global da Prometeon,” com este acordo estamos entrando em um esporte que move a paixão de milhões de pessoas ao redor do mundo, com uma empresa com grandes tradições no futebol e ambições claras para o futuro. Apoiaremos a equipe do Parma em um projeto de crescimento que visa o futuro, cujos valores compar�lhamos e que se encaixa coerentemente no caminho de desenvolvimento que o Prometeon Tyre Group vive. Acreditamos fortemente nessa parceria e estamos convencidos de que ela nos permi�rá forjar relações ainda mais fortes com nossos fornecedores e clientes, além dos nossos quase oito mil funcionários ao redor do mundo".
O projeto de Kyle Krause, empresário americano presidente do Parma desde setembro de 2020, traz ao centro uma equipe que está construindo uma iden�dade bastante precisa, única em seu �po e com inves�mentos que apontam para o futuro. Uma estratégia totalmente em sintonia com a visão da Prometeon, que, portanto, decidiu apoiar o clube na trajetória de crescimento, também pela presença de uma figura bastante admirada pelo público, como a do capitão Gigi Buffon (que acumula os �tulos de campeão mundial em 2006, dez campeonatos de clubes, e que iniciou na primeira divisão com o Parma, em 1995) e na capacidade do novo treinador Fabio Pecchia, que já acumula duas ascensões à Série A.
A Voqen nasce então da possibilidade de contribuir ainda mais para a sociedade, colocando à disposição o conhecimento dos mercados de energia e gás que a Braskem tem para os seus clientes e parceiros. Queremos, com a criação desta empresa, alavancar cada vez mais as oportunidades de negócio por meio da criação colabora�va de soluções compe��vas de energia sustentável que acelerem a transição energé�ca em nosso setor”, explica Fábio Yanaguita, Diretor de Comercialização de Energia Elétrica da Voqen.
“Temos o obje�vo de redução de 15% das emissões de gases de efeito estufa de escopo 1 e 2 para 2030 e neutralidade de carbono em 2050. Ao mesmo tempo, vivemos uma transição energé�ca global, com um cenário mais incerto. Nesse contexto, precisamos desenvolver soluções compe��vas e sustentáveis e acelerar a implementação dessas inicia-
�vas. Temos a consciência de que, para alcançarmos esses obje�vos, precisamos cada vez mais de parcerias para suportar a viabilidade técnica e econômica dessas soluções para a Braskem, seus clientes e fornecedores. Exemplos dessa estratégia são as parcerias já firmadas para compra de energia renovável (eólica, solar e biomassa) e soluções de ecoeficiência energé�ca e a criação do Programa Global de Descarbonização Industrial congregar todas as inicia�vas, conectando todas as ações industriais de redução das emissões em nossas operações. A criação da Voqen é mais uma importante etapa nesse processo para alavancar essa transformação não apenas na Braskem, mas em toda a cadeia”, afirma Gustavo Checcucci, Diretor de Energia da Braskem.
é o novo CEO da Evonik
O Grupo Evonik efetuou mudanças em vários cargos de alta gestão com o objetivo de reforçar ainda mais a diversidade de culturas e experiências internacionais em funções-chaves. Com as mudanças, Hendrik Schoenfelder assume a posição de CEO para a América Central e do Sul, enquanto Elias Lacerda, que até então presidia a região, assume a responsabilidade global pela linha de negócios Coating Additives. A troca de comando está muito bem alinhada com a estratégia de crescimento mundial da Evonik. "Estou muito feliz em assumir a gestão na América Central e do Sul, que oferece oportunidades únicas e fantásticas. É impressionante a velocidade dos negócios e projetos em andamento nessa região e eu quero manter o nível de sucesso alcançado até aqui. O desafio será levar a empresa ao próximo patamar de crescimento. O enfoque na sustentabilidade será o principal impulsor de muitas das iniciativas futuras de promoção desse crescimento", destaca Schoenfelder.
A paixão do executivo é a sustentabilidade, em particular as transições para a neutralidade climática e a economia circular, após ter vivenciado grandes experiências relacionadas aos temas no Oriente Médio, onde muitos players estão empenhados na substituição do petróleo e do gás por fontes de energia limpa, como a solar. Ele ressalta que os produtos e tecnologias da Evonik atendem aos clientes interessados nesta mudança e podem melhorar a sua pegada ambiental de produção, tornando as empresas mais sustentáveis.
Damian Seltzer é o novo Country Manager da Bridgestone
A Bridgestone Corporation anuncia mudanças organizacionais na estrutura da Bridgestone na América Latina. Damian Seltzer, antigo country manager da Bridgestone Argentina, foi nomeado country manager da Bridgestone Brasil. Lafaiete Oliveira, atualmente responsável pelos países onde a companhia não produz pneus, mas os comercializa (Chile, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai), assume o cargo de country manager da Bridgestone Argentina. Damian Seltzer ingressou na Bridgestone em 2012 e, em 2016, atuou como Vice-presidente de Operações na Bridgestone Brasil e tornou-se Country Manager da companhia na Argentina em 2019. Neste novo desafio, Seltzer liderará as equipes de vendas para continuar impulsionando o crescimento e a integração da empresa nesse mercado.
Jennifer Rumsey é promovida a presidente e CEO da Cummins
Jennifer Rumsey, presidente e Diretora de Operações (COO) da Cummins, é a nova CEO da empresa desde primeiro de agosto passado. Ela substitui Tom Linebarger. Rumsey, além de ser a sétima CEO, será a primeira mulher a liderar a empresa desde que foi fundada em 1919. Linebarger continuará atuando como presidente do Conselho de Administração e como Presidente Executivo, trabalhando diretamente com Rumsey em iniciativas específicas que posicionam a empresa para o sucesso contínuo, incluindo a conclusão da aquisição da Meritor.
Desde que assumiu o cargo de COO em março de 2021, Rumsey supervisionou as operações globais da Cummins. Em fevereiro de 2022, ela foi eleita para o Conselho de Administração da Cummins e manterá seu assento no conselho.
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Com atendimento personalizado, qualidade assegurada, suporte técnico especializado, logística customizada às necessidades do cliente e pontualidade nas entregas, a Química Anastacio atende a todo o mercado brasileiro através de seus 5 Centros de Distribuição, laboratórios próprios, parque de tanques a granel e linhas de envase em ambiente GMP. Por isso, atua há mais de 80 anos e está entre as maiores distribuidoras de produtos químicos da América Latina.
Borrachas
Importações de químicos atingem novo recorde
As importações brasileiras de produtos químicos somaram US$ 8,3 bilhões em julho, novo recorde mensal, aumento de 4,5% na comparação com o mês anterior, junho, e de expressivos 57,3% em relação ao mês de julho de 2021. Desde o início do ano, os valores importados são consecu�vamente superados, tendo em julho a�ngido esse novo recorde. Já em termos de volumes, as movimentações foram, no mês, de pouco mais do que 6 milhões de toneladas, com elevação de 5,8% na comparação com junho e de 13,8% em relação ao mesmo mês de 2021.
As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, somaram, em julho, US$ 1,53 bilhão, movimentando 1,2 milhão de toneladas, recuos, respec�vamente, de 9,5% (valor) e de 13,9% (quan�dades �sicas) em relação ao mês anterior, junho.
No acumulado deste ano, entre janeiro e julho, as importações de produtos químicos foram de pra�camente US$ 46,9 bilhões, o que representa um
impactante avanço de 54,5% em relação ao mesmo período de 2021. Já as exportações brasileiras dessas mercadorias �veram um aumento de 34%, totalizando US$ 10,3 bilhões até julho. Ambos os fluxos �veram seus resultados fortemente influenciados pelos elevados patamares de preços internacionais, com termos de trocas, em média, 40% superiores àqueles acumulados entre janeiro e julho do ano passado.
Com esses resultados, o déficit na balança comercial de produtos químicos chegou, até julho, à marca de US$ 36,5 bilhões, alarmante aumento de 70,3% em relação ao mesmo período de 2021. Nos úl�mos 12 meses, de agosto de 2021 a julho deste ano, o déficit comercial somou inéditos e consternadores US$ 60,1 bilhões, podendo ultrapassar, até o final do ano, a grave marca de US$ 65 bilhões.
Segundo Fá�ma Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Esta�s�ca da Abiquim, a economia mundial está sofrendo com a alta dos preços e a escassez de recursos energé�cos, com consequente impacto na inflação, nos juros e na logís�ca, sobretudo causados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
MIT
reconhece Braskem
como uma das mais inovadoras
A Braskem está entre as 20 empresas mais inovadoras do Brasil, de acordo com o Innova�ve Workplaces, estudo da revista MIT Tecnology Review realizado pela primeira vez no país. A publicação, ligada ao Ins�tuto de Tecnologia de Massachusse�s, avaliou a capacidade de inovação de mais mil empresas.
A inicia�va tem o obje�vo de desenvolver a cultura de inovação entre as companhias brasileiras. As organizações foram divididas em grupos, de acordo com sua natureza e setor em que operam, e analisadas sob quatro perspec�vas diferentes: gestão, marke�ng, processos e produtos. A Braskem foi reconhecida na categoria “Indústria”.
‘’É muito significa�vo para a Braskem ser reconhecida como empresa inovadora por uma ins�tuição de credibilidade e renome como o MIT. Essa é mais uma conquista que coroa o trabalho dos nossos colaboradores, que estão diariamente empenhados em gerar inovação para o�mizar processos internos, gerar valor aos clientes e, principalmente, para criar soluções que contribuam com o desenvolvimento sustentável”, afirma Antonio Queiroz, vice-presidente de Inovação & Tecnologia da Braskem.
Evonik lança polibutadieno líquido sustentável
A linha de negócios Coa�ng & Adhesive Resins da Evonik está lançando novos polibutadienos líquidos sustentáveis, da linha POLYVEST® eCO. O uso de butadieno produzido de modo sustentável na fabricação destes produtos reduz em até 99,9% o uso de matérias-primas de origem fóssil. Com a nova linha, a empresa atende as necessidades de um mercado cada vez mais sustentável: “A demanda por produtos eficientes e amigáveis do ponto de vista ambiental está em constante crescimento”, explica Jürgen Herwig, responsável pela linha POLYVEST® na Evonik. “Com esse desenvolvimento, estamos apoiando a transição para uma bioeconomia circular”, acrescenta.
Em sua forma final, os produtos POLYVEST® eCO possuem propriedades �sico-químicas idên�cas às dos produtos de origem fóssil. “A maior vantagem para os nossos clientes é o fato de não precisarem adaptar suas formulações existentes”, informa Dr. Sara Liébana Viñas, responsável pela área Technical Marke�ng for Reac�ve Sealants na Evonik. “Pra�camente não há maneira mais fácil para os nossos clientes reduzirem as suas emissões de CO2”.
A unidade de produção de POLYVEST® em Marl já �nha recebido as cer�ficações ISCC PLUS no início do ano. Isso significa que a produção foi cer�ficada tendo como base o método de balanço de massa, o que assegura rigorosos princípios de sustentabilidade como, por exemplo, responsabilidade social e altos padrões ambientais.
O POLYVEST® eCO é usado como matéria-prima em adesivos e selantes nas indústrias automobilís�ca, eletrônica e da construção. Além disso, o produto pode ser usado como adi�vo para borracha na indústria de pneus.
Mercado aquecido altera previsão de crescimento
Omercado domés�co em recuperação e as exportações em alta fizeram com que a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) revisasse a projeção de crescimento do setor. Conforme a Inteligência de Mercado da en�dade, a projeção de incremento passou de uma banda de 1,8% a 2,7% (média de 2,3%) para 2,1% a 3,8% (média de 3%).
O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que o crescimento foi revisado com base no úl�mo dado de produção do setor disponibilizado pelo IBGE, que apontou um crescimento de 9% em julho, na relação com o mesmo mês de 2021. Com o dado, o setor acumulou, entre janeiro e julho, um incremento de 3% no compara�vo com o mesmo período de 2021. “No segundo semestre nossa projeção é de um crescimento de mais de 18% na relação com o primeiro semestre do ano”, explica o execu�vo. Em pares, o crescimento projetado pela Abicalçados significa um
acréscimo de até 31 milhões de pares em relação a 2021, totalizando uma produção de 823,2 milhões a 837 milhões de pares.
Respondendo por cerca de 80% das vendas do setor calçadista nacional, o varejo domés�co registrou um incremento de 17,2% no primeiro semestre, em volume, na relação com igual intervalo do ano passado. Já as exportações, entre janeiro e julho, somaram o embarque de 86,87 milhões de pares, que geraram US$ 763,4 milhões, incremento tanto em volume (31,8%) quanto em receita (64,8%) em relação ao mesmo período do ano passado.
Recuperada das quedas provocadas durante a pandemia de Covid-19, a indústria calçadista brasileira comemora bons resultados nas exportações de calçados. Conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), entre janeiro e agosto foram embarcados 97,57 milhões de pares, que geraram US$ 880,88 milhões, altas de 29,7% em volume e de 62,7% em receita na relação com igual período do ano passado. Já em relação ao mesmo
intervalo na pré-pandemia, em 2019, os incrementos são de 29,4% em pares e de 35,6% em receita gerada. Segregando apenas o mês de agosto, foi registrado o embarque de 10,7 milhões de pares por US$ 117,43 milhões, o melhor resultado mensal de 2022. O crescimento no compara�vo com agosto passado é de 15% em volume e de 50,4% em receita. A unidade de Inteligência da Abicalçados es�ma que as exportações do setor devem crescer de 21,6% a 28,4% em 2022 (de 150,4 milhões a 158,8 milhões de pares).
O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que os países la�no-americanos seguem sendo determinantes para a performance, com destaque para o Chile, que se consolida como o quarto des�no do calçado brasileiro no exterior. “O Brasil vem ganhando muito espaço no Chile. Hoje somos o quarto principal fornecedor de calçados daquele país”, avalia. Além do incremento das exportações para a América La�na, Ferreira destaca que o preço médio do calçado brasileiro também aumentou, passando de pouco mais de US$ 8 para US$ 11. “Existe um aumento da demanda internacional por calçados e, neste momento de enfraquecimento gradual da China como um grande player do setor, o mundo volta seus olhos para o produto brasileiro, pois temos a maior indústria de calçados fora da Ásia e capacidade produ�va para atender o mercado internacional”, comenta o execu�vo.
Principal des�no do calçado brasileiro no exterior, em agosto os Estados Unidos importaram 1,34 milhão de pares verde-amarelos, pelos quais foram pagos US$ 38 milhões, estabilidade em volume e aumento de 57% em receita relação ao mesmo mês de 2021. No acumulado de janeiro a agosto, foram embarcados para lá 14,35 milhões de pares, que geraram US$ 246,3 milhões, incrementos tanto em volume (+57,2%) quanto em receita (+84,6%) em relação ao mesmo período do ano passado.
O segundo des�no do calçado brasileiro segue sendo a Argen�na, apesar da crise interna e da resolução do Banco Central da República Argen�na (BCRA) que altera o acesso ao Mercado Único de Câmbio para pagamento de importações e que libera os pagamentos das mercadorias importadas somente após 180 dias. No mês de agosto, os hermanos importaram 1,5 milhão de pares por US$ 17,6 milhões, queda de 8,4% em volume e incremento de 49,7% em receita na relação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado dos oito meses de 2022, foram embarcados para lá 11,7 milhões de pares, que geraram US$ 127,42 milhões, incrementos tanto em volume (+50,9%) quanto em receita (+84%) em relação ao mesmo intervalo de 2021.
O principal exportador de calçados do Brasil segue sendo o Rio Grande do Sul, de onde par�ram, entre janeiro e agosto, 29,16 milhões de pares, que geraram US$ 413,95 milhões, altas de 50,2% e de 72,6%, respec�vamente, ante o mesmo período do ano passado. Logo em seguida aparece o Ceará, que entre janeiro e agosto exportou 28,58 milhões de pares por US$ 182 milhões, incrementos de 26,7% em volume e de 43% em receita em comparação com o mesmo intervalo de 2021.
Entre janeiro e agosto, as importações de calçados somaram 18,4 milhões de pares e US$ 234,3 milhões, altas de 20,7% em volume e de 10,4% em receita na relação com o mesmo período de 2021. As principais origens foram Vietnã (5 milhões de pares e US$ 106,17 milhões, quedas de 17,7% e de 13,2%, respec�vamente, ante 2021), Indonésia (2 milhões de pares e US$ 40,27 milhões, altas de 12% e 23%) e China (8,6 milhões de pares e US$ 35,13 milhões, incrementos de 55,2% e 54,4%). Em partes de calçados - cabedais, solas, saltos, palmilhas etc - as importações acumuladas somaram US$ 18,94 milhões e as principais origens foram China, Vietnã e Paraguai.
Calçadistas brasileiros faturam mais de US$ 32 milhões na Micam
A par�cipação de 60 marcas brasileiras de calçados na Micam Milano, uma das principais feiras de calçados do mundo, deve gerar mais de US$ 32 milhões entre negócios efe�vados e alinhavados no evento. O número está em relatório da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), que promoveu a par�cipação verde-amarela por meio do Brazilian Footwear, programa realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves�mentos (ApexBrasil). A feira italiana aconteceu entre 18 e 20 de setembro, em Milão/Itália.
Com 612 mil pares comercializados no evento, aos quais devem ser somados mais de 1,7 milhão de pares em negócios que ficaram alinhavados, a par�cipação foi considerada posi�va pela Abicalçados. A analista de Promoção Comercial da en�dade, Paola Pon�n, avalia que, em relação à edição de 2019, o incremento em valores gerados foi de mais de 20%. “Fazia tempo que não se via uma edição da Micam assim. Grande parte dos expositores ficou sa�sfeito com os resultados, demonstrando uma retomada nos negócios e nas expecta�vas”, comemora a analista, destacando que a demanda para o calçado brasileiro no exterior está em crescimento.
Expecta�vas superadas - A retomada da maior feira de calçados do
mundo sem as restrições impostas pela pandemia de Covid-19 animou os expositores brasileiros. O gerente de Exportação da Pegada, Juliano Fontes, destaca que todas as expecta�vas foram superadas. “Abrimos novos mercados na África do Sul e Sudão, além de mantermos e ampliarmos a par�cipação em países da Europa e do mundo árabe, com destaque para Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos”, conta, ressaltando que nesta edição o mercado estava muito focado em negócios.
Par�cipando pela primeira vez de uma feira internacional, a marca Voices saiu bastante sa�sfeita. “Mais do que negócios gerados, �vemos contatos com compradores de 35 países. Nossas expecta�vas iniciais foram todas superadas”, avalia a representante da marca, Natália Schneider.
Para o gerente de Exportação da Cecconello, Matheus Oppitz, a Micam foi importante para manutenção e ampliação do mercado europeu, por meio da captação de novos distribuidores e compradores, que nesta edição estavam mais em busca da marca do que produção private label - marca do cliente. Segundo ele, a feira italiana sinalizou claramente uma retomada do mercado internacional, inclusive com a abertura de clientes em países nos quais a marca ainda não atuava, como Romênia e Grécia. “Notamos uma demanda crescente pelos produtos brasileiros”, conta.
ENGENHARIA REVERSA NA INDÚSTRIA DA BORRACHA
Autor: Luis Antonio TormentoDefinição para engenharia reversa da enciclopédia livre Wikipédia:
“A engenharia reversa é um processo ou método através do qual se tenta entender por meio de raciocínio dedutivo como um dispositivo, processo, sistema ou software feito anteriormente, realiza uma tarefa com muito pouco (se houver) uma visão exata de como isso acontece. É essencialmente o processo de abrir ou dissecar um sistema para ver como ele funciona, a fim de duplicá-lo ou melhorá-lo. Dependendo do sistema em consideração e das tecnologias empregadas, o conhecimento adquirido durante a engenharia reversa pode ajudar a redirecionar objetos obsoletos, fazer análises de segurança ou aprender como algo funciona.
Embora o processo seja específico para o objeto no qual está sendo executado, todos os processos de engenharia reversa consistem em três etapas básicas, a saber: extração de informações, modelagem e revisão. A extração de informações refere-se à prática de reunir todas as informações relevantes para a execução da operação. A modelagem refere-se à prática de combinar as informações coletadas em um modelo abstrato, que pode ser usado como guia para projetar o novo objeto ou sistema. Revisão refere-se ao teste do modelo para garantir a validade do resumo escolhido. A engenharia reversa é aplicável nas áreas de engenharia da computação, engenharia mecânica, design, engenharia eletrônica, engenharia de software, engenharia química, engenharia de materiais e biologia de sistemas.
Há muitas razões para realizar engenharia reversa em vários campos. A engenharia reversa tem suas origens na análise de hardware para vantagem comercial ou militar. No entanto, o processo de engenharia reversa, como tal, não se preocupa em criar uma cópia ou alterar o artefato de alguma forma. É apenas uma análise para deduzir características de design de produtos com pouco ou nenhum conhecimento adicional sobre os procedimentos envolvidos em sua produção original.
Em alguns casos, o objetivo do processo de engenharia reversa pode ser simplesmente uma redocumentação de sistemas legados. Mesmo quando o produto de engenharia reversa é de um concorrente, o objetivo pode não ser copiá-lo, mas para realizar a análise da concorrência. A engenharia reversa também pode ser usada para criar produtos interoperáveis e, apesar de algumas legislações restritas dos Estados Unidos e da União Europeia, a legalidade do uso de técnicas específicas de engenharia reversa para esse fim tem sido fortemente contestada nos tribunais em todo o mundo por mais de duas décadas.”
A engenharia reversa no setor de borracha
A engenharia reversa é amplamente pra�cada na indústria da borracha. Os produtos dos concorrentes são analisados ro�neiramente em uma empresa ou por clientes, ins�tutos de pesquisa ou organismos governamentais, seja para se ter uma ideia sobre especificações ou para se obter conhecimento sobre composições e criar especificações. Existem princípios cien�ficos por trás da análise e reconstrução. Um dos métodos mais conhecidos e u�lizados é o ASTM D297 – Procedimentos de teste de análise química para produtos de borracha.
Os métodos de ensaio descritos em ASTM D297 são u�lizados para realizar uma análise química da borracha, avaliando a composição química em borrachas brutas naturais e sinté�cas. Existem duas categorias de métodos de teste usados:
A Parte A consiste em métodos gerais de ensaio para uso na determinação de alguns ou de todos os principais cons�tuintes de um produto de borracha.
A Parte B abrange a determinação de polímeros específicos presentes em um produto de borracha.
Os métodos de teste aparecem na seguinte ordem: • Teor de Polímero de Borracha pelo Método Indireto • Determinações e Relatório para o Método Geral • Densidade • Extrair Análise • Análise de Enxofre • Análise de Cargas • Análise de cinzas
Com o decorrer do tempo, o conhecimento sobre polímeros e novas técnicas foram desenvolvidas e hoje os livros ASTM do volume 09 cobrem quase todos os métodos de análise de borracha e assemelhados: a) ASTM Volume 09.01: Borracha, Natural e Sinté�ca — Métodos Gerais de Teste; Negro de carbono b) ASTM Volume 09.02: Produtos de Borracha, Industriais — Especificações e Métodos de Teste Relacionados; Juntas; Pneus
Em geral, além das técnicas descritas no ASTM D297, outras técnicas u�lizadas na engenharia reversa de artefatos de borracha são:
• Análises químicas • Espectroscopia infravermelha • Análises térmicas
• DSC
• DTA
• Análise termogravimétrica
• DTA
• TMA
• TLC
• GC
• GPC
• AAS
• Espectroscopia de Emissão Atômica
• Espectroscopia de Fluorescência Atômica
• TEM
Com base nesse conhecimento e da aplicação dos artefatos podemos iniciar nossas análises.
Sabemos que em geral um composto de borracha tem em sua composição:
• Polímeros;
• Carga – geralmente negro de carbono ou sílica ou combinações dos mesmos;
• Plas�ficantes que variam de acordo com o �po de elastômero. Podem ser sinté�cos, naturais ou derivados de petróleo;
• An�oxidantes;
• Sistema acelerador que pode ser à base de enxofre, peróxidos ou óxidos metálicos.
A seguir, temos uma descrição rápida de componentes que formam mais de 50% de um composto de borracha, outras funções e definições podem ser ob�das com os fabricantes das matérias primas ou em pres�giados livros, como o livro Rubber Technology do Sr. Maurice Morton.
Especi cação dos Polímeros
Os polímeros estão especificados na norma ASTM D-1418 – 22 – Prá�ca Padrão para Borracha e Lá�ces de Borracha—Nomenclatura.
A prá�ca recomendada pela “American Society for Tes�ng and Materials (ASTM)” estabelece símbolos de letras como um sistema de classificação geral para borrachas com base na composição química da cadeia polimérica. Fornece um meio para padronização de termos para uso na indústria, comércio e governo. Os símbolos devem aparecer primeiro com o nome do polímero para uso em referências posteriores em qualquer ar�go técnico ou apresentação.
“R” é o símbolo da letra para a maioria das borrachas comuns. Esta é a classe atribuída para polímeros com uma cadeia de carbono insaturada (NR, Borracha Natural; IR, Borracha de
Poliisopreno) e é prontamente reconhecida até mesmo pelos mais novos compostos. Porém, muitos técnicos não encontram com frequência os polímeros exó�cos das classes Q, T e U e não estão familiarizados com as outras designações.
As classes de polímeros representadas pelos símbolos são as seguintes:
R: Borracha com cadeias de carbono insaturadas – borracha natural (NR), borracha de es�reno butadieno (SBR), borracha de polibutadieno (BR), borracha de acrilonitrila butadieno (NBR), borracha de isopreno isobu�leno (IIR) e borracha de policloropreno (CR).
M: Borrachas com cadeia saturada do �po polime�leno—copolímero de e�leno propileno (EPM); terpolímero de e�leno, propileno e um dieno (EPDM); poliacrilato (ACM); cloropolie�leno (CM), polie�leno clorossulfonado (CSM); borracha de fluorocarbono (FKM) etc.
N: Borrachas com nitrogênio, mas não oxigênio ou fósforo, na cadeia polimérica — borracha de acrilonitrila butadieno.
O: Borrachas com oxigênio na cadeia polimérica—borracha de epicloridrina (CO/ECO).
Q: Borrachas com silício e oxigênio na cadeia polimérica—borracha de silicone (MQ) e borracha de fluorosilicone (FVMQ).
T: Borrachas com enxofre na cadeia polimérica—borracha de �okol (OT, EOT).
U: Borrachas com carbono, oxigênio e nitrogênio na cadeia polimérica—poliéter de poliuretano (EU) e poliéster de poliuretano (AU).
Cargas ou enchimentos
Os enchimentos são geralmente usados para modificar as propriedades �sicas de um composto de borracha, além de reduzir o custo. É importante para um fabricante de borracha entender os requisitos reais do produto de borracha. A redução de custo do composto com a introdução de carga não reforçadora resulta em um comprome�mento das propriedades de desempenho exigidas. A o�mização da relação custo-propriedades é muito importante. O enchimento é o segundo material mais importante na indústria da borracha depois da borracha. O uso de carga de reforço geralmente melhora as propriedades �sicas, como módulo e outras propriedades de falha. O enchimento mais comumente usado na indústria da borracha é o negro de fumo.
A dose de enchimento em um composto de borracha varia dependendo da aplicação e do requisito funcional correspondente. Um composto �pico de banda de rodagem de
pneu diagonal geralmente contém negro de fumo de reforço de 45 a 50 phr. Para a aplicação da banda de rodagem, um dos requisitos importantes é a durabilidade do pneu. No entanto, no caso de coxins do motor, o produto deve suportar a carga do motor sem deformações. O �po de enchimento u�lizado nesta aplicação deve proporcionar melhor ajuste de compressão do composto de borracha em alta temperatura. Por conseguinte, é necessário um grau adequado de enchimento nesta aplicação. De maneira semelhante, vários requisitos de desempenho são atendidos com uma combinação adequada de polímeros.
A maioria das cargas de borracha usadas hoje oferece algum bene�cio funcional que contribui para a processabilidade ou u�lidade do produto de borracha. A borracha de es�reno-butadieno, por exemplo, pra�camente não tem uso comercial como composto não preenchido.
As propriedades importantes de um negro de fumo de reforço �pico são o tamanho da par�cula, a área da super�cie da par�cula, a a�vidade da super�cie da par�cula e o formato da par�cula. A a�vidade de super�cie refere-se à compa�bilidade do enchimento com um elastômero específico e a capacidade de um elastômero aderir ao enchimento.
Os enchimentos funcionais ajudam a transferir o estresse aplicado de uma matriz de borracha. Parece razoável que essa transferência de tensão seja melhor se as par�culas forem menores. Maior área de super�cie é exposta para uma determinada concentração de carga. Se essas par�culas forem em forma de agulha, fibrosas ou em forma de placa, elas interceptarão melhor a propagação de tensão através de uma matriz.
As propriedades �sicas de um composto são fortemente dependentes da a�vidade superficial da carga e da área de super�cie efe�va da carga. O tamanho de par�cula da carga desempenha um papel importante no reforço da carga de uma matriz de borracha. Quanto menor o tamanho da par�cula, maior é o reforço de enchimento. Se o tamanho de par�cula do enchimento for alto em comparação com a distância entre as cadeias do polímero, isso causa uma área de tensão localizada. Isso resultará na ruptura da cadeia de elastômero durante a flexão ou alongamento.
Par�culas de enchimento com diâmetro superior a 10.000 nm (10 μm) geralmente não são adequadas, pois reduzem o desempenho em vez de reforçar. Enchimentos com par�culas entre 1000 e 10.000 nm (1 a 10 μm) são usados como diluentes e não têm efeito significa�vo nas propriedades da borracha. Os enchimentos semi-reforçados variam de 100 a 1000 nm (0,1 a 1 μm). Cargas verdadeiramente reforçadoras, que variam de 10 nm a 100 nm (0,01 a 0,1 μm), podem melhorar significa�vamente as propriedades da borracha.
Função de Enchimento
Uma ou mais das funções abaixo são sa�sfeitas pelo preenchimento:
• Para melhorar as caracterís�cas de desgaste e falha de vulcanizados (enchimentos de reforço);
• Para fornecer melhor custo/economia de um composto;
• Para cuidar das caracterís�cas de processamento de um composto;
• Para conferir propriedades especiais como resistência à chama, propriedades elétricas etc;
• Para conferir cor a um composto conforme necessário.
As diferenças nos efeitos das cargas são dadas, em princípio, pelo tamanho de suas par�culas, sua forma e a�vidade superficial. Existem vários �pos de enchimentos usados em compostos de borracha. As principais cargas u�lizadas na indústria da borracha são o negro de fumo e a sílica. O negro de fumo é principalmente um carbono elementar com par�culas muito finas com uma estrutura molecular amorfa.
Negro de Fumo
Os átomos de carbono estão dispostos em planos de camada em negro de fumo. A estrutura da camada é semelhante ao grafite; no entanto, a disposição da camada no negro de fumo é altamente irregular. Esses arranjos cristalográficos irregulares são responsáveis pelo reforço na borracha. A composição do negro de fumo depende principalmente da condição do processo de sua fabricação.
Designação ASTM de Negros de Carbono de Grau de Borracha
• A designação do negro de fumo é feita por uma letra e três dígitos. A letra classifica a taxa de cura, o primeiro dígito indica o tamanho �pico de par�cula e os dois úl�mos dígitos são atribuídos arbitrariamente para dis�nguir os pretos dentro de um determinado grupo de par�culas.
• As letras usadas para designar a taxa de cura são N e S. A letra N significa taxa de cura normal e S significa taxa de cura mais lenta.
• O primeiro número reconhece o tamanho das par�culas como uma caracterís�ca fundamental do negro de fumo. O padrão de tamanho de par�cula normal para negros de fumo de grau de borracha é dividido arbitrariamente em dez grupos mostrados na Tabela 1.
• O tamanho de par�cula é expresso em nanômetros. Os grupos não são iguais em tamanho numérico, mas são escolhidos para que os negros agora conhecidos como SRF, ISAF e HAF não caiam na mesma classificação.
Vamos u�lizar a classificação de negros de carbono da ASTM (ASTM D1765-10 Standard Classifica�on System for Carbon Blacks Used in Rubber Products). Esta norma prevê a u�lização de uma letra (N ou S) e de três dígitos, como descreveremos a seguir:
Primeira letra: N – para velocidade de vulcanização normal (negros de carbono do �po Fornalha);
S – para velocidade de vulcanização lenta (negros de carbono do �po Canal).
Sílica
• As sílicas são cargas de cor clara altamente a�vas;
• Quimicamente estes são feitos de ácidos silícicos;
• A sílica pode ser fabricada por dois processos: solução ou processo precipitado dando origem a graus precipitados; e processo pirogênico, que dá origem a grau pirogênico ou pirogênico;
• Para o uso da indústria de borracha são usados principalmente os tipos precipitados, pois a sílica pirogênica é muito ativa e cara
Todas as sílicas precipitadas contêm uma certa quan�dade de umidade desde o momento da fabricação. Este teor de umidade influencia consideravelmente as propriedades de processamento e vulcanização dos compostos de borracha.
Observação
0 1-10 1 11-19 SAF N110 2 20-25 ISAF N220 3 26-30 HAF N330 4 31-39 FF(EPC,MPC) N440 5 40-48 FEF N550 6 49-60 GPF N660 7 61-100 SRF N770 8 101-200 FT N880 9 201-500 MT N990
Cargas Não Negras
• Sílica
• Argila de caulim ou argila da porcelana (silicato de alumínio hidratado)
• Mica (silicato de alumínio e potássio)
• Talco ou giz francês (silicato de magnésio)
• Giz moído
• Calcário (carbonato de cálcio)
• Dióxido de �tânio
• Enchimentos fibrosos como amianto, fibra de celulose, farinha de madeira etc
• Baritas (BaSO4)
• Hidróxidos de alumínio
Entre as várias cargas não pretas, a sílica desempenha um papel dominante.
Além de descobrir a composição química de um composto de borracha, também devemos inves�gar na engenharia reversa de um artefato:
• Sua forma (processo de moldagem e vulcanização)
• Sua estrutura de reforço (Plás�cos, tecidos ou metais)
• Sua resistência mecânica (tensão de ruptura, alongamento, deformação permanente
• Resistência química
• Resistência térmica
• Etc.
Os volumes ASTM 09.01 e 09.02, juntamente com a classificação ASTM D2000, irão auxiliar na descoberta dos componentes e as caracterís�cas de um determinado artefato por Origem/Fabricante e estabelecer uma Classificação/Especificação para controle da produção/recebimento do mesmo.
Referências Bibliográ cas
https://engrenarjr.com.br/blog/os-beneficios-da-engenharia-reversa?gclid=Cj0KCQjwj7CZBhDHARIsAPPWv3d5BY9lpgWVaByMrAvDZ6-uOlPdXVon2ojmK_alNQ2SeELJGe4W9FUaArndEALw_wcB
https://eqjunior.com.br/2022/07/05/a-engenharia-reversa-do-seu-dia-a-dia/?gclid=Cj0KCQjwj7CZBhDHARIsAPPWv3fPPMnmUYoU42nHxemn4R2PJDb_K22tlW5IK3gG2UDCc3P2RHd8_iIaAlVQEALw_wcB
https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_reversa
ASTM Volume 09.01: Borracha, Natural e Sintética — Métodos Gerais de Teste; Negro de carbono ASTM Volume 09.02: Produtos de Borracha, Industriais — Especificações e Métodos de Teste Relacionados; Juntas; Pneus
CRC Press – Reverse Engineering of Rubber Products – Concepts, Techniques and Tools – Saikat Dasgupta, Rabindra Mukhopadhyay, Krishna C. Baranwal, Anil K. Bhowmick Rubber Technology, Maurice Morton. https://www.adityabirla.com/ https://www.cabotcorp.com.br/solutions#products-plus https://central-south-america.evonik.com/pt/products
“Aqueles que deixaram a vida anonimamente, sem atos dignos de serem lembrados, não são diferentes daqueles que jamais nasceram.”
János Apáczai Csere“O homem é um ser sempre e em tudo essencialmente enganador.”
“Os conselhos raramente são bem aceitos, e são os que mais precisam que os recebem com o menor prazer.”
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